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A PALAVRA METONÍMIA vem do grego e significa "além do nome, ou mudança de nome".

Portanto, a metonímia consiste na ampliação do âmbito de significação de uma palavra ou


expressão; em termos práticos, o emprego de um termo em lugar do cristalizado pelo dicionário;
havendo entre ambos uma relação objetiva entre a significação própria e a figurada, mantendo a
contiguidade de sentido. Contiguidade significa proximidade, vizinhança. O professor Matoso Câmara
afirma:
A Metonímia destaca o elemento que, no momento, é essencial no conceito designado. Dizer, por
exemplo, vela ou vapor, em vez de navio, é frisar logo o tipo de embarcação a que me refiro. Para
ver, exemplificadamente, as suas vantagens, basta atentar na famosa enumeração – "suor,
sangue e lágrimas" – com que Winston Churchill sintetizou a situação crítica do seu povo, na
guerra de 39, depois da queda da França. A frase decorre de três metonímias, em que três tipos
de acontecimentos são expressos pelos nomes das manifestações físicas que eles,
respectivamente provocam no corpo humano.

Churchill associou a ideia de "suor", a ideia de "luta, esforço físico", porque há urna relação de
proximidade entre elas. A luta, o esforço físico causa o suor. Portanto, o "suor é o efeito" e "a luta, o
esforço físico a causa do suor". Da mesma maneira, a ideia de "sangue", está associada a "mortos e
feridos". Sangue é o efeito, mortos e feridos a causa do sangue. Lágrimas é o efeito, o sofrimento a
causa das lágrimas.

Não raro a metonímia é identificada com a sinédoque e por vezes confundida com a metáfora. Numa
comparação entre a metonímia e a metáfora, iremos verificar que a metáfora fundamenta-se numa
relação subjetiva (minha mãe é uma santa), isto é, num processo interno, intuitivo, estritamente
dependente do sujeito que realiza a substituição; ao passo que a metonímia, o processo é objetivo,
externo, pois a relação entre aquilo que os termos significam é verificável na realidade externa ao
sujeito que estabelece tal relação (vela por barco a vela).
De acordo com a variação do relacionamento entre os termos, a metonímia pode resultar do:
• Beber a morte (efeito: morte, pela causa: veneno).
• Ler Augusto dos Anjos (o autor pela sua obra).
• Ir ao correio (o lugar: correio, pela coisa: edifício,).
• Ter ótima cabeça (o concreto: cabeça, pelo abstrato: inteligência,).
• Comprei um Ford (o inventor: Ford, pelo Invento: carro).
• O brasileiro é sempre gentil e hospitaleiro (o singular pelo plural).
• Não te afastes da cruz (o símbolo: cruz pelo simbolizado: religião).

Muitos símbolos não deixam de serem modalidades da metonímia:


• A cruz = cristianismo, religião; - a espada = poder militar.
• O cetro = poder monárquico, autoridade; - a coroa = realeza.
• A máscara = falsidade, dissimulação.
Os apelidos são, em geral, metafóricos ou metonímicos. No primeiro caso, por exemplo, a pessoa de
rosto rechonchudo que recebe o apelido de Bolacha (por semelhança); já o apelido de Bigode é
metonímico (a parte pelo todo).

SINÉDOQUE, do grego synedoché = compreensão. Não é costume, hoje, estabelecer grande


diferença ente a metonímia e a sinédoque, pois esta é um caso especial de metonímia, onde, ora se
exprime o mais restrito (a parte) pelo mais extenso (o todo), ora o todo pela parte: chaminé pela
fábrica, o telhado pela casa, o singular pelo plural, a substância pelo produto, a nação pelo governo,
o gênero pela espécie, etc. Observe:
• As chaminés forjam a grandeza de São Paulo. (a parte: chaminé, pelo todo: fábrica).
• O homem é mortal (a espécie pelo gênero).
• A vela singrou os mares (a parte: vela, pelo todo: navio).
• O índio é valente (o singular: índio, pelo plural: índios).
• Não dá para viver sem um teto. (a parte pelo todo)
• Lento o bronze (o sino) soa. (a matéria pelo objeto que dela é feito)

Fica explicito, portanto, que na sinédoque há uma relação de extensão. Isto é, um termo de
extensão menor substitui outro de extensão maior, e vice-versa.
Convém ter-se presente que a metonímia e a sinédoque nem sempre são percebidas como uma
figura de estilo, pois algumas de suas construções já pertencem à linguagem comum: o pão de cada
dia, ter bocas para alimentar, dizem as más línguas, os sem-teto, etc. ®Sérgio.

A METÁFORA E SUAS RAMIFICAÇÕES


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Figuras de Linguagem

1. METÁFORA (Grego metaphorá = transporte, translação)


O primeiro conceito acerca de metáfora deve-se a Aristóteles (Poética): “A metáfora consiste no
transportar para uma coisa o nome de outra, (...)”. Daqueles anos Aristotélicos aos dias de hoje, a
metáfora tornou-se um assunto controvertido. Considerável parcela da complexidade advém de suas
profundas ramificações com outras figuras de linguagem.

Em termos práticos, a metáfora consiste na transferência de um termo para uma esfera de


significação que não lhe é comum ou próprio, a partir de uma relação de semelhança (analogia)
entre dois termos. Quando alguém diz: Maria está mergulhada na tristeza, não podemos entender o
verbo [mergulhar] em seu sentido exato, denotativo, dicionarizado, que é o de afundar-se
inteiramente em água. Entretanto, há um ponto comum entre este significado e o significado que o
verbo adquiriu na frase: assim como a água cobre completamente o corpo que nela é mergulhado,
também a tristeza “cobre”, completamente, Maria. Pois é graças a esse caráter de semelhança que a
metáfora transporta o nome de um objeto a outro. A base da metáfora é, portanto, a semelhança.
Exemplos:
- A vergonha queimava-lhe o rosto.
- Suas palavras cortaram o silêncio.
- O relógio pingava as horas, uma a uma, vagarosamente.
Segundo Massasud (1978), a metáfora não é exclusiva da linguagem literária que tem suas raízes
na intenção deliberada de criar efeito emotivo. Ela ocorre da mesma maneira na linguagem falada
(tão abundante quanto nos textos literários). A diferença estaria no caráter assumido pela metáfora
vulgar cotidiana e a metáfora utilizada com objetivos estéticos. Em geral, a linguagem falada recorre
às metáforas mortas ou latentes, quer dizer, metáforas tornadas clichês, vazias de sentido,
conhecida como catacrese.

2. CATACRESE, A METÁFORA ESTEREOTIPADA OU VICIADA.


Do Grego katákhresis (= uso impróprio, abuso) e denominada abusio em Latim. A catacrese é uma
metáfora estereotipada, mas obrigatória, por atender a uma necessidade de uso, e não por um
efeito expressivo. De feição nitidamente popular, resulta a catacrese da ausência de um termo
próprio para designar determinado objeto ou coisa (pernas da mesa, cabeça de alfinete, etc.). É um
fenômeno da pobreza (inópia) do sistema linguístico, que falha diante da necessidade de designação
de uma palavra, fazendo esta representar com base numa pura analogia, um objeto ou parte de um
objeto para os quais não existem nomes de referência particulares; conduzindo-a, às vezes, ao
estabelecimento de relações de semelhança, até abusivas e forçadas. Ou, existindo a palavra, no
caso um termo exato ou técnico, substituí-lo por um menos formal. A catacrese aproxima-se da
metáfora, ou chega mesmo a confundir-se com esta: Veja os exemplos:
- Barriga da perna em vez de panturrilha.
- Céu da boca em vez de palato.
- Embarcar num trem (embarca-se na barca).
- Enterrou uma farpa no dedo (enterra-se na terra).
- Braço de mar - dente de alho - pé de montanha.
Essas metáforas já foram incorporadas pela língua, ou seja, perderam seu caráter inovador, original
e transformaram-se numa metáfora comum, morta, que não mais causa estranheza. Em outras
palavras, transformaram-se numa catacrese. Porém será um deslize gramatical quando não vier
duma necessidade, ou seja, quando o ser ou coisa já ostentar expressão própria; por exemplo:
- Bebeu a sopa, em vez de, tomou a sopa.
- Arrancou laranjas, em vez de, colheu laranjas.
Fora daí, admite-se a catacrese como enriquecimento metafórico:
"Dobrando o cotovelo da estrada, Fabiano sentia distanciar-se um pouco dos lugares onde tinha
vivido alguns anos; [...]." (Graciliano Ramos, Vidas Secas.)

3. A METÁFORA SINESTÉSICA (SINESTESIA)


Palavra oriunda da Psicologia. Designa a transferência de percepção de um sentido para outro, isto
é, a fusão num só ato perceptivo, de dois ou mais sentidos (sensações visuais com auditivas,
gustativas, olfativas, tácteis) numa mistura de ricos efeitos expressivos. Assim, ruído áspero denota
o congraçamento da audição e do tato. Outros exemplos:
- A cor cantava-me nos olhos... (visual cor e a auditiva cantar).
- Uma melodia azul tomou conta dá sala. (auditiva e visual)
- Senti saudades amargas. (sensação gustativa)
- Esse perfume tem um cheiro doce. (sensação olfativa e gustativa)
- O brilho macio do cetim. (visão + tato)
- O doce afago materno." (paladar + tato)
- [...] entravam claridades cinzentas e surdas,... (C. Lispector)
- Som que tem cor, fulgor, sabor, perfume. (Hermes Fontes)
A sinestesia é usada em Literatura desde a Antiguidade Clássica, entrou na moda no século XIX,
graças a Baudelaire. Considerada um dos recursos mais típicos do Simbolismo, a sinestesia é
reconhecida pelos linguistas como um tipo de metáfora, ou mesmo um grau de metáfora.

4. A METÁFORA HIPERBÓLICA (HIPÉRBOLE)


Do Grego hyperbolê (excesso), é a figura do exagero deliberado, que leva o escritor a deformar a
realidade exagerando de uma ideia, seja por amplificação, seja por atenuação, visando à obtenção
de maior expressividade, quer no sentido positivo, que no negativo, segundo o seu modo particular
de sentir. Exemplos:
- Corria feito um raio. – A sua alma era um vulcão.
- Comi sem parar a noite inteira! – Sou louca pelos meus filhos.
Expressões como essas fazem parte das hipérboles do dia-a-dia e, por isso mesmo, seu valor
estilístico praticamente já desapareceu, porque já se incorporaram ao falar cotidiano de tal forma
que as expressões não provocam mais surpresa ou estranheza. Contudo, o valor afetivo dessas
expressões, permanece. Na literatura, não raro, a hipérbole é usada como um recurso estilístico:
Envio beijos, mas tantos beijos / Quantas estrelas há no Brasil. Nestes versos de Martins Fontes, é
fácil sentir o efeito expressivo da hipérbole.
5. A METÁFORA PERSONIFICADORA (Personificação ou Prosopopeia)

Também chamada de animismo, a personificação atribui vida ou qualidades humanas a seres


inanimados, irracionais, ausentes, mortos ou abstratos. A humanização ou animismo pode dar-se de
vários modos, a saber:
a) Quando se conferem a objetos inanimados e a abstrações (coisas abstratas) qualificativos próprios
do ser humano, por exemplo: O dia amanheceu enfurecido.
b) Ao emprestar às coisas inanimadas poder de ação peculiar aos seres humanos: A chuva
semeou um pouco de esperança no solo calcinado.
c) Quando nas apóstrofes, nos dirigimos aos seres inanimados como se fossem capazes de
inteligência ou compreensão: E tu, nobre Lisboa, que no mundo [...]. (Camões)

d) Quando adquirem [voz] a matéria inerte e os seres abstratos, como, por exemplo, no Criton,
diálogo acerca de Sócrates na prisão, em que Platão põe as Leis a falar.
A mais genialmente arrojada prosopopeia da língua portuguesa é, sem dúvida, a personificação do
Cabo das Tormentas na figura do Gigante Adamastor. (Camões, Os Lusíadas, V, 39-59.)

Há, todavia, quem estabeleça distinção entre Prosopopeia, Personificação e Animismo, reservando
os dois primeiros para referir a atribuição de qualidades ou comportamentos humanos a seres que
não o são e o último para a expressão de sinais ou comportamentos vitais atribuídos a coisas
inanimadas, como as rochas, os metais, os objetos, etc.; mas sem os elevar à categoria de
humanos. Exemplificando:
- As árvores torciam-se e gemiam, vergastadas pelo vento. (Prosopopéia e personificação)
- Chegada à noite, os cumes das montanhas e os picos das serras deixavam-se adormecer no
travesseiro celeste. (animismo) ®Sérgio.

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Para maiores informações sobre o assunto ver: LUFT, Celso Pedro. Novo manual de português, gramática, ortografia oficial, redação,
literatura, textos e testes. 9ª.ed. São Paulo: Globo, 1990. / Moisés, Massaud. Dicionário de Termos Literários. São Paulo: Cultrix,
1966.
Se você encontrar omissões e/ou erros (inclusive de português), relate-me.
Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

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