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RELATÓRIO
(Operação Sinapse)
INQUÉRITO POLICIAL FEDERAL:
1
CPF 492.868.119-34, RG 36126698 SSP/PR, filho de Ulda Colombo, nascido aos 22/01/1964, servidor público
federal (Professor com dedicação exclusiva vinculado ao IFPR) e atual Reitor do Instituto Federal do Paraná – IFPR,
residente na Rua Padre Agostinho, nº 227, apto. 301, bairro Mercês, Curitiba/PR.
2
CPF 358.525.779-87, RG 1235991 SSP/PR, filho de Zulmeia C. Ciccarino, nascido aos 19/03/1956, servidor
público estadual do Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR (atualmente ocupando cargo comissionado na
Secretária de Estado, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo do Estado do Paraná) e servidor público
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MJ - DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO PARANÁ
federal (Professor 20h do Instituto Federal do Paraná – IFPR), residente na Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de
Souza, nº 5285, apto. 1801, Cidade Industrial, Curitiba/PR.
3
CPF 003.018.348-06, RG 1235991 SSP/PR, filho de Neida Ferreira Herrera, nascido aos 26/10/1956, servidor
público federal (Professor com dedicação exclusiva vinculado ao Instituto Federal do Paraná – IFPR), residente na
Av. Visconde de Guarapuava, nº 1653, apto. 12-A (bloco A), Centro, Curitiba/PR.
4
CPF 357.710.209-82, RG 16806420 SSP/PR, filho de Otávia Maria Bittencourt Pacheco, nascido aos 24/07/1958,
servidor público federal (Professor com dedicação exclusiva vinculado ao Instituto Federal do Paraná – IFPR),
residente na Rua Padre Leonardo Nunes, nº 221, apto. 301, bloco A, bairro Portão, Curitiba/PR.
5
CPF 355.435.319-15, RG 3073526-9 SSP/PR, filho de Tereza Baratieri, nascido aos 08.04.1960, casado com
VILMA CLÉIA CHECHELSKI AMÂNCIO, CPF 404.983.019-15, residente na Rua Fernando Simas, nº 692, apto. 22,
bairro Mercês, Curitiba/PR, presidente do INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS PARA OTIMIZAÇÃO
DA TECNOLOGIA E DA QUALIDADE APLICADAS – IBEPOTEQ, CNPJ 05.601.886/0001-42, Rua Augusto Severo, nº
1030, Centro Cívico, Curitiba/PR, sócio da TEMPLETON (TEMPLARS) TRUST INVESTIMENTOS LTDA., CNPJ
07.690.732/0001-08, rua Simão Bolivar, nº 1250 (parte do imóvel em forma de torre), bairro Hugo Lange,
Curitiba/PR, por intermédio da NEW HAMPTON CAPITAL S.A. PARTICIPAÇÕES, CNPJ 12.078.661/0001-19, foi sócio
do INSTITUTO SUL BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENÇÃO LTDA. - INSULBRA, CNPJ 04.954.927/0001-11.
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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO PARANÁ
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CPF 404.983.019-15, atuante no setor financeiro do IBEPOTEQ, esposa de GILSON AMÂNCIO, residente na Rua
Fernando Simas, nº 692, apto. 22, bairro Mercês, Curitiba/PR, sócia da TEMPLETON (TEMPLARS) TRUST
INVESTIMENTOS LTDA., CNPJ 07.690.732/0001-08, rua Simão Bolivar, nº 1250 (parte do imóvel em forma de
torre), bairro Hugo Lange, Curitiba/PR, por intermédio da NEW HAMPTON CAPITAL S.A. PARTICIPAÇÕES, CNPJ
12.078.661/0001-19.
7
CPF 553.435.979-04, RG 12158946, filho de Orion Masdalar Jacobi de Azambuja e Elvira Souza de Azambuja,
nascido aos 13/01/1966, residente na Rua dos Tambaquis, nº 715, Residencial Parati, Alphaville, Pinhais/PR, sócio-
administrador da TEMPLETON (TEMPLARS) TRUST INVESTIMENTOS LTDA., CNPJ 07.690.732/0001-08, em
conjunto com Gilson Amâncio e Vilma Cléia Chechelski Amâncio (NEW HAMPTON CAPITAL S.A. PARTICIPAÇÕES,
CNPJ 12.078.661/0001-19), rua Simão Bolivar, nº 1250 (parte do imóvel em forma de torre), bairro Hugo Lange,
Curitiba/PR, foi presidente da E-TELEVISION S.A. PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS, CNPJ 11.078.736/0001-61;
8
CPF 872.384.209-10, filha de Eliete Rodrigues Markiewicz, nascida aos 23/02/1975, figura como conselheira de
administração em inúmeras empresas de Alexandre Souza de Azambuja, seu ex-marido, residente na Rua Emiliano
Perneta, nº 653, apto. 113, Centro, Curitiba/PR, foi conselheira de administração da E-TELEVISION S.A.
PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS, CNPJ 11.078.736/0001-61.
9
CPF 608.121.099-53, RG 3941167-9, filho de Irene Miscoli, nascido aos 21/07/1967, residente na Rua Minas
Gerais, nº 458, Vila Guairá, Curitiba/PR; e com endereço comercial na mesma Rua Minas Gerais, nº 411,
Curitiba/PR (onde funciona panificadora da qual é o responsável), Diretor de Projetos e Presidente da Comissão de
Compras do IBEPOTEQ, presidente do INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS DE TECNOLOGIA PARA
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE – IBEPEMA, inscrito no CNPJ sob o nº 11.679.786/0001-31.
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14. FRANCISCO PAULO JOLY14 - evento 177, fls. 1190/1201: Art. 90, da
Lei nº 8.666/93 (frustração ao caráter competitivo dos concursos de projetos
– detenção de 2 a 4 anos e multa); Arts. 312 (peculato de recursos públicos –
reclusão de 2 a 12 anos e multa), 288 (formação de quadrilha – reclusão de 1
10
CPF 101.339.170-53, RG 1.455.366-5 PR, filho Oreste Carvalho e Maria Altair Lopes Carvalho, nascido aos
20/09/1948, de Diretor Financeiro e Pregoeiro do IBEPOTEQ, residente na Av. Sete de Setembro, nº 4699, apto.
2301, Batel, Curitiba/PR.
11
CPF 131.630.196-68, RG M-240.477 SSP/MG, filho de Paulo da Silveira Dias e Eny Heringer Dias, nascido aos
31/05/1953, residente na Rua Marechal Deodoro, n. 1623, apto. 77, bloco 7, Vila Tolentino, Cascavel/PR, Diretor
de Projetos do IBEPOTEQ, sócio do INSTITUTO SUL BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENÇÃO LTDA. -
INSULBRA, CNPJ 04.954.927/0001-11.
12
CPF 320.847.229-34, OAB/PR 12.687, brasileiro, filho de Geni Mathilde Bernardoni, nascido aos 18/09/1954,
casado com DORALICE LOPES BERNARDONI, CPF 277.177.129-20, residente na Rua Pasteur, nº 443, apto. 1002,
Água Verde, Curitiba/PR, advogado público vinculado à Procuradoria-Geral do Estado, atualmente cedido à
Companhia Paranaense de Gás - COMPAGAS, onde ocupa a função de gerente (conforme Portal da Transparência
do Governo do Estado do Paraná), proprietário e responsável de fato pela AGÊNCIA BRASILEIRA DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – ABDES, CNPJ 12.028.333/0001-08, na Rua Visconde de Guarapuava,
nº 3965, conjunto 05, bairro Batel, Curitiba/PR.
13
CPF 347.630.589-91, RG 13R620596SC, brasileiro, filho de Tereza Dal Moro, nascido aos 06/07/1959, casado,
contador, residente na Rua Roberto Meres de Creddo, nº 72, casa, Afonso Pena, São José dos Pinhais, presidente
da AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – ABDES, CNPJ 12.028.333/0001-08, na
Rua Visconde de Guarapuava, nº 3965, conjunto 05, bairro Batel, Curitiba/PR.
14
CPF 316.286.489-53, RG 1.226.029-6 PR, brasileiro, divorciado, administrador, filho de Maria Nunes Ferreira
Joly, nascido aos 03/12/1958, ex-presidente da ABDES que firmou o TP 02/2010, Diretor de projetos especiais da
ABDES, residente na Alameda das Angélicas, nº 210, apto. 12, Jardim Simus, Sorocaba/SP.
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19. DALMO BARBOSA19 - evento 182, fls. 1349/1353: Arts. 312 (peculato
de recursos públicos – reclusão de 2 a 12 anos e multa); 288 (formação de
quadrilha – reclusão de 1 a 3 anos), 299 (falsidade ideológica – reclusão de 1
a 5 anos e multa); Art. 1º, da Lei nº 9.613/98 (“lavagem” de dinheiro” –
reclusão de 3 a 10 anos e multa);
15
CPF 354.229.209-53, residente na Rua João Fassi Casagrande, nº 86 B, Cajuru, Curitiba/PR, presidente desde
01.12.2010 do INSTITUTO DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL – IMAMB, CNPJ 06.307.434/0001-15, MARCELO
MARQUES, CPF 731.641.009-49, Diretor desde 31.05.2010.
16
CPF 050.882.749-39, filho de Mara de Caro Calabrese, nascido aos 30/07/1984, residente na Rua Arthur Manoel
Iwersen, nº 1150, casa 15, Boqueirão, Curitiba/PR, sócio (50%) da CALABRESE E RODRIGUES CONSULTORIA E
DESENVOLVIMENTO LTDA - CNPJ 10.473.497/0001-19.
17
CPF 036.930.849-20, filho de Laurita Rodrigues Ignácio, nascido aos 15/01/1982, residente na Rua Pedro
Collere, nº 407, apto. 02, Bairro Vila Izabel, Curitiba/PR, sócio (50%) da CALABRESE E RODRIGUES CONSULTORIA
E DESENVOLVIMENTO LTDA - CNPJ 10.473.497/0001-19.
18
CPF 170.291.989-72, nascido aos 22/06/1952, filho de Marieta Aurea Bassani, residente na Rua Benedito da
Silva, nº 1056, Casa, Jardim São Carlos, São Carlos/SP, responsável pela ATTENDER SERVIÇOS DE INFORMÁTICA
E TELECOMUNICAÇÕES LTDA. – EPP, CNPJ 03.774.573/0001-60.
19
CPF 432.057.209-20, nascido aos 24/12/1961, residente na Rua Rachel Corayola Bajerske, nº 323, Santa
Felicidade, Curitiba/PR, sócio da C.S.S.B. ALUMÍNIOS LTDA, CNPJ 08.593.896/0001-71 (“ÁGUIA ALUMINIOS”),
situada no mesmo endereço da filial da MEGA PLACAS IND. E COMERCIO DE PLACAS PARA VEÍCULOS LTDA., CNPJ
02.635.715/0002-27;
20
CPF 752.470.709-68, residente na Rua Atílio Bório, 120, apto. 1104, Cristo Rei, Curitiba/PR, sócio da SOLIS
TECNOLOGIA LTDA., CNPJ 14.062.695/0001-40.
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22. RODRIGO FELIPE SUHR22 - evento 187, fls. 1434/1438: Art. 1º, da
Lei nº 9.613/98 (“lavagem” de dinheiro” – reclusão de 3 a 10 anos e multa);
23. PRISCILLA ARIANE SUHR23 - evento 188, fls. 1455/1464: Art. 1º, da
Lei nº 9.613/98 (“lavagem” de dinheiro” – reclusão de 3 a 10 anos e multa);
21
CPF 350.967.729-34, RG 6106675, filho de Edgar Suhr e Edeltraud Suhr, nascido aos 07/08/1959, casado com
Laurete Julia Borges Suhr, CPF 383.889.109-06, residente na Rua São Januário, nº 566, apto. 12, Jardim Botânico,
Curitiba/PR, proprietário da OBRA IMPRESSA GRÁFICA E EDITORA LTDA., CNPJ nº 07.812.678/0001-18 (antiga
denominação RFS GRÁFICA E EDITORA LTDA.).
22
CPF 041.547.319-55, filho de Arnaldo Suhr, nascido aos 11/01/1983, residente na Rua General Aristides Athayde
Junior, nº 602, apto. 402, bairro Bigorrilho, Curitiba/PR.
23
CPF 066.033.919-61, filha de Arnaldo Suhr, nascida aos 27/12/1987, residente na Rua Coronel Pedro Scherer
Sobrinho, nº 260, apto. 505 (bloco 1 ou 2), Bairro Cristo Rei, Curitiba/PR.
24
CPF nº 018.684.129-97, RG 5288583, filha de Raymundo Teixeira da Silva e Olga da Conceição da Silva, nascida
aos 03/02/1972, residente na Rua Bartolomeu Lourenço de Gusmão, 972, Hauer, Curitiba/PR, sócia “laranja” da
OBRA IMPRESSA GRÁFICA E EDITORA LTDA., CNPJ nº 07.812.678/0001-18 (antiga denominação RFS GRÁFICA E
EDITORA LTDA.).
25
CPF 030.883.269-88, sobrinho de JOSÉ CARLOS CICCARINO, residente na Av. São José, nº 752, apto. 1203,
Cristo Rei, Curitiba/PR.
26
CPF nº 109.546.869-34, nascido aos 17/02/1949, consultor e coordenador de projetos de educação à distância
do IBEPOTEQ entre 2008 a 2011, residente na Rua Carneiro Lobo, n. 455, apto. 202, Água Verde, Curitiba/PR.
27
CPF 393.314.749-20, vínculo com a COOPERATIVA DE PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO E CONSULTORIA –
COOPEDUCAR, CNPJ 08.644.667/0001-39, residente na Rua Equador, n. 10, Bacacheri, Curitiba/PR.
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28. JOSÉ MARTINS LECHETA28 - evento 193, fls. 1602/1609: Arts. 312
(peculato de recursos públicos – reclusão de 2 a 12 anos e multa), 288
(formação de quadrilha – reclusão de 1 a 3 anos), 299 (falsidade ideológica –
reclusão de 1 a 5 anos e multa);
28
CPF 519.045.519-04, nascido aos 03/04/1962, filho de Cyrce Martins Lecheta, residente na Rua dos Aracaris, n.
27, Condomínio Andorinhas, Alphaville Graciosa, Pinhais/PR.
29
CPF 328.141.863-53, ex-Assessor Especial de Controle Interno junto ao Ministério da Educação, atualmente
ocupando a função pública de Secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da Controladoria-
Geral da União, Analista de Finanças e Controle de carreira da CGU, residente na SQN 112, bloco D, apto. 202,
Asa Norte, CEP 70762-040, Brasília/DF.
30
CPF 388.266.584-04, RG 2.628.324 SDS/PE, nascido aos 30/12/1965, natural de João Pessoa/PB, filho de José
Carlos Dias de Freitas e Lucia Wanderley de Freitas, ex-Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), residente no Condomínio Ville de Montagne, quadra 7, casa 11, Setor Jardim Botânico,
Brasília/DF.
31
Secretário Executivo do MEC. CPF 419.944.340-15, residente na SQS 104, bloco K, apto. 401, Asa Sul,
Brasília/DF.
32
Servidor do MEC, atuou na Secretaria de Educação Tecnológica-SETEC em Brasília/DF (programa ETEC Brasil), é
o atual Diretor-Geral do EAD do IFPR. CPF 086.115.397-96, residente na Rua Santa Catarina, 695, apto. 601, bloco
01, Agua Verde, Curitiba/PR.
33
Auditor interno do IFPR. CPF 280.443.828-79, residente na Rua Joanim Escleopario, 560, Centro, Campo
Largo/PR.
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13. MELISSA CROSS BIER42 - evento 154, fls. 480/482 (tutora de curso à
distância – ausência de treinamento/capacitação);
34
Ex-assessor de gabinete do Reitor Colombo no IFAL e no IFPR, atuou na Secretaria de Educação Tecnológica-
SETEC em Brasília/DF (programa ETEC Brasil), e atualmente é Professor concursado do IFPR, CPF 475.591.875-87,
residente na Rua Miguel Abrão, 610, bloco 1, apto. 13, bairro Portão, Curitiba/PR.
35
Procurador Federal junto ao IFPR desde 2009. CPF 226.987.604-00, residente na Rua Amadeu do Amaral, 480,
Portão, Curitiba/PR.
36
Ex-Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão do EAD do IFPR, subordinada de Ciccarino. É Professora do IFPR.
CPF 565.880.624-00, residente na Rua Heitor Baggio Vidal, 104, bairro Alto, Curitiba/PR.
37
CPF 022.018.319-80, residente na Rua Coronel Pedro Scherer Sobrinho, 426, apto. 31, Cristo Rei, Curitiba/PR.
38
CPF 045.569.899-65, residente na Rua Jose Richa, 3546, Prado Velho, Curitiba/PR.
39
CPF 044.122.299-47, residente na Rua Vereador Washington Mansur, 222, apto. 34, Ahu, Curitiba/PR.
40
CPF 544.981.209-49, residente na Travessa José Bim, 120, Bigorrilho, Curitiba/PR.
41
CPF 029.240.199-07, residente na Rua dos Dominicanos, 476, Boa Vista, Curitiba/PR.
42
CPF 008.859.769-59, residente na Rua José Ader, 94, Xaxim, Curitiba/PR.
43
CPF 713.843.679-34, residente na Rua Marechal Cardoso Junior, 1464, Jardim das Américas, Curitiba/PR.
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26. LYANA BACIL55 - evento 154, fls. 560 (tutora do curso de tecnólogo
em gestão pública - ausência de treinamento/capacitação e vistoria nos
polos);
44
CPF 048.217.889-26, residente na rua Prof. Rui José Rachi, 161, Cajuru, Curitiba/PR.
45
CPF 007.536.629-06, residente na Rua Maria Luiza Bruel, 08, Cajuru, Curitiba/PR.
46
CPF 018.139.559-21, residente na Rua Francisco Toczek, 486, Jardim Guanabara, São José dos Pinhais/PR.
47
CPF 792.560.409-30, residente na Rua Francisco Wanke, 336, Jardim Maria José, Colombo/PR.
48
CPF 886.290.829-68, residente na Rua Campo Mourão, 2477, Centro, Pato Bragado/PR.
49
CPF 039.258.649-54, residente na Rua São Tomé, 323, Japurá/PR.
50
CPF 569.229.819-87, residente na Av. São José, 674, Nova Esperança/PR.
51
CPF 000.318.659-84, residente na Rua Afonso Pena, 315, Santa Isabel do Ivaí/PR.
52
CPF 553.302.829-34, residente na Rua Eduardo Carlos Pereira, 3234, apto. 21, Portão, Curitiba/PR.
53
Tutora à distância -
54
CPF 291.613.598-74, endereço comercial na rua Mateus Leme, 1470, 1º andar, Escola de Servidores, Centro
Cívico, Curitiba/PR.
55
CPF 063.777.869-30, residente na Av. Silva Jardim, 994, apto. 808, Rebouças, Curitiba/PR.
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29. LUCI MARA DO ROCIO ANDREATTA58 - evento 154, fls. 570 (tutora
do EAD - ausência de treinamento/capacitação e vistoria nos polos);
30. CATIA BATISTA REIS59 - evento 154, fls. 572 (tutora do EAD -
ausência de treinamento/capacitação);
31. MARCUS VINICIUS FIER GIROTTO60 - evento 154, fls. 574 (tutor do
EAD - ausência de treinamento/capacitação);
37. MARCIA MARIA PERSZEL64 - evento 154, fls. 579 (sócia da UP LOGIC
ENGENHARIA LTDA.);
43. CARLOS ALBERTO LISBOA DE ALMEIDA – evento 154, fls. 608 (sócio
do INEPP – Instituto Nacional de Excelência em Políticas Públicas – apenas
retirou cópia do edital de concurso de projetos por e-mail);
44. ANA SILVIA SOARES70 - evento 181, fls. 1315 (sócia da Attender);
66
CPF 156.115.909-34, residente na(o) Rua Francisco Paganelli, 128, bairro São Braz, Curitiba/PR.
67
CPF 042.242.019-09, residente na Rua Antenor Gonçalves Franco, 218, Taboão, Curitiba/PR.
68
CPF 619.377.389-49, residente na Rua Pedro Ivo, 298, apto. 103, Centro, Curitiba/PR.
69
CPF 157.836.772-72, residente na Rua Max Colin, 941, 304, Joinville/SC.
70
Sócia da Attender, CPF 145.509.578-83, RG 23.971.221/IIRGD/SP, filha de Laerte Apparecido Soares e Maria de
Lourdes Buzo Soares, nascida aos 23/10/1973, natural de São Carlos/SP, professora, residente na Rua Benedito da
Silva, 1056, Jardim São Carlos, São Carlos/SP.
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Curitiba/PR
26 JONATH RODRIGUES Rua Pedro Collere, nº 407, apto. 02, Bairro Vila 236
IGNÁCIO Izabel, Curitiba/PR
27 ANA SILVIA SOARES Rua Benedito da 237
Silva, nº 1056, Casa, Jardim São Carlos, São
Carlos/SP
28 C.S.S.B. ALUMÍNIOS Rodovia do 238
LTDA Xisto, BR 476, Km 202, s/n, na Lapa/PR (mesmo
endereço da filial
da MEGA PLACAS IND. E COM. DE PLACAS PARA
VEÍCULOS LTDA.,
CNPJ 02.635.715/0002-27)
29 DALMO BARBOSA Rua Rachel 239
Corayola Bajerske, nº 323, Santa Felicidade,
Curitiba/PR
30 SOLIS TECNOLOGIA Rodovia BR 252
LTDA 116, n. 3.000, Jardim Palmares, Colombo/PR
31 CARLOS ALBERTO Rua Atílio Bório, 253
ANDREGUETTO 120, apto. 1104, Cristo Rei, Curitiba/PR
32 OBRA IMPRESSA Rua Nápoles, nº 255, bairro Atuba, 240
GRÁFICA E EDITORA Curitiba/PR
LTDA
33 ARNALDO SUHR Rua São 241
Januário, nº 566, apto. 12, Jardim Botânico,
Curitiba/PR
34 RODRIGO FELIPE Rua 242
SUHR General Aristides Athayde Junior, nº 602, apto.
402, bairro
Bigorrilho, Curitiba/PR
35 PRISCILLA ARIANE Rua Coronel Pedro Scherer Sobrinho, nº 260, 243
SUHR apto. 505 (bloco 1 ou 2), Bairro Cristo Rei,
Curitiba/PR
36 MAGNA APARECIDA Rua Bartolomeu 244
DA SILVA Lourenço de Gusmão, 972, Hauer, Curitiba/PR
37 HUMBERTO Av. São José, nº 245
CICCARINO NETO 752, apto. 1203, Cristo Rei, Curitiba/PR
38 AMILTON KÜSTER Rua Carneiro 246
Lobo, n. 455, apto. 202, Água Verde,
Curitiba/PR
39 WALMAR RODRIGUES Rua Equador, n. 247
DA SILVA 10, Bacacheri, Curitiba/PR
40 JOSÉ MARTINS Rua dos Aracaris, 251
LECHETA n. 27, Condomínio Andorinhas, Alphaville
Graciosa, Pinhais/PR
41 SÉRGIO NOGUEIRA SQN 112, BLOCO 248
SEABRA D, APT 202, ASA NORTE, CEP: 70762-040,
BRASILIA – DF
42 EXPP LOCAÇÕES Rua XV de Novembro, nº 266, conj. 52, Centro, 249
Curitiba
14
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SUMÁRIO
1. Introdução;
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7.5. Laudo pericial também aponta possível fraude contábil para ocultar a real
destinação de valores superfaturados, reforçando os indícios de pagamentos
de propinas;
8.1. Resumo;
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1. Introdução
19
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“I- apoiar e desenvolver ações e serviços para a defesa e elevação do ser humano e
do desenvolvimento institucional, nas áreas de pesquisa, cultura, educação, ciência
e sobre as questões dos estudos tecnológicos e pesquisas;
71
Ver fls. 533 (pg. 135, pdf.), do volume principal 3, dos papéis de trabalho da CGU/PR.
72
Ver currículo de fls. 544/545 (pg. 146/147, pdf.), do volume principal 3, dos papéis de trabalho da CGU/PR.
73
Ver relatórios de auditoria independente de fls. 619, 626 e 632 (pg. 21, 28 e 34, pdf.), do volume principal 4,
dos papéis de trabalho da CGU/PR.
74
Ver relatório de auditoria independente de fls. 619 (pg. 21, pdf.), do volume principal 4, dos papéis de trabalho
da CGU/PR.
75
Ver currículo de fls. 547/548 (pg. 149/150, pdf.), do volume principal 3, dos papéis de trabalho da CGU/PR.
76
Ver fls. 531/532 (pg. 133/134, pdf.), do volume principal 3, dos papéis de trabalho da CGU/PR.
77
Ver fls. 438/466 (pgs. 40/67, pdf.), do volume principal 3, dos papéis de trabalho da CGU/PR.
78
Ver fls. 438/440 (pgs. 40/42, pdf.) , do volume principal 3, dos papéis de trabalho da CGU/PR.
22
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79
Ver fls. 556/557 (pgs. 158/159, pdf.), do volume principal 3, dos papéis de trabalho da CGU/PR.
80
Ver fls. 26/27 da Informação nº 140-DELEFIN/SR/DPF/PR.
81
Ver fls. 558/560 (pgs. 160/162, pdf.), do volume principal 3, dos papéis de trabalho da CGU/PR.
23
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82
Ver fls. 596/600 do volume principal 3 e fls. 601/603 do volume principal 4 (pgs. 198/203 e 3/5, pdf.), dos
papéis de trabalho da CGU/PR.
83
Ver fls. 586/595 do volume principal 3 (pgs. 188/197, pdf.), dos papéis de trabalho da CGU/PR.
25
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QUE na campanha eleitoral de 2004, conheceu GILSON AMÂNCIO, pois esse indicou
LEOPOLDO CAMPOS, para ser o candidato a Prefeito Municipal de Curitiba/PR pelo
PSDC; QUE naquela época GILSON AMÂNCIO apresentava-se como presidente de
um instituto, de nome IBEPOTEQ, porém não sabia exatamente suas atividades
comerciais; QUE GILSON estava, na época, prospectando trabalhos para o
IBEPOTEQ; QUE auxiliou GILSON AMÂNCIO no sentido de que o IBEPOTEQ
obtivesse junto ao Ministério da Justiça a qualificação de Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público - OSCIP; QUE não tinha nenhum tipo de relacionamento
junto ao MJ para facilitar a concessão, sendo que pesquisou o trâmite para tanto na
internet; QUE GILSON solicitou ao interrogado que integrasse o quadro da OSCIP
pois isso era necessário em virtude da exigência de um número mínimo de
pessoas; QUE nesse sentido fez parte do Conselho Fiscal e foi Diretor de Projetos;
QUE GILSON AMÂNCIO demandava ao interrogado para que resolvesse questões
documentais ligadas à OSCIP, no entanto não ficava trabalhando dentro do
IBEPOTEQ, que na época era situado na rua Nossa Senhora Aparecida, 1861,
Curitiba/PR; QUE não era remunerado pelo IBEPOTEQ; QUE a ajuda era dada pelo
interrogado para obter alguma renda futura, em negócios futuros envolvendo o
IBEPOTEQ; QUE constituiu laços de amizade com GILSON e atualmente são amigos,
conhecendo as famílias, porém não frequentam as residências um do outro [...]
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[...] QUE GILSON é o presidente do IBEPOTEQ, quem respondia pela OSCIP; QUE
conheceu VILMA CLÉIA CHECHELSKI AMÂNCIO, também do IBEPOTEQ, que seria
uma gerente operacional da OSCIP, sendo que ela frequentava reuniões no IFPR;
QUE conheceu ALEXANDRE SOUZA DE AZAMBUJA, no ano de 2010, no IFPR, pois o
mesmo representava o IBEPOTEQ juntamente com GILSON; QUE GILSON havia
levado AZAMBUJA para formatar relatórios mais aprofundados de serviços
prestados pelo IBEPOTEQ; QUE não conhece DORIANE ANUNCIAÇÃO MARKIEWICZ;
QUE conheceu CARLOS ROBERTO MÍSCOLI, o qual também esteve com GILSON
AMANCIO no IFPR, não se recordando o motivo; QUE não sabe dizer a participação
de MISCOLI no IBEPOTEQ; QUE conheceu CLAUDIONOR CARVALHO por conta do
IBEPOTEQ, pois o mesmo detinha cargo elevado na OSCIP e diversas vezes
acompanhava GILSON no IFPR; QUE conheceu PAULO DA SILVEIRA DIAS JUNIOR,
o qual acompanhava GILSON AMANCIO durante a execução do primeiro TP
01/2009;[...]
[...] QUE conhece GILSON AMÂNCIO, por conta do IBEPOTEQ, desde de 2009; QUE
GILSON era quem assinava pelo IBEPOTEQ, sendo o responsável e administrador;
QUE conhece VILMA CLEA CHECHELSKI AMÂNCIO, esposa de GILSON, também por
conta do IBEPOTEQ, pois ela ocupava função dentro do IBEPOTEQ, na área de
contratação de pessoal; QUE GILSON e VILMA não são seus amigos, não tendo
relação de intimidade; QUE conhece ALEXANDRE SOUZA DE AZAMBUJA, também
por conta do IBEPOTEQ, mas não sabe quais eram suas funções dentro daquela
OSCIP, acreditando que AZAMBUJA possa ter sido um terceirizado, contratado pelo
IBEPOTEQ; QUE não sabe se GILSON e VILMA são sócios de AZAMBUJA; QUE
conhece CARLOS ROBERTO MISCOLI, também por conta do IBEPOTEQ, pois ele era
um prestador de serviços, não se recordando que tipo de serviço prestou, assim
como não sabe a relação entre MISCOLI, GILSON e VILMA; QUE não tem relação de
amizade com CARLOS MISCOLI; QUE conhece CLAUDIONOR CARVALHO, também
do IBEPOTEQ, sabendo que ele chegou a ser o representante legal do IBEPOTEQ
em algum concurso de projetos, bem como costumava estar no IFPR; QUE não tem
relação de amizade com CLAUDIONOR CARVALHO; QUE acredita que PAULO DA
SILVEIRA DIAS JUNIOR trabalhou no IBEPOTEQ, mais no início da parceria,
podendo talvez também ser um prestador de serviços; QUE também não tem
amizade com PAULO DA SILVEIRA DIAS JUNIOR;[...]
85
Verhttp://www.cgu.gov.br/imprensa/Noticias/2010/noticia15710.asp;
http://www.cgu.gov.br/imprensa/Arquivos/2010/troca-emails-oscips.pdf;
86
Ver fls. 695 (pg. 97, pdf.), do volume principal 4, dos papéis de trabalho da CGU/PR.
28
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87
Ver fls. 682/683 do volume 4 (pgs. 84/85, pdf.), papéis de trabalho da CGU/PR.
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“[...] QUE neste ato o interrogado solicita que seja consignado que conseguiu
manter contato telefônico com seu advogado Dr. Elias Assad e recebeu
orientação de permanecer em silêncio até que seu defensor tenha
conhecimento pleno da acusação que lhe é imposta e a partir deste ato
exerce o direito constitucional de permanecer em silêncio[...]”
88
Art. 4o Atendido o disposto no art. 3o, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizações da Sociedade Civil
de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas
expressamente disponham sobre: [...] Parágrafo único. É permitida a participação de servidores públicos na
composição de conselho de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, vedada a percepção de
remuneração ou subsídio, a qualquer título.(Incluído pela Lei nº 10.539, de 2002)
89
Ver Currículo às fls. 715/718 (pgs. 117/120, pdf), do vol. 4 dos papéis de trabalho da CGU/PR.
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1° Aditivo 1.074.005,81
(28.11.11 –
Ciccarino por
delegação de
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Colombo x
Genoíno José Dal
Moro) =R$ 4.623.974,19
IBEPOTEQ TP 03/2010 2.627.074,60 MEC, para cursos José Carlos
(23.12.10 – Alípio de especialização Ciccarino / idem.
x Gilson) em Gestão
+ Pública para
servidores
1° Aditivo 4.781.919,60 federais, cursos
(6.12.11 – do Programa e-
Ciccarino por Tec e confecção
delegação de de material
Colombo x didático para
Gilson) =R$ 7.408.994,20 vários cursos.
IBEPOTEQ TP 01/2011 MEC – Cursos do José Carlos
(30.9.2011 – Programa e-Tec. Ciccarino /
Ciccarino por Ricardo Herrera.
delegação de
Colombo x 53.572.391,50
Gilson)
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Consta da primeira Ata que o edital foi retirado pelo IBEPOTEQ, pelo
INSTITUTO DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL – IMAMB, CNPJ 06.307.434/0001-
15, e pela ASSOCIAÇÃO IS INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL, CNPJ 10.511.413/0001-94, mas apenas esteve presente e
apresentou proposta o presidente do IBEPOTEQ, GILSON AMÂNCIO,
consequentemente habilitado para as fases seguintes e vencedor do certame.
QUE em 2010 GILSON AMÂNCIO telefonou para o declarante e informou que havia
um edital aberto no IFPR (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do
Paraná) e que poderia interessar à OSCIP que o declarante estava a frente; QUE o
declarante então retirou o edital nº 03/2010, do IFPR, mas ao analizá-lo constatou
que o objeto a que se referia era muito diferente daquilo que o Instituto IS estava
apto a atuar, ou seja, na área ambiental, não havendo interesse em participar
daquele concurso de projetos, assim, nem sequer elaborou proposta; QUE GILSON
ainda telefonou para o declarante e pediu para ele elaborar uma proposta, mas
realmente a área era muito diferente daquilo que era de conhecimento do
90
Ver pg. 22, pdf., do vol. I – completo, do TP 01/2009.
91
Ver pg. 23/36, pdf., do vol. I – completo, do TP 01/2009.
92
Ver pgs. 103/122 (Edital), 123/152 (Anexos), pdf., do vol. II – completo do TP 01/2009.
93
Ver relatório preliminar da CGU/PR.
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O IMAMB figura como investigado nestes autos diante dos indícios de que não
prestou os serviços para os quais as OSCIP´s lhe contrataram, além de ter
montado relatórios durante a auditoria da CGU para atender às solicitações do
órgão de fiscalização.
94
xxxx
95
xxxx
96
Ver pgs. 21/39 pdf. , do vol. III – completo.
97
Ver pgs. 53, 57 pdf. , do vol. III – completo.
36
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98
Ver pgs. 58, 78/79 e 80/91 pdf. , do vol. III – completo.
99
Ver pgs. 100/132 pdf. , do vol. III – completo.
100
Ver pg. 123, pdf., do vol. IV – completo, do TP 01/2009.
101
Ver pgs. 78/81, pdf., do volume IV – completo, do TP 01/2009.
102
Ver pgs. 121/122, pdf., vol. IV – principal, do TP 01/2009.
103
Ver pg. 2, pdf., do vol. I – completo 1, do TP 01/2010.
104
Ver pgs. 3/31, pdf., do vol. I – completo 1, do TP 01/2010.
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Também alegou que já havia firmado termo de parceria com o IBEPOTEQ para
a implementação do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública (edição 2008)
e sem tal cooperação técnica operacional não teriam sido cumpridos os objetivos
com eficiência e eficácia.
Concluiu, assim, que seria necessário novamente contratar uma OSCIP com
capacidade técnica e operacional para efetivar a edição 2009/2010 do Curso
Superior de Tecnologia em Gestão Pública e para ampliar o Núcleo Pedagógico e a
Secretaria Acadêmica do EAD para os demais cursos a serem implementados.
105
Ver pgs. 73, pdf., do vol. IV – completo do TP 01/2010.
106
Ver pgs. 88/150, pdf., do vol. IV – completo; e pgs. 1/7, pdf., do vol. V, todos do TP 01/2010.
107
Ver pg. 10, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
108
Ver pg. 11/12, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
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seja, já existia vínculo prévio entre tais pessoas jurídicas e os seus representantes
pessoas físicas.109
QUE no ano de 2002 era militante do partido político PPS (Partido Popular
Socialista) e participou da campanha para o cargo de Governador do Estado do
Paraná, em favor de Rubens Bueno, ocasião em que conheceu outras pessoas que
também apoiavam o candidato, dentre as quais ALEXANDRE SOUZA DE AZAMBUJA;
QUE AZAMBUJA, há época, era comerciante de cartuchos de impressora; QUE
iniciou laços de amizade com AZAMBUJA, na época, sendo que compuseram a
executiva municipal do PSDC (Partido Social Democrata Cristão), de Curitiba/PR;
QUE no ano de 2004 lançou-se candidato a vereador em Curitiba/PR, pelo PSDC,
não se sagrando eleito; QUE na campanha eleitoral de 2004, conheceu GILSON
AMÂNCIO, pois esse indicou LEOPOLDO CAMPOS, para ser o candidato a Prefeito
Municipal de Curitiba/PR pelo PSDC;[...] QUE indagado o porquê o IBEPEMA
participou do concurso de projetos, referente ao TP 01/2010, do IFPR, afirma que
pretendia adquirir conhecimento sobre procedimento, mas reconhece que o
IBEPEMA não detinha qualificação de OSCIP que permitisse sua contratação; QUE
retirou o Edital e preparou documentação e proposta, mesmo já sabendo que não
seria selecionado;110
109
Ver pgs. 144/150 e 128C, pdf., do vol. V; e 1/8, do vol. VI – completo, do TP 01/2010.
110
xxxxx
111
xxxxx
112
Ver pgs. 81/85, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
113
Ver pgs. 87/90, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
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114
Ver pgs. 91 e 93, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
115
Ver pgs. 92, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
116
Ver pgs. 94, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
117
Ver pgs. 96, 97 e 98, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
118
Ver pgs. 99, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
119
Ver pgs. 100/102, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
120
Ver pgs. 104/107, pdf., do vol. V – completo, do TP 01/2010.
121
Ver pgs. 71/79, pdf., do vol. VII – completo, do TP 01/2010.
122
Ver pgs. 81, pdf., do vol. VII – completo, do TP 01/2010.
123
Ver pgs. 84, pdf., do vol. VII – completo, do TP 01/2010.
124
Ver pgs. 84, pdf., do vol. VII – completo, do TP 01/2010.
125
Ver pgs. 108 e 110, 111/112, 113/120, 121/122, pdf., do vol. VII – completo; e pgs. 1/6, do vol. VIII, todos do
TP 01/2010.
126
Ver pgs. 22/31, pdf., do vol. VIII – completo, do TP 01/2010.
127
Ver pgs. 20/21, pdf., do vol. VIII – completo, do TP 01/2010.
40
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128
Ver pg. 1, pdf., do vol. I – completo, do TP 02/2010.
129
Ver pgs. 2/5, pdf., do vol. I – completo, do TP02/2010.
130
Ver pgs. 7/19, pdf., do vol. I – completo, do TP02/2010.
131
Ver pg. 99, pdf., do vol. I – completo, do TP 02/2010.
132
Ver pg. 95, pdf., do vol. I – completo, do TP 02/2010.
133
Ver pgs. 102/132 (edital), 133/144 (anexos) pdf., do vol. I – completo, do TP 02/2010.
134
Ver pg. 146 pdf., do vol. I – completo, do TP 02/2010.
135
Ver pgs. 150/151 pdf., do vol. I – completo, do TP 02/2010.
136
Ver pgs. 152 pdf., do vol. I – completo, do TP 02/2010.
41
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137
Ver pgs. 186/187 pdf., do vol. I – completo, do TP 02/2010.
138
Ver pg. 158 pdf., do vol. II – completo, do TP 02/2010.
42
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Da mesma forma, entre junho a início de setembro de 2010 sequer havia sido
transferida e transformada a OSCIP em ABDES. Há indicativos assim de falsidade
ideológica. Conforme será visto mais adiante, a CALABRESE E RODRIGUES
também forneceu outros três atestados com indícios de falsidade
ideológica para que a ABDES comprovasse capacidade técnica durante o
concurso de projetos referente ao TP 01/2011, documentos estes cuja forma
e conteúdo assemelham-se a outros três atestados de capacidade técnica
fornecidos no mesmo certame em favor da ABDES, subscritos por JOSÉ CARLOS
CICCARINO, em papel timbrado oficial do IFPR.
139
Ver pgs. 188/189 pdf., do vol. I – completo, do TP 02/2010.
140
Ver pg. 127 pdf., do volume principal 4, papéis de trabalho da CGU/PR.
141
Ver pg. 29 pdf., vol. IV – completo, do TP 02/2010.
142
Ver pgs. 44/53, 54/66 (anexo) pdf., vol. IV – completo do TP 02/2010.
143
Ver pg. 78 pdf., vol. IV – completo, do TP 02/2010.
43
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144
Ver pg. 36, 41 pdf., vol. IV – completo, do TP 02/2010.
145
Ver pg. 80 pdf., vol. IV – completo, do TP 02/2010.
146
Ver pg. 91 pdf., vol. IV – completo, do TP 02/2010.
147
Ver pgs. 95/96 pdf., vol. IV – completo, do TP 02/2010.
148
Ver pgs. 121/123 pdf., vol. IV – completo, do TP 02/2010.
149
Ver pg. 118 pdf., vol. IV – completo, do TP 02/2010.
150
Ver pg. 119 pdf., vol. IV – completo, do TP 02/2010.
44
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151
Ver pg. 2(solicitação), 3/19 (justificativa) pdf., V1(1), do TP 03/2010.
152
Ver pg. 20 pdf., V1(1), do TP 03/2010.
153
Ver pg. 21/22 pdf., V1(1), do TP 03/2010.
154
Ver pgs. 23/24 pdf., V1(1), do TP 03/2010.
155
Ver pgs. 25/26 pdf., V1(1), do TP 03/2010.
156
Ver pg. 12 pdf., V1(3), do TP 03/2010.
157
Ver pgs. 13/14 pdf., V1(3), do TP 03/2010.
158
Ver pgs. 3/20 (edital) e 21/30 (anexo) pdf., V1 (4); pgs. 01/15 (anexo), V1 (5) do TP 03/2010.
159
Ver pg. 30 pdf., V1 (3), e pg. 1 pdf. V1(4) do TP 03/2010.
45
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160
Ver pg. 16 pdf., V1 (5), do TP 03/2010.
161
Ver pg. 25 pdf., V1 (5), do TP 03/2010.
162
Ver pg. 21/22 pdf., V1 (5), do TP 03/2010.
163
Ver pg. 3 pdf., V4 (6), do TP 03/2010.
164
Ver pgs. 02/11 e 12/26 (anexos) pdf., V5 (1), do TP 03/2010.
165
Ver pgs. 5/6 pdf., V5 (2), do TP 03/2010.
166
Ver pg. 27 e 30 pdf., V5 (1), do TP 03/2010.
167
Ver pg. 8 pdf., V5 (2), do TP 03/2010.
168
Ver pg. 9 pdf., V5 (2), do TP 03/2010.
169
Ver pgs. 26/29 pdf., V5 (2), do TP 03/2010.
170
Ver pgs. 30/31 pdf., V5 (2), do TP 03/2010.
46
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181
Ver pgs. 64/65 pdf. (070 a 157), TP 01/2011.
182
Ver pgs. 67/88 pdf. (070 a 157) e 1/34 (158 a 202), TP 01/2011.
183
Ver pgs. 35 pdf. (158 a 202), TP 01/2011.
184
Ver pgs. 36/38 pdf. (158 a 202), TP 01/2011.
185
Ver pgs. 25/27 pdf. (314/362), TP 01/2011.
186
Ver pgs. 50 pdf. (363 a 415), e pgs. 14 e 17 pdf. (416 a 432) TP 01/2011.
48
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187
Ver pgs. 51 pdf. (363 a 415), e pgss 15 e 18 pdf. (416 a 432) TP 01/2011.
188
Ver pgs. 26/27 pdf. (660 a 711), TP 01/2011.
189
Ver pgs. 35/43 pdf. (660 a 711), TP 01/2011.
190
Ver pgs. 61 pdf. (696 a 734), TP 01/2011.
191
Ver pgs. 45 pdf. (660 a 711), TP 01/2011.
192
Ver pgs. 27 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
193
Ver pgs. 22 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
194
Ver pgs. 6/7 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
195
Ver pgs. 20 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
196
Ver pgs. 8/9 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
197
Ver pgs. 10/11 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
49
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“28/07/2010:
- Reunião com Herrera, cica e Pedro no EaD. Auditoria da PGU
começa segunda feira. Discutiram preços e metodologia de cobrar
pelos serviços. Gilson ameaçou de não concorrer no pesca e não
participar mais daquilo.”
198
Ver pgs. 19 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
199
Ver pgs. 12/13 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
200
Ver pgs. 17/18 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
201
Ver pgs. 14/15 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
202
Ver pgs. 16 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
203
Ver pgs. 23/24 pdf. (735 a 808), TP 01/2011.
204
Ver pgs. 33/34 pdf. (660 a 711), TP 01/2011.
205
Ver pgs. 50 e 53 (nota de empenho) pdf. (696 a 734), TP 01/2011.
50
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“08/10/2010:
- Peguei o Gilson e fomos no EAD. Cica estava em reunião com o
cara da oscip concorrente. Deixei as planilhas com ele.”
“18/11/2010:
- fomos no ead entregar cadernos para cica e validar forma de
apresentação. Ficou de ler e estava seco. Antes eles tiveram reunião
tensa quando Gilson soube que outro ganharia o pesca e o ibepoteq
só daria a cobertura.
- no final da noite houve uma reunião entre Gilson, Pedro e cica a
pedido do Alípio para comporem uma solução.”
“25/11/2010:
- Reunião com Bernardoni e o filho para preparação da concorrência
- Preparei a metodologia de projeto do ABDES.
- Preparação da documentação do ibepoteq até as 8hs.”
“26/11/2010:
- Perdemos a concorrência como devia ser. Cica disse que não
esperava outra coisa de parceiro.”
“As OSCIPs, segundo a Lei nº 9790/99, não possuem fins lucrativos. Portanto,
em Termo de Parceria firmado entre a Administração e essa Entidade não há que se
falar em preço ou remuneração. Há transferência de recursos para que seja
desempenhada alguma atividade de interesse público, devendo os mesmos ser
aplicados, integralmente, na execução do projeto, para cobertura de custos diretos
e indiretos, devidamente previstos no Termo de Parceria. Além do exposto, no caso
em tela, não há comprovação da aplicação do valor recebido como taxa de
administração no objeto do Termo de Parceria, caracterizando, portanto,
remuneração por serviços prestados, ou seja, um 'lucro’ auferido que não encontra
amparo na legislação vigente.”
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No TP nº 02/2010:
No TP nº 01/2011:
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Total de Créditos 601.044,48 2.381.290,02 636.549,09 5.537.086,91 7.234.118,58 9.914.625,75 11.116.879,57 24.695.660,65 14.000.000,00 9.394.660,43 700.000,00 86.211.915,48
Créditos INTRA - 1.232.972,02 324.740,97 7.031.334,60 3.786.106,63 3.707.685,52 24.662.826,01 - 9.394.660,43 700.000,00 50.840.326,18
Créditos a identificar 601.044,48 1.148.318,00 636.549,09 5.212.345,94 202.783,98 6.128.519,12 7.409.194,05 32.834,64 14.000.000,00 - - 35.371.589,30
NÃO IDENTIFICADO 16.700,00 1.035.818,00 33.549,09 22.713,89 202.783,98 169.165,72 35.199,85 32.834,64 1.548.765,17
206
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Em sua justificativa técnica, afirma que o Termo Aditivo visa prestar apoio
aos projetos de acompanhamento, avaliação, validação de materiais didáticos
produzidos por professores do IFPR para 150 disciplinas de cursos da Educação
Profissional Técnica na modalidade de ensino à distância do Sistema Escola Técnica
Aberta do Brasil do Programa E-Tec Brasil; atendimento a 2 cursos de
especialização (4turmas) para gestores educacionais com apoio do Programa Brasil
Profissionalizado e atender aos curso de especialização em propriedade intelectual e
inovação.
59
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É possível que essas sobras sejam ainda maiores, pois alguns gastos
com convênios de menor valor (R$ 120.920,00 em 2011 e R$ 25.200,00 em
2012) foram lançados como “Despesas Gerais”.
207
xxxxx
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Embora tenha sido aberta com capital social de R$ 1.000.000,00 (um milhão
de reais), o Escritório de Pesquisa e Investigação da 9ª Região Fiscal (ESPEI9)208
verificou que o único ano em que a empresa registrou renda e movimentação
financeira foi em 2010, atividade contemporânea à época em que a OSCIP
IBEPOTEQ havia firmado termos de parceria com o IFPR, e em tal ano houve
incompatibilidade entre elas.
208
Consigna-se, desde já, que o ESPEI9 elaborou relatório para esta investigação policial em 2012, o
que viabilizou a análise somente até 2010, pois dados de 2011 não estavam totalmente disponíveis.
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209
EOX ENERGIA EÓLICA S.A., CNPJ: 12.394.936/0001-23 (aberta em 30/06/2010); DELUXE MOTORS S.A.,
CNPJ: 12.395.010/0001-52 (aberta em 30/06/2010); ÁGUAS BRASILEIRAS S.A., CNPJ: 12.395.085/0001-53,
(aberta em 13/07/2010); ATIVOS BRASILEIROS S.A., CNPJ: 13.720.918/0001-57 (aberta em 30/06/2010);
COBRE BRASILEIRO S.A., CNPJ: 12.395.113/0001-12,(aberta em 30/06/2010); COMPANHIA AURÍFERA
BRASILEIRA S.A., CNPJ: 12.078.880/0001-06, (aberta em 19/05/2010); ESX ENERGIA SOLAR S.A., CNPJ:
12.394.991/0001-13,(aberta em 30/06/2010); FOSFATO BRASILEIRO S.A., CNPJ: 12.394.972/0001-97(aberta
em 06/07/2010); FLORESTAL BRASILEIRA S.A., CNPJ: 13.727.873/0001-42, (aberta em 13/07/2010);
(aberta em 12/05/2010); DROGARIAS AMERICANAS S.A., CNPJ: 12.492.734/0001-14,(aberta em 10/08/2010);
COMPANHIA DIAMANTÍFERA BRASILEIRA S.A., CNPJ: 12.078.506/0001-00 (aberta em 19/05/2010); E-
TELEVISION S.A. PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS, CNPJ: 12.078.736/0001-61 (aberta em 12/05/2010);
GIGAFRETE S.A., CNPJ: 12.492.717/0001-87 (aberta em 10/08/2010).
65
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210
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211
xxxxx
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G - Zamba!
A - Fala cara.
G - Seguinte: amanhã tem como você passar aqui cedo?
A - Eu tô recebendo uns caras aí às 9h amanhã. Da RICA lá... Uma mulher dos Estados Unidos...E aí
de tarde eu tenho duas horas... Amanhã está uma merda. Amanhã vem o Pícolas. O filho do Pícolas
está trazendo um cara aí, às 16h.
G - Então beleza.
A - Alguma novidade?
G - Sim, eu preciso falar contigo algumas coisas aí também.
A - Na semana passada eu entreguei 6 ofícios de CBN, puta que pariu ! É de foder! Esse agora eu
tenho só um pra quarta-feira e não tenho mais nada. Aí vou sentar pra fazer aquele bagulho.
G - Deixa eu te falar uma coisa, eu preciso fazer uns relatórios aí e precisa falar contigo.
A - Relatórios?
G - É, mas aí a gente senta e conversa pessoalmente.
A - Tá bom então.
G - Pode ser quarta-feira de manhã?
A - Quarta de manhã é melhor então. Amanhã está um dia complicado. Quer que eu passe aí?
G - Isso, venha. 9 horas...
Despedem-se
A partir de 40"
G - Zamba, preciso de você.
A - Meu Deus. Que dia?
G - Não, você falou que vinha cedo hoje aqui.
A - Puta que pariu! Cara... éé... de tarde, que de manhã eu tô fudido até umas 14...
G - Então venha logo depois do almoço Azambuja, eu preciso de você.
212
Relatório 01, de interceptações telefônicas, pgs. 17/20.
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A partir de 35"
G - Você me esqueceu né seu filho da puta.
A - Eu vi que você tinha ligado, mas de manhã eu apaguei.
G - Mas ontem você não ia voltar lá para pegar aquele seu equipamento?
A - Mas daí eu ia pegar hoje de manhã, mas daí eu apaguei lá. Ela salvou no meu HD lá?
G - Salvou. Está comigo. Vamos fazer o seguinte: amanhã de manhã que horas você quer que eu te
ligue. Aí eu te levo onde você estiver.
A - Umas 10h então nós nos encontramos aí.
G - Tá bom Dr.
A - Daí a gente vê onde é que... Daí eu pego o Gideão... ontem ela me deu uns arquivos... ela
encontrou os arquivos lá? Estava digitalizado ou não?
G - Tava digitalizado.
A - Ela tem aquele bagulho? É só imprimir e reformatar?
G - É, o que não tem lá parece que é aquele graficozinho lá, sabe?
A - E aí ela ia tirar cópia daquela parte impressa que tu tem que é tipo um relatoriozinho que tu
já tem e que é para melhorar aquele relatório né?
G - Isso. Isso. Mas aí é o seguinte: o que tiver faltando lá, numa dessa, na segunda-feira tu dá
um pau lá Azambuja. Mas aí amanhã às 10h nós conversamos.
A - Aquilo ali que eu vi não é difícil. Eu peguei já os teus negócios ali e vou dar uma lida na
carta resposta né? Porque não tem como responder aquilo ali, Gilson. Começar a inventar muito
funcionário, muita coisa... G - (Gilson interrompe imediatamente Azambuja e diz:) Conversamos
pessoalmente.
Despedem-se
A - Fala Gilson.
G - Meu querido, estou com a faca no pescoço. Eh dai?
A - Tô fazendo.
G - Você acha que termina hoje?
A - Hoje não, mas amanhã eu acho que sim. Tive que refazer tudo aquelas merdas. (Gilson
Interrompe).
G- Tá bom. Mas que horas.
A - Tu vai entregar isso quando?
G - Amanhã. Eu tô.
A - (inaudível).
G - Tá bom. Amanhã, por favor, me ajude.
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C - Confeitaria.
G - Carlos...
C - Oi!
G - Eu preciso de você urgente, Carlos.
C - Oh meu irmãozinho. Diga lá o que você precisa?
G - Eu preciso de você urgente.
C - Aí ná...
G - É.
C - Eu só posso ir a tarde.
G - Que horas Carlos. Mas sem furo.
C - Ah Gilson eu vou lá pelas... Puta, hoje eu tenho um negócio marcado.
G - Carlos, quanto mais antes melhor Carlos.
C - É que eu tô com a produção aqui né. Você viu naquele dia.
G - Não, mas não, mas Carlinhos. Por favor.
C - Seguinte: Procurei lá o negócio...
G - Esquece. Aquilo eu já resolvi. Preciso de você só...
C - Eu vou dar um jeito aí.. eu passo aí...
G - Eh traz o... a logo... Papel Timbrado...
C - Tá bom.
G - Que horas você passa Carlinhos?
C - Três Horas.
OBS: Possivelmente o papel timbrado seja para elaborar os relatórios de execução fisica
financeira requisitados pela CGU por meio da Solicitação de Auditoria nº 201200798/09 de
30/03/2012. Carlos Míscoli é Presidente do IBEPEMA (empresa que presta ou já prestou serviço para
o IBEPOTEQ e ABDES - de Gerenciamento de Projetos) e é presidente do Conselho Fiscal do IBEPOTEQ.
Comentário:
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OBS: Gilson se refere ao Stephanes como Júnior e demonstra intimidade com a secretária.
Provavelmente Stephanes Jr. é “o deputado” do Gilson.
Voltam a falar amenidades (sobre futebol) e Carlos também demonstrar ser íntimo de Júnior.
A partir de 2'10"
C - Precisamos marcar. Eu tenho um material bacana lá. Pra gente... Pra te mostrar como é que
ficou... Lá do partido. E precisamos conversar pra ver como é que nós vamos fazer... eu
preciso... eu vou precisar da tua ajuda.
J - Tá bom. A gente conversa daí.
C - Outra coisa, lembra do Major Medeiros da polícia Militar.
J - Lembro. Eu almocei com ele.
C - Ele quer ir junto. Posso levá-lo?
J - Leva Claro. Com o maior prazer.
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C - Então tá bom. Está combinado. O Gilson vai ver aqui direitinho o horário e daí nós vamos
juntos lá.
Despedem-se
A partir de 3'
G - Eh o Paulinho da Sanepar também tá querendo falar contigo.
J - O Paulinho tá bem é queimado no governo do Beto Richa.
G - Não...
J - (Risos!) Eu sei disso.
G - É sua indicação rapaz. Depois que você botou a mão nele. (inaudível) não sair do lugar
(risos!) não, não, eles estão agora dando um espacinho pra ele lá, mas ele quer conversar contigo
e quer... na verdade quer estar contigo.
J - Tá bom...
G - Eu vou falar com a Márcia e se der na segunda-feira a gente já mata esses dois assuntos.
Despedem-se
“10/02/2010:
- Miscoli ligou
- Passei na padaria e fiquei conversando com Miscoli até as 22 hs.”
“15/03/2010:
- Herrera disse que precisa dos dados que eu fiquei de passar para fazer o
seu fechamento de conta. Queriam R$ 24 mil em $$$ para socorrer a
Mércia que estava em Fortaleza. Parece que é para acertar R$ 40 mil do
Pedro. Fiquei de apresentar tudo o fechamento de fevereiro ainda hoje. Na
213
RAMA XXXX
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“18/03/2010:
“19/03/2010:
- Reunião no IFPR para acerto do caixa dois. Depois mais R$ 13 mil e conta
do Gilson ficou para acertar depois.”
“07/05/2010:
Nota fiscal emitida para cobrir o repasse efetuado aos gestores do EaD em 18
de março.
“19/07/2010:
- Fui no banco e cheque estava errado. Não pude depositar. Saquei R$ para
Cicca.”
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“30/08/2010:
“10/09/2010:
“08/10/2010:
ITEM
DESCRIÇÃO DO MATERIAL APREENDIDO ANÁLISE
Inclui quadro societário da empresa Atletas Brasileiros S.A., da qual são sócios Pedro
Antônio Bittencourt Pacheco e José Martins Lecheta, também investigados no âmbito da
Operação Sinapse. É relevante porque estabelece a relação entre os alvos.
214
xxxxx
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xxxxx
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“03/03/2010:
- Hoje vence o meu salário (iniciei as planilhas no dia 03 de fevereiro).
Gilson esté esperando entrar o dinheiro. Já garantimos que sai o de R$ 580
mil em 48 horas e está caindo também os R$ 203 mil mensais. Emplaquei a
idéia de recompor o capital de giro com a emissão de outra nota fiscal de
R$ 203 mil a partir do dia 25 de março.”
“05/03/2010:
- Recebi R$ 2 mil pois o Gilson se confundiu. Falta R$ 1 mil. Pediu as NF
dos projetos anteriores e me cobrou o que disse sobre nota a mais. Pelos
R$ 5 mil emitirei 8 mil de NF. Assinei os RPAs de coordenador com R$ 21
mil (líquido de 14.595,00) e de R$ 8.858,00 (líquido de R$ 5.876,00).
Totalizando R$ 20.471,00 de origem para investimentos.”
Aqui fica claro que Azambuja fornece notas fiscais em troca de comissão
financeira (R$ 5.000,00 por uma nota fiscal de R$ 8.000,00). O autor também
recebeu como Coordenador via RPA.
“10/06/2010:
- Recebi o restante do Gilson. R$ 13.600,00 (Ganho de R$ 867 na NF + R$
2 mil + salário R$ 5 mil).Lançamento dos pagamentos na planilha do Ead.”
“18/06/2010:
- Acertei com Gilson para emitir NF Templeton para dar saída no Ibepoteq.
Falamos com Herrera e passou NF do aditivo para o nosso fechamento de
mês do dia 18.”
“23/06/2010:
- Acertamos que entregaria a NF com um ofício com justificativa para
liberar o novo pagamento de R$ 203 mil.”
“14/07/2010:
- Imprimimos NF de R$ 135 mil e orçamento e contratos condizentes.
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“15/07/2010:
- Reunião no Ibepoteq. Gilson assinou pendências e Vilma me passou mais
docs errados para correção. Acertamos valor NF enviadas pela Dori em R$
15,1 mil. Fiz o lançamento das despesas de julho na planilha (ainda estão
lançando provisões em separado) e achei mais R$ 50 mil na conta.
Entreguei a NF de R$ 135 mil e todos os Docs só faltando cair o depósito de
R$ 975 para pagamento. Gilson me trouxe de volta na Templeton. Acertei o
apostilamento com vistoria dos pólos de R$ 55 mil. Já caiu apostilamento e
tenho mais R$ 5 mil a receber.
- Pessoal terminou o contrato e aceite da vistoria e emiti a NF de R$ 55 mil.
Corrigiram erros e reimprimiram.”
“22/07/2010:
- Reunião no Ibepoteq sobre Relatório de fechamento do mês de
julho. Elaborei as ordens de serviço No 02 e 03 da Calabrese e do
PM Office. Depois de muita relutância da Vilma recebi o cheque de
R$ 135 mil.”
“27/07/2010:
- Reunião EAD. Entreguei texto do 3º apostilamento e duas OS. Cica
assinou a da Calabrese e Herrera ensebou a da equipe de PM. Expliquei a
engenharia da NF de R$ 120 mil.”
“01/09/2010:
- Reunião no Ibepoteq. Entreguei mais 3 book do encerramento e deixei
contratos para assinatura. Wilma só vai liberar pagamentos do meu salário
e ch de R$ 28 mil quando entrar R$ 203 mil na quinta. Herrera cobrou
reunião sobre pesca. Falei que ia preparar as planilhas. Quiseram desfazer
compra da NF de R$ 145 mil para 10%. Aceitei mas depois Gilson recuou.”
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“01/10/2010:
- Passei no Gilson. Estava um tumulto. Falei sobre emitir NF da Templeton
e ele disse que Eles não queriam. Raton e filho estavam lá.”
Azambuja fala em emitir nota fiscal que “eles” não queriam – provavelmente a
direção do EaD. Trata-se também de compra de nota fiscal, do contrário a emissão
não dependeria da discricionariedade dos gestores.
“07/12/2010:
- Falei com Herrera e procurei cica no estúdio. Mostrei EAP e deixei para
ele corrigir. Autorizou jogar R$ 60 mil de professores no 2009 para
aumentar NF da gestão de projeto.”
“09/12/2010:
- Posicionei Cica do saldo dos aditivos para emissão da NF.”
Notas fiscais são emitidas sob encomenda, de acordo com o saldo disponível
no projeto.
“20/12/2010:
- Fui com Gilson e Cica para EAD e ele aprovou a engenharia. Retornei ao
Ibepoteq e finalizamos implantação das planilhas de pagamento. Vilma
tinha mais de R$ 240 mil no banco e não fez os pagamentos elencados
desde o dia 10/12.”
“23/12/2010:
- Quando Gilson chegou contou que Cica (quis falar com ele sozinho) ficou
de ele mesmo arrumar as empresas para emissão das NFs que seriam
emitidas naquele dia mesmo. Mas ch do hotel já tinha sido emitido. Acho
que Gilson me enrolou. Ficou então de adiantar o salário do dia 3/01. Mas
Vilma falou que só liberava o pagamento com a NF e um panetone, pq
Gilson tinha ganho o vinho.
- Voltei para a Templeton e emiti a NF. Comecei a redigir o Relatório DEZ
de 2010 para entregá-lo junto mas não ia dar tempo”
Ciccarino precisa de notas fiscais para justificar saídas de recursos, sendo que
ele mesmo providenciaria empresas para emitir os documentos.
“17/01/2011:
- Falamos com Bernardoni. Quer uma NF da Templeton de R$ 37 mil.
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“21/01/2011:
- preparamos kit contratual e emiti a NF do bernardoni. Liguei e
agendamos para amanhã qualquer hora.”
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Todavia, nenhum dos serviços prestados acima para ambas OSCIP´s foi
comprovado, sendo que nos serviços de vistorias e capacitação ficou comprovado o
superfaturamento (ver itens 6.9 e 6.10), ou seja, serviços pagos e não prestados.
216
Relatório 02, de interceptações telefônicas, pgs. 29/30.
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Resumo:
Analista da CGU (SÉRGIO) comunica que irá entregar mais uma SA (Solicitação de Auditoria) hoje,
uma complementação da SA entregue no dia anterior, e que precisará destes documentos com certa
urgência. Diante disso deseja realizar a fiscalização in locco amanhã direto na sede a ABDES.
Sérgio comunica que amanhã pretende começar os trabalhos a partir das 9h.
Comentário:
Além da SA entregue no dia 8/05, cujo teor está relacionado à ligação anterior, SERGIO comunica a
entrega de mais uma SA hoje. Demonstra também a intenção de efetuar os trabalhos diretamente na
sede da ABDES.
Comentário:
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HAMILTON: Alô.
BERNARDONI: Oi, HAMILTON.
H: Pode falar?
B: Sim, você ligou?
H: Liguei, eu só queria saber se você podia falar.
B: Sim.
H: Seguinte, eu to com uma dúvida aqui: você tem aquela cotação assinada aqui por IBEPEMA e
TELEVISION, cópia do CAIO SÉRGIO SENTA, de 17/01/2011...
(BERNARDONI interrompe)
B: Não, não fala isso por telefone, cara...
H: (risos) Por isso que eu perguntei se cê podia falar, né?
B: Mas (eu) não sabia o que era! (risos)
H: Não, eu to em dúvida sobre o seguinte: é... uma substitui a outra, ou não?
B: Me manda, me manda por mensagem, a dúvida, que eu já te digo.
H: Tá bom, então.
B: Ou por e-mail, tanto faz.
H: Por e-mail, vou mandar por e-mail. Despedem-se e desligam.
2010
Agosto
Dia 30:
- Reunião no Ibepoteq com Gilson e depois Herrrera. Não estartaram as
NF.
- Miscoli estava lá.
2010
Fevereiro:
Dia 10:
- IFPR – Relação de prioridades: prestação de contas
- Almoço com Ciccarino e Gilson na Per Tutti. Encontramos sobrinho dele
que é executivo de uma construtora.
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QUE não acha estranho o IBEPEMA ter sido contratado apenas pelas OSCIPs
IBEPOTEQ e ABDES e não ter prestado nenhum outro tipo de serviço anterior ou
posterior a outras pessoas jurídicas, esclarecendo que sua atividade principal é a de
panificação, de onde extrai sua renda principal, sendo que não tinha corpo técnico
para expandir as atividades do IBEPEMA; QUE os serviços prestados ao IBEPOTEQ e
ABDES nada tem haver com o meio ambiente, esclarecendo o interrogado que
foram realizados para adquirir know how para desenvolver projetos específicos na
área ambiental;
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A: Recebi. (ininteligível)
B: Amanhã a que horas eu posso passar lá no teu escritório?
A: Ah, dez horas.
B: Tá, eu quero ver se dez horas eu consigo lá, mas você não vai viajar, né?
A: Não, não. Ligação falha, BERNARDONI diz que talvez se atrase.
B: Só que amanhã eu preciso pegar tua assinatura, tá?
A: É... aquele do contrato lá nós já fizemos, né? Mais alguma coisa?
B: Não, é a assinatura daquele mesmo. É a assinatura daquele contrato.
A: Nós já não assinamos o contrato?
B: Não, não..!
A: Ah, é, acho que ficou de assinar e daí...
B: Não vamos falar muito por telefone, tá?
A: Tá bom
B: Então amanhã, quando eu ligar, cê me atende, que daí eu só vou lá passar pegar tua assinatura,
tá?
A: Tá bom.
Despedem-se e desligam.
Comentário:
Como dito, AZAMBUJA, empresário com atitudes extremamente suspeitas, que, de acordo com alguns
diálogos inseridos anteriormente, supostamente fornecerá orçamento retroativo para BERNARDONI, se
compromete também a assinar um contrato, cujos serviços talvez nem tenha sido prestados, com data
retroativa.
BERNARDONI mostra mais uma vez cautela e pede para AZAMBUJA não falar muito ao telefone.
Comentário:
BERNARDONI, que segundo suas palavras ainda precisa colher muitas assinaturas, passará mais tarde
para que AZAMBUJA assine o contrato.
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Note que, ao que tudo indica, BERNARDONI não tinha nenhum controle e nenhuma formalização
contratual dos serviços que supostamente foram prestados para a ABDES.
HAMILTON: Alô.
BERNARDONI: Oi, HAMILTON.
H: Pode falar?
B: Sim, você ligou?
H: Liguei, eu só queria saber se você podia falar.
B: Sim.
H: Seguinte, eu to com uma dúvida aqui: você tem aquela cotação assinada aqui por IBEPEMA e
TELEVISION, cópia do CAIO SÉRGIO SENTA, de 17/01/2011...
(BERNARDONI interrompe)
B: Não, não fala isso por telefone, cara...
H: (risos) Por isso que eu perguntei se cê podia falar, né?
B: Mas (eu) não sabia o que era! (risos)
H: Não, eu to em dúvida sobre o seguinte: é... uma substitui a outra, ou não?
B: Me manda, me manda por mensagem, a dúvida, que eu já te digo.
H: Tá bom, então.
B: Ou por e-mail, tanto faz.
H: Por e-mail, vou mandar por e-mail. Despedem-se e desligam.
Comentário:
Perceba que BERNARDONI, doutrinado por GILSON, tenta não abordar assuntos sensíveis ao telefone.
217
Relatório 04 de interceptações telefônicas, pgs. 16/21.
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BERNARDONI: Oi Martins
MARTINS: Professor, tudo bem?
B: Tudo e você
M: Tentei te ligar ai, não sei se o cê...
B: Agora, (inaudível)
M: Não tem problema?
B: Não
M: Então só pra você me ajudar a refletir um pouquinho aqui, Oh! Os números que eu consigo chegar
é o seguinte, eh..., conferencista web ou tutor, ou só conferencista web eh..., no total dá
sessenta e seis, só, só, só tutor mais vinte e três, total final com tudo, depurando tudo dá
oitenta e nove.
B: Pois é né? mas o problema é o tutor né?
M:Então!
B: Deu vinte e três ai, segundo o Hamilton.
M: Acha que não dá
B: Sessenta...não. Sessenta e seis é um bom número né?
M: Eh! não, eu to passando pra você me dizer, porque se você achar que dá pra fechar no sessenta
e seis eu vou trabalhar a lista dos sessenta e seis.
B: Não! Vamos trabalhar essa lista ai, porque senão a outra a gente vai se complicar.
M: Porque, porque eu separei, e esse vinte e três, eles são só tutores, de várias, de várias
turmas, mas só tutor.
B: Sei, sei, então esse que é o problema, acho melhor a gente não considerar porque segundo o que
falei com o Hamilton e melhor não considerar.
M: Você acha que sessenta e seis, eh, apresentar uma lista com sessenta e seis que efetivamente
participaram das capacitações isso não fica pouco pros dois cursos ai.
B: Bastante pouco, muito pouco. Pois é, uma decisão difícil né?
M: Pois é, precisava dividir isso com você pra saber como que eu faço pra ir preparando agora
ah....(inaudível)
B: Vinte e três para ir para oitenta e nove e depois o que é que nós vamos falar.
M: Eh..Bem pouco, é.. eles, eles podem ter sido, é... aquele caso lá da E-Television.
B: Então! Acho que ai, ai podemos, né?
M: Né? ou eles foram.
B: (inaudível)
M: Comé que foi, comé que foi capacitado lá e nós não, e lá naquele lá nós não vamos apresentar
lista nenhuma, daí se (inaudível) esses que não aparecem, no final das contas é... o que que tem,
é são aqueles que, que não conseguimos o fornecedor que não nós informou, nós tínhamos o registro
que ele participou, mas não temos o registro do fornecedor.
B: É uma opção, é uma opção.
M: (inaudível)
B: Não! Mas é uma opção.
M: Pra gente ficar com esses oitenta e nove, é um número legal né?
B: Eh, Pelo menos fica um negócio mais palatável né?
M: Eh! Porque e daí eu vou, eu vou organizar isso por curso, cultura ou pesca e repetir mesmo no
que tem, é.. os que tem os dois, que fazem nos dois, eu vou repetir o nome, eu fazer quadros por
curso, entendeu?
B: Sei.
M: Não vou fazer uma lista única.
B: Certo!
M: Não, não, Deixa os caras pensarem um pouco lá né?
B: Sim, sem dúvida, eu acho que sim, é por ai.
M: Cruzarem alguma coisa. Então! eu queria, eu queria a tua posição agora pra gente saber.
B: Não! Mas eu acho que nós temos que ir por ai mesmo, não temos outra opção né? rsrs
M: Pois é, ai, ai, porque e daí pegaria, pegaria todos né, daí a totalidade, a totalidade é
oitenta e nove.
B: Legal. Pelo menos fica uma coisa mais, sei lá, mais consistente né?
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M: Eh! Em termos de números sim, agora fica abe.., fica descoberto, daí o... a questão dá....dá,
dá, de uma verificação nesses, nesses daí no caso.
B: Não mais ai, ai vamos, mas eu acho que não temos outra opção, acho que vai ser por ai mesmo.
M: Eh! Eu não vou separar o que é conferencista web ou que for...
B: Não, não! É tudo junto.
M: Então eu vou separar o curso.
B: Exatamente.
M: E vou tentar fazer uma separação por módulos também, porque eu encho, eu encho os quadrinhos
com vários módulos ali.
B: Eu acho que é por ai mesmo.
M: Tá! Ai repete o nome, mas é porque, porque que ele esta aqui? Porque ele fez o modulo tal,
modulo tal, modulo tal. Ainda vou pensar nessa questão do modulo, no curso sim porque tem, do
trinta e sete eles dão, eles dão aula nos dois.
B: Sei! porra!
M: Eh, trinta e sete repete, repete no um, repete no....
B: Pô! sobra quatorze bicho.
M: Eh
B: Foda né? Mas enfim tudo bem.
M: Como, como, como assim quatorze.
B: Sim! Porque são cinquenta e um disciplina nos dois cursos né?
M: Ah tá! Eh! Trinta e sete, eles fazem nos dois.
B: Porra! Eh então não tem outro jeito, vai ser por ai mesmo.
M: São, são quantas disciplina em cada curso?
B: Nos dois cursos dá cinquenta e um.
M: Os dois dá cinquenta e uma.
B: Eh! E até um número assim que me chama atenção porque é um número impar né?
M: Pois é. É um (inaudível) tem uma disciplina a mais que o outro. tá bom, então! bom Bernardoni,
vou, você acha que fechamos, vamos, o cê dá uma pensada amanhã cedo você me ligar e dize a
questão do tutor.
B: Não, mas eu acho que é por ai mesmo Martins. Não tem muita, não temos muita opção né?
M: Hun, hun! Eh não tem muito porque ah...a decisão e ficar com os sessenta e seis, esses, esses
eu tenho eles separadinho aqui, e ai sim, a são, esses são conferencistas, eles são também
tutores, mas eles são conferencistas, então, supondo que todos os conferencistas passaram por
qualificação, mesmo ele tano com a posição de tutor, lá quando conferencista ele foi, ele foi
qualificado.
B: Uma coisa que eu não sei, eu não sei se cheguei a te falar mas acho que o Amilton (sic) me
falou hoje, a gente fazer daí para na próxima sexta-feira uma (inaudível) e o professor Otávio
que é o coordenador do curso validar essa sua lista. O que você acha?
M: Não sei, não gosto muito disso.
B: Mas é uma opção né?
M: Eh! mais porque eu vou documentar mais uma coisa pra depois ai ser questionado, num, deixa
ficar só com a lista. A lista eu posso dizer que teve algum, a montagem da lista, alguma coisa
assim, se o cara validar ai...entendeu?
B: Eh tá, mas pensa, essa é uma opção.
M: tá! E mais o da semana que vem eu não to muito preocupado ainda, ainda...
B: Exatamente! O problema é amanhã né?
M: Eh! Vamos fechar, vamos fechar o de amanhã pra gente pensar depois no pra frente. Nós
precisamos entender que se a gente puser o tutor aqui, é... comé que a gente também deve fecha lá
na semana que vem as listas, alguma coisa assim.
B: Exatamente! exatamente!
M: Ai fica aquele, aquele gancho que eu te falei, bota na E-Television todos os que eram só
tutor, teve lá qualificação a distância.
B: Exatamente!
M: Então ai! Talvez saia, então por isso daria pra colocar ele de tutor aqui agora e daí na hora
de apresentar os eventos eles ficariam numa lista com os...olha esse aqui foi a distância e nós
não temos a...., não conseguimos as informações completa do fornecedor.
B: Exatamente! Acho que é por ai.
M: Né? Porque de qualquer maneira mesmo sendo tutor ele tem que ter tido algum tipo de
orientação, algum tipo de....
B: Sim! não, mas eles tiveram.
M: Eh! então...
B: Com certeza eles tiveram.
M: Ai, desperdiçar, desperdiçar esse nomes todos que de fato tem é duro, então a gente precisa
pensar em sair, é...em colocar ele com uma saída pra, pra, no que me ocorreu aqui agora daí é a
E-Television.
B: Tá! Mas é por ai, não tem outro jeito.
M: Então, então eu vou começar a montar por esse, por esse conceito aqui. Tá bom?
B: Legal!
M: Então tá bom. Qualquer coisa vamos, vamos nos falando, se você lembrar de alguma coisa amanhã
cedo, quiser dar uma ligada, manda bala pra mim.
B: Então tá bom
M: Valeu! Um abraço
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Comentário:
A conversa transcrita acima versa sobre o atendimento à uma Solicitação de Auditoria expedida
pela CGU-Regional/PR, no âmbito dos trabalhos realizados por aquele órgão sobre o EaD (Educação à
Distância) do IFPR. Nessa solicitação, foram requisitadas as listas de presença das turmas de
capacitação de tutores e instrutores pertencentes aos quadros do EaD, assinadas pelos mesmos e
onde constassem os dados individuais de cada um deles, tendo em vista que em conversas
telefônicas monitoradas anteriormente foram colhidos indícios de que tais serviços não foram
prestados em sua totalidade pelas empresas contratadas.
Fica claro na análise da conversa acima que BERNARDONI e MARTINS confabulam para produzir uma
listagem dos treinandos, porém consideram o número muito pequeno para justificar a realização
integral de tais serviços no âmbito dos cursos de Pesca e Aquicultura, que são objeto do Termo de
Parceria nº 02/2010, assinado entre o IFPR e a ABDES de BERNARDONI. Mostram-se preocupados porque
além de o número não ser suficiente por si só, ainda existem superposições entre as listas de
tutores e de conferencistas web, reduzindo ainda mais o número de alunos capacitados. Saliente-se
que a lista que está sendo produzida pelos interlocutores não atende ao solicitado pela
auditoria, já que não se trata de lista de presença assinada, que, depreende-se do contexto da
conversa, não foi utilizada por ocasião da realização dos cursos, presumindo que estes tenham
sido efetivamente realizados.
No decorrer dos diálogos, MARTINS apresenta a ideia de incluir os treinandos como se tivessem
sido capacitados pela e-Television, empresa de CNPJ 12.078.736/0001-61, de propriedade de
Alexandre Souza de Azambuja, CPF 553.435.979-04, cujo último pagamento recebido da ABDES foi em
21/03/2011, no valor de R$ 38.800,00. Também contratada para o mesmo fim, a ONG IBEPEMA –
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Tecnologias para a Proteção do Meio Ambiente, CNPJ
nº 11.679.786/0001-31, presidida por Carlos Roberto Míscoli – CPF 608.121.099-53 – recebeu
durante o exercício de 2011 um total de R$ 198.059,00. Tal fato demonstra que as listagens
fornecidas pelos envolvidos não são fidedignas, considerando a menção de transferir tutores da
lista de uma das contratadas para a outra.
Outra questão que provoca apreensão em MARTINS é a possibilidade, levantada por BERNARDONI, de
solicitar ao Prof. Otávio, coordenador do curso de pesca, que este valide a lista. MARTINS afirma
que isso não seria prudente, pois assim, caso a auditoria detecte as falhas nos documentos
produzidos, não seria possível alegar que houve algum engano ou manipulação indevida das listas,
já que as mesmas estariam validadas pelo coordenador. Também se mostram receosos com a
possibilidade de que a CGU circularize as informações prestadas por eles com os próprios tutores,
caso em que a fraude seria detectada, porém decidem arriscar, já que não há solução possível para
este dilema.
2010
Março:
Dia 6:
- Coisa ficou meio feia para o Herrera mas o Pedro acha que ele e o Cica
jogam juntos. Depois do último pagamento quitaram os R$ 5 mil mensais
do Pedro de janeiro. Falaram ontem com advogado do IFPR para a
engenharia que vai possibilitar a parceria com a SA. Entreguei uma cópia
do Projeto Lixo Eletrônico para o Ciccarino. Nome da terceira pessoa que
218
xxxx
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Dia 15:
- Passei no EaD e participei de reunião com Cica, Herrera e Maria José.
Querem fechamento de favereiro que esta faltando. Iniciei a formatação
final do relatório da Comissão de avaliação. Ainda não acharam a Portaria.
Aprovaram a Television para o projeto da pesca. Pode tocar! Reunião com
coordenador pesca do dia 17 foi transferida.
2010
Novembro:
Dia 20:
- Saí de casa as 7:30 para buscar Gilson em casa. Ele me pôs a par da
conversa anterior. Apanhamos o cicarino no Ead e conversamos sobre
participação de 30% deles nos negócios da e-television e da Intellectual
service...
2 RELEVANTE
Pendrive - VEIRANO ADVOGADOS na cor preta (emborrachado)
e com protetor de metal
Consta na pasta SOCIEDADES ANÔNIMAS A SEREM AUDITADAS\_OUTRAS CIAS\e-
TELEVISION S.A um arquivo chamado Pregão Capacitação – II.doc, em que Azambuja
delineia em linhas gerais um edital de licitação na modalidade Pregão para contratação de
serviços de capacitação de professores. Nesse documento aparecem os limites inferiores e
superiores das cotações e das propostas, bem como uma lista dos participantes, ao que
tudo indica antes mesmo da realização do certame.
219
xxxx
220
Ver pg. 39 pdf., vol. III – completo, TP 01/2009.
221
Caixa ibepoteq 4x
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Logo após o montante ser desviado à conta do INSULBRA, em três dias quase
a totalidade do valor é novamente transferida, pulverizando os recursos públicos
(2x de R$ 60.000,00 – dias 6 e 8 de outubro de 2009).
Conta INSULBRA:
222
Pg. 5, do Relatório ESPEI09.
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Apesar disso, segundo apurado pela CGU/PR, o IMAMB foi contratado pelo
IBEPOTEQ para serviços de coordenação de integração de projeto na execução do
Termo de Parceria 01/2010, somando o montante de R$ 345.000,00, entre o
período de agosto de 2010 a dezembro de 2011.
Ocorre que há fortes indícios de que os serviços não foram prestados de fato e
houve montagem de relatórios para atender às solicitações de auditoria da CGU/PR.
Em consulta ao site oficial da Entidade www.imamb.org.br percebe-se que todas as
suas ações são voltadas para o meio ambiente.
223
Informação nº 0137/2012-NO/GRFIN/DRCOR/SR/DPF/PR.
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Além disso, a quebra de sigilo bancário revelou que o IMAMB recebeu recursos
públicos das OSCIP´s IBEPOTEQ e ABDES e, em seguida, transferiu valores para a
investigada SOLIS CONSULTORIA E ASSESSORIA LTDA., CNPJ
07.315.499/0001-75 (mais adiante será visto que a SOLIS também é suspeita de
não executar os serviços para os quais foi contratada).
224
Relatório 03 de interceptações telefônicas, pgs. 16/23.
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B - Adalberto?
A - Sim.
B - BERNARDONI, como vai, tudo bem?
A - Oi, como vai BERNARDONI?
B - Então, nós precisamos refazer aquele contrato, que já está assinado até o destrato. Porque
saiu com data de 2 de abril. 2 de abril é um sábado. A onde que eu te encontro hoje à tarde
ADALBERTO?
A - Puxa, hoje a tarde vai estar difícil hein.
B - Não, mas é só pegar a tua assinatura. Te juro que eu não te incomodo.
A - Mas não dá para deixar com o GILSON?
B - Não, eu tenho que matar isso hoje. Desculpe, mas é que eu estava tentando conversar com você
e eu não consegui.
A - Vamos fazer mais tarde no escritório do GILSON então.
B - Que horas?
A - Cinco horas, pode ser?
B - Não, esse horário eu vou estar longe de lá.
A - Bom, deixa eu ver como é que eu me desvencilho das minhas coisas aqui e daí eu posso te dizer
um horário melhor. Mas a princípio é uma cinco horas mesmo.
B - Mas cinco horas eu não vou conseguir, porque cinco horas eu vou estar lá no Boqueirão.
A - Eh amanhã cedo lá?
B - Mas só ser for assim... oito, oito e meia.
A - Pode ser.
B - Mas sem atraso. Pode ser?
A - Pode ser. Amanhã então.
B - Outra coisa, eu preciso de 2 orçamentos, ele nunca falou isso pra você?
A - Orçamento? Não.
B - De pessoas assim... De outras empresas. Que tenham também como a tua. A - Não.
B - Você não consegue isso?
A - Tenho que ver. Depende que qual orçamento que é né. Sobre o que é que é.
B - Qual é o teu e-mail que daí eu te mando. Já te mando sobre o que é que é.
A - imamb@imamb.org.br
B - Imambi?
A - I.M.A.M.B, conforme está no contrato.
B - Tá bom. Eu te mando daí por e-mail tudo certinho. Pode ser?
A - Pode ser.
B - Mas vamos deixar agendado amanhã oito e meia impreterivelmente. Desculpe ser chato, é que eu
tô correndo contra o tempo.
Despedem-se
Comentário:
Note que BERNARDONI se encontrará com ADALBERTO no escritório do GILSON, onde além de recolher
sua assinatura num contrato de prestação de serviço, tentará obter 2 orçamentos, com maiores
detalhes fornecidos por e-mail.
ADALBERTO STAM, CPF: 354.229.209-53, é sócio do INSTITUTO DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL (IMAMB), CNPJ:
06.307.434/0001-15. Cujos serviços são voltados para o gerenciamento de projetos.
Informações colhidas junto a CGU dão conta de que de maio a novembro de 2011, tal instituto teria
recebido R$ 5.000,00 mensais da ABDES.
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Comentário:
BERNARDONI liga cobrando de ADALBERTO os orçamentos que este havia se comprometido a arrumar.
G - Alô.
B - GILSON.
G - Ele.
B - Tudo bom?
G - Tudo.
B - A tarde, como é que está aí?
G - A tarde que horas, BERNARDONI?
B - Eu quero passar já meio no início da tarde que tenho que passar rapidinho só pra gente
conversar.
G - Tem um negócio que o ... que o rapaz deixou viu.
B - Tá.
G - ADALBERTO.
B - Tá bom, então eu passo aí no início da tarde. Você tá aí uma e meia, duas?
G - Devo tá, é que eu tô recebendo um pessoal...
B - Oi?
G - Devo estar aqui. É que eu não sei se eu vou estar já uma e meia ou duas horas. Mas passa, se
eu estiver aqui nós conversamos.
B - Então tá bom.
G - Se não já peça para a DILMA para te entregar aquele documento.
Comentário:
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BERNARDONI, que fica de ir ao encontro de GILSON, deve ter lhe falado sobre os orçamentos
solicitados, visto que na próxima ligação, ocorrida no dia seguinte a esta, quando ADALBERTO fala
em passar no escritório de GILSON e que isto se refere a algumas solicitações, este de pronto lhe
questiona se são as feitas por BERNARDONI. Orientando-lhe ainda a não esquentar a cabeça com
isso.
Comentário:
Como dito anteriormente nesta sequencia de diálogos, ADALBERTO provavelmente quer deixar com
GILSON os orçamentos forjados a serem entregues a BERNARDONI.
É possível perceber, pelo tom de voz e pelo fato de ser extremamente lacônico, que GILSON sabe do
que se tratam os documentos que serão deixados sob sua guarda.
GILSON: (ininteligível)
BERNARDONI: Gilson!
G: Oi.
B: Tudo bom?
G: Tudo tranquilo.
B: Então, lembra aqueles orçamentos da MARTA e do IMAMB, bicho?
Gilson interrompe de forma ríspida:
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G: Viu, viu? Cara, cara, cara, não não... cê vai passar aqui?
B: Eu passo logo depois do (ininteligível)
G: Então passa! Pare..!
Gilson encerra a ligação
Comentário:
Perceba nesta ligação, ocorrida entre GILSON e BERNARDONI, que este tenta falar sobre os
orçamentos do IMAMB, sendo rispidamente interrompido por GILSON.
Como dito, GILSON provavelmente além de saber sobre o assunto a ser abordado, sabe que trata-se
de ato criminoso. Diante disso não permite que BERNARDONI fale ao telefone.
Comentário:
GILSON, mais uma vez, rispidamente não lhe informa. Além de mandá-lo aprender: Por Telefone nada
mais.
Veja que tal solicitação seria simples, isto se GILSON não detivesse o conhecimento sobre o que
se trata. E, de forma alguma, querer tratar tais assuntos por telefone.
Após esta conversa, no mesmo dia, começa a sequência de diálogos entre BERNARDONI e ADALBERTO,
expostos acima, onde o primeiro solicita além da assinatura de um contrato retroativo orçamentos
para forjar os processos licitatórios
A: Sem problema.
B: ok. Você ligou pra mim?
A: Sim. Aquela documentação que você havia pedido está lá no nosso amigo lá. É só pegar lá.
B: Tá oooo e os outros orçamentos?
A: Não, os outros orçamentos eu não consegui. Eu tenho (inaudível) eu tenho o do IMAMB né que foi
que tá lá também.
B: Tudo bem, isso eu já peguei. E...
A: Hã hã.
B: Mas o principal ADALBERTO que eu pediria assim pra gente batalhar além do relatório, mais
importante os orçamentos do que o relatório. Eu sei, eu não quero jogar, eu também to tentando
resolver sabe to indo...
A: Hum hum.
B: Mas você é do meio, você tem teoricamente mais habilidade ou mais facilidade do que eu que não
sou do meio.
A: Não, mais isso não é verdade. Na verdade eu também to ajudando só né.. Mas vamos ver, se eu
conseguir eu te aviso, mas tá difícil, tá difícil. B: Pois é mais (inaudível) eu pediria assim
pra você uma atenção especial.. A: Hã hã.
B: Eu sei, é aquilo que eu disse, o problema acabou virando de todos nós, não só meu, não só teu,
mas de todos nós e acho que agora a gente ééé tentar conversar. Não adianta a gente ééé ficar
assim. Então, isso que eu pediria a tua ajuda aí porque isso aí isso da problema sabe..
A: Não, imagino, imagino.
B: Você Entende? Por que eu não sei por que o GILSON ele te avisou isso no ano passado ou não?
A: Não, a princípio não.
B: Pois é, faz um ano que eu to pedindo isso pra ele. Faz um ano: cadê os orçamentos, cadê os
orçamentos, não, não já vem, já vem, já vem. Agora não adianta a gente ficar jogando pra ele, pra
você, pra mim. Não adianta a gente agora, agora é como eu te disse o problema tá aí a gente tem
que se unir pra resolver.
A: Sim. Deixa eu, eu vou conversar com ele daí a gente vai ver se eu consigo se consigo alguma
coisa.
B: Tá.
A: Mas, só lembrando, falando em orçamento, quando for pegar lá eu, eu deixei avisado lá com a
VILMA que me leva o contrato assinado ta . Quando pegar lá.
B: OI?
A: Me leva o contrato , a cópia do contrato .
B: Ahh, a outra via. Tá, ta bom.
A: Sim.
B: Tá, ta legal.
A: Tá bom.
B: Tá bom.
A: Então tá bom.
B: Então me ajude só bom (inaudível) você já tem todas as informações. Isso aí ta me preocupando
muito viu ADALBERTO tá.
A: Com certeza!
B: Então tá bom. Então vamos resolver tá, um abraço.
A: ok. Outro!
B: Tchau!
A: Tchau! (Encerrada)
Comentário:
No dia 22 de maio BERNARDONI volta a falar com ADALBERTO. Fala que os orçamentos são mais
importantes que a assinatura do contrato. Afirma ainda que cobra de GILSON a mais de 1 ano tais
documentos. Isto corrobora o já afirmado anteriormente, que GILSON detém pleno conhecimento das
fraudes orçamentárias, dentre outras coisas.
“10/09/2010:
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- Fui cedo no ibepoteq e Gilson disse que cica ontem falou para ele da
minha proposta. Pareceu aceitar favoravelmente. Discuti com Vilma sobre
salários. Falei da parceria das NF do Imambi e Fanini. Desconversou”
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Trata-se de contrato entre duas fornecedoras do IBEPOTEQ, durante o período em que as duas prestavam
serviços a este. O Objeto do contrato é a prestação de serviço de desenvolvimento de sistema para controle de
progresso físico-financeiro para Projetos de Ensino a Distância. Em depoimento, Adalberto Stamm, presidente
do IMAMB informou que precisou contratar os serviços da SOLIS para realizar seu serviço no IBEPOTEQ.
Além disso, a CALABRESE também forneceu outros três atestados com indícios
de falsidade ideológica para que a ABDES comprovasse capacidade técnica durante
o concurso de projetos referente ao TP 01/2011, documentos estes cuja forma e
conteúdo assemelham-se a outros três atestados de capacidade técnica fornecidos
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Embora tenha alegado que HERRERA lhe exigia tais vantagens, durante todo o
período em que a CALABRESE E RODRIGUES manteve contrato com o IBEPOTEQ,
não noticiou tais crimes à polícia ou adotou qualquer providência, restando evidente
que concordou com tal prática corrupta, mesmo porque, conforme será visto no
tópico seguinte, a perícia na contabilidade da empresa revelou que a mesma obteve
lucros exorbitantes para o seu ramo de atividade, isto é, os pagamentos de propina
visavam manter o contrato firmado e havia concordância dos sócios nesse sentido.
QUE ciente do teor do artigo 65, §1º, alínea "d", do CP, que fala sobre a confissão
espontânea, perante a Autoridade Policial, da autoridade do crime, passa a
informar sobre entrega de valores do declarante para o servidor do IFPR,
RICARDO HERERRA; QUE não se recorda do valor exato, em razão do tempo
decorrido, porém entregou em duas (02) ou três (03) ocasiões, dinheiro para
RICARDO HERRERA, em valores variados, que podem ser de R$ 3.000,00 (três
mil reais) a R$ 7.000,00 (sete mil reais); QUE RICARDO HERRERA pedia dinheiro
para o declarante dizendo frase como: "você tem que colocaborar conosco", não
chegando a estipular valores; QUE, mais de uma vez se negou a entregar valores
para HERRERA, dizendo que estava trabalhando de forma correta; QUE, RICARDO
HERRERA chegou a fazer pressão dizendo: "se vocês estão aqui dentro, vocês
tem que colaborar", não dando nenhuma condição nem fazendo ameaças
diretas; QUE, se sentia ameaçado em razão de seu contrato, de seus funcionários;
QUE, não sabe dizer além de RICARDO HERRERA, se algum outro servidor do IFPR
foi beneficiado; QUE tais pagamentos se deram em dinheiro; QUE foi sacado de
sua conta do banco SANTANDER, juntamente com o pagamento para
funcionários; QUE GIOVANI CALABRESE, seu sócio na empresa, CALABRESE
RODRIGUES DESENVOLVIMENTO LTDA., tinha conhecimento dos pagamentos
para RICARDO HERRERA; QUE apenas em um dos pagamentos, RICARDO disse
que este valor seria destinado para uma festa no final do ano e este valor foi
entre R$ 6.000,00 (seis mil reais) e R$ 7.000,00 (sete mil reais); QUE conhece
JOSÉ CARLOS CICCARINO, desde que presta serviços na IFPR, em relação
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Tabela 5 – Demonstração da baixa da conta Caixa para a conta de Adiantamento para Sócios e
respectivo estorno desse valor.
Data Operação Valor (R$) Saldo da conta Caixa
(R$)
29/12/2011 383.454,44
30/12/2011 Transferência da conta Caixa para a - 180.000,00 203.454,44
conta Adiantamento para Sócios
31/12/2011 Distribuição de Lucros - 200.000,00 3.454,44
02/01/2011 Outros lançamentos na conta Caixa + 4.994,02 8.448,46
a
05/01/2012
05/01/2012 Estorno chamado de “Reversão de + 180.000,00 188.448,46
Lançamento para Abertura de Balanço”
229
Pg. 40, da Informação nº 140-DELEFIN/SR/DPF/PR.
230
Informação n. 22/2013-DPF/AQA/SP.
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Isso se torna ainda mais estranho em razão dos sócios ANA e NILSON terem
endereço declarado no Estado de São Paulo, e o sócio EDUARDO em Colombo - na
suposta sede da Attender, onde há uma sala vazia.
13/12/2011 120 EMISSAO DE TED 887037 9.520,00 D 145.509.578-83 ANA SILVIA SOARES
033 4434 3896
14/12/2011 117 TRANSF CONNECT BANK 756030 94.480,00 D 145.509.578-83 ANA SILVIA
SOARES 399 (HSBC) 124 504010 (trata-se de agência URB BRASILIO ITIBERE, Agência:
0124, R MAL FLORIANO PEIXOTO 1800, CURITIBA, PR, 80230-110, BRASIL, (41) 3201-
2151, (41) 3201-2150)
14/03/2012 117 TRANSF CONNECT BANK 532506 24.574,30 D 145.509.578-83 ANA SILVIA
SOARES 399 124 504010
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10/05/2012 117 TRANSF CONNECT BANK 759355 3.000,00 D 145.509.578-83 ANA SILVIA
SOARES 399 959 117622
10/05/2012 117 TRANSF CONNECT BANK 759847 3.000,00 D 145.509.578-83 ANA SILVIA
SOARES 399 124 504010
18/05/2012 117 TRANSF CONNECT BANK 820691 10.000,00 D 145.509.578-83 ANA SILVIA
SOARES 399 124 504010
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231
RIF_10000, do COAF.
232
Pgs. 7/10, pdf., do RIF_10000, do COAF.
233
xxxxxx
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05/04/2010 101 CHEQUE COMPENSADO 1.379,00 D 030.883.269-88 HUMBERTO CICCARINO NETO 001 3390
6334261
05/04/2010 101 CHEQUE COMPENSADO 4.137,00 D 030.883.269-88 HUMBERTO CICCARINO NETO 001 3390
6334261
Cabe ressaltar que JOSÉ CARLOS CICCARINO foi o responsável por todo o
trâmite procedimental voltado a determinar a escolha das OSCIP´s e ordenar
despesas em favor destas, detendo posição hierárquica máxima no EAD no IFPR.
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B - Oi Humberto.
H - Pode falar?
B - Sim, pode falar.
H - Meu vôo chega amanhã às onze da noite.
B - Tudo bem. Eu estou aqui numa cerimônia, no Palácio, e eu quero ver se eu vou lá para a ABDES.
Que eles não foram lá ainda.
H - Tá.
B - Quero resolver o negócio e daí a gente ver o que é que é. Pra gente ver como é que vamos
conduzir isso.
H - Não tem problema.
B - Então eu quero ver se assim que eu estiver... eu quero ver se hoje ainda eu consigo falar com
você, senão assim que eu receber eu te comunico para a gente ver como é que vamos conduzir isso.
H - Tá bom então.
Despedem-se
Comentário:
BERNARDONI relata que os analistas da CGU ficaram de ir na ABDES e que tão logo tenha
conhecimento das solicitações contatará HUMBERTO, parente de CICCARINO.
Resumo:
BERNARDONI relata a conversa anterior com SÉRGIO.
BERNARDONI se mostra irritado com a insistência da CGU.
HUMBERTO aconselha BERNARDONI a não ceder, manter a “ponta firme” e que caso
a CGU queira informações em 24 horas, que as solicitem oficialmente, onde
eles (ABDES) negariam por escrito. Fala também que caso queiram informações
imediatas, que entrem com um mandado de busca e apreensão.
Comentário:
NI-CPF : 030.883.269-88
NOME: HUMBERTO CICCARINO NETO
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SÓCIO DA EMPRESA
CICCARINO & B ETTES ADVOGADOS ASSOCIADOS
CNPJ EMPRESA: 13.861.823/0001-53
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B: Sei.
C: Daí eu tenho os arquivos no Pen Drive também qualquer coisa amanhã eu venho só imprimir ou
segunda. Segunda de manhã eu vou vir de qualquer jeito né.
B: Sei.
C: Daí eu faço e imprimo só na segunda. Já tá tudo pronto também.
B: Não, mas é que veja bem, na segunda a gente tem que (inaudível) então na segunda não vai dar
pra fazer nada!
C: Hã, hã.
B: Todos eles tem que estar terminados e impressos até amanhã à noite.
C: Hã hã. Não então...
B: Segunda cedo a gente... sabe daí a gente pode esperar terminar pra ir atrás por que senão.
C: hã hã
B: Entende?
C: Entendo. Não, hã hã. Não, mas qualquer coisa eu também posso vir amanhã e imprimir. Não tem
problema não.
B: Tá. Mas então daí veja todos os arquivos aí que o HUMBERTO pediu pra você fazer daí passa para
o o o o RICARDO e explica pra ele..
C: Hã hã
B: Que daí...bom os outros que precisava fazer acho que tá tudo impresso aqueles outros dois
processos né ?
C: Hã hã tão. Tão tudo ok.
B: Então, antes das dez e meia eu to aí que daí quero falar com você tá. C: Tá ok.
B: Tem que ver com o RICARDO e com o HUMBERTO aí tá.
C: Tá bom. (......)
Comentário:
Acima BERNARDONI orienta CAMILA, funcionária da ABDES, sobre a impressão de todos os contratos.
Este, na segunda-feira, sairá em campo para colher todas as assinaturas pertinentes.
HUMBERTO, parente de JOSÉ CICCARINO, é o advogado que está orientando e ajudando BERNARDONI na
“formalização” da resposta a ser entregue a CGU.
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S: Não, é demais.
C: Já fiz a minha parte. Eu não devia nem fazer, porque não tinha nem que fazer e pronto, acabou-
se (inaudível).
S: É...
C: Agora o cara que crie vergonha na cara e que faça as coisas acontecerem.
S: Tá na hora já, né?
C: Já! Aquilo ali se for analisar não passa do que... tudo o que foi pedido até agora, não foi
pedido nada demais, era obrigação deles de terem feito, tá!
S: hun, hun.
C: A única reclamação que eu tenho é o terrorismo que os caras tão fazendo, que eu acho que não é
natural, dessas ligações, esse troço aí, mas, não, não tão levando piça nenhuma, tão se fodendo
e... porra, o que eu tou achando ótimo.
S: Tem que disciplinar um pouquinho, né?
C: É! E em casa tudo bem, Betão?
S: Tudo, tudo tranquilo.
C: Melhoraram as crianças lá?
S: Melhoraram. Estão de novo pra cima e pra baixo, ate à próxima, próximo evento, como diz assim.
C: É foda esses troços, né cara, cê não sabe nem como acontece, mas acontece.
S: Não, mas foi um na sequencia do outro, né?
C: Pois é, estranha, estranha, estranha, estranha.
Comentário:
Lembrando que BETÃO, sobrinho de CICCARINO, é o HUMBERTO NETO, advogado que está prestando
assessoria para a ABDES.
Embora a conversa seja em grande parte codificada, é possível contextualizá-la com a sequência de
acontecimentos.
CICCARINO volta a afirmar que fez mais do que devia e o que está sendo solicitado pela CGU não é
nada fora do comum e que, no seu entendimento, eles teriam a obrigação de fazer.
O termo MAMUTE foi diversas vezes empregado por CICCARINO e HERRERA para se referirem ao GILSON
AMANCIO.
AMILTON é um dos instrutores do IFPR e que, como já dito anteriormente, ficou encarregado de
forjar o material referente ao treinamento dos instrutores do EAD.
Diante disso, é possível depreender mais uma vez o total conhecimento por parte de CICCARINO do
modus operandi adotado por ABDES e IBEPOTEQ em relação às requisições dos analistas da
Controladoria Geral da União.
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18/05/2012) para a conta 187180, agência 3761, do Banco Itaú, titularizada pela
empresa EXPP LOCACOES LTDA., CNPJ 13.040.331/0001-05.
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235
Informação nº 013/2012-NO/DRFIN/DRCOR/SR/DPF/PR (pgs. 1/3)
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A Solis Industrial aparenta ser uma empresa bem estruturada, com amplas
instalações, a qual atua na elaboração de projetos e montagem de maquinas e
equipamentos industriais. Porém, constata-se que o principal sócio da Solis
Industrial, Eduardo Archegas, mantém a empresa Solis Consultoria e Assessoria em
sociedade com Flávio Kitzig e Carlos Alberto Andregueto, sendo estes últimos
proprietários da SOLIS TECNOLOGIA, o que demonstra a existência de um vínculo
entre essas empresas.
236
Relatório preliminar da CGU/PR.
122
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GILSON diz que veio no dia 03/04 a relação das pessoas, porém não veio à ordem de serviço. E que
para fazer os pagamentos através de RPA faltam alguns documentos pertinentes para a elaboração
delas, que seriam: RG, CPF, C. Residência e PIS.
Beth diz que estes documentos foram entregues para o MAURO no momento do registro.
A Partir de 1'20"
B - Eu vou falar lá com ele porque eu quero entender. Por que assim: na quinta-feira vocês
tiveram uma reunião.
G - Isso.
B - Na sexta o CICCARINO disse: olha, com essa reunião a gente acertou e vai sair o pagamento
deles na semana que vem.
G - Não, foi acertado o seguinte: faça a ordem de serviço... Porque Beth, nós somos auditados,
nós saímos agora, terminamos uma auditoria agora, e nós temos que fazer o seguinte: ordem de
serviço, relatório de atividades... o que cada um fez tem que estar no relatório, se não eu estou
pagando algo sem fazer. Se nós fazíamos no passado sem isso, nós erramos. Agora nós estamos
fazendo certo. Documentação, já está com o NALDO. Os serviços realizados que se coloca no RPA.
Vamos supor, fulana de tal fez isso e isso e isso, vai colocar no RPA, além do relatório dela. E
na planilha que veio veio assim: fulano de tal, tanto de vale transporte, tanto de alimentação.
No RPA eu não posso discriminar isso.
GILSON volta a explicar que a ordem de serviço não chegou ainda e a relação ainda veio sem os
documentos, por isso não podem pagar desta forma. E diz que amanhã voltará a conversar com o
CICARINO, pois as coisas estão vindo pela metade e em quanto estiver assim eles não podem efetuar
os pagamentos. GILSON fica de ligar para o MAURO (IFPR) e BETH de ligar para o CICARINO.
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B - Olha GILSON, se precisa esse trâmite, eu deveria ter sido informada antes. Por que eu tinha
condição de mandar relatório, mas no momento que eu estou enfiando tudo na Vila Oficinas... Isso
tá com eles já desde fevereiro.
GILSON diz que cobrou tudo isso do ANDREGUETTO (empresa SOLIS) que foi quem lhe mandou tudo.
GILSON diz que quer fazer as coisas certinhas para não dar cagada. E que vai ligar para o MAURO
(IFPR).
HERRERA: Oi ZÉ!
ZÉ: O Capitão.
H - Diga.
Z - Eu tô aqui com o Zé Fernandes... ZE FERNANDO. Ele foi conversar com o GILSON ontem para
receber e o GILSON foi bem grosso. - Fala com o CICCARINO, o CICCARINO que tem que pagar ele,
resolver o jeito que paga. E o CICCARINO tá naquele curso né. E o FERNANDO disso: Pô ZÉ, vem
feriado aí, eu tô sem recurso, sem nada, como é que a gente faz?
H - Ele tem que falar com o CARLOS ANDREGUETTO. Que tava sendo feita a licitação pra pagar lá
o... para regularizar o pagamento do ZÉ FERNANDO. Entendeu?
Z - Ahã.
H - Vê se o ANDREGUETTO tá aí.
Z - Eu peço pro ANDREGUETTO te ligar?
H - Pode ser.
Z - Tá bom então.
H - Se não já avisa ali a BARBARA que eu vou atrás.
Z - Eu te ligo daqui a pouco.
Despedem-se
Comentário:
Como dito anteriormente, ZE CARLOS, que agora conversa com HERRERA, comenta sobre o problema de
ZE FERNANDO, cujo pagamento GILSON se negou a fazer. Diz que este foi grosso com ZE FERNANDO e
lhe mandou procurar o CICCARINO.
Isto corrobora o que foi dito sobre o gordo sem-vergonha e vagabundo, a quem o CICCARINO se
referia, ser o GILSON.
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A: O que tem que fazer é o processo... o que tem que fazer é o processo de licitação dele, né,
HERRERA?
H: Puta, mas nós já viemos falando desse assunto já...
A: Aham. Tá, podemos falar amanhã, HERRERA, sobre isso, cedo, lá na reunião?
H: Podemos, só que se eu não pagar o cara amanhã, o cara entrar no feriado sem receber... porra,
nós vamos perder o profissional, né?
A: Tá, então...
H: Eu já mandei garantir o cara que amanhã eu resolvo, se o IBEPOTEQ não pagar eu vou pagar o
cara. Agora, porra, toda hora ter que... pode ser, até, nem um problema teu, mas porra, há quanto
tempo a gente vem falando disso, que tem que fazer isso, tem que fazer aquilo e tal, e não tá
caminhando...
A: Tá, tudo bem, amanhã conversamos.
ANDREGUETTO confirma a reunião do dia seguinte e depois despedem-se.
HERRERA: Oi Zé.
ZÉ: Três e meio.
H - Tá bom.
Z - Tá bom.
H - Eu acabei de falar com o ANDREGUETTO lá.
Z - Então beleza.
Despedem-se
Comentário:
Não é possível determinar da onde HERRERA obterá estes R$ 3.500,00, nem tampouco a que “jogada da
DI” se refere.
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Tendo em vista que esse item de despesa não consta do Plano de Trabalho da
ABDES, a equipe de auditoria da CGU questionou a diretoria da ABDES sobre a
pertinência do pagamento.
O único acompanhamento feito por ela foi uma planilha em excel que foi
disponibilizada à equipe. Após análise constatou-se a existência de erros e por isso
não era confiável para fins de eficácia de controle. Há somente uma área de
logística no EaD, que é responsável pela separação e distribuição de livros de todos
os cursos aos Polos, e que a empresa Solis Tecnologia contratada da IBEPOTEQ é a
responsável pela execução dos serviços de gerenciamento de projeto no EaD.
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Cumprimentam-se
V - Me diz uma coisa, GILSON do IBEPOTEQ, eu posso falar com ele?
B - Não.
V - Não?
B - Não, não porque ele é meu concorrente lá.(trata-se dos Termos de
Parcerias do IFPR, no qual ABDES foi concorrente do IBEPOTEQ).
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V - Eu sei. Eu tô falando por causa disso mesmo. Eu tô vendo aqui quem é que
pode estar fazendo isso aqui rapaz. Eu liguei também pro SENTA e o SENTA
falou que não pode também né?
B - É, porque ele também já participou de outras. Daí fica muito.
V - Pois é né. Eu tô tentando levantar algumas empresas aqui. Mas tudo bem.
Eu tô dando uma estudada aqui pra ver quem pode participar.
B - Bem na gestão de projetos, ooooo.... o CASTANHEIRA não pode te dar um
orçamento?
V - Eu vou ver, porque o CASTANHEIRA tá viajando né. Ele tava em São Paulo e
eu vou ver se ele já chegou agora tá. Assim que ele chegar eu converso com
ele e vou ver se eu consigo, tá bom?
B - Eu também preciso de dois orçamentos lá com data do ano passado. Vê se
você consegue alguém aí, daí eu falo com eles. Pra hoje hein. Além do teu pra
esse ano, eu preciso um pro ano passado.
V - Tá tranquilo. Eu vou com ele e depois nós conversamos tá bom?
B - Então tá bom. Obrigado.
V - Eu tô procurando aqui, tô vendo quem que pode aqui, rapaz (risos)
B - Eh aí?
V - Seguinte: a minha já está pronta. O CASTANHEIRA, ele tá fazendo né? Eu
acho que amanhã cedo vai ficar pronta tá bom. E o terceiro eu não consegui
ainda, rapaz.
B - Você tem que conseguir amanhã até o meio dia.
V - Tá.
B - Que eu tenho que assinar esse contrato com você até o meio dia amanhã.
V - Eu vou ver se eu consigo. Se eu conseguir já definimos isso daí, tá bom?
B - Legal, obrigado VALMAR.
V - Tá bom então. Amanhã a gente conversa.
VALMAR: Oi BERNARDONI!
BERNARDONI: Tudo bem VALMAR?
V: Bom dia, tudo bem?
B: Bom dia! Tudo e você? To te incomodando como é que...conseguiu o
(inaudível)?
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V: Oooo eu to vendo um. O Samuel ta vendo uma outra lá, ele tá vendo se a
gente consegue tá.
B: Sei.
V: Daí eu vou ver já se eu fecho isso daí antes do almoço. Vou ver se
consigo, tá bom?
B: Não. Daí eu te pediria assim até onze horas por que daí eu a gente já tem
que pegar esses três orçamentos, fazer o contrato, você assinar e o GENOÍNO
assinar que isso eu tenho que entregar hoje à tarde na CGU.
V: Tá.
B: Tá. Eu tenho que regularizar tudo. Então, mais ou menos entre dez e meia e
onze horas eu te ligo, tá bom?
V: Combinado então, tá bom.
BERNARDONI: Oi VALMAR!
VALMAR: Tudo bem BERNARDONI?
B: Tudo bem?
V: Eu tava pensando em te ligar.
B: É?
V: Não, é o seguinte: a nossa (inaudível) tá tranquilo já ta feita. Conversei
novamente lá com o Cícero né, que é o Presidente da Cooperativa(COOPEDUCAR).
B: Sei.
V: Eee de Castanheira e ele falou que não vai assinar. Ele falou Ó VALMAR eu
não vou assinar porque é data atrasada isso vai dar problemas pra nós e tal e
pulou fora do negócio tá.
B: Sei.
V: Ahh eu to meio sem pai nem mãe aí, não sei o que que...que que pode..
Bernardoni diz que a ligação está cortando e que lhe ligará em um outro telefone.
237
Nota Técnica nº 1.542/2012-CGU-Regional/PR, pgs. 19/25.
130
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03 25/02/2011 16.368,00
04 25/02/2011 21.824,00
06 13/05/2011 40.278,00
15 01/092011 10.912,00
16 01/09/2011 18.100,00
18 04/10/2011 10.912,00
19 04/10/2011 18.000,00
IBEPEMA
20 04/10/2011 9.000,00
21 07/11/2011 6.200,00
22 07/11/2011 9.780,00
23 07/11/2011 7.500,00
27 13/12/2011 8.960,00
29 14/12/2011 13.625,00
32 16/12/2011 6.500,00
01 18/05/2010 7.600,00
TEMPLETON TRUST
06 18/05/2010 125.000,00
519 31/05/2011 7.710,00
IBEPOTEQ MERCOPLAN COM. E PLAN. S/C LTDA. 523 07/07/2011 5.353,50
524 16/08/2011 7.710,00
B.M.A. LINGUAGEM E COM. LTDA. 24 06/12/2010 54.000,00
ATIVIS GESTÃO DE PESSOAS LTDA. 230 30/09/2009 6.500,00
131
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238
CPF 544.981.209-49, residente na Travessa José Bim, 120, Bigorrilho, Curitiba/PR.
132
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133
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239
CPF 029.240.199-07, residente na Rua dos Dominicanos, 476, Boa Vista, Curitiba/PR.
240
CPF 792.560.409-30, residente na Rua Francisco Wanke, 336, Jardim Maria José, Colombo/PR.
241
CPF 434.291.499-91, residente na Rua Nicarágua, 480, apto. 33, Bacacheri, Curitiba/PR.
242
CPF 045.569.899-65, residente na Rua Jose Richa, 3546, Prado Velho, Curitiba/PR.
243
CPF 044.122.299-47, residente na Rua Vereador Washington Mansur, 222, apto. 34, Ahu, Curitiba/PR.
244
CPF 008.859.769-59, residente na Rua José Ader, 94, Xaxim, Curitiba/PR.
245
CPF 048.217.889-26, residente na rua Prof. Rui José Rachi, 161, Cajuru, Curitiba/PR.
246
CPF 007.536.629-06, residente na Rua Maria Luiza Bruel, 08, Cajuru, Curitiba/PR.
247
Reuniões Azambuja x ciccarino. CPF 018.139.559-21, residente na Rua Francisco Toczek, 486, Jardim
Guanabara, São José dos Pinhais/PR.
248
CPF 886.290.829-68, residente na Rua Campo Mourão, 2477, Centro, Pato Bragado/PR.
249
CPF 039.258.649-54, residente na Rua São Tomé, 323, Japurá/PR.
134
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250
CPF 553.302.829-34, residente na Rua Eduardo Carlos Pereira, 3234, apto. 21, Portão, Curitiba/PR.
251
Tutora à distância -
252
CPF 291.613.598-74, endereço comercial na rua Mateus Leme, 1470, 1º andar, Escola de Servidores, Centro
Cívico, Curitiba/PR.
253
CPF 063.777.869-30, residente na Av. Silva Jardim, 994, apto. 808, Rebouças, Curitiba/PR.
254
CPF 735.040.177-91, residente na Rua Américo Mattei, 548, Tarumã, Curitiba/PR.
255
CPF 536.721-869-53, residente na Rua Alexandre de Gusmão, 135, Jardim Social, Curitiba/PR.
256
CPF 845.188.209-91, residente na Rua Paulo Ildefonso Assumpção, 526, sobrado 02, Curitiba/PR.
257
CPF 311.306.938-64, residente na Rua Fernando de Noronha, 280, apto. 703, bloco 2, Curitiba/PR.
135
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M: Então só pra você me ajudar a refletir um pouquinho aqui, Oh! Os números que eu consigo chegar
é o seguinte, eh..., conferencista web ou tutor, ou só conferencista web eh..., no total dá
sessenta e seis, só, só, só tutor mais vinte e três, total final com tudo, depurando tudo dá
oitenta e nove.
B: Pois é né? mas o problema é o tutor né?
M:Então!
B: Deu vinte e três ai, segundo o Hamilton.
M: Acha que não dá
B: Sessenta...não. Sessenta e seis é um bom número né?
M: Eh! não, eu to passando pra você me dizer, porque se você achar que dá pra fechar no sessenta
e seis eu vou trabalhar a lista dos sessenta e seis.
B: Não! Vamos trabalhar essa lista ai, porque senão a outra a gente vai se complicar.
M: Porque, porque eu separei, e esse vinte e três, eles são só tutores, de várias, de várias
turmas, mas só tutor.
B: Sei, sei, então esse que é o problema, acho melhor a gente não considerar porque segundo o que
falei com o Hamilton e melhor não considerar.
M: Você acha que sessenta e seis, eh, apresentar uma lista com sessenta e seis que efetivamente
participaram das capacitações isso não fica pouco pros dois cursos ai.
B: Bastante pouco, muito pouco. Pois é, uma decisão difícil né?
M: Pois é, precisava dividir isso com você pra saber como que eu faço pra ir preparando agora
ah....(inaudível)
B: Vinte e três para ir para oitenta e nove e depois o que é que nós vamos falar.
M: Eh..Bem pouco, é.. eles, eles podem ter sido, é... aquele caso lá da E-Television.
B: Então! Acho que ai, ai podemos, né?
M: Né? ou eles foram.
B: (inaudível)
M: Comé que foi, comé que foi capacitado lá e nós não, e lá naquele lá nós não vamos apresentar
lista nenhuma, daí se (inaudível) esses que não aparecem, no final das contas é... o que que tem,
é são aqueles que, que não conseguimos o fornecedor que não nós informou, nós tínhamos o registro
que ele participou, mas não temos o registro do fornecedor.
B: É uma opção, é uma opção.
M: (inaudível)
B: Não! Mas é uma opção.
M: Pra gente ficar com esses oitenta e nove, é um número legal né?
B: Eh, Pelo menos fica um negócio mais palatável né?
M: Eh! Porque e daí eu vou, eu vou organizar isso por curso, cultura ou pesca e repetir mesmo no
que tem, é.. os que tem os dois, que fazem nos dois, eu vou repetir o nome, eu fazer quadros por
curso, entendeu?
B: Sei.
M: Não vou fazer uma lista única.
B: Certo!
M: Não, não, Deixa os caras pensarem um pouco lá né?
B: Sim, sem dúvida, eu acho que sim, é por ai.
M: Cruzarem alguma coisa. Então! eu queria, eu queria a tua posição agora pra gente saber.
B: Não! Mas eu acho que nós temos que ir por ai mesmo, não temos outra opção né? rsrs
M: Pois é, ai, ai, porque e daí pegaria, pegaria todos né, daí a totalidade, a totalidade é
oitenta e nove.
B: Legal. Pelo menos fica uma coisa mais, sei lá, mais consistente né?
M: Eh! Em termos de números sim, agora fica abe.., fica descoberto, daí o... a questão dá....dá,
dá, de uma verificação nesses, nesses daí no caso.
B: Não mais ai, ai vamos, mas eu acho que não temos outra opção, acho que vai ser por ai mesmo.
M: Eh! Eu não vou separar o que é conferencista web ou que for...
B: Não, não! É tudo junto.
M: Então eu vou separar o curso.
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B: Exatamente.
M: E vou tentar fazer uma separação por módulos também, porque eu encho, eu encho os quadrinhos
com vários módulos ali.
B: Eu acho que é por ai mesmo.
M: Tá! Ai repete o nome, mas é porque, porque que ele esta aqui? Porque ele fez o modulo tal,
modulo tal, modulo tal. Ainda vou pensar nessa questão do modulo, no curso sim porque tem, do
trinta e sete eles dão, eles dão aula nos dois.
B: Sei! porra!
M: Eh, trinta e sete repete, repete no um, repete no....
B: Pô! Sobra quatorze bicho.
M: Eh
B: Foda né? Mas enfim tudo bem.
M: Como, como, como assim quatorze.
B: Sim! Porque são cinquenta e uma disciplinas nos dois cursos né?
M: Ah tá! Eh! Trinta e sete, eles fazem nos dois.
B: Porra! Eh então não tem outro jeito, vai ser por ai mesmo.
M: São, são quantas disciplina em cada curso?
B: Nos dois cursos dá cinquenta e um.
M: Os dois dá cinquenta e uma.
B: Eh! E até um número assim que me chama atenção porque é um número impar né?
M: Pois é. É um (inaudível) tem uma disciplina a mais que o outro. tá bom, então! bom Bernardoni,
vou, você acha que fechamos, vamos, o cê dá uma pensada amanhã cedo você me ligar e dize a
questão do tutor.
B: Não, mas eu acho que é por ai mesmo Martins. Não tem muita, não temos muita opção né?
M: Hun, hun! Eh não tem muito porque ah...a decisão e ficar com os sessenta e seis, esses, esses
eu tenho eles separadinho aqui, e ai sim, a são, esses são conferencistas, eles são também
tutores, mas eles são conferencistas, então, supondo que todos os conferencistas passaram por
qualificação, mesmo ele tano com a posição de tutor, lá quando conferencista ele foi, ele foi
qualificado.
B: Uma coisa que eu não sei, eu não sei se cheguei a te falar, mas acho que o Hamilton me falou
hoje, a gente fazer daí para na próxima sexta-feira uma (inaudível) e o professor Otávio que é o
coordenador do curso validar essa sua lista. O que você acha?
M: Não sei, não gosto muito disso.
B: Mas é uma opção né?
M: Eh! mais porque eu vou documentar mais uma coisa pra depois ai ser questionado, num, deixa
ficar só com a lista. A lista eu posso dizer que teve algum, a montagem da lista, alguma coisa
assim, se o cara validar ai...entendeu?
B: Eh tá, mas pensa, essa é uma opção.
M: tá! E mais o da semana que vem eu não to muito preocupado ainda, ainda...
B: Exatamente! O problema é amanhã né?
M: Eh! Vamos fechar, vamos fechar o de amanhã pra gente pensar depois no pra frente. Nós
precisamos entender que se a gente puser o tutor aqui, é... comé que a gente também deve fecha lá
na semana que vem as listas, alguma coisa assim.
B: Exatamente! exatamente!
M: Ai fica aquele, aquele gancho que eu te falei, bota na E-Television todos os que eram só
tutor, teve lá qualificação a distância.
B: Exatamente!
M: Então ai! Talvez saia, então por isso daria pra colocar ele de tutor aqui agora e daí na hora
de apresentar os eventos eles ficariam numa lista com os... olha esse aqui foi a distância e nós
não temos a...., não conseguimos as informações completa do fornecedor.
B: Exatamente! Acho que é por ai.
M: Né? Porque de qualquer maneira mesmo sendo tutor ele tem que ter tido algum tipo de
orientação, algum tipo de....
B: Sim! não, mas eles tiveram.
M: Eh! então...
B: Com certeza eles tiveram.
M: Ai, desperdiçar, desperdiçar esse nomes todos que de fato tem é duro, então a gente precisa
pensar em sair, é...em colocar ele com uma saída pra, pra, no que me ocorreu aqui agora daí é a
E-Television.
B: Tá! Mas é por ai, não tem outro jeito.
M: Então, então eu vou começar a montar por esse, por esse conceito aqui. Tá bom?
B: Legal!
M: Então tá bom. Qualquer coisa vamos, vamos nos falando, se você lembrar de alguma coisa amanhã
cedo, quiser dar uma ligada, manda bala pra mim.
B: Então tá bom
M: Valeu! Um abraço
âmbito dos cursos de Pesca e Aquicultura. Tanto que no decorrer dos diálogos
MARTINS sugere a BERNARDONI ideia de incluir parte dos treinandos como se
tivessem sido capacitados pela E-TELEVISION, já que a empresa mudou de
proprietário e de ramo de atuação e, assim, não poderia atender às solicitações da
CGU. O que de fato ocorreu.
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AMILTON: BERNARDONI, AMILTON (Amilton Kuster é associado e um dos responsáveis pela área
educacional do IBEPOTEQ).
BERNARDONI: Tudo bem? Eh aí, pronto o material?
A - Não tem absolutamente mais nada.
B - Meu Deus do céu!
A - Absolutamente mais nada. Então é o seguinte, eu conversei com o HELTON, que é o cara lá das
coisas, e ele disse que aquele evento grande, aquele que você tem aí que fui eu que te passei
esse ano, ele disse que foi o primeiro, que ano passado eles não fizeram nenhum desses.
B - Se for desse ano deixa, que aí eu não aproveito nada.
A - Pois é, mas ano passado não houve esse evento. Esse foi o primeiro e único.
B - Mas e a gravação, o SINVAL vai fazer?
A - A gravação tem que esperar agora ter uma nova aula, porque eles também é... o equipamento
deles deu problema e eles não têm mais nada gravado antigo. Então tem que preparar a gravação.
B - Amanhã não dá pra você ver?
A - Eu preciso ver se tem professor da área de meio ambiente. De meio ambiente não, de pesca,
porque já terminou né. Então, é... não sei. E o terceiro assunto que era as fichas de avaliação,
a JOSEMARA diz que não tem mais nada aqui, o que ela tinha ela te mandou. Que não tem mais nada
nos arquivos.
B - Tá, mas a gravação não vai ser... material didático não tem nada?
A - Material didático eu vou procurar eu agora. Eu vou falar com a Beth tá. Daqui a pouco eu te
ligo.
B - Não tem o material...
A - Não existe o material. Isso é prática. Aula prática. Não tem nada para estudar. O cara chega
ali...
B - Não tem uma apostila? Um... nada, nada, nada?
A - Eu vou verificar agora e já te digo tá.
B - Eh a gravação não vai ser refeita?
A - Olha, você precisa conversar com o... Você tem que ligar pro... pro CICCARINO, pra ele pedir
pro pessoal lá fazer uma né. Tem que fazer uma né, porque já tá tudo pronto. Tá todo mundo pronto
já. Tá todo mundo formado já.
B - Como assim?
A - Não tem mais professor para treinar da área de...
B - Você não pode gravar uma como se fosse?
A - Mas cadê o professor? Tem que ser um daqueles professores da lista né! E esse não tem nenhum
para treinar, todos já estão treinados. Como é que eu vou fazer um treinamento com um cara se ele
já tá treinado? Não tem condição. Por isso que eu digo, talvez seja o caso de ligar para o
CICCARINO para ver se ele conversa lá com o pessoal para ver uma dupla que treine. Eu não tenho
como chegar lá assim e falar: eu quero fazer um treinamento. Eu sou só o treinador, eu não sou o
líder entendeu? Eu não tenho essa autonomia para chegar lá e olha, eu quero fazer uma... eu quero
gravar um treinamento. A única pessoa que pode mandar fazer isso é o CICCARINO.
B - Pior que amanhã é o último dia de trabalho e depois não vai dar mais tempo.
A - Eu sei disso, por isso que eu disse: liga para o CICCARINO. O CICCARINO que pode solicitar
isso, eu não posso. Eu não tenho autonomia para isso.
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B: Tranquilo só depois que... (risos). Então é o seguinte, PEDRO, eu tô aqui com o Martins e ele
tá me relatando a conversa de hoje à tarde. Então, só pra complementar o que ele te disse, veja
bem, que eu não estava conseguindo o material que era necessário, inclusive a gente sentou com o
CICCARINO e tal. Veja bem, toda a parte do material o CICCARINO delegou para o AMILTON, então de
duas uma...
P: Ah, eu sei, ele... já entendi. É que eu não sabia desse detalhe.
B: É, então, por isso... eu tava falando com o Martins, deixa eu dar essa informação para o PEDRO
porque ele me disse que não tinha dito isso para você.
P: Não... (ininteligível).
B: Nós estamos há uma semana, depois eu te conto os detalhes que agora eu não vou falar por
telefone...
P: Claro...
B: ... foi delegado para o AMILTON. Todo dia eu vou aí e o AMILTON me coloca uma caixa de papel,
a gente chega aqui, não serve pra nada.
P: Ué...
B: Não serve pra nada, sabe? Então, veja bem, o que eu preciso, nós precisamos disso até amanhã,
PEDRO, porque sexta-feira eu tenho que entregar.
P: Claro.
B: Como é que eu faço... porque inclusive eu entreguei, tanto para o CICCARINO quanto para o
AMILTON, a relação de tudo o que nós precisamos.
P: Veja, tanto é que ele me mostrou lá aquela hora e eu falei "ué, eu nunca vi essa relação", mas
não tem problema, amanhã de manhã às nove horas eu tenho já um encontro cedo com o HERRERA pra
acertar uma série de informações aí que tão demorando. Nós temos 90%, mas tão demorando pra me
passar.
B: Então, você diz que tem 90%, se tiver isso eu tomo um litro de uísque hoje! Nós não temos...
não tenho 5% das informações que nós precisamos, PEDRO.
P: Não, não pode...
B: Como é que eu faço pra te passar...
P: Não, não, veja: a informação que você precisa é referente a que ano?
B: 2011.
P: 2011...
B: Tudo a respeito de capacitação, lista de presença...
P: Não, não, não, de 2011 pra cá tem tudo.
B: De fevereiro de 2011 a dezembro de 2011.
P: Não, isso aí nós temos tudo. Nós não temos é de junho pra trás. Não é que não temos, temos,
mas... sabe, mudou muita gente ali, muitos professores mudaram de setor, etc, daí é difícil de
chamar o pessoal pra reunir as informações.
B: Mas como é que nós fazemos, porque isso nós precisamos, PEDRO, amanhã até o meio-dia. Porque
nós temos quarta e quinta pra trabalhar, sexta-feira nós temos que protocolar na CGU.
P: Não, não, veja, ainda não posso te falar, eu preciso que cê me cobre amanhã cedo, eu te digo.
Eu acho que não tem problema. 2011 eu não vejo problema, a minha preocupação...
B: (interrompe) Mas o nosso problema é 2011, se não tem problema em 2011 o nosso problema
(ininteligível), tá resolvido.
P: Veja, não, não, por isso que eu preciso que cê me ligue amanhã, veja, pela informação que eu
tive agora, agora, agora, agora, eles tão quase finalizando já esse pedido. De julho,
aproximadamente de julho de 2011 pra frente. Algumas coisas pra trás até tem, mas eu não tenho...
por isso que eu não posso te afirmar agora. Mas você me cobrando amanhã cedo eu já te conto.
140
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QUE a partir de novembro de 2009 até esta data é contratada pelo IBEPOTEQ,
sempre atuando na área de EAD; QUE do início de 2009 a final de 2010 a
declarante exercia a função de secretária geral da educação à distância,
coordenando as atividades de gestão de tutores presenciais, tutores à distância,
call center, gestão de polos e divulgação de novos cursos; QUE do final de 2010
a meados de 2011 atuou especificamente na gestão de polos e gestão de tutores
presenciais; QUE de meados de 2011 a fevereiro de 2012 foi remanejada para a
atividade de coordenação de eventos do EAD; QUE ficou afastada por motivos
258
Nota Técnica nº 1.542/2012-CGU-Regional/PR, pgs. 25/26.
259
Reuniões Azambuja x ciccarino. CPF 018.139.559-21, residente na Rua Francisco Toczek, 486, Jardim
Guanabara, São José dos Pinhais/PR.
141
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260
CPF 792.560.409-30, residente na Rua Francisco Wanke, 336, Jardim Maria José, Colombo/PR.
261
CPF 544.981.209-49, residente na Travessa José Bim, 120, Bigorrilho, Curitiba/PR.
262
CPF 029.240.199-07, residente na Rua dos Dominicanos, 476, Boa Vista, Curitiba/PR.
143
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A partir disso, observou-se, como já apontado nos itens 6.1. a 6.10., que
empresas contratadas pelas OSCIP´s pertenciam ao próprio grupo criminoso ou a
terceiros vinculados a quadrilha, revelando a inexistência de orçamentos prévios e
263
CPF 434.291.499-91, residente na Rua Nicarágua, 480, apto. 33, Bacacheri, Curitiba/PR.
264
CPF 048.217.889-26, residente na rua Prof. Rui José Rachi, 161, Cajuru, Curitiba/PR.
265
CPF 007.536.629-06, residente na Rua Maria Luiza Bruel, 08, Cajuru, Curitiba/PR.
266
CPF 886.290.829-68, residente na Rua Campo Mourão, 2477, Centro, Pato Bragado/PR.
267
CPF 039.258.649-54, residente na Rua São Tomé, 323, Japurá/PR.
268
CPF 553.302.829-34, residente na Rua Eduardo Carlos Pereira, 3234, apto. 21, Portão, Curitiba/PR.
269
Tutora à distância -
270
CPF 291.613.598-74, endereço comercial na rua Mateus Leme, 1470, 1º andar, Escola de Servidores, Centro
Cívico, Curitiba/PR.
271
CPF 063.777.869-30, residente na Av. Silva Jardim, 994, apto. 808, Rebouças, Curitiba/PR.
272
CPF 536.721-869-53, residente na Rua Alexandre de Gusmão, 135, Jardim Social, Curitiba/PR.
144
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147
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273
Anexo volume 1, papéis de trabalho da CGU/PR (pdf. Pgs. 35/36)
148
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274
XXXXX
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ERNANI STELLA FILHO: QUE não conhece e nunca ouviu falar na OSCIP
ABDES (Agência Brasileira de Desenvolvimento Econômico e Social); QUE
indagado se participou do Processo Licitatório nº 02/2011, de abril de 2011,
promovido pela ABDES, afirma que na data em que ocorreu tal
certame o declarante, a pedido de ARNALDO SUHR, forneceu
orçamento ao mesmo em nome da OLSEN para os serviços de
diagramação revisão, digitação e tratamento de imagens, mas não
participou diretamente da concorrência, razão pela qual sequer
conhecia a ABDES; QUE forneceu o documento a ARNALDO SUHR por
este ser seu colega em tal ramo de atividade; QUE na época também
não conhecia JOSÉ BERNARDONI FILHO; QUE não conhece e nunca ouviu
falar na OSCIP IBEPOTEQ (Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas para a
Otimização da Tecnologia e da Qualidade Aplicadas); QUE não conhece e
nunca ouviu falar em GILSON AMÂNCIO; QUE indagado se participou do
processo licitatório do IBEPOTEQ - PL nº 05/2011 de outubro de 2011,
para contratação de gráfica para impressão de Livros didáticos, afirma que
não participou e não forneceu orçamento para ARNALDO SUHR; QUE em
razão disso, se há algum documento nesse sentido em nome da OLSEN, o
mesmo pode ser falso; QUE apresentado ao declarante o Orçamento datado
de 20 de outubro de 2011, dirigido ao IBEPOTEQ, constante à folha 1694 do
Relatório de Auditoria da CGU, o declarante disse que tal documento não foi
elaborado por ele, a assinatura constante realmente é a assinatura digitalizada
que o declarante usa quando faz orçamentos por e-mail, ou seja, faz o
documento e cola a imagem de sua assinatura; QUE a forma empregada no
documento não é a utilizada comumente nas cotações que faz, não usa tabela,
não usa margem nos parágrafos, apesar de ser o mesmo cabeçalho e o
mesmo rodapé usados pelo declarante; QUE afirma que o nome de sua
empresa, bem como sua assinatura foram forjadas nos documentos utilizados,
alguém montou os documentos; QUE nunca autorizou alguém utilizar sua
empresa ou seu nome; QUE conheceu por meio de ARNALDO SUHR o IFPR
(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná),
pois imprimiu para ARNALDO provas didáticas de cursos educacionais
promovidos pelo IFPR; QUE indagado se participou do Pregão Eletrônico nº
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A: Bem, graças a deus. Só te alertando, pode ser que apareça alguém querendo
saber se você participou daquela licitação lá do ano passado, no IBEPOTEQ,
lembra?
M: Nem lembro, ARNALDO.
A: (risos) Bom, pra todos os efeitos, eles vão passar (e) perguntar se você
participou, certo?
M: E é pra eu dizer que participei?
A: É, não, eles vão só perguntar pra você...
M: (interrompendo) Ah, foi que eu mandei a proposta, né, pra você, eu dei
cobertura pra você.
A: Isso, mas foi aquela do ano passado, certo?
M: Tá. Mas por que... quem que vai passar (e) perguntar?
A: Ah, pode ser que um cara da CGU vá porque eles tiveram lá na gráfica
OLSEN.
M: Na gráfica o quê?
A: Na gráfica OLSEN, que também participou.
M: Pra quê?
A: Ah, sei lá, os caras são uns idiota, entendeu?
M: Alguém fez alguma denúncia?
A: Não, não, segundo eles diz que é de praxe, de rotina, por causa do valor
do contrato.
M: É, pode ser, mesmo, porque a gente nunca participa de licitação tão grande
assim.
A: É, aham... mas daí lá ele fez duas perguntas, se participou e por que
razão não ganhou. (ininteligível)
M: Ah, não, pode deixar, qualquer coisa que forem lá perguntar de licitação
eles sabem que tem que encaminhar pra mim, e só eu sei onde que eu participo,
ninguém mais sabe.
A: Aí você alega pra eles que você participa em média dez li... é... por dia,
que você tem vinte pessoas que vão nas licitações, que cê não lembra, mas que
possivelmente participou e perdeu.
J: Ah, tá... mas e daí, quantas vezes eu participei lá, uma vez só?
A: Lá é uma vez só, né?
J: Aham, tá, tá... Nunca tinha participado, tentei uma vez lá e não deu
certo.
A: Daí diz "olha, eu tive um insucesso, desisti até de participar, não quero
mais conversa com isso". Entendeu?
J: OK
ARNALDO: Alô!
BERNARDONI: Oi ARNALDO! BERNARDONI, tudo bom?
A: Tudo bom!
B: Então, veja bem, espero que seja só preocupação, mas o ERNANI tava
combinando comigo hoje á tarde daí diz que não vai poder.
A: Não, ele tem um compromisso na cidade industrial ele vai estar de volta
bem no final do dia. Ele já me ligou.
B: Então procede?
A: procede!
B: Ah então tá bom eu fico mais tranquilo. Por que entre hoje e segunda eu
tenho que matar isso...
A: Não, não, marque com ele segunda logo cedo ou hoje bem no final da tarde.
Tanto faz tá.
B: Sei, por que quarta feira você sabe que a CGU tá aqui né.
A: Não, não tem problema.
B: Tá bom então.
A: Tá bom.
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Arnaldo conversa com Mara (gráfica Arte Brasilis) sobre os planos de Mara de atuar
futuramente como consultora na área de licitações.
ARNALDO: Eu acho que nós vamos se acertar aí numa coisa aí nessa parte aí, sabe? Porque... eu tou
me equipando primeiro com equipamentos, certo? Porque eu não gosto de pegar um negócio e não
poder fazer, certo?
MARA: Entendi.
A: Então, eu acho, se tudo correr bem, dentro dos conformes, aí, eu devo tá com uma oito cores
aqui, folha inteira, mais ou menos dentro de uns sessenta a oitenta dias, mais ou menos. Então
daí eu vou tá bem equipado com equipamentos. De acabamento eu já tou bem, agora, certo?
M: Entendi.
A: Mas é a impressão ainda que eu preciso melhorar. Quando eu tiver assim, aí eu vou conversar
com você e nós vamos ajustar um preço, certo?
M: Aham.
A conversa se inicia sobre um serviço de arte gráfica que Luciano iria prestar para Arnaldo.
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A: Não, eu faço tudo aí... É, eu tou com uma oceadeira, comprei mais uma guilhotina que já tá lá,
comprei uma trilateral também que já tá lá, então tem um monte de máquina... comprei mais uma
Roland 204, tem a folha inteira e uma meia-folha, agora, entende? Então, de equipamento agora eu
tou ficando bem, vindo a oito cores daí eu vou ficar bem sossegado, daí.
L: Ah, beleza.
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HNI: Eu coloquei o valor mais alto pra gente, então, né, nós...
A: Pode manter assim depois você me passa, então.
HNI: Outra coisa, você me pediu o valor, é, eu fiz lá dois e trinta a unidade pra o Sr., lá.
A: Tá bom... me passa o número do e-mail, o número de conta e o valor total.
HNI: Outra coisa, vai ser em nome de quem, a empresa... isso?
A: Não, isso aqui eu vou te pagar.
HNI: Não, não, eu tô falando o orçamento aqui.
A: Põe o IFEP.
HNI: (NÃO ENTENDEU)...
A: SOLETRA I F E P...
HNI: Ah, tá... entendi
A: Instituto Federal do Paraná
HNI: Ah, Instituto Federal do Paraná, entendi... IFPR então.
A: Não, é só... é, na verdade é o IFPR, é isso mesmo.
HNI: Unnh, eu só coloco empresa IFPR.
A: Isso... IFPR, Insittuto Federal do Paraná, só isso.
HNI: Tá, então tá ótimo, eu não preciso colocar endereço, nada, né?
A: Não, nada, nada.
HNI: Eu preciso assinar isso aqui, não precisa?
A: Assina, escaneia e me passa.
HNI: É vou ter que escanear então... tá ótimo, então. Já tô passando, então.
A:Falou, obrigado, então.
HNI: Obrigado eu. Tchau.
A:Tchau.
IDENT. TRANSFER. :
OBSERVACAO DATA SAQUE BACEN: 04/05/12
PAGTO NF 16 AGENCIA BRAS DESENV ECONOMICO E SOCIAL - ABDES, REF TERMO DE PARCE
RIA 002/2010, PROCESSO 23411000522/12-17, EAD.
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B: Oi.
G: Tudo certo tá.
B: Caiu o crédito?
G: Caiu. To começando a pagar os negócios aqui, cara.
B: Eu já te ligo. Já te ligo. Não, não espera aí só um minutinho. Eu já te ligo. Um abraço é que
eu to em outra ligação. (Encerrada).
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Bernardoni: Bom, Outra coisa que daí eu precisava falar é sobre aquela disponibilização, tá?
ARNALDO: Ah, perfeito. Huumm...
B: Daí...
A: Ela vai você vai...
B: Acredito que hoje. Hoje deverá... eu deverei conseguir fazer, tá?
A: Ahhh, perfeito, daí pra mais dois dias, tá bom?
B: Pois é eu... (risos). Eu... eu acho que tá bom, pra não ficar assim, sabe?
A: Terça-feira... pode ser amanhã?
B: Hã?
A: Pode ser amanhã, daí? Ou quarta? Não sei...
B: Quarta. Quarta. Quarta-feira eu acho melhor.
A: Perfeito, então. Não tem nenhum problema.
B: Pra não ficar assim, sabe... tão... tão em cima, tá bom?
A: Não tem problema.
ARNALDO SUHR diz que acabou de vir de uma reunião com o pessoal do IFPR
(leia-se JOSÉ CARLOS CICCARINO e RICARDO HERRERA) e que não há nenhum
problema, porém o pagamento precisa ser adiado para sexta-feira, e que lhe
explicaria isto pessoalmente. BERNARDONI questiona se houve alguma orientação
do pessoal do IFPR e ARNALDO diz que seria uma questão de dois dias.
BERNARDONI insiste que teria que ser na quarta-feira por “N” motivos e
ARNALDO acaba concordando e diz ao mesmo que falará para “eles” (leia-se JOSÉ
CARLOS CICCARINO e RICARDO HERRERA) que não daria para fazer o pagamento
em outra data. Assim, combinam de se encontrar no local “de sempre”,
sugerindo não ser a primeira vez que esse tipo de operação acontece.
ARNALDO diz, ainda, que gosta de ir no horário do meio-dia para retirar a
“embalagem” (dinheiro em espécie).
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Bernardoni: ...Então nós disponibilizamos os layouts pra você. Podemos concluir a impressão até
quarta?
ARNALDO: Ah, tá, tá, tá...
B: Podemos na quarta feira então, daí, disponibilizar isso? A impressão?
A: Eu dou uma olhada nisso e já falo com você, amanhã de manhã você vai estar aí pelo centro ou
não?
B: Não, amanhã de manhã sim.
A: Ali na Rua XV, na Marechal Deodoro quase na esquina com a XV, ali...
B: Não, mas o que eu tou falando... (risos)...(inaudível)...
A: Não, eu tou entendendo, eu tou entendendo... só quero falar pessoalmente com você.
B: Tá bom.
A: É que eu vim de uma reunião agora lá... lá com o pessoal, tá? Lá do pessoal do Instituto, lá.
Não tem problema...
B: E daí?
A: De repente isso não pode ser na quarta, vai acabar acontecendo só na sexta, entendeu?
B: Não, não... Não pode!
B: Mas houve alguma orientação...(inaudível)...
A: Não, Não. Nada, nada, nada, é por questão de dois dias, é só por causa disso. Não tem
nenhum...
B: Oi?
A: É por causa de dois dias mais só.
B: Tá bom. Nós falamos amanhã de manhã, tá?
A: Não, amanhã de manhã eu te explico com detalhes pra você entender, tá?
ARNALDO: Não, eu tou dizendo que não há necessidade mais de você vir aqui...
Bernardoni: Hã?
A: Por que eu conversei lá, daí me autorizaram a fazer a entrega do material na quinta feira.
B: Não dá, ARNALDO...
A: Tem que ser quarta?
B: Sim, ...(inaudível)... por N motivos.
A: Tá, então quarta, após o almoço, a gente se encontra ali no centro.
B: Naquele mesmo local?
A: Mesmo local, tá bom.
B: A que horas mais ou menos?
A: Ah, pode ser lá pra... por volta de uma hora da tarde, porque eu gosto de ir no horário do
meio-dia lá pegar a embalagem, entendeu?
B: Sim.
A: Tá bom.
B: Mas com certeza, então?
A: Não, fica tranquilo. Eu vou falar pra eles que não dá, não dá, acabou. Entendeu?
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recursos públicos para o esquema criminoso: “Se não tiver arrecadação, cara,
morre todo mundo!”.
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HERRERA diz que BERNARDONI ligou para JOSÉ CARLOS CICCARINO (Diretor
Geral do EAD). ARNALDO fala que BERNARDONI é muito apavorado e sai
espalhando para todo mundo.
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HERRERA comenta que vai a uma reunião no IBEPOTEQ (com GILSON) para
tratar dos serviços de impressão referentes aos cursos de especialização e depois
falará sobre isso com ARNALDO. ARNALDO pede que HERRERA interceda por ele
para que o IBEPOTEQ libere mais pagamentos em favor da Gráfica, mas o mesmo
diz não ter poder para isso, ARNALDO retruca dizendo que HERRERA é quem
manda mais.
HERRERA diz que “se for esse o problema já tá resolvido”, o que tranquiliza
BERNARDONI.
H - O ilustre.
B - Tudo bom Herrera, bom dia. Eu estava indo aí...
H - Então não venha. Eu tava te ligando pra dizer pra você não vir aqui. Eu estou indo numa
reunião fora que eles chamaram agora, às 10:30h.
B - Tá, e quando que a gente podia falar Herrera? Eu preciso falar com você hoje, sem falta
bicho! Por favor.
H - Eu também tenho assuntos pra você resolver. Agora, agora que você... você já está
resolvido... eu preciso resolver os meus problemas daqui. Podemos ver à tarde.
B - À tarde que horas?
H - Que horas você pode?
B - Eu posso... porque eu tenho (inaudível), uma assinatura lá com o Governador. 17h pode ser?
H - Cinco horas, pode. Não é demorado né, nossa conversa não é demorada?
B - Não, eu acho que não. Pelo menos no que depender de mim. Só depende mais de você do que de
mim.
H - O que depender de mim eu já fiz cara.
B - Não, não, ontem você fez uma coisa que me deixou se dormir hoje.
H - Por que? Falei que você estava grávido? Isso que tira o sono.
B - Não, não. Eu te peço (inaudível) Arnaldo. Você já está sabendo né, não preciso entrar em
detalhes. Por favor, lá libera bicho!
H - Já tá resolvido.
B – Então tá bom.
H - Se for esse o problema já tá resolvido.
B - Então não tem mais problema, então ótimo. Eu vou até alegrinho aí falar com você.
H - (inaudível) alegrinho né. Porque os pepinos que eu segurei pra você estão todos estourando em
cima de mim né. Pode vir com o caderninho aí e a caneta azul, não a vermelha.
B - Só te digo uma coisa, que nem eu disse pro Ciccarino ontem, qual foi o dia que eu joguei
pepino no colo de você e disse assim: se vira. Segundo, quantas vezes eu me neguei a resolver
qualquer coisa que vocês pediram? Essas duas perguntas não precisam nem me responder.
H - Bom dia pra você. Detalhe nós falamos tá bom.
B - Cinco horas eu tô aí tá.
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A - Fala Bernardoni.
B - Oi Arnaldo, tudo bem?
A - Tudo bem.
B - Então, uma hora nos encontramos?
A - É, eu tô acabando de almoçar e tô indo pra lá, entre uma e uma e quinze
mais ou menos. Pode entrar e ir direto lá.
B - Tá bom. Ok.
Despedem-se
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Bernardoni
ARNALD
O
RECIDO DE
AUTORIZAÇÃO DE
SAQUE
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ARNALDO
2º PISO
Bernardoni CASACO
2º PISO
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CASACO
“outro problema com aquele cidadão lá” (refere-se ao evento acima - propina paga
a JOSÉ BERNARDONI FILHO horas depois).
ARNALDO diz que meio dia é o único horário que MAGNA APARECIDA DA
SILVA poderia ir, pois ela trabalha, sendo que HERRERA concorda. HERRERA
pergunta se é no mesmo “estabelecimento”, só que na Vila Hauer (sugerindo que
não ser a primeira vez que ele e ARNALDO realizam o procedimento).
ARNALDO diz em código que é em outro “cartório”, próximo ao HSBC da Marechal
Floriano, e passa o telefone de MAGNA para contato (9931-2966).
H - Oi Arnaldo.
A - Bom dia, Tudo bom?
H - Bom dia.
A - Eu vou precisar que... Você tem algum problema em você ir lá... Pegar lá... O documento
direto com a outra pessoa?
H - Como assim?
A - Lá na Vila Hauer.
H - Não, direto não cara.
A - Não, uma pessoa que não tem nada a ver.
H - Ah...
A - Entendeu?
H - Não é conhecida tua.
A - Não é... Conhecida da igreja. Tá. Não tem nada a ver. É que eu estou com um baita problema
hoje. Eu tô com um pessoal de São Paulo aqui dentro mexendo com a máquina e tenho também aquele
outro problema com aquele cidadão lá que se eu não estiver a 1h lá, Deus o livre!
H - Que horas lá?
A - Meio dia. É o único horário que essa pessoa pode estar, porque ela trabalha.
H - Meio dia pode ser, porque meio-dia e meia eu tenho um almoço com o pessoal de São Paulo e
duas horas eu tenho uma reunião.
A - Se pudesse ficar isso para amanhã, aí eu marcaria com essa pessoa para amanhã e eu mesmo
pegaria lá.
H - Se puder ser ao meio-dia tudo bem.
170
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A - É, tá bom. Então essa pessoa vai estar lá dez para meio-dia. Você quer anotar o telefone
dela?
H - Só um pouquinho, deixa eu anotar sim. Eh é naquele mesmo estabelecimento só que na Vila
Hauer?
A - Não, é em outro estabelecimento. É outro cartório.
H - Diga.
A - 9931-2966.
H - Tá.
A - O nome dela é Magna.
H - Tá.
A - Então eu vou deixar ligado que você vai estar ligando e ela te dá as coordenadas do endereço
lá certinho.
H - Tá bom. Então eu ligo pra ela tipo 11:30h tá bom?
A - Isso, eu já vou avisar a ela agora que você vai estar ligando. Mas fica próximo... Aquele
cartório ali próximo ao HSBC da Marechal Floriano lá. Então só pra você saber, passou o shopping
Cidade tem aquele conjunto do HSBC lá que é o administrativo né.
H - Tem.
A - Logo em seguida o próximo cartório ali.
Despedem-se
M - Alô.
H - É Magna?
M - Sim.
H - Magda,é o amigo do Arnaldo. Tudo bem?
M - Tudo jóia.
H - Eu queria ver com você onde que é o endereço lá.
M - Ah tá. É na Marechal Floriano Peixoto... Como que é seu nome?
H - É Ricardo...
M - É porque ele falou pra mim, é Ricardo Herrera né, é isso?
H - Isso.
M - É aqui na Marechal Floriano Peixoto próximo ao terminal da Vila Hauer, o senhor conhece?
H - Isso.
M - No banco Santander. Tem um logo em frente às lojas Pernambucanas e tem outro quase em frente
à drograria Minerva. É nesse da esquina da drogaria Minerva.
H - Na esquina da Minerva?
M - Isso, nessa agência ali. Do Santander. Daqui a uns 15 minutos ou 20 eu já estou na agência
daí.
H - Tá, então quando eu chegar lá daí eu te ligo tá bom.
M - Então tá jóia. Ok então.
H - Tá, até lá então.
Despedem-se
171
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H - Magda.
M - Oi, estou chegando aqui na Marechal.
H - Eu tô parado aqui na frente.
M - Ha tá. Já chego aí. Estou procurando uma vaguinha aqui.
H - Tá bom então.
M - Tá, já chego aí.
H - Te espero na porta ali.
M - Tá ok então.
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Neste local, às 11h55, por intermédio de sua sócia “laranja” na gráfica Obra
Impressa, MAGNA APARECIDA DA SILVA, ARNALDO SUHR realizou o pagamento de
vantagem indevida no valor de R$ 50.000,00 entregues ao Diretor Administrativo
e Financeiro do EAD RICARDO HERRERA, subordinado direto de JOSÉ CARLOS
CICCARINO, ambos responsáveis por ordenar o pagamento das despesas em favor
da ABDES.
173
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275
H - Oi Arnaldo.
A - Tudo certo?
H - Tudo certo.
A - Beleza então. Eu estou indo uma e meia no troglodita, certo.
H - Tá.
A - Evoluiu alguma coisa lá, não evoluiu, como está?
H - Não evoluiu pra menos. Ele que tá devendo documento lá.
275
Ver: http://www.santander.com.br/portal/wps/script/templates/GCMRequest.do?page=6491
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A - Tá. Aham.
H - Se ele continuar fazendo pressão. (inaudível) nem que você vá liberando
mais aos poucos para (inaudível), mas tem que liberar pô.
A - Beleza. Então uma e meia eu estou indo lá e qualquer coisa eu te informo.
H - Depois eu acertei com ele lá o negócio da DI que é um valor que sair um
contrato pra você, tá bom.
A - Beleza então.
H - Mas daí eu tenho que conversar com você.
Despedem-se
No dia 23 de maio de 2012, por volta das 13h, houve outro pagamento de
vantagem indevida por ARNALDO SUHR (dono da Gráfica OBRA IMPRESSA) para
JOSÉ BERNARDONI FILHO (dono da ABDES), novamente na Agência do Banco
Bradesco n. 810 – Monsenhor Celso (a instituição não dispunha de imagens desta
vez), no valor de R$ 30.000,00.
ARNALDO: Alô.
BERNARDONI: Oi, ARNALDO, bom dia, BERNARDONI, tudo bem?
A: Bom dia, tudo bem. (ininteligível)
B: Tudo certo, hoje (à) uma hora, nos encontramos?
A: Sim, sem problemas.
B: Então tá bom, OK.
A: Outra coisa, ontem eu tive uma conversa com HERRERA, e eu vou levar um documento pra você, e
daí eu explico pra você do que se trata, tá bom?
B: Sei...
A: Quando a gente se encontrar à uma hora lá, tá bom?
Despedem-se e desligam.
ARNALDO: Oi!
MAGNA: Oi, tudo bom?
ARNALDO: To na fila do banco, depois eu te ligo .
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ARNALDO, às 13:42, está na fila do banco, conforme havia combinado com BERNARDONI na manhã desta
quarta-feira.
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A: É que eu vou me encontrar com ele hoje, daí eu já vou levar os documentos prontos, entendeu,
daí só pra você confirmar com ele, então, tá bom?
H: Perfeito.
Tratam de outros assuntos alheios à investigação e desligam.
Falam em código e não é possível estabelecer sobre o que. HERRERA parece, de início, não entender
o que ARNALDO fala. Porém ao falar de valores e do encontro que terá mais tarde com o “nosso
amigo”. HERRERA capta a mensagem e diz que o valor é compatível.
Lembrando que o encontro entre ARNALDO e BERNARDONI aconteceu neste mesmo dia, e que no primeiro
diálogo entre eles, ARNALDO comenta que vai levar um “documento” e que explicaria a BERNARDONI do
que se tratava. Isto após dizer que havia conversado com HERRERA.
178
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B: Não, não tem... não tem como, porque até eu vim expor a situação pra ele aqui, a questão do
caixa.
A: Tá, mas esse... mas esse valor retorna, daqui no máximo em quinze dias...
B: (interrompendo) Não, não fala assim! Não... não... tá?
A: Sei..!
B: Então, só pra te avisar, porque eu tô aqui exatamente, vim aqui conversar com o HERRERA, pra
gente ver, analisar a situação do caixa do projeto, e justamente dizer que em função da tua
demanda, que... o caixa não permite, quando que seria liberado, e ele me falou que antes do final
do ano vai ser, de forma que eu não tenho como te liberar esse dinheiro, sob pena de eu não ter
dinheiro pra folha de pagamento.
A: Tá, então... e o que que pode ser liberado?
B: Nada
A: Nada?
B: Nada, porque, olha, como eu te disse, nesse mês de maio aí, foi além do que era pra ir.
A: O HERRERA tá com você aí, não?
B: Tá.
A: Eu vou precisar falar com ele, eu vou ligar no celular dele, então.
B: Então faz favor?
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05/09/2011 114 SAQUE CC AUTOAT 7274327 1.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
10/11/2010 209 TED-TRANSF ELET DISPON 9060197 45.346,50 C 05.601.886/0001-42 INST BRAS
DE ESTUDOS
10/11/2010 101 RECIBO DE RETIRADA 133543 6.700,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
10/11/2010 114 SAQUE CC AUTOAT 7038560 1.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
11/11/2010 114 SAQUE CC AUTOAT 7317042 1.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
12/11/2010 114 SAQUE CC AUTOAT 8660439 1.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
16/11/2010 114 SAQUE CC AUTOAT 5689797 1.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
16/11/2010 114 SAQUE CC AUTOAT 7274021 1.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
16/11/2010 114 SAQUE CC AUTOAT 7274731 510,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
181
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22/11/2010 101 RECIBO DE RETIRADA 138103 4.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
22/11/2010 114 SAQUE CC AUTOAT 7274911 200,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITO
22/02/2011 209 TED-TRANSF ELET DISPON 7529467 97.986,50 C 07.812.678/0001-18 RFS GRAFICA
E EDITORA LTDA277
22/02/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 105268 55.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
22/02/2011 114 SAQUE CC AUTOAT 9640923 1.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
23/02/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 135434 35.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
25/02/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 138140 10.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
13/05/2011 209 TED-TRANSF ELET DISPON 8650117 82.381,50 C 05.601.886/0001-42 INST BRAS
DE ESTUDOS
13/05/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 138292 4.978,99 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
13/05/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 138292 1.379,14 D PAGAMENTO DE TRIBUTO
13/05/2011 114 SAQUE CC AUTOAT 1212021 500,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
13/05/2011 114 SAQUE CC AUTOAT 3592605 500,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
16/05/2011 114 SAQUE CC AUTOAT 6765670 1.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
16/05/2011 114 SAQUE CC AUTOAT 7274346 1.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA LTDA
276
Item 5.1.4 (recebeu via TP 03/2010).
277
Item 5.1.4 (recebeu via TP 03/2010).
278
Item 5.1.3. (recebeu pelo TP 02/2010).
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08/06/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 135449 12.790,55 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
279
Item 5.1.5. (recebeu do IBEPOTEQ pelo TP 01/2011).
183
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23/12/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 136142 5.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
23/12/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 136178 152.000,00 D 350.967.729-34 ARNALDO SHUR
26/12/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 138740 3.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
27/12/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 136831 3.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
27/12/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 136839 97.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
28/12/2011 101 RECIBO DE RETIRADA 135261 11.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
10/01/2012 101 RECIBO DE RETIRADA 136421 40.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
12/01/2012 101 RECIBO DE RETIRADA 138300 7.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
13/01/2012 101 RECIBO DE RETIRADA 136198 3.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
280
Item 5.1.5. (recebeu do IBEPOTEQ pelo TP 01/2011).
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16/04/2012 101 RECIBO DE RETIRADA 136554 5.500,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
17/04/2012 101 RECIBO DE RETIRADA 136821 6.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
19/04/2012 101 RECIBO DE RETIRADA 136065 110.000,00 D 350.967.729-34 ARNALDO SHUR
23/04/2012 101 RECIBO DE RETIRADA 138751 71.158,45 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
27/04/2012 101 RECIBO DE RETIRADA 133306 21.000,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
185
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05/07/2010 101 RECIBO DE RETIRADA 138772 3.950,00 D OBRA IMPRESSA GRAFICA E EDITORA
LTDA
186
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281
Conta sem o nome do titular.
282
Conta sem o nome do titular.
283
Conta sem o nome do titular.
187
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Conforme apurado pela CGU/PR284, nas análises realizadas foi evidenciado que
uma das formas escolhidas pelo grupo para produzir a “sobra” de recursos que
abastece o esquema é proveniente do sobrepreço pago pelas OSCIP´s à OBRA
IMPRESSA para a impressão de todo o material didático utilizado nos cursos.
Obra Pago à
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Livro Livros Valor Un. (R$) % (R$) Pago (R$)
(R$) (R$)
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A 5.000 11,32 6,68 69,46 56.600,00 33.400,00
0
12.00 112.500,
B 20,68 11,31 82,93 248.160,00 135.660,00
0 00
10.00 80.350,0
C 18,19 10,16 79,12 181.900,00 101.550,00
0 0
42.440,0
D 8.000 12,54 7,24 73,32 100.320,00 57.880,00
0
43.050,0
E 2.500 35,98 18,76 91,79 89.950,00 46.900,00
0
301.540,
Totais: 676.930,00 375.390,00
00
284
Nota Técnica nº 1.542/2012-CGU-Regional/PR
285
Nota Técnica nº 1.542/2012-CGU-Regional/PR
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Portanto, essa foi outra das formas escolhidas pelos envolvidos para pagar a
ARNALDO SUHR e sua empresa OBRA IMPRESSA valores superiores aos serviços
efetivamente prestados, gerando assim excedentes que também alimentam os
desvios descritos neste relatório. Tais serviços ora são pagos em duplicidade, ora
são pagos mesmo sem a prestação de serviços, ou não tiveram a sua realização
comprovada pelas OSCIP´s ou pelo IFPR.
Verifica-se isso quando se observa o tom com que HERRERA aborda esse
assunto, e nos termos que ele utiliza, como: “então, estão sangrando o
Projeto”. Ou quando é dito por ele que: “daí tá lá a minha assinatura que eu
liberei 300 pau para diagramação. E os outros itens? Não adianta eu ter
diagramação de livro e não ter dinheiro para pagar a folha. Entendeu?”.
Obra Impressa
Compõe a
Prestação de
NF nº Data da NF Descrição dos Serviços Valor (R$)
Contas do TP
nº
“Serviços de revisão técnica e 37.300,00
editoração, diagramação de
21 22/07/2011 01/2010
material didático para os
IBEPOTEQ
cursos de EAD.”
370, “Serviços de revisão técnica e 577.994,00
377, editoração, diagramação de
Período entre
382, material didático, correção de
11/02/2011 e 03/2010
383, conteúdos, entre outros
05/07/2011
014 e serviços para os cursos de
017 EAD.”
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ARNALDO: Então, o contrato que eu ganhei, o FNDE tem que enviar o dinheiro pra eles poder
autorizar o empenho, pra mim fazer aquele contrato que eu ganhei, né? Então, já era pra ter vindo
o dinheiro do FNDE semana passada, não veio, então disseram que viria agora, já, ontem, segunda-
feira, e vou saber disso hoje, se entrou o dinheiro pra eles ou não. Mas eu tenho aquela outra
situação lá, que é o dinheiro do, do...
ZÉ LUIZ: Da Roland...
A: Não, não, da... o que eu recebo lá do outro Instituto lá, né? Só que o cara também não recebeu
a nota dele ainda, entendeu? Então tem uma série de coisas assim que acabam esbarrando... daí eu
perguntei, "mas por que que não pagaram a nota do cara?", eu disse, né... porra, sabe, daí ontem
eu falei com o diretor geral do negócio (CICCARINO), certo? E o diretor geral do negócio não
sabia disso. Aí o que que aconteceu, eu peguei e contei tudo pra ele o que tava acontecendo, ele
disse "ARNALDO, hoje eu vou dar uma solução nesse caso", entendeu? Então aí eu acredito que ele
dá, que ele é, nessa parte aí ele é, ele manda lá pra caramba, sabe? Ele manda bastante, não
manda pouco não. Então eu acho que eles vão tirar a bunda do chão e vão resolver o assunto,
entendeu?
Z: Ah, tá tá... mas daí como é que você vai fazer com o (ininteligível), pelo jeito você vai se
enrolar com o dia 15 aí pra pagar a 708, não?
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A: Não, não, a partir do momento que eles paguem isso, resolvido o assunto da, da... porque eu
vou receber um milhão e cem, né?
Z: Hum hum.
A: Eu não vou receber cem mil ou duzentos mil, entendeu? Essa pegada que eles tão dando é pra eu
receber um milhão e cem.
Z: Ah, tá, tá tá...
A: Entendeu? E eu tou mais agoniado porque eu preciso pôr essa máquina aqui dentro, entendeu?
Então... na verdade, se o problema é só dez mil é fácil de você resolver, né? Mas eu tou agoniado
mesmo é pra pôr essa máquina aqui dentro, entendeu?
Z: Entendi.
A: É isso que eu tou preocupado, né?
A conversa se inicia em torno de um serviço que LUCIANO iria prestar para ARNALDO, de arte gráfica, mas que não
irá conseguir entregar devido a excesso de trabalho. A partir de 1'06'':
LUCIANO: Como é que tão os negócios pra (campanha) política?
ARNALDO: Ah, eu tenho muita coisa aí encaminhado, né? Mas eu tou atopetado de livro, né?
L: Aham.
A: Então, em média, aí, eu tou fazendo cem mil livros por mês.
L: Cem mil livros!?
A: É.
L: Nossa! E tá terceirizando impressão, ou não?
A: Tou, tou terceirizando, mandei um pouco lá pra IGNEA agora, esse mês que eu tive que pedir um
socorro dele lá, então ele rodou quatro edições pra mim lá, sabe?
L: Hum hum...
A: Mas agora, eu acho que mais um... (não) sei, deve embarcar minha oito cores daqui a umas duas
semanas, mais ou menos. Aí eu acho que mais uns sessenta, noventa dias, não sei quanto tempo leva
de transporte, essas coisa tudo, né? Daí a hora que chegar minha oito cores, daí eu já vou tá
mais sossegado, daí.
L: Ah, beleza. Ô, ARNALDO, me diz uma coisa, lá tem o... cê quer que eu peça pra alguém tentar
dar uma força pra você aí, alguma coisa? Se precisar imprimir alguma coisa lá na gráfica?
A: Não, agora tá sob controle, agora tá sob controle. É, a semana passada que tava ruim. Até eu
rodei foi semana passada, o último agora ele tá me entregando, possivelmente segunda-feira,
agora, né, mas daí agora tou tranquilo com as vacas, de novo, tem bastante pra rodar pra frente,
mas daí eu tou com prazo, agora, daí não tem problema, né? Mas se precisar aí eu te aviso, daí,
né?
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L: Daí eu peço pro ÍTALO dar uma... conversar com você lá, mas daí é só impressão, acabamento
você faz, né?
A: Não, eu faço tudo aí... É, eu tou com uma oceadeira, comprei mais uma guilhotina que já tá lá,
comprei uma trilateral também que já tá lá, então tem um monte de máquina... comprei mais uma
Roland 204, tem a folha inteira e uma meia-folha, agora, entende? Então, de equipamento agora eu
tou ficando bem, vindo a oito cores daí eu vou ficar bem sossegado, daí.
L: Ah, beleza.
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*
% LUCRATIVIDADE 94,0% 88,6% 69,8% 79,2%
* calculado sobre a receita bruta (Resultado Líquido do Exercício / Receita Operacional Bruta).
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tão pouco tempo, dos negócios gráficos de ARNALDO SUHR, tendo inclusive
visto uma máquina de impressão 8 (oito) cores, cujo valor é de mais de R$
800.000,00; QUE esclarece que esse ramo de negócios de impressão gráfica não
é fácil, pois há grande concorrência e a margem de lucro não é muito grande,
sendo que o declarante atua há 30 (trinta) anos no ramo e ainda não teve
condições de comprar uma 8 (oito) cores;
Além disso, os peritos também observaram que nos Balanços Patrimoniais dos
anos 2009 a 2011 não há valores registrados em máquinas/equipamentos (fls. 36
dos Livros Diários 05 e 06, fl.122 do Livro Diário 08), indicando que no período em
questão a investigada OBRA IMPRESSA não possuía capacidade operacional
instalada para a realização de serviços gráficos.
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8.1. Resumo
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Outra atitude de IRINEU que chamou atenção foi a sua vinda a esta
Superintendência Regional de Polícia Federal no Paraná (SR/DPF/PR) na tentativa
de descobrir se existia investigação policial em curso relacionada aos fatos, ocasião
em que fez menção a JOSÉ CARLOS CICCARINO e a uma gráfica, detendo aparente
conhecimento das ações ilícitas deste alvo.
286
Relatório 03, de interceptação telefônica.
199
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ato de CICCARINO, por meio da Portaria 708, de 31.10.2011287, pela qual delegou
competência a aquele, demonstrando falta de isenção e má-gestão na função de
Reitor. Outras irregularidades sobre a cumulação de cargos/função de CICCARINO
são interceptadas em áudio.
287
Ver pgs. 61 pdf. (696 a 734), TP 01/2011.
288
Volume principal 1 – papéis de trabalho, pgs. 11/12 pdf.
200
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QUE ontem, 15/05/2012, por volta das 13h, a depoente recebeu uma ligação telefônica do
Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná – IFPR, IRINEU
MARIO COLOMBO, que lhe procurou para saber da finalização do relatório da auditoria em
curso no IFPR, solicitada por ele próprio, para ter avaliada a execução do Ensino à Distância –
EAD operacionalizada em parceria com duas OSCIPs IBEPOTEC e ABDES); QUE o Reitor
IRINEU COLOMBO solicitou da depoente informações sobre o andamento dos trabalhos, as
situações impróprias porventura verificadas e queixou-se de a equipe estar “pesando a mão”
nessa auditoria; QUE esclarece que os trabalhos de auditoria ora em curso tiveram motivação
em pedido do Reitor IRINEU COLOMBO ao Assessor Especial de Controle Interno – AECI do
Ministério da Educação – MEC, SÉRIO NOGUEIRA SEABRA, Analista de Finanças e Controle,
servidor de carreira da Controladoria-Geral da União, cedido ao MEC para ocupar função de
confiança do Ministro; QUE ressalta que em todos os ministérios o cargo de Assessor Especial
de Controle Interno, ainda que seja DAS do ministério, é ocupado sempre por servidor da CGU,
indicado e cedido para exercer função de controle; QUE no telefonema, o Reitor IRINEU
COLOMBO referiu-se ao Ofício nº 209, por meio do qual solicitou ao AECI do MEC a realização
dessa auditoria, e perguntou à depoente porque a equipe não estaria atuando somente acerca
da sua demanda, qual seja, a realização apenas de uma auditoria operacional, nos moldes do
“modelo do Reino Unido”, conforme SÉRGIO SEABRA havia com ele acordado, ou seja, uma
auditoria focada nos resultados finalísticos do EAD, sem prender-se a áreas e assuntos
administrativos/legais; QUE IRINEU COLOMBO queixou-se também que a equipe estava
demorando para concluir os trabalhos, que tem questionado muito às OSCIPs, e que inclusive
está fazendo “batidas” nas empresas por elas contratadas;
Ressalta-se que tal ligação não foi interceptada, pois possivelmente IRINEU
MÁRIO COLOMBO telefonou do terminal fixo do IFPR que havia sido cancelado no
período específico de monitoramento. No entanto, as ligações abaixo gravadas no
mesmo dia da conversa acima entre COLOMBO versus o auditor interno do IFPR,
VALDINEI, e, posteriormente JOSÉ CARLOS CICCARINO (Diretor Geral do EAD),
confirmam o acima exposto.
COLOMBO: O VALDINEI!
201
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CICCARINO: Oi COLOMBO!
COLOMBO: Oi, tudo bem CICCARINO ?
CICCARINO: Tudo bem e você?
COLOMBO: Liguei hoje pra ALZIRA.
CICCARINO: Ah sim.
COLOMBO: Falei com ela daí ela falou que está investigando outras coisas, eu dei uma reclamada
com ela e ela ficou meio pensativa. Mas ela falou umas coisas que deixou um pouco eu
preocupado.
CICCARINO: Ah.
COLOMBO: Vamos ver depois ........
A partir de (2'10")
COLOMBO: eu to preparando um ofício pra mandar pra ALZIRA e também lá pra Brasília que o
Valdinei vai tá aqui amanhã e tal depois eu queria passar pra você é também esse ofício pra ver
se você rascunha alguma coisa a mais.
CICCARINO: Ah tá. Quem ligou pra mim hoje foi o MAURÍLIO e daí cá entre nós dois eu gosto
muito dele, eu sou amigo dele. Porra não gostei da ligação sabe.
COLOMBO: por que?
CICCARINO: Não porque ele " pô porque daí nós vamos pra Brasília, vamos lá protocolar com o
HAGE, vamos denunciar os caras, vamos fazer, vamos virar" eu falei porra vamos pensar um
pouquinho antes de você fazer isso. Sabe que fazendo isso vai brigar com o mundo cara.
COLOMBO: Isso não interessa pra ele.
CICCARINO: Porra! Você não acha, dentro daquela linha que a gente falou ontem?
COLOMBO: Hã, hã.. por isso eu quero mostrar pra você.
CICCARINO: Tudo bem, acho que é justo..
COLOMBO: A ligação foi boa, foi boa a ligação foi boa. Ela sentiu um pouquinho..
CICCARINO: Sei.
COLOMBO: Falei que tava devendo pra mim ela ficou toda toda toda cheio de dedo.
CICCARINO: hãhã COLOMBO: Tudo bem. É nós vamos ter que conter o entusiasmo de algumas
pessoas................... (.........)
QUE por volta das 14h desse dia, recebi informação do DPF Felipe Eduardo Hideo Hayashi de
que o Reitor IRINEU COLOMBO havia falado ao telefone com alguém com quem comentou
que iria procurar a depoente para pedir que cessassem as apurações nos moldes em que
estão sendo realizadas, e que, se não tivesse êxito na conversa com a depoente, iria procurar
SÉRGIO SEABRA, e, não sendo bem sucedido no contato com ele, procuraria diretamente o
Ministro HAGE (Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União); QUE diante dessa
informação, no mesmo dia a depoente telefonou para o AECI do MEC para alertá-lo que o
Reitor IRINEU COLOMBO iria procurar por ele para questionar a demora na conclusão dos
trabalhos e principalmente os procedimentos de apuração detalhada e aprofundada que a
equipe da CGU-Regional/PR “resolveu” empregar; QUE nessa conversa, o AECI SÉRGIO
SEABRA perguntou se já haveria “data marcada pela polícia para a deflagração” e indagou
também porque a equipe de auditoria da CGU-Regional/PR não se ateve somente ao que foi
demandado na ordem de serviço expedida, a seu pedido, pela Coordenação-Geral de Auditoria
da Área de Educação da Secretaria Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral da
União – DSEDU II/SFC/CGU;
205
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C - Alô.
H - Tudo bom meu amigo?
C - Oi.
H - Deixa eu te falar, é... tá tendo algum problema mais grave com relação aquela
questão que foi iniciada uma auditoria da ONG, lembra?
C - Sei.
H - Tá tendo uma questão complicada viu. Então você tá todo... Dê uma olhada aí... e...
e... asim, observe. Zero movimento, entendeu?
C - Como é que é?
H - Zero movimento. Tá, tá, tá, tá... Chegou já no... no, patamar já acima entendeu?
Da auditoria.
C - Sei.
H - Entendeu? Então, observe, analise tudo, veja, porque é um problema complicado.
C - Sei.
H - Tá. Então tá bom. Você lembra do assunto né?
C - Sim, sim, sim. Fui eu que pedi né?
H - Foi. Exatamente. Então dê uma olhada. Parece que foi seu antecessor né?
C - Sim.
H - Alguma coisa do teu antecessor. Então dê uma olhada direitinho.
206
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C - Mas alguma coisa eu tô assinando também, porque não dá pra parar tudo né? Mas a
gente vê.
H - É, eu sei, mas veja, porque foi acima... Chegou já no último limite entendeu. E já
está em curso.
C - Tá bom.
H - Inclusive as comunicações e tudo.
C - Sim.
H - Tá.
C - Tá bom, mas a gente toma as providências que precisa tomar, né.
H - É claro, mas aí tem que ver. Se foi seu antecessor, aí tem que ver o que é que
houve.
C - Tá bom então, beleza, valeu, tchau!
QUE hoje, 16/05/2012, entre as 9:30h e 10h, SERGIO SEABRA, AECI do MEC,
telefonou para a depoente e pediu que voltasse a falar do assunto tratado ontem,
de forma que repetisse a ele, agora detalhadamente, os achados da auditoria em
curso no IFPR; QUE SERGIO SEABRA perguntou a depoente se, em razão das
apurações em curso, a depoente teria motivos para desconfiar do Reitor Colombo,
haja vista que ele próprio, embora não tenha relacionamento algum com o Reitor,
sabe que ele é pessoa muito respeitada no MEC e que sempre teve boa reputação
no ministério, tendo sido inclusive Secretário de Educação Tecnológica e um dos
criadores do programa de EAD;
comentários:
Transcrição - até 5´35´´
Sérgio: Alô.
Secretária do Sérgio : Sérgio, secretária do Freitas na linha.
Sérgio: Tá.
Secretária do Freitas:Alô,
S:Oi
Secretária do Freitas: (ininteligível)... Dr. Sérgio. Tudo bom?
S: Tudo bem.
Secretária do Freitas: Só um minuto, por favor.
S:Tá.
Freitas: Oi Serginho.
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Comentário:
Paim: Alô.
Sérgio: Paim.
P: Oh Sérgio. Fala rapah.
S: Notícia boa, cara.
211
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P: Ah.
S: Acabei de saber que a área técnica do TCU deu improcedencia da
denúncia do... do Sarandir.
P: Bah, show cara, show, show de bola.
S: Já foi encaminhado pro.. já foi encaminhado pro ministro
(ininteligível)
P: Mas quando entra em plenário agora..
S: Oi?
P: Plenário? Plenário?
S: Não, foi primeiro pro ministro (ininteligível)
P: Ele vai levar, ele vai submeter depois né?
S: É, ele vai fazer o voto dele, voto do relator, e depois submeter.
P: Boa, boa, muito bom.
S: Viu, só para tu não sair dizendo que eu só te dou notícia ruim.
P: Ta bom, (risos). Agora controla aquela porra daquela sindicância
meu, pelo amor de Deus.
S: Falô então, abraço.
P: Abraço.
Comentário:
Sérgio: Alô.
Paim: Alô.
S: Oi Paim
P: Oi Sérgio, tudo bem?
P: Tudo bem?
S: Você viu a matéria...
P: Vi a matéria aquí, liguei pro (ininteligível), não atendeu, não
chegou ainda... è... muito grave o cara falar aquilo ali.
S: Muito grave. Grave e irresponsável.
P: (Ininteligível) ministérios. O cara não tem(ininteligível)
S: É, grave e irresponsável, ele não teve nenhuma noção de...
212
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P: Mas tem alguma coisa naquele inquérico que tu olhou, não tinha nada
disso, né?
S: Não, nao tinha nada, nada disso não...entendeu? Foi uma.. uma frase
irresponsável dele.
P: O cara quer aparecer, cara.
S: Ele nem conhece como o programa é executado, entendeu, aquela
questão das bolsas tudo, ele não pode sair fazendo declaração de que
tem envolvimento, suspeita de envolvimento de servidores, entendeu?
P: E coloca o NCT e (ininteligível).
S: Exatamente, nós temos uma reunião 9 horas com o Navarro.
P: É, a gente já aproveita fala isso.
S: É, ta bom, então.
P: Beleza.
S: Eu to chegando aí, to estacionando o carro, quer que eu suba aí?
P: Não, não, pode subir! Falou, abraço.
S: Ta bom, tchau.
Comentário:
não...se tem, se tem...Eu sei que com PAD o... qual a idéia o
presidente da comissão de PAD pode pedir o afastamento dele.
P: Mas ai...É cauterlamente?
S: É.Exatamente.
P: Cauterlamente ou tem que fazer primeiro investigação?
S: Não a gente já....Cauterlamente.
P: Ele pode já pedir imediatamente
S: Ele pode pedir imediatamente porque ele sabe que ...Porque. Por
causa primeiro por causa da prisão dele...ele pode pedir lá....
(ininteligível).
P: A gente já tem como montar essa comissão semana que vem?
S: A comissão. Eu já to com a comissão montada aqui. Já to com
portaria pronta pra levar pra tu assinar.
P: Perfeito.
S: só que eu to...(Ininteligível)
(…)
(Despedem-se).
Comentário:
214
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Comentário:
QUE a Assessoria Especial de Controle Interno do MEC tem por função apoiar a
gestão do Ministério em sua relação com os órgãos de controle interno e externo; a
Assessoria de Controle Interno não possui função específica de acompanhamento
em relação aos projetos financiados pelo programa REDE E-TEC, mas caso haja
alguma demanda de controle, a ACI atua em apoio a ação fiscalizatória; QUE
SÉRGIO NOGUEIRA SEABRA foi Assessor de controle interno do MEC; que SERGIO é
servidor da CGU; QUE em virtude das funções exercidas por SERGIO NOGUEIRA
SEABRA era comum que ele se reportasse tanto ao secretário executivo quanto ao
presidente do FNDE; Que nessa ocasião mantinha contato frequente com SERGIO
SEABRA; QUE acredita que em função dos cargos ocupgados havia contatos
frequentes entre SERGIO SEABRA e VANDERLEY FREITAS;
Transcrição:
COLOMBO: Meu amigo, Gilson.
GILSON: Meu amigo, Irineu. Você me abandonou, mas não se preocupe. To de pé.
216
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C: (Risos).
G: Não! Abandonado pelos amigos dói viu.
C: (Risos).
G: Não me atende mais, eu falei ah... Acho que o Irineu... Eu vou tentar mais uma vez. Tá tudo
bem, meu querido?
C: Tudo beleza. Eu tava pensando até em ligar hoje cedo pra você. Pra você me trazer pro
aeroporto. Pensando em não vou atrapalhar não.
G: Mas eu... Minha esposa tá fazendo um curso. To sozinho. Mas você já tá no aeroporto?
C: Eu to no aeroporto aqui em Curitiba.
G: Puts. Mas é... Passei na frente da tua casa agora.
C: Ah...
G: Mas tranquilo... Vamos ver se a semana que vem a gente senta pra tomar... (ininteligível).
C: Eu to voltando.
G: Ahn.
C: Eu to voltando quarta a noite.
G: Quarta a noite?
C: Arram.
C: Eu to por ai. Eu tenho segunda-feira Goioerê, terça-feira São Paulo, quarta Brasília. Dai eu
volto quarta a noite.
G: Não. Fica tranquilo. Durante... Depois quinta ou sexta-feira a gente conversa, tá?
C: Tá bom a gente conversa. Tem como nois conversa.
G: Tá bom querido. Um abraço.
C: Valeu.
(Despedem-se).
Transcrição:
GILSON: Ô meu querido!
COLOMBO: Daí, tchê!beleza?
G: Tudo. Maravilhoso?
C: Beleza... Seguinte... O... Esse domingo você vai ficar por aqui?
G: Claro, meu... Vou... Vou ficar por aqui.
C: Então tá bom... Ai nos vamo combinar rapaz pra ver se nos conversamo tomar um café ai...
G: Tá bom. Fica tranquilo. Você não vai viajar não?
C: Não... Eu to por aqui. Eu tive que fazer uns exames hoje ai rapaz...To com prostatite ou coisa
do tipo.
G: É. É você fez exame de toque?
C: Ainda não... Esse traseiro... (ininteligível).
G: (Risos) Mas viu, toma cuidado... Porque tem um amigo meu que ele fez exame e já pegou uns
três, quatro médicos pra fazer nova opinião.
C: (Risos)
C: Revisão?
G: (Risos).
C: (Risos).
G: Viu... Não.... Então você me liga amanhã?
C: Eu ligo. Eu tenho um almoço com o Jean.
G: Ahn.
C: Almoço com o Jean.
C: Tá. Mas acho que dai ele vai... Eu vou almoçar com ele e tal. Mas acho que com a mãe dele e
tal não sei o que, que de repente eu vou até sugerir pra ele se ele não tiver nenhum impedimento
de convidar você. Ou a gente toma um café pela manhã ou a tarde.
G: Não...Melhor café, porque daí no almoço eu vou, vou almoçar lá com a “veinha”.
C: Tá bem...Tá bem... Então tá...é...
G: Não...Viu. E fica tranquilo também...Fica tranquilo.
C: Passa aqui umas dez da manhã, amanhã, quem sabe.
G: Isso.
C: Que daí nos vamo pra algum canto dai.
(Despedem-se).
Comentário:
217
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Nota-se nas ligações acima que os investigados GILSON AMANCIO e IRINEU MARIO COLOMBO demonstram
intimidade ao telefone.
Transcrição:
CIDA: INSTITUTO FEDERAL.
GILSON: CIDA.
C: Oi?
G: Você me esqueceu, minha querida?
C: Não esqueci, professor. É que eu tava... Tava elaborando um documento aqui pro reitor... Mas
desculpa não ter retornado.
A ligação fica ruim por um momento.
(...)
A partir dos 0’52’’
C: Você quer marcar uma agenda com o reitor, né?
G: Isto. Na segunda-feira de manhã.
C: Na segunda?
G: É. É coisa...É. É conversa de dez minutos.
C: Tá! Você pode adiantar o assunto para eu colocar na agenda?
G: Não..É...É só é só uma visita de de cortesia.
C: Visita de cortesia... Tá.
G: É.
C: Pode ser as dez horas?
G: Dez horas estarei ai. Tá bom?
C: Tá joia professor.
G: Obrigado, Cida.
(Despedem-se).
Transcrição:
RAQUEL: Federal, boa tarde.
GILSON: Quem?
R: Raquel.
G: O, Raquel, é Gilson, tudo bem?
R: Oi. Tudo joia.
G: Raquel. Me diga uma coisa. Eu tenho um horário com o Colombo. É as 11 ou as 16.
R: Ai que bom que você ligou. Pedi para Cris confirmar. Ai ficou para as 16 horas, Gilson.
G: Ah não. Então tá certo. Tá.
R: Tá. Pode ser...tá joia? Você, O Ciccarino e o Valdinei.
G: E o...E o procurador?
R: O procurador a principio o Colombo não citou nada, mas é...
G: Então tá ok.
R: Tá bom?
G: Tá. Obrigado.
(Despedem-se).
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Transcrição:
PEDRO: Alô.
GILSON: Pedro?
P: Diga
G: Sobre...Sobre o café.
P: To esperando
G: Nin...Você não falou com o diretor geral?
P: Não! Tá confirmado! Que isso?
G: Não, não... Porque ele, ele me ligaram agora... Tá... Tá tudo. Não, não... Quem me ligou foi
o...Foi o Sérgio.
P: Ah sim, sim... Entendi. Tá confirmado sim. Lógico que tá confirmado.
G: Então tá.
P: Pode ficar tranquilhíssimo. A única coisa que não está 100% ainda confirmado é agenda do
reitor, mas já tá solicitada. A princípio tá confirmado
G: Não, mas vai, vai, vai estar... Mas, mas vai... A agenda dele vai estar...
P: Fique frio. Tá... Só tá faltando a confirmação porque foi pedido hoje. Então calma. Fique
tranquilo. Tá tudo certo.
G: E vai ser ai? Ou vai ser na reitoria?
P: Não. Vai ser aqui.
G: Tá bom.
P: Aqui é melhor para todo mundo.
G: Não, não... Com certeza é ai que o...
P: Claro aqui que é o negócio.
G: Não. Beleza. Tá.
(Despedem-se).
Comentário:
Nota-se que em datas subsequentes ao vazamento da operação ao Reitor do IFPR, IRINEU MÁRIO
COLOMBO na data de 16/05/2012, os investigados GILSON AMANCIO e IRINEU MARIO COLOMBO evitam
utilizar comunicação telefônica, mantendo contato pessoal através de reuniões entre eles e demais
pessoas envolvidas, direta ou indiretamente com o Ensino a Distância (EAD) do IFPR.
Além disso, afirmou que a COLOMBO foi eleito em razão de convite e apoio de
grupo de professores liderados por JOSÉ CARLOS CICCARINO. Também disse que o
Reitor se dirigia a Brasília/DF para viabilizar recursos em favor do EAD do IFPR,
onde tratava com o presidente do FNDE, JOSÉ WANDERLEY DIAS DE FREITAS.
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QUE o Reitor COLOMBO costumava visitar o MEC, em Brasília/DF, sendo que dentre
vários assuntos um deles era a busca de recursos para viabilizar o programa EAD,
ocasiões em que tratava com a pessoa de "FREITAS", presidente do FNDE, isto é,
JOSÉ CARLOS WANDERLEY DIAS DE FREITAS; QUE não sabe dizer se COLOMBO é
amigo de FREITAS; QUE em Brasília/DF, COLOMBO também mantinha contatos
com MARCELO CAMILO PEDRA e FERNANDO AMORIM, ambos atuantes no
programa E-TEC, da SETEC - Secretaria Tecnológica;
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Durante essa viagem, COLOMBO recebeu maiores informações, não se sabe, ainda, se
diretamente de SÉRGIO NOGUEIRA SEABRA, acerca da investigação da Polícia Federal em curso
sobre as atividades do EaD do IFPR, incluindo monitoramento telefônico, e foi cobrado pelo
Ministério da Educação (MEC) para que tomasse atitudes com relação a tais fatos. Por
ocasião de seu retorno à Curitiba, no dia seguinte (sábado, 16/06) entra em contato com
VALDINEI, o auditor interno do IFPR, provavelmente lhe comunicando sobre o teor do
que lhe foi dito em Brasília. No domingo, dia 17/06, encontra-se novamente com VALDINEI e
logo em seguida com CICCARINO. Os três encontros aconteceram em locais públicos do
Shopping Estação, localizado na Av. Sete de Setembro, nº 2775, em Curitiba.
Não restam dúvidas de que COLOMBO comunicou CICCARINO sobre a existência da investigação
em curso, já que logo na manhã do dia 18/06, segunda-feira, este requisita com urgência a
presença de BERNARDONI e de ARNALDO no hotel onde CICCARINO estava escalado para
apresentar uma palestra. Na tarde desse mesmo dia, HERRERA aparece em duas ligações, uma
com sua esposa e outra com seu filho, em que relata a estes detalhes do que COLOMBO disse
à CICCARINO, possivelmente durante o encontro de domingo. Seguem as transcrições:
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Comentário:
A conversa não traz nenhuma informação relevante, porém marca um encontro em local público (café
KAUF, no segundo piso do Shopping Estação), em um sábado, portanto fora do horário de trabalho,
demonstrando certa urgência por parte do Reitor em falar com o Auditor Interno do IFPR. Quando
contextualizada em conjunto com as conversas que se seguem, há indícios de que COLOMBO queria passar
informações para VALDINEI sobre a investigação policial em curso.
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CI: Não. Eu tenho um almoço amanhã de batizado de família, depois eu tou liberado lá, depois das
três horas eu tou liberado.
CO: Tá certo. Então podemos fazer o seguinte...
CI: Ahn...
CO: Vamos, vamos tomar um café sabe aonde?
CI: Ahn
CO: Podia ser no MADERO do Estação, que tal?
CI: Tá bom.
CO: Pode ser?
CI: sim.
CO: Três e meia, mais ou menos, aí
CI: Tá bom, eu tou lá, eu te ligo então, tá?
CO: Combinado, valeu, bicho véio
CI: Falou então, um abração grande!
CO: Tchau.
Comentário:
COLOMBO marca encontro com CICCARINO para a tarde de domingo, demonstrando urgência para
conversar com ele também. Pelas conversas de HERRERA, transcritas mais abaixo, é possível deduzir que o
assunto tratado nessa conversa foi a operação policial da qual COLOMBO tomou conhecimento.
COLOMBO: Ô Valdinei!
VALDINEI: Tudo bem, Colombo?
C: Beleza! Seguinte, vê... vê se, não atrapalhando muito o teu final de semana aí, seria possível
a gente, por volta de quatorze horas, ir tomar um café no mesmo lugar, quem sabe...
V: Pode ser. Combinado.
C: Tá bem.
V: Quatorze horas?
C: Isso. Pode ser, muito cedo?
V: Não, não. É... agora é meio dia...
C: Isso.
V: É... pode ser quatorze e, se eu atrasar um pouquinho mais, é...
C: Sem problema.
V: Coisa pouca daí
C: Tá bom.
V: Tá bom. Porque eu tou em Campo Largo aqui.
C: Então tá bem.
V: Tá bom então.
C: Sem problema, valeu!
Comentário:
COLOMBO marca outro encontro com VALDINEI, para o dia seguinte (domingo), no mesmo local – café
KAUF, no Shopping Estação – em horário anterior ao encontro marcado com CICCARINO no dia anterior.
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Comentário:
CICCARINO, fugindo do comportamento que lhe é convencional, já que só costuma atender ARNALDO em
reuniões pré-agendadas, solicita a presença deste de forma urgente em um hotel onde está participando
de um curso. Pelas conversas ocorridas posteriormente, transcritas abaixo, pode-se deduzir que
CICCARINO comunica ARNALDO sobre a operação policial e as escutas telefônicas.
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B: Tudo, e você?
C: Cumé que tá você?
B: Tudo bem, tudo ótimo.
C: Então tá.
B: Diga.
C: Você tá onde?
B: Oi?
C: Você tá onde?
B: To aqui na COPAGÁS
C: Ah, tá! É... nós estamos com uma, uma dificuldade aqui no Hotel MASTER, tá tendo aquele curso
de Gestão Pública, né?
B: Sei.
C: E eu tenho uma palestra daqui a vinte minutos.
B: Ahn.
C: E eu preciso umas informações tuas.
B: Sim.
C: Trocar uma ideia com você, cê podia me dar um subsidio?
B: Claro, sem dúvida, cê quer que eu vá aí, quer que eu vá aí?
C: Sim, eu gostaria (inaudível) porque eu entro daqui no máximo meia hora.
B: Onde você tá?
C: No Hotel MASTER, cê sabe onde é que é?
B: Não! Onde é que é?
C: Na esquina da... na Comendador Macedo com a Francisco Torres.
B: Ah! aquele lá que a gente foi aquele dia no café da manhã...
C: Isso, isso, isso... tá?
B: Ta bom.
C: Você consegue vir?
B: Sim.
C: Então tá bom. Tou te esperando aqui.
Comentário:
Da mesma forma que com ARNALDO, CICCARINO só costuma receber BERNARDONI nas reuniões pré-
agendadas no EaD. No entanto, nessa ocasião ele demanda a presença de BERNARDONI de forma urgente,
para que este se encontre com ele em um hotel onde está acontecendo um evento. O pedido de
informações possivelmente é só um disfarce, considerando que CICCARINO foi alertado por COLOMBO
sobre as escutas telefônicas. Na próxima ligação, transcrita logo abaixo, BERNARDONI dá a entender que
CICCARINO lhe passou alguma informação nova.
XAVIER: Alô, Alô, Alô... oi BERNARDONI (inaudível) daqui a pouco eu ligo pra
você passando o e-mail. Alô?
X: Agora sim.
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Comentário:
BERNARDONI liga para XAVIER, que comanda a COOPEDUCAR e tem algum envolvimento não esclarecido
até o momento com os negócios da ABDES com o EaD, informando ao mesmo que possui fatos novos e
precisa conversar. Isso acontece logo após o encontro com CICCARINO, indicando que a informação sobre
a existência da presente investigação está se espalhando entre os envolvidos.
Comentário:
ARNALDO já sabe que não é prudente falar ao celular com CICCARINO por causa do monitoramento
telefônico. Ao que parece, CRISTIANE, secretária de CICCARINO, também já está inteirada da situação.
Comentário:
Nesta conversa, e na seguinte, HERRERA conta para a esposa e para o filho tudo o que sabe sobre a
situação até o momento, informações que lhe foram repassadas por CICCARINO a partir de contato com o
Reitor COLOMBO, muito provavelmente no encontro de domingo entre eles. Não resta dúvida de que os
envolvidos já sabem que estão sendo investigados, inclusive sobre o monitoramento dos telefones –
embora não saibam quais números são objeto de escuta. O Reitor informou CICCARINO, segundo
HERRERA, que está sendo pressionado por Brasília (MEC) para tomar atitudes, e que está cogitando
seriamente a hipótese de destituí-los, HERRERA e CICCARINO, dos cargos comissionados que ambos
ocupam na Diretoria do EaD. HERRERA também diz que CICCARINO está fazendo contato com AlÍPIO
(SANTOS LEAL NETO), ex-reitor do IFPR e atual ocupante do cargo de Secretário de Estado de Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior do Governo do Paraná, para que este entre em contato com “um Deputado do
PSDB que é Delegado da Polícia Federal” e tente descobrir se as informações são verídicas ou se trata-se
de blefe do Reitor.
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HERRERA fala com o filho, repassando a este uma versão resumida do que falou com a esposa. Constata-
se que o maior receio de HERRERA é de que a investigação vaze para a Imprensa.
Além disso, no dia 26 de junho de 2012, por volta das 9h30, após
tentativa frustrada em data anterior (25.6.2012) de contato direto com o
Superintendente Regional de Polícia Federal no Paraná – SR/PR, ALBERTO DE
FREITAS IEGAS -, o investigado IRINEU MÁRIO COLOMBO, valendo-se de sua
condição de Reitor do Instituto Federal do Paraná – IFPR, esteve presente na sede
desta SR/PR, onde, em conversa com o Delegado Regional de Combate ao Crime
Organizado WAGNER MESQUITA DE OLIVEIRA, tentou obter informações sobre a
existência ou não de investigação policial em curso envolvendo o IFPR ou
funcionários do mesmo.
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Em resposta, IRINEU MARIO COLOMBO disse que era Reitor do IFPR, retirou
de uma pasta um requerimento (anexo) e, ato contínuo, afirmou que pretendia
descobrir se havia alguma investigação envolvendo o IFPR ou funcionários do
mesmo.
IRINEU MARIO COLOMBO disse que o IFPR estava em greve e que havia
muitos comentários e boatos sobre a possível existência de uma investigação pela
Polícia Federal.
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Sobre essa ligação não interceptada, ALZIRA declarou que estava em reunião
na DPF de Cascavel e recebeu uma ligação em seu número funcional (41) 8738-
6025, que não foi atendida, pois estava ocupada, proveniente do número (61)
9944-0005. Sem saber de quem era o número, retornou a ligação a tal celular do
quarto de Hotel em que estava hospedada em Cascavel, ocasião em que descobriu
que se tratava de SERGIO NOGUEIRA SEABRA, que lhe disse que o Reitor do IFPR,
IRINEU MARIO COLOMBO, havia solicitado uma reunião na referida semana no
Ministério da Educação, em Brasília/DF. Nesse sentido, SEABRA solicitou à ALZIRA
para que esta o preparasse para a referida reunião cujo assunto seria o EAD do
IFPR, isto é, solicitou-a que esclarecesse quais os problemas que a auditoria da
Controladoria-Regional da União no Paraná havia identificado no EAD do IFPR como
forma de se preparar para a reunião com o Reitor COLOMBO.
COLOMBO - Eh aí ilustre.
HNI - Pode falar?
C - Pode falar.
H - Cara, eu preciso é... conversar contigo. Eu posso te mandar um e-mail?
C - Sei. Você precisa falar comigo sobre o que?
H - Sobre aí o, o instituto.
C - Pode ser por telefone ou tem que ser pessoal?
H - Não, pode ser... Eu posso mandar um e-mail?
C - Pode, só que eu tô em viagem né.
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Despedem-se
Comentário:
Chama atenção o fato de tais informações serem passadas por um ex-assessor do reitor
do IFPR, que era lotado em seu gabinete, e que foi exonerado no início deste ano. O
telefone usado foi o de prefixo (61) Brasília, e o atual endereço residencial,
fornecido a Receita Federal, também é de Brasília, R. BRASÍLIA, 15 – VILA PLANALTO –
BRASÍLIA/DF.
O Reitor do Instituto Federal do Paraná, no uso da competência que lhe confere o Decreto de 13 de junho de 2011, da Presidência
da República, publicado no Diário Oficial da União do dia 14 de junho de 2011, seção 2, página 01, resolve:
Nº 809 - Exonerar FERNANDO ROBERTO AMORIM SOUZA -Siape 1783519, C.P.F. 475.591.875-87, do cargo de Assessor do
Reitor, CD-4, deste Instituto, a partir de 01 de janeiro de 2012.
Nº 810 - Exonerar RENATO LUIZ DO NASCIMENTO - SIAPE 343940, Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, do
cargo de Assessor de Gabinete, CD-3, do Gabinete do Reitor deste Instituto, a partir de 01 de janeiro de 2012.
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SERGIO : Alo!
ALZIRA: Oi Sergio é a Alzira aqui do Paraná.
S: Oh Alzira tudo bem (...)
A: O cê ta podendo falar
S: Posso!
A: Então! Eu tive conversando aqui com a equipe e a gente levantou ai pelo menos quatro situações que nós vamos
apresentar naquela busca de, naquela reunião de busca de soluções, né que a gente vai apresentar pro Reitor. Só
que é assim, é um trabalho que ta dando muito trabalho, né? Porque são valores relevante e muita documentação, a
equipe ta fazendo, é... algumas circularizações e tal e a vezes a gente não tem condição Operacional de deixar a
equipe dedicada para esse trabalho. O que que eu quero dizer: tá demorando um pouco a sair o relatório porque a
equipe não ta trabalhando só nesse assunto, né?
S: Eh! Entendi!
A: A gente ta fazendo conta ao mesmo tempo de outras unidades e tal, mas vamos lá em termos assim de o que é
mais importante dos achados e a questão de uma taxa de administração ou remuneração de OCIP, né? Que o
Instituto ta pagando.
S: Han, han
A: Então assim, todo o recurso que, que é mandado pra OCIPS, a IBEPOTEQ e a ABDS a própria OCIP antes de
qualquer coisa ela já transfere para a conta própria dela algo assim em torno de 12 a 15 por cento do bruto.
S: 12 a 15%
A: Mais ou menos isso. Então assim, a gente ta falando algo desde o início da parceria em torno de Oito Milhões de
Reais.
S: Certo!
A: E que isso a Lei não permite, né?
S: Só pra aquela empresa ou não, só pra aquela IBEPOTEQ?
A:Me parece que só a IBEPOTEQ, tá porque a ABDS por enquanto ela tá...é...com uma parceria menor, né? não
são tantos, o valor não é tão alto.
S: Han, han
A: Então a questão, é assim, é.. eles apropriam isso, né? Ou a rubrica lá que aparece na documentação da OCIP é,
ora taxa de administração, ora remuneração de OCIP.
S: Certo
A: E ai quanto a gente pede, é..., ah mais isso é algum tipo de despesa pra apoio operacional porque ai poderia, né?
S: Han
A: Pelo projeto. Eles não tem document..., documentação hábil pra comprovar que gastaram aquilo nos projetos,
né?
S: han, han
A: Então isso ai dai é... eu diria pra você o que é de mais relevante, né?
S: Certo, certo
A: É isso ai. Ai o outro assunto é com relação aos tutores, aos professores que dão aulas do EAD, né? A grande
maioria dos casos ou na totalidade são professores do próprio Instituto e muitos deles tem dedicação exclusiva,
então um professor com dedicação exclusiva é...é... recebendo pra dar, recebendo das OCIPS valores pra dá aulas,
né?
S: Certo
A: E tem uma outra situação também que (...)
S: A maioria, a maioria dos instrutores são professores do próprio instituto?
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A: Do próprio Instituto! Eh! Eu agora não vou saber, é... quantificar pra você, né? dizer há, é... tantos por cento e tal,
mas é a maioria ou todos, né? São professores do próprio Instituto.
S: Eles recebem, né? por fora, eles recebem o pagamento
A: Recebem pelas OCIPS, é, pela OCIPS, só que eles tem dedicação exclusiva, então fica complicado até da gente
levantar a hipótese, há o cara ta trabalhando fora do horário do expediente, tudo bem, mais ele tem dedicação
exclusiva, então ha principio é algo que, que o, que a administração, o Reitor vai precisar investigar, né?
S: Certo, certo
A: Eh! Uma outra situação é o seguinte: existe lá um valor é... agora eu não vou saber te dizer de cabeça. Que a
OCIP ela apropria como treinamento pra esse tutores tah!, então esses tutores receberiam treinamento específicos
pra dar aula a distância e a equipe andou entrevistando por telefone alguns do interior e eles disseram eu nunca
recebi treinamento nenhum, e ela cobra, né? esse treinamento do Instituto, essa é uma situação também esquisita
que precisamos, e,e passar pra ele, pra que ele verifique o que esta acontecendo. E outra e que é assim, em termos
de controle, controle do que é gasto, né? do que esta sendo apropriado nos projetos e tal, olha! As OSCIPS são
bem precárias, né?
S: Han, han
A: E muitas vezes é... e aquela coisa né?, eles apropriam, é... despesas como apoio ao projeto, mas você vê o
pessoa trabalha dentro do próprio Instituto né?, dentro da... das instalações do próprio Instituto, usando professores
do Instituto e ai fica aquela dúvida, mas então se é assim, porque contratam OSCIPS pra executar projetos, né?
S: Tah! Me diz uma coisa, é que da (...) que você tinha comentado da última vez que a gente conversou, você falou
de...é..de prestação de conta com nota fria, isso ai não se confirmou não?
A: Eh porque é assim: é... A OCIP, ela contrata terceiros, vamos dizer, o pra imprimir material ou pra prestar algum
tipo de consultoria e tal, nota fria, né? a gente não chegou a fazer esse tipo circularização junta a Receita Estadual
não.
S: Nota fria (...) tem que (...) eu falei nota fria mais (...)
A: Indícios de..., tem, indícios de que determinados serviços foram cobrados e não foram prestados.
S: Ah! Exatamente isso ai, isso ai mesmo
A: Isso tem, isso tem, né? Só que ai eu vou precisar, junto com a equipe fazer um levantamento, né? concreto, e
demonstrar pro gestores, olha, isso aqui tem uma grande possibilidade de estar sendo pago e os serviços não foi
executado, a exemplo do treinamento pro tutores, né?
S: Certo
A: Então assim, em linhas gerais, é um relatório que vai levantar problemas sim, e o mais sério deles que eu
considero é essa taxa de administração que é um dinheiro que já...a OSCIP já leva limpo sem precisar comprovar.
S: E o que que vocês vão propor?
A: Bom! A gente vai sentar, é um trabalho de auditoria, né? a gente vai sentar e discutir recomendações pra que ele
como gestor corrija. Eu não to nem...no momento não fechamos relatório, né? a equipe ta escrevendo, eu vou
querer analisar com calma o relatório, vou passar pro Adriano da DAS (...) o demandante da US e ai as
recomendações a gente pode propor alguma coisa em conjunto, né? porque a gente não pode também virar pro
gestores e dizer assim: cancela a parceria e acaba com o programa, não é isso né?
S: Com certeza
A:Então assim, uma coisa a gente sabe, é tem muita gente sendo treinada, realmente né? o EAD ele é um
programa bem sucedido.
S: Tah!
A: Tem muitas...
S: Eu soube, soube que ate que o Ministério do planejamento, o ministério do planejamento tava querendo fazer
convênio com essa IBEPOTEQ.
A: Pois é... então assim, é... é bem complicado isso, né? eu acho assim, antes de um, de um concedente pensar em
fazer uma parceria com uma organização assim, eles deviam vir conhecer, conhecer as instalações, conhecer as....
S: Ele, ele, ele, ele pediu audiência comigo amanhã. Você sabe o que ele que, quer falar comigo?
A: Ele quem? ele quem?
S: O Reitor
A: Não...Eu acho que é você que deve saber rsrs
S: (...)
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A: Não! Eu acho assim, ou ele quer tratar, né? de algum assunto geral, né? ai de vocês ai do MEC ou ele vai querer
pressionar você pra que a gente aqui termine o relatório logo.
S: Hum
A: Então! Eu já recebi uma ligação dele.
S: Hum
A: Ah! Deixa eu ver, mais ou menos há um mês atras, né? entre aspas, muito polidamente reclamando que tava
demorando, né? e tal e que ele tinha ate pensado suspender os pagamentos pelas OCIPS esperando os relatórios
da CGU.
S: Hun, hun
A: Então eu, eu conversei com ele e expus a dificuldade que a gente tem, operacional mesmo, né?
S: Mas ele não ligou também pra ...você me falou que ele tinha ligado também, reclamando que tava, que tava
pegando muito...
A: Que tava com a mão pesada, é, é, é, ele falou isso, o pessoal tah com a mão pesada e tal, mas o que que eu vou
dizer, né? eu não posso, eu não posso, é, interferir nesse tipo de exame, porque é assim, agente sabe o auditor ele
vai circularizar, só vai confirmar se ele tem uma dúvida.
S: Isso
A: Né? E muitas vezes quando a gente vai a campo fazer essas circularizações, agente confirma que ta tudo bem,
que a nossa intenção é confirmar que ta tudo bem, agora se encontra um problema tem mais que investigar mesmo,
então assim, eu conversei com ele, não sei se consegui convence-lo, mas eu te digo, é... a gente ta trabalhando
firme pra terminar logo esse relatório.
S: Tah bom
A: tah! não é intenção nossa de maneira nenhuma ficar demorando com isso, a gente também ta agoniado aqui pra
terminar logo.
S:É que eu me lembrei daquela conversa, a última conversa que tive com (...), que você comentou também, que ele
também falou que ia tentar falar comigo, se não conseguisse ia falar com o Jorge Ages, (...) sobre o que...
A: Ele não falou, é... não falou nada disso não. Eu acho que ele pode ta reclamando, vamos dizer assim, é...é...que
a equipe ta demorando, que ta com a mão pesada ou que tá...
S: Não! Você tinha me falado que tinha uma degravação que ele falava isso.
A: Ah! Agora eu já... deixa eu ver, se ele não conseguisse falar com você, comê que é?
S: Se ele não conseguisse resolver alguma coisa comigo ele ia tentar com o Jorge Ages. Parece que tinha uma
degravação da Polícia Federal que mostrava isso.
A: Não to podendo confirma isso não, porque não to nem lembrando dessa história. rsrs
S:Eh não
A: Eh! Tah! De alguma operação ou alguma coisa assim, né?
S: Não! Porque que...que... é a Polícia Federal ta investigando já, outras OCIPS é...
A: Eh! Que tem uma operação, é... que tem uma operação, não é bem uma operação, eu sei que tem um Inquérito
instaurado que o DPFaqui em Curitiba é ta ainda olhando aqueles casos antigos do IPBE do IBCT e que como tem..
S:(...) são é os mesmos
A: Eh, eh! Por exemplo o CICCARINO é um nome comum né? ele era gestor daquela época e hoje ele é um dos
coordenadores da EAD né? pelo Instituto e não pelas OCIP.
S: Han, han
A: Então, naturalmente, não sei se o delegado chamou alguns deles pra ser ouvido, né? ou alguma coisa assim,
mais eu não fiquei sabendo de nenhum outro desdobramento não tah! Então ele me ligou, mais já tem mais de um
mês mais ou menos, a gente conversou, mais assim bem amistoso, né? eu expliquei pra ele que não é intenção
nossa esconder os problemas dele pelo contrario e mostrar porque ele que tem a...alçado o poder de resolver, né?
S: Ta bom
A: Então! Ele é nosso gestor, a gente ta fazendo o trabalho pra tentar aprimorar, melhorar os controles e tal, agora
se ele decidir que vale a pena desfazer as parcerias a decisão é dele né? Eu acho que a gente não tem nem como
recomendar algo assim tão....tão de cogestão né? ai a decisão é dele, mais a gente vai tentar apresentar bem
detalhado os problemas, vou passar pro ADRIANO da DSDU, você quiser dar uma olhada também antes da gente
recomendar a gente volta a se falar.
S: Se você mandar pra mim eu agradeceria
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A: Tah bom! Eu mando pra pro ADRIANO e agente manda pra você também e você dá uma lida, agente conversa e
vê o que que seria pra esse caso que seriam as melhores recomendações, né?
S: Tah certo então
A: Tah bom!
S: Perfeito! Te agradeço.
A: Espero ter ajudado. Qualquer coisa a gente se fala.
S: Um abraço
A; Um grande abraço
Comentário: Conversa entre SERGIO e ALZIRA onde este remonta a alguns assuntos
abordados numa primeira conversa acontecida entre eles, isto é, em 15 de maio ALZIRA
entendeu ser pertinente comunicar ao assessor especial de controle interno no
Ministério da Educação, SERGIO SEABRA, a possibilidade de que o reitor IRINEU COLOMBO
viesse a contatá-lo visando obstruir os trabalhos de auditoria em andamento naquele
instituto.
Como se vê, esta ligação recente de 27 de junho confirma que SÉRGIO NOGUEIRA SEABRA
tomou conhecimento em 15 de maio, por meio de ALZIRA, de que COLOMBO iria procurar
SEABRA para tentar obstruir os trabalhos de auditoria e, caso não tivesse êxito,
procuraria o Ministro HAGE. A ligação também deixa evidente que tomou conhecimento por
ALZIRA da existência de interceptação telefônica, pois o mesmo faz referência à
“degravação” da “Polícia Federal”.
Na manhã do dia seguinte, 16 de maio, ocorre o vazamento das informações pelo terminal
público referido.
Co - Tá.
C - Então tá jóia.
Comentário:
Somente confirmando a reunião realizada entre SERGIO SEABRA e COLOMBO no dia 28/06.
Vale ressaltar que o vazamento fez com que os alvos deixassem de tratar por
telefone de assuntos comprometedores, prejudicando a apuração criminal289.
A partir 2'
ESPOSA- Como foram as coisas hoje?
HERRERA - É, nós tivemos um café da manhã hoje. Aí, vendo lá a questão dos próximos acontecimentos, daí.
E - Ahã.
H - Vamos ver o que vai acontecer.
E - Mas... Bom, não dá para contar também né.
H - É, vamos ver.
E - Eu fico preocupada assim com você. Hoje eu fui a missa e levei...
289
Relatório 05.
238
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H - É, mas hoje a situação hoje é mais... Não dá pra dizer que está meio a meio. Hoje está mais nós fora. Toda a
armação está levando para isso.
E - Mas tem como reverter não tem?
H - Tem, mas é que falta muita informação. E a gente tá indo atrás de informação. Tem pedido de prestação de
conta do MEC, pedido do Ministério do Planejamento, CGU, então.
E - Mas nunca pediram isso pra vocês?
H - Não.
E - Nunca foi apresentado tudo isso, vocês nunca apresentaram, nunca prestaram conta?
H - Não. Esse processos da CGU não. Não tinha nenhuma prestação de contas. Foi esse que desencadeou tudo.
Praticamente todas as prestações de conta ao mesmo tempo.
E - Eh era o que que o ZECA (JOSE CICCARINO) queria?
H - Queria conversar sobre isso. Sobre a estratégia do que fazer, como fazer. E não pode falar por telefone. Não dá
tempo de ficar falando, porque tem toda hora ver essa prestação de conta daqui e de lá. Vai atrás de documento.
E - Ai, ai. Que difícil.
H - Bastante. Vamos ver.
Falam no restante do diálogo sobre assuntos familiares e particulares.
Comentário:
HERRERA conversa com sua esposa. Mostra-se preocupado com os desdobramentos que
poderão ocorrer e menciona alguma das estratégias que serão tomadas e que foram
acertadas na reunião que participou pela manhã. Uma delas é não falar ao telefone.
A partir de 1'
GUI - Como foram as reuniões?
HERRERA - Tudo bem, tudo em ordem. Cara, a partir de amanhã, é... Bom, amanhã já é quinta daí na sexta a
gente fala aqui.
G - Por que?
H - Detalhes aí. Daí eu falo pessoalmente com você.
G - Mas por causa do que?
H - Esse lance de telefone.
G - Ah, tá.
H - Daí a gente fala pessoalmente.
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MARTINS diz que ligará até a hora do almoço de amanhã para acertarem o horário da reunião.
Bernardoni fala de sua restrição de horário em função de outra reunião que terá ao longo do próximo dia.
A partir de 1'40"
M - Teve alguma evolução desse teu caso ou não?
B - Eh, sim.
M - Ah é?
B - É.
M - Então tá bom. E, bom, você não está podendo falar, obviamente.
B - Exatamente. Tá.
M - Então tá bom. A gente se fala amanhã então.
despedem-se
Comentário:
Ao que tudo indica, BERNARDONI quer comunicar os episódios ocorridos a MARTINS, pessoa
que montou todas a estratégia de defesa da ABDES junto a CGU, porém explicitamente
menciona que não pode falar ao telefone.
240
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ARNALDO - Oi CRIS.
CRIS - Eu fiquei preocupada com aquilo lá sabia?
A - É, eu também. Que eu já tô sabendo disso desde segunda de manhã.
C - Nossa.
A - É. E eu tô bastante preocupado com isso. Você não tá vendo nenhum movimento?
C - Nada. E é isso que eu ia te falar. O professor CICCARINO tá tão sossegado esta semana. E tá chegando coisa
da CGU que ele tem que responder, mas ele não tá assim brabo, estressado, como ele estava antes. E ó, ontem ele
ficou o dia inteiro em reunião lá no hotel, falou com o professor COLOMBO lá no hotel. Agora a noite ele tá indo de
volta lá no hotel MASTER com o professor COLOMBO. Eles vão lá falar com os Mexicanos que estão aqui e
amanhã ele vai pra uma reunião fora, a IBEPOTEQ vai junto com ele, pra representar o professor COLOMBO.
A - Então pode ser que ele tenha revertido a situação. Pode ser. Porque ele estava numa dúvida se o COLOMBO
tinha traído ele ou não.
C - Não, mas eu acho que não.
A - Então eu acho que reverteu. Eu, na verdade, por telefone não estou podendo falar muita coisa. Certo.
C - Aham.
A - Eu vou dar um jeito de amanhã dar uma passadinha, na hora que eu levar o palmito aí , daí eu te deixo em casa,
daí eu quero conversar, se for a tarde.
C - Na verdade eu só fiquei preocupada porque eu não estava sabendo de nada. Não ouvi comentário nenhum.
A - Mas pode ser que tenha revertido já. Mas aí eu te falo com mais detalhes amanhã. Mas (inaudível) eu não te
falei nada. Tá bom?
C - Não, nem eu naquela hora não podia falar muito. Tava cheio de gente em volta.
A - Mas se tá tranquilo assim é porque ele reverteu a situação.
C - Tá bom ARNALDO.
A - Mas daí eu te digo por... a ligação cai.
Comentário:
ARNALDO, sócio da gráfica OBRA IMPRESSA, que presta serviços ao IFPR, conversa com
CRIS, secretária do CICCARINO, sobre os novos acontecimentos e também se mostra
preocupado com seus possíveis desdobramentos.
Ressalto que ARNALDO, um dos investigados, também parece ter total conhecimento do
acontecido e também menciona não poder falar ao telefone.
Falam Amenidades.
A partir dos 7' ARNALDO passa a externar sua preocupação sobre a decisão que está para ser tomada amanhã no
IFPR. Diz que pode "cair" toda a diretoria e que isto pode lhe acarretar retardo nos recebimentos de notas
pendentes.
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A partir de 8'30"
MAGNA - Isso por conta daquele dia lá que pediram pro fulano sair?
ARNALDO - É, exatamente. Isso tá correndo ainda. Isso não foi tratado definitivamente ainda. Então tá sendo
conversado ainda. Então eu tô assim num estado de nervo que não sei nem o que fazer primeiro. Eu tenho livros
feitos, executados, direito para receber e tá ó.
M - Uhum. Que bosta hein.
A - Por isso eu digo: até terça-feira eu vou ter uma luz no final disso tudo. Tem uma situação que tem que ser paga,
um troço urgentíssimo, pediram para mim marcar para pagar dia 15. Um negócio assim que tá sufocando eles lá,
mas...
M - Quem que pediu pra pagar o que dia 15?
A - Não posso falar. Eu já te falei mais de mil vezes que no telefone não se fala nomes.
M - Ah tá, existe uma situação que pediram pra você...
A - Eu tenho que pagar até o dia 15. Um troço urgentíssimo. O que é que eu tô imaginando: se não sai antes, sai dia
15. Entendeu?
M - Uhum. A - É isso que eu tô imaginando. Não vai ser nem dia 15, vai ser dia 13. Ou seja, daqui a duas semanas.
Eu espero que não leve mais uma semana, quanto mais duas.
M - Uhum.
ARNALDO continua falando que vai confiando, vai fazendo e que no setor público sempre tem uma pessoa para
atrapalhar quem trabalha honestamente. Fala que tem dívidas altíssimas e que não pode protelar mais. Que tem R$
194.000 para pagar em dívidas.
Comentário:
Corroborando o que foi dito acima, ARNALDO fornece detalhes sobre as decisões
administrativas que estão por serem tomadas no IFPR. Comenta que tem muito dinheiro a
receber do Instituto e que trabalha com o prazo máximo de recebimento para o dia 15,
pois parece que este se comprometeu a pagar uma dívida nesta data para alguém da
diretoria do IFPR. Ressalta que não pode mencionar nomes no telefone.
ARNALDO sonda com CRIS (secretária de CICCARINO) como está o "clima" no EAD.
CRIS fala que anda meio "pesado, embora hoje tenha tido a impressão de que CICCARINO estava mais animado.
A partir de 1'32"
A - É que amanhã... O reitor está em Brasilia certo?
C - Certo.
A - Eh amanhã é o dia D.
C - Como assim? Não me assuste. Como assim?
A - Ué, o dia D. Se ele vai ficar ou não.
C - Ele quem?
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A - O CICCARINO.
C - Como assim?
A - É, a coisa tá fervendo.
C - Ai ARNALDOOOO.
A - Eu tô extremamente preocupado com isso.
C - Sério?
A - É. É que eu não tô podendo falar com ele no telefone entendeu?
C - Não dá pra falar lá. Acho que tá tudo grampeado os telefones.
A - Então, por este motivo. Mas se ele tá mais animado hoje é sinal que a coisa tá melhorando então. Tá bem
complicada a coisa, mas vamos ver, tomará que não de nada.
C - Nem fale isso que eu não vou nem dormir essa noite. Já não tô conseguindo dormir, imagina sabendo disso.
A - Mas eu acho que na terça-feira foi tomada uma posição lá com o reitor antes dele viajar e fizeram um documento
lá, e com esse documento ele ia para Brasília para reverter a situação lá.
C - Então tem que esperar até amanhã?
A - Pelo menos foi isso que foi dito né, não sei, derrepente nem amanhã não dá nada. Mas se bem que se ele já
esta mais animado hoje é porque ele já tá sabendo de alguma coisa.
Comentário:
Causa estranheza ARNALDO saber tantos detalhes dos procedimentos administrativos que
serão tomados pela cúpula do IFPR/EAD.
Vale ressaltar que COLOMBO efetivamente estava em Brasília onde, no dia 28, iria se
reunir com SERGIO SEABRA, pessoa sob a qual repousam as suspeitas referentes ao
vazamento desta presente investigação.
Mais uma vez ARNALDO que não pode falar ao telefone. E CRIS, secretária do CICCARINO,
diz que está “tudo grampeado”.
290
(vii) A intervenção “branca” no setor do EAD do IFPR:
290
Relatório 06 de interceptações.
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HERRERA, do IFPR, e GILSON, do IBEPOTEQ, que seria o responsável por fazer tal
pagamento.
Interceptações telefônicas:
H - Alô.
G - Você sabe que o ARNALDO emitiu uma nota fiscal. Você tá sabendo de alguma coisa?
291
Ver pgs. 61 pdf. (696 a 734), TP 01/2011.
244
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H - Não.
G - Então fala pro... Que não tem que emitir né? Tá bom?
H - Mas ele emitiu?
G - Emitiu, mando pra cá. Eu falei: nós desconhecemos isso.
H - Como desconhece? Não tem os (inaudível) elaborado? Não tem o contrato assinado?
G - Não, mas pra esse valor não.
H - Não. Tem que ver então. Eu não sei de nada.
G - Tá bom então, um abraço.
Comentário:
Este diálogo acima é o primeiro de uma sequência de conversas tratando sobre o mesmo tema:
ARNALDO emite uma nota fiscal para demonstrar a um de seus credores que possui valores a receber
em um curto espaço de tempo.
GILSON avisa a HERRERA que não tem como pagar tal nota, primeiro porque os valores discriminados
não condizem com o que faz parte do contrato, segundo porque COLOMBO proibiu pagamentos
referentes a materiais gráficos, conforme afirmado em outras interceptações.
Chama atenção o fato de tais assuntos ainda serem tratados com HERRERA, pois, em tese, este está
afastado das funções administrativas do EAD.
G - ARNALDO.
A - Ele mesmo.
G - Olha, a nota fiscal que você emitiu agora, ela não tem como ser paga ARNALDO.
A - Não, não. Mas a idéia não é essa. A idéia é só para deixar configurado. Porque eu sei que ela só vai ser paga quando você receber. Entendeu?
G - É, mas é... bom... Ok. Dá uma passada aqui pra nós conversarmos.
A - Você vai estar de tarde aí ou não?
G - Logo depois do almoço. A uma e meia.
A - Eu vou ver se chego nesse horário, mas não se preocupe não...
G - Mas não é o procedimento interno nosso. Se não vai dar zebra.
A - Eu passo de tarde aí e nos falamos.
Comentário:
Ainda com referencia ao assunto abordado acima, GILSON, embora não forneça muitos detalhes ao
telefone, deixa claro que não será possível pagar a nota emitida por ARNALDO.
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Comentário:
HERRERA conversa com ARNALDO, pergunta se este resolveu botar fogo no circo, e diz que esta indo
almoçar com GILSON, onde tal assunto será tratado.
ARNALDO pede para HERRERA assustar, até onde der, GILSON, de forma a lhe pressionar a fazer o
pagamento.
Mais uma vez chama a atenção o fato de HERRERA, que esta afastado do EAD, estar tratando de tais
assuntos. E pior, ao que parece, neste almoço exercerá as funções de cobrador de ARNALDO.
ARNALDO e MAGNA conversam sobre o estado de saúde da mãe desta até 3'22''.
Então:
MAGNA: Muito serviço?
ARNALDO: É, vamos ver... sexta-feira... amanhã tem que acontecer alguma coisa.
M: Hum hum... mas cê tem conversado com alguém lá ou não, que..?
A: É, eles tão tudo se escondendo, né? Tudo se escondendo. E daí a hora que sair aparece todo mundo, eu quero mandar todo mundo praquele lugar.
M: Aham... bacana, né?
A: Entendeu? Mas deixa estar...
Despedem-se e desligam.
Comentário:
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Nesse trecho da conversa ARNALDO se mostra indignado porque tem valores a receber do EaD, porém
todos estão "se escondendo", evitando encontrá-lo devido aos problemas com a liberação dos
recursos, dificultados pela atuação da Auditoria Interna do IFPR. Quando ARNALDO diz "na hora que
sair aparece todo mundo", fica claro, pelo histórico da investigação, que se trata da propina que
ele devolve para os agentes públicos, comprovadamente para HERRERA e para BERNARDONI, ainda que
possa haver outros envolvidos.
C - O VALDINEI.
V - O professor COLOMBO, eu não tinha visto a ligação.
C - Não tem problema. Seguinte, só para matar a curiosidade, conseguiu visualizar alguma coisa do relatório hoje?
V - Não, não mandaram nada.
C - Não, dá CGU.
V - Ah, parece que já tá na mão da ALZIRA e hoje eu falei com o SERGIO e a ALZIRA chamou ele lá e tirou algumas dúvidas com ele, mas assim, é, ainda
não foi para Brasília. Isso é certeza.
C - Sei.
V - Só que agora eles não tão mexendo mais no relatório, só estão tirando dúvida. Não estão incluindo mais coisas. Então pode acontecer do SERGIO estar
fazendo uma ligação hoje e tal, mas é tudo superficial, não tem mais haver com o relatório em si.
C - Certo. Então tá bom. Os outros lá. O compromisso do cara lá da OSCIP, cumpriu hoje? Mandou alguma coisa?
V - Não, não mandou nada. Nem me ligou nem nada. Só que também assim, eu fiz umas outras análises ali e tem uns e-mails que vai ficar pra eles
resolverem também. Então vamos dar um sufoquinho neles, vamos ver se amanhã vem alguma coisa deles ali.
C - Tá bom.
V - Eh daí eu preparei e cartinha e vou mandar pro procurador também. Vamos colocar ele na parada junto com a gente.
C - É. (risos). É uai!
V - Mais um. Aí já tem advogado depois, aí o senhor.
C - É, ué! Importante isso aí. Vamos colocar ali na parada. Porque fizeram meio um cerco ali pra nós dois.
V - É, e eu achei muito incisivo eles falarem: não, tem que pagar. né. Parece que tá defendendo a OSCIP na hora ali.
C - Eh tava mesmo (risos).
V - Eu acho que dá pra gente ir levando, mas é legal ter o relatório da CGU antes. Talvez não vai dá. Talvez demore lá uns 15 dias ainda. E talvez o
pagamento vá ter que sair antes. Mas uma coisa importante que eu já tinha cobrado o CICCARINO e na hora eu esqueci, eles têm que falar aonde vão gastar
estes cinco milhões. Porque não pode gastar mais naquilo que você proibiu, que é impressão. Não pode. Não pode ter mais despesa naquela direção. Mas
essa linha aí.
C - Pois é, que coisa né.
V - Então, o apostilamento foi dia 9 de julho, eu mandei lá pro CICCARINO a respeito do apostilamento. Nós estamos já no dia 25, foram 16 dias. Vai
acontecer de se a gente não marcar uma data eles não vão fazer. No caso da ABDES a gente fez a liberação do aditivo, sem pagar todo o projeto, porque o
dinheiro ia ser devolvido. Nisso também eles têm culpa. E a gente ficou com o abacaxi de ter mandado pagar o aditivo antes de pagar o projeto. E não foi
aditivado, não foi feito... então tem isso também. A gente vai mandar lá o relatório e fixar uma data para ele corrigir isso.
C - Sim. Tá certo. Pois é, isso é uma pergunta interessante rapaz! No que é que vamos gastar nesses 5 milhões.
V - No que é que vamos gastar os 5 milhões. A gente tá liberando, ah beleza, mas em que que vai gastar? Pelos meus cálculos eles gastam 1 milhão por mês,
com todos aqueles... com folha de pagamento e tudo.
C - O que mais eles têm que comprar ali?
V - Não tem que comprar nada. Tem que pagar a manutenção lá do 0800, que eu acho que a gente já pode fazer licitação por dentro. Que não é um negócio
complexo. É uma licitação aquilo e é 1 milhão de reais todo o período. A parte do satélite lá, que é manutenção do down link, que eu não entendo muito bem o
que é isso, mas também acredito que é fácil fazer. E a outra licitação é a do portal, que aí foi uma estratégia errada do EAD, eles tinham que ter feito um portal
pro EAD e os demais projetos ir alimentando o portal e não um portal pra cada projeto.
C - Aham.
V - Que é uma despesa grande. E a outra é o gerenciamento do projeto. Que eles contratam uma empresa que vai gerenciar o projeto. Eu acho que ali é o
maior erro. Eu acho que a OSCIP é que tinha que gerenciar o projeto. Também não é vital. E a folha. A folha que realmente... hoje a gente não pode falar: ah,
vamos acabar com a OSCIP. Porque daí como nós vamos fazer sem os funcionários? Os outras dá tudo pra gente fazer licitação por dentro. Não tem nada ali
complexo. E tem outro detalhe, o CICCARINO sempre fala que é licitação presencial, só que pelas empresas que participaram pela OSCIP, porque a OSCIP
fez um processo seletivo ali e tudo né.
C - Aham.
V - A empresa que ganhou era de São Paulo. A Attender é de São Paulo. Cai meio por terra falar que tem que ser presencial né.
C - Pois é.
V - Eu acho assim. É meio o momento da gente colocar um novo formato lá na parte administrativa e depois lá na frente rever: Ah, ficou engessado de mais.
Rever, mas eu acho que esse momento (inaudível) pra você ver ali as notas, as quantidades de livros a mais e por aí vai.
C - O ideal seria o seguinte, eu precisava que você me separasse, rapaz, se possível, eu preciso colocar meu pinto na mesa nessa questão, mas com
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propriedade. Como eu não tenha a profundidade da análise que você tem, mas eu tenho que dar a entender que eu possuo...
V - Entendi.
C - É, por exemplo, você tira pra mim... Você lembra aquela nota, aquela primeira nota que você me mostrou, o dia que você estava com dúvida...
V - A primeira nota lá traz?
C - Lá traz, uns restaurantes e não sei o que...
V - Lembro.
C - Tipo assim, essas discrepâncias eu quero conversar. Aí você faz uma lista, por exemplo essa pergunta é uma pergunta que eu jamais faria, porque eu
achei que estava tudo certo né. Então há dúvida se esses 5 milhões vai gastar, ou não.
V - É então.
C - Então eu vou perguntar. Eu quero que você liste certinho. Mas só que essa reunião vai ser só eu e ele e a equipe dele, MARCELO PEDRA e tal... E eu
perguntando, daí o cara vai falar - Porra! Esse COLOMBO tá sabendo de mais. E que nem os outros caras falam pra mim, - não, porque o VALDINEI isso e o
que, o PROCURADOR é aquilo e não sei o que, o HERRERA não sei o que. Então eu vou perguntar: e essa nota aqui, como é que é essa nota? Tá saindo
esse tipo de nota? - Não, não tá saindo. Beleza, então tá resolvido isso daqui, não tá saindo mais. Pagamento de professores, eu tenho uma lista lá de
pagamento de professores, isso aqui tá saindo ainda? - Não, não tá saindo. Beleza, então isso aqui tá resolvido. OSCIP, pagamento de OSCIP, que
compromisso você tem? Aí eu vou perguntar pra ele também que compromissos políticos ele tem também, entendeu?
V - Hum, tá certo.
C - Eh aqueles compromissos políticos que ele tem que cumprir, talvez ele esteja pensando em cumprir de um jeito e eu possa ajudar a ele a cumprir de outra
forma. E tem alguns compromissos políticos que ele não vai cumprir de forma nenhuma.
V - Sim.
C - Cai fora disso. Cai fora disso que não vai dar sustentação. Eu senti que ele tem uma confiança muito grande que o relatório da CGU não vai dar nada.
V - Mas aí que está o engano. Porque pode não dar nada na CGU, só que se não organizar daquela forma que eu falei, que tem que ir naquela direção, que a
cada nota tem que estar expressamente detalhada, o TCU vai aplicar multa na gente. Na CGU a gente pode segurar, o relatório não vem light, não devolve,
faz a negociação lá do MEC. A CGU é do mesmo nível do MEC, aí segura. O JORGE HAGE também é indicado, só que na hora que cair no TCU, não
adianta, eles vão aplicar a multa. E já tem um viés aqui do TCU contrário ao pessoal do ALÍPIO né. Até por ter levantado ali de novo uma bola de uma coisa
que já tinha sido julgado anteriormente. Então não adianta, a hora que chegar no TCU e se não estiver pronto, vai dar... e daí tem um detalhe, ó, é uma
situação assim do CICCARINO, ele tem dois cargos públicos, ele tem 40 horas no estado do Paraná e tem um concurso público de docente do
Instituto de 20 horas.
C - Aham.
V - Daí, a CT dele tem que estar vinculada em cima do cargo do Paraná, porque ele foi cedido do Paraná pra ocupar uma função.
C - Aham.
V - Então já tem um erro lá na situação dele em que a CT tá em cima do cargo de 20 horas. E tem um outro detalhe: ele ganha uma bolsa de 20
horas também como Coordenador do projeto. Eu acho até que teve mês que ele ganhou mais de uma bolsa no mês.
C - Tem como levantar... bom, isso aí, tudo isso aí cê pontua...
V - E dá 80 horas! Como que alguém vai fazer 80 horas, Colombo?
C - É, não dá...
V - É assim... eu entendo até que talvez a remuneração, pra responsabilidade que a pessoa tem, é demais, só que daí (ininteligível) não tem como a pessoa
fazer. É igual o teu caso.
C - Se você vai lembrando, cê pega e vai colocando os pontos, ponto por ponto, eu queria, eu queria ver se ainda essa semana, se até sexta-feira, eu faço
uma reunião com ele, só eu e ele...
V - Legal.
C - E aí eu vou...
V - Pontuar tudo isso...
C - Pontuar bem certinho tudo isso...
V - Posso fazer uma pergunta pro senhor?
C - Claro, pode.
V - Cê nunca pensou em colocar ele talvez como pró-reitor, e mudar tudo lá no EaD mesmo?
C - Já.
V - Hã?
C - Já fiz a proposta pra ele.
V - Porque assim... o cara tá caindo pra cima...
C - Eu fiz a proposta pra ele ser Diretor Geral em Colombo.
V - Porque daí o cara cai pra cima, se ele virar pró-reitor ele tá caindo pra cima, teoricamente, agora ele só não larga o osso se tiver alguma coisa política daí
muito forte. Igual... fez alguma amarra assim que não tem como largar o osso, daí. Mas esse tema vai incomodar a gente depois, COLOMBO, isso aí é
certeza. Essa situação da prestação de contas da OSCIP, isso o resto da vida nós vamos ter que carregar. Isso, até... igual, "vai quebrar o projeto agora",
sempre vai ter questionamento em cima disso. Então, é um ônus que a gente vai pagar, né? Nós estamos pagando.
C - Tá certo.
V - Né?
C - Pois é, cara... é foda! O importante é assim: faz essa listinha de perguntas que eu tenho que fazer pro CICCARINO e obter respostas...
V - Ah, legal, pode deixar que eu vou preparar algo interessante. Hoje é quarta, no mais tardar sexta de manhã tá na tua caixa.
C - Tá bom.
V - Tá?
C - Daí eu falo... pergunta isso, isso, tudo que precisa, "esse cinco milhões você gasta onde? Essa nota? (ininteligível) Por que que cê ganhava a bolsa?", e
piriri pororó, tudo isso aí.
V - Legal... legal.
Despedem-se e desligam.
Comentário:
No diálogo acima COLOMBO conversa com o auditor do IFPR, VALDINEI, onde são abordados diversas
incongruências da administração de CICCARINO no EAD.
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COLOMBO afirma que inclusive já convidou CICCARINO para outro cargo, de forma a afastá-lo do EAD,
o preservando politicamente, mas que este não quer, de forma alguma, “largar o osso”.
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M: EH! Até que ponto você acha que ele não vai querer ceder a (inaudível) eu acho praticamente, praticamente tudo bem, tranquilo de se trabalhar, mas tem um
ponto que a gente não vai poder abrir mão.
C: Eh
M: Que é o ponto de fazer o convênio com a OSCIP ai nos valores que ele gostaria. Esse ponto que parece...
C: Só um pouquinho Marcelo, só um pouquinho (atende outro telefone) Alô! Então! Oi Marcelo!
M: Descupa! Você ta me entendendo, então me parece que o ponto chave das discórdia, o outro problema é isso, outros problemas, por exemplo, a contratação
de pessoal da OSCIP, os problemas, a questão das notas que o VALDINEI encontrou uma série de problemas e que vai ajustar e vai corrigir. Enfim, tudo aquilo,
a maioria noventa por cento dos casos eu vejo como perfeitamente passível de resolução.
C: Han, han, ta certo.
M:O grande problema que eu vejo é: não dá pra fazer um outro convênio com a OSCIP com o valor alto de novo, entendeu? Esse é...
C: Nós vamos apostilar, essa, o acordo de ontem, apostilar essa, essa, esse (inaudível) esse convênio de cinquenta e três, ele vai vira trinta, trinta e pouco.
M: Han, han
C: Tipo assim, é, avalie MARCELO se é possível, a gente se, porque eu não to no âmago do problema e você vai te, você efetivamente tem que me ajudar e ta
me ajudando já nisso ai, nisso não..., né? é...se, se você e o CICCARINO se acertarem bem da pra ter, é... da pra...tipo assim o CICCARINO vai ter vida longa
ali, você e tal né? Se tiver alguma discrepância você aguenta a ponta até o final do ano pra virar o cabo da boa esperança e...eu convido você pra trabalhar ou
num Campos ou na Reitoria e tal, mais ou menos essa idéia que eu tenho comigo, comigo né? Mas qual, qual que é...
M: Só pra dizer: Não houve nem um atrito nosso nessas três semanas ok
C: Sim! Não mas o CICCARINO nesse ponto ele é muito bom, acontece que nem eu nem o CICCARINO, nem (inaudível) os terceiros interessadas começam a
encher o saco dele sabe?
M: Han, han
C: O cê entendeu? O CICCARINO é muito esperto e ele tem problemas sérios internamente que só nos podemos ajuda-lo, só eu IRINEU COLOMBO pode
ajuda-lo, entendeu? e vou deixar claro isso, que eu vou ajuda-lo, mas ele não pode entrar com conversinha de outros e tal. Então, por exemplo eu vou, ontem
hoje não sei o que, é, o CÉLIO tem que conversar com o CICCARINO, não vai ter jeito, tem que orientar o CÉLIO.
M: Han, han
C: Não sei se o CÉLIO vai ser subordinado a você ou diretamente ao CICCARINO.
M: Seria a mim, mas o CÈLIO nem teve ai essa semana COLOMBO rsrs
C: Ham
M: Acho que o CÉLIO nem ta ai essa semana.
C: Não! M: Não, desculpa, ele (inaudível) depois de ontem, ele foi, acho que quarta-feira.
C: Ham
M: Ele ficou esse tempo todo ai, entendeu? E ele ficou muito com o VALDINEI, ele, tanto que ele despachou na Reitoria e eu...disse, enfim, eu acho que é mais
um pouco.
C: Não! Então acho que alguém que viu ele ali ou o que eles estão falando, e de certo devem ter jogado um fogo ali sabe?
M: Eu acho que é muito mais isso, porque...
C: Foi, foi, mas foi imprudência nossa, nos não devia ter feito isso sabia? Foi imprudência nossa.
M: Lembra que eu te falei que eu avisei o CICCARINO, né? que eu comuniquei o CICCARINO, (inaudível) não citou nenhum problema. Se naquele momento
que eu...
C: É eu sei, mas o CICCARINO concorda, acontece que os inimigos do HP aqui tão cutucando o CICCARINO, me cutucando, hoje me cutucaram, pô, veio na
direção do EAD, trouxe um cara de fora, de Brasília, não valorizou o servidor daqui, mas ou menos por ai, os caras estão jogando na greve e tal, claro isso não
vai acrescer mais do que isso, porque o fogo é amigo ainda sabé?
M: Han, han. Não chegando ai em Curitiba eu já, vou falar com o CICCARINO, a gente acertar algumas coisas né? mas nesse período infelizmente a gente
ficou um pouco sujeito a essa criatividade ai.
C:Eh! Não! Ta beleza, o até ontem a reunião foi muito pesada com o pessoal da OSCIP aqui com o CICCARINO, com o procurador, o procurador mais
defendendo a OSCIP que defendendo a gente sabe?
M: Ah é!
C: Claro. Eh tem coisas que eu preciso explicar pra você, mais enfim.
M: Não, mas eu acho que essa do procurador eu sei, (inaudível) rsrs.
C: Eh, mas ai é o seguinte, então eu só preciso, de qualquer forma, combinar o jogo da sua subordinação ao CICCARINO entende?
M: Han, han
C: Para o publico interno entende?
M: Tranquilo
C: Então, tudo que eu for resolver eu vou resolver com o CICCARINO e o CICCARINO vai tomar (inaudível) a questão da planilha pra Brasília, talvez a gente
flex, ele quer OSCIP, OSCIP eu vou perguntar pra ele, porque OSCIP, quais são os seus interesses nas OSCIPS, ele tem que falar pra mim porra, eu não sei,
eu não posso aceitar, então ele vai ter que falar, mas falar com jeito, falar com jeito então ta combinado, beleza, vai ser assim, vai ser assim, comé que vai
funcionar, não vai funcionar, assim, assim, uma série de perguntas que precisamos resolver juntos, então acho bom reservar segunda de manhã, o cê tá aqui
quando?
M: Não! Segunda eu to ai de manhã com certeza.
C: Segunda de manhã né? Acho que segunda de manhã pra gente fazer o protocolo de, protocolo de entendimento, tem que ver se o CÉLIO não vai dar, criar
problema também, vê se me ajuda avaliar isso também né?
M: Bom! Eu tando ai (inaudìvel) não se preocupe.
C: Outra pessoa que eu preciso valorizar lá é a MÉRCIA viu?
M: Han, han
C: Todo (inaudível) falar com ela, ajudar ela, simpático com ela.
M: Bom, com a MÉRCIA eu não sei COLOMBO eu tenho, tentamos falar outras vezes ela não respondeu eu respeitei, não, ela ficou de entregar alguns dados
eu respeitei não falei, na verdade essas três semanas eu não falei com o MÉRCIA e não falei com o CICCARINO entendeu? Eu falei VALDINEI você é o diretor
ai.
C: Eh! Até o CICCARINO falou é parece que agora o...o... comê que ele falou, o... o MARCELO PEDRA virou meu inimigo, não fala mais, falava mais antes que
agora, ate dai, ate esqueci de dizer pra ele que você tava fazendo Mestrado.
M: rsrs Eu tenho que, é...é talvez boa parte também, esteja ai a teoria da conspiração né? CICCARINO, olha eu não falei com você porque eu não to falando
com ninguém, eu to fazendo mestrado aqui, meio atarefado e é só por isso entendeu? Bom, então com certeza...
C: Mas beleza, viu MARCELO é...mas eu tenho que...
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M: O ZÉ CARLOS...
C: É. Ele vai ser importante... que avaliação cê faz dele assim, na primeira, à primeira... chegou a conversar com ele, (ou) não?
M: Cheguei, mas eu num... assim, a avaliação que eu vou fazer é muito pessoal, eu gosto de avaliação mais no trabalho e esperar um pouco de tempo,
entendeu?
C: Sim.
M: Não gostaria de fazer uma imediata, assim. Mas a sensação que eu tive, e que pode tá errada, né, é que ele tá preocupado, e tá achando que é uma
intervenção, sim. A opinião dele é mais ou menos essa. Entendeu? Ele não tá... ele não comprou o discurso que tamo ali pra ajudar, pra melhorar, e (que) vou
colaborar não, entendeu? Tá meio assim, ¿ih, os caras invadiram meu espaço aqui¿, e tal, tá com essa impressão.
C: É, esse seria um cara que você tem que trazer pro teu lado, viu?
M: É, não, vamo tentar quebrar isso com ele, com... de maneira geral, entendeu?
C: Aham.
M: Por outro lado, assim, o que tem que ficar claro, com avaliação política da situação agora... eu fazendo avaliação política, é o seguinte: é que se por um lado
não pode ficar claro, não deve ficar claro, porque não é uma intervenção, a gente não tá ali pra fazer justicialismo ou coisa parecida, isso é um dado. Por outro
lado, a gente também não pode dar a impressão de que tudo é igual do jeito que tá, tá me entendendo?
C: Ah, sim, sim...
M : Tá me entendendo? Então o CICCARINO, as pessoas que estão lá, tem que ter a compreensão de que é necessário você se adaptar para sobreviver. Nem
um sistema nem outro, se a gente radicaliza a intervenção cria uma crise, mas se todo mundo se acomoda e tá do jeito que tá, aí a gente arruma crise com a
CGU, com MEC, com Assembléia. Então a gente tem que andar nesse linear mais ou menos aí, entendeu? Eles não podem ficar tão confortáveis a ponto de
achar que tem que ficar tudo igual. Isso é bom deixar claro pro CICCARINO também.
C : É, muito importante. Isso mesmo. Beleza então, eu acho que eu faço essa reunião preparatória sexta, posso falar que tenho uma reunião depois contigo na
segunda e a gente ajusta isso daí.
M : Eu acho que sábado ou domingo eu já tô aí. Se quiser falar comigo no domingo, por exemplo, eu tô aí.
C : Ah, eu tô aqui domingo já.
M : Domingo à noite, à tarde, eu já tô por aí.
C : Então tá bom. Eu só liguei agora pra você ir ajudando a refletir todas as coisas, ações que nós podemos fazer, pra enfiar o talo até o fim, mas com vaselina.
M : Mais ou menos isso.
C : É essa a tese.
M : Eu vou dirigindo umas 10 horas e já vou pensando daí. (risos).
C : Só que nós precisamos ter aliados internos e tal, conversar aqui, conversar ali. É importante você fazer uma série de amizades internamente aqui, sabe?
M : Não, isso daí a gente... já tenho algumas aí que você não sabe.
Colombo passa a relatar que está sendo atacado pela nomeação do FERNANDO AMORIM.
MARCELO fala de futuros projetos para criar uma escola nacional de formação de gestores.
Comentário:
Na mesma linha do diálogo anterior COLOMBO e MARCELO PEDRA, pessoa de sua confiança trazida de
Brasília, comentam sobre as diversas incongruências da administração do CICCARINO frente ao EAD.
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tipo de sotaque, que não se trata de pessoa que atuava no IFPR; QUE
indagado, conforme ligações telefônicas interceptadas que ora lhe
são apresentadas para oitiva, dando conta de uma cadeia de
acontecimentos iniciada a partir do retorno para Curitiba/PR do
Reitor IRINEU MÁRIO COLOMBO de uma reunião em Brasília/DF, a
partir da qual COLOMBO agendou encontros pessoais nos dia 16 e
17 de junho de 2012 (sábado e domingo) com VALDINEI HENRIQUE
DA COSTA, auditor oficial do IFPR, e com o próprio interrogado
(CICCARINO), confirma que se encontrou pessoalmente com o
Reitor COLOMBO, a pedido deste, no restaurante Madero do
Shopping Estação, no sábado, dia 16/6/2012, ocasião em que
COLOMBO disse que havia estado em Brasília/DF, em reunião no
MEC, não especificando com quem, ocasião em que teria sido
alertado a tomar providências no âmbito do EAD do IFPR, pois a
Controladoria Geral da União (CGU) estava atuando na auditoria e
logo depois viria a Polícia Federal, sendo que o Reitor COLOMBO
teria que tomar atitudes, dentre as quais exonerar o interrogado e
RICARDO HERRERA; QUE o Reitor COLOMBO não deu detalhes sobre
a investigação da Polícia Federal e interceptação telefônica em
curso,mas deu a entender, atemorizando o interrogado, que isso
pudesse estar sendo feito, o que motivou que o interrogado, após,
obter conversar com COLOMBO repassasse a informação a JOSÉ
BERNARDONI FILHO (da ABDES), ARNALDO SHUR (da OBRA
IMPRESSA), RICARDO HERRERA (do IFPR), PEDRO ANTONIO
BITTENCOURT PACHECO (do IFPR) e GILSON AMANCIO (do
IBEPOTEQ); QUE a partir disso todos ficaram cautelosos no uso de
seus telefones; QUE indagado sobre a menção feita por RICARDO
HERRERA no sentido de que o interrogado iria falar com ALPIO DOS
SANTOS LEAL NETO, que conheceria um deputado do PSDB que é delegado
da polícia federal, para confirmar as informações passadas por COLOMBO,
afirma que, de fato, cogitou em confirmar se havia investigação e
interceptação telefônica da Polícia Federal mediante contato com o
Deputado Federal FERNANDO FRANCISCHINI, mas o interrogado desistiu
em fazer isso por entender que seria muito constrangedor; QUE assim, por
outros meios, tentou verificar a procedência das informações de COLOMBO,
mas não conseguiu; QUE apesar disso o receio em usar os telefones
manteve-se, pois suspeitavam que os terminais estavam
"grampeados"; QUE a respeito de ligações telefônicas interceptadas
do dia 27 de junho de 2012, ora apresentadas, dando conta de que o
Reitor IRINEU MARIO COLOMBO estava em Brasília e que no dia
seguinte, dia 28, seria o dia "D", pois lá haveria uma reunião, não
sabe dizer com que COLOMBO esteve pessoalmente, mas depois
disso COLOMBO retornou a Curitiba/PR e pediu para que o
interrogado e RICARDO HERRERA deixassem o EAD do IFPR;
email; QUE o envio se deu pelo seu então e-mail funcional no MEC
(fernandoamorim@mec.gov.br); QUE acessou seu e-mail neste momento,
mas a mensagem já foi descarregada pelo Outlook no computador que
usava no MEC;
COLOMBO também vai a Brasília, no MEC, onde obtém com SEABRA mais
detalhes sobre a investigação policial e a auditoria, sendo que após retornar
repassa as informações sigilosas a CICCARINO e este a outros alvos, prejudicando
a continuidade da interceptação telefônica e a colheita de provas.
Uma vez que a situação havia fugido ao seu controle, assim como do ACI do
MEC, pois sabiam da existência da Operação Policial, o Reitor COLOMBO se vê
obrigado a promover mudanças na diretoria do EAD do IFPR, exonerando
CICCARINO e HERRERA.
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Por final, tendo em vista a necessidade de outras apurações que não foram
objeto deste inquérito policial federal, solicitamos autorização judicial para
compartilhamento dos elementos colhidos nesta investigação a fim de instruir
eventuais novos procedimentos a serem instaurados no âmbito desta
DELEFIN/SR/DPF/PR.
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