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Pará
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pará é uma das 27 unidades federativas do Brasil.
Estado do Pará
Está situado na Região Norte, sendo o segundo maior
estado do país em extensão territorial, com uma área
de 1 247 954,666 km², constituindo-se na décima-
terceira maior subdivisão mundial. É maior que a área
da Região Sudeste brasileira, com seus quatro estados,
e um pouco menor que o estado norte-americano do
Alasca. É dividido em 144 municípios, que possuem Bandeira Brasão
área média de 8 664,50 km². O maior deles é Altamira
Hino: Hino do Pará
com 159 696 km², o quinto município mais extenso do
mundo, e o menor é Marituba, com 103,279 km². Sua Gentílico: paraense
capital é o município de Belém e seu atual governador
é Helder Barbalho.
Índice
Etimologia
História
Ocupação pré-colonial
Primórdios
Divisão do estado
Sobrerrepresentação
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pará 2/19
15/11/2019 Pará – Wikipédia, a enciclopédia livre
Geografia
Clima
Vegetação
Hidrografia
Demografia
Religiões
Etnias
Imigrantes
Subdivisões
Política
Símbolos estaduais
Economia
Infraestrutura
Saúde
Educação
Transporte
Energia
Cultura
Culinária
Danças e músicas
Carimbó
Artesanato
Festas populares
Feriados
Ver também
Referências
Ligações externas
Etimologia
O topônimo (τόποςὄνομα) Pará vem do nome do rio Pará, derivado do termo pa’ra, que na língua tupi-guaraní significa
"rio-mar" ou "rio do tamanho do mar".[12]
O termo rio-mar era como os índios denominavam o Rio Pará, braço direito do rio Amazonas que corre ao sul da ilha de
Marajó, que unido com as águas do rio Tocantins[13] (no furo de Santa Maria) o torna tão largo ao ponto de não avistar a
outra margem, mais parecendo um mar do que um rio.[12]
Cujo gentílico é paraense,[14] ou parauara, do tupi para'wara "o que nasceu no rio-mar".[15]
História
Tradicionalmente considera-se que a história do Pará tenha origem no estabelecimento dos primeiros europeus a partir de
1616, na fundação das terras de "Conquista do Pará", pertencente a Capitania do Maranhão, subordinado ao "Governo do
Norte".[16]
Em 1621 o território torna-se Capitania do Grão-Pará, integrante do Estado do Maranhão.[16], tornando-se no século
XVIII o Estado do Grão-Pará e Maranhão.[16] Em 1850 seu nome torna-se Província do Grão-Pará e Rio Negro, quando,
em 1889, fica apenas como Estado do Pará.[16]
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Ocupação pré-colonial
A região da bacia amazônica já era habitada por grupos caçadores-colectores
desde aproximadamente 12.000 A.C.[17] Por volta do ano 1000 a.C. a 1000 d.C.
floresceram sociedades complexas, como as que habitavam a região de
Santarém e do Arquipélago do Marajó. Estes povos se destacavam pelo alto
nível de hierarquia social, produção de cerâmica, e a agricultura
(particularmente a plantação de mandioca).
Primórdios
A região do vale amazônico, pelo Tratado de Tordesilhas (1494), era de posse
da Coroa espanhola.[18] Assim sendo, a foz do rio Amazonas foi descoberta por
Vicente Yáñez Pinzón, um navegador espanhol que a alcançou em fevereiro de
1500. Seu primo, Diego de Lepe, também alcançou a foz do rio Amazonas, em
abril do mesmo ano.[19] Os portugueses, com a finalidade de consolidar a
região como território português, fundaram o Forte do Presépio, na então
Urna funerária produzida por uma
chamada Santa Maria de Belém do Grão-Pará. A construção foi a primeira do
antiga sociedade complexa que
modelo na Amazônia, e também a mais significativa no território amazônico vivia no Arquipélago do Marajó.
até 1660.[20] Apesar da construção do Forte, a ocupação do território foi desde
cedo marcada por incursões de Neerlandeses e Ingleses em busca de
especiarias. Daí a necessidade dos portugueses de fortificar a área.[21]
Em 1541, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana, também espanhóis, partiram de Quito, no atual Equador, e
atravessaram a cordilheira dos Andes, explorando o curso do rio até o Oceano Atlântico, onde atualmente encontra-se
Belém. A viagem durou de 1540 a 1542 e seus relatos foram concebidos pelo frei dominicano Gaspar de Carvajal.[22][23]
Ainda no século XVI, os espanhóis realizaram outra expedição similar à de Orellana. Pedro de Ursua também navegou o
Amazonas, partindo do Peru, em busca do lendário Eldorado (1559-1561). O navegador foi assassinado durante a viagem,
e a expedição passou a ser comandada por Lopo de Aguirre, que chegou ao oceano em 1561. Como resultado dessa
jornada, a colonização espanhola na região acabou sendo adiada, pois os espanhóis mostraram-se cientes das dificuldades
de conquistar tão vasto espaço.[20][23]
Em 1821, a Revolução Constitucionalista do Porto (Portugal) foi apoiada pelos paraenses, mas o levante acabou reprimido.
Em 1823, o Pará decidiu unir-se ao Brasil independente, do qual estivera separado no período colonial, reportando-se
diretamente a Lisboa.[24] No entanto, as lutas políticas continuaram. A mais importante delas, a Cabanagem (1835),
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chegou a decretar a independência da província do Pará.[25] Este foi, juntamente com a Revolução Farroupilha, no Rio
Grande do Sul, o único levante do período regencial onde o poder foi tomado, sendo que a Cabanagem foi a única revolta
liderada pelas camadas populares.
A economia cresceu rapidamente no século XIX e início do século XX com a exploração da borracha, pela extração do
látex, época esta que ficou conhecida como Belle Époque, marcada pelos traços artísticos da Art Nouveau. Nesse período a
Amazônia experimentou dois ciclos econômicos distintos com a exploração da mesma borracha.
Com o declínio dos dois ciclos da borracha, veio uma angustiante estagnação, da qual o Pará só saiu na década de 1960,
com o desenvolvimento de atividades agrícolas no sul do Estado. A partir da década de 1960, mas principalmente na
década de 1970, o crescimento foi acelerando com a exploração de minérios (principalmente na região sudeste do estado),
como o ferro na Serra dos Carajás e do ouro em Serra Pelada.
Divisão do estado
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em 2011, dois Decretos
Legislativos (nº 136/2011 e nº137/2011)[27] que autorizavam a realização
de um plebiscito que iria decidir pela criação dos estados de Carajás e
Tapajós, que seria uma divisão do estado do Pará. Os decretos, ao todo,
destinaram recursos de R$ 10,4 milhões para a realização,[28] sendo
promulgados pelo presidente do Congresso Nacional, José Sarney
(PMDB-AP).
Alguns analistas criticaram a cobertura considerada excessivamente parcial dos órgãos de imprensa do Pará. De um lado,
veículos declaradamente contrários à criação dos estados de Tapajós e Carajás; do outro, jornais favoráveis à medida.[30]
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Estudos apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostraram que, em caso de separação do
Pará em três estados, no plebiscito realizado no dia 11 de dezembro, todos ficariam deficitários. O Pará registra atualmente
um superávit anual de aproximadamente R$ 300 milhões. Subtraindo as despesas da receita orçamentária do estado,
Carajás terá déficit de pelo menos R$ 1 bilhão anual, Tapajós, de R$ 864 milhões, e o Pará remanescente, de R$ 850
milhões, totalizando aproximadamente um saldo negativo anual de R$ 2.714 bilhões à União.[31]
Sobrerrepresentação
Politicamente, haveria o nascimento de dois estados com populações comparáveis às dos estados de Tocantins e
Rondônia, fazendo proporcionalmente jus a uma bancada de apenas quatro deputados federais e de fração de um senador
— uma vez que não atinge a proporção de 8/513 (cerca de 1,56%) da população nacional. Entretanto, por motivos
constitucionais, é obrigatório respeitar o piso de oito deputados federais e o fixo de três senadores por unidade federativa:
o que produziria uma sobrerrepresentação na Câmara dos Deputados e uma super-representação no Senado Federal,
vindo assim a facilitar substancialmente o acesso a cargos eletivos por parte da classe política desses possíveis estados.
O atual território correspondente ao estado do Pará é um dos maiores responsáveis pela pauta exportadora nacional,
costumando ficar entre quinto ou sexto maior exportador nos últimos anos — aproximadamente 87% de suas exportações
são de minérios diversos, destinados sobretudo à China. Contudo, a legislação brasileira, através da Lei Kandir, isenta de
ICMS as empresas exportadoras, justamente as principais responsáveis por maior parte da geração de riquezas no estado
paraense. As reservas minerais em exploração estão localizadas quase todas na região do Sudeste Paraense, pretenso
Estado de Carajás. Expressa-se assim que os grandes projetos mineroenergéticos pouco colaboram de maneira direta para
a arrecadação das esferas públicas no Pará. Neste cenário, de grandes perdas tributárias para a esfera estadual, percebe-se
a fragilidade de um modelo assentado nas exportações, no sentido de viabilizar recursos para a administração satisfatória
de um estado, independente de seu tamanho ou demografia.
Geografia
Clima
Apesar de o Brasil ser, caracteristicamente, um país de clima tropical, o Pará é
dominado pelo clima equatorial (Af na classificação climática de Köppen-
Geiger), que é predominante também na Amazônia.[32] O estado possui médias
térmicas anuais entre 24 e 26 °C, além de alto índice pluviométrico, que chega
a alcançar 2.000 mm nas proximidades do rio Amazonas. A quase totalidade
de sua área encontra-se na floresta Amazônica, exceto nas partes onde existem
formações de campos - região do baixo rio Trombetas e Arquipélago do
Marajó.[33]
Vegetação
O território paraense apresenta basicamente mangues, campos, cerrados e
floresta Amazônica, a última predomina no estado. A variedade vegetativa é
muito grande, nesse caso as composições principais de cobertura vegetal dão
origem a cinco tipos específicos de vegetação, como Mata de terra firme (não Mapa climático do Pará.
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Hidrografia
A bacia hidrográfica do estado abrange área de 1.253.164 km², sendo
1.049.903 km² pertencentes à bacia Amazônica e 169.003 km²
pertencentes à bacia do Tocantins.[35] É formada por mais de 20 mil
quilômetros de rios como o Amazonas, que corta o estado no sentido
oeste/leste e deságua num grande delta marajoara, ou os rios Tocantins e
Guamá que formam bacias independentes.
Demografia
O Pará possui uma população estimada de 8.513.497 habitantes, distribuidos em uma área territorial de 1 247 955 238
km².[14] Dividido em 144 municípios, dentre os quais, importantes para a economia do estado são, Altamira, Ananindeua,
Barcarena, Belém, Canaã dos Carajás, Castanhal, Itaituba, Marabá, Paragominas, Parauapebas, Redenção, Salinópolis,
Tucuruí e Santarém.[36]
Religiões
Etnias
De acordo com um estudo genético de 2013, a ancestralidade da população de
Cor/Raça Porcentagem
Belém foi assim descrita: 53,70% de contribuição europeia, 29,50% de
contribuição indígena e 16,8% de contribuição africana.[38] Pardos 73,0%
Brancos 23,0%
De acordo com um estudo genético de 2011, a ancestralidade da população de
Negros 3,5%
Belém seria a seguinte: 69,70% de contribuição europeia, 19,40% de
contribuição indígena e 10,9% de contribuição africana.[39] Amarelos ou Indígenas 0,6%
Fonte: PNAD[37]
Imigrantes
Portugueses
A presença dos portugueses no estado teve início no século XVII. Em janeiro de 1616, o capitão português Francisco
Caldeira Castelo Branco iniciou a ocupação da terra, fundando o Forte do Presépio, núcleo da futura capital paraense. A
fixação portuguesa foi efetivada com as missões religiosas e as bandeiras, que ligavam o Forte do Presépio a São Luís do
Maranhão, por terra e subiram o Rio Amazonas. Os portugueses foram os primeiros a chegar no Pará, Deixando
contribuições que vão desde a culinária à arquitetura.
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Japoneses
Os primeiros imigrantes japoneses que se destinaram à Amazônia saíram do Porto de Kobe, no Japão, no dia 24 de julho
de 1926, e só chegaram ao município de Tomé-Açu no dia 22 de setembro do mesmo ano, com paradas no Rio de Janeiro e
Belém.
Os japoneses foram responsáveis pela introdução de culturas como a juta e a pimenta-do-reino na década de 1930; de
mamão-Havaí e do melão na década de 1970. A terceira maior colônia japonesa no Brasil está no Pará, com cerca de 13 mil
habitantes, perdendo apenas para os estados de São Paulo e Paraná. Eles vivem principalmente nos municípios de Tomé-
Açu, Santa Izabel do Pará e Castanhal, sabendo-se que Tomé-Açu foi o primeiro local do Norte do país a receber
imigrantes japoneses, por volta de 1929.[40]
Italianos
Libaneses
A emigração dos libaneses para o Pará se deu na metade do século XIX, na época do Ciclo da Borracha, e até 1914
desembarcaram em Belém entre 15 mil e 25 mil imigrantes sírio-libaneses, dois quais um terço foram para o Acre. No
Pará, além da capital paraense, os libaneses se deslocaram para os municípios de Cametá, Marabá, Altamira, Breves,
Prainha, Monte Alegre, Alenquer, Santarém, Óbidos, Soure, Maracanã, Abaetetuba, entre outros.[42]
Franceses
Os primeiros imigrantes franceses chegaram ao Brasil na segunda metade do século XIX e dirigiram-se para a colônia de
Benevides, na região metropolitana de Belém do Pará. Os franceses foram atraídos para a região por causa do Ciclo da
Borracha e acabaram se instalando em Belém, tornando-a conhecida como Paris n'América.[43]
Maranhenses
São os maiores migrantes nacionais no estado do Pará. Por ser vizinho do estado do Pará, os maranhenses vão em busca
de melhores condições materiais. A população de Belém, sul e sudeste do Pará é formada basicamente por imigrantes
maranhenses. O Maranhão e o Pará têm uma longa história de ligação que começou desde a criação dos Estados do Grão-
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Subdivisões
O estado do Pará é formado oficialmente pela união de 144 Belém
municípios.[44] A última alteração feita entre seu municípios foi entre
1999 e 2012, com a criação e instalação do município de Mojuí dos Campos, desmembrado de Santarém.[45] Atualmente
existem 51 pedidos de emancipação de distritos para formação de novos municípios.[46]
Os estados brasileiros são formados por subdivisões criadas pelo IBGE chamadas de regiões geográficas intermediárias,
que congregam municípios com características similares, tais como geográficas e socioeconômicas. As regiões geográficas
intermediárias correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As
regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões.[47] Essa subdivisão é usada para fins
estatísticos, não constituindo uma entidade política ou administrativa.
Política
O Pará é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o
legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará, e o judiciário, representado pelo Tribunal de
Justiça do Estado do Pará e outros tribunais e juízes. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo
através de referendos e plebiscitos.[49]
Belém é o município com o maior número de eleitores, com 1,043 milhão destes. Em seguida aparecem Ananindeua, com
291,2 mil eleitores, Santarém (209,4 mil eleitores), Marabá (159 mil eleitores) e Parauapebas, Castanhal e Abaetetuba,
com 149,5 mil, 121,2 mil e 104,6 mil eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é Bannach,
com 3,1 mil.[50]
Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação no estado.[51]
Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em dados de outubro de 2016, o
partido político com maior número de filiados no Pará é o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com
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O brasão foi criado em 9 de novembro de 1903, pela lei estadual de nº 912, que estipulou a criação de um Brasão (ou
Escudo) de Armas para o estado. Os seus autores são: José Castro Figueiredo (arquiteto) e Henrique Santa Rosa
(historiador e geógrafo).[53]
O hino, a letra de Artur Teódulo Santos Porto e a música de Nicolino Milano, foi oficializado em 29 de outubro de 1969,
através da emenda constitucional nº 1.[54]
Economia
A economia é baseada no extrativismo mineral (ferro, bauxita, manganês,
calcário, ouro, estanho), vegetal (madeira), na agricultura, pecuária,
indústria e no turismo.[56]
A pecuária é mais presente no sudeste do estado, que possui um rebanho calculado em mais de 14 milhões de cabeças de
bovinos. A indústria do estado concentra-se mais na região metropolitana de Belém, com os distritos industriais de
Icoaraci e Ananindeua, e também vem se consolidando em municípios como Marituba, Barcarena e Marabá através de
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investimentos na verticalização dos minérios extraídos, como bauxita e ferro, que ao serem beneficiados, agregam valor ao
se transformarem em alumínio e aço no próprio Estado.[57] Pela característica natural da região, destacam-se também
como fortes ramos da economia as indústrias madeireira e moveleira, tendo um polo moveleiro instalado no município de
Paragominas.
Nos últimos anos, com a expansão da cultura da soja por todo o território nacional, e também pela falta de áreas livres a se
expandir nas regiões sul, sudeste e até mesmo no centro-oeste (nas quais a soja se faz mais presente), as regiões sudeste e
sudoeste do Pará tornaram-se uma nova área para essa atividade agrícola. Pela rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163) é
escoada boa parte da produção sojeira do Mato Grosso, que segue até o porto de Santarém, aquecendo a economia da
cidade tanto pela exportação do grão como pela franca expansão de seu plantio: a produção local já representa 5% do total
de grãos exportados.
A pauta de exportação do Pará, no ano de 2012, foi baseada em minério de ferro (59,46%), óxido de alumínio (8,19%),
minério de cobre (6,06%), alumínio bruto (5,09%) e bovinos (3,60%).[55]
Infraestrutura
Saúde
De acordo com dados de 2009, fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existiam, no estado, 2 742
estabelecimentos hospitalares, com 13 720 leitos.[58] Destes estabelecimentos hospitalares, 2 057 eram públicos, sendo
1 932 de caráter municipais, 54 de caráter estadual e 71 de caráter federal.[58] 685 estabelecimentos eram privados, sendo
631 com fins lucrativos e 54 sem fins lucrativos. 271 unidades de saúde eram especializadas, com internação total, e 2 312
unidades eram providas de atendimento ambulatorial.[58] No mesmo ano, registrou-se que apenas 47,03% da população
paraense tinha acesso à rede de água, enquanto 57,8% tinha acesso à rede de esgoto sanitário.[59] Ainda em 2009, foi
verificado que o estado tinha um total de 552,5 leitos hospitalares por habitante e, em 2005, registrou-se 7,1 médicos para
cada grupo de 10 mil habitantes.[59]
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Uma pesquisa promovida pelo IBGE em 2008 revelou que 71,2% da população do estado avalia sua saúde como boa ou
muito boa; 61,7% da população realiza consulta médica periodicamente; 30,6% dos habitantes consultam o dentista
regularmente e 8,7% da população esteve internado em leito hospitalar nos últimos doze meses.[60] Os dados da pesquisa
afirmaram ainda que 23,9% dos habitantes declararam ter alguma doença crônica e apenas 13,7% possuíam plano de
saúde. Menos da metade dos domicílios particulares no Pará são cadastrados no programa Unidade de Saúde da Família:
47,4 destes%.[60]
Tratando da saúde feminina, 23,7% das mulheres residentes no estado com mais de 40 anos fizeram exame clínico das
mamas nos últimos doze meses; 32,8% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos dois
anos; e 79,1% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos três
anos.[60]
Educação
O Pará possui várias instituições educacionais, sendo as mais renomadas
Resultados no ENEM
localizadas principalmente na Região Metropolitana de Belém e em outras
cidades de médio porte. A educação do estado é tida como a segunda pior do Ano Português Redação
país, comparada à dos demais estados brasileiros. No fator "educação", do 2006[61] 33,13 (19º) 49,78 (17º)
Índice de Desenvolvimento Humano de 2010, o estado obteve um patamar de Média 36,90 52,08
0,528, ficando à frente apenas da educação de Alagoas em âmbito nacional.[64] 2007[62] 46,02 (19º) 54,97 (15º)
Média 51,52 55,99
Sobre a questão do analfabetismo, a lista de estados brasileiros por taxa de
2008[63] 36,90 (17º) 59,20 (8º)
analfabetismo mostra o Pará com a 16ª menor taxa, com 11,23% de sua Média 41,69 59,35
população considerada analfabeta.[65] Houve superação na taxa de
analfabetismo paraense. Em 2001, o mesmo ocupava a 18ª colocação no mesmo
quesito, com 28,5% de sua população tida como analfabeta.[66][67]
O estado possui a quarta maior porcentagem, entre os estados brasileiros, de pessoas entre 7 e 14 anos de idade que não
frequentam unidades escolares. Os dados do censo demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, revelam que 5% dos
habitantes do Pará nesta faixa etária encontram-se nesta situação, deixando-o apenas à frente de Roraima, Acre e
Amazonas.[68] Entre a população na faixa etária de 15 a 17 anos de idade, o índice era ainda maior: 18,5% destes não
frequentam unidades de ensino, de acordo com o censo de 2010. Isso colocou o Pará na 18ª posição nacional, no ranking
que abrangeu todas as 27 divisões administrativas do Brasil. Apenas os estados de Mato Grosso, Espírito Santo, Alagoas,
Paraná, Amazonas, Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Acre estão em situação semelhante ou pior.[68] A
população paraense em idade escolar alcançava 2 255 030 habitantes em 2010, um total de 29,7%.[69]
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Uruará e Santarém Novo (4,1).[70] Nos anos iniciais do ensino fundamental, Santa Maria das Barreiras foi o município
com a pior avaliação educacional, segundo o IDEB, atingindo 2,8 pontos. Nos anos finais do ensino médio, o município
que alcançou o pior desempenho foi Afuá, também com 2,8 pontos.[70]
Em números absolutos, o estado possuía 246 184 pessoas com nível superior completo em 2010, um percentual de 4,06%,
um dos mais baixos índices do país, superando apenas o Maranhão. Há demasiadas instituições de ensino superior no
estado. Seis delas são de caráter público: Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará
(UFOPA), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Universidade Federal Rural da Amazônia
(UFRA), Universidade do Estado do Pará (UEPA) e Instituto Federal do Pará (IFPA).[71] Entre as principais instituições de
ensino superior no Pará, de caráter privado, destacam-se a Universidade da Amazônia (UNAMA), o Centro Universitário
do Pará (CESUPA), a Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA), o Instituto Luterano de Ensino Superior de
Santarém, o Centro de Ensino Superior do Pará e as Faculdades Integradas do Tapajós (FIT).[72]
Transporte
Por sua localização geográfica na Amazônia, assim como sua maior
aproximação com os estados do Nordeste, o Pará possui um meio de
transporte predominantemente hidroviário e rodoviário. A parte leste do
estado, desde a região de Carajás até a capital estadual, Belém, está mais
sujeita tanto ao transporte hidroviário quanto ao rodoviário, com
destaque para a Rodovia Belém-Brasília, principal meio de transporte
daquela região.
O estado mantém 108 pontos de infraestrutura portuária, que servem para importação e exportação de mercadorias e
transporte de pessoas. A capital do estado, Belém, se destaca entre os municípios portuários. É lá que está instalada a
Estação das Docas, cartão postal da cidade. Os principais portos do Pará: Porto de Belém, Porto de Miramar, Porto do
Outeiro, Porto de Vila do Conde, Porto de Santarém, Porto de Itaituba, Porto de Óbidos, Porto Altamira, Porto de São
Francisco e o Porto de Marabá.[75]
No estado, existem seis aeroportos administrados pelo Infraero. São eles: o Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-
Cans - Júlio Cezar Ribeiro (em Belém), Aeroporto Internacional de Santarém - Maestro Wilson Fonseca (em Santarém),
Aeroporto de Belém - Brigadeiro Protásio de Oliveira (em Belém), Aeroporto de Marabá/Pará - João Correa da Rocha (em
Marabá), Aeroporto de Altamira (em Altamira) e o Aeroporto de Carajás (em Parauapebas).[76] Há também outros
aeroportos menores, como os de Araguaia, Itaituba, Monte Dourado, Ourilândia do Norte, Porto Trombetas, Redenção,
Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Tucuruí, entre outros.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pará 13/19
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Energia
Um dos maiores geradores de energia do país, com uma matriz energética hidrelétrica, o estado dispõe das usinas de:
Tucuruí (8.370 MW, no rio Tocantins), Belo Monte (11 000 MW, no rio Xingu), Pimental (233 MW, no rio Xingu), Teles
Pires (1820 MW, no rio Teles Pires), São Manoel (700 MW, no rio Teles Pires), Curuá-Una (30 MW, no rio Curuá-Una) e
Santo Antônio do Jari (373 MW, no rio Jari), além de várias usinas projetadas.[77]
Cultura
O Pará é segundo maior estado do Brasil em questão de território, talvez por isto exista uma grande diversidade tanto
social quanto natural, podemos observar isso através da cultura regional que é na verdade uma mistura de ritmos e raças
convivendo harmoniosamente.
Culinária
A culinária paraense possui grande influência indígena. Os elementos encontrados na região, formam a base de seus
pratos, o que deixa os gourmets maravilhados pela alquimia utilizada na produção destes pratos exóticos. Os nomes dos
pratos são tão exóticos quanto seu sabor, já que são de origem indígena.
Maniçoba Tacacá
Caruru
Moqueca Tapioca
Chibé
Pato no tucupi Vatapá
Cuscuz
O Pará apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, são as
denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um
exótico sabor para as suas sobremesas.
Muruci Abricó-do-pará
Açaí
Piquiá Abiu Maniçoba
Bacuri
Tucumã Anajá
Cupuaçu
Bacaba Mari
Graviola
Camu-camu Camapu
Pupunha
Uxi Biribá
Taperebá
Ingá Jutaí
Castanha-do-pará
Sapotilha
Danças e músicas
Trajes coloridos, sons fortes de instrumentos de percussão e muita expressividade corporal traduzem sonora e
visualmente a herança folclórica paraense. Os ritmos do Pará são o calypso, carimbó, brega, marujada, siriá, lambada,
lundu marajoara, tecno brega, tecnomelody, guitarrada.
Carimbó
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pará 14/19
15/11/2019 Pará – Wikipédia, a enciclopédia livre
Inicialmente, apenas uma reunião de festejo entre amigos e familiares, o fazer carimbó modificou-se, transformando-se
em um autêntico gênero e rítmo amazônida parauara, gerando grupos folclóricos e bandas de baile, com a popularização
nas décadas de 1960 e 1970. Tornou-se comum nas rádios e nos bailes. Diversos artistas gravaram discos LP, a exemplo
de: Lucindo[78], Pinduca, Arraial do Pavulagem, Cupijó e Verequete.[79]
Tornou-se patrimônio Cultural Imaterial brasileiro em setembro de 2014, aprovado por unanimidade pelo conselho do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).[80][81][82]
No dia 26 de agosto, anualmente é celebrado o centenário do Verequete, um dos mais importantes mestres do ritmo no
estado, devido sua trajetória na composição de músicas no estilo tradicional “pau e corda”. Em homenagem, a data foi
intitulada como o Dia Municipal do Carimbó, instituído em 2004.[83]
Artesanato
O artesanato é marcado por peças inspiradas nas milenares civilizações
indígenas e joias produzidas com matérias primas encontradas na própria
natureza. Utilizam-se todos os tipos de material retirado da própria
região, e representa-se por vários ramos como cerâmica, cestaria, talha,
objetos de madeira, de ouriço, de cheiros, de conchas, cuias e outros
matérias, criando um segmento importante e criativo da nossa cultura.
Quando se fala em cerâmica, dois grupos se destacam: os marajoaras e os
tapajônicos. Artesanato regional: Cerâmica, cuia, miriti, balata, entalhe
em madeira, palha, patchouli. tururi e artigo em cheiro.[84]
Cerâmica marajoara
Festas populares
As manifestações culturais são bem diversificadas, no segundo domingo de outubro a cidade de Belém recebe devotos de
todo o Brasil na procissão do Círio de Nazaré, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Cerca de milhões de pessoas
participam de uma das maiores festas católicas do país.[85]
Entre as manifestações culturais mais apreciadas estão os folguedos populares. São festas, cheias de dramaticidade e
alegria, que acontecem, tradicionalmente, em datas marcadas. O Çairé, no município de Santarém, é uma festa que dura
oito dias, misturando o profano e o religioso. A Marujada, em Bragança, reúne vários ritmos, dançados, basicamente, por
mulheres. Tem ainda a magia do Boi Bumbá, mistura de dança, batuque e drama, e os Cordões de Pássaros, já quase
esquecidos, mas ainda encenados na periferia de Belém.[86]
Feriados
No estado do Pará, só há um feriado estadual: o dia 15 de agosto, em homenagem à adesão do Grão-Pará à independência
do Brasil. Este feriado foi oficializado através da Lei n.º 9.093, de setembro de 1995, proposta pelo deputado estadual
Zeno Veloso.[87]
Ver também
Lista de governadores do Pará
Lista de municípios do Pará
Lista de municípios do Pará por população
Lista de mesorregiões do Pará
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Ligações externas
Governo do Pará (http://www.pa.gov.br/) (em português)
Assembleia Legislativa do Pará (http://www.alepa.pa.gov.br/) (em português)
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