Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
ACUPUNTURA II
Semiologia e Diagnóstico
3
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
4
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ACUPUNTURA
TOMO II
Semiologia e Diagnóstico
(CORRIGIDO E AUMENTADO)
5
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Registos:
Edição:
Não se permite a reprodução total ou parcial deste livro, nem a sua incorporação no sistema
informático, nem a sua transmissão em qualquer forma ou qualquer meio, seja este electrónico,
6
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
mecânico, tipográfico, gramofónico ou outros, sem permissão prévia e por escrito do titular do
copyright.
7
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
8
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
SUMÁRIO
PRÓLOGOS----------------------------------------------------------------------------------------------
ACUPUNTURA…………………………………………………………………….225
9
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
DIFERENCIAL E TRATAMENTO………………………………………….………601
BIBLIOGRAFIA…………………………………………………………………………. ….955
ÍNDICE……………………………………………………………………………………….965
10
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
PRÓLOGOS
11
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
12
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
13
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
14
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
15
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
16
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
TOMO II
8ª LIÇÃO
DOR,
17
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
18
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
CAPÍTULO I
Introdução
19
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
20
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
INTRODUÇÃO
A abordagem da dor é um dos temas mais analisados por todas as Medicinas não
convencionais, especialmente pela Acupuntura. A procura de técnicas úteis que
aliviem sintomas, não muito bem tratados ou minimizados pela medicina
convencional, é cada vez maior. As causas da procura são múltiplas e provenientes de
diferentes níveis, desde o próprio individuo ‘sofredor’ até à sociedade em que este se
desenvolve. A dor, associada em muitas ocasiões a dano tecidular, é um dos sintomas
mais comuns associados à enfermidade e constitui um problema físico, psicológico e
social que afecta de uma forma peculiar e única, diferente para cada indivíduo, o
normal desenvolvimento das actividades básicas vitais A dor provoca respostas
nervosas completas e complexas que activam reacções de fuga, evasão e, a procura de
ajuda para evitá-la.
21
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
22
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
-to do Qi? Temos só que pensar nestas substâncias como o resultado da acção do Qi
biológico.
Que diferença existe entre activar o Xue ou fazer com que no foco da puntura se active
a libertação do factor XII?
Porque não pensar que as respostas psicoemocionais da dor, modeladas pelos núcleos
talâmicos e o córtex são equivalentes aos mecanismos de adaptação, mediados pelo
grande regulador do gasto energético que é o Xin Bao?
23
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
A dor, seria então um sinal de alarme que estaria relacionado, tanto com um processo
de hiperactividade, como com um processo de hipoactividade. No primeiro caso,
desencadeiam-se sinais agudos, inflamatórios e hiperémicos, no segundo, aparecem
sinais degenerativos relacionados com a diminuição da vascularização da zona.
De acordo com este princípio, o termo Bi relacionar-se-ia com a dor aguda e o Pei seria
consequência de um Bi em progressão e relacionar-se-ia com a dor crónica. Para
uniformizar critérios, consideraremos a existência de uma síndrome Bi quando
apareçam sinais de resposta inflamatória (edema, rubor, calor etc.) e diagnosticaremos
uma síndrome Pei quando existirem sinais de cronicidade (frio, hipovascularização,
deformidade, etc.). Em termos gerais, a M.T.C., indica que qualquer plenitude
determina o aparecimento de dor (Shi = Cong), mas esta equação deve interpretar-se
adequadamente, já que, a plenitude pode ser produzida, como indicámos, por duas
causas:
Plenitude reactiva
A plenitude falsa, ou pseudo – plenitude, tem a sua origem num vazio prévio, já que o
défice de Qi conduz ao estancamento do Xue e à consequente resposta sobre os tecidos
por ele irrigados. É importante saber, na hora de efectuar o tratamento da dor, se esta
está em fase
24
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
aguda (Yang) ou em fase crónica (Yin) e saber também, se existe hiper-resposta (Bi) ou
se pelo contrário há hipo-resposta (Pei), já que o tratamento com acupuntura de ambos
os tipos de dor será diferente.
Na dor do tipo Yang há que aportar Yin (frio, imobilidade), há que dispersar, na dor do
tipo Yin, há que, contrariamente, aportar calor e “estimulação”, cumprindo assim a lei
de ouro da terapia acupuntural que consiste na utilização dos opostos.
25
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
26
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
1. DOR EXÓGENA.
(CAMADA WEI) COLATERAIS
27
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
28
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Para efectuar um tratamento eficaz devemos ter em conta duas premissas ou princípios
básicos:
A.1) A localização anatómica e energética da área dolorosa. Isto irá permitir efectuar um
tratamento à distância (raiz) adequado.
Por exemplo, o epicôndilo umeral relaciona-se com o ponto Ho do Tsou Yang Ming, o
maleólo externo do perónio com o ponto King do Zu Tai-Yang (na zona posterior) ou do
Zu Shao Yang (na zona anterior), etc. Estas relações, permitem situar o meridiano
afectado e orientar o tratamento. Perante uma epicondilite temos que tratar o MP do
IG., e perante um entorse tíbio-peroneal-astragalino os MPs da B e/ou VB.
A.2) Classificação da dor, pelo ponto de vista, Yin-Yang. Segundo este critério, a dor pode ser:
Se a dor é recidivante primeiro temos de a tratar como se fosse Yang para diminuir a
dor e logo como Yin para fortalecer a zona.
Estes critérios, permitem efectuar o tratamento Rama, tratamento local que, em geral se
realiza de acordo com o seguinte protocolo:
29
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
INTRODUÇÃO
Têm como função básica manter a homeostasia energética, irradiando através dos
microcanais Sun Luo (colaterais de quarta magnitude) o denominado halo radioactivo
ou fluxo energético (energia Wei).
Se estes agentes são muito intensos, de tal forma que superam a capacidade de
neutralização, passam a denominar-se “energias perversas” ou factores patógenos
externos (Waixie). Têm capacidade para desencadear transtornos energéticos,
afectando a unidade energética, tanto visceral como orgânica, provocando diversas
alterações, como se descreveu no capítulo sobre o processo da penetração da energia
perversa no Tomo I (Fundamentos da Bioenergética) e iremos desenvolver nas
síndromes de factor climático e de planos que desenvolveremos mais adiante.
CARACTERÍSTICAS
30
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
C) Não seguem os ciclos horários dos M. Principais, ainda que, em conjunto, são
mais activos durante o período diurno do que no nocturno, ao contrário dos
Distintos.
D) Estes vasos carecem de pontos próprios, pelo que para actuar sobre eles é
necessário utilizar os pertencentes ao canal principal a que correspondem e aos
pontos com os quais se conectam ao longo do percurso, sejam ou não, do seu
próprio meridiano.
Exemplo: O M. Principal da VB no seu ponto 34 (Yanglingquan) anastomosa-se
com o canal da B, por isso, em algumas ocasiões, a sua puntura estará indicada
em alterações de M.T.M. da B.
E) Os M.T.M., como ramificações do canal principal, partem dos pontos Jing-pozo;
estes pontos, são do máximo interesse por serem a união de energia Rong e Wei
a nível distal.
F) Os M.T.M. como anteriormente referido, começam nos pontos Jing-pozo
(ângulo ungueal dos dedos), são sempre centrípetos.
G) São 12 M.T.M., pertencendo cada um deles, ao canal principal do qual tomam
os seus nomes.
H) O percurso é sempre superficial e sobreposto ao principal, até ao ponto
P.P.M.D.
I) Unem-se de três em três, fazendo um total de quatro grupos, reunindo-se os
quatro, nas quatro zonas seguintes:
31
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
DENOMINAÇÃO
1) Meridianos Tendinomusculares do Pé
RESUMO
32
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
TRATAMENTO
Lao Tse manifestava, retomando as remotas tradições orientais, que a vida parte
do Princípio Único origem de matéria e energia (P.U.)
33
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
34
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
TRATAMENTO GERAL
Devemos considerar três fases: tratamento local (rama), tratamento à distância (raiz)
e tratamentos complementares.
35
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
36
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
CARACTERÍSTICAS DA DOR
1.Dor Yang
Em termos gerais, a dor yang corresponde à dor aguda, recente, do tipo traumático ou
por excessiva reactividade orgânica ante um factor patógeno, aparecendo sinais de
plenitude locais com inflamação, rubor, hiperemia e hipertermia. Neste caso, o
tratamento será dirigido a neutralizar o Yang, fornecendo Yin, isto é, dipersando,
imobilizando, extraindo (ventosas, micro-sangramento, etc.) e esfriando.
Exemplo: Ombro doloroso agudo com zona reactiva dolorosa à palpação (A’shi) na
área anterior à articulação acromioclavicular (15 IG – Jianyu) – Bi ou Pei de tipo Yang no
ponto de partida do M.D. do Tsou Yang Ming.
Cabo
Pinça
Pele
15º Agulha
Ponto A’shi
15 IG (Jianyu)
37
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Ritmo: contínuo.
Troca de polaridade: nunca se efectuará, a não ser que o paciente não note
nenhuma sensação até metade da sessão.
2. Dor Yin
Geralmente, consequente a uma dor Yang indevidamente tratada. Trata-se de uma dor
menos aguda, mas persistente e relacionada geralmente com uma mudança
climatológica ou um esforço. Também pode ser originada por um vazio da energia
essencial ou antipatógena ou por um excessivo e persistente uso articular, muscular ou
tendinoso.
É o que em acupuntura denominamos recordação traumática ou “cicatriz energética”
que foi consequência de um traumatismo ou desgaste e /ou um processo de plenitude
persistente. No primeiro caso, não se completou o processo de auto-reparação com o
aparecimento de sequelas que afectaram as partes moles: vasos, músculos, tendões,
etc., e por isso não são diagnosticáveis radiologicamente, mas implicam um local fértil
para a obstrução energética e a dor por plenitude.
No segundo caso, o bloqueio energético indevidamente tratado provocará micro lesões
físicas nas zonas limítrofes. Isso origina a denominada cicatriz energética ou fuqi local,
isto é, uma área propícia para a plenitude enquanto exista uma disputa entre o Xieqi
(energia perversa) e o Zhenqi (energia essencial).
A plenitude energética, provoca um estancamento e consequentemente, a energia e o
sangue não circulam adequadamente produzindo-se uma lesão tecidular. Recordamos
que o “Qi é o comandante do Xue, se o Qi circula o Xue circula”. Como no caso
anterior, estas lesões são difíceis de diagnosticar com técnicas radiológicas porque não
afectam, em princípio, o sistema ósseo, nem grandes áreas de outros tecidos. No
entanto, estas microlesões subtis, são suficientes para provocar um terreno debilitado e
propicio à alteração, ante qualquer agente patógeno externo, sobretudo de tipo
climatológico.
Neste caso, o tratamento basear-se-á em neutralizar o Yin dando Yang, isto é, tonificar,
reabilitar, mobilizar e dar calor (moxabustão).
38
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Moxa
Cabo
Cabo Pinças
Agulhas
+
+ Ponto A’shi
15 IG (Jianyu)
-
-
Ombro doloroso crónico zona anterior
Bi ou Pei Yin em P.P.M.D. do Tsou Yang Ming
39
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Corresponde aos picos álgicos agudos nos processos crónicos. Nestes casos, há
que dar prioridade à dor numa primeira fase tratando-a como se fosse uma
algia Yang (dispersão).
40
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Numa segunda fase, uma vez reduzida a dor, efectuar-se-á o tratamento como
se fosse uma algia Yin (tonificação-moxabustão).
41
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
42
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
TRATAMENTOS COMPLEMENTARES
O tratamento descrito, seria o tratamento básico de tipo raiz, mas vamos fazer
outras considerações que poderão favorecer o tratamento em casos mais
específicos.
Ou seja:
43
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Nos Yin:
Nos Yang:
4º Punturar o oposto
Ainda que este método esteja indicado nas alterações dos M.Distintos em
algumas ocasiões é útil a dispersão por puntura simples da zona Rama
contralateral (não dolorosa).
Isto pode-se justificar porque em algumas ocasiões pode estar afectado o
conjunto dos colaterais.
44
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Com isto, pretendemos expulsar o Xie de dentro para fora dando-lhe porta de
saída (o Ting e o Ho) do plano anterior.
EXEMPLOS PRÁTICOS
45
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
46
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XXXIX
P. SINTOMATOLOGIA
Aperto no peito, com dor que vai desde o pescoço até à face anterior do ombro.
47
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XL
IG. SINTOMATOLOGIA
Dor do segundo dedo da mão, que pode ascender ao largo do percurso do T.M.
48
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XLI
E.SINTOMATOLOGIA
Dor na face anterior da perna, na zona do músculo longo extensor dos dedos,
tibial anterior, vasto externo e sartório; a dor destes músculos associa-se à
contratura.
Dor dos músculos do abdómen, baixo-ventre e peitorais, pela mesma causa dos
anteriores.
Paralisia da cara, com a boca deformada por falta de tónus dos músculos faciais;
podendo chegar aos olhos em casos extremos, deixando as pálpebras caídas por
falta de força no orbicular do olho.
49
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XLII
BP. SINTOMATOLOGIA
Dor genital.
50
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XLIII
C. SINTOMATOLOGIA
Dor ao longo do percurso do canal. Esta dor que provem do percurso superficial
do canal de T.M., oferece-nos os sintomas de enfarte; é perigoso, portanto,
confundir por essa similitude, um caso de enfarte com um desequilíbrio do
canal T.M.
51
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XLIV
ID. SINTOMATOLOGIA
52
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XLVIII
B. SINTOMATOLOGIA
53
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XLVI
Dor na base do pé, flexor curto dos dedos e /ou abdutor do primeiro dedo.
Dor na face interna da perna, zona do longo flexor dos dedos, solear, gémeo
interno, semimembranoso e recto interno. Pode haver dores no baixo-ventre que
irradiem ao cóccix ou também às costas, parecidas às produzidas por transtornos
da coluna, mas neste caso paralelas, isto é, ao largo dos músculos grandes dorsais
e dos trapézios.
54
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XLVII
MC. SINTOMATOLOGIA
55
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XLVIII
56
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: XLIX
VB.SINTOMATOLOGIA
Dor costal desde a linha mamilar até aos músculos dorsais (caixa torácica).
57
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: L
F. Sintomatologia
• Dor no primeiro dedo do pé, por vezes irradiando para o maléolo interno.
• Dores ao longo do bordo tibial interno, podendo chegar ao joelho e face interna
da coxa. O duplo laço que o M.P. do F. e seu M.T.M. projectam sobre os genitais
externos pode provocar, se existe plenitude local, um estado de erecção ou
inclusive priapismo, ou calor (excitação vaginal) ou prurido ou ainda
impotência, insensibilidade ou frieza em caso de vazio.
58
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Referências Bibliográficas
Bie significa: distinto, outro. [Voltaremos a ver este nome, nos meridianos distintos
(Jing Bie)]. Os Vasos Luo ou “Bie Luo” (literalmente, “Luo Distintos”), designam as vias
energéticas que emanam do ponto Luo dos 12 Meridianos principais e dos vasos
reguladores (Renmai e Dumai). Os vasos Luo são ramificações energéticas que
poderíamos chamar de segunda ordem (vasos secundários). Para fazer uma
comparação podemos expor o seguinte exemplo: Li Ienn (1575) define, assim, os vasos
Luo: os meridianos principais Jing, são ruas principais, cujas ruas secundárias são os Luo (I Sio
Tsou Menn).
São vasos que têm como ponto de partida o ponto Luo dos meridianos principais e
que, segundo a natureza do seu percurso, podem ser de dois tipos:
Assim sendo, do ponto Luo de cada meridiano principal partem dois vasos
secundários:
Luo Longitudinal
Luo Transversal.
O nome dos vasos secundários, não se faz no sentido pejorativo do termo, embora, até
aproximadamente 1973, só se falava, de meridianos principais, Renmai e Dumai.
59
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Através do primeiro livro de energética do Dr. Van Nghi, no ano de 1972, começou-se a
estudar pela primeira vez, em profundidade, todos os meridianos secundários.
Vamos dedicar uns parágrafos aos pontos Luo e Shu-Yuan, porque no decorrer do
estudo dos vasos Luo serão de grande importância.
Estes pontos vêm na sua totalidade no quadro dos pontos de comando, salvo o ponto
Luo de RM., 15RM. (Jiuwei), do DM., 1 DM. (Changqiang), do colateral maior de BP., 21
BP. (Dabao) e do E., 18 E (Rugen).
Segundo Fundamentos: dos canais que têm relação interior e exterior e das
perturbações das zonas por onde circulam.
60
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Os pontos Luo (enlace) dos 12 meridianos principais estão indicados nas síndromes dos
“meridianos relacionados externo - internamente”. Obviamente, estes pontos vão ser
usados nas perturbações energéticas destes vasos Luo.
Cada um dos 12 meridianos principais tem um ponto Yuan (Fonte) nas extremidades onde se
retém o Qi original. Os pontos Yuan dos canais Yin coincidem com os pontos Shu dos 5
pontos. A maior parte dos pontos Yuan estão localizados na proximidade do punho ou
do tornozelo.
Os pontos Yuan são indicados para síndromes Xu e Shi (vazio e plenitude) dos órgãos
aos quais pertencem respectivamente.
O ponto yuan é um ponto de cruzamento, a energia quando chega a estes pontos detém-se um
pouco e não se limita simplesmente a passar, a sua função é um pouco comparável à do TA.
(considerado como entranha).
Se o enfermo apresenta sintomas de afectação de um vaso secundário, sem que haja modificação
no pulso Rang yin (pulso esquerdo, pulso do Yang), ou de Tsri Hao (pulso direito, pulso do
yin), puntuaremos simplesmente os pontos dos vasos secundários.
61
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Segundo Nguyen Van Nghi são o lugar de chegada de um vaso Luo Transversal, como
vimos. Segundo Kespi, este último é pouco provável e opina o mesmo que A. Vaubert,
que se terão misturado noções fisiológicas e terapêuticas pois, para além de punturar o
ponto Luo contrário, pode chamar-se por ponto Yuan à energia central para reforçar o
meridiano afectado, o que não quer dizer que um vaso secundário os una.
62
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Referências Bibliográficas.
Nei Jing Ling Shu dedicou parte do capítulo dez aos Luo Longitudinais, em que
descreve o sue trajecto, sintomatologia e tratamento. No nosso entender, nesse capítulo
vêm misturados Luo Longitudinais e Luo Transversais. Notamos também que não faz
referência ao trajecto dos Luo Longitudinais do R , B
63
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Recapitulando:
64
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE P.
Trajecto:
Nasce no ponto 7P (Liequé), dirige-se à palma da mão, passa pelo bordo interno
da eminência tenar, ramifica-se na palma da mão e finalmente une-se ao meridiano
principal de IG., no índice, no ponto 1 IG (Shangyang).
Sintomatologia:
Sinais de plenitude: palma das mãos quentes.
Sinais de Vazio: tosse, bocejos, urinar frequentemente (poliúria).
65
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Função:
A sua sintomatologia Yang comanda energeticamente a mão, cuja relação com o mundo
exterior é evidente. Completa assim a acção dos Luo do TA(cotovelo) do ID (membro
superior) e da VB (pé), sendo o pé, o homólogo da mão no membro inferior.
Sintomatologia Yin: segundo Kespi os bocejos indicam que o 7P (Liequé) responde ao TA
médio. O TA que se ocupa da manutenção da vida pela alimentação e pela respiração,
é um dos meios de intercâmbio com o exterior; cada uma das suas três zonas é
comandada, entre outros, por um Luo Longitudinal, a zona do TA médio é comandada
pelo 7P (Liequé).
66
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LI
M. Luo de P. (Tsou Taiyin Luo)
67
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Trajecto:
Desprende-se do ponto 6 IG (Pianli), sobe ao longo do membro superior, passa no
ombro (segundo Chamfrault e Van Nghi, ao 15 IG (JianYu)), passa pelo maxilar
inferior, ramifica-se nos dentes, penetra na orelha, e dali vai até aos pulmões.
Não parece lógico que o ramo que penetra nos pulmões esteja em último lugar no
trajecto. Van Nghi propõe nos seus esquemas um trajecto mais lógico: este Luo
Longitudinal, desde o 15 IG (Jianyu) dirige-se até à zona subclavicular, onde se
dividiria em dois ramos:
1º Descendente que penetraria nos pulmões;
2º Ascendente que percorreria o pescoço e experimentaria uma nova
bifurcação alcançando o maxilar por um lado e o órgão do ouvido por
outro.
Sintomatologia:
Sinais de Plenitude: dores de dentes e gengivas, surdez;
Sinais de Vazio: sensação de frio nos dentes e gengivas, dores no peito e pressão
torácica.
Função:
Este trajecto e esta sintomatologia indicam-nos que este Luo Longitudinal é o
responsável pelos orifícios:
Ouvido: (trajecto mais sintoma “surdez”).
Boca: (trajecto mais sintomas “dentes e gengivas”).
O tronco está dividido em duas partes: o abdómen e o tórax. O abdómen (yin) está
particularmente dedicado à alquimia interna (metabolismo) do homem, enquanto que
o tórax (yang) porque está situado mais acima, tem uma função mais rítmica e
relacional com o cosmos.
A parte relacional, o tórax, é comandada pelo ponto 6 IG (Pianli). Convém, por
exemplo punturar este ponto nas plenitudes do peito cuja sintomatologia é: pressão
torácica, dores, cefaleias, vertigens, alterações de visão, pois a energia do alto do corpo
não pode penetrar no peito em plenitude.
68
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LI I
M. Luo de IG. (Tsou Yangming
Luo)
69
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDDINAL DO E.
Trajecto:
Parte do ponto 40E (Fenglong), ascende seguindo a face Antero-externa da perna, sobe
pela parte anterior do tronco, ramificando se no pescoço e cabeça, conectando-se com
outros meridianos.
Segundo Kespi, Chamfrault e Van Nghi: alcança o pescoço, ascende ao vértex, onde se
une com o 20 DM (Baihui) e desce pela face até à garganta.
Sintomatologia:
Sinais de Plenitude: loucura (alterações mentais);
Sinais de Vazio: falta de força ou atrofia muscular das pernas;
Sinais de perturbação de energia: amigdalites, perda súbita de voz.
Função:
Acabamos de ver que influencia a relação anímica do homem no exterior. Temos
pois, que punturar sistematicamente em todo o ser não adaptado ao mundo
exterior.
O mundo exterior é aqui contemplado no sentido pejorativo. Podia-se referir ao
indivíduo rebelde ou não adaptado.
Comanda também a garganta, encruzilhada energética situada à frente da
coluna cervical e que une as energias da cabeça e tronco. A sua acção estende-se
à fonação (perda repentina da voz), completada pelo Luo de C que rege a
locução.
Induz a actividade dos membros inferiores enquanto o Luo Longitudinal do ID
comanda os membros superiores.
70
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LIII
M. Luo de E. (Zu Yangming
Luo)
71
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE BP
Trajecto:
Nasce no ponto 4 BP (Gongsun), segue o trajecto do meridiano principal e, uma vez no
abdómen penetra em profundidade ramificando-se no estômago (E) e intestino grosso
(IG).
Sintomatologia:
Sinais de plenitude: dores muito vivas nos intestinos (cólicas intestinais).
Sinais de vazio: Aumento do volume intestinal;
Sinais de perturbação de energia: sensação de que a energia sobe até ao
cimo do corpo, transtornos intestinais coleriformes.
Função:
Este Luo tem sob a sua influência o tracto alimentar a nível do E, do ID e do IG, ou
canal interno.
72
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LIV
M. Luo de BP. (Zu Taiyin Luo)
73
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE C
Trajecto:
Parte do ponto 5C (Tongli), ascende pelo braço seguindo o trajecto do meridiano
principal do MC, chega ao tórax e penetra em MC, ascende até à língua (Chamfrault,
Van Nghi e Kespi dizem que até à sua base) e por último chega aos olhos (Ling Shu não
especifica mais).
Sintomatologia:
Sinais de Plenitude: Segundo Ling Shu: mau estar e dor fulgurante no diafragma,
segundo Kespi: plenitude da região do diafragma (Huang), mau estar e dor fulgurante
no peito.
Sinais de vazio: impossibilidade de falar.
Função:
Deduzimos destas noções três funções deste Luo:
Tem sob a sua dependência o orifício do olho (trajecto);
Tem influência sobre a língua (trajecto), não tanto como órgão do paladar,
mas sim como suporte de palavra (sintomatologia);
Tem influência no diafragma, separação entre o tórax (aqui zona de
intercâmbio com o exterior) e o abdómen (local dos metabolismos).
74
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LV
M. Luo de C. (Tsou Shaoyin
Luo)
75
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE ID
Trajecto:
Parte do ponto 7ID (Zhizheng), seguindo o meridiano principal do ID, chega ao
cotovelo e sobe ao ombro, onde se ramifica e se une ao ponto 15 IG (Jiangu) e logo se
dirige ao MC (Ling Shu diz que ao C, mas não é possível que uma via secundária chegue ao C)
Sintomatologia:
Sinais de plenitude: rigidez nas articulações do cotovelo e do ombro.
Sinais de vazio: nódulos a nível da pele. Segundo Rustan, articulações frágeis e pouco
estáveis, cotovelo e braço débeis.
Função:
Com este trajecto e esta sintomatologia yang, os textos chineses indicam-nos que o Luo
Longitudinal de ID controla o membro superior. O aparelho locomotor é um dos
modos de comunicação com o mundo. A mão e o punho não estão sob sua influência,
pois apenas são mencionados o cotovelo, o ombro e o braço. A sintomatologia Yin
varia bastante segundo os autores, apesar de um ponto em comum, a pele: acne,
pústulas, furúnculos, verrugas… são citadas. Estas divergências não são importantes
posto que todas nos indicam que este Luo Longitudinal comanda esta forma de
contacto que é a pele.
Não é necessário distinguir se são “urúnculos ou verrugas”, o importante é que estes
dois termos definem a mesma noção, a pele.
76
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LVI
M. Luo de ID. (Tsou Taiyang
Luo)
77
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DA B.
Trajecto:
Ling Shu não refere nada a seu respeito.
Parte do ponto 58 B (Fei Yang), seguindo o meridiano principal, chega à nuca, contorna
o crânio, alcança a cara e passa pelo ângulo interno do olho, segundo Kespi, o nariz e a
boca, segundo Van Nghi.
Sintomatologia:
Sinais de plenitude: obstrução nasal, cefaleia e dor na escápula.
Sinais de vazio: rinorreia, epistáxis.
Função:
Este Luo Longitudinal, comanda:
O orifício do nariz (rinorreia, epistáxis) e talvez a faringe.
Tem influência na cabeça (trajecto e sintomatologia). A cabeça permite ao
homem situar-se no mundo exterior, é a base dos sete orifícios, do cérebro,
do equilíbrio, dos sentidos, da expressão.
78
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LVII
M. Luo de B. (Zu Taiyang
Luo)
79
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE R
Trajecto:
Ling Shu não mencionou o seu trajecto. Segundo Chamfrault, Van Nghi e Kespi parte do
ponto 4R (Dazhong), segue ao longo do meridiano principal, chegando por baixo do
MC. Penetra no peito e reaparece por trás da coluna lombar, a nível da 8ª dorsal
aproximadamente.
Sintomatologia:
Sinais de plenitude: não pode defecar nem urinar;
Sinais e vazio: dor na região renal (lombalgias);
Sinais de perturbação da energia: moléstias no peito.
Função:
Rege o segmento lombar da coluna vertebral (sintomatologia yin) e o TA inferior
(sintomatologia Yang).
80
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LVIII
M. Luo de R. (Zu Shaoyin
Luo)
81
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE MC
Trajecto:
Parte do 6MC (Neiguan), segue ao longo do meridiano principal, chega ao tórax e
penetra no MC. A sintomatologia deste vaso faz pensar que haveria um ramo que
ascenderia até à região cervical (só é mencionado por Lasvi).
Sintomatologia:
Função:
A ráquis faz parte do aparelho locomotor. Está pois sobre a influência dos Luos
Longitudinais tanto globalmente (Luo Longitudinal de DM) como em cada um dos
seus três segmentos: cervical, dorsal e lombar. O segmento cervical, a nuca, é
governado neste plano pelo 6 MC.
82
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LIX
M. Luo de MC. (Tsou Jueyin
Luo)
83
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE TA
Trajecto:
Parte do ponto 5 TA (Waiguan) e sobe ao longo do meridiano principal:
Segundo Chamfrault e Van Nghi chega ao centro do peito e une-se ao MC no
ponto 17 RM (Shanzong)
Segundo Ling Shu é expulso de dentro do peito.
Sintomatologia:
Sinais de plenitude: Contratura do cotovelo;
Sinais de vazio: lassitude na articulação do cotovelo.
Função
Este Luo comanda a articulação do cotovelo.
84
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LX . M. Luo
de TA. (Tsou Shaoyang Luo)
85
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE VB
Trajecto:
Ling Shu não menciona o seu trajecto. Segundo Chamfrault, Van Nghi, Kespi e Royston,
parte do ponto 37 VB (Guangming) e desce até à face dorsal do pé de onde se ramifica.
Sintomatologia:
Sinais de plenitude: pernas e pés gelados. Kespi diz, “se o caso é grave existe perda de
consciência”.
Sinais de vazio: debilidade das pernas com impossibilidade de andar.
Função
É o único, juntamente com o Luo Longitudinal de BP que atinge a extremidade distal
do membro inferior. Este Luo comanda o pé, como o 7P (Liequé) e comanda a mão.
Prece, além disso, estar relacionada com o consciente. Com efeito, o consciente é uma
das condições de comunicação com os outros. Perder a consciência é romper com o
mundo em todos os seus planos que não sejam os da vida vegetativa. Este consciente,
parece relacionar-se com o Luo de VB.
86
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LXI
M. Luo de VB. (Zu Shaoyang
Luo)
87
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE F
Trajecto:
Parte do ponto 5 F (Ligou), sobe ao largo do meridiano principal e chega aos genitais
externos onde se ramifica.
Sintomatologia:
Sinais de plenitude: inflamação dos genitais externos, erecção violenta e dolorosa.
Sinais de vazio: comichão ou prurido nos genitais externos (escroto e pénis ou vulva e
clítoris).
Sinais de perturbação de energia: escroto brutalmente inchado.
Função:
Comanda os órgãos genitais externos que permitem um contacto sexual. Não se trata,
de órgãos profundos, de envoltura pelviana, de aparelho genital, unicamente são
mencionados os modos de contacto, os aparelhos que, por serem externos, asseguram
os intercâmbios.
88
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LXII
M. Luo de F. (Zu Jueyin Luo)
89
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
GRANDE LUO DE BP
Trajecto:
O meridiano principal do BP tem no seu currículo, além do Luo Longitudinal comum,
um vaso chamado Grande Luo do BP.
Segundo Ling Shu: nasce no ponto 21 BP (Dabao) (grande envoltura). Consiste num
conjunto de capilares que se ramificam pela frente sobre as costelas e por todo o corpo.
Por conseguinte, comunica com todos os Luo e o seu papel é controlar a totalidade da
rede Luo (Chamfrault e Van Nghi). Os capilares de que é constituído o Grande Luo de
BP alimentam, com líquidos orgânicos provenientes do estômago, todas as partes do
corpo.
Função:
O seu papel é controlar o conjunto da rede Luo e todas as articulações. É necessário
punturá-lo em todas as lesões articulares generalizadas (actua sobre a metade do corpo
do mesmo lado) e em caso de perturbação global dos Luo, pois, segundo Soulié de
Monart: une e harmoniza o alto e baixo, a direita e a esquerda, o interior e o exterior, à
frente e atrás. O que significa, que governa todas as relações Luo no interior do homem
e todos os contactos com o mundo exterior. Também responde ao 34VB (Yanglingquan),
ponto He dos músculos.
90
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LXIII
M. Gran Luo de BP. (Dabao
Luo)
91
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Começa no E. atravessa o diafragma para se unir aos pulmões e sair debaixo do seio
direito, no ponto 18E (Rugen), onde se ramifica.
O trajecto que lhe atribui Van Nghi começa no E, atravessa o diafragma, passa por
17RM (Shanzhong), ponto de concentração dos pontos Luo ou vasos secundários e une-
se ao P, passa ao C e volta a sair no ponto 18 E (Rugen).
Segundo Nei jing Su Wen, pelos movimentos do 18 E examina-se o “Tong Qi” (energia
Vital):
Se os movimentos são muito fortes, rápidos e ofegantes (como na dispneia) e
intercalados com paragens, é sinal de lesão do 17 RM (Shanzhong),
Se os movimentos têm um aspecto de pulso amarrado, lento, por vezes com
paragens, que é sinal de concentração ou de atraso de energia do interior, cuja
corrente energética se desvia ao longo do espaço intercostal, é sinal de acumulação
energética.
Sem latido e sem movimento de chegada (T’chi) é a morte.
Às vezes o latido deste pulso é tão intenso que se nota por baixo da roupa, é sinal de
libertação do Tong Qi, é a morte.
Segundo Wai Ping, Tong tem o sentido de venerável, nobre, principal, origem.
Por outras palavras o Tong Qi representa a origem da energia circulante nos 12
meridianos principais. É pois o Qi (energia pura) dos cereais, acumulada no peito
regendo o sistema King Luo. Nós interpretamos o Tong Qi como a energia que
impulsiona os movimentos cardíacos, e, portanto a energia que elaborada por P circula
pelas vias sanguíneas juntamente com o sangue, sendo a energia do sangue.
Esta via une a humidade de BP e E ao fogo ministerial, com o objectivo de manter o
equilíbrio do Yin-Yang de C, impedindo assim que o fogo cardíaco chegue a ser muito
elevado.
92
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Esta via, em condições normais está fechada e só se abre quando há patologia. Van Nghi
denomina-a por “via tenebrosa”.
Ling Shu no capítulo 81, fala da relação entre o ponto 17 RM (Shanzhong), e o 17E
(Ruzhong): o abcesso situado no peito, na região de 17 RM é extremamente grave pois o
E. pode estar afectado e a morte pode ocorrer em sete dias.
Sintomatologia:
Dor no epigastro e no ponto 17RM (Shanzhong), com dificuldade
respiratória.
Dor precordial, especialmente no sexto espaço intercostal
[aproximadamente 18E (Rugen)], que se localiza no quinto espaço
intercostal, com irradiação até 17 (Shanzhong)].
ESQUEMA: LXIV
M. Gran Luo de E. (Rugen
Luo)
93
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
LUO LONGITUDINAL DE DM
Trajecto:
Parte do ponto 1 DM (Changqiang), contorna a coluna vertebral, chega ao pescoço,
difunde-se na cabeça, desce ao ombro e à omoplata e comunica com o meridiano
principal da B, e volta a descer à região renal e genital (relacionando-se segundo
Chamfrault com o meridiano de RM e DM).
Função:
Tem influência em toda a coluna vertebral, temos que punturá-lo em todas
as afecções vertebrais.
Comanda também a cabeça. Completa os Luos Longitudinais do E e B: e
controla-a globalmente actuando na antena que nos situa no mundo
(“vertigens” e “cabeça tenebrosa”).
Este Luo de DM controla as nossas relações mais Yang (o meridiano de DM é o mais
Yang do corpo) com o mundo exterior e com os mundos exteriores mais yang (os
mundos subtis).
94
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LXV
M. Luo de DM. (Dumai Luo)
95
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Função:
Este Luo controla pois a parede abdominal, sendo complementado pela acção do Luo
do IG que corresponde ao peito.
Peito e parede abdominal constituem o invólucro das vísceras e protegem-nas do
contacto com o mundo exterior.
Este Luo tem uma função muito mais importante, primeiramente porque pertence ao
RM, que resume todos os Yin do corpo, logo pelo papel do 15 RM (Jiuwei) cujo segundo
nome é “depósito do Shen” e porque as indicações ultrapassam muito amplamente a
parede abdominal, pois intervém nos “esgotamentos físicos, psíquicos e intelectuais”,
as alterações de consciência, sexualidade e nas “convulsões e epilepsia”. É também
considerado ponto de acção especial nas gorduras sem que seja específico para estas
funções.
Pode deduzir-se que este Luo comanda globalmente a expressão do homem no mundo
exterior; o 15RM controla a origem, o central, o mais profundo do ser.
96
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LXVI
M. Luo de RM. (Renmai Luo)
97
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Nas alterações dos Luo Longitudinais temos que considerar o estado de vazio ou de
plenitude do mesmo.
Há pois dois estados a considerar:
1º PLENITUDE DE UM LUO LONGITUDINAL
• Mecanismo de plenitude
A energia perversa não ataca os vasos Luo mas, quando a energia do corpo se
debilita produz-se como vimos nos MTM: Luo + energia perversa = plenitude.
Via secundária em plenitude = Via principal em vazio
O Vaso Luo em plenitude é a causa da presença da energia perversa.
• Diagnóstico
Esta plenitude manifesta-se, por um lado, pela sintomatologia própria de cada
vaso Luo, e por outro lado, pela sensibilidade do ponto Luo correspondente
que se pode constatar por um edema local com dor à palpação.
• Tratamento
Punturar o ponto Luo em puntura indiferente.
2º VAZIO DE UM LUO LONGITUDINAL
• Mecanismo de vazio
Quando a energia perversa, estando no Luo Longitudinal, progride em
profundidade, deixa o Luo em estado de vazio de uma forma transitória e
produz-se:
Meridiano principal ou meridiano distinto + energia perversa =
plenitude.
Luo longitudinal = vazio
O Luo Longitudinal fica em vazio, uma vez, que a energia perversa penetra no
meridiano Distinto ou no meridiano Principal.
• Diagnóstico
Este vazio manifesta-se seguindo por um lado uma parte da sintomatologia
própria de cada vaso Luo e por outro lado, dado que o Luo longitudinal está
em vazio, o ponto Luo está forçosamente em estado de vazio, o que se
manifesta por depressão do ponto Luo à palpação.
98
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
• Tratamento
Seundo Van Nghi e Chanfraut:
Não se deve punturar o ponto Luo correspondente, mas sim o ponto Shu-Yuan de
absorção correspondente e, ao mesmo tempo tonificar o ponto Luo do meridiano
acoplado.
Técnica de Kespi:
Tonificar o ponto Luo do meridiano principal correspondente. Pode-se
adicionalmente tonificar o ponto Shu-Yuan do meridiano principal correspondente,
para reforçar todos os movimentos de energia que comprometem o Luo e que se
reúnam sobre este meridiano.
Segundo Ling Shu (capítulo XI):
“Quando estes pontos (Luo) dos 15 vasos secundários estão em plenitude, observa-
se pelo aspecto dos capilares junto do ponto do vaso secundário. Se está em vazio
estão escondidos e são invisíveis.
Se são invisíveis, teremos que tratar de forma oposta, punturar em baixo quando a
afecção está em cima, punturar os pontos dos vasos secundários dos meridianos
Yang se a enfermidade é Yin e punturar os pontos dos vasos secundários dos
meridianos Yin se a enfermidade é Yang”.
99
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
100
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
4) A pele:
Responde ao Luo Longitudinal do Shou Taiyang 7 ID (Zhizheng), a punturar
sistematicamente em todos os problemas cutâneos que estejam relacionados
com o exterior, alergias, eritemas…
5) O peito e a garganta:
Anatomicamente e energeticamente são duas zonas de contacto e de
intercâmbios com o exterior.
101
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
6) A nutrição:
Os intercâmbios materiais (assimilação e desassimilação) e os contactos
energéticos (respiratórios e geocósmicos) são necessários como meio para
conservarmos o Zhong (a energia genética) e fazer possível o projecto humano
da sobrevivência e procriação.
Na manutenção destas duas funções intervêm vários Luos Longitudinais, e
assim o Luo do C – 5 C (Tongli), função média de nutrição material ou
intercâmbio telúrico, esta noção denomina-se Huang. A alimentação (huang)
realiza-se:
A) Pelo umbigo, durante a vida uterina, representada pelos pontos 8 RM
(Shenque) e 16 R (Huang-shu).
B) Pelo seio, depois do parto, representado pelo Grande Luo do E., 18 R
(Rugen) e 51 B (Huagn-men);
C) Pelo MC., na vida autónoma, representado pelos pontos 17RM
(Shangzhong) e 43 B (Gao-Huang).
D) Pela sexualidade, intercâmbio material ou físico do sentimento procriador,
regido pelos pontos 4 RM (Guanyuan) e 53 B (Bao-Huang).
102
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
CONCLUSÕES
Os meridianos são centro de ressonância de todas as actividades físicas ou energéticas,
somáticas ou psíquicas, internas ou externas do homem.
103
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
104
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
2) Coluna vertebral
globalmente 1DM (Changqiang)
lombar 4R (Dazhong)
cervical 6MC (Neiguan)
dorsal: MTM de B.
3) Cabeça
Globalmente 1DM (Changqiang)
Energeticamente 58B (Feiyang)
Psiquicamente 40E (Fenlong).
4) Orifícios
Nariz 58B (Feiyang)
Boca 6IG (Pianli).
Olho 5C (Tongli)
Orelha 6IG (Pianli).
6) Zonas de contacto
Peito 6IG (Pianli)
Garganta 40E (Fenglong)
Parede abdominal 15RM (Jiuwei)
Diafragma 5C (Tongli).
7) Nutrição
TA. Superior 6MC (Neiguan)
TA. Médio 7P (Liequé)
TA. Inferior 4R (Dazhong)
Contacto alimentar 4BP (Gongsun)
Função Huang 5C (Tongli).
8) Comunicação
Palavra: evocação 5C (Tongli)
Fonação 40E (Fenglong)
Genitais externos 5F (Taichong)
Consciente 37VB (guangming)
Comando global da expressao 15RM (Jiuwei).
105
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
106
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
midades estão conectados com o pericárdio (MC) através destas vias internas energo-
neurológicas.
Quando há uma plenitude no MC e não há drenagem suficiente através das janelas do
céu, esta energia brota desde o interior até ao exterior em forma de calor, estimulando
vias nervosas denominadas como Luo Segmentários. Desta forma, aparece a neuralgia
e a dor reflexa ao nível das extremidades, da caixa torácica, face, etc.
O MC é um órgão perfeitamente simétrico. Há dois MP do E, dois MP do C, etc. isto
indica, que embora fisicamente sejamos assimétricos, energeticamente somos
simétricos. A lei da simetria, indica que os dois hemicorpos do MC têm uma acção
independente, ainda que entre si estejam relacionados. Há um MC Yin e outro Yang.
Há um MC emocional e outro de relação com o meio cósmico. A homeostasia interna
(relação humana) realiza-se com o MC direito, enquanto a homeostasia cósmica é
realizada pelo MC esquerdo (a parte esquerda é Yin em relação ao lado direito que é
Yang).
Quando um factor patógeno penetra por um lado do MC, produz-se uma resposta no
outro lado, que trata de evitar a contaminação. Isto produz uma reacção de plenitude
no hemicorpo que naõ foi atacado, que pode ser superior à plenitude produzida pelo
agente patógeno. A dor manifesta-se no lado de defesa, não do lado onde penetrou o
factor patógeno.
Desta forma, o factor Xie (factor patógeno) produz um Shi Xie (plenitude patógena) no
hemicorpo atacado. No hemicorpo contralateral produz-se um Shi Zheng (plenitude
antipatógena), como resposta lógica do hemicorpo que não quer ser contaminado. O
Shi Zheng pode ter uma intensidade superior ao Shi Xie, pelo que, embora doam os dois
lados, o lado mais doloroso encobre o lado de menor dor.
107
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Tratamento:
Os procedimentos a seguir no tratamento dos MD são os seguintes:
1. 6 MC (Neiguan) bilateral. Ponto-chave do Yin Wei, defesa interna. Este ponto
regulariza os MD.
2. Puntura contralateral à dor;
3. Técnica de planos do lado doloroso.
NEURALGIA
JING JIN JING BIE
TENDINOMUSCULARES TRAUMÁTICA DISTINTOS IDIOPÁTICA
Mais aguda durante o dia Mais agulha durante a noite
Dor não sequencial Dor sequencial
Mais reactiva ao factor ambiental que ao Mais reactiva ao factor emocional, que ao
emocional ambiental. Tem relação com o M.C.
Não existe relação com o interior Provoca alterações na intensidade e ritmo
cardíaco.
TRATAMENTO
Tendinomusculares do lado doloroso Distintos do lado oposto
108
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ling Shu (Cap. XI) descreve o seu trajecto. Para os Meridianos Distintos (MDs) Yin são
menos precisos que para os MDs Yang. Os Yin seguirão o mesmo trajecto que os Yang.
Su Wen no capítulo LXIII segundo a versão de Chamfrault e Van Nghi dedicam cinco
parágrafos referentes aos Mds.
1. A energia perversa encontra-se nos meridianos principais: a puntura dos pontos destes
meridianos deve de ser feita obrigatoriamente no lado enfermo.
2. A energia perversa encontra-se nos meridianos secundários “distintos”; a puntura do
lado enfermo não é obrigatória.
3. Sinais e tratamento dos meridianos distintos.
4. Recordar os percursos dos distintos.
5. A “punção do lado oposto” deve aplicar-se em todos os casos de manifestação
“intermitente” e em todos as “falsas evoluções” da energia perversa. A utilização dos
pontos Jing-Pozo (primeiro ponto antigo) e dos pontos dolorosos é obrigatória.
Como vemos, os itens 2,3 e 4 ocupam-se, respectivamente, do trajecto, sistomologia e
tratamento dos MDs.
Segundo J.M.Schatz – este capítulo concerne aos Luo Transversais, mas, é apenas o cap.
XI do Ling Shu, o que se ocupa dos MD.
II) GENERALIDADES
É mérito de Chamfrault e Nguyen Van Nghi terem atraído a atenção dos acupunctores
sobre os MDs, o que permitiu compreender muitos aspectos da clínica quotidiana.
Nome:
Os chineses conhecem-nos pelo nome de Jing Bie, Jing (Ching, King) que significa
“meridiano”. Bie (Pie) [R.] 4014, [C.] 332.- significa: “diferente, outro, distinto, separar,
etc”.
Logo “Jing Bie” poder-se-ia traduzir, de forma justificada, como “Meridiano Distinto”.
Os autores europeus conhecem-nos por diferentes nomes:
• A.Duron, Ch.Laville-Mery e J.Borsarello chamam-nos “ colaterais”, pois
cada MD é, de facto, colateral do MP do mesmo nome.
• J.C Darras chamam-os de “meridianos de controlo central”.
• Outros autores chamam-no de “divergentes”, pois separam-se do MP ao
nível de uma grande articulação.
109
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Número:
São vasos secundários que partem dos MPs (Jing Mai). A cada MP corresponde um MD
que tem o seu nome, logo no total existem doze MDs (bilaterais).
Nomenclatura:
A cada MP corresponde um MD. São, portanto doze, repartidos por pares, da seguinte
forma:
1ª Cúpla: B - R
2ª Cúpla: VB – F
3ª Cúpla: E – BP
4ª Cúpla: ID – C
5ª Cúpla: TR – MC
6ª Cúpla: IG – P
Características principais:
São meridianos secundários;
São ramos colaterais dos MPs;
O seu sentido é centrípeto;
Estão acoplados por o Biao-Li (exterior – interior);
Transportam três tipos de energia;
E.Wei: são vias defensivas endógenas;
E. Rong: são vias menores nutricionais;
Segundo Lebarbier e J.C Darras transportam prioritariamente a energia Shen o
“psicoinformativa” (Psi), e nós estamos de acordo com eles.
110
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Início: cada MD nasce do MP do mesmo nome (homónimo) (já vimos que são
ramas secundárias ou colaterais dos MPs) que partem, em geral, à altura
das grandes articulações (coxofemural e escápulo-umeral), salvo duas
excepcões;
• MD do F: nasce no 5 F (Ligou) (ponto Luo do qual parte também o Luo
longitudinal e transversal do F);
• MD do TA: inicia-se no 20 DM (Baihui);
Uniões: cada MD une-se ao seu acoplado no ponto de reunião inferior. Há
excepções: as duplas 5 e 6 para alguns autores a 4, não têm ponto de
reunião inferior, seguindo ambos um trajecto paralelo e acabando por
penetrar profundamente no tronco, alcançando o órgão ou víscera
correspondente.
Relação: cada MD relaciona-se com o seu órgão ou víscera correspondente e
também com o(a) do seu acoplado: quando o MD é Yang, primeiro vai
ao órgão (Zang) e a seguir à víscera ( Fu) e, vice-versa quando o MD é
Yin.
Conexão: cada dupla do MD circula obrigatoriamente por uma zona de
passagem média, onde se relaciona com o MC., para se ligar
posteriormente à região cefálica;
Saída: na zona do pescoço (janelas do céu), da face da nuca para se lançarem
exclusivamente nos MPs Yang da cabeça:
• Emergem à superfície, no pescoço, a cujo nível desembocam tanto os
MDs Yin como os MDs Yang , que se podem considerar como os pontos
de reunião superiores, que são pontos janelas do céu. Para os pares dos
MD 1º,5º e 6º estes pontos finalizam o trajecto;
• Os pares dos MDs 2º,3º4º não finalizam nos pontos anteriormente
citados, continuam para cima e descarregam a nível cefálico, nos pontos
que se poderiam considerar, pontos de reunião superior secundários.
Estes pontos vão estar sempre sobre um M.P.Yang. Logo um MD Yang vai sempre
desembocar na cabeça sobre o MP Yang donde partiu. Ao contrário, um MD Yin não
retorna ao MP Yin donde partiu, mas une-se ao MD Yang acoplado levando muitas
vezes um trajecto paralelo, para desembocarem ambos no MP Yang acoplado na
cabeça.
111
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Assim os MD Yin e Yang desembocam exclusivamente nos MPs Yang, o que seria de
esperar, pois na cabeça e pescoço e, a este nível só há MPs Yang
• anastomose: por último todos os MDs se relacionam com o 20 Dm (Baihui: “cem
reuniões”) situado no cimo do crânio onde se faz a ligação entre os Yin (dos
Homens) e os Yang (do céu).
Segundo NVN o 20 DM (Baihui) recebe a energia de todos os vasos secundários
provenientes dos MPs Yang das mãos e dos pés.
No quadro seguinte, relacionam-se as zonas de união com os Meridianos Principais.
III) FISIOLOGIA
112
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Se por acaso uma energia perversa exógena, penetra no interior do organismo, esta
comporta-se como um factor patógeno endógeno e os M.Distintos lutarão contra ela.
4. Transportam fundamentalmente energia Wei, mas levam também energia Rong
a determinadas áreas anatómicas (como a cabeça) que não recebem
directamente, o aporte dos MPs Yin.
Falaremos, posteriormente, da fisiologia das energias Rong e Wei dos MDs.
5. Reforçam a acção do MPs: os quais posuem não só um sistema directo de
interrelação órgão-viscera nas mãos - pés, mas também um sistema indirecto de
união com as outras partes do corpo por intermédio dos MDs.
113
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Desta forma, mesmo que se detenham na garganta, os MPs Yin (excepto o F), podem,
graças aos MDs, ter uma influência sobre a cabeça e face, atendendo aque nestas
regiões só circulam os Yang.
Dito de outro modo, os MPS Yang na cabeça recebem energia Rong e Wei dos MDs
Yin.
Todos os Yang cruzam-se na região cefálica. O crânio é um lugar de reunião de todos
os Yang do corpo, e se só há Yang não existe o intercambio, relação,… a vida. Devemos
ter a associação Yin- Yang para ter produção e transformação. Os meridianos distintos
levam a parte Yin ao crânio. Embora não somente haja Yin no crânio através dos
meridianos distintos, mas também, através do meridiano principal do Fígado que
acaba no 20 DM (Baihui) e os vasos reguladores.
7. As actividades fisiológicas de órgãos e vísceras dependem no só dos MPs e dos
Vasos Reguladores, mas também dos MDs.
114
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
O que significa que há duas zonas energéticas importantes, duas zonas de passagem:
• A garganta: zona de passagem entre o tórax e a cabeça.
• O coração: ou seja, a equivalente materialização do coração “centro” na
zona à qual se chama “plexo solar”, união entre o tórax e o abdómen.
Ling Shu:
Os MDs passam pelo coração, apoia a teoria de N.V.N
NVN e Chanfrault:
Todos os MDs passam pelo coração, salvo os MDs do IG-P (6ª dupla).
Kespi:
As 4 duplas dos MDs passam pelo “coração- solar”, a nível do plexo solar, e não pelo
coração - órgão embora o afirmem assim os textos*:
• A 5ª dupla (TA- MC) repercute sobre o “coração – órgão”;
• A 6ª dupla (IG- P) não passa por nenhum destes dois corações.
Embid:
Têm como função essencial levar a energia Rong dos meridianos principais Yin ao crânio, que só
é percorrido por meridianos principais Yang. Ademais, são responsáveis por levar a energia
defensiva Wei até à profundidade, onde não chegam os outros vectores desta energia (meridianos
tendinomusculares, que se mantêm à superfície).
115115115
2
Estamos em total acordo com esta hipótese.
115
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
O seu papel é defender o organismo de toda a agressividade externa e portanto, vêm-se obrigados
a funcionar constantemente, já que o homem se encontra exposto a estas agressividades.
Requena:
O MD é um sistema de derivação da superfície ao órgão, uma derivação que, de alguma forma,
corta o circuito do MP e assume em patologia, as afectações simultâneas superficiais e orgânicas.
Kespi:
Os MDs especificam as funções de relação com a profundidade e a cabeça, põem em relação as
funções profundas dos meridianos principais com os sentidos e os órgãos dos sentidos.
Faubert:
Não são as “ramas internas dos meridianos”, pois eles são igualmente profundos; mas
especificam as suas relações internas, o que é diferente.
É evidente que estas relações internas são múltiplas. As mais características, são as
relações com a profundidade do tronco e a circulação interna e a energia Wei,
defensiva. São pois as que são evocadas a propósito dos distintos, mas não são
limitativas.
A noção de relação com a profundidade do tronco evoca a interrelação das entranhas.
Compreende-se então, que os seus trajectos mencionem, antes de tudo, as funções
viscerais, mas há que discernir o que os clássicos querem significar com estes termos.
Especificam também as funções de relação dos meridianos principais com a cabeça, ou
seja, a relação com a face e os orifícios, o crânio e a circulação intracraniana, o cérebro…
É pois necessário que os MDs entrem em relação com os pontos “ Janela do Céu” pois o
seu papel é unir, energeticamente, a cabeça e o tronco.
Dadas as funções rítmicas destes meridianos, é normal que chegam à cabeça por
acoplados Biao –Li (exterior – interior). Participando na fisiologia interna da cabeça ao
mesmo tempo que exercem as suas diferentes actividades.
É necessário para entender fisiopatologia interna, sob o ponto de vista bioenergético,
estudar certos conceitos básicos sobre os Bie, que usamos no Tomo I. Por isso, e
independentemente da nossa opinião, que exporemos nas sínteses e conclusões
(hipóteses correlativas), oferecemos as opiniões que consideramos mais relevantes
sobre os seguintes conceitos:
116
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Requena:
Não existem em todos os meridianos.
Estão geralmente situados na região cefálica (no pescoço) e são válvulas de segurança que têm
tendência abrir quando há desprendimento da energia até à parte alta do corpo.
Quando a plenitude de energia se estanca na região cefálica, estes pontos podem opor-se à sua
circulação descendente. O meridiano está então alterado. Por estas razões, este ponto é chamado
também “ponto arterial”.
Um destes pontos está em relação directa com o seio carotídeo e está indicada a sua puntura nas
hipertensões arteriais. Com efeito, a plenitude da energia em território cefálico, que corresponde
à “tufarada” hipertensiva, pode provocar um acidente vascular cerebral. O ponto em questão é o
9 E (Renyin).
Lebarbier:
Determinado número de pontos situado pescoço e na base do crânio são chamados “pontos
Janelas do Céu”.
Constituem vias de passagem para a energia entre a cabeça e o corpo. Estas portas estão abertas
ou fechadas, todas as energias podem entrar ou sair: a energia ancestral, a energia Wei, a energia
Rong, a energia Shen e igualmente a energia patológica podem seguir estas vias.
A cabeça corre o risco de ser afectada por energias patógenas pois os pontos “Janelas do Céu” são
aberturas de passagem até ao vértex. São igualmente sobretudo pontos de reunião superiores dos
MDS.
Enumeração dos pontos “Janelas do Céu”.
Grande Janela: 9E (Renying), 18IG (Futu), 16TA (Tianyou), 10B (Tianzhu) e 3P (Tianfu).
Pequeno Janela: 16IG (Jugu), 17ID (Tianchuang), 22 RM (Tiantu), 1MC (Tianchi), 16 DM
(Fengfu).
Encontram-se todos sobre os MPs Yang, provenientemente tanto da perna como do braço.
Nestes meridianos existe um ponto partida chamando “ponto raiz” e um ponto superior “
constelação”.
117
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
O importante é que a energia que parte do ponto raiz Jing-pozo, vá passar pelo ponto Yuan
(ponto de absorção), subindo ao ponto “ constelação” e a partir destes pontos vá descer pelo MP,
e dirigir-se ao ponto Luo. Foi J. C. Darras o primeiro a explicar esta relação dos pontos
“constelação” com os pontos Luo.
Exemplo: o 10B (Tianzhu) é um regulador entre as diversas energias que sobem da bexiga, e do
rim (energia mental, energia Wei, energia Rong). Outra função deste ponto “constelação” é
fazer passar energia do 10B (Tianzhu) ao 58B (Feiyang). Este 10 B (Tianzhu) regulador da
energia mental, vai igualmente regular a concentração desta energia mental e da energia Rong
em todo o corpo.
Os “pontos constelação” são pontos coordenados entre a cabeça e a periferia.
Kespi:
Características dos pontos “Janelas do Céu”:
• Têm no seu ideograma o “fim do ciclo”
• Estão situados, geralmente, pescoço.
Função:
Facilitar os movimentos de energia entre a cabeça e o tronco, seja no interior do
homem (Yin/Zu) seja nos intercâmbios do homem com o exterior (Yang/Shou).
• O 1º par de MD (B-R) faz através do 10 B (Tian-zhu), descer a energia da cabeça
até ao tronco.
• O 2º par de MD (VB-F) faz através do 17 ID (Tian-rong) subir o último yin do
homem à cabeça.
• O 3º conjunto MD (E-BP) faz através do 9E (Renying), subir o último Yang do
homem à cabeça.
• O 4º conjunto de MD (ID-C) faz através do 16 ID (Tian- chuang), passar o Yang
do céu no Homem.
• O 5º conjunto MD (TA-MC) faz através do 16 TA (Tian- you), circular o Yin
cefálico do homem sob a acção do céu Yang.
• O 6ºconjunto do MD (IG-P) faz através do 17 IG (Tian- ding), passar o último do
Yin do do homem até ao exterior.
118118118
*
Escola de Marselha
118
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
R → H → BP → P
B → VB → ID → E → IG
Por esta via, a energia Wei é distribuída aos diferentes órgãos e vísceras que possuem
vasos que vão desde a pele das costas (ao nível dos pontos Shu do dorso) que
transportam esta energia à superfície da pele.
2. Via do Meridiano do F:
Por esta via a energia Wei é distribuída directamente à cabeça. Recordamos que o
trajecto interno deste meridiano vai do 1 VB (Tongziliao) até ao 20 DM (Baihui).
Uma vez superficial, a energia Wei percorre o revestimento cutâneo* introduzindo-se nos
M.T.M., e resto dos colaterais que a conduzem até às vísceras complementado ou fechando assim
o ciclo de circulação secundária.
Qualquer um poderia questionar o seguinte: perante a existência de um circuito fechado e o
fabrico contínuo de energia Wei (temperatura basal) como é possível que tal energia Wei se
mantenha quase constante? A resposta é que provavelmente, o conflito entre “energia Wei-
energia perversa” “factores Zhen- factores Xie”, entram num continuo gasto de energia Wei
que é reposta pela produção.
Há dois lugares onde a energia Wei do hemicorpo direito se anastomosa com a energia Wei do
lado esquerdo:
1. na epiderme,
2. nas vísceras.
Em condições normais estas anastomoses não são funcionais (ocorre o mesmo com as
anastomoses venosas porto-cava, que não são funcionais a não ser em presença de uma
hipertensão portal) e só entram em acção quando há diferenças notáveis de pressão
energética Wei entre o lado esquerdo e o lado direito do corpo.
Um dos ciclos secundários da energia Wei está formado pelos meridianos distintos. Este ciclo é
idêntico ao T.M, até ao ponto nascimento do MD.
119119119
*
Halo indutivo.
119
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
A passagem da energia Wei nos meridianos distintos não se efectua da mesma forma que a
passagem da energia Rong nos MPs. Esta última, começa nos pulmões para terminar no fígado.
A energia Rong passa alternadamente dos meridianos Yang aos meridianos Yin e assim
sucessivamente.
Nos meridianos Distintos a energia Wei circula começando pelo M.P da B e passa primeiro aos
meridianos do membro inferior e a seguir aos membros superiores.
A energia Wei circulando nos meridianos distintos, quando passa no Yang, segue o mesmo
caminho que quando circula nos MTM, posto que passa sucessivamente por Taiyang, Shaoyang
e Yangming. A energia Wei segue efectivamente o ritmo de evolução cíclica diária da energia:
começando no 1B (Jingming) que comanda a abertura das pálpebras no momento de despertar.
A energia Wei dos MDs tem a missão de defender o interior do organismo de factores
alimentares ou psíquicos em geral, embora também de uma energia perversa externa que tenha
penetrado no interior. Tem também um papel imunológico, pois em caso de alterações de energia
Wei aparecem as enfermidades alérgicas.
Os MDs imprimem à energia Rong um circuito particular: do MP a energia Rong passa pelo
ponto de partida do MD ao MD. Percorre, atravessando sucessivamente as vísceras, logo ao
Mestre de Coração desemboca na cabeça, igualmente num ponto “janela do céu” e no 20 DM
(Baihui).
120
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Pode-se deduzir que a cabeça está alimentada em parte pela energia Rong graças aos MDs.
A energia climática está relacionada com a estação e sua força é normal, mas
o organismo está debilitado.
A energia está relacionada com a estação, mas é anormalmente poderosa e
ultrapassa a capacidade defensiva de muitos organismos perfeitamente
equilibrados energeticamente.
A energia climática sobrevive bruscamente fora de uma estação habitual e
surpreende o organismo, que não tem tempo para se adaptar a ela.
Qualquer energia cósmica pode afectar qualquer um dos MD, mas em geral há umas
preferências:
O vento afecta todos os MDs do F e VB (relação de crises hipertensas com os
dias ventosos).
O frio tem afinidade sobre os MDs da B e R (alterações nefro-vesicais na
época invernal) etc.
Na prática, estas energias perversas, raramente se dão isoladas e estão muitas vezes
combinadas, determinando assim afecções múltiplas dos MDs.
121
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Trata-se dos sentimentos, que são gerados pelo organismo e que lhe são nefastos
quando a sua intensidade ultrapassa um determinado limite que é diferente para cada
indivíduo. Os sentimentos exagerados podem produzir fenómenos patológicos. O ser
vivo experimenta sentimentos a cada momento, seja ou não, de uma forma consciente.
Quanto aos agentes patógenos externos, cada sentimento tem afinidade particular por
um par de MDs:
A cólera afecta os MDS da VB e F;
O medo afecta os MDs da B e R;
A alegria afecta os MDs do ID e C;
A reflexão afecta os MDs E e BP;
A tristeza afecta os MDs do IG e P.
Quando um sentimento tem uma intensidade excessiva afecta em primeiro lugar os
MDs que lhe correspondem e posteriormente aos demais MDs. Além disso, raramente
aparecem isolados, pois um ser vivo experimenta geralmente vários sentimentos ao
mesmo tempo, dos quais um é dominante. Como consequência, existe várias vezes
uma afectação múltipla dos MDs.
V) FISIOPATOLOGIA DOS MD
122
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Uma vez instalada no MD, por intermédio de uma das vias descritas anteriormente, a
energia perversa pode seguir várias evoluções possíveis. Estas possibilidades
dependem das forças antagónicas presentes [a da energia Wei e a da energia perversa
(factores Zheng em oposição ao Xie)], sendo a mais intensa a que impõe o sentido de
evolução:
1. Se a energia perversa é mais forte que a energia Wei: há agravamento da
enfermidade que passará de superficial a mais profunda, ocasionando
lesões cada vez mais graves. Com o tempo, o lado bom poderá igualmente
ficar afectado, por intermédio das anastomoses energéticas viscerais.
2. Sem a energia Wei, apesar da debilidade inicial, fortalece-se posteriormente,
existindo fases alternativas de melhoria e agravamento que determinam o
carácter intermédio dos MDs.
3. Nos casos favoráveis, a energia Wei neutraliza a acção da energia perversa
retirando até ao exterior a acção homeostática do halo radioactivo (campo
extracorporal)
Os sabores em excesso, causam não só alterações sobre os órgãos e nas vísceras, mas
também nos MDs corespondentes.
123
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Uma vez instalados nos MDs, os sabores em excesso vencem os MPs Yang nos pontos
“janelas do céu” ocasionando alterações exclusivamente de natureza Yang (ou seja de
plenitude) na extremidade cefálica.
Seguindo a resultante destas duas forças, teremos uma circulação mais ou menos
fluida e/ou insuficiência na circulação dos MDs que não tenham uma energia Rong
suficientemente poderosa. Em caso de paragem da circulação, observaremos sinais de
vazio de energia Rong na cabeça (zona irrigada dos MDs) com: vertigens, alterações
visuais (cegueira), cefaleia temporal, hemeralopia, surdez, afonia etc.
124
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
1) MD da B
2) MD do R
Dor cardíaca repentina,
Aperto no peito e na parte lateral,
Inchaço abdominal,
Dores de garganta que impedem o enfermo de engolir,
Irritabilidade.
Sensação de subida de energia até ao diafragma.
125
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
3) MD da VB
4) MD do F
5) MD do E
6) MD do BP
7) MD do TA
Dor de garganta, língua retraída, boca seca, dor na parte externa do braço,
impedindo o levantar da mão até a cabeça.
8) MD do MC
126
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
9) MD do C
10) MD do ID
11) MD do IG
12) MD do P
Nenhuma sintomatologia descrita.
Há quatro MDs que não têm sintomatologia (ID.,C.,MC., e P.) e isto, é devido à
coincidência destes sintomas com os sintomas associados com os MPs no seu percursso
pela região axilar.
VII) DIAGNOSTICO
1) Diagnóstico positivo
127
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
128
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
A) Linha seguida por: Nguyen Van Nghi, Chamfrault, Lebarbier, Pernice, Lamorte,
Requena, Embid, etc.*
Objectivos do tratamento:
Expulsar a energia perversa,
Impedir que haja uma nova penetração de energia perversa;
Restabelecer a circulação energética até à cabeça, no caso de esta estar
bloqueada por um processo interno.
Há duas possibilidades de tratamento segundo a causa:
1ª - Tratamento para uma enfermidade de etiologia externa,
2ª - Tratamento para uma enfermidade de etiologia interna.
129129129
*
Primeiro ano de Acupuntura de Marselha ( soba direcção de NVN) e segundo Tra Dinh Can.
129
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Seguindo o equilíbrio esquerda-direita, vamos criar uma espécie de alta tensão que
empurra a energia perversa, esta descerá a contracorrente pelo MD e logo pelo MP até
ao ponto Jing-pozo e daí ao exterior.
A “puntura ao oposto” (Mau Thich”) segundo Chamfrault e Van Nghi é a
característica fundamental de uma infecção dos MDs.
Mau: equivocar-se, mas significa também “ tristeza sem fim ou dor” daí vem a ideia de
“dor que se move de um lado para outro” ou “ dor equívoca”. Textualmente, Mau
Thich significa puntura de dores. No entanto, conservamos o termo de puntura “ao
oposto” usado pelo doutor Chamfrault e Ung Kang Sam, tradutores de Su Wen e do
Nei King, pois denota o valor exacto do termo original.
Devemos insistir na noção de esquerda-direita do corpo humano relativo à plenitude e
vazio da energia essencial em casos de perturbações dos meridianos distintos.
Para compreender o tratamento de procedimento ao oposto (Mau Thich) deve-se
aprofundar a noção “esquerda-direita”, que é uma das bases fundamentais da
acupunctura.
Na MTC o corpo humano divide-se em duas partes: esquerda e direita, separadas pela
linha média composta por, Dumai e Renmai.
Cada lado do corpo tem as suas próprias circulações, chamadas “grande circulação
profunda e grande circulação superficial”.
A grande circulação superficial dos três Yang da parte direita comunica com a esquerda
e vice-versa, por múltiplos vasitos que se reúnem e se cruzam em cima do crânio
(Bahihui, Cem reuniões, 20DM), na frente (provavelmente o ponto Yintang) e no lábio
superior (Renzhong, cruzamento, 26DM). As relações destas duas grandes circulações
(profunda e superficial, esquerda-direita) constituem o equilíbrio energético das duas
partes do corpo.
Sem uma destas partes está enferma, porque está em vazio, a outra estará, sem
nenhuma dúvida, em plenitude.
Esta plenitude não se deve à presença de energia perversa, mas ao excesso da energia,
depois de uma perturbação no conjunto da energia destas duas partes do corpo (sistema
defensivo).
Sabemos por outro lado, que a energia perversa não pode penetrar a não ser que haja
insuficiência de energia no corpo. Quando isto sucede, verificamos qual duas partes do
corpo (esquerda-direita) estão em plenitude, pois:
130
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
O lado saudável ou doloroso está em plenitude porque o lado enfermo está em vazio,
O lado enfermo está em plenitude relativa por causa da presença da energia perversa
(lado não doloroso ou menos doloroso).
Perante esta plenitude bilateral não se deve punturar o lado enfermo (não doloroso) *,
pois, dispersando a energia perversa dispersa-se igualmente a energia da parte do corpo
que está em vazio. Por isso, temos que punturar o lado oposto ao lado enfermo (lado
sadio mas doloroso), utilizando os pontos Jing-pozo, com o fim de:
Activar a circulação energética até ao interior do corpo para restabelecer o equilíbrio
das duas partes, por intermédio dos órgãos e vísceras (circulação profunda);
Atrair a energia defensiva Wei (que circula fora dos meridianos) até ao meridiano
perturbado. Este, leva-a até ao órgão ou víscera para combater a energia perversa;
Atrair a energia perversa até à parte baixo do corpo, se esta tiver alcançado a cabeça,
por intermédio dos meridianos Yang (circulação superficial).
131131131
6*
Refere-se à puntura à distância sobre o comando do trajecto do MP correspondente.
131
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
tenha sido atacado nos últimos sistemas neutralizantes (MD.) provocará uma
plenitude reactiva-neutralizante que em muitos casos será menos intensa que a
plenitude reactiva defensiva do hemicorpo não contaminado.
O grande colector, MC., vai oferecer ao nível do trajecto orgânico (une o U.E.
com MC.) uma intensa resistência no hemicorpo saudável, o que produz
plenitude e portanto dor, que será extensiva ao longo de todos os trajectos do
próprio MD. e do meridiano principal.
Recordemos que o ponto “antiguo Shu” é uma porta de entrada para a energia
perversa, punturar é impedir que esta energia penetre no organismo.
É evidente que no caso de afectação do MD por uma energia perversa, esta
estará no interior do organismo; punturar então o ponto “Shu” pareceria, pois,
tardio e inútil, no entanto, servirá para impedir uma invasão de energia
perversa que viria a reforçar a acção nefasta da primeira e tornar o tratamento
seria mais difícil.
Então, a puntura do ponto Shu homolateral, tem um papel preventivo que se
deve cumprir para obter uma cura rápida e segura.
132
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Tratamento:
1.4 Temos que desbloquear o Xinbao punturando o ponto 6MC (Neiguan), como
ponto-chave do Yinwei
133
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Para canalizar até este meridiano a energia Rong, cuja produção foi activada
pela puntura do 36E (zusanli).
O ponto “janela do céu” é chamado assim porque permite à energia Rong subir
até à cabeça, comparada ao céu, em relação ao corpo comparado à terra.
Podemos fazer uma analogia desta função, comparando-a com a mola de uma
porta: imaginemos um corredor separado por uma porta; esta porta é mantida
aberta graças a uma corrente de ar circulante, mas tem tendência a fechar sob a
acção da mola, normalmente, a força da corrente de ar é superior à da mola,
forçando a porta, a permanecer aberta. Se por qualque rmotivo, a corrente de ar
pára, a porta fecha-se sob a acção da mola. Quando a corrente de ar se
restabelece, não poderá abrir a porta qualquer que seja a sua força, por causa
do bloqueio que a trava. Para voltar ao normal temos que destravar a porta e
permitir assim, que a corrente de ar circule livremente de novo no corredor.
Pode-se pois comparar a mola com o ponto “janela do céu”, a separação à
puntura, a corrente de ar à energia Rong e o corredor ao meridiano. Quando há
interrupção energética, o ponto “janela do céu” fecha-se, ter-se á obstruído.
Lebarbier refere: Este tratamento está essencialmente representado pela puntura do ponto Jing-
pozo do lado oposto à dor. Esta técnica baseia-se no equilíbrio energético: uma dor num
hemicorpo pode ser devido à sobrecarga defensiva ou resistência dos meridianos a este nível. Se
há vazio energético do lado direito, há plenitude no lado esquerdo, dado que, há sempre um
equilíbrio esquerda-direita sob o ponto de vista energético.
134
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Se a dor está no lado direito, há que punturar a esquerda do meridiano interessado em relançar e
repartir a energia.
Alem da puntura do ponto Jing-pozo do lado oposto da dor, deve-se punturar o ponto Shu do
lado doloroso porque este ponto é um ponto de penetração da energia no meridiano e ao punturá-
lo evitamos uma nova penetração da agressão patológica.
Se a agressão perturbadora é de origem psíquica, por exemplo uma enxaqueca intermitente,
então devemos:
Punturar pontos tranquilizantes;
Punturar o ponto Jing-pozo do MD e o ponto de tonificação do MD de que dele
depende;
Punturar o ponto Xi do meridiano perturbado: 4MC (Ximen) o 34E (Liangqiu),
etc.
A puntura destes três pontos (Jing-pozo, Shu e Xi) deve estar apoiada pela puntura do ponto de
união dos meridianos distintos acoplados. Exemplo:
Para C-ID – punturar 1B (Jingming),
Para B-R – punturar 10B (Tianzhu) e 40 B (Weizhong)
Claude Pernice – Jean Robert Lamorte. – Ambos pertencem ao grupo GERA, referem:
A afectação do MD, caracteriza-se por:
Sinais locais;
Sinais funcionais do órgão correspondente;
E, sobretudo o carácter intermitente destas manifestações patológicas.
Tratamento:
O ponto Jing-pozo contralateral apara atrair a energia Wei,
O ponto Shu unilateral para impedir uma nova penetração da energia perversa,
O ponto de tonificação do meridiano principal para aumentar a sua energia,
Os pontos da janelas do céu, que vão facilitar a circulação da energia,
Os pontos de conexão dos MPs e dos MDs.
Eventualmente
Não esquecer a colocação dos pontos locais dolorosos unilaterais.
135
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Fisiologia:
Do seu trajecto poderemos extrair três conclusões:
O que está acoplado no Biao-Li indica o seu papel na sincronização do homem pelo
seu macrocosmo.
Estabelecem a relação com a profundidade do tronco, em particular com as vísceras.
Estabelecem a realação do tronco com a cabeça. Os MDs, especificam três grandes
funções dos MPs: o ritmo dos cinco movimentos, a conexão com a profundidade do
tronco e a relação cabeça - tronco.
Sintomatologia:
Não há nenhuma particularidade, é a mesma que a dos MPs, pois os MDs especificam funções
particulares dos MPs.
Tratamento:
Os livros antigos não mencionam tratamentos específicos. O tratamento faz-se através dos
pontos dos MPs:
136
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Logo para Kespi e seus seguidores do pensamento cartesiano, logicamente, dentro do contexto
vitalista, os MPs são o lugar de ressonância de todas as actividades do corpo e, os MDs
especificam a sua união com a profundidade e com a cabeça, tanto sobre o plano da fisiologia
interna, como sobre o plano da relação com o macrocosmo.
C) Outras opiniões
C.2) Mrejen
Tratamento:
Punturar em dispersão os pontos locais para esvaziar o MD do seu excesso de energia
perversa.
Punturar o ponto de tonificação do MP homolateral que está em vazio estando o MD
em plenitude e o MP em vazio.
Tem que se punturar o ponto Jing-pozo do lado oposto da afecção, para activar a
energia na parte que está em carência, impedindo que a energia perversa invada o lado
saudável.
Colocar o ponto Shu do lado da afecção, que é o ponto de embarque de energia perversa
e, provocar a sua saída para o exterior.
137
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
C.3) Roustan
2. Do lado afectado:
Os pontos de reunião da cupla afectada (colocar as 3 cuplas):
138
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Sabores:
O azedo e o ácido, o amargo e o picante são sabores Yang. Prejudicarão o Yin do órgão
e provocarão uma plenitude do Yang do órgão.
O sabor salgado (sabor Yin como o doce), prejudicando o Yang da víscera, põe-a em
vazio e provocará uma plenitude do Yin. Esta plenitude vai repercurtir-se sobre o MP e
seguidamente sobre o MD.
Temos pois, que combater o salgado por o doce que o domina, tonificando o ponto do
meridiano que corresponde ao doce.
Origem Psiquica:
Se existe bloqueio global proveniente do bloqueio da energia do coração, por onde
passam os meridianos distintos, existirá
Bloqueio da energia central.
139
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
140
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
141
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
142
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
des relacionadas com o cosmos (planos Yang). Há que ter em conta que o factor
exógeno repercute prioritariamente sobre as vísceras (em relação ao exterior)
provocando plenitudes do tipo reactivo (cólicas intestinais, cistites, cólicas biliares,
gastralgia etc.).
Mas também chegarão as plenitudes reactivas originadas no sistema Zang (órgãos) por
acção dos influxos endógenos, sobretudo o dietético e emocional.
Por isso, o trajecto orgânico comporta-se como uma chaminé, ou válvula de escape, que
permite a evacuação das plenitudes das unidades energéticas originadas pelo factor
exógeno nos Fu e pelo factor dietético e emocional nos Zang.
Por exemplo, o excesso de sabor ácido incide sobre o F. provocando plenitude, de igual
forma a excessiva imaginação ou desejo. A excessiva preocupação ou o doce abundante
provoca plenitude no BP. etc. Todos estes dinamismos encontram no “Pericardium”
um lugar de libertação e adaptação ou neutralização que permite um equilíbrio global
do sistema.
O “Pericardium” é, portanto, a unidade básica que nos permite entender o ser humano
como um ser energético holístico e no qual se reúnem todas e cada uma das
manifestações energéticas, tanto exógenas como endógenas. É o coração solar e núcleo
mediastino responsável da homeostasia externa e interna. É a reunião dos Meridianos
Distintos.
143
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
144
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
TRATAMENTO
Na base do modelo fisiológico descrito, o estudo das diversas opiniões modernas e
clássicas e a da experiência clínica, propomos o seguinte tratamento para os MDS.:
1. Actuação sobre os pontos Jing-pozo do M. principal cujo distinto não está
contaminado, isto é, o hemicorpo onde se encontra a área dolorosa, tratando-se
de meridianos Yin Zu ou Yang Tsou (BP., F., R., ID., TA. E IG.) explicação: o
acúmulo de energia essencial numa porção do MD., situada na zona de
localização da algia, implica necessariamente uma cessão prévia de energia do
MP. correspondente, ficando este com um défice de energia, cumprindo-se a
equação básica de: via secundária em plenitude = via principal em vazio.
Após esta explicação, facilmente se compreende o objectivo deste primeiro
passo: aportar energia ao MP, em vazio, atraindo parte da do complementar do
plano energético (o ponto Jing-pozo atrai a energia de todo o plano energético),
que circula no sentido favorável ou então a do seu acoplado que circula no
sentido contrário.
Exemplo: a punão do ponto 1R, não poderia atrair a energia do C pois iria em
“contra a corrente”, mas atrai a energia da B. através da troca de polaridade no
membro inferior.
No entanto, a puntura do ponto 67 B (Zhiyin) atrairá a energia do ID, portanto,
o ponto Jing-pozo nos meridianos Yin Zu atraem a energia doYang acoplado,
assim como os Yang Zu ou Yin Tsou serão pontos de arrasto e terão efeito
contrário, descaregam o meridiano até ao ponto mais distal ou final do plano.
Por si só, esta técnica seria negativa ao incrementar, ainda mais, a energia do
lado saudável, contudo, combinada com os seguintes passos aumenta as
possibilidades da cura.
2. Actuação sobre o ponto Jing-pozo do mesmo MP, no hemicorpo realmente
afectado (e contudo, não doloroso), chegando inclusive a sangrá-lo, tratando-se
dos Yang Zu ou Yin Tsou (B., VB., E., P., M., e C.).
O ponto Jing-pozo fechará a entrada da energia perversa externa, ao provocar
acúmulo por estímulo na única via de entrada, isto é, incrementa a primeira
barreira neutralizante como se domina o ponto Jing-pozo, por outro lado,
provocará um efeito
145
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
146
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
147
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
148
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LXVII
DISTINTOS P-IG
149
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LXVIII
DISTINTOS E-BP
150
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA LXIX
DISTINTOS C-ID
151
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
EQUEMA: LXX
DISTINTOS B-R
152
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LXXI
DISTINTOS MC- TA
153
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
ESQUEMA: LXXII
DISTINTOS VB - F
154
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
AS CAPAS QI E JING
A dor que afecta os órgãos internos, sistema Zhang-Fu, tem múltiplas causas que será
preciso conhecer para realizar um tratamento de fundo.
Neste capítulo dirigido só à dor, desenvolvemos o tratamento sintomático sem entrar
em outras considerações que, veremos mais amplamente no estudo sindrómico ou nas
patologias específicas que será desenvolvudo no Tomo III.
O referido tratamento baseia-se em cinco princípios fundamentais:
1. Desbloquear.
2. Regular o Yin-Yang do órgão e da víscera.
3. Drenar a plenitude.
4. Fazer circular o Qi estagnado.
5. Dispersar a concentração.
Tudo isto, dirigido para eliminar a plenitude, tanto a real (hiper-reação) como a fictícia
(estancamento).
1) Desbloquear
Para isso utilizamos o ponto Xi (ponto de desbloqueante) em puntura bilateral,
manipulando a agulha segundo a técnica de tonificação rápida.
2) Regular a U.E
Utilizamos a técnica Shu-Mu do órgão correspondente com estimulação do ponto
Mu. O ponto Mu regula o Yin, Yin é relaxamento, dispersão e calma.
3) Drenar a plenitude
Utiliza-se o ponto Luo (ponto de drenagem) com puntura indiferente. Procuramos
que haja uma saída da energia estancada através do ponto de drenagem do
Meridiano.
5) Dispersar a Concentração
Aplicamos electrodispersão com a técnica do cosido (subcutânea, convergente e
transfixiante até ao epicentro doloroso) na
155
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
156
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
A CAPA XUE
“O sangue é o suporte do espírito”, as alterações emocionais estão directamente
relacionadas, no ser humano, com o coração que rege o Thân (consciência da existência,
verbo e conhecimento). Sabemos que o coração rege também o sangue (Xue), por isso,
no coração se forma o Tao do sangue (Yin) e o espírito (Yang). Sangue Yin como
composto material e espirito Yang ou composto energético.
As alterações do sangue implicam alterações de espírito e vice-versa. As alterações
emocionais, derivadas do factor de relação humano, alteram o sangue tanto na sua
constituição quantitativa como qualitativa.
Por isso, englobamos os problemas de personalidade do comportamento social, da
timidez, do psiquismo, etc, na quarta capa.
Segundo desenvolvemos na teoria psico-somática-vitalista, as enfermidades mentais
consideradas como um desajuste do ser humano em relação ao seu meio social,
podem-se englobar em quatro fases evolutivas em relação com os órgãos (Zhang), já
que estas ditas unidades energéticas com sintomas psico-somáticas com projecção
tanto física (tecidos, sentidos, metabolismo, etc) como psíquica (comportamento,
atitude, etc.).
Essas fases são:
1. Fase (Xie Mental-Neurótico). A alteração do Mestre Coração como órgão que
coordena, em primeira instancia, qualquer alteração do comportamento.
O Mestre Coração como regulador geral de toda a bioinformação que o
individuo recebe está conectado com os órgãos internos, por isso, qualquer
impacto emocional repercute no “Pericardium” que deve resolver a conjuntura.
Por exemplo: uma agressão do medo que afecta o Rim deverá ser neutralizada
pela reflexão do BP., a tristeza que afecta o Pulmão, deverá ser neutralizada
pela alegria do Coração, etc.
Quando o choque emocional supera as possibilidades homeostáticas do Mestre
Coração começa um processo que pode evoluir até graus de alteração do pior
prognóstico.
Havendo um paralelismo com a psicologia e com a psiquiatria poderíamos
denominar esta fase como A FASE NEURÓTICA. A M.T.C, engloba-a numa
síndrome de afectação primária do plano Jue Yin (F-MC).
Esta síndrome manifesta-se pela alteração de dois aspectos fundamentais da
vida do ser humano, a sexualidade e o sono. O F. rege os sonhos e o MC. a
sexualidade.
157
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
2.2 Ansiedade Yin (Xie Yi). É uma alteração do espírito do BP. Que dá origem a
um excesso de preocupação, pela conservação, de comportamentos repetitivos,
obsessões e fobias É a ansiedade própria da mulher que pode conduzir a
comportamentos obsessivos, por manter e continuar os que são os seus valores
essenciais: os filhos, a beleza, a segurança, o lar, tudo o que possui e forma o
seu mundo. Os filhos vão-se, a beleza desvanece-se, etc. É um choque que pode
dar lugar à ansiedade típica da época pre-menopáusica, caracterizada pela
obsessão e preocupação constante, com o aparecimento de condutas repetitivos
e ansiedade vital. É descrita às vezes como a “alma do Juiz”.
158
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
159
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
TRATAMENTO
A= Regulação energética
B= Tratamento base.
C= Tratamento etiológico.
D= Tratamento Complementar.
Por isso, perante qualquer enfermidade mental devemos seguir o seguinte protocolo:
160
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Se o paciente está num estado Yin (asténico, pálido, sem energia, ou seja
na ansiedade, depressão e/ou loucura do Yin) devemos punturar e
moxar os 4 deuses e o 20 DM (Baihuì).
Se o paciente está num estado Yang deve-se punturar os 4 deuses
ligeiramente transfixiados até ao ponto 20DM (Baihuì).
Se há componente energético, moxar o 8RM (Shénquè).
161
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
Os cinco órgãos denominam-se Gan (F.), Xin (C.), Pi (BP.), Fei (P.) e Shen (R.).
As cinco emoções denominam-se Houn (F.), Thân (C.), Yi (BP.), Po (P.) e Zi (R.)
Os pontos Shu de apoio têm os nomes do aspecto psíquico do órgão igual aos
Shu do dorso. Por exemplo, o 23 B (Shu do dorso do R.) denomina-se como
Shen Shu. O 52B (Shu de apoio do R.) denomina-se como Zin Shu ponto da
vontade.
Portanto, a zona paravertebral externa tem o nome da emoção correspondente.
Por isso, nos problemas emocionais deve-se punturar os Shu de apoio (para
além dos pontos Shu), posto que fazem referência ao aspecto psíquico da
pessoa.
162
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
zar o 1BP (ponto F de BP, ponto imaginativo do BP) para acalmar a obsessão. A
imaginação “destrói” a preocupação, e então, devemos estimular o ponto que a
domina através do ciclo Ke.
Um paciente com Xie Po apresenta um comportamento depressivo da
personalidade, relacionado com o (P.). Neste caso devemos estimular o ponto
10P (Yújì) (ponto C. do P.) “o avô”. A alegria “destrói” a tristeza.
Uma pessoa que tem um Xie Houn (F.) padece de ansiedade, excesso de
resposta emocional ao medo, materialismo, desejo desmedido, etc. Devemos
estimular o 4F. (Zhongfeng), porque a “alma sensitiva destrói a alma
vegetativa”. A sensibilidade controla o materialismo.
Uma pessoa que padece de um Xie Thân tem comportamentos de padrões
psicóticos, loucura, esquizofrenia, violência, etc., devemos estimular o 3C.
(Shàohai) (alegria de viver) porque a “vontade domina a mente”, de novo o ciclo
Ke “o avô educa o neto”.
Um Xie Zi (R.) é uma depressão profunda com medo, perda da vontade,
tendência para o suicídio, etc., devemos estimular o 3R (Tàixi) porque a reflexão
destrói o medo.
163
Capítulo I: Classificação da dor em função da sua relação com as «quatro capas»
164
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
CAPÍTULO II
ELECTROACUPUNTURA E DOR
165
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
166
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
ELECTROACUPUNTURA
167
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
Galvânica
Farádica
A corrente galvânica, ou corrente contínua, corrente directa, direct current (D.C.) é uma
corrente eléctrica em que o fluxo de electrões se realiza continuamente no mesmo
sentido, sempre do pólo negativo ao pólo positivo (realmente é ao contrário mas por
conveniência estabelece-se assim).
168
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
produzir tetania, de facto, muitos mortos por electrocussão morrem por uma paragem
respiratória. Também têm tendência a interferir com o sistema de condução cardíaca
produzindo alterações do ritmo cardíaco de origem eléctrico (paragens cardíacas...).
Podemos representar estes dois tipos de corrente num osciloscópio, um
aparelho que permite obter uma representação gráfica da corrente eléctrica. Podemos
fazer a sua representação gráfica representando no eixo das ordenadas, a voltagem ou
diferencia de potencial da corrente eléctrica e no eixo das abcissas, o tempo de
funcionamento. A voltagem é uma magnitude directamente proporcional, no esquema
das bolas, a altura que a bola atinge para golpear as outras, que seja menor ou maior
vai fazer com que as últimas bolas se desloquem mais ou menos, é um equivalente,
bastante inteligível, do conceito de voltagem eléctrica. A voltagem é a “força” com a
que a corrente eléctrica sai do gerador. Se considerarmos, em vez de uma corrente
eléctrica, uma tubagem cheia de água, a voltagem será a força com que a corrente
eléctrica sai da tubagem e, será tanto maior quanto mais elevarmos umas das suas
extremidades.
Se num referencial, voltagem - tempo representamos a corrente galvânica, a sua
representação inicia-se no momento em que se acende o circuito e alcançando a sua
máxima voltagem estará emitindo continuamente durante todo o tempo, até que se
desligue o circuito (fig. A).
169
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
é evidente, coincide com tecidos que são bons condutores da corrente eléctrica (vasos
sanguíneos, nervosos) e com os trajectos dos meridianos principais que como sabemos
seguem seus trajectos superficiais às grandes vias periféricas, vasculares e nervosas
(fig. B).
Também poderíamos inverter a corrente, isto é, fazer com que a corrente não circule
somente de negativo a positivo, artificialmente podemos alterá-la, invertendo os pólos
e fazer com que circule do positivo para o negativo. A única diferença é que
representada no osciloscópio (AV-T), esta apresenta-se na parte negativa do gráfico
(fig. C).
A corrente realmente sai pelo pólo positivo mas em efeitos práticos entra na pele pelo
pólo negativo e sai da pele pelo pólo positivo. No ponto de vista eléctrico é ao
contrário. Quando se está conectado com um circuito de corrente contínua sente-se um
pólo com maior facilidade do que o outro. O pólo que se sente facilmente é aquele em
que está saindo a corrente eléctrica, onde se produz mais queimadura, sendo este,
sempre o pólo positivo do aparelho. O pólo
170
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
positivo é o pólo onde existe sempre uma maior sensação de corrente eléctrica.
A corrente entra pelo pólo negativo, sai pelo pólo positivo e circula por uma via
condutora, ou também podemos pensar, que a corrente entra por um ponto de
acupunctura, circula por um meridiano e sai por outro ponto de acupuntura.
Se este mesmo esquema se fizesse com corrente alterna, ao conectar a corrente com o
osciloscópio e observando a representação da diferença de potencial - tempo no eixo de
coordenadas, a corrente circularia num determinado momento de positivo a negativo,
no seguinte ciclo, de negativo a positivo, de positivo a negativo e assim sucessivamente
em alternância, enquanto o circuito estivesse ligado. Seria uma corrente que circularia
uma vez num sentido, e depois no sentido contrário. Este tipo de corrente, designa-se
de corrente alterna, pois permite introduzir um parâmetro novo, a frequência. A
frequência é o número de ciclos completos que se realizam em 1 segundo, e esse
número de ciclos por segundo denomina-se hertz.
ciclo
= Hertz
seg
Este tipo de corrente eléctrica, alterna, a 220 Volts e 50 Hertz é a que circula pela rede
eléctrica.
Em electroacupuntura não se utiliza esta corrente alterna, mas utilizam-se correntes
contínuas modificadas (introduz-se um “pico” alternado)
171
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
172
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
173
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
Estes efeitos na verdade interessam, pois, está-se injectando no pólo de entrada uma
corrente eléctrica e a introduzir uma “energia”. Este aporte energético faz com que
falemos de uma estimulação, tonificação, ligada a este “pólo de entrada”.
174
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
H2O mais o radical livre, catalisado por uma enzima chamada a superóxido dismutase,
transforma-se em peróxido de hidrogénio e inactiva esta capacidade oxidativa do
radical livre.
O principal factor de activação do superóxido dismutase é a formação de mais radicais
livres, a vasodilatação consegue fazer com que haja mais radicais livres na zona e
portanto vai ser um factor importante de libertação de S.O.D. A principal fonte de
libertação de superóxido dismutase no organismo é o próprio radical livre.
Conseguimos fazer analgesia aumentando a proporção de radicais livres, que serão um
maior estimulo para a produção de superóxido dismutase. Provavelmente, será uma
das chaves da acção antiálgica da electroterapia, da electroacupunctura, de
massagem…, explicadas desde o ponto de vista da biologia ocidental. A sequência de
actuação seria, vasodilatação, eliminação de substâncias irritantes da zona, analgesia,
acumulação de mais radicais livres, aumento da irritação do nervo, mais dor, aumento
da libertação de superóxido dismutase, maior grau de analgesia.
Esta acção vai ser variável com este tipo de corrente segundo a frequência que
utilizemos.
Costuma-se utilizar com duas frequências diferentes, com frequências baixas, por volta
dos 4Hz, ou com frequências «altas» iguais ou superiores a 60 Hz.
175
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
Esta onda chinesa é analgésica a todas as frequências, mas por distintas vias. Quando
utilizamos este tipo de corrente com uma frequência baixa, à volta dos 4Hz, produz-se
uma analgesia de aparecimento tardio, de efeito prolongado no tempo e com duas
características muito especiais, a primeira é que é uma analgesia transmissível por
transfusão de soro, isto é, se perante um paciente, lhe fazemos uma analgesia a 4Htz,
extraímos-lhe soro e se o injectarmos em outro paciente com dor, a dor do novo
paciente também melhora. A segunda característica é que é uma analgesia que se
bloqueia de forma selectiva com naloxona que como sabemos é um antagonista dos
opiáceos.
Chegamos assim à conclusão de que a analgesia que se produz a 4Hz de aparecimento
tardio e de efeito prolongado é mediada pela libertação de endorfinas, isto é, de
substâncias analgésicas endógenas.
Esta libertação de endorfinas utiliza-se nos tratamentos do tabagismo, para diminuir os
sintomas de ansiedade (a técnica consiste, neste caso, em pôr várias agulhas na cabeça
e fazer passar a corrente eléctrica de baixa frequência para que o sistema nervoso se
sinta agredido, o sistema nervoso quando se sente agredido liberta endorfinas). Os
chineses diziam que essa frequência produzia um
176
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
Essa corrente eléctrica produz dois efeitos sobre o trajecto dos MP. Por um lado, pode
fazer uma dispersão-sedação e por outro lado pode fazer uma tonificação-estimulação.
Os efeitos energéticos do trajecto são:
177
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
178
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
Quando há dor, sobre os pontos gatilho deve-se colocar o pólo positivo, isto é, o pólo
em que há sensação de corrente. Pode-se inclusive colocar agulhas livres com pólos
negativos em pontos não dolorosos para fechar o circuito.
O critério que até agora utilizámos é para dor aguda ou dor yang, utilizamos a técnica
de electrodispersão, isto é, mais de 60Hz em emissão contínua. Na dor crónica ou yin,
electroestimulação, isto é, frequência próxima dos 4Hz com picos de onda. Além disso,
para incrementar o efeito analgésico deve-se conectar o pólo positivo com os pontos
dolorosos. Além deste critério aconselhamos realizar ambas técnicas, uma de cada vez,
isto é, 15 ou 20 minutos a 60Hz e 15 ou 20 minutos a 4Hz, procurando analgesia,
sobretudo quando a dor é intensa.
Normalmente o pólo positivo está marcado por uma pinça de cor vermelha e o
negativo associa-se à pinça preta. Os pontos mais dolorosos devem estar sempre
associados aos cabos de saída da corrente eléctrica, isto é, se a corrente é conforme a
regra, ao pólo vermelho, positivo.
179
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
180
Capítulo II: Electrocupuntura e Dor
CAPÍTULO III
A CEFALEIA
(Cong – Tou)
181
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
182
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
DORES DE CABEÇA
Alguns chamam a estas cefaleias Yang, ainda que o termo não seja muito correcto
porque há cefaleias Shi Yin, em que a plenitude se associa ao frio e não ao calor.
Denominam-se assim porque quase sempre se acumula “calor” no pólo cefálico e
fazem parecer uma sintomatologia de tipo Yang.
É uma cefaleia com sensação de cabeça cheia, pesada, sensação de plenitude cefálica.
Com frequência há sensação de latido. Às vezes, pode haver alterações visuais
associadas, vermelhidão facial ou sensação de calor elevado.
Esta cefaleia piora com a luz, com o calor e com o movimento. Deveria piorar também
com a pressão, mas curiosamente em muitas ocasiões a cefaleia, qualquer cefaleia,
excepto talvez a de origem traumática, melhora com a pressão. Há uma técnica de
tratamento mediante massagem chinesa, que utiliza uma toalha embebida em vapor
colocada sobre a cabeça, fazendo um isolamento sensorial. Seguidamente, faz-se uma
pressão apoiada e mantida com toda a mão, com ambas mãos, sobre a zona fronto-
occipital e temporal segurando a cabeça. Costuma produzir alívio rápido,
especialmente na cefaleia tensional.
183
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
A medicina ocidental diz que ao ter febre dói a cabeça porque as bactérias libertam
umas proteínas chamadas pirogénios que são capazes de estimular o centro talâmico
do controlo térmico. A M.T.C. diz que as bactérias são energia e calor sendo capazes de
reproduzir a sintomatologia calor no interior do organismo.
184
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
185
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
186
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
Todos os agentes vivos não têm que ser calor, há vírus e bactérias que são vento – frio e
vírus e bactérias que são vento – calor. A classificação de um vírus em frio ou em calor
depende da sintomatologia inicial que origina. A gripe, por exemplo, é um vírus frio.
Quase todas as bactérias são vento – calor e quase todos os vírus são vento – frio.
Todas as infecções têm um período prodrómico, o período pré-clínico da incubação da
doença, quando ainda não há sintomatologia. Depois, vem o período clínico, período
sintomatológico.
Nos períodos clínicos todos os vírus e bactérias são energeticamente indistinguíveis, já
que todos geram calor. O vento – frio gera calor, como mecanismo de neutralização e
reequilíbrio neste período e o vento – calor também gera calor. Portanto, qualquer
vírus ou qualquer bactéria pode produzir febre, vermelhidão facial, urina vermelha,
dispneia, insónia, taquicardia, etc. sintomatologia típica do calor
Na fase prodrómica, só quando há vento frio, produzem-se três sinais que nos ajudam
a saber que na sua origem há vento frio:
Calafrios na fase inicial. Sensação de pele quente ou sensibilidade na
pele.
Poliúria de urina clara.
Hiperestesia cutânea, pele mais sensível. O atrito na pele pode gerar dor
de cabeça;
calafrios
Febrícula CALOR
FRIO
Poliúria de urna clara
Hiperestesia cutânea
CALOR CALOR
187
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
A cefaleia por plenitude do frio interno não existe, porque o frio interno em plenitude
gera vazio. Portanto, todas as cefaleias por plenitude de frio são de origem externa.
CEFALEIAS LOCALIZADAS
188
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
Qualquer uma destas etiologias pode gerar uma dor de cabeça generalizada ou uma
dor de cabeça localizada. Ainda assim, existe uma relação intensa entre Tai Yang e Yang
de C, Shao Yang e Yang de F, e Yang Ming e Yang de E. Este tropismo nem sempre se
cumpre.
A neurologia moderna considera que estes três tipos de cefaleia de planos são formas
incompletas da neuralgia do nervo trigémeo. Pelo que podemos pensar, que o nervo
trigémeo além de manter uma relação importante com o MP de E (Yang Ming) na cara,
tem também em outras partes da cabeça relação com os MP de B e ID (Tai Yang) e de
VB (Shao Yang).
Segundo a Medicina Chinesa, nas pessoas com enxaquecas (Shao Yang), existe alguma
debilidade relacionada com as “fleumas”; hipertensão arterial, álcool, tóxicos,
medicamentos, etc.
189
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
2. CEFALEIAS XU (vazio)
Vazio de Xue localizado: às vezes o problema não é a falta de sangue, mas o facto
de o sangue não chegar ao sistema nervoso. Esta dor de cabeça denomina-se por vazio
de Xue na Nao (mar das medulas, cérebro). Há sangue, há plasma, o F, o BP e o R
funcionam bem, o sistema funciona bem, mas o sangue não chega à cabeça.
190
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
A circulação do sistema nervoso está formada por quatro artérias: duas artérias
anteriores, as duas artérias carótidas que circulam pela zona anterior do pescoço, e
duas artérias posteriores, muito mais finas, as artérias vertebrais, que asseguram a
circulação da parte posterior do encéfalo. As quatro artérias juntam-se na base do
crânio, formando uma estrutura de forma poligonal denominado o polígono de Willis.
Daqui sai a artéria cerebral anterior, as cerebrais médias, a artéria basilar e a cerebral
posterior. Estas artérias ramificam-se para chegar ao cérebro.
Em certas ocasiões produzem-se alterações do fluxo de umas artérias em relação a
outras. Estas alterações podem ocorrer nas carótidas (placas de ateroma, estreitamento
da artéria por depósitos de gordura, etc.) produzindo obstruções agudas ao fluxo
cerebral, as tromboses.
Mas a causa mais frequente de um vazio do Xue localizado nas artérias vertebrais, é
devido à sua distribuição anatómica. São umas artérias que caminham através dos
buracos vertebrais situados nas apófises transversas das vértebras cervicais. Qualquer
alteração da coluna cervical pode reflectir-se de forma imediata no fluxo sanguíneo
para o cérebro. Não costuma ter uma compressão directa das artérias vertebrais, mas
cada vez que há contraturas cervicais, artroses cervicais, mudanças no conjunto
cervical, etc. produzem-se alterações metabólicas: acumulação de substâncias tóxicas,
acumulação de radicais livres, etc. A parede das artérias responde a estas mudanças
estreitando-se e diminuindo consideravelmente a irrigação sanguínea para o encéfalo.
O factor mecânico que com mais frequência é capaz de afectar a artéria vertebral
anatomicamente é a rectificação cervical. As outras afectações costumam ser indirectas,
respostas da artéria vertebral à mudança metabólica local. A acupunctura muda o
metabolismo erróneo da zona fazendo com que os estímulos tóxicos sejam menores.
A artéria cerebral irriga aproximadamente 20 % dos vasos cerebrais, pelo que a sua
alteração produz dor de cabeça, alterações auditivas, alterações visuais, sensação de
instabilidade, quedas, perdas de consciência, etc.
A dor costuma ser occipital, mas também pode produzir cefaleias oculares, cefaleias do
Shao Yang, cefaleias tensionais (por contracturas), etc.
Esta dor de cabeça, e inclusive as de plenitude fazem com que o paciente leve a cabeça
erguida, em posição antiálgica, gerando em ocasiões uma contractura que determina o
aparecimento de trocas metabólicas locais e mais dor de cabeça. Concluíndo, o
tratamento acupuntural das cervicais é básico em quase todas as dores de cabeça.
191
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
192
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
TRATAMENTO DA CEFALEIA
Existem dois tipos de tratamento: por um lado o tratamento sintomático, que se utiliza
independentemente do tipo de cefaleia, e por outro lado, o tratamento etiológico.
Este tipo de tratamento utiliza-se em qualquer tipo de cefaleia, seja por vazio, por
plenitude, cefaleia generalizada, cefaleia localizada, etc.
O tratamento sintomático pode-se utilizar como tratamento único para induzir
analgesia ou dentro de um tratamento etiológico. Sabendo a etiologia da dor de cabeça
realizaremos.
193
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
Uma característica comum a todas estas alterações por vazio é a presença de uma
consistência edematosa macia, que faz com que o dedo se afunde facilmente no ponto.
3PC (Yintang). Puntura-se transfixialmente para o 4PC (Shangen), para abaixo.
Este ponto sangra com frequência em pessoas com stress e ansiedade. Isto tem
uma justificação fisiológica, já que as pessoas stressadas tendem a franzir o
sobrolho, produz-se uma hipertermia na zona, que faz com que sangre com mas
facilidade. Se deixamos sangrar este ponto pode-se produzir um hematoma
grande, temos que comprimir para que não sangre. Além disso, se sangrar,
dispersamos o ponto e na realidade o que nos interessa é estimular o ponto para
que exerça sua acção.
Este ponto é muito relaxante.
3F (Táichong), bilateral. É o Hégu (4IG) do pé, e tem exactamente as mesmas
indicações. É um ponto de acção especial sobre a cabeça. Funciona de forma
empírica na cefaleia. São as chamadas quatro portas.
Além disso, é o Yuan do F porque absorve a energia desde a VB. Carga de energia o F
Yin controla desta forma o Yang de F. É um ponto de apoio para rebaixar o Yang de F.
Para utilizar este ponto como Yuan devemos punturá-lo para o 2F (Xíngjian), desta
forma o dispersamos. O 2F é o ponto fogo de F. Chegar a um ponto fogo em sentido
contrário à corrente é bloquear o fogo. Desta forma
194
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
numa mesma técnica fazemos um ponto Yuan que carrega o Yin e rebaixa o Yang, e
um ponto fogo que bloqueia o Yang. É uma técnica muito completa de controlo de
Yang de F e será muito útil numa cefaleia por Yang de F.
44E (Néiting) - 45E(Lìduì): o 44 é o ponto água do E e o 45 é o ponto TING do E,
e portanto funciona como ponto de arrasto. Esta técnica mista dá-lhe água ao E, e
arrasta o calor do E. É uma técnica para arrastar o calor do E.
Hoje em dia, há um consenso que considera que todas as dores de cabeça se relacionam
com o trigémeo, responsável pela sensibilidade da cabeça. Por sua vez, o trigémeo está
relacionado com o MP do E. Estes pontos utilizam-se como sintomáticos, não porque
tirem o calor do E, mas porque actuam sobre o trigémeo. São pontos anestésicos de
todas as dores de cabeça.
É recomendável não utilizar todos os pontos de acção sintomática ao mesmo tempo,
excepto se não somos capazes de diagnosticar a causa, e só vamos utilizar este
tratamento.
195
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
2.3.2.1. Calor de F
Na patologia por calor de F, com base nos conhecimentos bioenergéticos, podemos
fazer múltiplas coisas
Tonificar o F: 8F (Ququán) (ponto de tonificação de F).
Dar água a F: 8F (Ququán) (ponto água de F).
Tirar fogo de F: sedar 2F (Xíngjian) alternando com o anterior.
Sedar o Shu do dorso de F: sedar 18B (Ganshu).
Tonificar o Mu de F: 14F (Qimén).
Utilizar o Yuan de F: 3F (Tàochong).
2.3.2.2. Calor do E
2.3.2.3. Calor do C
Tonificar o C: 9C (Shàochong).
Tirar fogo de C: 8C (Shàofu).
Sedar o Shu do dorso de C e MC: 15B (Xinshu), 14B (Yuéyinshu).
Tonificar os Mu de C e MC: 14RM (Jùquè) e 17RM (Shanzhong).
Dar água ao C: 3C (Shàohai)
Sangrar o 9C (Shàozhong) e 9MC (Zhongchong)
196
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
2.4. CEFALEIAS XU
2.4.1.Vazio do Xue
Se o vazio de Xue é local deve-se fazer o tratamento da coluna cervical.
Se o vazio é geral temos que tonificar o Xue. O Xue tonifica-se com os seguintes pontos:
6BP (Sanyinjiao) (Luo de grupo dos Yin da perna).
10BP (Xuèhai) (mar do sangue Xi de BP).
4RM (Gunyuán) (barreira da primavera, Yin de Yin, água de água, ponto
mais água do organismo Mu de ID).
9P (Tàiyuan) (Ho de acção especial de artérias, veias e circulação).
17B (Géshu) (Shu do diafragma, regula a distribuição alto -baixo do
sangue).
Pontos do R Yin: 3R (Tàixi), 7R (Fùliu), 10R (Yingu), 25VB (Jingmén), 46
PC esq [3 distâncias por fora do 4RM (Guanyuán)].
197
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
______________________________________________________________________________________________
2.4.2. Vazio do Qi
Pode-se estimular o Qi geral, utilizando a técnica de tonificação geral da energia:
12RM (Zhongwan).
17RM (Shanzhong).
Pontos do R Yang: 4DM (Mìngmèn), 6RM (Qìhai), 52B (Dà- chángshu) e
6RM (Qìhai).
36E (Zú San Li).
Para tonificar o R Yang utiliza-se a moxa, especialmente nos pontos [4DM (Mìngmén),
23B (Shènshu) e 6RM (Qìhai)].
2.5. ENXAQUECAS
Utilizaremos a técnica de planos sobre o plano Shao Yang: 6TA (Tsi Kao) ponto fogo -
acelerador; 44VB (Tsiao Inn) ponto de arrasto; 2VB (Ting Roé) ponto nó; pontos nós de
nós 9PC (Taiyang), 8E (Tonwei) e 8VB (Chen Kou); nó geral 20DM (Bahui); 23TA (Seu
Tchou Rong) e 3PC (Yintang). Ao acabar a puntura extrai-se o ponto fogo 6TA (Tsi
Kao) e puntura-se o ponto água 2TA (Hi Menn) o qual permanecerá estimulado até ao
fim da sessão.
A isto, pode-se chamar pontos sintomáticos gerais ou locais.
198
Vazio
Plenitude e acúmulo
(YIN)
(YANG)
Instabilidade, vertigens, medo de cair
Cabeça cheia, pesada e gorda
Pisar sobre algodão e zumbidos
Latido
Piora com luz, calor e movimento
199
______________________________________________________________________________________________
Capítulo III: A Cefaleia (Cong-Tou)
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
200
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
CAPITULO IV
201
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
202
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
203
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
O Nei King disse «as três variantes climatológicas Yin, o frio, a humidade, e o vento
associam-se para provocar um síndrome de estancamento». O vento é neutro, mas
tem capacidade de ser Yin sempre que se associa ao frio. O calor não produz
estancamento, produz dilatação.
● Características clínicas
Em toda síndrome Bi ou Pei associam-se os três factores climatológicos Yin. No
entanto, há sempre um dos três que predomina e dependendo do factor climatológico
mais incidente produz-se uma sintomatologia diferente:
204
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
● Tratamento
O tratamento a seguir, por exemplo, numa epicondilite fria, num ombro congelado, na
articulação coxo-femural de predomínio frio ou numa dor de joelho frio é o seguinte:
Deve-se que moxar o R Yang [4DM (Migmén), 23B (Shénshu), 6RM (Qìhai)] evitando
que o frio possa estancar.
205
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
O vento produz-se porque há um escape do Qi. Para que não haja um escape de Qi
devemos tonificar o sangue. Tonificando o sangue reduzimos o vento. O Yin retém o
Yang. Os pontos de tonificação do sangue são os seguintes: 6BP (Sanyinjiao), 10BP
(Xuehai), 4RM (Guanyuan), 17B (Geshu), 52B (Zishi), 9P (Taiyuan), 13F (Zhangmén).
206
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
O 6BP (Sanyinjiao) é o Luo de grupo dos três órgãos sanguíneos (R, F, BP).
O 10BP (Xuehae) é o mar do sangue. É o Xi somático de BP desbloqueia o BP a nível
somático, portanto a nível do sangue. O BP tem a função de esponja, é um regulador da
bulimia. Se descongestionamos o BP aumenta a bulimia e incrementa o sangue. É um
desbloqueador do estancamento do sangue. Puntura-se para acima.
O 52B (Zhishi) é o Shu de apoio do R. O ponto Shu do R trata o aspecto Yang do R,
enquanto o Shu de apoio trata o aspecto Yin de R, a medula óssea. A função metabólica
de R é alimentar a medula óssea. O 52B (Zhishi) é um ponto hematopoético além de ser
o ponto da vontade.
O 9P (Taiyuan) é o Roe das artérias e circulação. É o ponto de tonificação do P.
Quando se tonifica o P está-se a estimular a energia torácica, o Tong Qi, para que o C.
impulsione o sangue.
O 13F (Zhangmén) é o ponto reunião de órgãos. É o ponto Mu de BP que é o mar do
sangue.
16DM (Dazhui), 10B (Tianzhu), 20VB (Fengchi), 12B (Fengshu), 17TR (Yifenz) como
pontos mais importantes. Todos estes pontos são pontos [excepto o 12B (Fengshu)]
janelas do céu e libertam o vento. Ao punturar as janelas do céu, liberta-se o Qi
orgânico que é o que gera o vento. São pontos de descongestão.
O 14DM (Dàzhu) não serve para libertar o vento. O 14DM é o ponto de cruzamento
dos Yang, cruzam-se ID, IG e TR (aparte das conexões que tem com a B, com a VB,
etc.). No 14DM acumula-se a energia perversa que vai pelos MP (exógena), não a
energia perversa endógena. Quando num reumatismo há componentes endógenos há
que libertar o interior através das janelas do céu.
O ponto fogo neutraliza o frio e o vento. Para neutralizar o frio temos que moxar o
ponto fogo; para neutralizar o vento temos que estimular o ponto fogo.
Os 12 MP de acupunctura associam-se dando lugar aos planos energéticos e aos
cinco movimentos.
207
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
208
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
Portanto, o ponto fogo neutraliza tanto ao frio como o vento. Por isso, nos processos de
vento que se deslocam ao longo do MP é imprescindível estimular o ponto fogo. No
entanto, na dor de origem vento onde aparecem as dores não localizadas, deve-se
realizar uma terapia mais geral, já que a dor não percorre um MP concreto.
1.3.1. Regular o centro e o Yang Ming: 4IG (Hegu), 36E (Zu SanLi) e o 12RM
(Zhongwuan).
O tratamento de regularizar o centro e o Yang Ming realiza-se para metabolizar
as fleumas. O centro, o TA médio, é formado pelo E e o BP. O Yang Ming é formado
pelo E e o IG.
Há pacientes que têm uma dieta muito sã e cuidada e ainda assim têm os níveis de
colesterol, etc., altos. Isto deve-se à hiperactividade de absorção, o pouco que comem
vai directamente para o sangue.
Para eliminar as fleumas há que regular o centro e o Yang Ming. Desta forma
actua-se em geral, sobre a energia. Este tratamento é comum em acupunctura (utiliza-
se para tudo).
209
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
210
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
211
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
• Características clínicas
212
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
Celulite.
Quistos sebáceos (poliquistose sebácea). A gordura não se difunde ao
longo do tecido conjuntivo e aparecem acumulações
Parestesias e sensação de insectos por baixo da pele.
Palpitações.
Hipersensibilidade cutânea.
Alopécia, queda do cabelo. Produz-se por um estancamento do folículo
piloso. Se o Qi de BP está bem o folículo piloso está bem. Se não há função
biológica a gordura deposita-se, produz uma obstrução das vias e acaba por
produzir uma hipertrofia do sistema.
213
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
● Tratamento
Perante qualquer destes reumatismos devemos fazer uma técnica cuidada, por um
lado, potenciar o terreno onde assenta o mal, e por outro lado, eliminar o factor
patogénico.
Devemos recordar que nos processos de estancamentos, moxar é às vezes muito mais
importante que a agulha.
A moxa neutraliza o frio (Yin), dissolve a humidade (a fleuma) e estimula o Yang
214
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
215
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
● Características clínicas
3.1. Reumatismo endógeno de frio latente: verdadeiro frio –falso calor
Segundo a M.T.C. o frio é morte, "anti-vida". O calor é vida. Quando uma pessoa
apanha frio, o corpo reage imediatamente levando muita energia a essa zona, para
evitar a morte. Quando a energia sai em defesa perante o frio produz-se uma grande
hiperemia (aumento de temperatura, vermelhidão), porque a energia é o sopro do
sangue, e onde vai a energia vai o sangue.
A hiperemia produzida por frio é denominada em M.T.C. frio latente ou
verdadeiro frio - falso calor.
Quando uma pessoa jovem e saudável que tem abundante energia vital realiza
um acto de exercício físico dilatam-se os poros da pele e começa a suar. Se no momento
de dilatação dos poros parámos o exercício físico e é atacado por um vento frio, este
penetra em massa por todo o corpo vencendo os mecanismos homeostáticos. O MTM,
o Luo Longitudinal e o MD vêem-se ultrapassados e o frio chega ao MC. Todas as
energias orgânicas vão em defesa do MC. Neste momento, todo o calor do organismo,
se acumula no MC. Produz-se hipertermia endógena. Esta plenitude calor
(pseudocalor), que se produz no MC tem que ser expulsa porque pode queimar o
pericárdio, as artérias e as veias (autocombustão).
Existem três mecanismos de liberação da plenitude cardíaca, do calor endógeno.
Se nenhuma destas três vias fosse capaz de eliminar a plenitude produzia-se a morte
por hipertermia e pericardites agudas:
216
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
Em certos casos a via fisiológica não é suficiente para expulsar esta plenitude.
O verdadeiro frio falso calor coincide com o exemplo de pegar neve com a mão. As
mãos arrefecem até ao momento que o frio queima. Quando a neve toca o corpo há
uma reacção brusca da energia que trata de neutralizar o frio.
217
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
A plenitude antipatogénica pode ser muito superior à plenitude patogénica e pode ser
derivada ao exterior através dos Luo Segmen-
218
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
tários. Desta forma, pode-se manifestar nos espaços intercostais, na cara, etc. Como é
uma energia defensiva, não devemos punturar os pontos desse lado, mas os do lado
patógeno. Este mecanismo de expansão do calor endógeno através do Luo
Segmentários é o que produz a neuralgia de trigémeo, a neuralgia intercostal, a
ciatalgia de MD, a neuralgia herpética, algum tipo de prurido, etc.
Hoje em dia pensamos que no organismo existem vias neurológicas em estado
virtual, e que somente se activam por uma energia ou por um motivo determinado.
Segundo esta tese, de todo o sistema neurológico somente funcionam os nervos mais
importantes, mas existem cadeias de neuronais e axonais que não funcionam em
circunstâncias normais convertendo-se em circuitos de suplência. Estas vias
funcionam, só, quando se anula a via principal e adquirem características colaterais ou
quando há um estimulo energético capaz de provocar a sua funcionalidade. Isto ocorre,
por exemplo, com a craneopuntura, que consegue que zonas que não tinham uma
função determinada se activem e realizem essa função.
Esta última tese está assente nos princípios antigos. Para que uma terminação
nervosa adquira características biológicas tem que ser estimulada por uma energia.
Desta forma, o sistema nervoso é energia e matéria ao mesmo tempo.
Os Luo Segmentários são ramificações enérgico - neurológicas endógenas dos MD
que conexionam o MC com todas as partes do organismo.
Se num momento determinado o MC tem excessiva energia pode provocar a
saída dessa plenitude através do Luo segmentário. O calor brota desde o MC a
qualquer parte do corpo. É o exemplo de herpes: um surto de calor endógeno pode
provocar uma queimadura intercostal, um herpes do lábio, da cabeça ou uma
queimadura na perna.
Se numa patologia de MD, por exemplo, uma neuralgia de trigémeo,
punturamos o lado doloroso, tiramos a plenitude anti-patogénica, que é maior que a
patogénica. A dor cessa rapidamente mas diminuímos a capacidade anti-patogénica do
corpo pelo que em pouco tempo a energia patogénica evoluiu para o lado saudável
(que era o doloroso). Desta forma bilateraliza-se o quadro.
A M.T.C. diz que o MC como entidade equilibradora global, equilibra tanto o aspecto
físico como o psíquico. O MC tem duas funções, uma psíquica e uma somática: deve
manter uma homeostasia tanto
219
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
com o exterior como com o interior do corpo. Portanto, pode ser afectado tanto pelo
exterior como pelo interior do corpo.
O MC tem dois hemisférios, igual ao cérebro. O MC esquerdo é o MC Yang (Qi),
enquanto o direito é o MC Yin (Shen). O MC Yang manifesta-se no Shu do dorso (14B)
(Yuéyinshu) e o MC Yin manifesta-se no ponto Mu de MC (17RM) (Shanzhong).
O 17RM neutraliza o Shen, enquanto o 14B (Yuéyinshu) neutraliza os problemas
de agressão da energia perversa, problemas do Qi. Para potenciar o sistema imunitário
em relação ao factor climatológico e melhorar a circulação linfática temos que estimular
o 14B (Yué- yinshu); para aumentar a capacidade imuno-defensiva psíquica temos que
estimular o 17RM (Shanzhong).
O órgão e a víscera conectam-se com os MD a nível interno por pares. O MC
esquerdo recebe os Yang, enquanto o MC direito recebe os Yin. Por isso, o MC direito é
emocional, já que os órgãos regem as emoções, enquanto o MC esquerdo é hemostático
(Qi), porque as vísceras neutralizam o factor cósmico.
Por exemplo, a nível interno, o BP-E mantêm uma relação e se acoplam. O MP de BP
do lado direito (Yin) vai ao MC. No entanto, no lado esquerdo (Yang) é o MP de E, o
que se conecta com o MC.
220
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
Neste caso, o factor climatológico penetra com muita facilidade e provoca duas
plenitudes, a plenitude direita que tenta neutralizar o factor emocional, e a plenitude
esquerda perante a invasão de uma energia perversa. Desta forma gera-se uma
síndrome de plenitude do MC. A M.T.C. denomina-a de síndrome de explosão do Xin
Bao.
Esta explosão, igual no caso do frio latente, utiliza a via reversa e manifesta-se
com dor nas grandes articulações. Este quadro, a diferença do frio latente, é um
verdadeiro calor produzido por uma plenitude. Devemos realizar o diagnóstico
diferencial em relação ao frio latente:
221
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
• Tratamento
3.1. Sindrome Bi ou Pei frio latente: verdadeiro frio, falso calor
3.1.2. Liberar o Xin Bao (pontos janelas do céu): 10B (Tianzhu), 20VB (Fengchí),
16DM (Fengfu), 12B (Fengmén)
3.2.2. Sedar o Yang de F: 2F (Xíngjian) (ponto de sedação do F), 18B (Ganshu) (ponto
Shu do dorso de F)
3.3.3. Regularizar o centro e o Yang Ming (como origem de todas as vísceras): 12RM
(Zhongwan), 4IG (Hégu), 36E (Zu San Li).
222
Capítulo IV: A enfermidade reumática segundo a M.T.C.
3.3.4. Sedação dos fogos (Yang): 18B (Ganshu), 14B (Yuéyinshu), 2F (Xíngjian).
Tentamos sedar o fogo para que não destrua, fazemos com que o fogo interno
(do MC e do F) não alastre sobre as vísceras que estão débeis. Desta forma,
fazemos profilaxias e evitamos a destruição da B, VB e E.
Para sedar os fogos temos que sedar os pontos Shu do dorso do F e MC. Neste
caso, o Yang de C (15 B) (Xinshu) não se seda. O 18 B (Ganshu) (Shu do dorso de
F) e o 14 B (Yuéyinshu) (Shu do dorso de MC) adicionamos o 2F (Xingjian)
(ponto de sedação do F). Desta forma, a sedação do F e do MC contribuem para
sedar o C.
223
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
224
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Capítulo V
225
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
226
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
LOMBALGIAS
227
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
b.1) Lombalgia por vazio do Rim Yin: provocada por excesso de sexualidade com
diminuição do Thin renal, ou então, constitui um sintoma acompanhado
de uma síndrome geral do vazio do rim Yin, com zumbidos, vertigens,
insónias, hipertensão, etc.
228
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Clínica:
Dor intensa ao nível do ponto 4DM (Mingmen) (2ª vértebra lombar). O
Mingmen é o ponto em que a aflora a rama ascendente posterior interna
do Chongmai e é indicativo da capacidade de energia de reserva do Rim
Yang. Assim um bom Rim Yang manifesta-se por ”força nos lombos”,
sensação de força lombar e efeito de retracção ou aumento da lordose o
que proporcionará as lesões de tipo discal e outras alterações raquídias.
Sensação de perda de equilíbrio ao realizar uma extensão da coluna
vertical para traz.
Impossibilidade de levantar pesos.
229
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Tratamento
1. Humidade – Frio
Tonificar o Rim Yang
Punturar o 40 B (Weizhong) por ser o ponto que “comanda a região
lombar”
Punturar os pontos A´shi
Moxar o ponto 60 B (Kunlun) por ser o ponto “fogo” do meridiano da
bexiga e capaz de combater o frio ao nível do meridiano.
2. Humidade- Calor
Tonificar o Rim Yin
Punturar o ponto 40 B (weizhong)
Punturar os pontos A´shi
Punturar (não muxar) o ponto 60 B (Kunlun)
230
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
231
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
LOMBALGIAS EXÓGENAS
HUMIDADE-FRIO
Etiologia: Frio húmido depois de uma transpiração abundante, Viver em lugares
húmidos e frios.
Tratamento: Tonificar RYang e 40B (Weizhong), 2 DM (Yaoshu), 3 DM (Yaoyangquan),
4 DM (Mingmen), Huatuojiaji (85 PC) e A’shi da zona, 60 B (Kunlun) ponto
fogo.
HUMIDADE- CALOR
Etiologia: aparece essencialmente no verão com humidade contínua, sempre com
inflamação e edema local
Tratamento: tonificar R yin e 40 B (Weizhong), 2 DM (Yaoshu), 3VG(Yaoyangquan),
4DM(Mingmen) Huatuajiaji (85 PC) e A’shi da zona.
LOMBALGIAS ENDÓGENAS
232
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Zu Shaoyin (R) . Dor intensa com irradiações gerais, sensação anormal de calor entre o
10B (Tianzhu) e o 23B (Shenshu).
Tratamento: 2 R (Rangu) e 3R(Taixi) ( não sangrar).
233
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Quando a causa da dor lombar não esta definida há distintas técnicas de terapia por
electroestimulaçao que são eficazes independentemente da etiologia.
A) 1º Tratamento
Acupuntura simples nos seguintes pontos: 3 ID (Houxi), 20DM (Baihui), 2DM
(Yaoshu), 3DM (Yaoyangquan), 4DM (Mingmen), 31B (Shangliao), 25B
(Dachangshu), 26B (Guanyuanshu), 60B (Kunlun) e 11B (Dazhu) (ponto Roé dos
ossos), 40B (Weizhong).
Electroestimulaçao durante dez minutos com onda china a 60Hz e intensidade
tolerável. Ponto postivo em 31B (Shangliao) e pólo negativo em 60B (Kunlun).
Electroestimulaçao durante dez minutos: pólo positivo 11B (Dazhu) e negativo em 40B
(Weizhong).
O tempo total da sessão será de 20min.
B) 2º Tratamento
Electroestimulaçao durante dez minutos com onda china a 60 Hz e intensidade
tolerável no ponto positivo 7 R (Fuliu) e ponto negativo 60 B (Kunlun).
A continuaçaõ: outros dez minutos: pólo positivo é o ponto Ashi sacrolombar
(ponto mais doloroso da zona à palpação) e o ponto negativo é o 40 B
(Weizhong).
Todo o tratamento, acompanhado de puntura simples nos pontos 11B (Dazhu), 26DM
(Renzhong) e 4 DM (Migmen).
C) 3º Tratamento
Puntura simples nos seguintes pontos: 60 B (Kunlun), 34VB (Yanglingquan),
30VB (Huantiao), 2DM (Yaoshu), e 11B (Dazhu).
Electroestimulaçao com onda china a 60 Hz intensidade tolerável. Pólo positivo
A’shi paravetebral mais doloroso e pólo negativo no homólogo oposto ao
anterior.
A duração da sessão será de 20 minutos.
234
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
D) 4º Tratamento
Propomos como tratamento mais exprimentado o seguinte.
Abrir o Yangqiao com o ponto 62B (Shenmai)
Acupunctura simples em:
• 60B (Kunlun) como ponto analgésico específico
• 40B (Weizhong) ponto que comanda a região lombar e He do Merediano
da Bexiga
• 11B (Dazhu) ponto Roé dos ossos
• 2DM (Yaoshu), 3DM (Yaoyangquan) e 4 DM (Mingmen) como pontos
locais do Dumai.
• 26DM (Renzhong) para descongestionar o Dumai.
Electroestimulaçao com onda china a 60 Hz e intensidade tolerável sobre os
pontos huatuajiaji (85 PC) e pontos da rama interna da B, elegendo 5 ou 6
pontos de cada lado segundo o seguinte esquema
235
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
TRATAMENTO SINTOMÁTICO
236
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
TRATAMENTO DE DORSALGIAS
237
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
TRATAMENTO COCCIGODINA
Aplica-se aformula ARA [tranfixaçao do 27B (Xiachangshu) e 30B
(Baihuanshu) e do 31B (Shangliao) ao 35B (Huiyang).
Punturar os pontos 1 DM (Changquiang), 62B (Shenmai), 60B (Kunlun), 40B
(Weizhong), 3ID (Houxi) e 16DM (Fengfu).
Sobre a fórmula de ARA aplivam.se os critérios da elestroestimulaçao
dispersante.
CERVICALGIAS
O tratamento das cervicalgias é diferente do tratamento normal do resto das dores
paravertebrais, ao não existir na área cervical os pontos Huatuojiaji (85PC).
A acupunctura neste tipo de dor tem-se mostrado muito eficaz através do seguinte
tratamento:
Abrir o Dumai com 3ID (Dazhui).
Punturar o 14DM (Dazhui).
Punturar os cinco pontos mais importantes da base do craneo situados ao
nível da linha de pertuberância occipital: 10B (Tianzhu), 20B (Fengchi) e
16DM (Fengfu).
Punturar os espaços intravertebrais ao nível do Dumai na área dolorosa
Trasfixiar a linha do 10B (Tianzhu) ao 11B (Dazhu).
Trasfixiar fazendo um arco no epicentro doloroso seguindo a linha das
apófises transversais
Fechar com 62B (Shenmai).
Electrestimulação dispersante. Onda china, frequência superior a 60Hz e
intensidade tolerável
238
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
CITALGIAS
Vamos considerar as citalgias de origem energética ou funcional, já que as ligadas a
processos discais ou alterações similares, ainda que beneficiem da acupunctura pelo
seu efeito analgésico, os seus tratamentos entrarão no campo cirúrgico ou osteopático.
Normalmente a ciática é provocada por uma agressão das noxas cósmicas sobre
as vias energéticas que vão seguir um processo de progressão de acordo com os
planos energéticos.
Em geral a primeira sintomatologia dolorosa percorre o trajecto de Zu-Taiyang
(B), (zona posterior da coxa, osso poplíteo, espaço intergemelar e irradia por
detrás do malélo externo e face lateral externa do pé até ao quinto dedo). Este
episódio pode desaparecer com algum tipo de medicação e ao fim de algim
tempo, mais ou menos longo, pode aparecer um quadro doloroso seguido
quase sempre do trajecto do Zu-Shaoyang (a dor irradia pela parte anterior da
coxa e perna, parte antelateral do maléolo externo e quarto dedo do pé). Se este
problema persiste, ao fim de certo tempo a dor pode extender-se ao trajecto Zu-
Yangming (a dor irradia pela parte anterior da coxa sobre o músculo recto
anterior, parte lateroexterna do joelho, parte anterior da perna por fora da crista
tibial, garganta do pé e afectando o terceiro e segundo dedo). Passando esta
fase, aparece a ciática dos planos Yin e vai produzir o que em “gíria
acupunctural” se denomina por “potência energética” com dores que não
seguem os trajectos dos Meridianos Principais, são totalmente anárquicas,
afectando qualquer zona dos membros inferiores da origem a uma espécie de
parestesia em toda a perna. Isto supõe um transtorno crónico muito evoluído e
de difícil tratamento com qualquer método.
Tratamento
1. Tratamento da zona lombar pela possível afectação do nervo ciático ao
nível da sua raiz de saída. Utiliza-se a seguinte técnica: 3ID (Houxi),
2DM (Yaoshu), 3DM (Yaoyangquan), 4DM (Migmen) e 23B (Shenshu)
pontos A’shi, agulhas transfixiantes nos pontos Huatuojoaji (85PC) e no
Meridiano Principal da Bexiga com electroestimulaçao tonificante (1,5
hertz, descontinuo) já que existe um vazio energético local que origina
debilidade lombar, actuando esta, como factor de prodisposição. A
estimulação tem a
239
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Ciática de Taiyang
67B (Zhiyin) Jing-pozo e ponto de tonificação
64B (Jinggu) ponto Yuan e 4R (Dazhoong) Luo de R
Transfixaçao da zona delorosa e electrodispersao
60 B (Kunlun) ponto analgésico
40B (Weizhong) ponto He
Ciática de Shaoyang
44VB (Qiaoyin) Jing-pozo
67B (Zhiyin) Jing-pozo do anterior
43VB (Xiaxi) ponto de tonificação
40VB (Qiuxi) Yuan e 5F (Zhongfeng) como Luo do F
Tranfixantes na área dolorosa e electro dispersão
40 B (Weizhong) ponto He anterior
34VB (Yanglingquan) ponto He de VB
Ciática de Yangming
45E (Lidui), 44VB (Qiaoyin) e 67B (Zhiyin) Jing pozo do actual e dos anteriores
41E (Jiexi) ponto de tonificação
40E (Fenglong) Yuan
5BP (Sangqiu) ponto Luo BP
Tranfixantes na área dolorosa e eleectrodispersão.
6E (Zusanli) 34VB (Yanglingquan) e 40B (Weizhong) pontos He actual e
anteriores.
240
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
241
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
É interessante a puntura neste tipo de dor, dos pontos 37E (Shangjuxu) e 39E
(Xiajuxu), por serem pontos Roé do IG e ID respetivamente e a relação alto-
baixo com os respectivos Meridianos.
Alguns autores indicam como tratamento “de experiência”, punturar o 15IG
(Jianyu), 11ID (Tianzong), 14TA (Jianliao), o PC (Jianneiling) e 16IG (Jugu) como
locais e 11IG (Quchi), 4IG (Hegu), 5P (Chizé), 9P (Taiyuan), 9TA (Sidu) e 4TA
(Yangchi) como distantes.
Outras prescrições
9ID (Jianzhen), 1C (Jiquan), 6ID (Yanglao), 6MC (Niguan), 15IG (Jianyu)
punturando em três direcções diferentes 38E (Tiaokou) e 57B (Chegshan).
6ID (Yanglao) e 10B (Tianzhu).
11IG (Quxhi) e 15TA (Tianliao).
14TA (Jianliao), 12B (Fengmen), 3TA (Zhongzhu) e 11B (Dazhu).
242
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
ARTROSE DA COXA
Este tratamento, como é lógico, não cura a artrose da anca, mas obtemos bons
resultados no que se refer ao alívio da dor e na estabilização da articulação.
243
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
GONALGIAS
Consideram-se:
1) Gonalgias por excesso de peso, nas quais o excesso de carga origina
alterações do joelho. O tratamento consiste em actuar sobra a dor local
através da técnica Tendinomusculares, pontos locais em electroestimulaçao
dispersante e establecer um sistema adequado para a perda de peso.
2) Gonalgias pós – climatéricas, produzem-se por acúmulo fleumoso na parte
interna do joelho, associadas a um transtorno no metabolismo do Baço –
Pâncreas e, conseguem-se bons resultados com acupunctura.
EPICONDILITES
Geralmente correspondem a uma alteração dos Meridianos Principais e
colaterais do Intestino Grosso, contudo às vezes, existe afectação dos pulmões e
mais dificilmente do Triplo Aquecedor
Normalmente é uma sundrome de origem Vento e no seu tratamento utliza-se
a técnica Tendinomusculares de acordo com o seguinte esquema:
244
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Outras prescrições
4IG (Hegu) e 10IG (Shousanli) em electroestimulação intensa e pontos
A’shi na moxabustão de 10 a 12 minutos (Fonte C.T.).
42E (Chongyang), 11IG (Quchi), 15TA (Tianliao), 10IG (Shousanli), 44VB
(Qiaoyin).
10TA (Tianing), 11IG (Quchi), 5MC (Jianshi), 5IG (Yangxi), 3TA
(Zhongzhu), 9P (Taiyuan), 4ID (Wangu), 7P (Lieque), e 2TA (Yemen)
(Fonte GACM).
245
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Tratamento
Fundamentado na técnica dos M Tendinomusculares. Do M.P. da
Bexiga, prioritariamente, utilizando 67B (Zhiyin), 64B (Jinggu) e 4R
(Dazhong) como pontos Jing-pozo e tonificação, Yuan e Luo do
acoplado.
Pontos A’shi em electroestimulaçao dispersante nos casos agudos ou
tonificante como moxaçao nos casos crónicos.
34VB (Yanglingquan) como ponto Roé dos músculos e tendões.
246
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
ENTORSE DO TORNOZELO.
Tratamento:
Pontos principais: pontos A’shi
Pontos suplementares: 39VB (Xuanzhong) e 6BP (Sanyinjiao).
Em primeiro lugar punturamos os pontos A’shi com estimulação moderada. Se
o resultado não for satisfatório, adicionamos os pontos suplementares usando
estimulação forte. Se a entorse afecta os ligamentos do lado médio, utilizamos o
6BP (Sanyinjiao) se a entorse é do ligamento tíbio-perónio astragalino anterior,
utilizamos o 39VB (Xuanzhong).
Pode-se utilizar o martelo de 7 pontas na área afectada, até que que se produza
um ligeiro sangramento, podendo aplicar-se ventosa durante 3 a 5 minutos
também se pode moxar com puros de moxa de 10 a 15 minutos.
Esta patologia junto com a tenossinovite do músculo flexor dos dedos, entra
dentro dos tradicionais bloqueios dos tendões. No geral, atribuem-se a
alterações dos M.T.M., ou seja, a sua circulação fica obstruída.
O tratamento orienta-se de forma a relaxar os músculos e a facilitar a circulação
através dos meridianos
Tratamento:
Pontos principais: pontos A’shi.
Pontos suplementares: 5IG (Yangxi), 7P (Llequé) e 4 IG (Hegu).
247
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Tratamento:
— Pontos principais: 7 MC. (Daling) e 107 PC. (Shangbaxie).
— Pontos suplementares: 6 MC. (Neiguan) ou 5 TA. (Waiguan)
7 MC. (Daling) é o ponto mais importante. Dirigir a agulha até ao túnel carpiano e e
usar estimulação forte. Não reter a agulha. Se for necessário, adicionar os outros
pontos para fortalecer a estimulação. Pode-se aquecer com puro de moxa, 10 a 20
minutos, duas vezes ao dia.
Acupuntura cutânea: golpear com o martelo “flor de círculo” ao longo de uma banda
de aproximadamente dois centímetros de
248
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
largura, em torno do pulso afectado de uma largura de dois dedos acima da prega
transversal. Golpear até que haja uma congestão local de sangue.
Outras prescrições:
— Mão e antebraço adormecidos: 10 TA. (Tianjing), 11 IG. (Quchi), 5 TA. (Waiguan), 8
P. (Jingqu), 6 TA. (Zhigou) 5 IG. (Yangxi), 4 ID.(Wangu), 9 ID. (Shanglian) e 4 IG.
(Hegu).
— Mão adormecida: 11 P. (Shaoshang), dor da mão: 5 MC (Jianshi), bloqueio das mãos
8 MC. (Laogong).
— Mão adormecida e dorida: 3 ID. (Houxi), 3 IG. (Sanjian), PC. (Baxie).
São alterações dos tecidos moles, tais como a pele, músculos e tendões do tronco ou
dos membros sem fracturas, deslocação ou feridas.
As principais manifestações são: dor e inflamação das áreas afectadas, desiquilibrio
motor ou lesões nas articulações.
O estancamento local de Qi e do sangue nos Meridianos das zonas afectadas é devido à
lesão dos tecidos tendinosos e das articulações, produzido por movimentos violentos,
posturas forçadas, contusões, quedas, tracção ou torção.
As principais manifestações são: inflamação e dor local, eritema ou equimose. Em casos
graves, aparecerá uma área inchada com alteração motora das articulações. Uma ferida
antiga, caracteriza-se por ausência de inflamação significativa, mas com recorrência
repetida devido à invasão de factores externos: frio, vento e humidade. A alteração
produz-se, principalmente, no ombro, cotovelo, pulso, costas, anca, joelho e tornozelo
(zonas de concentração energética ou barreiras dispersantes como são os pontos
P.P.M.D., He e Jing-rio.)
A entorse ou contusão em qualquer lugar do corpo deve-se a uma alteração tendinosa
com estancamento de Qi local e estase do sangue, que se manifesta mediante
inflamação e dor com amolecimento. No caso de o tratamento não ser bem feito, o Qi e
o sangue consomem-se e a
249
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
circulação nos meridianos tende a ser obstruída pela exposição ao frio, ao vento e à
humidade. Por isso a dor agrava-se com o mau tempo.
Tratamento:
Utilizam-se principalmente os pontos A´shi.
Os pontos distais e locais dos meridianos, segundo a técnica descrita na M.T.C., podem
combinar-se para activar a circulação do sangue, aliviando assim, a inflamação e a dor.
Aplica-se electroestimulação e/ou moxação nos pontos locais punturando-se apenas os
pontos distais.
TORCICOLOS
250
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
PESCOÇO RÍGIDO
A medicina chinesa atribui, como causa a esta condição, um ataque de Vento e de Frio,
que penetra nos canais durante o sono. O movimento normal de Qi e de sangue
perturba-se alternadamente e os canais musculares bloqueiam-se quando ao dormir se
adopta uma posição forçada e não habitual.
Tratamento
251
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Outras prescrições:
1. Pescoço imóvel e muito dolorido: 1 ID. (Shaoze), 2 ID. (Qiangu), 3ID. (Houxi), 5 ID.
(Yanggu), 12 VB. (Wangu), 60 B. (Kunlun), 3C. (Shaohai), 2 B.(Zanzhu) (Fonte TDP).
2. Pescoço rígido: 64 B. (Jinggu), 11 B. (Dazhu), 37 B. (Pohu), 21 VB.
(Jianjing), 16 TA. (Tianyou), 3 ID. (Houxi) e 10 B. (Tianzhu). Para a dor que no
pescoço irradia para as costas e ao ombro 10 TA. (Tianjing) (Fuente CNLAM)
3. Pescoço rígido: 24 VC. (Chengjiang), 16 VG. (Fengfu) y 3 ID. (Houxi) (Fuente OM).
FASCITE PLANTAR
Fala-se aqui da dor que se expande desde o calcanhar até aos metatarsianos,
relacionada com irritação da fascia que cobre a musculatura plantar.
Tratamento:
O tratamento procura restaurar a circulação do Qi e do sangue, através dos canais, que
ao estarem obstruídos causam dor.
Pontos principais: pontos de dor (A´shi).
Pontos suplementares: 57 B. (Chengshan), 3 R. (Taixi) e 60 B.(Kunlun).
252
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
OSTEOCONDRITE DISSECANTE
Tratamento:
O tratamento fundamental, consistirá:
253
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
A) Tratamiento etiológico:
— Tonificar o Rim Yin (sessões pares).
— Tonificar o Rim Yang (sessões ímpares).
— Liberar o Feng (sessões pares).
— Regular o TA com os pontos Mu: 5 RM. (Shinmen), 7 RM. (Yinjiao) e 12 RM.
(Zhongwan) (sessões ímpares).
— Regular o centro e o Yangming: 4 IG. (Hegu), 36 E. (Zusanli) e 12 RM. (Zhongwan)
(Sessões pares).
— Seleccionar los pontos: 5 TA. (Waiguan), 30 VB. (Huantiao), 34 VB. (Yanglingquan),
39 VB. (Xuanzhong), 41 VB. (Zulinqi), 43 VB. (Xiaxi), 60 V. (Kunlun), 7 P. (Liequé),
11 B. (Dazhu) e 3 ID. (Houxi)
B) Tratamento sintomático:
JOELHO:
— Pontos A’shi fundamentalmente na interlinha articular e «olhos do joelho» (136 PC)
dando especial atenção ao 8 F. (Ququan), 34 E. (Liangqiu), 40 B (Weizhong), 34 VB.
(Yanglingquan) e 9 BP. (Yinglingquan).
— À distância: 2 F. (Xingjian), 31 VB. ( Fengshi), 60 B. (Shenmai) e a selecção de 41 VB.
(Zulinqi) ou de 62 B. (Kunlun).
COTOVELO:
— Pontos A´shi especialmente 5 P. (Chize), 3 C. (Shaohai), 10 TA. (Tianjing), 11 IG.
(Quchi) e 10 IG. (Shousanli)
— À distancia 3 RM.(Zhongji).
Seleccionar o ponto 42 VB. (Zulinqi) ou 60 B. (Kunlun).
ANCA:
— Pontos A´shi profundos e fundamentalmente 30 VB. (Huantiao) e 31 VB. (Fengshi).
— Pontos à distância 15 TA. (Tianliao), 26 VB. (Daimai), 27 VB. (Wushu) e 28 VB.(Weidao)
— Pontos de selecção 34 VB. (Yanglingquan).
OMBRO:
— Pontos A´shi profundos e fundamentalmente 12 ID. (Bingfeng), 14 TA. (Jianliao) e 15
IG. (Wudy), 15 TA. (Tianliao) e 14 IG. (Binao).
— Pontos à distância: 1 P. (Zongfu), 4 TA. (Yangchi), 43 B. (Gaohuang) e 10 IG.
(Shousanli).
— Da selecção de pontos 60 B. (Kunlun).
254
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
PULSO E PUNHO
— Pontos A´shi fundamentalmente 5 IG. (Yangxi), 4 IG. (Hegu), 5TA. (Waiguan), 3 TA.
(Zhongzhu) e 4 TA. (Yangchi).
— À distância 10 B. (Tianzhu) e 2 F. ( Xingjian).
TORNOZELO E PÉ
— Pontos A´shi fundamentalmente 5 BP. (Shangqiu), 60 B. (Kunlun)
62 B. (Shenmai), 40 VB. (Qiuxu), 41 E. (Jiexi), 3 F. (Taichong) e 3R. (Taixi).
— À distância: 38 VB. (Yangfu), 39 VB. (Xuanzhong), 6 BP. (Sanyinjiao) e 58 B.
(Feiyang).
— Seleccionados: 34 VB. (Yanglingquan) y 41 VB. (Zulinqi).
COLUNA:
— Ver tratamento na secção de lombalgia e dorsalgia.
— À distância: 15 TA. (Tianliao), 16 TA. (Tianyou), 19 VB. (Naokong). 20 VB. (Fengchi)
e 21 VB. (Jianjing).
— Seleccionados: 34 VB. (Yanglingquan), 60 B. (Kunlun), 62 B. (Shenmai) e 3 ID.
(Houxi).
Utiliza-se estimulação do tipo tonificante e se existir reacção ao frio, aplicar moxação,
com um tempo médio de 20 minutos em sessões de dias alternados. O tratamento deve
englobar 10 a 15 sessões.
255
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
COTOVELO
— Sussman: 4IG.,10 IG.,11 IG.,3 MC., 6 MC., 4 TA., 5 TA.,10 TA., 5P e 8 ID. (artrites).
— Van Nghi e Gourion: 11 IG., 4 IG., 1 TA., 5 TA., 5 P. (Pei).
— Fundamentos: 11 IG., 5 P., 10 TA., 5 TA., 4 IG. (síndrome Bi ou dor das articulacões).
— Pao-Cheng Niu: 5 P., 11 IG., 5 TA. (artralgía, artrites, artroses)
— Han Dong Kyu: 10 IG., 11 IG., 8 ID., 6 MC., 5 P., 3 C., 3 MC., 5TA. (artrites)
Aurícula:66 PA.
— Jayasuriya: 11 IG., 5 IG., 10 TA., 5 TA., 4 IG. (Bi do cotovelo).
— L. Chaitow:
O tratamento consiste num intenso estímulo de dois pontos, que pode ir
acompanhado de moxabustação a menos que se indique o contrário.
Seleccionar entre dois pontos seguintes: 11 IG., 12 IG., 20 TA., 34 VB., pontos
A´shi locais.
Se existe dor artrítica: 4 C., 4 ID., 3 TA., 5 TA.
Pontos auriculares: ponto do cotovelo e Shenmen da orelha.
— Han Dong Kyu (dor de cotovelo): 20 VB., 21 VB., 9 ID., 11 ID., 15ID.,15 IG. , 15 TA.,
2 MC., 3 MC. (5 moxas), 2 C., 3 C. (3 moxas), 5 P. (3 moxas), 10 IG., 11 IG. (3 moxas).
Pontos auriculares: 55, 65, 66, 67 PA.
OMBRO
— Di Concetto e Cols: 14 IG.,15 IG.,16 IG.,14 TA., 9 ID.,10 ID., 127 PC., 2 P. (poliartrite
reumatóide).
— Baron e Gourion: 21 VB., 13 TA., 14 TA., 15 TA., 14 IG., 15 IG., 16 IG., 9 ID., 10 ID.,
11 ID., 12 ID., 13 ID., 14 ID., 15 ID.
— Prontuario: 16 VB., 14 IG., 16 IG., 9 ID. (artrites).
— Prontuario: 15 IG., 16 IG. ambos lados, 18 IG. ambos os lados, 9 ID.,
10 ID., 13 ID., 18 ID., 14 ID. Ambos os lados, 13 TA. (artrite reumatóide do ombro)
14 TA., 40 B. ambos os lados.
— Sussman: 2 IG., 10 IG., 11 IG., 15 IG.,16 IG.,3 ID., 6 ID., 10 ID., 11 ID. 12 ID., 14 ID.,
4 TA., 5 TA., 10 TA., 11 TA., 12 TA., 14 TA., 15TA., 21 VB., 38 VB.
256
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
MEMBROS INFERIORES
— Precis (artrite): 30 VB., 35 E., 24 VB., 39 VB., 36 E., 41 E., 40 VB., Bafeng (137 PC).
— Baron e Gourion : (espondilite anquilosante).
— Prontuario: 41 E., 42 E., 60 B.(artrite maleolar)
— Sussman: nada referido.
— Van Nghi e Gourión: 62 B., 5 R., 40 VB.
— Fundamentos: 57 B. e 58 B. (Síndrome Bi com dor e adormecimento das pernas).
257
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Pé:
— Di Concetto e Cols: 3 H., 8 ventos (137 PC Bafeng) (poliartrite reumatóide).
— Baron e Gourion. Nada referido (espondiloartrite anquilosante).
258
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Anca:
— Di Concetto e Cols: 29 VB., 30 VB., 12 BP., 30 E., 31 E. (poliartrite reumatóide da
articulação coxofemural).
— Baron e Gourión: 29 VB., 30 VB., 34 VB., 41 VB., 5 TA., 62 B.(espondiloartrite
anquilosante).
259
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Sussman: 54B., 60B., 62B., 65B., 30VB., 31VB., 34VB., 38VB., 40VB., e em geral todos
os pontos; artrite.
Van Nghi e Gourión: 30VB., 29VB., 39VB. (pei).
Van nghi e Gourión: 49 ou 54 B. (nova nomenclatura): Sing Fong, 34VB.
Fundamentos: 30VB., 37V., 29VB. (síndrome Bi ou dor de articulações).
León Chaitow: 30VB., 34VB., 29VB., 11F. pontos auriculares: nádega, articulação
femoral (dor artrítica ou dor geral)
Pao-Cheng Niu: 30VB., 60VB., 31VB., 39VB. (artralgia, artrite e artrose)
Han Dong Kyu: 31E., 53B., 54B., 1-2-3- VG., 30VB., 31VB., 23B. (artrite) Aurícula:
50PA.
Hayasuriya: 30VB., 29VB., 37B. (bi da anca).
JOELHO:
Di Concetto e Cols: 145 PC, 35E, 34VB, 9BP, 7F, 8F, (poliartrose reumatóide).
Baron e Gourión. 38B, 39B, 40B, 60B, 33VB, 34VB, 33E, 34E, 35E, 36E, 9BP, 10BP, 7F,
8F, 3R, 10R. (espondiloartrite anquilosante).
Prontuario: 3VG, 9BP, 6F, 7F, 10R, 54B, 33VB, 34VB, 38VB, 34E, 35E, 38E, 37MP.
(artrite).
Sussman: 32E, 33E, 34E, 35E, 36E, 9BP, 54B, 55B, 60B, 7F, 8F, 30VB, 34VB, 38VB,
41VB. (artrite).
Van Nghi e Gourión: 35VB, 34E, 9 BP, 7F (Pei).
Fundamentos: 34E, Xiyan médio (PC), 34VB, 33VB, 9BP (síndrome Bi ou dor das
articulações).
Pao-Cheng Niu: (artralgia, artrite, artrose).
a) 10B, Hsi Yen, 36E.
b) 9BP, 34VB
260
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
Leon Chaitow. (dor da artritica da articulação do joelho): 40B, 61B, 10R, 33VB, 34VB,
38VB, 6F, 35E, 37E, 38E, 11B, 3VG.
Seleccionar de 6 a 8 pontos entre os da lista consignada. Evitar os pontos
espontaneamente sensíveis ou localizados em inchaços ou tumores. Tratar os
pontos mais fechados ao redor da área dolorosa. Se a área afectada não se puder
tratar por se encontrar demasiado inchada, poderá tratar-se a articulação lateral
oposta. (dor geral): 34E, 36E, 44E, ponto olhos do joelho, 136PC, 10BP, 44E, 8F.
Ponto auriular: articulação do joelho (dor intermitente-neuralgia): 34E, 35E, 37E,
38E, 31VB.
Ponto auricular: joelho
Han Dong kyu (artrite): 34E, 35E (3 moxas), 36E (5 moxas) 39B, 40B, 37VB, 9BP
(3 moxas), 10BP, 7F, 34VB, (3moxas).
Aurículo: 49PA.
Jayasuriya: 34E, 35E, Xiyan médio (olho do joelho), 33vb, 34vb,9bp. (Bi do joelho).
Pontos de alta fiabilidade: 9BP, 10BP, 33VB, 34VB, 34-35-36 E, 7F, 8F, 40B, Xiyan médio
(olho do joelho).
Pontos a comprovar:
33E: Sussman e Baron-Gourión
10R: Baron-Gourion, Prontuario e L. Chaitow
39B: Baron-Gourion e Han Dong Kyu.
60B: Baron-Gourion e Sussman
6F e 3VG: Prontuario e L. Chaitow
38B e 3R: Baron-Gourion
145PC: Di Concetto e Cols.
37MP: Prontuario
32E e 55B: Sussman
37VB: Han Dong Kyu
L. Chaitow: 44E, 37E, 38E, 31VB, 11B, 61B.
33VB: Jayasuriya
Pontos auriculares: 49PA (joelho)
Prontuario (joelho): 2VG: joelho doloroso.
7R: controla o joelho
10R: moxar para reforçar os joelhos fracos
35E: ponto local para o joelho artrítico, junto com 40B.
261
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
262
Capítulo V: Quadros dolorosos mais habituais
263
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
TOMO II
9ª Lição
264
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
CAPÍTULO I
— Introdução.
— Relações energéticas da face com os «King Luo»
do corpo
— Localização dos pontos faciais.
— Localização dos pontos nasais.
— Princípios de eleição dos pontos rinofaciais.
— Metodología.
— Conclusão.
— Introdução.
— Cartografia descritiva.
— Terapêutica.
— Metodologia.
— Conclusão.
— Nomenclatura.
— Localização anatómica.
— Utilização terapêutica.
265
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
266
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
RINOFACIOPUNTURA
INTRODUÇÃO
267
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Segundo Nei Jing Su Wenn (cap.49), a face é um lugar que reflecte os sinais
patológicos dos «5 órgãos e das 6 entranhas e dos 4 membros».
268
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
«As cinco cores do rosto manifestam-se nas zonas de reflexão da face numa relação
estreita com as doenças».
Segundo Nei Jing Su Wenn (Cap.4), o crânio e a face são partes importantes do corpo
onde passam e voltam a passar todos os «King Luo»: «Os 12 King Mu (vasos
meridianos ou meridianos principais) e os 365 Luo (pequenos vasos emanados dos
365 pontos) conduzem a energia e o sague até à face para terminar nos orifícios. É
assim que o «Tong Qi» (energia vital) sobe à face e ganha a raiz para nos dar
olfacto…».
— O Tsou Shao Yin (C), que envia os seus vasos ao pescoço e à garganta e língua
para se pôr em relação com os órgãos visuais.
— O Zu Jué Yin (F), que atravessa o maxilar para comunicar com os olhos, sobe a
parte da frente até acima do crânio para unir-se com o Dumai no ponto 20DM
(Baihui). Dos olhos envia um vaso até o interior do ângulo maxilar para
contornar os lábios e ganhar a face.
— O Tsou Tai Yin (P), envia a sua energia às vias respiratórias altas.
— os 12 Meridianos Distintos, cuja função é repartir a energia por todo o
organismo, constituem o sistema de relação «exterior-interior» (Biao-Li),
«órgão-viscera» (Tzang-Fu).
269
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Su Wenn, representa os cinco órgãos da cara, sendo o centro o nariz, o BP, a hemicara
direita é o P, a esquerda é o F, a parte da frente é C e o queixo é R.
O Lin Shu e o Da Cheng desenvolvem uma distribuição muito similar à que
expusemos neste estudo.
A partir destes documentos pode-se demonstrar as relações
270
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Nei Jing Ling Tsrou (cap.49) menciona com detalhe as zonas racionais da cara. No
entanto, o estilo tão particular desta época (2.000 anos a.C.), obriga a alguns
comentários, a fim de explicar aspectos que poderiam parecer obscuros para os
iniciados.
Assim, a propósito da descrição da linha média da frente e do nariz com as suas
zonas racionais, textualmente lêem-se:
«Dinh», é o crânio e a cara.
«Por baixo de Quyet», está a garganta.
«No meio de Quyet», estão os pulmões.
«Por baixo» está o coração.
«Directamente por baixo», está o fígado.
«À esquerda do fígado», está a vesícula biliar.
«por baixo», está o rim…
Na investigação da localização dos pontos da cara, é preciso, primeiramente, estudar
e aprofundar as descrições antigas antes da primeira experiencia clínica.
No esquema I, ( a seguir), apresentamos a localização dos 24 pontos faciais:
271
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
2 Pf. Garganta, situado na união «1/3 médio -1/3 inferior» da linha média da frente,
ou seja, no meio da linha que separa o ponto «crânio-cara» (1 Pf) do ponto
«Pulmão» (3Pf).
3 Pf. Pulmão ou Yintang (na linha da frente) situado no meio da linha que separa as
sobrancelhas (Yintang =3PC).
4 Pf. Coração ou Son Can (pé da montanha). Situado em cima da «B» borda naritária
do frontal, olhando a partir do canto do olho.
5 Pf. Fígado. Situado por baixo da parte mais elevada dos ossos próprios do nariz, ou
seja, na intersecção da linha media do nariz e da linha horizontal que une os
pômulos, a meia distancia entre a borda nasal do frontal onde se encontra o
ponto «coração» (4Pf) e o lóbulo do nariz onde se encontra o ponto «Rim» (6Pf.)
6 Pf. (Bis) Baço-Pancreas. Ligeiramente acima do 6Pf.
6Pf. Rim ou Suliao (25 DM). Situa-se no bordo médio superior do lóbulo e do nariz.
7Pf. Útero-Bexiga ou Renzhong (26DM). Situa-se no meio 1/3 superior da cadeira
silon naso-labial.
8Pf. Vesicula Biliar. Situa-se na intersecção da vertical que passa pelo Jingming (1B)
e da horizontal que passa pelo ponto «Figado» (5Pf), ou seja, no bordo
inferaexterno dos ossos próprios do nariz.
9Pf. Estômago. Situa-se por cima do meio da asa do nariz, e na intersecção da vertical
que passa por Jingming (1B) e a horizontal que passa pelo ponto «Rim» (6Pf.), ou
seja, por baixo do ponto «Vesicula Biliar» (8Pf.).
10 Pf. Seio ou jingming (1B) situado ligeiramente por cima da extremidade do
ângulo interno do olho, no osso.
11Pf. Face interna do músculo ou Dicang (4E). situa-se a 2/3 de distância da fissura
labial, no eixo vertical da pupila.
Zona Malar:
12Pf. Intestino Delgado. Situado no bordo interno do osso malar, ao mesmo nível
que o ponto «Figado» (5Pf) e o ponto «Vesicula Biliar» (8Pf).
13 Pf. Intestino Grosso ou Futu (18IG). Situa-se sobre o bordo inferior do osso malar,
ao nível da vertical que passa
272
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ESQUEMA 1
273
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
São no total 24 pontos nasais (10 pontos médios e 14 pontos bilaterais), entre os quais
alguns têm a mesma localização que os da face (ver esquema 2).
Zona paramediana.
274
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
13 Pr. Intestino grosso. Situa-se a meio da asa do nariz, por baixo do ponto
«Intestino Delgado» (12Pr.)
14 Pr. Bexiga. Situa-se no bordo terminal da asa do nariz, por baixo do ponto
«Intestino Grosso» (13 Pr.).
Zona Nasofacial.
15 Pr. Orelha. Situa-se na extremidade interna da sobrancelha.
16 Pr. Peito. Situa-se por baixo da precedente, sobre a órbita.
17Pr. Seios. Situa-se por baixo do Jingming (1B).
18 Pr. Nuca-costas. situa-se por baixo do Jingming (1B).
19 Pr. Lomos. Situa-se por fora do ponto «Vesicula Biliar» (10 Pr.) por baixo e
por fora do ponto «nuca-espalda» (18 Pr).
20 Pr. Membros superiores. Situa-se por fora do ponto «Estômago» (11 Pr),
por baixo e por fora do ponto «lombos» (19 Pr).
21 Pr. Anca e nádegas. Situa-se por fora da zona superior da asa do nariz, por
baixo e por fora do ponto «Membros superiores» (20 Pr).
22 Pr. Joelho – Perna. Situa-se por fora da zona média da asa do nariz, por
baixo do ponto «anca-nádegas» (21 Pr).
23 Pr. Pé - dedos do pé. situa-se por fora da zona inferior da asa do nariz, por
baixo do ponto «joelho-perna» (22Pr).
ESQUEMA 2
275
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Exemplos:
Exemplos:
276
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Exemplos:
segundo a noção «Pulmão rege a pele e os pêlos», o ponto pulmão (3Pf) está
indicado no tratamento das infecções da pele e das intervenções cirúrgicas,
no momento da incisão cutânea.
segundo a noção «Rim rege os ossos e o cabelo» o ponto Rim (17Pf) está
indicado no tratamento das doenças ósseas e nas intervenções dos ossos.
segundo a noção «Coração rege a mente», o ponto coração (4Pf) está indicado
no tratamento das doenças men-
tais e nas intervenções cirúrgicas por causa dos seus efeitos tranquilizantes.
Logo a eleição dos pontos faciais consiste em tomar sempre dois pontos: «Pulmão
(3Pf) e coração (4Pf), aos quais são associados 1 ou 2 pontos correspondentes à
intervenção considerada.
De seguida, apresentamos alguns exemplos da eleição de pontos faciais em
anestesiología (quadro 3).
Gastrectomia:
Pontos principais: 3 Pf. Pulmão, 4 Pf. Coração e 9 Pf. Estômago
ponto associado: 6Pf
Colecistectomia:
Pontos principais: 3 Pf. Pulmão, 4 Pf. Coração, 8 Pf. Vesicula Biliar.
Ponto associado: 5Pf Figado
Apendicectomia:
Pontos principais: 3Pf Pulmão, 4Pf Coração, e 13Pf Intestino Grosso.
Pontos associados: 9Pf Estomago ou 18Pf Umbigo.
Histerectomia ou anexectomia:
Pontos principais: 3 Pf Pulmão, 4 Pf Coração, 7 Pf útero, 17 Pf Rim.
Pontos associados: 9 Pf Estômago ou 18 Pf Umbigo
Cura da hérnia inguinal:
Pontos principais: 3Pf. Pulmão, 4Pf. Coração e 18Pf. Umbigo.
Ponto associado: 11Pf virilha da coxa.
Osteossintese:
Pontos principais: 3 Pf Pulmão, 4 Pf Coração, 11 Pf virilha da coxa e 17 Pf Rim.
Ponto associado: 8 Pf Vesícula Biliar.
A selecção dos pontos nasais é muito semelhante à dos pontos faciais. Consiste em
tomar sempre dois pontos: «Orelha »(15 Pr) e «Pul-
277
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Cirurgia torácica:
Resseção do mediastino.
Pericardiotomia
Ligação dos vasos intratorácicos
Pontos: 3Pr. Pulmão, 14 Pr. Orelha, e 4Pr. Coração
Electropuntura mais auriculoterapia.
Cirurgia abdominal:
Gastrectomia
Sutura de uma perfuração da úlcera gastro – duodenal.
Pontos: 3 Pr. Pulmão, 15 Pr. Orelha e 11 Pr. Estômago
Electropuntura mais somatopuntura
Esplenectomia
Pontos: 3Pr Pulmão, 15Pr Orelha e 11Pr Estômago e 6Pr Baço.
Electropuntura mais somatopuntura
Colecistectomia.
Pontos: 3Pr Pulmão, 15Pr Orelha, 11Pr Estômago e 10 Pr Vesícula Biliar.
Electropuntura mais somatopuntura.
Plastia intestinal (oclusão)
Apendicectomia.
Pontos: 3Pr Pulmão, 15Pr Orelha, 12Pr ID e 13Pr IG.
Electropuntura mais somatopuntura.
Cirurgia pélvica
Hernioplastia
Histerectomia
Salpingoplastia
Ovariectomia
Pontos: 3Pr. Pulmão, 15Pr. Orelha, 8Pr. Aparelho Genital Externo e 9Pr.
Ovários.Electropuntura mais auriculopuntura ou somatopuntura
Cistostomia.
278
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Ureterotomia.
Pontos: 3Pr Pulmão, 15Pr Orelha, 8Pr Aparelho Genital Externo e 14Pr
Bexiga.
Electropuntura mais auriculopuntura ou somatopuntura.
Prolapso vaginal.
Ligação dos canais deferentes.
Pontos: 3Pr Pulmão, 15Pr Orelha, 8Pr Aparelho Genital Externo e 9Pr
Testículo.
Electropuntura mais auriculopuntura ou somatopuntura.
Intervenções diversas:
Ablação de um quisto adiposo da região cervical – dorsal
Pontos: 3Pr Pulmão, 15Pr Orelha, 18Pr Nuca - costas.
Electropuntura mais auriculopuntura ou somatopuntura.
Exploração de um tumor do esófago.
Pontos: 3Pr Pulmão, 15Pr Orelha, 16Pr peito, e 4Pr Coração.
Electropuntura mais auriculopuntura ou somatopuntura.
Tratamento das fístulas por excisão
Pontos: 3Pr Pulmão, 15Pr Orelha, 12Pr ID, e 13Pr IG.
Electropuntura mais auriculopuntura ou somatopuntura.
À primeira vista, parece que existe diversidade na eleição dos pontos para uma
mesma intervenção.
Por exemplo, para uma gastrectomia, podem-se implementar:
os pontos faciais: 3 Pf. Pulmão, 4 Pf. Coração e 9 Pf. Estômago.
os pontos nasais: 3 Pr. Pulmão, 15 Pr. Orelha e 11 Pr. Estômago.
279
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
A diferença destas duas técnicas, está na eleição entre os pontos Coração e Orelha.
Na verdade, esta duplicidade não é mais que aparente, pois o conhecimento da
psicologia energética conduz-nos a preferir segundo o local, um método ou outro.
Com efeito:
O ponto «Coração» = Mental = tranquilizante, deve estar indicado em
intervenções em que o sujeito tem uma componente de ansiedade.
O ponto orelha = energia pura dos Rins = vontade – concentração das energias
puras dos cinco órgãos (mar de todas as energia Tinh) com a do coração.
Deve estar indicado em sujeitos de constituição mais frágil e «sem
vontade».
METODOLOGIA
Utilizar agulhas nº 28/30, de 0’5 a 1’5 cm.
Sobre o nariz, a puntura deve ser superficial, sem alcançar o osso e a cartilagem. Ao
nível da ala do nariz pode-se facilitar a busca e a puntura introduzindo o dedo no
orifício nasal.
A implantação da agulha será diferente segundo as linhas:
na linha média, a puntura é oblíqua, de cima a baixo, e vertical para os
pontos Rim e órgãos genitais externos;
na linha intermédia puntura-se obliquamente, em ângulo de 40º, para
baixo e para o lado oposto;
na linha, externa, as agulhas implantam-se obliquamente para baixo, em
direcção ao sulco naso-labial.
Sobre a cara, a puntura pode ser mais profunda, como a acupunctura tradicional.
Utiliza-se com frequência a técnica «transfixiante»: a agulha, uma vez implantada
perpendicularmente, através do plano cutâneo, é inclinada e introduzida
paralelamente à superfície da pele, em direcção a outro ponto: por exemplo: do ponto
Pulmão ao ponto Coração.
As técnicas de manipulação das agulhas são as mesmas de acupuntura e devem
ocasionar o aparecimento do «Te Chi».
As agulhas devem permanecer colocadas durante 10 a 20 minutos.
Em terapêutica, deixar as agulhas durante 10 a 30 segundos e esperar o «Taé Tsri»
(fluxo de energia).
280
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
CONCLUSÃO
A rinofaciopuntura é um método terapêutico e analgésico que enriquece a medicina
tradicional chinesa. Deriva de experiencias, acumuladas desde séculos, merecendo
todavia um maior desenvolvimento.
No entanto, queremos insistir no facto de que a rinofaciopuntura tem aplicação
terapêutica, que resulta de uma conclusão lógica das ideias desenvolvidas através do
conhecimento e da prática clínica.
Em todos os casos, a auriculopuntura, a podopuntura…, não são mais que um
simples efeito da teoria dos «King Luo» e das teorias energéticas (Yin-Yang, cinco
movimentos, sangue-energia); por conseguinte, são mais um dos numerosos ramos
da acupuntura e só devem ser praticadas por quem tenha um conhecimento da
medicina energética chinesa.
281
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
282
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
PODOPUNTURA TRADICIONAL
(Zu Xue Zhen Liao Fa)
INTRODUÇÃO
A podopuntura e a reflexologia do pé são sistemas de representação das diferentes
partes do organismo ao nível do pé. Parecendo ter uma origem antiga, foram
propostas várias hipóteses tanto no Oriente, como no Ocidente e nos Estados Unidos.
Esta representação tradicional é utilizada com uma finalidade de diagnóstico e
terapêutico, e entra assim no quadro dos microssistemas e da reflexoterapia.
Depois de analisadas as diferentes cartografias, efectuamos uma síntese que
seguidamente apresentamos:
CARTOGRAFÍA
283
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
284
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
9 Pd.
Localização: a 3 Cun próximo da articulação metatarsofalângica na base do 4º
dedo do pé, por fora do ponto 7 Pd.
Puntura: perpendicular ou oblíqua inferior (para baixo), de 0,5 a 1cm de
profundidade.
Indicações terapêuticas: ciática, urticária, escapulalgia e dores do ombro.
10 Pd.
Localização: a 1 Cun próximo da articulação metatarsofalângica ou base do 5º
dedo do pé.
Puntura: perpendicular ou obliqua inferior (para baixo) de 0,5 a 1cm de
profundidade.
Indicações terapêuticas: odontalgia.
11 Pd.
Localização: no centro da linha metatarsofalângica do 5º dedo do pé.
Puntura: perpendicular ou oblíqua inferior (para baixo) a 0,5 cm de
profundidade.
Indicações terapêuticas: enuresis, poliúria e cistites.
12 Pd.
Localização: a 1Cun próximo ao espaço que separa o 1º e o 2º dedo do pé.
Puntura: perpendicular de 0,5 a 1,5 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: odontalgia.
13 Pd.
Localização: sobre a linha média plantar, 1cm distante do bordo posterior do
calcanhar.
Puntura: perpendicular de 0,5 a 1,5 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: resfriados comuns, cefaleias, sinusites, rinites e patologia
do maxilar superior.
14 Pd.
Localização: a 1 Cun medial ao ponto 1 Pd
Puntura: perpendicular ou obliqua de 0,5 a 1,5 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: neuralgia do trigémeo.
15 Pd.
Localização: a 1 Cun próximo do ponto 3 Pd
Puntura: perpendicular a de 0,5 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: neuralgia intercostal, dores no peito e patologia torácica.
285
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
286
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
16 Pd.
Localização: nas duas depressões bilaterais situadas a 0,5 distâncias de cada lado
e debaixo do ponto Jiexi (41 E ).
Puntura: obliqua para cima de 0,5 a 1 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: dor na perna, lombalgia, cãibras na barriga da perna.
17 Pd.
Localização: a 2,5 Cun distal do Jiexi (41 E ) debaixo do mesmo
Puntura: perpendicular a 0,5 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: angina de peito, asma, tosse e gripe.
18Pd.
Localização: a 3 Cun próximo ao espaço que separa o 2º e 3º dedo do pé, ou seja a
0,5 estâncias do 17 Pd.
Puntura: perpendicular ou obliqua superior (para cima de 1 a 2 cm de
profundidade).
Indicações terapêuticas: vómitos, diarreia, patologia gastrointestinal, gripe e
úlcera gástrica.
19Pd.
Localização: equidistante dos pontos: Zuliniqui (41E) e Diwuhui (42E).
Puntura: perpendicular ou obliqua de 0,5 a 1 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: ciática, parotidites, otites e amigdalites.
20Pd.
Localização: a 2 Cun próximo ao espaço que separa o 3º e 4º dedo do pé.
Puntura: perpendicular ou obliqua a 1,5 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: ciática, parotidites, otites e amigdalites.
21Pd.
Localização: no espaço que separa o 1º e 2º metatarsiano a 0,5 distâncias por cima
do Taichong (3 F).
Puntura: perpendicular ou obliqua superior de 1 a 2 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: faringites, parotidites, ciáticas de origem lombar e
alterações estáticas da coluna dorso-lombar
22Pd.
Localização: equidistante do Xingjian (2 F) e do Taichong (3 F).
Puntura: perpendicular ou obliqua superior (para cima) de 1 a 2cm de
profundidade.
Indicações terapêuticas: faringites, parotidites, amigdalites e otites.
287
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
23Pd.
Localização: na articulação metatarso falângica do 1º dedo do pé, no bordo
interno do tendão extensor próprio do 1º dedo do pé.
Puntura: pouco profunda de 0,1 a 0,5 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: parotidites, eczemas, urticária e alergia.
24Pd.
Localização: na parte interna da articulação interfalângica distal do 2º dedo do
pé.
Puntura: fazer uma punção por “ picada” de 0,1 a 0,3 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: cefaleias.
25Pd.
Localização: na parte interna da articulação dorso-lombar distal do 3º dedo do
pé. Puntura: fazer uma punção por “ picada” de 0,1 a 0,3 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: cefaleias.
26Pd.
Localização: na parte interna da articulação interfalângica distal do 4º dedo do
pé. Puntura: fazer uma punção por “ picada” de 0,1 a 0,3 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: cefaleias.
288
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
28Pd.
Localização: na depressão inferior e posterior ao osso escafoídes.
Puntura: perpendicular a 1cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: dismenorreia, hemorragia funcional, adnexitis e
oligomenorréia.
29Pd.
Localização: a 2 Cun por debaixo do maléolo interno.
Puntura: inserção perpendicular ou horizontal de 1 a 2 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: metrorragia.
30Pd.
Localização: no ponto médio entre o Taibai ( 3 BP) e o Gongsun ( 4 BP).
Puntura: horizontal de 1 a 2 cm de profundidade.
Indicações terapêuticas: epilepsia, histeria, neurastenia, transtornos mentais e
loucura.
31Pd.
Localização: a 1 Cun por cima do ponto Kunlun ( 60 B).
Puntura: horizontal ou obliqua superior ( até cima) de 1 a 2 cm de
profundidade.
Indicações terapêuticas: ciática, cefaleia e dor abdominal.
TERAPEÚTICA
289
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Su Wen ( Cap. 6); A energia perversa reside nos “ Gran Luo”( Dai Lac Luo Mu:
meridianos secundários). A da esquerda junta-se à da direita, a da direita junta-se à
da esquerda. Evolui seguindo o sistema dos “ Luo Mu” e não penetra nos “King Mu”
(meridianos principais).
“Seguindo os meridianos secundários, divide-se pelas quatro extremidades (Tu
Mat)”.
Os “Luo Mu” são pois vias de transmissão e centro de passagem da energia que
mantêm o equilíbrio “esquerda - direita”. Evitam a contaminação quando a energia
dos meridianos principais (King Mu) se opõe à agressão da energia perversa. Por
isso, nas enfermidades de “Luo Mu” é preciso utilizar os pontos formados por vasos
secundários (pontos “fora dos meridianos” que compreendem os pontos Ting,
primeiros pontos Shu-antigos) a nível do pé ou da mão do lado oposto ao lado
enfermo.
Na manopuntura, podem-se utilizar vários pontos que têm as mesmas acções
terapêuticas ou acções terapêuticas associadas, segundo a sintomatologia.
Exemplos:
---- em amigdalites:
13 Mn em – ponto do occipital
16 Mn em – ponto da faringe
20 Mn– ponto da amígdala
---- em caso de febre com cefaleia frontal:
11 Mn– ponto antipirético
7 Mn – ponto do frontal.
Exemplos em podopuntura:
METODOLOGIA
290
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
CONCLUSÃO
CRANEOPUNTURA
(Tou Bu Zhen Lião Fa)
INTRODUÇÃO
291
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
As divisões do crâneo em zonas ponturais fazem-se traçando sobre ele duas linhas de
referência.
a) Uma linha média ântro- posterior, que une o 17 DM (Naohu)
b) sobre a base da protuberância occipital externa com o ponto 3 PC (Jintang)
situado entre as sobrancelhas.
c) que une o 20 DM ( Dumai) com o ponto 18 ID ( Quaniliao).
É a partir destas duas linhas que se determinam as diferentes zonas na
craneopuntura.
Descrevemos sucessivamente 19 zonas:
A) Localização:
292
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
B) Acção:
A) Localização:
A zona sensitiva é paralela à zona motriz (Z.I.), a 1,5 cm por detrás dela.
Como a precedente está dividida em três segmentos:
---- O 1/5 superior corresponde ao segmento sensitivo do membro inferior e do
tronco.
-----Os 2/5 médios correspondem ao segmento sensitivo do membro superior.
-----Os 2/5 inferiores correspondem ao segmento sensitivo da cara.
B) Acção:
---- Segmento superior: dores, transtornos sensitivos da cintura até ao pé do lado
oposto, assim como dores na nuca e pescoço.
-----Segmento médio: dores, parestesias e entumecimento da extremidade superior
do lado oposto.
-----Segmento inferior: tratamento de entumecimento ou dormência da semi-face
oposta assim como semi-crânio, artrite temporo-mandibular, odontalgias e
neuralgias faciais
A) Localização:
Paralela à zona da área motora e 1,5cm à frente dela.
293
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
B) Acção:
Tratamento da coreia e dos tremores de forma bilateral.
A) Localização:
Paralela à zona da coreia e dos tremores ( Zona 3), a 1,5cm à frente dela.
B) Acção:
Edema de membros, consecutiva a uma paralisia de origem cerebral.
Para o Instituto de medicina Chinesa de Shangai: anasarca de origem central e
hipertensão.
Esta zona está dividida em dois segmentos:
Segmento superior: edema do membro inferior do lado oposto.
Segmento inferior: edema do membro superior do lado oposto.
Os dois segmentos tratam da hipertensão arterial.
A) Localização:
Esta zona é uma linha horizontal de 4 cm, situada 1,5 cm sobre o cimo da orelha,
2cm por diante e 2 por detrás do eixo da mesma.
B) Acção:
Vertigens, síndrome de Meniére e zumbidos.
A) Localização:
Encontra-se 2 cm, por baixo da parte postero - inferior da protuberância parietal,
sobre uma linha de 3 cm, paralela à linha média ântero – posterior, a 3 cm dela.
B) Acção:
Afasia motriz e alexia.
A) Localização:
Cobre uma longitude de 4 cm a partir do meio da zona da vertigem e da audição. É
pois, a continuação desta última.
B) Acção:
Afasia sensorial
294
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
B) Acção:
Dor, entumecimento ou paralisia do membro inferior do lado oposto.
Lombalgias
Diabetes insípida
Enuresis
Prolapso uterino
Paralisia
Edemas periféricos do membro inferior.
295
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
296
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Selecção de agulhas:
Utilizam-se agulhas nº 26 / 28 de 2,5 a 3cm de comprimento.
Posição do enfermo
Depende da patologia e da zona a punturar, isto é o enfermo deve estar:
Sentado
Deitado de costas ou lateralmente.
297
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Lateralidade:
Em neurologia utiliza-se normalmente a puntura do lado contrário, mas na maioria
das vezes deve ser bilateral a fim de estimular as estruturas não lesionadas e activar
os circuitos contra laterais.
Método:
Compreende várias etapas:
Determinar as zonas a punturar segundo o diagnóstico.
Desinfectar as zonas a punturar, como é habitual.
Não empregar a técnica “puntura por picamento” mas sim a técnica de
“agulhas cruzadas” ou “puntura com duas mãos”.
A eficácia do tratamento depende da maneira de manipular as agulhas. A
estimulação compreende duas fases:
A primeira consiste em girar a agulha 200 vezes por minuto efectuando
simultaneamente movimentos de “vai e vem” durante 1 ou 2 minutos,
descansando a seguir 5 a 10 minutos.
A segunda consiste em repetir de novo o mesmo estímulo e retirar a
agulha tapando o poro com os dedos, evitando a “fuga” energética e
sanguínea.
A manipulação das agulhas, segundo o método tradicional descrito, implica uma
grande prática manual difícil de desenvolver por o acupunctor ocidental. Por isso
propomos o método descrito por Van Nghi e que utilizamos habitualmente:
Puntura transfixiante com um ângulo de 15º sobre o couro cabeludo, as
agulhas frente a frente sem se tocarem fazendo arco com o centro da
linha eleita.
298
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Duração do tratamento:
O “mal da acupunctura”:
299
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Indicações:
Precauções:
CARTOGRAFIAS
300
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
301
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
as 19 zonas nos seus trabalhos e apesar de muitas vezes haver debates e propostas
tanto de alterações como de aceitação, nós seguimos o seu critério.
E por isso, adicionamos, no final do tema, a nomenclatura estandardizada
a fim de que os nossos alunos tenham a referida informação.
302
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
303
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
304
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
305
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
306
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
307
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
MANOPUNTURA
(Shou Bu Zhen Liao Fa)
INTRODUÇÃO
FACE DORSAL
308
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Zona II – 7 pontos do 4 MN ao 10 MN
4 MN: II – 5º Interno (14 V.N.)
5 MN: II – 4º Interno (15 V.N.)
6 MN: II – 3º Interno (16 V.N.)
7 MN: II – 2º Interno (17 V.N.)
8 MN: II – 1º Interno (4 V.N.)
9 MN: II – 1º Externo (3 V.N.)
10 MN: II – 2º Externo (7 V.N.)
Zona V – 1 ponto o 18 MN
18 MN: V – 3º Externo
FACE PALMAR
Consta de 10 pontos, que vão do 19 MN ao 23 MN.
Para o seu estudo, seguiremos o mesmo método utilizado na face dorsal, ou
seja, a divisão por zonas e por eixos articulares.
Zonas da face palmar
Há cinco zonas, distribuídas da mesma forma que na face dorsal.
Localização dos pontos por zonas
Zona I – 5 pontos do 19 MN ao 23 MN
19 MN: I – 1º Externo (19 V.N.)
20 MN: I – 1º Interno (20 V.N.)
21 MN: I – 3º Interno (27 V.N.)
309
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
310
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
311
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
312
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
313
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
1 Mn Anti-hipotensor
2 Mn Lombar e Pé
3 Mn Lo Kong Ext
4 Mn Vertebral
5 Mn Ciática
6 Mn Faringe
7 Mn Pescoço e Nuca
8 Mn Tórax
9 Mn Maléolo
10 Mn Ombro
11 Mn Occipital
12 Mn Cima Celeste
13 Mn Ocular
14 Mn Frente
15 Mn Vertex
16 Mn Reunião dos Yin
17 Mn Médio dos Grandes
18 Mn Antipirético
314
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
19 Mn 19 Paludismo
20 Mn Amígdala
21 Mn Gastrointestinal
22 Mn Anticonvulsivo
23 Mn Calcanhar
24 Mn Odontologia
25 Mn Tosse e Asma
26 Mn Polaquiúria
27 Mn Antidispéptico
28 Mn Reanimação
315
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
A ORELHA
(Er Xue Zhen Lião Fa)
INTRODUÇÃO
Quatrocentos anos A.C. os livros de Medicina Chinesa, consideraram a orelha não
como um simples apêndice, mas sim como uma conexão com todo o sistema
energético humano.
Tanto os seis meridianos yang, como os seis meridianos Yin, têm conexão com a
orelha, fundamentalmente através dos Vasos Reguladores.
Há milénios que a Medicina Chinesa usa a orelha como base para o diagnóstico de
inflamações em diversos órgãos e, como terapia de ampla difusão.
Segundo a teoria Jing- Qi- Shen, os sentidos e os seus órgãos dependem do Qi e do
Shen dos órgãos e portanto, estão relacionados entre si através: dos sistemas Zang-
Fu (orgão – víscera), Biao – Li (interior – exterior) e Sheng – Ke (lei da endógena –
pentacordenação). Tudo isto, dentro do conceito holístico da interligação das partes
no conjunto.
E assim, o Qi-Shen do Fígado (F.) rege os olhos e a vista, o Baço – Pâncreas (BP.) os
lábios e o gosto, o Pulmão (P.) o nariz e o olfacto, o Coração (C.) a língua a palavra e o
tacto e o Rim (R.) a orelha e a audição.
Portanto, em todos os sentidos e seus órgãos, projectam-se as alterações do
equilíbrio energético, as disfunções orgânicas - viscerais e as alterações fisiológicas
que se podem produzir em toda a economia energética – química - física do
organismo.
Sendo assim, uma alteração gástrica, por exemplo uma úlcera, manifestar-se-á com
o aparecimento de pontos reactivos ou barosensíveis na orelha no nariz ou nos lábios,
alterações morfológicas na língua e cromáticas a nível da íris.
No entanto, de todos eles, o mais objectivo será o que corresponde ao Rim (orelha),
pois sabemos que este movimento é o amanhecer energético humano através do qual
se harmonizam todos os sistemas a partir do Tchongmai. E, dá origem ao
Auriculodiagnóstico e à Auriculoterapia, como técnicas mais usuais dentro do campo
da reflexologia holística.
Os camponeses chineses, mediante punção do lóbulo da orelha, ou extraindo
sangue da veia que corre por detrás do pavilhão auricular, tratavam ou curavam a
dor ou a irritação dos olhos e, massajando o lóbulo tratavam a dor de cabeça, etc.
316
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
GENERALIDADES
Manifestação:
A alteração orgânica, desde a fase de desequilíbrio energético, até à lesão orgânica,
passando pela funcional, observa-se na orelha pelas seguintes manifestações zonais:
Baixa resistência à passagem da corrente eléctrica
Dor à palpação
Maior afluência de sangue
Mudança de cor
Pequenas erupções ou bolhas.
Diagnóstico e tratamento:
De acordo com a manifestação assim se fundamenta o diagnóstico e o tratamento.
A) O diagnóstico através dos seguintes métodos:
detecção eléctrica através do princípio de diminuição da resistência da
passagem da corrente de baixa voltagem nos pontos reactivos;
detecção sensitiva (sinal wink) com base no princípio tradicional de
plenitude = dor;
detecção visual (luz dorsal) devido a que a plenitude de energia produz
incremento de vascularização.
Vantagens terapêuticas
A auriculoterapia tradicional proporciona ao terapeuta as seguintes vantagens:
fácil aprendizagem;
tratamento rápido e eficaz;
fácil manejo;
económico e prático;
ausência de efeitos secundários;
317
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
como diagnóstico;
complemento muito activo na somatopunctura
como técnica anestésica.
Campo de aplicação
METODOLOGIA
Protocolo:
Profundidade:
Depende da intensidade do estímulo.
Não atravessar a cartilagem.
Aplicado correctamente, o enfermo deve sentir uma sensação de abrasamento, calor,
frio ou pressão, sensações que nos demonstram que o tratamento está bem
encaminhado. Quando o enfermo revela estas sensações deve-se girar a agulha de
120º a 180º.
O estímulo também depende da grossura da agulha.
Contra-indicações:
Mulheres grávidas.
Pacientes anérgicos, excessivamente magros ou depauperados.
Quando há infecção no pavilhão auricular.
318
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Lateralidade:
Orelha dominante (testando com apalpação) ou então bilateral em caso de não
evoluir favoravelmente.
Profilaxia:
Utilizar sempre material esterilizado e descartável.
A cartilagem é relativamente vascular e qualquer problema ou infecção
pode ter sérias consequências, por isso, se recomendam as sementes ou as
bolitas com íman.
Tempo:
As agulhas depois de inseridas permanecem uns 20 ou 30 minutos,
desejando pode-se usar electroestimulação. A estimulação manual intensa
ou basculante pode causar traumatismos na cartilagem. Também se
utilizam frequentemente as agulhas semi-permanentes entre sessões de
acupunctura ou em períodos de tempo entre 2 e 10 dias.
Sessões
319
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
7. Pontos claramente reactivos, embora não evidenciem uma relação directa com
a patologia a tratar.
Inspecção visual (quistos, manchas, vascularizações)
Dor à palpação.
Electro-permeáveis no barrido.
320
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Zona I: Lóbulo
Ao traçar uma linha horizontal e tangente à incisão intertrágica, obtem-se uma área
que se pode dividir teoricamente em nove quadrantes.
321
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
7.PA (Neurastenia)
Localização: no ângulo ântero- inferior do 4º quadrante.
Indicações: neurastenia, ansiedade e em neuralgias do trigémeo.
8.PA (Olho)
Localização: no centro do 5º quadrante.
Indicações: em processos oculares: conjuntivites, terçolho, chalázio, queratose.
Complementar para o tratamento de natureza visual.
9.PA (Ouvido interno)
Localização: no centro do 6º quadrante.
Indicações: zumbidos, perda de audição
10.PA (Amígdalas)
Localização: no centro do 8º quadrante.
Indicações: amigdalites, faringites, etc.
322
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
11.PA (Pómulo)
Localização: zona compreendida entre os quadrantes 5º e 6º.
Indicações: neuralgia do trigémeo, tiques e paralisia facial, lesões dermatológicas
regionais: acne juvenil, etc.
ZONA I
Está delimitada por uns pontos que coincidem com a mudança da curva de
relevo da cartilagem facial da orelha, que passa de côncava a convexa. Entre
estes pontos traça-se uma linha imaginária que representa a base de um
triângulo equilátero.
O vértice superior deste triângulo (o mais próximo da cara) será o ponto 14 PA.
323
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
324
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
16.a (Neuralgias)
Localização: no centro da linha que vai do 15 PA (faringe) ao 16 PA (mucosa
nasal).
Indicações: ponto complementar em neuralgia facial.
ZONA II
325
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
21.PA (Cardiorregulador )
ZONA III
326
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
24.PA (Olhos nº 1 e nº 2)
Localização: pontos: anterior (homolateral) e posterior (contra-lateral) na
intersecção dos prolongamentos do trago e antitrago com a linha
tangente à fissura intertrágica.
Indicações: na diminuição da destreza visual associada com o 8 PA:
ZONA IV
327
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Zona V. Antitrago
25.PA (Odontalgia)
Localização: na região da concha um pouco por cima do 26a.
Indicações: dores dentárias.
328
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
30.PA (Occipital)
Localização: na intersecção de “B” com “b”.
Indicações: dores na região occipital e na nuca, antiflogístico, em neurastenia,
tosse, prurido, convulsões e tremores.
31.PA (Parótida, glândulas salivares)
Localização: no antemuro, na intersecção de “A” com o relevo.
Indicações: além de actuar nestas glândulas, é eficaz pela sua acção
antipruriginosa, associado ao ponto 71 PA (urticária)
32.PA (Vertex)
Localização: na intersecção de “A” com “a”.
Indicações: cefaleias da região parietal ou do vertex.
33.PA (Têmpora)
Localização: na intersecção de “A” com “b”.
Indicações: semicrâneas, enxaquecas, sonolência, lesões da orelha e ouvido
externo, zumbidos perda auditiva.
34.PA (Frente)
Localização: na linha “b” em frente ao 33 PA (têmpora)
Indicações: compreende frente e nariz. Cefaleias frontais, sinusites e insónias.
35.PA (Cortex)
Localização: no antemuro em frente ao 31 PA (Parótida)
Indicações: harmoniza os estados de ânimo, acção reguladora da circulação.
Tranquilizante.
36.PA (Testículos)
Localização: no antemuro entre o 35 PA (Córtex) e o 23 PA (Ovário).
Indicações: orquite, impotência masculina e processos testiculares.
329
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA V
38.PA (Sacro-cocis )
Localização: segmento superior proporcional da cinta do Dumai, próximo ao
vértice da fossa navicular.
330
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
42.PA (Tórax)
Localização: na cinta do Renmai por cima do anterior.
Indicações: em processos costais, intercostais e mamários [neste caso associado
ao 44 PA (Mamas)].
43.PA (Abdómen)
Localização: na cinta do Renmai por cima do anterior até ao eixo da raiz inferior
da antihélice.
Indicações: em processos abdominais: ascitis, distensão, peritonites etc.
44.PA (Glândulas mamárias)
Localização: zona da parede da antihélice anterior ao 42 PA (tórax).
Indicações: em processos mamários.
331
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA VI
332
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
48.PA (Tornozelo)
Localização: no vértice inferior de um triângulo isósceles, formado pelos pontos
46 PA ( dedos do pé) e 47 PA (calcanhar).
Indicações: em processos desta região.
49.PA (Joelho)
Localização: é o ponto localizado no centro desta zona.
Indicações: em processos desta região.
ZONA VII
333
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA VIII
334
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
58.PA (Útero)
Localização: na área anterior na parte central, próxima à hélice.
Indicações: impotência masculina e feminina. Transtornos ginecológicos.
Dismenorrea.
335
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA IX
336
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
65.PA (Ombro)
Localização: à altura da terceira hélice [72.PA(3)].
Indicações: nos processos de referência.
66.PA (Cotovelo)
Localização: na horizontal na ponta do cocxis (38.PA)
Indicações: nos processos de referência.
67.PA (Pulso)
Localização: aproximadamente à altura do raio da primeira hélice [72.PA(1)].
Indicações: infecções nesta região.
68.PA (Apêndice I)
Localização: no vértice ântero-superior.
Indicações: associado ao 74.PA (amígdalas 1) reforça a acção dos pontos do terço
superior da orelha.
337
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA X
338
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
339
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA XI
82.PA (Diafragma)
Localização: equidistante do 81.PA (recto) e do 83.PA (plexo solar). Corresponde
ao ponto 0 de Nogier.
Indicações: em espasmos de diafragma e de estômago. Hipo. Em enfermidades
sanguíneas. Como hemostático.
340
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA XII
Traça-se uma linha imaginária que divide a concha em duas partes, uma
próximo à raiz da hélice e outra mais externa que formarão as
semi-conchas: Cimba (superior) e Cava (inferior). Todos os pontos
se encontram equidistantes entre si, segundo uma ordenação
contrária aos ponteiros do relógio. Como regra mnemónica: desde
que entra o alimento 84. PA (boca) até que sai 81.PA (recto).
84.PA (Boca )
Localização: por encima e detrás do canal auditivo externo e debaixo do 81.PA
(recto).
Indicações: em processos desta região e em neuralgias do trigémeo.
85.PA (Esófago )
Localização: entre os pontos 84. Pa (boca) e 86. PA (cardias).
Indicações: em processos da região. Náuseas e vómitos.
341
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
86.PA (Cardias )
Localização: debaixo do ponto 83.PA (ponto do plexo) entre os pontos 85.PA
(esófago) e 87.PA (estômago).
Indicações: as mesmas que o anterior e na dispepsia.
87.PA (Estômago )
Localização: abrangendo a origem da raiz da hélice, área em forma de rim.
Indicações: nos processos gastroduodenais. Em obesidade e anorexia. Em
neurastenia.
88.PA (Duodeno )
Localização: por cima da raiz da hélice, oposto ao 86.PA (cardias).
Indicações: as mesmas que o anterior.
89.PA (Intestino Delgado )
Localização: por cima da raiz da hélice, em oposição ao 85.PA (esófago).
Indicações: em processos gastrointestinais.
90.PA (Apêndice Vermiforme )
Localização: por cima da raiz da hélice ao centro.
Indicações: em apendicites associando os pontos 68.PA, 69.PA e 70.PA (apêndice
1, 2 e 3).
91.PA (Intestino Grosso)
Localização: oposto ao 84.PA (boca) e ao nível do 81.PA (recto)
Indicações: dispepsia, obstipação e diarreia. Em megacolon e hemorróides.
342
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA XIII
343
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
95.PA (Rim)
Localização: debaixo da raiz da helix. No centro da concha
Superior à altura do 100.PA (coração) (eixo Shaoyín).
Indicações: nos processos urogenitais. Nas afecções ósseas e articulares. Nas
enfermidades do ouvido. Aparelho reprodutor. Alopécia.
96.PA (Pâncreas e vias biliares)
Localização: entre o 95.PA (Rim) e o 97.PA (Fígado).
Indicações: em enfermidades da vesícula biliar e vias biliares.
Em transtornos digestivos, pancreatites e diabetes.
97.PA (Figado)
Localização: entre o 96.PA (vias biliares) e o 98.PA (baço).
Indicações: nas hepatopatias e transtornos digestivos. Enfermidades dos olhos. Na
nefrite aguda, insuficiência renal. Miopatias.
98.PA (Baço)
Localização: por trás do 87.PA (estômago).
Indicações: en todo o tratamento do aparelho digestivo, nefrites aguda,
insuficiência renal, miopatias, mialgias, hemopatias, anemia, etc.
99.PA (Ascites)
Localização: entre os pontos 88.PA (duodeno), 89.PA (intestino delgado), 95.PA(rim) e
96.PA (pâncreas e vias biliares).
Indicações: na cirrose hepática, ascites.
ZONA XIV
344
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA XV
345
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
346
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
ZONA XVII
347
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
OUTROS PONTOS
348
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
349
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
350
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Enfermidades infecciosas
Enfermidades digestivas
Enfermidades respiratórias
Enfermidades cardiovasculares
Enfermidades geniturinárias
Enfermidades endocranianas
Enfermidades reumáticas
Enfermidades neuropsiquiátricas
Afecções ginecológicas
Oftalmologia
Otorrinolaringologia
Odonto-Estomatologia
Dermatologia
Enfermidades diversas
I. Enfermidades infecciosas
101 P.A.(Pulmão)
Varicela 22 P.A. (Hormona)
13 P.A. (Gândula supra-renal)
29 P.A. (occipital)
55 P.A. (Porta da energia
mental)
351
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Paludismo
34 P.A. (Córtex)
22 P.A. (Hormona)
13 P.A. (Glândulas supra-
renais)
97 P.A. (Fígado)
98 P.A. (Baço)
Enfermidades digestivas
352
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
22 P.A. (Hormona)
Dispepsia 89 P.A. (Intestino delgado) 91 P.A. (Intestino grosso)
87 P.A. (Estômago) 104 P.A. (T. Aquecedor.)
96 P.A. (Pâncreas -V.B.) 55 P.A. (Porta da energia
mental
Náuseas e vómitos 51 P.A. (P. Simpático)
98 P.A. (Baço)
87 P.A. (Estômago) 34 P.A. (Derme)
29 P.A. (Occipital) 35 P.A. (Tubo digest.)
51 P.A. (P. Simpático)
353
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
354
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
22 P.A. (Hormona).
Asma 51 P.A. (P. Simpático 101 P.A. (Pulmões)
55 P.A. (Porta da energia 22 P.A. (Hormona)
mental)
31 P.A. (Acalmar a asma) 60 P.A. (P. da asma)
13 P.A. (Glândulas supra-
renais). 29 P.A. (Occipital)
101 P.A. (Pulmões)
355
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
356
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
357
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
358
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
359
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
360
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
361
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Paralisia Histérica
34 P.A. (Córtex)
55 P.A. (Porta da energia mental)
29 P.A. (Occipital)
100 P.A. (Coração)
e mais os pontos das zonas
correspondentes
Afonia Histérica 28 P.A. (Hipófise)
29 P.A. (Occipital)
100 P.A. (Coração)
55 P.A. (Porta da energia mental)
95 P.A. (Rins)
4 P.A. (Córtex)
Esquizofrenia 34 P.A. (Córtex)
95 P.A. (Rins)
55 P.A. (Porta da energia mental)
29 P.A. (Occipital)
100 P.A. (Coração)
87 P.A. (Estômago)
25 P.A. (Cérebro)
Alucinações
95 P.A. (Rins)
97 P.A. (Fígado)
8 P.A. (Olho)
29 P.A. (Occipital)
Tabagismo
55 P.A. (Porta da energia mental)
7a P.A. (Neurastenia)
78 P.A. (Ponto alergia)
51 P.A. (P. Simpático)
101 P.A. (Pulmões)
103 P.A. (Traqueia)
42 P.A. (Tórax)
84 P.A. (Boca)
33 P.A. (Frente)
14 P.A. (Nariz)
16 P.A. (Mucosa nasal)
5 P.A. (Maxiliar superior)
82 P.A. (Diafragma)
Insónia Pesadelo
100 P.A. (Coração)
95 P.A. (Rins)
55 P.A. (Porta da energia mental)
29 P.A. (Occipital)
Drogagem
55 P.A. (Porta da energia mental)
7a P.A. (Neurastenia)
78 P.A. (Ponto alergia)
101 P.A. (Pulmões)
82 P.A. (Diafragma)
362
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
Algomenorreia
58 P.A. (Útero)
22 P.A. (Hormona)
51 P.A. (P. Simpático)
55 P.A. (Porta da energia mental)
Amenorreia 58 P.A. (Útero)
22 P.A. (Hormona)
23 P.A. (Ovário)
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
95 P.A. (Rins)
Leucorreia 58 P.A. (Útero)
23 P.A. (Ovário)
22 P.A. (Hormona)
Endometrite 58 P.A. (Útero)
23 P.A. (Ovário)
22 P.A. (Hormona)
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
Metrorragia 58 P.A. (Útero) 13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
28 P.A. (Hipófise)
22 P.A. (Hormona)
97 P.A. (Fígado)
98 P.A. (Baço)
95 P.A. (Rins)
Prolapso 58 P.A. (Útero) 73 P.A. (Ap. genital externo)
34 P.A. (Córtex)
Cervicite 58 P.A. (Útero)
23 P.A. (Ovário)
22 P.A. (Hormona)
56 P.A. (pescoço do útero)
Anexite 23 P.A. (Ovário) 13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
22 P.A. (Hormona)
55 P.A. (Porta da energia mental)
58 P.A. (Útero)
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
29 P.A. (Occipucio)
34 P.A. (Córtex)
43 P.A. (Abdomen)
Dores Uterinas Pós-parto 58 P.A. (Útero) 34 P.A. (Córtex)
51 P.A. (P. simpático)
55 P.A. (Porta da energia mental)
98 P.A. (Baço)
34 P.A. (Córtex)
29 P.A. (Occipital)
56 P.A. (Pelvis)
Prurido 79 P.A. (Aparelho geral externo) não deixar a agulha colocada
29 P.A. (Occipital)
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
5 P.A. (Porta da energia mental)
101 P.A. (Pulmões)
22 P.A. (Hormona)
Dismenorreia 58 P.A. (Útero)
95 P.A. (Rins)
363
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
22 P.A. (Hormona)
55 P.A. (Porta da energia mental)
34 P.A. (Córtex)
51 P.A. (P. simpático)
43 P.A. (Abdomen)
X. Oftalmologia
364
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
XI. Otorrinolaringologia
365
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
366
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
XII. Odonto-Estomatología
367
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
XIII. Dermatología
368
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
29 P.A. (Occipital)
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
Vitíligo Escolher os pontos correspondentes á zona atacada e:
101 P.A. (Pulmões)
22 P.A. (Hormona)
29 P.A. (Occipital)
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
Alopécia Escolher os pontos correspondentes à zona atacada e:
95 P.A. (Rins)
101 P.A. (Pulmões)
22 P.A. (Hormona)
Nariz Vermelho Escolher os pontos correspondentes à zona atacada e:
14 P.A. (Nariz externo)
101 P.A. (Pulmões)
22 P.A. (Hormona)
95 P.A. (Rins)
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
Dermatose Escolher os pontos correspondentes à zona atacada e:
55 P.A. (Porta da energia mental)
29 P.A. (Occipital)
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
Afecções do tecido conjuntivo Escolher os pontos correspondentes à zona atacada e:
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
55 P.A. (Porta da energia mental)
Chagas infectadas Escolher os pontos correspondentes à zona atacada e:
101 P.A. (Pulmões)
22 P.A. (Hormona)
29 P.A. (Occipital)
13 P.A. (Cápsulas Supra-renais)
55 P.A. (Porta da energia mental)
369
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
370
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
371
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
372
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
373
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
374
Capítulo I: Os microssistemas (Zhen Liao Fa)
CAPÍTULO II
Referências bibliográficas
Generalidades
Trajectos gerais
Fisiopatologia
Conclusão
375
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
376
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“Estes vasos encontram-se entre o cotovelo e a mão, entre o joelho e o pé. Ligam os
meridianos acoplados, quer dizer, liga um meridiano Yin a um meridiano Yang e
reciprocamente. Os Luo constituem o sistema de consolidação da circulação dos 12
meridianos principais ao nível das extremidades”.
Desempenham estritamente o papel de regulador dos meridianos acoplados.
Quer dizer, fazem passar o excesso de energia de um meridiano ao seu
meridiano acoplado.
GENERALIDADES
O seu nome ilustra bem o seu percurso, que é aproximadamente transversal em
relação à disposição longitudinal dos meridianos principais nos membros. Isto é
algo que se deveria esperar dada a sua função (que logo veremos) de unir
meridianos acoplados.
São vias circulatórias que têm um percurso curto e simples: vão desde o ponto Luo
de um meridiano ao ponto Shu- Yuan do seu acoplado. Quer dizer, unem um
meridiano Yin ao meridiano Yang acoplado do mesmo movimento e vice - versa.
Assim pois, dois meridianos principais acoplados estarão unidos entre si por dois
vasos Luo Transversais.
377
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
Estes vasos carecem de sintomatologia própria, pois limitam-se tão só a serem simples
vasos comunicantes. Albert Gurión e Uderico Lanza acham que esta ausência de
sintomatologia se deve ao curto percurso destas vias.
TRAJECTO
Dada a sua simplicidade, só dois autores Chamfrault e Van Nghi se
preocuparam em descrevê-los, mas podemos fazer algumas considerações a seu
respeito:
Os Luo Transversais de P e IG contornam o rebordo externo radial do antebraço.
378
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
FISIOPATOLOGIA
O equilíbrio energético que reina nos meridianos principais, e mais particularmente
entre dois meridianos acoplados, é muito instável, dependendo de vários sistemas auto
reguladores entre os que ocupam lugar preponderante são os vasos Luo Transversais.
Em condições normais, o vaso Luo Transversal absorve a maior parte das pequenas
variações energéticas que oscilam ao redor do ponto de equilíbrio, fazendo passar o
excesso de energia do meridiano principal em ligeira plenitude até o meridiano
principal em ligeiro vazio. Se o desequilíbrio é em sentido contrário, será o Luo
Transversal inverso que entra em acção.
Estes vasos tem a particularidade de se bloquearem em presença de importantes
variações da pressão energética, como as que se produzem quando há patologia, seja a
mesma interna ou externa. Assim pois, o sistema de bloqueio do Luo Transversal não é
selectivo e põe-se em marcha quando há plenitude brusca, qualquer que seja a sua
natureza.
O bloqueio do Luo Transversal tem a finalidade de impedir que o meridiano principal
acoplado saudável seja contaminado pela energia perversa, tratando-se de um
mecanismo de defesa para isolar a zona afectada, pela energia perversa, impedindo a
sua propagação ao resto do organismo.
As pequenas variações da pressão energética, às quais temos aludido e, que são o
principal objectivo da função dos Luo Transversais, têm geralmente uma origem
interna.
As grandes variações da pressão energética de um meridiano devem-se, geralmente, a
duas causas:
a) Causas endógenas (de origem interna) que criam uma plenitude no
meridiano em questão.
379
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
380
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
Utilizam-se estes vasos Luo Transversais para tratar a plenitude e o vazio dos
meridianos principais.
Quando dentro de um mesmo movimento há um meridiano principal em vazio
e outro em plenitude, a forma de romper o bloqueio Luo Transversal e portanto
de regular este desequilíbrio é usar a técnica Luo-Shu-Yuan, que consiste em
punturar o ponto Shu- Yuan do meridiano em vazio e do ponto Luo do
meridiano em plenitude.
Esta técnica só se deve usar no caso de este vazio ou plenitude serem causadas
por perturbações de origem interna, em cujo caso se restabelece de novo o
equilíbrio energético.
Se, pelo contrário, a perturbação é causada por energia perversa, a utilização
desta técnica estaria terminantemente proibida, pois levantaria ao bloqueio do
Luo Transversal ocasionando a contaminação do meridiano acoplado saudável,
e portanto um agravamento da enfermidade. O procedimento adequado neste
caso seria usar as duas técnicas chamadas “da mãe e do filho” (tonificando a mãe
… e dispersando o filho…) e ciclo Ke.
Deste último deduz-se a grande importância que tem saber diagnosticar
correctamente se a perturbação de um meridiano principal é provocada por
uma causa externa ou se é devida a uma alteração interna.
É evidente que a técnica Luo-Shu-Yuan não faria sentido no caso em que os
meridianos principais de um movimento estivessem em vazio.
Resumindo os Luo Transversais só se podem usar em afecções de origem
interna e que o seu bloqueio é um mecanismo de defesa.
381
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
Kespi considera esta visão hidráulica dos Luo Transversais como discutível,
considerando que será mais apropriado referir fenómenos
382
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
vibratórios ou harmónicos do que hidráulicos. Pensa que o Luo Transversal põe “em
fase” dois meridianos acoplados e até chega a perguntar-se se o Luo Transversal tem
um trajecto, se não responde melhor a uma função, se não define melhor uma das
acções do ponto Luo, a saber, as ressonâncias entre as energias do homem e as do
macrocosmos.
Defende a hipótese, para ele a mais lógica, de que a chegada do vaso Luo
Transversal não está determinada, pois considera que estamos de facto em
presença de ressonâncias.
Apesar disto, o que podemos afirmar com toda a segurança é que:
O 7P (Lieque) (ponto Luo) une o Shou Taiyin (P) ao Shou Yangming (IG)
acoplado.
O 6IG (Pianli) (ponto Luo) une o Shou Yangming (IG) ao Shou Taiyin
(P) acoplado.
Etc.
1. Patologia
A patologia é sempre a consequência de uma dessincronização entre o homem –
microcosmos e o sistema solar (macrocosmos), dessincronização que se manifesta sobre o
movimento em questão, seja ao nível das suas correspondências, seja ao nível dos seus
meridianos acoplados.
A Kespi parece-lhe que o capítulo 63 do Su Wen está dedicado aos Luo Transversais e
que não corresponde aos meridianos distintos como pensam alguns.
A confusão vem do facto de que estes últimos estão também acoplados em virtude da
lei Biao-Li.
Este capítulo 63 descreve pois a sintomatologia de cada meridiano Luo Transversal
quanto ali se encontra a energia perversa visitante e o tratamento ao oposto que há que
realizar nas afecções deste tipo e que se manifesta ao nível dos meridianos: pelo ponto
Luo (puntura profunda ou ponto Shu) para os meridianos principais e pelo ponto Jing-
pozo (puntura Miu) para os vasos Luo Transversais.
Pensa que é mais exacto considerar esta energia perversa como uma ressonância, mais
do que um fluído percorrendo os canais principais ou secundários, assim a energia
perversa ressoa seja sobre o meridiano principal, seja sobre o Luo Transversal do
mesmo nome, actuando sobre o Luo em caso de afectação ligeira, ou sobre o meridiano
principal em caso de perturbação importante.
383
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
2. Sintomatologia
A sintomatologia descrita é a dos meridianos principais, o que é lógico, visto que os Luo
Transversais não fazem mais que especificar uma das funções dos meridianos principais.
Terapéutica
Os Luo Transversais são, com os principais, um dos lugares de manifestação das
dessincronizações do homem com o macrocosmos.
A terapêutica específica da afectação dos Luo Transversais por dessincronização microcosmos –
macrocosmos, é a puntura Miu (descrita no capítulo 63 do Su Wem) e que consiste em punturar
o ponto Jing (Ting) do lado oposto, contudo, quando se situa no meridiano principal, há que
punturar o ponto Luo do lado oposto (é a grande puntura).
O que significa aqui “oposto”? É a puntura do mesmo meridiano mas contralateral ao
do meridiano acoplado homolateral? O facto de que o Luo permite a dois meridianos
acoplados Biao-Li trocar energia está a favor do meridiano acoplado e homolateral.
Não encontramos explicação que justifique a puntura contralateral.
A priori, na nossa opinião, não devemos punturar o ponto Luo “ao oposto”, puntura
profunda reservada aos casos onde esta ressonância perversa afecta o meridiano
principal (neste caso o pulso é patológico, embora seja normal nas afectações dos Luo
Transversais: Su Wen, capítulo 63).
Por outro lado, não pode ser mais que o ponto Luo do acoplado aquele onde se
manifesta a alteração, isto é, o ponto de partida do vaso Luo Transversal que termina
no meridiano afectado, e isto com o fim de sincronizar este último. Van Nghi prescreve
também punturar o ponto Yuan do meridiano onde se manifesta a perturbação, pois
pelo ponto Yuan chamamos a energia central do meridiano e pelo Luo acoplado o
sincronizamos.
Segundo Kespi as alterações dos Luo Transversais seriam sempre de origem externa
(seriam enfermidades de dessincronização macrocósmicas) e nunca haveria alterações
de origem interna porque seria contrária à sua fisiologia.
Apesar de admitir que podemos usar as suas propriedades para corrigir um
desequilíbrio interno entre dois meridianos acoplados.
Pensa que a puntura do ponto Yuan não participa em qualquer caso no tratamento do
Luo Transversal.
384
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
385
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
WU-WEI-P’ING
Além dos sessenta pontos clássicos de comando há outros, que são igualmente importantes.
Estes são os pontos Yuan e os pontos Luo. De acordo com a lei geral, todos estes pontos se
localizam nas extremidades dos membros.
O ponto Yuan ou ponto de “origem” tem a particularidade de estar em relação directa com o
órgão que corresponde ao meridiano. Mas se o meridiano tem a sua origem em um Zang, ou
num Fu, o ponto Yuan não tem a mesma definição.
Os pontos Yuan dos meridianos Yin, são os pontos da terra; por outras palavras, pontos Shu.
Deve sublinhar-se que na escrita chinesa Shu designa, antes de tudo, um barco
rudimentar; nós temos traduzido este conceito por “Ribeiro Grande”, uma corrente
capaz de suportar um barco, em oposição ao “Ribeiro Pequeno” do ponto Yuan. Mas
Shu tem também o sentido de correspondência; isto demonstra-se com os números dos
pontos do meridiano da bexiga. Assim, Fei Shu (13 B) que corresponde aos pulmões,
Pangguan Shu (28 B) que corresponde à bexiga, etc. A correspondência indica-se
também em alguns outros pontos, como Chien Chung Shu (15 IG - Jianyu e 16 IG -
Jugu), que corresponde à área do ombro; ou Paihuan Shu, que corresponde à
leucorreia. Neste caso, o termo Shu indica também que os pontos estão plenamente
«em correspondência» com o órgão.
Para aqueles meridianos que dependem dos órgãos Fu, os pontos Yuan não são escolhidos entre
os sessenta pontos de comando, são pontos distintos, variam pela intermitência fisiológica dos
órgãos. Neste caso, os pontos Yuan estão situados entre o ponto Shu e o ponto Jing-rio (King) do
meridiano.
De facto, o ponto Shu do meridiano Yang, corresponde bastante bem ao órgão associado, como o
demonstra a experiência. Mas existe também
386
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
uma espécie de desalinho entre os meridianos Yin e Yang; isto é o que causa um deslocamento
proximal do ponto Shu sobre os meridianos Yang.
Devido a que os Fu são externos aos Zang, é necessário, eleger um ponto subsequente ao Shu,
para que o verdadeiro ponto Yuan possa encontrar-se, já que este é muito mais eficaz que o
simples ponto Shu.
Todos os pontos Yuan estão localizados nas áreas do pulso ou do tornozelo. Estes pontos
utilizam-se quando um desequilíbrio energético num meridiano é acompanhado de sintomas
orgânicos, devido à sua comunicação com ele.
Sabemos que os pontos Luo se utilizam quando existe um desequilíbrio entre um Zang e um Fu
do mesmo movimento, portanto, se por exemplo a vesícula biliar estiver deficiente e o fígado em
excesso, a puntura do Luo da vesícula biliar, será suficiente para restabelecer o equilíbrio.
Também, neste caso, a puntura faz-se sobre o meridiano que está em vazio e nunca sobre o que
está em excesso. O uso criterioso dos sessenta pontos de comando, dos doze Luo e dos seis Yuan
dos Fu, permite que a energia seja regulada de acordo com a tradição clássica.
a. COMENTÁRIOS FINAIS
Estamos de acordo com Nguyen Van Nghi em que os Luo Transversais são vias
circulatórias que partindo do ponto Luo chegam ao ponto Shu –Yuan do meridiano
acoplado nesse mesmo movimento.
Essa chegada ao ponto Shu –Yuan embora possa ser discutível e, tanto os textos antigos
como a orientação que se segue hoje em dia no ocidente parecem não autorizá-la, no
entanto, a nossa experiência clínica confirma-o.
A opinião de Kespi de que a chegada destes vasos não está determinada, não diminui
eficácia ao tratamento nem desautoriza esta técnica.
Sussmam e Kespi manifestam que bastará só a punção do ponto Luo (de passagem) do
acoplado ao meridiano onde se produz alteração.
Nguyen Van Nghi e escola prescrevem antes de mais a puntura do ponto Yuan do
meridiano onde se manifesta a alteração. Kespi está de acordo em que podemos
complementar a puntura do ponto Luo com a do ponto Yuan, mas não porque a
puntura do ponto Yuan faça parte do tratamento dos Luo Transversais (os livros
clássicos não o mencionam).
Os autores chineses recomendam em clínica o uso combinado de ambos os pontos para
aumentar o efeito terapêutico, mas sem mencionar que o ponto Yuan seja o ponto de
chegada do vaso Luo Transversal
387
Capítulo II: Os Luos Transversais (Luo-Yuan)
Para nós, o Luo Transversal é uma via fechada (não fisiológica) e que somente funciona
como vaso comunicante quando se punturam os dois pontos Luo e Yuan. Isto é, seria
um recurso terapêutico e não uma via fisiológica.
388
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
CAPÍTULO III
Fisiologia
Patologia
Sintomatologia
Diagnóstico
Tratamento
Trajectos
389
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
390
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
NOME CHINÊS
Os VR são chamados JIMO ou JIMAI
391
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
DEFINIÇÃO
A definição que nós propomos de Vasos Reguladores (VR) depreende-se do
estudo das suas propriedades fisiológicas, já que:
A) São vasos que percorrem todo corpo, irrigando os meridianos e os espaços fora
dos meridianos ou inter-meridianos. Os antigos compararam-nos aos lagos,
pântanos ou mares e os meridianos principais a rios.
B) São condutores que transportam a energia essencial (Zheng) desde o Rim-Yang
até às diferentes partes do corpo e em particular até às Vísceras (entranhas )
curiosas; regulando a função térmica (Yinqiao-Yangqiao), a alimentação ou
função Tzang-Fu (Renmai-Dumai), a função defensiva interna e externa (Yinwei e
Yangwei) e o alto-baixo (Daimai) a partir do grande “Oceano” o Tchongmai.
E assim, o Ren é o mar dos MP Tzang, o Du é o mar dos MP Fu, o Yinwei dos
MDs, o Yangwei dos M.T.Ms, o Yangqiao o mar do calor e o Yinqiao o mar do
frio.
392
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
VR Yang: Dai
Yangwei
Du
Yangqiao
393
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Esta classificação baseia-se nos seguintes aspectos: meridiano principal do qual partem
(no caso de serem vasos anexos de um meridiano principal) e o percurso que têm.
B) Classificação por “cúpulas” ou “sistemas”.
Uma cúpula define-se:
1. Pela natureza Yin ou Yang de dois vasos
2. Pela sua sintomatologia e afinidade terapêutica
3. Pelos seus pontos de união
4. Pelos seus pontos-chave que ligam os VR aos meridianos principais (um ponto
chave de cada cúpula está no membro superior e outro no membro inferior):
O Tchong está acoplado com o Yinwei. Os dois meridianos na zona Yin, ligando
cada um à sua maneira os três Zu Yin e unindo-se no ponto 23 RM (Lianquan).
O Du está acoplado com o Yangqiao os dois atravessam a zona Yang e ligam-se no
Tai Yang, no ponto 1B (Jingming).
O Dai está acoplado com o Yangwei: os dois dependem do meridiano principal de
VB que lhes serve de união.
O Ren está acoplado com o Yinqiao. Os dois seguem pela zona Yin e unem-se na
parte inferior 2RM (Qugu) e na parte superior 1B (Jingming).
C) Classificação segundo a sua origem:
4VR estão em relação com a energia dos rins; três directamente: Tchong, Ren e Du e
um indirectamente: Dai, por intermédio do meridiano distinto do R, que penetra no
R orgânico e sai à altura do ponto 23B (Shenshu) para entrar no Dai.
4VR não nascem nos rins: são os VR de relação dos Yin e dos Yang, partem e
terminam na região do tornozelo e do calcanhar; dois são vasos emanados do
meridiano principal do R [Yinwei, nasce no 9R (Zhubin) e Yinqiao, nasce no 2R
(Rengu)] e dois são vasos que desembocam no meridiano da B [Yangwei acaba no 63B
(Jinmen) e Yangqiao acaba no 62B (Shenmai) ].
Os Qiao: vasos Yin e Yang que se ocupam dos movimentos da energia (Yangqiao
ocupa-se dos movimentos da energia telúrica Frio e Yinqiao dos movimentos da
energia cósmica -Calor).
394
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Os Wei: vasos Yin e Yang num sentido interior - exterior, que permitem a circulação
da energia Wei entre os diferentes segmentos destes VR.
RM: recebe e harmoniza a energia de todos os meridianos Yin e controla a parte
anterior do corpo (Yin). Em condições normais os três planos Yin e o RM actuam
como de um só Yin se tratasse.
DM: recebe todas as energia de todos os meridianos Yang e controla a parte posterior
do corpo (Yang). Em condições normais os três planos Yang e o DM actuam como de
um só Yang se tratasse
Tchong: é a origem de todos eles, o grande mar.
Daimai: regula os fluxos de energia entre a zona supra e infra-umbilical.
395
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
c) do aparelho genital
d) dos cinco movimentos
e) dos três trajectos.
a) As duas forças
O homem como ser bipolar está sob a influência de dois pólos ou forças opostas
e complementares.
Uma Yang ou cósmica que penetra na cabeça através de Baihui (20DM) ou o
palácio das cem reuniões.
Uma Yin ou telúrica que penetra pelo períneo ao nível do Roeyin (1RM) ou
reunião dos Yin.
b) As seis vísceras (entrañas) curiosas
396
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
c) O aparelho genital
397
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
d) Os cinco movimentos.
A essência ou Tinh e Qi que geram o sistema Zang-Fu são os que mantêm, através dos
seus aportes toda a organização de sobrevivência e procriação; ao ser os que sintetizam
ou formam o Jingqi posterior ou energias dos cereais e a respiração.
As funções orgânicas não são independentes, estão inter-relacionadas através do
sistema Sheng-Ke, sistema Yang –Yin de generação e inibição ou de assistência e
controle.
Aportam, portanto, Tinh para a sexualidade, Qi para a procriação e Shen para o
caminho espiritual.
e) Os três caminhos
1. a Ráquis
2. o Estado primordial
3. os oito vasos reguladores
398
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
3. Os 8 Vasos Reguladores.
399
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
400
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
C) Jingqi. Seu ideograma indica a essência produzida pelos aportes materiais maternos durante
a gestação e sob influencia do Zhong e Yuan. Poderia ser interpretada como a quintessência da
contribuição da mãe, que influenciará indubitavelmente o desenvolvimento do ser, depois do
nascimento.
Portanto, estas três energias formam parte do conjunto da energia Ancestral e por
ordem de importância classificam-se em:
401
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
CERÉBRO
Para os primeiros autores chineses o cérebro não era mais que o ponto de encontro de
todas as medulas do corpo humano, daí as afirmações: “ O cérebro é o mar das
medulas” Ling Shu (capítulo 33) e “Todas as medulas se unem no cérebro”, Su Wen
(capítulo 8). É por isto, que na teoria do Zang- Fu, a fisiologia e a patologia do cérebro
estão compreendidas nos 5 Zang. Assim:
O Coração contém o Shen e governa a alegria.
O Pulmão contém o Po e governa a sensibilidade.
O Baço Pâncreas contém o Yi e governa a reflexão.
O Fígado contém o Hun e governa a imaginação.
O Rim contém o Zhi e governa a vontade.
Coração, fígado e rim têm a maior importância:
O Coração contém o espírito e é o dono dos 5 Zang e dos 6 Fu.
O Fígado porque dirige a regulação dos sentimentos (no meio, entre a
vontade e o conhecimento).
402
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Ainda nessa época, as funções do cérebro foram integradas nas dos órgãos, Ling Shu
(capítulo 80) dizia: “ Quando o mar das medulas é insuficiente, há vertigens e
zumbidos nos ouvidos”, o que relaciona o cérebro com os órgãos dos sentidos.
Mais tarde, na época Ming, Li Zhi Zhen (1518 – 1593) dizia: “ o cérebro é a morada do
Shen original (Yuan Shen) ”, estabelecendo uma relação entre o cérebro e o espírito.
Wang Ang,em o “Bem Cao Lue Yao” ( essencial do receituário), (1694) declarava: “ A
faculdade da memória do homem encontra-se no cérebro.”
Enfim, Wang Qing Ren ( 1768 – 1831), no “Yi Lin Gai Cuo” ( correcção dos erros da
medicina), localizava no cérebro a inteligência e a memória, mas igualmente as
percepções recebidas por intermédio dos órgãos dos sentidos.
Os aforismos de Ling Shu ( capitulo 8), “ o cérebro é a morada do Shen primordial” e “
o coração contem o Shen” podem actualmente parecer contraditórios, mas a Medicina
Chinesa estima que o espírito e a inteligência provenientes do cérebro têm necessidade
de alimentação do sangue para poder existir.
Pode-se então considerar que um determinado número de síndromes atribuídos aos
órgãos (Zang) correspondem de facto a enfermidades do cérebro. Referindo-se em
particular:
“Fleumas - fogo obstruem as aberturas do coração.”
“Coração e rins não têm nenhuma relação”.
“Qi do fígado em estancamento.”
“Fogo do fígado inflama o alto”.
“Vento do fígado agita o interior.”
“Jing dos rins insuficientes”.
Os seguintes princípios terapêuticos correspondem a tratamentos de enfermidades do
cérebro (ver síndromes e tratamento em Tomo II):
“Clarificar o coração, abrir suas aberturas”
“Nutrir o coração, apaziguar o Shen”.
“Fazer comunicar rim e coração”.
“Drenar o estancamento do fígado”.
“Drenar refrescando o fogo do fígado”.
403
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
O Pulso
O Pulso não designa somente a pulsação que se sente por baixo dos dedos, designa
também a forma como circula o Qi Xue. Como a circulação, depende em grande parte
do impulso dado pelo Qi do Pulmão e como os vasos convergem no Pulmão, sentir o
Pulso, permite determinar a força ou a debilidade do Qi e do sangue.
Como “todos os pulsos vão em audiência matinal ao Pulmão”, é lógico tomar o pulso
sobre o meridiano do Pulmão. Segundo a localização, sua força ou sua velocidade, o
pulso serve para determinar o estado de força ou debilidade, de excesso ou de
insuficiência do sangue e da energia dos órgãos, ou seja, localização da enfermidade e
da capacidade funcional dos órgãos.
404
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Patologia
405
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
rim, Su Wen (capitulo 1). Todas estas relações permitem-lhe desempenhar um papel na
saída da menstruação, na fecundação e na gravidez.
O útero também mantém relações com o coração, o fígado e o baço pâncreas. Na
verdade, as menstruações normais e a gravidez dependem do sangue; portanto, o
coração dirige o sangue, o fígado armazena-o, o baço pâncreas o produz e controla.
Assim, diversas condições patológicas podem ter influencia sobre as regras e sobre a
gravidez.
Conceitos teóricos:
Por exemplo:
Se o Qi dos rins está em vazio; se o sangue, o Qi, o Chongmai e o Renmai
são insuficientes, as menstruações podem ser irregulares ou ausentes, as
mulheres podem ser estéreis.
Se o coração e o baço pâncreas estão em estado de vazio e o sangue e o Qi
são insuficientes, as menstruações podem ser insignificantes ou
inclusivamente suprimidas.
Se o baço pâncreas está em estado de vazio e seu Qi caiu, não pode conter o
sangue. Podem surgir menometrorragias.
Se o Qi do fígado está congestionado e estagnado, cria-se uma alteração na
sua função de drenagem que acarretarámenstruações irregulares.
Em resumo:
O Qi e o sangue são a base material necessária nas menstruações, na
gravidez e na amamentação.
As Vísceras (Zan Fu) são a fonte produtora do Qi e do sangue.
Os vasos e colaterais (Jing Luo) são as vias onde circulam o Qi e o Sangue.
406
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Quando o Jing Qi dos rins é abundante, e o sangue e a energia dos vasos Chongmai e
Renmai são florescentes, pode-se conceber e levar a termo a gravidez e as
menstruações são normais.
Su Wen (capitulo 1) diz: Quando a energia em Renmai e Chongmai é abundante, as
regras são regulares, pelo que se pode ter um filho.
Se o Qi dos rins é vazio e débil, se o sangue e a energia de Chongmai e Renmai são
deficientes, os períodos podem ser irregulares ou inexistentes (JIn Bi), as mulheres
podem ser estéreis.
O útero, tem igualmente uma relação estreita com o coração, o fígado e o baço pâncreas
porque os períodos normais e a gravidez dependem do sangue. Logo, o coração rege o
sangue, o fígado armazena o sangue e o baço pâncreas pode produzir e conter o
sangue. É por isso, que um mau funcionamento do coração, do fígado ou do baço
pâncreas, afectam a actividade normal do útero.
Assim quando coração e baço pâncreas estão em vazio e o sangue e a energia são
insuficientes, os períodos podem ser insuficientes, atrasados ou não existirem (Jing Bi).
Quando o baço pâncreas está em estado de vazio e o seu Qi baixa, não pode conter o
sangue, e há hemorragia uterina (menorragia). Quando o Qi do fígado está
congestionado existe uma alteração da sua função de drenagem o que ocasionará
regras irregulares.
OSSOS
Wang Bing no ano 762, dizia que os ossos eram direitos e sólidos para poderem
aguentar o corpo.
“ A enciclopédia Imperial de Medicina” ( Shenh Ji Zong Lu) definia o papel dos ossos
como o de fixar a carne e os tendões, o de unir os elementos do corpo, uns aos outros,
e de colaborar nos movimentos.
A enumeração dos ossos estabelecida por Nei Jing era errónea. O erro foi rectificado
em 1247 por Zong Ci (1185 – 1249) no “Xi Yuang Ji Lu”.
Teoria
Tendo por base que “os rins governam os ossos” advertiu-se que os tratamentos que
fortificavam os rins tinham também influencia nos atrasos de crescimento e na
consolidação dos ossos.
Também segundo Su Wen (capitulo 17), a parte oca dos ossos,
407
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
são os lugares privilegiados, onde, o Jing Qi inato e adquirido, assim como os líquidos
do corpo vão formar a medula óssea. Como “o crânio é o lugar de onde se concentra a
medula” (Su Wen capitulo 36, Ling Shu capitulo 33), os autores antigos consideravam
que a medula óssea, a medula espinhal e o cérebro eram a mesma coisa ( ver
movimento agua em Tomo II).
Do rim Yang sai um grande canal, o Tchong que vai até o períneo aflorando ao
exterior no 1 RM, este, tem uma rama interna que volta para atrás (via ascendente
interna do Tchong) que conecta com o 4 DM (Mingmen).
Do 1 RM parte o vaso regulador Renmai e outra rama que, atravessando o ânus,
aflora no ponto 1 DM ( Changqiang) dando origem ao Dumai.
Há outra conexão entre o 1 RM ( Huiyin) e o 4 RM ( Guanyuan ) que além de ser
parte do Ren, é também rama externa do Tchong, esta rama, desde o 4 RM (Guanyuan)
vai a 11 R ( Henggu ) (que forma parte da barreira pubiana ), ali forma duas ramas,
uma que origina o trajecto, erradamente conhecido de M.P. do R. dos pontos 11 R (
Henggu ) ao 27 R ( Shufu ), daí conecta-se com o 23 RM ( Lianquan) e com o 24 RM (
Chengjiang , terminando no 1B ( Jinhming ), esta rama é a externa ascendente do
Tchong ( irrigando faringe, língua, cara e crânio ); do 11 R ( Henggu) parte outra rama
interna descendente que, através de sua conexão com o ponto 30 E ( Qichong), irriga a
perna e o pé e acaba no 1R ( Yongquan).
Desde o 1 R (Yongquan) tem uma conexão com o 9 R ( Zhubin ) e outra com o 2 R
( Rangu). Do 9 R ( Zhubin) parte o Yinwei e do 2 R (Rangu) parte o Yinqiao.
Tanto o Yinwei como o Yinqiao ascendem pelo organismo até ao 1B ( Jingming).
Esta energia volta a baixar pelo meridiano da B. até pôr-se em contacto com os
pontos 62 B (Shenmai) e 63 B (Jinmen); no 62 B (Shenmai) conecta com o Yangqiao e no
63 B ( Jinmen) conecta com o Yangwei. Ambos nascem no 1 B.
Para voltar ao R. a energia segue o meridiano da B. desde 62 B (Shemmai) e 63 B
( Jinmen) onde se conecta com M.P. do R. (67 B – Zhiyin e 1 R – Yongquan, troca de
polaridade), para ascender a Rim Yang via do seu próprio meridiano.
408
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Trajectos
Trajecto interno. Nasce em R. energético (Migmen), vai aos órgãos genitais e sai
pelo 1 RM (Huiyin), uma rama vai ao 4 DM (Mingmen) (rama ascendente
interna), uma rama anterior até o 4 RM (Guanyuan), ao 11R (Henggu) de onde
inicia seu trajecto externo.
Trajecto externo. Com um trajecto abdominal até o 21 R (Yiumen) (esta rama
abdominal envia ramificações ao MTM do E.) e um trajecto torácico até o 27 R
(Shufu) que tem ramificações pelos espaços intercostais. Do 27 R (Shufu) vai ao
23 RM (Lianquan) e 24 RM ( Chengjiang), neste trajecto envia ramificações a
faringe, contorna boca e lábios e penetra pelo 1 B(Jingming).
Do 11 R (Henggu) sai outro trajecto interno ao 30E (Qichong), contorna a parte interna
da coxa, da barriga da perna, maléolo interno de novo, para aflorar no 1 R (Yongquan).
Usa-se em enfermidades dos cinco órgãos e abdominais.
409409409
7
*Ver, em anexo, folhas que ampliam esta síntese.
409
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
410
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Trajectos:
411
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
412412412
8
*Ver, em anexo, folhas que ampliam esta síntese.
412
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Trajectos:
413
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Acção específica:
Via principal: por plenitude – dor na coluna. Por vazio – sensação de vazio
cefálico com vertigens.
Vias secundárias: precordialgia irradiada para trás, febre intermitente
quando o E.P. penetra no 16 DM (Fengfu).
414414414
9
*Ver, em anexo, folhas que ampliam esta síntese.
414
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
415
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
416
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
417
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
418
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Trajecto:
419
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
420
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Trajecto:
Acção:
421
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
422
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Trajecto:
Tanto o YQ como o YW são vias de retorno que baixam desde o mar das
medulas (cérebro) ate à própria fonte (Mingmen) devolvendo a energia essencial não
utilizada.
Acção:
Patologia:
423
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
424
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Trajecto:
Função:
Febre e calafrios.
425
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
426
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
427
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
428
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
TQM: 4 BP (Gongsun)
DM: 3 ID (Houxi)
RM: 7 P (Lieque)
IW: 6 MC (Neiguan)
YW: 5 TA (Waiguan)
YQ: 62 B (Shenmai)
IQ: 6 R (Zhaohai)
DAI: 41 VB (Zulinqi)
Os pontos-chave relacionam-se com os pontos Shu e Luo, da mesma forma, que o homem, se
relaciona com o exterior: Shu penetra e Luo sai.
1ª Cúpula: 7 P ( Lieque) – 6 R (Zhaohai)
Usa-se no campo respiratório, génito-urinário e edemas.
2ª Cúpula: 3 ID (Houxi) – 62 B (Shenmai)
Área psicoafectiva, transtornos da termogênese, ciáticas, dermatologia, patologia cervical e
lombar.
3ª Cúpula: 4 BP (Gongsun) – 6 MC (Neiguan)
Em afecções orgânicas e disfunções profundas. Em afecções crónicas e em alterações do Shen
Mental. Alterações ginecológicas.
4ª Cúpula: 5 TA (Waiguan) – 41 VB (Zulinqi)
Dermatologia e traumatologia. Enfermidades que progridam de fora até o interior (de origem
externa).
429
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
TCHONGMAI 4 BP (Gongsun)
INDICAÇÕES TERAPEUTICAS
Gastralgia.
Opressão torácica.
Indigestão.
Vómitos pós – prandiais
Enfermidades de acumulação e de reunião energética (em forma de tumor fixo ou
móvel).
Borborigmos.
Alterações do metabolismo da água.
Plenitude energética sobre o diafragma.
Dor abdominal.
Hipocondralgia e dor periumbelical.
Transtornos intestinais e de etiologia “ Vento” com febre, calafrios e cardialgia.
Na mulher: retenção placentária, metrorragia às vezes acompanhada de confusão
mental.
APLICAÇÕES CLÍNICAS
430
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
1. Períodos irregulares.
2. Inchaço e dor abdominal.
3. Acumulação de “fleumas – calor” no tórax.
4. Dores nos membros causados pelo “Vento”.
5. Obstrução faríngea com odinofagia.
YINWEI 6 MC ( Neiguan)
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Transtornos psíquicos.
Inchaço abdominal, disenteria, opressão torácico abdominal, borborigmos,
prolapso rectal.
Alcoolismo.
Acúmulo energético com hipocondralgia.
431
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
Na mulher:
a) Dores intercostais.
b) Cardialgia devido a acumulação energética.
Enfermidade evolutiva do “frio” com estancamento energético no tórax.
APLICAÇÕES CLÍNICAS
432
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
DUMAI 3 ID (Houxi)
INDICAÇÕES TERAPEUTICAS
APLICAÇÕES CLÍNICAS
433
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
YANGQIAOMAI 62 B (Shenmai)
INDICAÇÕES TERAPEUTICAS
APLICAÇÕES CLÍNICAS
434
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
DAIMAI 41 VB (Zulingi)
INDICAÇÕES TERAPEUTICAS
APLICAÇÕES CLÍNICAS
435
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
YANGWEIMAI 5 TA (Waiguan)
INDICAÇÕES TERAPEUTICAS
Acropoliartritie
Tetraplegia e cefaleia.
Algia da articulação coxo – femoral.
Cefalalgia, cervicalgia e dor do ângulo externo do olho.
Parestesia dos membros.
Hidrorreia.
Ortótonos.
Olhos roxos.
Enfermidade evolutiva do “Frio” (Chang Han): suores e hipertermia.
APLICAÇÕES CLÍNICAS
436
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
437
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
RENMAI 7 P (Lieque)
INDICAÇÕES TERAPEUTICAS
APLICAÇÕES CLÍNICAS
1. Rinorréia purulenta.
2. Pólipos nasais e obstrução nasal.
3. Enfermidade evolutiva do “Vento”: face roxa, hipertermia e cefaleia.
4. Enfermidade evolutiva do “Vento – Frio”: tosse e opressão torácica.
5. Enfermidade evolutiva do “Vento”: sensação de calor nos quatro membros e
cefaleia.
6. Dores abdominais e diarreia difusa.
7. Disenteria: fezes brancas ou vermelhas, sensação de frio e dor abdominal.
8. Mastite, mastodinia.
9. Galactoforite, abcesso do peito.
10. Sensação de frio com dor abdominal e diarreia difusa.
438
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
439439439
10
(*) Os cinco tipos de adenite cervical são:
439
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
YINQIAOMAI 6 R ( Zhaohai)
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Espasmo faríngeo.
Micções dolorosas.
Prolapso rectal.
Orquiepididimites com algias pélvica.
Cólera, disenteria.
Na mulher:
1. Oligúria – disúria.
2. Algia pélvica, polaquiúria.
3. Orquiepididimites.
4. Hérnia inguinal com violenta dor abdominal.
5. Hematúria, uretrite.
6. Espermatorréia, leucorreia, polaquiúria.
7. Sonhos eróticos com espermatorréia.
8. Parto difícil ou retenção placentária.
9. Obstipação – prisão de ventre (na mulher).
10. Dores abdominais, umbilicais do pós- parto com lóquios.
11. Quisto de ovário devido a alterações da energia “humidade – baço” (de origem
sanguínea, liquida ou energética).
12. Alterações da zona sanguínea ena mulher: dispneia, inchaço abdominal.
13. Debilidade da energia e do sangue na mulher: inquietude, dores generalizadas,
cabeça pesada, deslumbramentos.
14. Síndrome de vazio nos idosos: ataxia e tremor.
440
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
441
Capítulo III: Vasos reguladores (Qi Ji Mai))
442
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
TOMO II
10.ª LIÇÃO
ETIOPATOGENIA E SEMIOLOGIA
diferencial e tratamento.
443
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
444
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
CAPÍTULO I
DESEQUILÍBRIOS YIN-YANG:
445
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
446
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
Se Zheng é forte, porque herdamos uma boa Zhong, mantemos boas contribuições
do céu posterior (nutrição e respiração), não existem perturbações emocionais e não há
agressões ambientais e traumáticas, o Xie só atacará ou desequilibrará em
circunstâncias extremas e a resposta do organismo será sempre aguda (febre, cefaleia,
contractura muscular, etc.).
447
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
Para que exista plenitude, é preciso que ambos antagonismos sejam fortes. O resultado
dessa confrontação dependerá, logicamente, do esgotamento do factor anti-patógeno
ou da profilaxia sobre o factor patógeno. Se ambos diminuem, o organismo entre em
estado de vazio, que é o que ocorre, por exemplo, nos processos de convalescença.
448
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
Desequilíbrio Yang-Yin.
Alterações dos movimentos de interiorização - exteriorização (Biao-Li) e
subida - descida (Qiji ou Qini).
Formação das cinco perversidades (Wu Xie Nei).
Alteração da víscera ou órgão (Fu-Zhang) e de suas energias (Tinh e Qi).
Alteração da energia nutricional e defensiva (Rong – Wei).
Alteração dos meridianos e colaterais (Jing Luo).
Afectação dos humores (Shénshui – Yin – Ye) das essências (Jing e Suigu) e do
sangue (Xue).
Nesta introdução desenvolvemos os desequilíbrios Yang-Yin, as alterações dos
movimentos de interiorização – exteriorização, subida - descida e as cinco
perversidades, já que o resto se desenvolverá no capítulo de Semiologia I. 3ª Lição.
DESEQUILÍBRIOS (Yang-Yin)
449
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
São sinais denominados de verdadeiro calor - falso frio ou de verdadeiro frio - falso calor.
Se o Yang interno é excessivo, por exemplo, ante uma agressão emocional intensa e
persistente, diminui o Yang no exterior com o qual aparentemente (exterior) há frio-
vazio e no interior calor-plenitude. Os sinais clínicos são claros: agitação interna, dor e
opressão torácica, sede com desejo de bebida fria, irritabilidade, urina escassa e
amarela, prisão de ventre, etc., lassitude externa, rejeição ao frio, frio, atonia muscular,
etc.
Se o Yin interno é excessivo despreza o Yang que se exterioriza, aparecendo sinais
externos de calor-vazio no exterior e frio-plenitude no interior, ou sinais, de falso calor-
verdadeiro frio. No exterior, há enrijecimento facial, sensação de sede mais desejo por
bebidas quentes, ausência de fobia ao frio mas desejo de cobrir-se, pele quente mas
sensação de frio interno, urinas claras e abundantes, língua pálida e saburra branca.
450
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
451
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
Geralmente aplica-se o termo Huo Xie Nei, que significa, fogo interno perverso.
Nós consideramos que Huo (fogo) deve aplicar-se, nos casos, em que o calor excessivo
produza lise, embora, também se possa aplicar ao calor interno, que progredindo se
transforma em secura interna e fogo interno.
O Calor interno (Re Nei) pode-se produzir por cinco causas fundamentais:
1. Uma insuficiência de Tinh de ID., o que permite, que o calor exógeno se mostre
agressivo e excite o calor interno de C.
2. O calor extravasa-se e produz fogo por vazio de Yin (Yin Xu Huo Wang).
O Yin precário (Yin Xu) não controla o Yang e produz-se calor excessivo (Re Shi) com
sintomas específicos, como calor no tórax, palmas e plantas do pé (cinco corações ou
cinco centros), boca e garganta seca, transpiração nocturna, sensação de “cozedura dos
ossos”(Gu Zheng), hipertermia, febre, etc.
452
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
1. Uma insuficiência de Tinh da B., o que permite que o frio exógeno seja agressivo ou
reforce o frio interno de R.
2. Por um vazio de R. – Yang (Mingmen Xu), implica um vazio de calor vital (Shao Re) e
portanto, síndrome de predomínio do frio que pode progredir a humidade – fleumas.
Ver sinais clínicos nas 8 regras de diagnóstico da 5ª Lição (plenitude de Yin) e o
tratamento, nas 8 técnicas terapêuticas da 6ª Lição.
3. Por insuficiência do Yang orgânico, Yang Shi Zhang, uma vez que a função visceral
fracassou no seu papel neutralizador das energias patógenas, que afectam sobretudo o
R. (frio) e o BP. (humidade).
Ver síndromes de insuficiência de Yang de BP. e R. e tratamento no capitulo de Semiologia II.
O vento interno (Feng Nei) pode-se produzir: por um excesso de Yang, sobretudo de
F.(vento), por um excessivo calor exógeno, ou por um vazio de Yin e do sangue; por
isso, podem-se relacionar seguintes causas.
453
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
1. Por uma insuficiência de Tinh de VB., o que permite que o vento exógeno seja
agressivo ou reforce o vento interno do F.
2. Fuga de Yang do F. (Dang Yang Gan). É uma síndrome habitual na patologia
energética que se produz por excitação da raiz Yin, bem como, por causas endógenas
(emoções, sobretudo o desejo) ou exógenas (sobretudo o álcool e o vento). Também é
produzido por uma insuficiência de Yin de R. (não dá água à madeira) ou uma
insuficiência congénita ou adquirida (crónica) de Yin do F.
O Yang de F. liberado converte-se em vento que excita o seu domínio (músculos e
tendões), produzindo espasmo, contractura, etc. eleva-se até a cabeça, produzindo
sinais de vento cefálico (vertigem, paralisia facial, podendo produzir perda de
conhecimento e hemorragia cerebral). Ver síndromes de Yang de F. e tratamento em
Semiologia II.
3. O calor em excesso gera o vento (Re Ji Sheng Feng). Quando o calor é persistente (calor
– plenitude) produz-se a secura que afecta o R. – Yin (água orgânica) consumindo os
líquidos orgânicos, não nutrindo o Yin do F., gerando-se um excesso de Yang de C. que
“arde os vasos e os meridianos” produzindo-se vento – fogo interno, com febre alta,
convulsões, olhos brancos, delírio e perda de conhecimento, além dos sinais gerais de
calor – secura.
Ver síndrome de calor – secura (Semiologia I) e fogo de F. (Semiologia II).
4. O Vazio de Yin agita o vento (Yin Xu Feng Dong). O vazio de Yin aparece (calor –
vazio) com sinais clínicos menos intensos que nos casos anteriores, como espasmos
musculares, mialgia diferida, tremor dos membros, etc.
5. O vazio do sangue gera o vento (Xue Xu Sheng Feng). Um vazio de Xue (Xue Xu)
afecta ao Yin de F. produzindo um escape (sem fuga) de yang de F. ou vento – vazio
que afecta, os tendões e os músculos com retracções tendinosas e dor muscular
(fibromialgia), tremores e alterações visuais.
Ver síndrome do sangue (Semiologia I) e do F. (Semiologia II).
454
Capítulo I I: La etiopatogenia en M.T.Ch. (Bing Yin Ji)
1. Insuficiência do Tinh do IG. que permite que a secura exógeno seja agressiva ou reforce
a secura interna.
2. É uma etapa intermediada entre o calor e o fogo e que se apresenta com mais
frequência na clínica diária, sobretudo em pessoas mais velhas, por um vazio
progressivo dos líquidos orgânicos e a da essência (processo fisiológico de
desidratação).
3. Da mesma forma, um calor persistente e uma fuga abundante de líquidos, como ocorre
no suor, vómitos continuados, diarreia, hemorragias, etc., produz sinais agudos de
secura que podem alterar a fisiologia do BP. – E. (humidade), P. – IG. (secura),
produzindo quadros de secura crónica.
4. Alteração de qualquer dos quatro órgãos descritos, sobretudo IG. e P. (vazio de Yin de
IG. ou vazio de Yang P.), pode provocar sinais estáveis de secura, como são a pele seca,
desbotada e escamosa, carência de Yinye (lágrimas, líquidos nasais, saliva, etc.), como
olhos, garganta, nariz e boca secas, urinas escassas, etc.
Ver síndromes de secura (Semiologia I) e de movimento metal (Semiologia II).
455
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
456
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Capitulo II
Introdução
As três causas patógenas ( San Yin Xie )
A justaposição (Jie)
457
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
458
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
INTRODUÇÃO
Influem também, outra serie de factores não enquadrados na classificação anterior, tais
como: alimentação e bebida; o mau uso da nossa capacidade de sobrevivência e
procriação (trabalho - intelecto e procriação), como acontece quando há um
esgotamento físico -psíquico e sexual; as epidemias como factor imprevisível de
perturbação geocósmica; as parasitoses, as infecções tóxicas por alimentos; os
traumatismos e as mordeduras e por ultimo as designadas como concreções patógenas
(mucosidades –Yin ,fleumas -Tan e estase –Yü).
II. Factores patógenos exógenos ou exteriores (Wai Xie)(Wai Yin) (Wai Gan)
II.A – O Vento (Feng)
II.B- O Frio (Han)
II.C- A Humidade (Shi)
459
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
III. Factores patógenos não endógenos -exógenos (Bu Nei Wai Yin) (Bu Nei Bu Wai Xie):
1
* Ver Semiologia II . O Coração.
460
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
461461461
461
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
A cólera sobe o Qi
A alegria dispersa o Qi
462
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
O terror excita o Qi de C
A preocupação estanca o QI
463
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
O Rim regula a vontade (Shen Zi), a vontade é o Yin psíquico supremo (água)
sendo o Shen Thân o Yang psíquico supremo (fogo). Entre o conhecimento e a vontade
desenvolve-se em essência o ser humano; é a vontade que impede que o Thân se eleve
e vá para a sua essência, até ao UNO ou Principio, do qual faz parte. Por isso,
tradicionalmente, alguns clássicos, denominavam o homem como “um ser energético
voluntarioso”. Só a vontade pode controlar a mente.
Ou seja, quando o rim tem que usar o seu Qi para realizar a função água (sobreviver e
procriar) em relação à função fogo (elevar-se e fazer-se espírito) o Qi orgânico diminui
produzindo queda da matéria com incontinência de fezes, urina e sémen, com
debilidade dos membros inferiores, etc.
Portanto, um medo excessivo e brusco pode provocar debilidade nos joelhos com
tremor, incontinência, etc. Assim, o viver num medo permanente, esgota o P com
sinais de dificuldade respiratória
464
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
As emoções excessivas esgotam as essências, isto é o Tinh ou energia que gera o Jing
ou Yin orgânico, convertendo-se em secura ou fogo em colaboração com factores
patógenos (noxas) de tipo Yang (climatológicas, dietéticas, etc.) produzindo sinais de
calor interno com hemoptises, secura amargo de boca e garganta, pele seca,
irritabilidade, insónia, etc.
No nosso código genético estão impressos, como num disco rígido de capacidade
ilimitada, todas e cada uma das vivencias dos nossos antepassados, onde se reflecte a
história dos nossos antecessores. É o chamado arquivo akáshico em termos orientais
ou, em termos bioenergéticos, a chamada energia Zhong.
465
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
É conhecida a longevidade das gentes rurais, apesar das múltiplas carências de tipo
higiénico, atenção médica, protecção climatológica, etc. que tinham os nossos avós.
466
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Consideramos que à geração actual, em termos gerais, acontece-lhe o mesmo que aos
alimentos dos quais se nutrem: têm mais aparência (Yin) mas menos vitalidade (Yang)
e são mais artificiais.
Segundo a MTC todas as doenças têm em maior ou menor grau uma componente
genética e, que sendo do céu não é recuperável. Este princípio bioenergético, penaliza
o facto de que a humanidade não evolui para uma maior vitalidade, mas degenerará
ou estancarse-á se os restantes factores Xie não forem controlados ou neutralizados.
A ruptura deste equilíbrio pode ter uma multiplicidade de manifestações que vão
desde uma simples alteração externa, chamada de tendinomuscular, a uma patologia
visceral, orgânica ou inclusivamente uma afectação de todo o conjunto.
Assim, acontece que o factor de desequilíbrio impede a acção de regulação e por tanto,
a Auto reparação.
O Fuqi,pode ser:
467
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
FUQIT’CHI (fuqi-céu)
Este conceito tradicional diz respeito à existência de uma energia cósmica (Liuqi)
nas vias Jingmai (energéticas). Permanece em estado latente (Fuqi) sem progredir, mas
também não é neutralizada, produz-se um equilíbrio Xie-Zheng, formando-se uma
espécie de “encapsulamento “crónico em qualquer colateral. É o que dá origem ao fim
de algum tempo, à chamada cicatriz energética (não diagnosticável radiologicamente)
ou área de ressonância, que em circunstâncias normais não provocaria nenhum tipo de
reacção apreciável.
Num momento determinado, juntamente com outro tipo de energia perversa ou factor
cósmico patogénico (Xieqit’chi), inicia-se, um processo de evolução rápida que
ultrapassa os mecanismos habituais derivados e neutralizantes das vias colaterais.
FUQISHEN (Fuqi-Homen)
FUQISHUI (Fuqi-Terra)
468
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
60% a 70% do organismo (água orgânica) fica em estado precário, é o Fuqi terra, factor
latente ou leito mórbido.
Introdução
12
469469469
12
* O termo liuqi refere-se às seis substâncias fundamentais da vida: Jing (essência), qi
(energia de concepção tecidular), Yin (líquidos corporais), Ye (humores) Xue (Sangue),
Mai (Pulso) que se formam dos alimentos.
469
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
470
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
471
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
No entanto, os microrganismos como bactérias, fungos etc., são seres físicos e vitais,
isto é, têm sistemas homeostáticos ou de relação com o meio. Isto implica existência
própria e mecanismos de sobrevivência, pelo que a sua actividade de síntese e
transformação, é exactamente igual à que pode realizar qualquer ente vital mais
complexo, como consequência da sua capacidade de adaptação, procriação e
sobrevivência.
Estes microrganismos têm por, portanto, estrutura organizada ácidos nucleicos como
se comprovou cientificamente. Mas eles não são o factor epidémico-cósmico descrito
pela MTC, mas sim uma consequência, na sua proliferação, do referido factor.
Existem outros entes mais primários, não vitais, embora físicos, capazes de
influir neste desenvolvimento, produzindo processos de reacção ou estímulo e que são
estados de semiconcreção do Liú qi (energias do cosmos).
Assim como a água, que pode ser matéria e cair (gravidade) ou ser energia e elevar-se
gravitando subtilmente no meio, originando o efeito de humidade ambiental, assim a
concreção derivada do UNO ou Princípio Universal «gravitará» sobre a terra
afectando as suas manifestações vitais.
O factor cósmico de predomínio Yin (Yin Xie), origina hipodinamismo da função Yang
(função visceral-homeostática), denominando-se factor epidémico de origem Yin (frio
– vento - humidade) e provocando síndromes de excesso da actividade orgânica (Yin)
(Ver sudoração-liberação).
A MTC indica que os entes vitais mantêm uns sistemas de relação homeostática, que
os denomina por planos energéticos, de acordo com o seguinte esquema:
472
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
473
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
474
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Das palavras de Lao Tse, deduz-se que o vírus pertence ao grupo dos não vitais,
dentro dos 10.000 seres (infinitos), quer dizer, dos que mantêm relação homeostática
com o seu meio e que portanto não têm reprodução autónoma.
475
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Por isso, de acordo com as alteração que se vão verificado no meio ambiente, as
reacções são cada vez mais intensas e de pior prognóstico.
Um exemplo que todos conhecem, é a denominada vírus gripal, que muda
constantemente conforme as circunstâncias climatológicas, o mesmo acontece com o
resto de doenças víricas, tanto estacionais como epidémicas ou endémicas como a
SIDA e que acontecerá também com outras que irão aparecendo.
As suas manifestações ou reacções são cada vez mais severas porque menor é a
harmonia na bipolarização, sendo também maior o distúrbio emocional e as
transgressões dietéticas.
Actualmente, constatamos a existência de um hiperdinamismo originado pela
desarmonia entre o calor e o frio. O aquecimento da nossa biosfera provoca excessivo
factor Feng Xie (vento patógeno) ou Da Feng Ke Du (vento tóxico) que é a maior causa
das patologias víricas existentes actualmente. Futuramente, serão cada vez mais
intensas as manifestações dinâmicas, passando de alguns níveis de actividade a
grandes manifestações ciclónicas ou de hiperdinamismo cósmico. As patologias víricas
passarão a ser predominantemente Yang debilitando a função orgânica e afectando as
cinco capas físicas, regidas pelos cinco órgãos:
Pulmão – Dermatopatías, alergia, alopecia, tuberculose, etc.
Baço-Pancrêas – Obesidade, celulite, etc.
Fígado – Falta de tonos muscular, alterações das unhas, fibromialgia, etc.
Coração – Doenças Cardiovasculares, etc.
Rim – Osteoporose, artrose, etc.
O Yin é latente e se predomina o frio o Yin Xie altera-se a função visceral por
hipofuncionamento, originando quadros relacionados com essa deficiência: prisão de
ventre, gastrite, cólica intestinal, insuficiência biliar, etc., que só afectarão a função
orgânica através de um processo persistente e intenso com alteração do Yangming e
Taiyin, isto é, a nível do estômago, intestino grosso, pulmão, e baço - pâncreas.
476
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Por isso, os quadros víricos por predomínio do frio, a não ser que sejam muito
intensos ou que o factor antipatógeno se encontre diminuído, sofrem um processo de
recuperação como é típico nas constipações, gripes, etc., sem consequências de maior,
ainda assim, são quadros menos graves quando comparados com os de predomínio do
calor e a sua transformação em fogo.
A M.T.C considera as energias cósmicas estacionais como factores de risco ou
patógeno-epidémicos estacionais (Shi Du), perante os quais é conveniente estarmos
preparados fortalecendo-nos nos 18 últimos dias prévios à estação, sobretudo do vento
e secura, ou seja Primavera e Outono. Conseguimos isto, tonificando o canal
energético correspondente, regulando a função digestiva e o sistema energético
central. No entanto, estes métodos eram suficientes em circunstâncias cosmo-telúricas
não alteradas (Wei Xie) ou factor cósmico natural e sem outros factores de risco como
as transgressões dietéticas, higiénicas ou emocionais. Mas, perante alterações
cosmológicas como as que acontecem no nosso tempo, que provocam Wei Xie Shi
(abundância do factor patogénico), devem extremar-se as medidas profiláticas de todo
tipo, através de um maior conhecimento estes princípios. Assim, evitaremos o uso
indiscriminado de remédios químicos que na maioria dos casos, têm só um efeito
paliativo e com efeitos secundários.
Todos os sintomas desta patologia têm o nome de Waigan. O Waigan, síndrome interno
causado por energias perversas, demonstra, claramente, o principio Tian Ren Xian Ying
ou a relação íntima entre o ser humano, a natureza e o seu meio geocósmico.
Na clínica diária é conveniente conhecer estes princípios para poder elaborar uma boa
história clínica, um bom diagnóstico e um tratamento adequado.
Isto é, saber aplicar as regras básicas de tratamento: sudoração - liberação, sudoração -
purificação, vomificação, purgação, liberação do Feng, refrigeração interna, tonificação
do Yin-Ye, tonificação do sangue, eliminação do frio ou moxação etc., etc. Deve-se
equilibrar as UE afectadas, harmonizar o Shen (espírito) e regular a dieta.
OS Waigan ou conjunto de sintomas causados pelas cinco energias cósmicas e factor
epidémico nocivo, são progressivas do exterior para o interior produzindo diversas
etapas de evolução.
A primeira síndrome de ataque denomina-se Xin Gan ou afecção recém causada.
Manifesta-se com sinais exteriores de aversão ao frio e ao vento,
477
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
478
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
latente ou primeiro estádio mórbido podendo originar quadros cada vez mais
complexos até afectar o sangue e sempre em relação com os princípios já estabelecidos
de intensidade do factor epidémico cósmico e da capacidade de resposta de cada
indivíduo. É conveniente recordar a máxima hipocrática de que não há doenças, mas
sim enfermos. A energia cósmica alterada transforma-se em protovírus ou Factor
Patógeno Cósmico (F.P.C) que em justaposição se transforma em vírus ou Factor
Epidémico Cósmico.
A consequência de tudo isto, o vírus (F.E.C.) estaria latente no conjunto orgânico e até
à última célula como génese da doença, podendo manifestar-se logo de variadas
formas, de acordo com o conceito ou predisposição do terreno e a capacidade
antipatógena de cada indivíduo no momento determinado; isto é, em relação à
intensidade do factor latente Fuqi.
O processo de invasão por parte do F.E.C. justifica-se pelos transtornos bioquímicos
que origina, capazes de modificar as estruturas atómicas, alterando os enlaces dos
compostos orgânicos e inclusivamente as suas estruturas celulares (lípidos, proteínas,
etc.). Originando novas formações, ou concreções, que têm capacidade para alterar as
funções biológicas e inclusivamente parasitar a célula tanto no exterior (alterando a
membrana celular e fazendo-a estranha aos leucócitos, linfócitos, etc.), como no
interior da mesma, aproveitando as suas próprias estruturas para crescer e
fragmentar-se, disseminando-se logo a outras células próximas, repetindo-se o
processo com a intensidade e a frequência, que lhe permite a capacidade imunológica
do indivíduo afectado.
O mesmo processo, pode provocar num indivíduo uma simples verruga e em outro
uma patologia mais grave.
479
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Por isso, é tão importante para quem pratica acupunctura que entenda o Homem
“Entre o Céu e a Terra”, conhecer todos os mecanismos através dos quais o factor
exógeno desencadeia diversos distúrbios no seu processo evolutivo, assim como, os
sinais clínicos que vão aparecendo neste processo.
A M.T.C. denomina o factor climatológico por Liuqi. Quando este é interno (parte-se a
barreira Wei) converte-se em T´chiqixie (energia perversa) afectando o sistema
energético paulatinamente até provocar uma síndrome Bi o Pei (dor, rigidez,
incapacidade funcional, etc.) alterações de tipo orgânico (afectação do sistema Zang-
Fu) e por último torna-se global e extensivo a toda a economia afectando os humores
orgânicos desde os Yin-Ye até ao sangue. Nesta última fase, o factor Liuqi converteu-se
em Liuyin ou materialização (alterações bioquímicas), capaz de comportar-se como um
agente estranho e desenvolver processos patogénicos em terrenos débeis (conceito
oriental de vírus).
480
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
da homeostasia com o exterior. O ID, neutraliza o calor evitando a sua incidência sobre
C., e a B., neutraliza o frio evitando a sua incidência sobre o R., e a VB, neutraliza o
vento evitando a sua incidência sobre o F., e o E, neutraliza a humidade evitando a sua
incidência sobre o BP. e por ultimo, o IG., neutraliza o excesso de secura evitando a
sua incidência sobre o P. O Yang protege o Yin.
Quando falamos das energias Liuqi devemos diferenciar a sua origem, se é exterior
(Wai) ou interna (Nei), se há sinais de vento externo (Waifeng) ou interno (Neifeng), frio
externo (Waihan) ou interno (Neihan) etc, pois o tratamento dependerá da sua
diferenciação.
O VENTO (FENG)
É uma energia muito activa e leve que facilmente se transforma noutras energias.
Penetra no nosso organismo através da pele, regida pela energia do pulmão (pele =
pulmão), esta energia vai localizar-se em Luo Mu ou Sun Luo, que são os pequenos
vasos dos tendinomusculares.
A pele está regida pela energia Wei e a energia do P. À primeira fase da penetração da
energia vento, chamamos-lhe síndrome ofensiva do vento.É uma doença leve, a
energia essencial é potente e o vento não penetra em profundidade, afectando a região
cutânea. Se há cronificação a este nível, bloqueia-se a circulação da energia e do
sangue, provocando afectações de tipo parestésico. Quando o vento é mais potente ou
o indivíduo está mais debilitado afecta a «janela do pulmão», isto é, o nariz
provocando obstrução nasal e rinorreia.
481
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Em maior grau pode penetrar directamente nos meridianos, originado aqui ataque
directo pelo vento associado ao frio, podendo provocar apoplexia, paralisia facial,
confusão mental, etc.
Nei King diz: «o vento é a causa de todas as enfermidades» A palavra vento tem um
sentido muito amplo na medicina chinesa.
O vento tem carácter móvel; isso explica as manifestações dinâmicas das doenças por
ele provocadas. Na prática clínica, a vertigem, o tremor, as convulsões e até a rigidez,
são quase sempre causadas pelo vento. Estes sintomas, observam-se com frequência
no vento que é produzido por excesso de calor em ataques de E. P, ou o vento
produzido pelo YANG do F. em lesões internas.
O vento perverso pode progredir até á zona Yin do corpo, ou seja, até aos órgãos /
vísceras. A enfermidade, é considerada muito grave e tem o nome de «ataque directo
de vento».
482
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Os sinais clínicos são, essencialmente, desvio da boca e dos olhos (paralisia facial),
hemiplegia e confusão mental.
O homem também tem o seu vento, ao qual chamamos vento interno. O vento,
segundo a tradição, é uma energia que provem e tem relação com o fígado.
O FRIO (HAN)
483
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Quando se infiltra na parte Yin do corpo (Zhong han), onde se encontram os MP, as
manifestações clínicas mais frequentes são as artralgias.
Não é uma energia perversa, mas sim uma perturbação interna devida ao vazio de
Yang, sobretudo do Rim Yang. Como consequência, dá-se uma plenitude da energia
Yin no interior: aversão ao frio e gosto pelo calor, membros frios, frio e dor na parte
enferma. Se há um vazio do Rim Yang, frio, dor nas costas e região lombar, vómito,
diarreia, urina profusa e clara, tez pálida, pulso escondido, língua pálida com saburra
esbranquiçada, edemas, ascitis.
Embora sejam diferentes, relacionam-se e influenciam-se mutuamente.
Os pacientes com frio interno são facilmente atacáveis por frio externo e assim que o
frio externo invade o corpo e se acumula sem haver dispersão, danifica o Yang e, como
consequência produz-se frio interno.
O calor de verão (Shu),o calor (Re), a temperatura amena (Wen) e o fogo (Huo)
É necessário fazer esta distinção, pois o calor de verão é a energia própria desta
estação. O calor (Re) pode ser
484
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Não existe calor de verão endógeno (Neishu), mas sim a síndrome exógena (Waishu). O
calor é uma energia perversa de natureza Yang. é a energia dominante de verão e
relaciona-se com o movimento fogo( C e ID).
Caracteriza-se por «ascensão e dispersão», consome os líquidos corporais e a energia.
Quando o calor invade o corpo humano, abre as texturas e provoca transpiração. A
transpiração excessiva faz com que haja perca dos líquidos corporais e por
insuficiência destes, produz-se sede, agitação e angústia, pouca urina e de cor
vermelha, pulso superficial e amplo. Juntamente com os líquidos perde-se energia,
produzindo-se mesmo um vazio da mesma e, por este motivo observam-se: respiração
curta, astenia e, se é grave, desmaio súbito.
O calor associa-se frequentemente à humidade e ao mesmo tempo apresenta-se com
sede e febre, observando-se também, lassitude ou sensação de membros pesados,
opressão torácica, náuseas, vómitos, oligúria e diarreia.
Os autores clássicos recomendam associar ao tratamento da enfermidade por calor, o
tratamento da humidade.
O calor associado à humidade causa frequentemente diarreia disenteriforme.
O calor como energia de evolução do UNO, pode ser factor de agressão exógeno
(Waire), ou então, uma causa patógena interna (Neire), mas habitualmente a
enfermidade de calor interno tem o nome de Wenbing (enfermidade - calor).
O calor quando afecta o interior provoca sinais de secura (destrói o Yin-liquido ) e a
secura persistente produz necrose (destrói o Yin - sólido) e por isso, chama-se Fogo ou
grande calor. Por isso, a patologia de calor interno envolve um gasto importante de QI,
destruição dos Yin-Ye e um desequilíbrio térmico endógeno que provoca
485
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
486
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Não é uma energia perversa, mas sim uma perturbação interna devida ao vazio do
Yin, em particular, do Rim-Yin e a uma plenitude do Yang no interior do organismo.
As suas manifestações clínicas consistem em: sensação de cabeça vazia, zumbidos,
sono leve, perda de memória,
487
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
488
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
489
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
A Secura (Zao)
A secura externa, geralmente, tem a sua origem no calor, mas em algumas ocasiões, o
frio antigo transforma-se em calor produzindo sinais de falsa - secura ou frio seco, em
ambos aparecerá: febre, cefaleia, transpiração escassa, secura de boca, nariz e garganta;
se é secura por frio haverá tosse produtiva, aversão ao frio, e ausência de sede ou
desejo de bebidas quentes e obstrução nasal; se é secura por calor aparecerá sede,
angustia, dor na expectoração e escarro escasso e com sangue.
490
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
produzida por uma insuficiência Yin-Jing ou sangue. A insuficiência do Yin pode ser
congénita ou determinada por perda de humores, como ocorre na transpiração
excessiva, vómito, diarreia, etc. A insuficiência de Xue é dada pelas hemorragias.
Os sinais clínicos são: secura na boca e garganta, cabelo seco, urina escassa, prisão de
ventre, tez pálida, unhas frágeis, lábios gretados, sufoco e ansiedade, tosse, transtornos
de sono, e tendência a emagrecer.
A HUMIDADE (Shi)
491
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
pesadez e dor nos membros, dormência e falta de sensibilidade na pele, dor nas
articulações, manifestações de “turvo” com: escurecimento facial, olheiras, diarreia,
urina turva, leucorreia e eczema.
A humidade é pegajosa tendo tendência a estagnar, por isso, as síndromes
apresentam, geralmente, um curso relativamente prolongado, por exemplo: Bi por
humidade, eczema, etc.
A humidade é uma energia perversa Yin que causa dificuldades ao aparelho
respiratório e ao Yang. Invade o corpo e estagna nos órgãos internos ou nos
meridianos e colaterais e ao obstruir o aparelho respiratório, causa disfunção na
subida e descida, aparece: opressão torácica, plenitude epigástrica, dificuldade em
urinar e defecar.
Estagnando a humidade, prejudica sempre em primeiro lugar o BP produzindo-se
estancamento da água, com : diarreia, urina escassa e edema.
Humidade na parte alta: sensação de cabeça pesada, obstrução nasal, esclerótica
amarela e dispneia.
Humidade na parte baixa: edema do dorso do pé, cistite e afecções pélvicas.
Humidade exterior: febre, arrepios, transpiração, fadiga e artralgias.
Humidade no interior: mal-estar torácico, náuseas, inchaço, icterícia, e fezes pastosas.
492
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
A MTC. explica que a comida e a bebida são imprescindíveis para manter a estrutura
energo - física do ser humano, sempre e quando, a comida seja um DAO ou equilíbrio
Yin-Yang.
Se o aporte material não está equilibrado enquanto quantidade, qualidade e variedade,
produz-se o factor patogénico. Esta tese é óbvia e coincide com os postulados da
medicina natural através do princípio citado por Linus Pauling: «que os teus alimentos
sejam os teus medicamentos e que os teus medicamentos sejam teus alimentos».
Quantidade
A carência de alimentos conduz a uma perda de energia Qi*, das essências (Jing) e do
sangue (Xue). Ao contrário, o excesso provoca
13
493493493
13
*É de uso habitual usar o término Qi para representar a energia, nós consideramos,
como temos indicado, que Qi é uma energia específica elaborada pelos órgãos.
Quando se faça referencia a energia como término geral deve-se utilizar T’chi . Não
obstante, como em todos os tratados figura o vocábulo Qi seguiremos a tendência
geral, embora devamos diferenciar estes términos em algumas ocasiões.
493
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
correcta de horários, assim como a correcta mastigação, que facilite uma boa
metabolização.
Qualidade
Existem actualmente graves problemas, ocasionando por vezes factores negativos, que
dão origem a uma permanente alteração dietética.
494
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
nível de energia defensiva, portanto uma maior capacidade de resposta ante o factor
cósmico (protovírus), evitando a progressão e, portanto, a sua conversão em vírus ou
factor epidémico cósmico (o Liuqi converte-se em Liuyin).
De todos é conhecida a grande diferença que existe, tanto no sabor como
posteriormente na digestão e absorção, entre comer alimentos frescos ou conservados,
armazenados e tratados.
1b - Os alimentos obtidos por processos que aceleram o seu desenvolvimento
normal, apresentam alterações na sua constituição bioquímica; assim todas as
substancias não orgânicas que se juntam de forma habitual nos processos de cultivo,
conservação e embalagem são estranhas à composição própria do mesmo e ao seu
metabolismo para o organismo, originando transtornos na função digestiva,
metabólica e de absorção provocando alterações na formação de energia Rong e Wei.
Altera-se a função de transformação e transporte do E e BP.
Este mesmo processo observa-se na ingestão de água, já que para poder bebe-la sem
riscos de doenças bacterianas, tem que juntar-se produtos químicos e engarrafada,
perdendo parte da sua energia telúrica.
1c-Os alimentos refinados, aos quais, se lhes elimina a sua constituição externa,
nuns casos por hábito dietético e comercial, noutros como frutas e verduras, por risco
de ingestão de produtos químicos conservantes e fungicidas, originam um estado
carencial de nutrientes essenciais, sobretudo de sais minerais e fibras. A consequência
A consequência imediata é, em primeiro lugar, hiperactividade na absorção com
arrasto de elementos insuficientemente degradados e, por outro, hipoactividade ou
peristáltica dinâmica, que irá colaborar na hiperabsorção em função do maior tempo de
trânsito À corrente sanguínea chegam portanto, elementos de fleumas (Ta) que
originam a presença no sangue de taxas elevadas de substâncias estranhas ao bom
funcionamento circulatório e saturação ou sujidade dos humores, sendo este um dos
factores predisponentes (FUQI) na alteração das catálises celular e de maior incidência
do factor epidémico cósmico (F.E.C).
1d-A dieta, no ocidente, tende a um consumo excessivo de alimentos hipercalóricos
(dieta yang-ácida) como a carne, gordura, hidratos de carbono, refinados, álcool, etc.
Que como já explicámos é um factor de justaposição de F.E.C. calor.
495
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
2. No mundo subdesenvolvido
2a-Em primeiro lugar, é óbvio que a carência de nutrientes, a fome e má nutrição
debilitam o sistema imunitário, sendo esta, a causa básica ou factor latente que permite
a evolução em profundidade do F.E.C.
2b-Uma parte considerável da população rural dos países subdesenvolvidos,
emigrou para as grandes cidades, tendo que alimentar-se, ainda que precariamente de
produtos regulados e tratados, tanto no seu desenvolvimento como na conservação,
modificando assim hábitos dietéticos. Abandonaram a dieta natural e fresca de
maneira brusca, geralmente na idade adulta onde o organismo tem dificuldades de
assimilação e metabolização de compostos não naturais, provocando, graves
alterações e uma rápida acumulação de toxinas e compostos químicos, que saturam e
sujam todos os humores, incluindo o intersticial, alterando o desenvolvimento celular
e propiciando a acção de FEC e o aparecimento de diversas doenças degenerativas.
VARIEDADE
A dieta deve ser variada e manter o equilíbrio Yin-Yang quanto à sua natureza de
alimentos frio (Yin) – quente (Yang), vegetal (Yin) animal (Yang), sabor Yin (doce e
salgado) ou sabor Yang (ácido. amargo e picante); etc.
O ar que respiramos e nos proporciona grande parte da energia Rong, acontece algo
similar com a água e os alimentos, está alterado e contem múltiplas substâncias
estranhas que provocam alterações importantes no processo de assimilação energética,
já que como vimos, a energia circulante por canais energéticos é a soma da energia
telúrica (alimentos) e a energia cósmica (respiração). Sobre este tema, não será
necessário dar mais explicações, porque é óbvio, o efeito negativo que sobre o
organismo provoca a poluição aérea do meio.
Independentemente deste factor patogénico produzido pelo homem, os movimentos
geocósmicos derivados da interacção entre os 10 troncos e as 12 ramas terrestres (lei
meio – dia – meia - noite) os 22 parâmetros de mudanças estacionais descritos
496
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
As diversas parasitoses, para a MTC, igual ao caso das enfermidades epidémicas, têm
uma relação importante com o meio onde se desenvolvem, no entanto, nas parasitoses
o factor desencadeante é mais do tipo dietético (ingestão contaminada) que do tipo
ambiental, embora este último, seja o que propicia o desenvolvimento de todo o ente
vital.
A MTC descreve a maioria das parasitoses intestinais como ascaridíase (Hui Ching),
teníase (Tao Chong), oxiuríase (Nao Chong), que se desenvolvem num meio interno de
humidade calorosa ou fleumas - calor, cuja origem está relacionada,
fundamentalmente, com transtornos do TA Médio.
497
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
498
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Nas fleumas, existem vários graus de evolução, de acordo, com o estado de fluidez ou
concentração de água e das substâncias que entram na sua composição. Podemos
considerar o grau, desde a acumulação de água que forma o edema (Shui Zhong) até à
mucosidade espessa (Tan), passando por um termo médio (Yin). Em termos gerais,
pode falar-se de fleuma (Tan), que se é muito espessa chama-se (Tan-Yin) e que se é
fluida se chama (Tan - Shui).
Outra classificação que se costuma fazer é quanto à sua manifestação objectiva ou
perceptível ao tacto ou à vista, ou não perceptível, pelo que não tem forma. A primeira
chama-se You Xing e a segunda, que não se manifesta externamente, chama-se Wu
Xing.
Outra classificação habitual é quanto à localização interna. Se a fleuma circula no
sangue é fleuma quente (Tanre) e se há depósito chama-se fleuma - fria (Tanhan).
499
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Outra classificação das fleumas é baseada na associação das energias perversas e assim
aparecem fleumas - vento (erráticas), fleumas fogo (ascendentes), fleumas - frio
(descendentes), fleumas - humidade (pesadas) e fleumas secura (concentradas).
Outra classificação é descrita em Jin Kui Yao Lue, de acordo com a sua localização e os
sinais que manifesta. A primeira (Tan Yin) é fleuma no Yangming e canal interno (E. IG.
ID.), provocando dilatação abdominal, anorexia e também falta de apetite. A segunda
(Xuan Yin) ou fleuma suspensa produz sinais de dor torácica e distensão das costas ao
tossir. A terceira (Zhi Yin) ou fleuma retida nos brônquios com sinais de opressão
torácica, tosse, dispneia e dificuldade para esticar-se estando deitado. A quarta (Yi
Yin) ou fleumas transbordante com edema, sensação de corpo pesado e ausência de
suor.
Etiologia da Fleuma
500
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
501
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
A Estase (Yu)
502
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
calor excessivo, que produz secura e portanto concentração, os factores dietéticos, que
originam fleumas (alimentos contaminados, abundantes ou de natureza
excessivamente fria ou quente); as perturbações emocionais, ao esgotar os humores e
as essências e densificar o sangue.
Dentro das causas orgânicas encontram-se como as mais habituais, aporte de Feiqixu, a
insuficiência conjunta dos três órgãos sanguíneos (Sanyinzuxu). O R, como origem de
água e formação dos elementos que constituem o sangue (O R rege a medula óssea)
BP, como regulador da volemia (volume de sangue), o F, como depurador, eliminador
e drenante dos elementos tóxicos do sangue e o C, como condutor do sangue,
desempenhará um papel importante nas síndromes Yuxue, embora, tanto este como P
seria a sua raiz Yang (transporte) a implicada (síndrome Xinyangxu ou Feiyangxu).
E A ESTASE DO SANGUE
FLEUMAS
503
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Estase do Sangue
Xin Yu Xue......................................................................................................Estase do coração
Fei Yu Xue...................................................................................................... Estase do pulmão
Wei Yu Xue................................................................................................. Estase do estômago
Chang Yu Xue....... …………………………………………………………Estase do intestino
Pigan Yu Xue.... …………………………………………...Estase do baço-pâncreas e fígado
Nuzibao Yu Xue....... …………………………………………………………..Estase do útero
A JUSTAPOSIÇÃO (Jie)
504
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Para que o Liuqi se transforme em Liuyin é necessário que se produzam uma série de
circunstâncias propícias, quer dizer, que se somem vários factores capazes de superar
todo o complexo sistema visceral, orgânico, e que possa afectar os humores e o sangue.
505
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
506
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
CAPÍTULO III
Introdução
O vento (Feng Bian Zheng) e síndrome Bi (Pei Bi Bian Zheng)
O frio (Han Bian Zheng).
A humidade (Shi Bian Zheng).
O calor (Re Bian Zheng) e síndromes febris (Wei Qi Jing Xu/Bian Zheng)
A secura (Zao Bian Zheng)
O fogo (Huo Bian Zheng)
507
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
508
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Neste capítulo, abordaremos conceitos já expostos, «As três causas patógenas (San
Yin)», sobretudo nas síndromes produzidos por causas climatológicas, com a finalidade
de ver, na mediada do possível, as múltiplas variações que se podem produzir dentro
do contexto das «8 regras de Diagnóstico (Ba Gang)».
O VENTO (Feng)
Começamos este capítulo com a energia vento, pois esta, é para a MTC. a mais
agressiva, ao ser o suporte do calor e do frio e, o seu veiculo de transporte.
O vento é o «chefe dos seis excessos atmosféricos e o que inicia as enfermidades». A sua
agressão é através da boca, nariz, poros da pele, sobretudo, quando aparece nas estações
de Verão, Estio, Outono, e Inverno. Na Primavera, o organismo tem maior defesa ao
vento, pois está patente a VB., ou sistema homeostático em relação ao vento. De
natureza ligeira, ascendente, móvel e mutante, pode atravessar a capa dérmica e afectar
os meridianos e as vísceras. O seu dinamismo peculiar tem tropismo por o F e que o
ataca, caso não esteja protegido adequadamente pela VB, por isso, quando a VB é
retirada, deixa desprotegido o F. da acção perversa do vento produzindo Bi - vento. Em
geral, as doenças causadas pelo vento apresentam sintomatologia errática e evoluem
rapidamente, manifestando fundamentalmente os seus efeitos sobre o Movimento –
Madeira (olhos, sistema neuromuscular, tendões, unhas, sistema hepatobiliar, digestivo
etc. ).
Desenvolvemos a seguir, uma série de sintomas relacionados com o vento, com especial
menção para a Síndrome Bi-Pei ou síndrome de Vento - Frio – Humidade, tão frequente
nos casos reumáticos.
509
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
O vento pode ser exógeno (Waifeng) ou endógeno (Neifeng). Como se viu, nas três causas
patógenas.
510
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
O Feng pode ser leve, (Weifeng), e apresenta sinais menos agudos, como tensão
muscular, conjuntivite, azia, hipertensão moderada, etc.
Pode ser mais profundo (Shangfeng) causando síndromes mais intensos que afectam os
meridianos e os órgãos: síndrome de Shaoyang (hipertensão, taquicardia, asma, etc.).
Com fins orientativos, explicaremos as diversas patologias que pode ocasionar o vento,
a fim de formar uma ideia semiológica e proporcionar alternativas de tratamento.
Neste caso, os sinais serão predominantemente Yin, factor epidémico Yin (Yin Xue)
induzido, que se apresentará com aversão ao frio e ao vento, cefaleia, obstrução nasal
com descarga aquosa e rinorreia líquida, mal-estar generalizado, ausência de febre ou
febrícula, pulso tenso, etc.
Os sinais são do tipo Yang com febre, polidipsia, sede e secura de boca e garganta, tosse
com expectoração purulenta, língua com a ponta vermelha, olhos vermelhos e pulso
superficial e rápido.
511
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Nestes casos, a alteração é mais profunda, afectando o equilíbrio hídrico Yin (BP) com o
aparecimento de humidade que se deposita a nível dos pontos barreiras
(fundamentalmente os pontos He), produzindo artralgias, sensação de peso, alterações
digestivas, transtornos metabólicos e acumulação de fleumas nas suas várias
manifestações.
Nesta fase, existe risco de fogo (Feng Huo) o que leva em primeiro lugar ao aparecimento
de desidratação, hemoptises, epistáxis, gengivite, etc. o que faz com que o tratamento e
a profilaxia sejam de suma importância.
512
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Edema palpebral, inicialmente, que logo se estende, disúria, tosse, febre, aversão ao frio,
dores articulares, irritação, inflamação e dores de garganta. Dispneia em casos graves.
Língua vermelha com saburra branca e fina. Pulso superficial e rápido.
513
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
A) SÍNDROME DE VENTO FRIO (Fenghan) Clínica: Clínica: Prurido errático com calor.
sinais típicos de estado gripal.
Tratamento: refrigeração em especial 11 IG,. Vento, em
Tratamento: abrir yangwei. Sudoração - Liberação. especial 12B, mar de sangue e ventosas no umbigo.
Moxar shu de dorso de P. expulsar o vento. Dispersar
potência yang. Podem-se aplicar ventosas em 13B e 12 G) SÍNDROMES DIFERENCIAIS DE SÍNDROME Bi
B.. ou Pei (Bi Pei Bian Feng) vento-frio - humidade ou
síndrome Bi Pei.
B) SÍNDROME DE VENTO – CALOR (Fengre) G.1) SÍNDROME BI DE PREDOMINIO EXÓGENO
clínica: febre, polidipsia, sede, e secura, de boca e (Waibi)
garganta, irritação de garganta, tosse com expectoração,
ou também hemoptise, língua com bordes e ponta Tratamento geral: abrir Yangwei e liberar o vento.
vermelha, olhos vermelhos e pulso superficial e rápido
G1.1) FRIO
Tratamento: abri yangwei. Sudoração -Purificação.
Expulsar o vento, dispersar cem reuniões. Pode-se
Algias agudas localizadas, ausência de sede, língua
sangrar ponto calor do P e dominante de IG.
esbranquiçada, pulso tenso, fobia ao frio, melhora com
calor.
C) SÍNDROME DE VENTO-HUMIDADE (Fengshi)
Clínica: artralgias, sensação de peso articular,
Tratamento: em geral, juntam-se a tonificação –
alterações digestivas, transtornos metabólicos, e
moxação de yang, os shu do dorso dos fogos, o ponto
acumulação de fleumas nas suas várias manifestações
de B e do meridiano da área afectada.
514
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
O HAN (frio)
O frio é um factor cósmico de natureza yin que tem como missão fundamental controlar
o yang, isto determina a existência de um calor moderado que harmoniza a função
dinâmica. Cumprira o papel de parassimpático no sistema neutralizador.
O frio, do ponto de vista bioenergético, é uma energia que se define como relativa
ausência de calor no estado de latência do P . U . (principio único) do UNO de Lao Tse.
A acção construtora do frio delimita a acção do yang (vísceras) (Han Ze Qi Show ) e
activa as funções yin ( orgânicas ); vemos, por tanto, que o frio é preciso para o estímulo
dos cinco órgãos do conjunto físico. Á que lembrar que o frio contrai os planos yang o
que leva a uma aceleração dos yin que tratam de manter a circunstância homeostática.
Os planos yin geram os tecidos e os yang protegem-nos.
O frio, segundo a terminologia tradicional, debilita o yang, constrangendo-o ou
lentificando-o. Se o yang baixa o yin sobe; este sistema de equilíbrio é imprescindível na
relação Zang-Fu, órgãos e vísceras. Contudo, o frio excessivo ou a insuficiência de yang
produz de maneira rápida, lentificação do Xue (a energia é golpe de espada
515
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
O Neihan, qualquer que seja o seu grau de penetração, produz diminuição da função
vital e provoca transtornos na transformação e distribuição da água orgânica. Suwen em
Yiao Luan específica «o excesso de Yin converte-se em frio interno afectando
fundamentalmente o BP e o R».
BP e R são os mais Yin dentro dos órgãos (Terra e Água), o excesso de yang converte-se
em calor interno afectando, fundamentalmente o F e o C, que são os mais Yang dentro
dos órgãos (Madeira e Fogo). Por isso, também a mulher (Yin) é predominantemente
Terra e Água e mais propensa a essas patologias, o homem (Yang), é
predominantemente Madeira e Fogo e mais propenso a alterações destes movimentos.
A persistência do frio, por excesso deste ou então por deficiência do Rim Yang, pode
conduzir-nos a sinais mais profundos entre os quais se destacam:
516
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Tratamento:
Tonificar o Metal: 9P (Taiyuan) e separação dos puros 9RM (Shuifen)
Tonificar os Rins Yin e Yang.
Moxar o centro
517
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
A HUMIDADE ( SHI)
A Humidade, como os restantes factores estudados até agora, pode ser exógena (Waishi)
ou endógena (Neishi). A humidade é uma perversidade Yin, de natureza pesada, viscosa
e que se estanca facilmente. Por isso, as doenças causadas por ela, são crónicas e de
evolução lenta. Tendem a bloquear os mecanismos energéticos trabalhando a energia e o
Yang. O BP (Terra -Humidade) e o E (Mar dos alimentos), são os órgãos mais sensíveis à
humidade. A humidade externa provém do nevoeiro, chuva, geada, de casas com
humidade ou pisos húmidos. O facto de andar à chuva ou estar em contacto com a água,
de viver em regiões montanhosas húmidas-frias, etc., facilita a entrada da humidade no
corpo através dos membros inferiores, afectando, no inicio, a parte inferior do corpo. A
humidade, tem uma natureza Yin e a propriedade de ser pesada, turva e capaz de
estagnar, sobretudo a nível articular. A humidade do exterior provocará alterações na
transformação dos alimentos, por afectar o metabolismo BP e no transporte dos líquidos
orgânicos ao produzir estagnação. Isso origina sintomatologia de estagnação tanto nas
substâncias não metabolizadas (Fleumas), como de água (Edemas).
Quando uma pessoa é atacada pela humidade apresenta sintomas de peso no corpo,
lumbago, lassitude, dor muscular e articular, transtornos da função gastro intestinal com
anorexia, diarreia, dificuldade urinária e pressão torácica. Um sinal típico de humidade,
é a sensação de peso na cabeça (como se tivesse uma venda apertada).
Para que haja um ataque de humidade no organismo é necessária uma alteração do
equilíbrio hídrico endógeno, isto é, que estejam alteradas as unidades energéticas
responsáveis pela função de transformação.
Estas unidades de transformação são o P e o BP onde o Pulmão “ Seca “ e o BP
“Humedece”. Mas para que as unidades realizem a função de equilíbrio, é necessário
que tanto o E como o IG realize a sua função homeostática.
518
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Clínica.
Peso e dor generalizada, sobretudo, a nível articular
Sensação de frio
Distensão e dor abdominal
Sensação de dor e plenitude no tórax e estômago
Transpiração conínua
Fezes soltas ou diarreia
Disúria
Tosse com abundantes fleumas com fácil expectoração.
Extremidades magras em certos casos
Língua com saburra gordurosa e branca
Pulso brando e lento
519
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Clínica.
A humidade e o calor podem entrar no corpo através da boca, nariz e pele, podendo
afectar todas as partes do corpo. A humidade estagnada durante muito tempo, pode
converter-se em calor produzindo humidade-calor. Se predomina a humidade o Yang
orgânico está débil, se predomina o calor é o Yin orgânico que fica débil.
Febre persistente que aumenta pela tarde
Sensação de dor e distensão na cabeça
Disforia com sensação de calor no tórax
Sede sem desejo de beber
Transpiração espontânea que baixa a febre
Dor, inflamação e peso nas extremidades
Vómitos e fezes soltas
Inflamação na garganta
Icterícia em certos casos
Urina escura ou amarela
Capa lingual amarelada e gordurosa
Pulso brando, rápido e escorregadio
520
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
água e a essência do alimento não são assimiladas, nem libertadas (BP-P), provocando a
formação de humidade interna, que quando se acumula provoca como sintomas
principais:
Diarreia
Edema
Sensação de peso e plenitude
Fleumas
A humidade interna bloqueia o BP e ao fim de algum tempo, transforma-se em
humidade-calor, originando sintomas evolutivos:
I) Bloqueio do BP por humidade
II) Transformação da humidade em calor
Clínica.
Debilidade e peso nas extremidades
Psicoastenia
Sensação de doenças hipogástrica
Pouco apetite com digestão difícil e inchaço abdominal
Fezes soltas ou diarreia
Vómitos e náuseas
Borborigmos
Disúria
Edemas em algumas situações
Rosto apagado ou amarelado
Saburra branca e gordurosa
Pulsações lentas e relaxadas
521
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Clínica.
Disenteria
Infecções urinárias (disúria, polaquiuria, hematúria, calculo renal)
Em casos graves, com edema e anúria ou retenção de fezes
Se a humidade calor sai para o exterior produz-se:
Icterícia
Dermatopatias (erisipela, sarna, etc.)
Tratamento.
522
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
C.2) A humidade turva ascende à cabeça, obstruindo o Qi do Yang que ascende pesado
(lento) (Zhuo Xie Hai Qing).
Tratamento.
Tratamento.
Tratamento.
Tratamento.
523
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Com febre e transpiração persistente, distensão abdominal, anorexia, peso na cabeça, etc.
Tratamento.
C.7) A humidade calorificada ataca o Xia Jiao o aquecedor inferior (Xia Jiao Shi Re o Shi
Re Xia Zhu)
Tratamento.
Tratamento.
524
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
525
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
526
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
527
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
II. O factor patógeno não é neutralizado, mas também não se desenvolve (Zheng e o
Xie estão equilibrados), a paciente apresentava sinais crónicos com períodos de
relativo equilíbrio. Esta é a fase onde a cicatriz energética é produzida e pode ser
explicada nos seguintes termos.
O equilíbrio entre o factor patógeno exógeno e o factor anti-patológico endógeno
provoca uma circunstância de equilíbrio mórbido com sinais de plenitude na área
afectada e, consequentemente, um bloqueio ou alteração circulatória, isso resulta
em micronerosis vasculares e nervosas e uma espécie de encapsulamento ou
permanência do factor mórbido de uma forma latente. Esta latência, é a que
provoca dores selectivas, tanto no exterior (reumatismo e síndrome Bi), como o
interior (cólicas e diversas alterações viscerais), em relação com um agente
climatológico determinado que coincide com o latente.
A «cicatriz energética» ou memória traumática é um facto físico (destruição de
tecidos por insuficiência vascularização) cuja causa foi uma alteração energética
cronificada ou estagnada numa determinada área. Normalmente produz-se nas
zonas articulares correspondentes aos pontos Jing-rio He e P.P.M.D. ou ponto
barreira do meridiano. Mais internamente, afectaria os movimentos e funções das
vísceras, sendo a alteração dos órgãos mais evolutivo que precisa, normalmente,
de outros factores patógenos concorrentes.
A «cicatriz energética» não é diagnosticada radiologicamente ao afectar os
microsistemas de partes moles, mas é muito frequente aparecerem dores
reumáticas e transtornos que seguem este critério e que se conhecem
vulgarmente com o nome de frio no intestino, e no estômago, e nos ossos,
humidade nos joelhos etc. São os típicos prognósticos de mudanças climatéricas
manifestados por certos pacientes com cicatriz tanto (energética), como física-
traumatica e que se manifesta com surtos álgicos surtos nas áreas afectadas.
III. O Factor patógeno evolui (El Xie vence El Zheng), neste caso irão ser afectadas as
estruturas do exterior ao interior, seguindo, em termo gerais a seguinte ordem:
528
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
529
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
I.2) Síndrome do Qi (RE QI XIE) (Meridianos yang e suas vísceras, 1º, 2º e 3º plano)
Quando o calor perverso penetra nas vísceras, mas o sistema defensivo e o agente causal
são fortes, produz-se uma luta árdua entre os dois O agente patógeno pode afectar
diversos sistemas produzindo: acumulação de calor no P, hiperactividade de calor no
estômago e redução do esvaziamento intestinal, da vesícula biliar e da bexiga.
Etiologia
530
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Podem aparecer sintomas específicos de afectação das vísceras, dando lugar aos
seguintes subsíndromes:
I.2.1) Calor no estômago: dando lugar aos quatro grandes sinais de calor: Febre alta,
muita sede, muita transpiração e pulsações fortes. Existirá aversão ao calor, calor no
tórax e língua vermelha com saburra amarelada e seca e pupilas dilatadas.
No tratamento, associar os pontos, frio do Yangming e TA: 2IG (Erijan), 44E (Neiting),
2TA (Yemen), assim como os Mu do E e do IG, 12RM (Zhongwuan) e 25 E (Tianshu).
I.2.2) Calor-secura no Intestino: com febre elevada vespertina, prisão de ventre com
diarreias líquidas, ocasionalmente ardor anal, distensão abdominal e dor ao palpar,
disúria com urina vermelha ou amarelada, irritabilidade, sensação de perda de
consciência, língua vermelha com saburra amarelada e seca ou negra com aftas e
pulsações profundas, certas e rápidas.
Ao tratamento geral juntamos os pontos anteriores de calor em E; Roé do IG e ID [37E
(Shangjuxu) e 39E (Xiajuxu) e o Mu do IG (4RM (Guanyuan)].
I.2.3) Calor na vesícula biliar: com sensação de frio e calor alternadamente com
predomínio calor, sede, garganta seca, boca amarga, dor hipocondrial que se agrava
com palpação, plenitude epigástrica, náuseas, língua vermelha com saburra
amarelada e pegajosa de um só lado.
O tratamento efectua-se associando aos pontos de tratamento base o 3F (Taichong),
como o Shu-Yuan do órgão que trata a víscera, estimular o 43VB (Xiaxi) como ponto
frio, 24VB (Riyue) como Mu (Yin) da VB e 12RM (Zhongwan) como o ponto de
reunião das vísceras.
I.2.4) Calor no Pulmão: apesar de o pulmão ser uma área Yin está em contacto com o
exterior (pele e vias respiratórias altas) pelo qual se pode incluir em Qi. Os sinais de
calor no P também chamados de calor no peito e diafragma causam febre alta, fobia
ao calor, dispneia, tosse com expectoração fluida amarelada e com pus, língua
vermelha com saburra amarelada e pulso rápido e deslizante.
O tratamento será de forma a complementar o tratamento base, com a estimulação do
5P (Chize), como ponto frio, o 1P (Zhongfu) como Mu, o 22RM (Tiantu) como
desbloqueio do tórax e 17RM (Zhanzhong) como Mu do MC, e o 1R (Yangquan), 17B
(Geshu) como Shu do diafragma.
531
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
I.3) Sindromes de Ying (Re Ying Xie) (Meridianos Yin e seus órgãos 4º e 5º planos)
O sistema Ying localiza-se entre os sistemas Qi (de segunda defesa) e Xue (sangue). Se
a enfermidade passa de Ying a Qi indica melhoria, se passa de Ying a Xue indica
agravamento.
Ying constitui a energia do sangue e é o seu percursor. Comunica-se com o MC no
interior (dai que apareça perturbação da mente na síndrome Ying).
Etiologia.
Evolução de uma síndrome Qi
Invasão directa
O agente causal penetra em Ying, quando o paciente tem o sistema defensivo débil e
falta de líquidos corporais, de modo que, o calor perverso pode fundir-se em Ying.
Clinica. Calor no corpo que se acentua pela noite, sede mas sem vontade de beber
agua, agitação, insónia, língua vermelho escuro, secura de boca e lábios,
pulsação constante e rápida, micção dolorosa e difícil, oliguria, erupções
cutâneas.
Se afectar o MC: confusão mental e delírio ou afasia, corpo quente com os pés
frios, febre alta, língua escura sem saburra e pulsações fraca e rápida.
Tratamento.
Abrir Yinwei: 6MC (Neiguan) e acalmar o Shen: 7C (Shenmen)
Refrigeraçao interna (Ver as oito técnicas terapêuticas)
Estimular o frio do C e do MC: 3C (Shaohai) e 3 MC (Quze)
Sangrar em caso de urgência os doze pontos Jing-pozo e o 13DM (Taodao)
Outros pontos 17B (Geshu), 10BP (Xuehai), 44E (Neiting), 20DM (Bahui), 1R
(Yangquan) e 26DM (Shuigou).
532
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
I.4 Síndrome de Xue (Re Xue Xie) (Meridianos Yin e seus orgaos, 5º e 6º plano).
Clínica.
O calor no sangue que turva o C., produz a síndrome de «calor vitorioso
que agita o sangue» com: irritabilidade e perda de consciência.
O calor faz com que o sangue se desvie com: erupção cutânea,
hematemese, melena, epistáxis, hematúria, amenorreia.
Língua de cor púrpura escura, febre alta.
Se o calor do sangue hiperactiva o meridiano do F. aparece a síndrome de
«calor vitorioso que agita o vento» com: convulsões nas extremidades,
rigidez no pescoço e na nuca, opistótonos, visão desviada para cima,
tiques.
Se o calor é excessivo e persistente produz-se a síndrome de «colapso de
Yin» cujos sinais clínicos são: um estado febril, calor nos cinco centros
(tórax, palmas da mãos e planta dos pés), secura de boca e desejo de beber
pequenos goles de água, transpiração nocturna, irritabilidade, insónia,
bochecha avermelhada, língua escura sem saburra e seca, pulso fino e
rápido.
533
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
II.2) Zhuang Huo Shi Qi, traduz-se como o calor de primeira medida hiperactiva, podendo o
Yang consumir a energia vital.
Os estímulos em geral, activam a nutrição dos órgãos internos, ao que se denomina por
calor fisiológico Shao Shu; o excesso, provoca fogo, hiperactividade e portanto patologia
de excesso. Esta hiperactividade da função Yang dos órgãos, leva a uma diminuição da
raiz Yin e, portanto, insuficiência na formação de líquidos, essências orgânicas e sangue.
É o que se chama fogo orgânico ou Zhuang Huo Shi Qi.
Isto manifesta-se por astenia, transpiração, polidepsia, febre, cefaleia, angustia, pulso
rápido e cheio, secura na boca, etc. e que pode
534
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
ser moderado, Wen Xie, e de carácter estacional, Suwen em Wu Yun Xing Da Lun,
denomonado o calor do céu.
Tratamento.
Tonificar o Rim-Yin
Sudoração-Purificação
No entanto, o calor cósmico [Não nos referimos ao calor endógeno (dietético e emocional
que é motivo de estudo em outro tipo San Yin)], pode produzir sinais mais severos antes
de transformar-se em secura ou fogo e assim teremos:
II.3) Si o organismo tem pouco Qi origina-se o calor patógeno brusco provocando febre epidémica
do tipo malária Zheng Xu Wen.
Se este calor, se combina com o vento origina-se o Feng Wen, ou febre do vento, com
transtornos psíquicos (no ocidente deu-lhe na cabeça), combinado-se com a humidade
origina-se a febre, Shushi o Shiven (febre epidémica do verão), etc.
Tratamento.
Liberar o Feng
Sudoração-Purificaçao
Tonificar o sangue
Depois de um síndrome agudo tonificar energia
II.5) Se a síndrome persistir pode-se produzir o Shi Re Nei Yun (a humidade e o calor
acumulam-se)
Afectando principalmente o BP-E e o F-VB. a M.T.C. explica-o dizendo que a
humidade é pegajosa, turva, pesada e em combinação com o calor é difícil
purifica-la, produzindo febre persistente e vespertina, lassitude, logofobia,
peso articular, anorexia, diarreia, distensão abdominal, dificuldade urinária e
urina vermelha, saburra amarelada e pegajosa.
535
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Tratamento.
Regular o centro e o Yang Ming
Metabolizar as fleumas
Sudoração-Purificação
Tonificar o P.
Este quadro em combinação com outros factores origina hepatite, icterícia, febre
tifóide, etc.
II.6) Outro síndrome calor é o denominado Re Sheng Qi que se traduz pelo excessivo calor do
sistema Qi
Com face vermelha, febre alta, sudoração abundante, polidipsia, calor no tórax,
saburra amarelada, pode chegar em combinação com outros factores a produzir febre
alta, inclusive com perda de consciência e delírio, irritabilidade, prisão de ventre,
anúria, etc.
Tratamento.
Refrigeração
II.7) Se este calor ficar estagnado numa determinada área, produz-se Re Sheng Ze Hong.
Esta síndrome está relacionada com uma causa dietética, por excessivo consumo de
alimentos Yang originando furunculoses, dermatites, prurido errático, erupções
cutâneas, bolhas extensivas e recorrentes. Ao coçar produz lesões (fogo).
Tratamento.
Refrigeração em especial atenção ao 10TA (Tianjing), 10BP (Xuehai), 11B
(Dazhu), 12B (Fengmen), ventosas no 8RM (Shenque)
Fitoterapia adequada
536
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Reduzir o vento
Abrir o Tchong e Ren
Metabolizar fleumas
Equilibrar o Shen
II.10) O calor pode afectar o sangue sem produzir uma síndrome de secura ou fogo, sendo,
geralmente, uma etapa padrómica que origina a síndrome Xue Feng Re Du
Associada a febre alta (Xue Fen Yu Re), vómitos hematicos, epistáxis, erupções
cutâneas, língua vermelho escuro, etc. que ao persistir origina o Re Ru Xue Fen que
pode produzir convulsões, delírio e hemorragia gastrointestinal.
Tratamento.
Refrigerar
Regular o sangue
II.11) O calor estagnado (Yu Re) acumula-se no estômago e nos intestinos em colaboração com
uma transgressão dietética e origina o Fu Re Zai Li.
537
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
)
SÍNDROME FEBRIL DAS QUATRO CAPAS Tratamento: Calor em Qi, mais ponto frio e Mu do
(WEI, QI, JING Y XUE) P, róe do sangue, potência Yin e
desbloqueio do tórax
I.1) SÍNDROME DO WEI (Reweixie) 1.2.5) Calor-humidade no E e no BP:
Clínica. Febre, pouca aversão ao vento e ao frio, Clínica: febre persistente, acompanhada de
bordos e ponta da língua avermelhada, cefaleia, transpiração intermitente, que baixa a febre,
lombalgia, secura de boca, pouca transpiração ou sensação de dor na cabeça e no corpo, enjoos,
nenhuma, obstrução nasal, afonia, tosse e opressão subdiafragmática, fezes soltas, língua
expectoração, inchaço e dor de garganta, pulso amarelada e pegajosa, pulsações fracas,
superficial e rápido. superficiais e rápidas.
Tratamento. Se vento: pontos de vento e F.Yin, Se Tratamento: calor no E (I.2.1), metabolizar
secura: Tonificar R-Yin. Se for humidade: regular fleumas, regular o Yangming e Mu do BP.
o centro e o Yangming e metabolizar as fleumas. 1.3) Sindrome Ying
I.2) Síndrome do Qi (reqixie) Clínica: Calor no corpo que se acentua pela noite,
Clínica. Febre, aversão ao calor, sede, sede mas sem vontade de beber agua,
transpiração, agitação, inquietude, agitação, insónia, língua vermelho escuro,
língua vermelha com saburra amarela, pulsações secura de boca e lábios, pulsação constante
rápidas, urina vermelha, tosse asmática, dor e rápida, micção dolorosa e difícil,
torácica, expectoração abundante amarela e oliguria, erupções cutâneas.
pegajosa. Tratamento: Abrir Yinwei e acalmar o Shen,
Tratamento. Purificar o calor, libertar o vento, refrigeração, estimular o frio do C e do
regular o P., refrescar o P., regular o tórax e MC, os doze pontos Ting-e o 13DM.
sangrar o 11P Também o Shu do diafragma, mar do
1.2.1) Calor no Estômago. sangue, cem reuniões, potencia Yin, frio do
Clínica: dando lugar aos quatro grandes sinais de estômago e cruzamento dos Yang.
calor: Febre alta, muita sede, muita transpiração e 1.4) Sindrome Xue
pulsações fortes. Existirá aversão ao calor, calor Clínica: O calor no sangue que turva o C., produz a
no tórax e língua vermelha com saburra síndrome de «calor vitorioso que agita o sangue»
amarelada e seca e pupilas dilatadas. com: irritabilidade e perda de consciência.
Tratamento: Calor no QI mas arrefecer Yangming O calor faz com que o sangue se desvie com:
e TA, assim como os pontos Mu do Yangming erupção cutânea, hematemese, melena, epistáxis,
1.2.2 Calor-secura no intestino hematúria, amenorreia. Língua de cor púrpura
Clínica: com febre elevada vespertina, prisão de escura, febre alta.
ventre com diarreias líquidas, ocasionalmente Se o calor do sangue hiperactiva o meridiano do F.
ardor anal, distensão abdominal e dor ao palpar, aparece a síndrome de «calor vitorioso que agita o
disúria com urina vermelho ou amarelada vento» com: convulsões nas extremidades, rigidez
irritabilidade, sensação de perda de consciência, no pescoço e na nuca, opistótonos, visão desviada
língua vermelha com saburra amarelada e seca para cima, tiques.
ou negra com aftas e pulsações profundas, certas Se o calor é excessivo e persistente produz-se a
e rápidas. síndrome de «colapso de Yin» cujos sinais clínicos
Tratamento: anteriores más Roé do IG e ID e o são: um estado febril, calor nos cinco centros
ponto Mu do (tórax, palmas da mãos e planta dos pés), secura de
1.2.3) Calor na Vesicula Biliar boca e desejo de beber pequenos goles de água,
Clínica: com sensação de frio e calor transpiraçã nocturna, irritabilidade, insónia,
alternadamente com predomínio calor, sede, bochecha avermelhada, língua escura sem saburra
garganta seca, boca amarga, dor hipocondrial que e seca, pulso fino e rápido.
se agrava com palpação, plenitude epigástrica, O colapso do Yin, com o tempo, conduz ao
náuseas, língua vermelha com saburra amarelada «colapso do Yang» manifestado pelo frio, receio do
e pegajosa de um só lado. frio, ausência de seda, astenia, rosto
Tratamento: calor no Qi mais Shu-Yuan do órgão, esbranquiçado, letargia, olhos húmidos com visão
frio e o Mu da VB e reunião das vísceras. desfocada, lombalgia, frio no dorso, perda de
1.2.4) Calor do Pulmão audição, cãibras nos membros, extra-sistoles,
Clínica: causam febre alta, fobia ao calor, língua pálida e inchada e pulso menudo.
dispneia, tosse com expectoração fluida Tratamento: Abrir Yinwei, refrigeração, reduzir o
amarelada e com pus, língua vermelha com vento e sedar Yang doF, tonificar R-Yin, esfriar o
saburra amarelada e pulso rápido e deslizante. sangue.Outros pontos a considerar: Mu do IG, Roé de
538
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
sangue, cem reuniões, ou potência Yang, potência Yin e abdominal, dificuldade urinária e urina
Roé do estomago. vermelha, saburra amarelada e pegajosa
II) Síndromes gerais do calor (Re Bian Zheng) Tratamento: Ao II.4 juntar a tonificação do
II.1) O calor dispersa (Jion Ze Qi Xue) P.
Clínica: O calor exógeno abre as texturas e II.6) Calor excessivo no sistema Qi
dispersa o calor endógeno produzindo a Clínica Com face vermelha, febre alta,
saída de Yin (líquidos), provocando sudoração abundante, polidipsia, calor no
sudoração. tórax, saburra amarelada, pode chegar em
Tratamento: Tonificar o R-YIN e estimular combinação com outros factores a
o frio de Taiyangzu. produzir febre alta, inclusive com perda de
II.2) O calor hiperactivo de Yang (Zhuang Huo Shi consciência e delírio, irritabilidade, prisão
Qi,). de ventre, anúria, etc.
Clínica: astenia, transpiração, polidepsia, Tratamento: Refrigeração
febre, cefaleia, angustia, pulso rápido e II.7) Calor Estagnado (Re Sheng Ze Hong)
cheio, secura na boca, etc. e que pode ser Clínica: Esta síndrome está relacionada
moderado, Wen Xie, e de carácter com uma causa dietética, por excessivo
estacional, Suwen em Wu Yun Xing Da Lun, consumo de alimentos Yang originando
denomonado o calor do céu. furunculoses, dermatites, prurido errático,
Tratamento. Tonificar o Rim Yin, erupções cutâneas, bolhas extensivas e
Sudoração-Purificação. recorrentes. Ao coçar produz lesões (fogo).
II.3) O calor origina a matéria (Zheng Xu Wen) Tratamento: refrigeração com especial
Clínica. Se este calor, se combina com o atenção ao 10TA, 10BP, 11B, 12B e 8RM e-
vento origina-se o Feng Wen, ou febre do fitoterapia adequada.
vento, com transtornos psíquicos (no II.8) Calor patógeno (Re Ru Xue Shi)
ocidente deu-lhe na cabeça), combinado-se Clínica. Geralmente associado a um factor
com a humidade origina-se a febre, Shushi emocional, origina-se uma agressão ao
o Shiven (febre epidémica do verão), etc. útero, produzindo patologia de
Tratamento: libertar o Feng, Apresenta-se estagnação, (quisto e neoformações) com
com plenitude no peito e opressão, plenitude ventral, dor pré-menstrual ou
hipertemia, saburra amarelada, tosse, menstrual violenta, febre alternada com
rubor, diarreia fétida, urina escassa frio, delírio nocturno, irritabilidade,
inclusive hemoptises, tonificar o sangue, períodos escuros e mal cheirosos, etc.
depois de uma síndrome aguda tonificar a Tratamento: purificar o calor, reduzir o
energia. vento, abrir o Tchong e Ren, metabolizar
II.4) O calor-humidade produz a síndrome fleumas e equilibrar o Shen.
(Shushi) II.9) Calor que consome o Jing (Re Fu Chong
Clínica: Apresenta-se com plenitude no Ren)
peito e opressão, hipertemia, saburra Clínica: O que leva à diminuição do Jing ou
amarelada, tosse, rubor, diarreia fétida, essência renal aparecendo metrorragia,
urina escassa inclusive hemoptises. lombalgia, abdominalgia, astenia, palidez,
Tratamento: regular o centro e o Yangming, infertilidade, etc.
metabolizar fleumas Sudoração- Tratamento: juntar a tonificação do Rim-Yin
Purificação II.10) Calor no sangue (Xué Fen Re Du)
II.5) O calor-humidade acumula-se (Shi Re Nei Clínica: Associada a febre alta (Xue Fen Yu
Yun) Re), vómitos hematicos, epistáxis,
Clínica: Afectando principalmente o BP-E e erupções cutâneas, língua vermelho
o F-VB. a M.T.C. explica-o dizendo que a escuro, etc. que ao persistir origina o Re Ru
humidade é pegajosa, turva, pesada e em Xue Fen que pode produzir convulsões,
combinação com o calor é difícil purifica- delírio, hemorragia gastrointestinal.
la, produzindo febre persistente e Tratamento. Refrigerar e regular o sangue
vespertina, lassitude, logofobia, peso
articular, anorexia, diarreia, distensão
II.11) O calor estagnado e o canal interno (Fu Re Zai Li.)
Clínica: Com sinais de aumento do calor, como cefaleia, gengivite, odontalgia, polidipsia, halitose,
refluxo ácido, língua seca e amarelada, sabor amargo, prisão de ventre, urina escassa inclusive
hematúria.
Tratamento: Purificar o calor, Tonificar o Yin, Regular o centro e o Yangming e harmonizar a dieta
539
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
EL ZAO (A SECURA)
Tratamento:
Esfriar o TA. 2TA (Yemen)
Purificar o calor e reduzir o vento
Tonificar o Rim Yin sobretudo o 3R (Taixi) e o 5R (Shuiquan).
Tonificar o 1R (Yongquan), 6BP (Sanyinjiao) e o 24RM (Chengjian)
B)Esta secura pode produzir efeitos crónicos de estancamento (síndrome Zao Xie)
Originando transtornos a nível Yangming como pisoriase, náuseas, prisão de ventre,
pouca urina e avermelhada, inclusive sintomas de Taiyin com tosse seca, irritação na
garganta, chegando inclusive aparecer dispnéia ou insuficiência respiratória.
Tratamento:
Reduzir o vento,
540
Capítulo III: Los síndromes por factores climatológicos (Lu Qi Bian Zheng
Purificar o calor
Tonificar o Rim yin,
Vomificação
Purificação
Regulação do movimento Metal
O vento excessivo do fígado por insuficiência do Rim Yin produz alterações nos
tendões, convulsões, tremor, enjoos e vertigens. Este sinal, também chamado de Ye
Zao Sheng Feng ou movimento do vento seco, pode ser originado por hemorragias e
transpirações abundantes. Para diferencia-lo, denomina-se por Xue Xu Feng Dong ou
insuficiência do sangue que origina o vento.
Tratamento:
Purificação-Liberação do Feng
Tonificação do Rim Yin
Tonificação do Figado Yin
Tonificação do Xue
541
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
EL HUO (O FOGO)
542
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
o enfarte e as lesões dos órgãos internos (Neishang) como úlceras, tuberculose, etc.
O fogo patógeno pode, se a sua acção é muito intensa e com factores concomitantes da
sua mesma tendência em conjunção com um Fuqi (factor latente por desequilíbrio,
toxidade ou alteração, em definitivo, do líquido intersticial), produzir uma síndrome de
afectação profunda do sangue ou um Huo Kang Xue, sendo a SIDA o mais evoluído. A
fraqueza, o calor e fogo representam um excesso de Yang em ordem crescente. A
fraqueza e o calor são exógenos. O fogo pode ser externo (excessivo ou inesperado calor)
ou interno que implica desordens funcionais dos órgãos e vísceras dos Yinye e do Xue.
A exuberância do Yang produz danos no Yin ou Yang Shen Yin Shang, produzindo o
consumo dos líquidos orgânicos, o sangue (Xue), a essência (Jing) e os humores (Yin-Ye).
Em circunstâncias normais, existe um equilíbrio entre Yin e Yang. O excesso de Yang
(Yang Shi) ou excesso de Yang (Yang Kang) provoca insuficiência de Yin ou Yin Xue,
insuficiência do sangue e dos humores com o aparecimento de fogo patológico ou Shi Xie
Huo:
543
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Apresenta patologias complexas, pois podem intervir nos diferentes órgãos e camadas
do organismo
Clínica:
Cor avermelhada.
Vermehlidão dos olhos
Calor nos cinco corações e nervosismo
Sono ligeiro, curto e com muitos sonhos
Secura na boca e lábios gretados
Dor língual
Coma e delírio verbal em casos graves
B.1.1) O primeiro caracteriza-se por febre e sensação de que o calor provém do interior
dos ossos. Sinais próprios de vazio do Yin dos Rins (Shényinxu)
Tratamento: Hidratar o Yin e diminuir o fogo
Abrir com Yinjiao: 6R (Zhauhai)
Acalmar o Shen: 7C (Shenmen)
Tonificar R-yin: em especial 7R (Fuliu)
Estimular e potenciar o Yin: 1R (Yongquan)
Dispersar pontos fogo do R e C: 2R (Rangu) e 8C. (Shaofu).
544
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
B.1.2) O segundo caracteriza-se por sede ou desejo de bebidas quentes, logofobia e voz
sem força, impotência e astenia. Sinais próprios (Piweiyinxu)
Clinica.
Surdez
Dor nas costas
Dores de cabeça
Vermelhidão ocular
Agitação psíquica e física com aumento de susceptibilidade.
Gosto amargo na boca.
545
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clinica.
Clinica.
Clinica.
546
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
D.1) Com a insuficiência de Yin, solta-se o Yang para cima Yin Xu Yang Fu.
Provoca vertigens, enjoos, rubor facial, olhos vermelhos, secura na garganta, cefaleia,
gengivite, odontalgias, etc.
D.3) A insuficiência do Yin lesiona o Rim Yin e faz com que este não limite o fogo, de modo que,
este último se torne muito activo (Xu Huo Shang Yang).
O fogo do fígado faz sofrer o pulmão, com sinais de tosse improdutiva ou seca,
dor no hipocôndrio, olhos vermelhos, hemoptises, incluindo asma e epistáxis.
547
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
D.5) O fogo pode-se acumular em zonas específicas do exterior do corpo, dando origem ao Yu
Huo.
D.6) O fogo pode provocar síndromes muito agudas, que requerem actuação urgente.
D.6.1) O fogo ataca a energia e o sangue simultaneamente (Qi Xue Liang Fan)
D.6.2) Sintomas de vento intenso por fogo, queima o canal do F.(Re Sheng Feng Dong)
D.6.3) O fogo pode ser excessivo e alojar-se no sangue provocando Huo Kang Xue (excessivo
calor no sangue) afectando o sistema imunológico (Ver livro SIDA, síndrome Huo
Kang Xue).
548
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
549
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica: provocando vertigens, enjoos, rubor facial, olhos vermelhos, secura na garganta, cefaleia,
gengivite, odontalgias, etc.
D.2) A insuficiência de Yin gera, assim mesmo, o Yin Xu Huo Wang.
Clínica: com excitação da libido, irascibilidade, rubor facial, polidipsia, etc.
D.3) A insuficiência do Yin lesiona o Rim Yin e faz que este não limite o fogo, de modo que este
último torna-se- muito activo (Xu Huo Shang Yang).
Clínica: com sensação de calor e opressão torácica, hipertensão, insónia, zumbidos vertigens e
enjoos, etc.
D.4) A insuficiência do Yin activa o F. Yang (Yin Xu Hua Feng)
Clínica: com «embalamento» do mesmo, dando lugar a quatro possíveis síndromes importantes:
D.4.1) Gan Mu Yu Hua Huo.
Clínica: síndrome do fogo de F. devido à perda do Yin e acumulo de calor interno, com cefaleia, vertigens,
face vermelha, enjoos, hematemesis, hemoptises, e desordens maníacas.
D.4.2) Gan Mu Huo Xing Jing Fei
Clínica: o fogo do fígado faz sofrer o pulmão, com sinais de tosse improdutiva ou seca, dor
hipocondríaca, olhos vermelhos, hemoptises, inclusive asma e epistaxis.
D.4.3) Mu Yu Hua Feng.
Clínica: o fígado Yin deprimido, dá origem a vento excessivo. O que origina tremores e espasmos
musculares, língua inchada e dormente, dores erráticas generalizadas, etc.
D4.4) Gan Mu Yu Huo Tú
Clínica: o fogo do fígado afecta a terra, invadindo o BP. e o E. originando, se é o BP. é o síndrome
do fogo humidade (Huoshi) (ver Humidade) e se é estômago, os sinais típicos de gastrologia, azia
e úlcera, com dilatação abdominal, meteorismo, etc.
D.5) O fogo pode-se acumular em zonas específicas do exterior do corpo, dando origem ao Yu
Huo.
Clínica: como são furúnculos, úlceras locais, etc.Também chama-se Yu Huo as queimaduras e
escaldões.
D.6) O fogo pode provocar síndromes muito agudas, que requerem actuação urgente.
Estas síndromes descrevem-se, tradicionalmente, como:
D.6.1) O fogo ataca a energia e o sangue simultaneamente (Qi Xue Liang Fan)
Com febre alta, delírio, polidipsia, perca de conciência, hemoptisis, epistaxis e convulções.
D.6.2) Síndrome de vento intenso por fogo, ou arde o canal do F (Re Sheng Feng Dong)
Clínica: com sinais agudos de urgência, com espasmo infantil, encefalitis, disenteria, septicemia,
etc.
D.6.3) O fogo pode ser excessivo e alojar-se no sangue provocando Huo Kang Xue (excessivo calor
no sangue) afectando o sistema imunológico (Ver livro SIDA, síndrome Huo Kang Xue).
Em todos, os tratamentos consistem em eleger pontos de: Purificação do calor, liberação do vento, sedar
o Yang hepático, tonificar a água do F, regular o MC e tonificar os líquidos orgânicos e o sangue.
550
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
CAPÍTULO IV
551
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
552
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Ling Shu, falando dos aquecedores ou metabolismos indica que «o Shangjiao (TA.
Superior) é como a neblina vapor no alto (alento ou energia Rong e capacidade vital ou
Tong que impulsiona a acção cardíaca); o Zhongjiao (TA. Medio) é como a fermentação (a
névoa densa que forma o estômago, que é transformada, condensada e transportada pelo
BP.), o Xiajiao (TA. Interior) é como os esgotos (excreção ou expulsão) é a drenagem para
o exterior, em forma sólida (fezes ou função intestinal) em forma líquida (urina ou
função nefrovesical) e em forma gasosa (Wei ou função hepatobiliar)».
O Sanjiao é, na realidade, a soma das funções dos órgãos internos, isto é, transformar,
transportar e distribuir ao corpo físico (sangue) e ao corpo energético (meridianos) o
adquirido através da dieta e da respiração, absorvendo o essencial, transportando os
nutrientes e excretando os dejectos.
Considerada como uma das seis vísceras, o TA., é o responsável pela transformação dos
alimentos e da formação e circulação da energia. Pode-se defenir como uma entidade
funcional que compreende e dirige todas as reacções enérgico-quimicas capazes de
transformar os aportes energéticos do meio (comida, bebida, influências ambientais e
sociais) em energia e matéria própria.
C) Terceira etapa, ou plano Terra, que activa o metabolismo da energia Wei e refere-
se à função intestinal, nefro-vesicular ou hepato-biliar.
553
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica. Febre, edema, disúria, língua vermelha com saburra amarela, pulso rápido e
escorregadio.
Tratamento. Desobstruir e fazer circular a água do TA.
Técnica Shu-Mu: 22B. (Sanjiaoshu) e 5RM (Shimen).
Ponto de sedação: 10TA. (Tianjing)
Ponto de Roé de TA. 39B. (Weiyang)
554
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
555
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
B1.) Sinais de ataque do Zu Yang Ming (E.) (Yang Ming Wen Bing)
Febre, transpiração e sede, aumento dos sintomas pela manhã, rosto e olhos
avermelhados, hiperpneia, prisão de ventre, disúria, secura na boca, saburra amarela
escura e pulso grande.
Tratamento. Abrir Yangweimai, regular Yangming, purificar o calor, refrescar o estômago
[44 E. (Neiting)].
Clinica. Febre e ausência de sede, hipertermia, aumento dos sintomas pela manhã,
saburra amarelada e gordurosa, sensação de «cabeça inchada» e de corpo
pesado, opressão toráxica, anorexia, náuseas e vómitos, oligúria, prisão de
ventre ou diarreia, pulsações baixas e rápidas, tez amarelada.
Tratamento. Abrir Yin Wei Mai, regular o centro, metabolizar as fleumas, secar o BP.
(5 BP) (Shangqiu).
Conduz a alterações patológicas no (BP.) e (E.), afectados pela humidade. O BP., não
tolera humidade, mas esta, estanca-se facilmente nele.
Alterando-se o BP. e E., falham as funções de transporte e transformação do BP. e a
função do E. em aceitar o alimento. Como as condições da «carne» e dos membros
dependem do BP., quando a humidade-calor estagna no TA. Médio, aparecem
patologias digestivas e dor ou peso nos membros.
A Humidade é pegajosa e de difícil circulação, por isso, na sindrome de humidade-calor
no TA. Médio, mesmo que se encontrem afectados BP. e E., observam-se alguns sintomas
de humidade-calor no TA. Superior.
Etiologia.
Evolução da síndrome humidade-calor no TA. Superior.
Calor de Verão mais húmido.
Intemperança na alimentação.
556
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clinica. Calor no corpo, que se agrava pela tarde, transpiração que alivia a febre, peso no
corpo, plenitude e sensação de obstrução epigástrica, naúseas e vómitos, sede mas sem
muita vontade de beber, ou ausência de sede, rosto amarelado ou rosto e olhos amarelo
pálido, indiferença, logofobia ou, em casos graves perda de sentidos, urina escassa ou
vermelha, diarreia, borbulhas brancas no pescoço, na nuca, no toráx e no abdómen,
saburra branca ou amarelada, pulsações lentas e rápidas.
Os pontos principais são os de Zu Shao Yin (R.) e do Zu Jue Yin (F.) A enfermidade está
caracterizada por uma secagem do líquido orgânico (desidratação).
Calma diurna, agitação nocturna, secura na boca, surdez, ausência de sede ou pouca
sede, anorexia, afonia, inquietude, diarreia, urina escassa ou avermelhada, calor nas
palmas das mãos e na planta dos pés, língua sem saburra e vermelho escuro, pulso
grande e vazio.
Tratamento. Purificar o calor, tonificar o R. Yin.
557
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
558
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
INTRODUÇÃO.
Estudam-se para obter a diferençação dos sinais ocasionados pela evolução dos factores
patógenos do tipo exógeno, referente ao Lingi ou, factor climatológico frio-calor.
Existem dois grandes grupos, como descrevemos nas oito técnicas terapêuticas no grupo
Yang com afectação do Taiyang, Juiyin e Shaoyin.
Estas síndromes são o reflexo de mudanças patológicas que produzem o Xiet’Chiqi ou
energia cósmica patógena, que como «corpo estranho» na filosofia energética, produz
alterações nas seis vísceras como planos biocósmicos e depois nos cinco órgãos, como
planos bioquímicos, é a sequência normal de evolução ou síndromes transmitidas
(Chuanjing). Podem-se considerar como prodrómicos, ou de evolução, até às alterações já
consolidadas do sitema Zang-Fu (orgânico visceral), que se descrevem nos capítulos
posteriores (Semiologia II).
Existem síndromes mais completas: a afectação simultânea de dois planos, ou Síndrome
Hebling ou Bingbing, a invasão directa ao Yin por excesso
559
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
A.1) Invasão do vento-frio na superfície do corpo (Feng Han Xie Pimao) (Tai Yang Shang Feng
Han Zheng).
Etiologia. O vento frio associado ataca o exterior, produzindo plenitude que gera um
desiquilibrio entre a energia Yang (Wei) e o Yin (Rong) que se estancam.
Clínica. Aversão ao frio, arrepios, febre ou febrícula, rinorreia aquosa ou branca, cefaleia
e dor na nuca, dor articular generalizado, sobretudo a nível lombar, tosse ou
dispnea, ausência de suor ou sede, língua com saburra fina e branca, pulso
superficial. Em geral sinais gripais.
Tratamento. Dispersar o vento e eliminar o frio, Sudoração – Liberação (ver as 8 Técnicas
terapêuticas).
A.2) Invasão do vento-calor ao exteriror do corpo (Feng Re Xie Pimao) (Tai Yang Zhong Feng Re
Zheng).
Etiologia. A invasão do vento-calor provoca uma hiperactividade do Yang por dilatação
dos poros e uma acção de rápida progressão até aos planos Shaoyang e
Yangming, acelarado pela acção dinâmica do vento.
Clinica. A energia Wei, a humidade da pele e dos líquidos Yin das texturas externas
controlam-se pela acçãodo Taiyang, mas se o calor é muito intenso, pode-se
produzir o golpe do calor ou síndrome do calor sobre o Taiyang, cujos sinais
clínicos são: hipertermia, febre ou febrícula, medo do vento frio, transpiração,
cefaleia, secura de boca, afonia, em casos graves, sonolência, língua com bordos
e ponta vermelha, pulso rápido e superficial.
Tratamento. Sudoração – Purificação (ver as 8 técnicas terapêuticas)
Segundo Lin Shi Shan, podem-se aplicar como pontos complementares: 8 E.
(Touwei), 23 DM. (Shangxhing), 40 B. (Weizhong) e o 7 R. (Fulin).
560
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia. O vento frio ou vento calor evoluem transformando-se em calor que afecta o
Meridiano principal e a Bexiga, comprometendo a sua actividade de
transformação bexiga.
Clinica. Transtornos urinários, tensão pélvica dolorosa, febre, medo do frio, transpiração
abundante, sede, náuseas, língua com saburra esbranquiçada, pulso
superficial e rápido.
Tratamento. Sudoração - Purificação do calor, reduzir o evnto, desbloquear a Bexiga
(Xi), tonificar o Yang da B. (Meridiano e Shu do dorso).
A.4) Acumulação de sangue no Taiyang (Tai Yang Xue Xu).
Etiologia. Síndrome evolutiva da anterior, que afecta o sangue por excesso de calor
(hemoconcentração) que afecta a Bexiga e o Intestino Delgado (Tai Yang).
Clínica. Pélvis endurecida, micção dolorosa e incontinência urinária ligeira, hematúria,
alterações intestinais, perturbação mental, língua vermelho escuro ou pontos
violetas, pulso profundo e rugoso.
Tratamento. Abrir Yinwei, refrigeração interna, desbloquear B., estimular Shu do dorso da
B.
B) Síndromes do Shaoyang (TA., VB.) (Shao Yang Bing) (Ban Biao Ban Li Zheng)
Ocorre quando a energia preversa, não foi eliminada e o sistema imunitário está frágil. A
E.P. ou T’Chiquixie, sobrepõe-se ao primeiro plano de equilíbrio térmico produzindo
uma acção reactivo-dinânica, ou vento interno, que afecta o plano bisagra (Shaoyang) e
em concreto a VB., gerando sinais não internos, não externos. Nem o Zheng, nem o Xue
dominam e a disputa mantém diversos estados de vazio (avanço do Xie) ou de plenitude
(avanço do Zheng).
Etiologia.
Deficiência da energia e do sangue.
Síndromes do Taiyang, não se eliminam e transmitem-se ao interior
A E.P. invade o Shaoyang.
561
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clinica. Alternando com frio e calor, febre e calafrios, plenitude e dor no hipocôndrio,
cefaleia temporal do tipo enxaqueca, hemicrânia, enxaqueca, anorexia, naúseas,
vómitos, ausência de fome e sede, tonturas e às vezes vertigens, agitação, sabor
amargo na boca, tendência à prisão de ventre, secura na garganta, pulso tenso,
língua coberta de saburra branca.
Tratamento. Regularização (ver as 8 técnicas terapêuticas).
É uma afectação profunda que afecta o 3º plano (equilíbrio hídrico), produzindo sinais
de humidade ou secura dependendo, de que agente, frio ou calor tenha ultarpassado o 1º
e o 2º plano, ou então, que estes factores climatológicos (secura-humidade) sejam muito
intensos e não habituais.
Etiologia. Tratamento inadequado, do modo que tanto o frio como o calor, que penetra
no interior, se converte em secura ou humidade, o que consome ou lesiona os
líquidos corporais, convertendo-os em fleumas secas.
Invasão directa do calor-secura ou frio-humidade sobre o Yangming, o que
origina calor-plenitude interna.
Classificação.
1. Síndrome nos meridianos. O calor preverso destribui-se no Yangming de todo o corpo,
sem acumulção de fezes secas. Denomina-se também
«Sindrome do calor em Yangming».
2. Síndrome nos órgãos. Refere-se ao excesso de secura-calor no E. e IG., com prisão de
ventre. Chama-se também «Sindrome de excesso de calor
interno».
C.1) Síndrome de Yangming nos meridianos (Re xie Yangming Mai) (Yangming Jing Zheng).
Clínica. Febre alta, aversão ao calor, sudoração, muita sede com desejos de beber muita
água fria, rosto vermelho, agitação e irritabilidade, saburra amarela e seca na
língua vermelha, pulso vasto e grande.
Tratamento.
Purificar o calor.
Refrescar o Yangming: 44 E. (Weiting) e 2 IG. (Erjian)
562
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
C.2) Síndrome de Yangming nas vísceras (Rexie Yangming Fu) (Yang Ming Fu Zheng).
Clinica. Calor no corpo, sede com desejo de bebidas frias, febre matinal, transpiração
contínua, prisão de ventre, plenitude e dor no abdómen que não tolera a
pressão, agitação e irritabilidade, delírio, saburra amarela e seca ou saburra
amarelo escura com erupções, pulso profundo e forte. Em casos graves: perda
de consciência, movimentos inconscientes das mãos e inquitude.
Tratamento.
Se afecta E., Vomificação, se afectao IG., Purgação (veras 8 técnicas
terapêuticas).
Purificar calor e refrescar o Yangming.
Reduzir o vento.
Tonificar R-Yin.
Estimular Mu de IG. e Roé do IG. 25 E. (Tianshui) e 37 E. (Shangjuxu).
Se há prisão de ventre (ver Purgação).
Pontos complementares, segundo Lin Shi Shan: 29 E. (Guilai), 6 TA. (Zhigon), 57 B.
(Chengshan), 3 ID. (Houxi) e 1 R. (Yongquan).
563
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica. Secura e irritação das vias respiratórias altas, polidipsia, tosse seca e persitente,
pele seca e escamosa, sensação de calor no tórax, aumento de sintomas em
ambiente seco, alterações respiratórias.
Em fogo, hematemeses, expectoração amarelada, rubor malar, febre,
tuberculose, insuficiência respiratória, etc.
Etiologia.
Tratamento inadequado das síndromes dos 3 Yang que lesiona o Yang do BP.
e E.
Invasão directa do frio no TA. Médio devido à debilidade da energia do BP.
Promiscuidade, abuso de laxantes, medicamentos ou produtos químicos na
dieta.
564
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Excessivo Xie, justaposição ou insuficiente Zheng.
Tratamento inadequado em planos anteriores.
Tratamento.
Abrir Yinweimai: 6 MC. (Neigmam).
Regular alto-baixo: 20 DM (Baihui), 17 RM. (Shangzhong) e 1 R.(Yongquan).
Equilibrar frio-calor: 6 R. (Zhaohai) e 62 B. (Sheumai).
Punturar a reunião de órgãos e vísceras: 13 F. (Zhangmen) e 12 RM.
(Zhongwan).
Sedar Yang de F., 18 B. (Ganshu) e 2 F. (Xingjian).
Segundo Lin Shi Shan pode-se adicionar: 14 F. (Qimen) 4 RM. (Guanyuan) e 2 E. (Sibai)
em agulha transfixiante até ao 20 IG. (Yingxiang).
565
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Invasão directa por debilidade do Yang de C. e R.
Tratamento inadequado que provoca sudoração excessiva que lesiona o Yang.
Clinica. Aversão ao frio, e corpo encolhido ao dormir, psicoastenia e sonolência,
lombalgia, membros frios, depressão, dor e debilidade dos membros inferiores,
insuficiência sexual, diarreia por alimentos não digeridos, naúseas, ausência de sede ou
desejos de tomar bebidas quentes, urina clara e abundante, língua pálida com saburra
branca e pulso profundo.
Etiologia.
Retenção do calor preverso, que prejudica o Yin.
Deficiência do Yin, porque o agente patógeno invade o Shaoyin e converte-se
em fogo, lesionando o Yin.
Clinica. Agitação, insónia, febre agarvada pela noite, tez seca. Secura na boca e garganta,
aversão ao frio, faringites, polidipsia, transpiração escassa ou nula, urina
escura, espesmatorreia, ponta da língua vermelha escuro com pouca saburra,
pulso filiforme e rápido.
566
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
C.2) Sindrome de calor nas vísceras Yangming (Rexieyangmingfu) (Yang Ming Fu Zheng).
Clinica. Calor no corpo, sede com desejo de bebidas frias, febre matinal, transpiração contínua, prisão de
ventre, plenitude e dor no abdómen que não tolera a pressão, agitação e irritabilidade, delírio, saburra
amarela e seca ou saburra amarelo escura com espinhas pulso profundo e forte. Em casos graves: perda de
consciência, movimentos inconscientes de mãos e inquitude.
567
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
D.2) Sindrome frio-humidade-fleumas no BP. (Han Shi Tan Pi)(Li Xu Han Shi Zheng)
Clinica. Plenitude abdominal, naúseas, vómitos, arrotos e regurgitações ácidas, anorexia, hipotermia, diarreia
com dor abdominal interminente que alivia com o aclor ou pressão, com tenesmo, ausência de sede, frio na
cintura, língua de cor pálida com saburra branca, pulso tardio e lento, astenia psicofísica.
INTRODUÇÃO
O Qi e o Xue constituem o Dao Vital e são os componentes principais para a existência
da vida, portanto, os mais directamente associados com o equilíbrio ou desiquilibrio
orgânico.
Neijing diz «As desarmonias do sangue e do Qi produzem mudanças nas cem
enfermidades»
O Qi, o Xue e os Yinye são a base material que sustem todo o sistema Zhang-Fu, que por
sua vez, são produzidos por eles: deduz-se que as alterações orgânico-viscerais (Zang-
Fu) influirão nas mudanças de energia, do sangue e nos diversos humores orgânicos e
suas manifestações. Consequentemente à interligação descrita, as alterações destes
últimos influirão no sistema orgânico-visceral e no conjunto físico por eles regido.Dão-
nos uma base diagnóstica importante que se enquadra dentro do contexto holístico,
próprio da M.T.M.
Dividiremos, para o seu estudo, as síndromes de Qi-Xue e Yiny em várias cláusulas ou
padrões básicos, tendo em conta que não existe uma síndrome pura de Qi-Xue ou Yinye,
pois a alteração de uma traduz-se no conjunto e vice-versa, no entanto, será muito útil na
hora de conhecer a origem da enfermidade e na aplicação do tratamento de raiz
(etiológico) e no de rama (aparente ou sintomático).
568
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia. Um processo evolutivo da síndorme Qixu, o que provoca com que a energia só
possa actuar a nível inferior, e não ascenda «afundando-se» no sector terra (TA. Inferior)
sem actuar a nível «homem» (TA. Médio) e a nível do «Céus» (TA. Superior). Disfunção
do Dao Vital a favor do Xue (matéria).
Clinica.
Aos sinais de Qixu, unem-se os sinais de «queda» como: prolapso, varizes,
hemorróidas, poliúria, etc.
Sinais de estancamento do TA. Inferior com: dilatação abdominal, sensação
de peso e distenção.
Pouca actividade nos sentidos por falta de Qi cefálico com: vista turva,
enjoos, perda auditiva, etc.
A língua é branca pálida e pulso débil.
569
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia. Pode-se considerar uma síndrome Bi ou Pei do tipo misto, isto é, endógeno,
porque se pode manifestar em qualquer área tecidular, relacionada com um
factor emocional ou transtorno diético, exógeno, porque pode estar
relacionada com um factor climatológico ou traumático.
Clínica.
Próprio da síndrome Bi ou Pei: dor, distenção, opressão, parestesias, etc.
A língua tem saburra branca e fina o pulso é tenso.
Suspiros profundos e frequentes, dismenorreia.
570
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia. Devido a factores patogénicos associados: diéticos (E. e BP.), emocional (F.) ou
climatológico (P.), pode-se produzir um transtorno nas funções fisiológico-
enrgéticas dos órgãos e vísceras, principalmente na sua função Qiji,
provocando distúrbios no processo normal de assimilação de nutrientes e
destribuição das energias.
Especificos:
Em todo o caso abrir com Yinwei 6 MC. (Neiguan) e fechar com 4 BP.
(Gengsun).
36 E. (Zusanli), 3 F. (Taichong) e 22 RM. (Tianfu) formula clássica empírica.
Se Qini do E., juntar 3 PC (EX-HN3) (Yintang), 25 E. (Tianshu) e 21 E. (Liangwen).
Se Qini de P. juntar: 5 P. (Chize) e 34 VB. (Yanglingquan).
Se Qini de F. juntar: 1 R. (Yongquan).
571
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clinica. Cara e lábios pálidos, vista turva e olhos secos, palpitações e insónias (aumento
do Qi) períodos escassos ou amenorreia, pés frios, cionóticos e dormentes,
enxaqueca (vascular), zumbidos, vertigens e enjoos, tendência à anemia, língua
esbranquiçada, pulso débil e frio.
Tratamento. Tonificar o sangue e manter a energia.
Aos pontos do sangue adicionar: a regulação do centro: 36 E. (Zusanli) e 12
RM. (Zhongwan) e os Shu do dorso do centro: 20 B. (Pishu), 21 B. (Weishu e 3 F.
(Taichong).
B) Síndrome de estagnação ou estase do sangue (Xueyu).
572
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Face escura, lábios cor violeta, sede sem vontade de beber, cianose, língua
com aftas e capilares volumosos.
Os sinais clínicos de estagnação diferenciam-se de acordo com o lugar onde se
produzem, assim, localizados em MC. E C. e haverá pressão toráxica, dor precordial,
taquicardia, distúrbios psíquicos como mania, claustrofobia, etc. Se é no P. produz-se dor
toráxica e hemoptises. Se é no F. produz-se hipocondralgia.Se é a nível uterino ou
genital, produzirá hemorregias uterinas, leucorreia, hematuria, dor pélvica, etc. Se é
numa articulação ou extremidade observa-se inflamação, hematoma e dor. Se é a nível
cerebral pode-se produzir hemorragia, cefaleia, etc.
Independentemente do lugar, existem sinais comuns e prodrómicos que indicam uma
certa tendência à estase, que estão relacionadas com uma insuficiência conjunta de
energia e sangue.
Clinica. Sinais gerais de vazio de energia (Qixu), com dor na zona estancada, que não
toleram a pressão e língua de cor escura com equimoses.
573
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento:
Fazer circular a energia do meridiano correspondente a área da U.E afectada.
Se for interno com o ponto Xi e técnicas de planos (nó-raíz-aceleracão-
arrasto); se for externo técnica de planos, pontos locais e A`shi e técnica de
tendinomuscular.
Tonificar a energia, sobretudo, os pontos 36E (Zusanli) e 6RM- (Qihai)
Tonificar o sangue: principalmente o 10BP. (Xuehai) e 6BP (Sanyinjiao).
Etilologia. O vazio de sangue por estase prévia, insuficiência orgânica, hemorragia, etc.,
faz com o sangue seja deficiente, provoque desaceleração, diminuição do
caudal, sua densificação e risco de obstrução.
Clínica: Existe uma insuficiente irrigação cerebral (60% oxigenio circulante é absorvido
pelo cérebro, pelo qual, um défice de sangue repercute-se na oxigenação
cerebral e consequentemente na actividade sensitiva) com sintomas de enjoos,
vista turva, insonia, palpitações, língua pálida com esquimoze e pulso fraco e
débil.
Tratamento: Eliminar o estancameto e resconstruir o sangue.
Tonificar o sangue e a energia simultaneamente, elegendo dois pontos do
sangue e dois pontos da energias (de cada vez).
Estimular a raiz Yang do C e F: 15B (Xinshu), e 18B (Ganshu).
Armonizar o Shen com: 6MC (Neiguan) e 7C (Shenmen).
Ajudar com: 3PC (Yintang EX-HN3) e 9PC (Taiyang EX-HN5).
574
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia. Sinal que evolui para síndrome de calor no sangue (Xuere) em paralelo com
um distúrbio emocional, dieta quente e excitante ou alcoolismo.
Clínica. Dor, (sintoma comum da estase) que se alivia com o frio, febre por reacção do
combate do sangue perante o ataque do calor, hemorragia por dilatação e lesão
dos vasos sanguíneos, inflamação e a consequente estase. Se o calor afecta o
Yangming produzirão: fezes escassas, secas e fétidas, secura de pele, tosse,
distensão abdominal com plenitude que não tolera a pressão; se o calor afecta o
TA. Inferior, produzem-se sintomas agudos no abdómen com o ventre duro e
cólicas intestinais; se afecta o sistema reprodutor feminino, produz-se uma
sensação de plenitude e dureza no ventre e na mama assim como no abdómen,
alternâncias de calor e frio, delírio onírico, amenorreia, fluxo amarelado e
fétido; se o calor se torna crónico provocará sintomas de agitação, estados
maníaco-depressivos, febre vespertina com rubor malar, transtornos
respiratórios, etc. A língua fica roxa escura e o pulso rápido.
Tratamento. Refrescar o calor e o sangue.
Estimular 8 F (Ququan), 9 BP (Yinlingquan), 10 R (Yingu) e 6 BP (Sanyinjiao)
Purificar o calor: 4 IG (Hegu), 11 IG (Quchi) e 14 DM (Dazhui).
Refrigeração interna (ver oito técnicas).
Abrir Yinqiaomai 6 R (Zhaohai)
Etiologia.
Agentes exógenos (ver sintomas de calor- secura-fogo)
Agressões dietéticas (dieta excessivamente Yang: proteínas animais,
gorduras, hidratos de carbono refinados, especiarias, produtos químicos, etc.)
Calor emocional (stress, ansiedade, etc.)
Insuficiência de R-Yin, plenitude de Yang de F e C., etc.
Clínica.
Aparecem sintomas de agitação interna com perturbação da mente, mania e
insónia.
Sede sem desejo de beber, sensação de calor interno, taquicardia, pressão
torácica, língua amarelada e pulso rápido e filiforme.
575
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento:
Abrir Yinweimai: 6 MC (Neiguan) ou Yinqiao 6 R (Zhaohai).
Purificar o calor (Sudoração – Purificação).
Refrescar o sangue: 8 F (Ququan), 9 BP (Yinlingquan) e 10 R (Yingu).
Outra possibilidade:
Sedar o Shu de apoio do Shu do dorso de TA. Superior: 42 B (Pohu), 43 B
(Gaohuang) e 44 B (Shentang).
3 MC (Quze), 10 BP (Xuehai), 2 F (Xingjian) e 3 F (Taichong).
Etiologia.
Agentes exógenos (ver sintomas de frio-humidade)
Dieta excessivamente Yin (fria e vegetal)
Insuficiência de R- Yang
Clínica.
Aversão ao frio, frio e dor nas extremidades que melhoram com a aplicação
de calor, pele de cor violácea, dores no baixo-ventre, dismenorreia e
menstruações atrasadas com sangue púrpura e coágulos, língua pálida e
azulada com saburra esbranquiçada, pulso profundo e lento.
Tratamento.
Calorificação
Moxação de R-Yang e pontos A´shi.
Aquecer o sangue moxando os pontos Rong dos 3 Yinzu.
Fórmula de Lin Shi Shan: Moxação dos pontos A´shi e puntura do 23 B
(Shenshu), 4 VG, (Mingmen), 39 E (Zusanli), 6 BP (Sanyinjiao), 4 RM
(Guanyuan) e 14 VG (Dazhui).
Etiologia.
Lesões traumáticas
Estase sanguínea (Xueyu).
Calor no sangue (Rexue).
Insuficiência da energia do BP (Piqixu)
576
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Na estase sanguínea, o sangue evacuado é de cor escura e denso, há dor
pungitiva, língua violácea e mole com manchas em algumas ocasiões.
Com calor no sangue, a sua cor é viva, há disforia com sensação de calor no
tórax, língua vermelho escarlate, pulso fino e rápido.
Na insuficiência do BP, o sangue é de cor pálida existindo frequentes
hemorragias, a língua está pálida e o pulso está fino e fraco.
Tratamento Geral
Deter a hemorragia: aplicar técnicas de yin: frio, imobilidade, compressão,
passividade, etc.
Tratamento etiológico.
Estase: tonificar o sangue e o Mu do MC: 17 RM (Shanzong), 17 B (Gefhu), 10
BP (Xuehai) e 6 BP (Sanyinjiao).
Calor no sangue: refrescar o sangue com 6 BP (Sanyinjiao), os pontos He dos
Yinzu os Shu do dorso dos Yintsou.
Fórmula empírica de Lin Shi Shan: Daling (7 MC), Ximen (4 MC) Kongzui ( 6 P),
Taiyuan ( 9 P), Taixi ( 3 R), Taichong ( 3 F ), 6 BP( Sanyinjiao) e 44 E ( Neiting).
Deficiência do Qi do BP: tonificar o centro com 12 RM (Xhongwuan) e 36 E
(Zusanli), estimular Qihai ( 6 RM) e Guamyuan (4 RM), estimular Shu do
dorso com 20 B ( Pishu) e Meridiano Principal com 2 BP ( Dadu).
Segundo Lin Shi Shan: estimular e moxar 1 BP ( Yinbai), 36 E (Zusanli), 4 DM
(Guamyuan), 6 RM (Qihai), 20 DM (Bahui) e 14 DM (Dazhui).
Tratamentos particulares
Metrorragia: 4 RM. (Guamyuan), 6 RM (Qihai), 6 BP. (Sanyinjiao), e 1 BP
(Yinbai).
Hematemeses: 12 RM (Zhongwan), 6 RM (Qihai), 36 E (Zusanli).
Epistáxis: 23 DM ( Shangxing) 4 IG (Hegu), 11P (Shaoshang), e 44 E
(Neiting).
Hemoptises: 6P (Kongzui), 4MC (Ximen) e 13 B (Feishu).
Rectrorragia: 25 B (Dachangshu), 25 E( Tianshu), 37 E (Shangjuxu) e 57 B
(Chengshang)
577
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Hipocondralgia com sensação de distensão e plenitude torácica, formação de
acumulações ou massas dolorosas que não toleram a pressão, estado de
ânimo irritada e irascível, língua púrpura escura
578
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Estimular o ponto fogo do TA. com 6 TA. (Zhigou).
Pontos A’shi em dispersão.
Desbloquear F. com seu ponto Xi, o ponto de abertura: 6 F (Zhongdu) e 34 VB
(Yanglingquan).
Tonificar a energia sobre todos os três dermatomas 6, 12 e 17 RM.
Pontos aceleradores e arrasto de Taiyin, Jueyin e Shaoyin: 2 BP (Dadu), 2 F
(Xingjian), 2R (Rangu), 11P (Shaoshang), 9MC (Zhongchong) e 9C
(Shaochong).
Roé de artérias e circulação 9 P (Taiyuan) e Roé do sangue 17 B (Geshu).
Começar com 6 MC (Neiguan) se perturbação emocional.
Tonificar o sangue com 6 BP (Sanyinjiao) e 10 BP (Xuehai).
Em caso dismonorreia e períodos atrasados adicionar: 29 E (Guilai), 3 RM
(Zhongji), 8 BP (Diji) e 32 B (Ciliao).
Etiologia
Enfermidades crónicas que esgotam as energias e o sangue.
Hemorragias crónicas ou congénitas.
Défice crónico de energia que não pode produzir sangue.
Desnutrição e excesso de trabalho ou stress.
Clínica
Sinais conjuntos de debilidade da energia e do sangue. Ver síndrome Qixu e
Xuexu, sobretudo, a falta de ânimo, lassitude, logofobia, astenia, cara e língua
pálida, frialdade etc.
Língua pálida e grossa, pulso fraco e débil.
579
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia:
Clínica
A falta de energia, afecta o controlo dos vasos (Maixue) produzindo extravasão e
fragilidade capilar com frequentes hemorragias.
Se existe colapso da energia, as hemorragias aparecem na parte inferior: sistema
genito-urinário e intestinal.
Clínica. Palidez, sudoração fria e profusa, membros frios, desmaio, pulso muito
fraco e língua pálida.
Tratamento.
Tonificar a energia e 6 BP (Sanyinjiao).
Em caso de urgência utilizar a forma tradicional de Lin Shi Shan: 20 DM
(Bahui), 26 DM (Shuigou), 6 P (Kongzui) e 36 E (Zusanli) em estimulação
persistente.
580
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
581
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica: Dor que melhora com o calor, He dos Yinzu e os Shu do dorso dos
hipotermia, aversão ao frio, Yintsou). Deficiência do Qi de BP
menstruações dolorosas com frio e (estimular o centro, o Shu do dorso e o
coágulos, língua pálida, pulso profundo Rong do BP, o Qihai e o Guanyuan). (ver
e lento. hemorragias específicas).
Tratamento: Aquecer o sangue com Rong SINDROMES CONJUNTOS DE ENERGIA
e Luo de grupo dos Yinzu e 1 R. E SANGUE
Estimular e moxar 36 E e 14 DM. A) Síndrome de estancamento do Qi e estase
Aquecer A. G. U. com moxação de Ara, do Shue (Qizhixueyu).
6 RM, 4 RM, 46 PC e 23 B. Pontos A’shi. Clínica: Hipocondralgia e distensão,
B.4) Estase produzida por calor interno massas dolorosas, irrascibilidade, língua
(Xueyurexie). púrpura com equimoses, amenorreia,
Clínica: Dor que se alivia com frio, febre, dismenorreia e dor mamária.
hemorragia, secura de pele, prisão de Tratamento: Abrir Yinwei, tonificar
ventre. Se A. G. F.: dureza ventral e sangue e energia, ponto acelerador de
mamária, alternância de frio e calor, TA, desbloquear F e He da víscera,
delírio onírico, interrupção da técnica de planos dos 3 Yin, Roé das
menstruação, fluxo amarelo e fétido. artérias e Roé do sangue. Pontos A´shi.
Agitação estados maníaco-depressivo. B) Síndrome de deficiência do Qi e de Xue
Febre vespertina com rubor malar, (Qixuexu)
língua roxa e escura e pulso rápido. Clínica: Défice da energia e sangue (Qixu
Tratamento: abrir Yinwei. Purificar calor. e Xuexu) língua pálida e grossa, pulso
Refrescar o sangue e refrigerar. fraco e débil.
C) SINDROME DE CALOR NO SANGUE Tratamento: tonificar sangue e energia e
(Xuere) 19 B.
Clínica: Agitação mental, sede e desejo C) Síndrome de hemorragia por deficiência
de beber, calor interno, taquicardia, de energia (Xuesuiqixu)
pressão torácica, língua amarelada, e Clínica: Hemorragia, fragilidade capilar.
pulso rápido e filiforme, erupções, Tratamento: tonificar energia e moxar
hemorragias, menstruações abundantes Roé das artérias e 1 BP.
e adiantadas. D) Síndrome de esgotamento do Qi por
Tratamento: Abrir Yinwei ou Yinqiao, hemorragia (Qixuxuesui) (Qisuixuetuo)
purificar calor, refrescar o sangue, sedar Clínica: Palidez, sudoração fria, membros
os Shu de apoio do Shu do dorso do P, C frios, desmaio, pulso muito fraco, língua
e MC, esfriar MC, sedar F e estimular pálida.
mar do sangue. Tratamento: tonificar energia e 6 BP. Em
D) SINDROME DE FRIO NO SANGUE caso de urgência 20 DM, 26 DM, 6 P e 36
(Xuehan) E em estimulação insistente.
Clínica: Aversão ao frio, dores que
melhoram com o calor, pele violácea, SÍNDROME DE INSUFICIÊNCIA DOS
dores ventrais, dismenorreia, LÍQUIDOS ORGÂNICOS (Yinyexu)
menstruações atrasadas com coágulos, Clínica: Sede, secura de boca, garganta e
língua pálida azulada com saburra lábios com fissuras, ausência de saliva,
esbranquiçada, pulso profundo e lento. tosse seca, afonia, oligúria e prisão de
Tratamento: Calorificação, moxar R- ventre, pele ressequida, pulso fraco e
Yang, A’shi e pontos calor dos Yinzu. rápido e língua roxa e seca.
E) SINDROME HEMORRÁGICO Tratamento: Abrir Yinqiao, tonificar os
(Xuesui) líquidos orgânicos estimular água, Mu e
Clínica: Estase do sangue, calor no ponto de tonificação de TA e nó do
sangue, insuficiência do Qi do BP. Shaoyin.
Tratamento: Estase (tonificar sangue e
Mu de MC). Calor no sangue (6 BP, os
582
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
583
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
584
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento Geral
O tratamento geral em todas as síndromes fleuma é:
Regular o Centro e o Yangming: 36 E (Zusanli), 4 IG (Hegu), e 12 RM
(Zhongwan).
Metabolizar as fleumas: 40 E (Fenglong) e 3 BP (Taibai)
Tratamento particular
A) Fleumas no coração (Tanxin): 26 DM (Renzhong) e 5 MC (Jianshi)
585
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Formação de flema.
Insuficiência do Yin do Fígado.
Vento patógeno exógeno.
Insuficiência do Yin e do Xue.
Clínica
Vertigem, enjoo, perda momentânea de consciência, rigidez da língua,
lipotimia e trismo devido à fleuma errática poder elevar-se e provocar a
obstrução dos cinco sentidos. Desvio dos cantos da boca e olhos por
obstrução de fleumas humidade no M.P. de E (Yangmung da cara).
Incluindo hemiplegia entorpecimento ou parestesias por bloqueio dos
trajectos dos meridianos nas extremidades.
Língua rígida e pulso tenso e escorregadio.
Clínica.
Calor na zona do mediastino por sobreaquecimento do pericárdio (MC.)
com plenitude e pressão. Distúrbios emocionais do tipo maníaco
586
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Formação de flema.
Plenitude de Yin por enfraquecimento do Yang (desequilíbrio entre R –
Yin e R – Yang).
Invasão de frio – humidade que em conjugação com o vazio do Qi se
estanca e produz flema.
Clínica.
Sensação de corpo frio e húmido, aversão ao frio, dor interna (frio nos
ossos) que melhora imediatamente com a aplicação de calor, dor sobre
as grandes articulações com incapacidade funcional, saliva e cuspo
aquoso e abundante.
Pulso profundo e tardio, língua pálida saburra esbranquiçada e gorda.
587
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Processo crónico e persistente de fleuma fria. Humidade excessiva exógena
e dietética. Alimentação inadequada. Perturbação excessiva emocional.
Clínica.
Formações de massas de flemas tipo “quisto mole” a nível articular
principalmente, sensação de peso do corpo e lassitude articular, pressão
torácica, anorexia, náuseas e vómitos, tosse com abundantes fleumas,
vertigem, psicoastenia, língua com saburra pegajosa e grossa, pulso
mole e escorregadio.
Etiologia.
Formação de fleuma.
Processo de evolução secreção calor (Tanre). Secura excessiva ambiental
ou dietética.
Clínica.
Escarros pegajosos filiformes ou grumos como grãos de arroz, de difícil
expulsão irritação e secura da faringe, nariz e boca, fezes ressequidas,
língua seca com pouca saliva.
Pulso fraco e rápido.
Etiologia.
Insuficiência congénita ou adquirida do TA Médio (BP – E).
Comidas e bebidas “sujas” ou contaminadas.
588
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Peso na cabeça, distensão no tórax e abdómen, náuseas, vómitos com
fleumas.
Pulso mole e escorregadio e língua com saburra esbranquiçada e gorda.
Tratamento.
Geral das fleumas.
Modificação da dieta.
Etiologia.
Insuficiência congénita ou adquirida de R – Yin.
Transgressão dietética.
Perturbação emocional do tipo sentimental e amoroso.
Clínica.
Amenorreia, sensação de pressão no peito e palpitações, leucorreia
espessa e pegajosa, distensão no abdómen com náuseas e
desfalecimento, esterilidade.
Pulso profundo e língua com saburra esbranquiçada e gorda.
Tratamento.
Geral das fleumas.
Tonificar R – Yin e Yang.
Abrir com Yinweimai.
Etiologia.
Insuficiência do TA Médio e do Qi.
Estase por frio – humidade.
Clínica.
Aparecimento de módulos subdérmicos, entorpecimento, inflamação
ganglionar, rigidez dos membros.
Pulso escorregadio e tenso, saburra branca e gorda.
Tratamento.
Geral das fleumas.
Técnica de planos.
Cinco pontos Shu antiguos.
589
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Vento-frio-humidade que bloqueia a função de difusão e transporte de
P e BP e que é o mesmo que uma síndrome Bi dérmica e da carne ( ver
síndrome Bi ou Pei).
Dieta fria e refrigerada.
Em medicina ocidental poderia assemelhar-se a uma fase inicial de
nefrite aguda, cor pulmonale crónica, insuficiência cardíaca direita.
Clínica
Peso, dor nas extremidades.
Aversão ao frio, sem transpiração.
Tosse com dispneia com flemas abundantes brancas e espumosas.
Sensação de moléstias no tórax.
Náuseas.
Ausência de sede.
Disúria.
Febre e agitação em alguns casos.
Edema das extremidades em casos graves.
Saburra língual branca.
Pulso em corda e compacto.
590
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Agente patógeno que agride o organismo com deficiência prévia do P
com diminuição das defesas externas (pele-wei), relacionado com uma
deficiência congénita ou uma doença crónica. A função de difusão de P
(abertura e fecho dos poros da pele) está colapsada e as fleumas
estancam-se a nível do tórax e hipocôndrios. O estancamento, no tempo,
acaba produzindo flema-calor com secreção (em medicina ocidental
chamamos pleurisia exsudativa).
Clínica
Sensação de distensão com dor no tórax e hipocôndrio, acentuado pelos
movimentos do tronco ou respiratórios.
Tosse fraca e dispneia.
Aparecimento de febre e calafrio.
Secura de garganta e sabor amargo da boca.
Sensação de moléstias e distensão epigastrica.
Capa lingual fina branca ou amarelada.
Pulso rápido, tenso e profundo.
Se existir um défice geral de Yin a fleuma transforma-se em calor interno com
sinais similares a uma tuberculose pulmonar.
Acesso frequente de tosse convulsiva com flemas viscosas e escassas.
Secura de boca e garganta.
Febre periódica sobretudo vespertina.
Ruborização malar.
Sensação de calor precordial.
Calor nos 5 centros (tórax, palmas e plantas)
Transpiração nocturna.
Sensação de moléstias e dor no tórax e hipocôndrio.
Emagrecimento.
Língua roxa sem saburra ou escassa.
Pulso pequeno e rápido.
591
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento
1ªFase:Harmonizar TA Superior e médio
Geral das fleumas.
Regular P, F e TA com Shu-Mu: 13 B (Feishu), 18 B (Ganshu) ambos
moxados, 22 B (Sanjiaoshu), 1 P (Zhongfu), 14F (Qimen), 5 RM (Shimen)
e 12 RM (Zhonwuan).
Drenar o pulmão com Luo de P: 7 P (Lieque).
Lin Shi Shan recomenda alternar o tratamento com os pontos 13 F
(Zhangmen) como reunião de órgãos e Mu de BP, 37 VB como drenador
(Luo) de VB, 17 RM (Shanzhong) descongestionar tórax, 5 F (Ligou)
como Xi de F e 32 VB (Zhongdu) empírico.
2ª Fase: Nutrir o Yin e refrescar o calor.
Geral das fleumas.
Desbloquear P com Xi: 6 P (Chize).
Dispersar o Yang de P e F: 13 B (Feishu), 18 B (Ganshu) e 2 F (Xingjian).
Estimular o Yin de F e o sangue: 14 F (Qimen) e 6 BP (Sanyinjiao).
Clínica
Tosse crónica que se agrava com o frio com dispneia que se exacerba em
decúbito.
Fleumas abundantes, brancas e espumosas.
Edema de cara e maleolar.
Crises asmáticas desencadeadas pelo frio (maior concentração)
acompanhadas de frialdade, febre e dor dorso-lombar.
Língua com saburra branca e lisa.
Pulso tenso e compacto.
592
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica
Sensação de obstrução a nível do epigastro (hiato)
Moléstias a nível do tórax e hipocôndrio.
Borborigmos gástricos.
Melhoria com a aplicação de calor.
Sensação de frio no dorso.
Vómitos de saliva e expectoração de flemas-espumosas.
Sede sem vontade de beber.
Palpitações, polipneia.
Vertigem com deslumbramento.
Falta de apetite.
Fezes soltas.
593
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Emagrecimento progressivo.
Capa língual branca e lisa.
Pulso tenso, fraco e escorregadio.
Clínica
Distensão e plenitude no abdómen com dor, às vezes, como sinal prévio
a defecação.
Borborigmos intestinais.
Prisão de ventre.
Secura de boca e língua.
Saburra amarelada.
Pulso profundo e tenso.
594
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
595
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
596
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
podem afectar o BP., prejudicando a função de transformar (raiz Yin) e transportar (raiz
Yang) aparecendo retenção de água,, sobretudo a nível abdominal (ascite).
A insuficiência de R provoca altrações na formação e distribuição da água orgânica,
sobre toda a extremidade inferior.
A alteração de P provoca distúrbios na ventilação e na drenagem da via superior da
água, produzindo edema alto: tórax, cara e membros superiores.
Classificaremos o edema em quatro grandes grupos:
A) SÍNDROME DE EDEMA COSTAL (Shuifanjifei)
B) SÍNDROME DE EDEMA DOS MEMBROS (Shuifancouli)
C) SÍNDROME DE EDEMA DO TORAX E CARA (Shuifanshang)
D) SÍNDROME DE ACUMULAÇÃO DE ÁGUA E FLEUMA (Shuitanyu)
Clínica. Dor costal, com distensão no hipocôndrio, tosse insistente com abundância
de expectoração e incremento de dor, respiração curta e superficial por
defesa perante a circulação, pulso profundo e tenso.
Tratamento
Regular o TA Médio: 36 E (Zusanli), 4 IG (Hegu), 12 RM (Zhongwan).
Grandes Luos: 21BP (Dabao) e 18 E (Rugen).
Tonificar o BP: 2 BP (Dadu).
Clinica. Dor e sensação de peso nos membros devido à falha na distribuição da água,
fazendo com que não desça ao R e que se retém e extravase, provocando o edema,
febre sem sudoração, tosse persistente com crises de dispneia devido ao bloqueio de
P na sua função de descida (levar a R), expectoração abundante branca e espumosa,
se a insuficiência de R participa no edema, será mais intenso nos membros inferiores.
597
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento
Abrir Yangweimai: 5 TA (Waiguan)
Regular o Centro e o Yangming: 4 IG (Hegu), 36 E (Zuzanli) e 12 RM
(Zhongwan).
Desbloquear o P com o seu ponto Xi ou abertura: 6 P (Zongzui).
Tonificar o R: 7 R ( Fuliu).
Se há frio exógeno: moxar 60 B (Kunlun) e 4 DM (Mingmen).
Clinica. Plenitude toraxica, com respiração curta, asma e tosse com abundante
escupo branco e espumoso que não permite o decúbito, língua com saburra
branca e pegajosa, pulso tenso.
Tratamento
Desbloquear P: 6 P (Kongzui).
Estimular a raiz de Yang de P: 13 B (Feishu).
Regular TA superior: 17 RM (Shanzhong).
Tonificar R: 7 R (Fuliu).
Tonificar BP: 2 BP (Dadu).
Se há frio: moxar 1 P (Zongfu) e 5 P (Chize).
Tratamento
Abrir Yangweimai: 5 TA (Waiguan).
Regular o Centro e o Yangming: 4 IG (Hegu), 36 E (Zusanli) e 12 RM
(Zhongwan).
Metabolizar as flemas: 40 E (Fenglong) e 3 BP (Taibai).
Desbloquear P: 6 P (Kongzui).
Estimular o Yang de P: 13 B (Feishu).
Regular o tórax: 17 RM (Shanzhong).
Moxar 60 B (Kunlun):
598
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
599
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
600
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
CAPÍTULO V
As síndromes do Zang-Fu
(Diagnóstico diferencial e tratamento)
601
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
602
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
603
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
604
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Insuficiência no Qi e no Yin de E por constituição genética, alteração funcional,
dieta insuficiente, alterações internas sobretudo do BP e da VB, factores
exógenos, sobretudo calor-secura, factores emocionais, sobretudo, de origem
Madeira.
Clínica
Ver vazio de Qi e Yin de E.
Tratamento
Combinar tratamento do vazio de Qi e Yin de E.
DEFICIÊNCIA DO QI DE E. (Wei Qi Xu)
Etiologia
Ver insuficiência geral.
Clínica
Anorexia e astenia cm cor pálida da cara.
Dispepsia e vómitos.
Dilatação abdominal e dor epigástrica, sobretudo depois de comer.
Voz débil.
Arrotos e flatulência.
Melhora com massagem e calor.
Lábios esbranquiçados.
Língua pálida e saburra escassa esbranquiçada.
Pulso relaxado e fraco ou vazio e débil.
605
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Geralmente, a causa é o calor – secura – fogo que consome os líquidos
corporais
ou humidade calor estancada.
Factores emocionais (fogo hepático e de MC) fogo ministerial.
Desidratação, doenças febris.
Clínica
Sede e desejo de bebidas frias.
Anorexia ou fome com rejeição da comida.
Secura de boca, garganta e lábios.
Tez vermelha.
Febrícula vespertina.
Agitação ansiosa com sensação de calor precordial.
Temor e agravamento pelo calor.
Plenitude epigástrica.
Náuseas.
Prisão de ventre ou fezes ressequidas.
Urina escassa
Soluços.
Pulso fraco e rápido.
Língua vermelha e pelada com pouca saliva.
Etiologia
Insuficiência prévia do Qi de E.
Ingestão de comida contaminada ou excessivos alimentos crus e frios.
Invasão do frio no epigastro.
Clínica
Frio e dor no epigastro, que é difuso nos casos crónicos e cólicas nos casos
agudos. A dor piora com o frio, alivia-se com o calor e com alimentos e bebidas
quentes.
Frio nos quatro membros.
Inchaço no epigastro.
Ausência de sede e gosto ou desejo de bebidas quentes.
Abundância de saliva clara.
Vómitos depois de comer e dispepsia crónica em casos graves.
Borborigmos, se afecta também o intestino.
Pulso profundo e sem força.
Língua pálida com saburra branca e escorregadia.
Clínica
Vómito imediato perante qualquer tipo de ingestão ou facilidade de vómitos
ácidos.
Dispepsias rebeldes e aversão à comida.
Arrotos com odor a comida.
Dor no epigastro que desaparece depois do vómito.
Azia
Temor ao frio.
Meteorismo.
Anorexia.
hipersialorreia
Pulso escorregadio.
Língua com saburra grossa e viscosa.
Tratamento
Abrir o Yinweimai: 6 MC (Neiguan).
Raiz – arrasto de Yangming: 5 IG (Yangxi) e 45 E (Lidui).
Estimulação do Shu –Mu de E: 21 B (Weishu) e 12 RM (Zhongwan).
Regular o estômago e o Yangming: 4 IG (Hegu) e 36 E (Zusanli).
Se as fleumas são persistentes e não evoluem: Vomificação, desbloquear (Xi) e
metabolizar fleumas: 6 MC (Neiguan), 34 E (Liangqiu), 40 E (Fenglong) e 3 BP
(Taibai).
Etiologia
Agressões de factores climatológicos.
Estancamento alimentar.
Insuficiência de VB.
Yangnificação de E por dieta abundante e calórica.
Clínica
Dor abdominal exacerbada por pressão.
Inchaço e pressão abdominal.
Regurgitação ácida e azeda.
Arrotos com odor acre
Tendência a bulimia embora rejeição a comida em algumas ocasiões.
Tendência para prisão de ventre.
Tendência para criar muitos gases.
608
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento
Sedar o E: 45 E (Lidui).
Regularizar centro e Yangming: 36 E (Zusanli), 12 RM (Zhongwan) e 14 IG
(Hegu).
Regular o movimento: 40 E (Fenglong), 3 BP (Taibai), 4 BP (Gongsun) e 42 E
(Chongyang).
Regular a Unidade: 12 RM (Zhongwan) e 21 B (Weishu).
Etiologia
Excesso de calor no E por justaposição com um factor emocional.
Invasão do calor no E.
Ingestão de alimentos de natureza picante e quente.
Clínica
Inchaço abdominal.
Sono agitado.
Hálito, com sensação de sabor amargo na boca.
Bulimia.
Sede com desejo de beber bebidas frias.
Aversão ao calor, algumas vezes febre e sensação de calor precordial.
Prisão de ventre, se o calor afecta também o IG.
Pode produzir-se uma síndrome de refluxo (Qinihujiao) com vómitos pós-
prandiais e náuseas persistentes.
Pulso pleno e rápido.
Língua vermelha com saburra espessa e amarela.
Tratamento
Abrir Yinwei: 6 MC (Neiguan).
Purificar o calor: 4 IG (Hegu), 11 IG (Quchi) e 14 DM (Dazhui).
Regular o Centro e o Yangming: 36 E (Zusanli) e 12 RM (Zhongwan).
Esfriar o E: 44 E (Neiting).
Sedar o Yang de E: 21 B (Weishu).
Sangrado 12 e 13 PC. Jinjin Yuye (EXHN 12 e 13).
609
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Excessivo e persistente calor no E, combinado com fortes emoções, stress,
alimentos excitantes, etc.
Clínica
Sinais de calor mais:
• Gastralgia com desejo de bebidas frias e secura de boca.
• Ardor gástrico, azia e mau hálito.
• Polifagia.
• Regurgitação ácida.
• Urina escassa e amarelada.
• Pulso rápido.
Etiologia
Calor de E que se eleva à cara.
Clínica
Igual a Wei Zhong Re, mais:
• Halitose.
• Aftas bocais e labiais.
• Gengivites, estomatites e cáries.
• Sinusites.
• Irritabilidade.
• Desmaio ou delírio.
610
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento
Igual Wei Zhong Re.
Abrir com Yinquiaomai: 6 R (Zhaohai).
Pontos cefálicos relacionados com o Yangming: 20 IG (Yingxiang), 3 E
(Zusanli), 6 E (Jiache) e 18 ID (Quanliao).
Etiologia
Calor crónico no E (hiperactividade gástrica).
Excessivo stress.
Dieta excessivamente Yang.
Clínica
Em geral, como uma síndrome de calor em E (Wéire).
Digestão rápida dos alimentos.
Fome pouco tempo depois de comer.
Emagrecimento.
Hipertermia.
Língua vermelha com saburra amarela.
Tratamento
Igual Wei Zhong Re.
Insistir no estímulo dos Mu de E, ID e IG: 12 RM (Zhongwan), 4RM
(Guanyuan) e 25 B (Dachangshu); e na dispersão dos Shu: 21 B (Weishu), 27 B
(Xiachangshu) e 25 B (Dachangshu).
Etiologia
Ingestão excessiva ou intemperança na comida.
Clínica
Distensão e plenitude do epigastro.
Gastralgia pós- prandial.
Aversão à comida.
Regurgitação ácida, arrotos.
Vómitos ácidos e com cheiro.
611
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Transtornos a defecar.
Pulso escorregadio.
Saburra grossa e pegajosa.
Tratamento
Regular o Centro e o Yangming: 4 IG (Hegu), 12 RM (Zhongwan) e 36 E
(Zuzanli).
Regular a U.E. estimulando o Shu: 21 B (Weishu).
Tonificar o E: 41 E (Jiexi).
No estancamento crónico:
• Vomificación
• Abrir com Yinweimai: 6 MC (Neiguan).
Fórmula Lin Shi Shang: 11 RM (Jianli), 40 E (Fenglong), 45 E (Lidui), 4 BP
(Gongsun), 20 R (Futonggu), 34 VB (Yanglingquan) e 18 RM (Yutang).
612
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
vómitos depois de comer e dispepsia crónica em casos graves; borborigmos, se afecta os intestinos;
pulso profundo e sem força, língua pálida com saburra branca e escorregadia.
Tratamento: Recuperar o Yang e expulsar o frio. Moxar E e TA Médio: 41 E e 12 RM, 20 B e 21 B. Regular
Yangming: 4 IG e 36 E. Dispersar o frio: moxar 60 B, 8 RM e 6 RM. Em caso de obstrução de E: utilizar 34 E.
Pode-se considerar a moxação dos pontos 13 RM e 10 RM.
SÍNDROME DE REFLUXO OU O QI DE ESTÔMAGO NÃO DESCE (Wei Qi Bu Jinag) (Wei Shi He Jiang)
(Wei Xie Qi Ji)
Clínica: Vómito imediato ante qualquer tipo de ingestão ou facilidade de vómitos ácidos, dispepsias
rebeldes e aversão à comida, arrotos com odor a comida, dor do epigastro que desaparece depois do
vómito, acidez, temor ao frio, meteorismo, anorexia, hipersialorreia, pulso escorregadio e língua com
saburra grossa e viscosa.
Tratamento: Abrir Yinweimai: 6 MC. Raiz -arrasto de Yangming: 5 IG e 45 E. Estimulação do Shu-Mu de E:
21 B e 12 RM. Regular o estômago e o Yangming: 4 IG e 36 E. Se as fleumas se tornam persistentes e não
evoluem: Vomificação desbloquear (Xi) e metabolizar fleumas: 6 MC, 34 E, 40 E e 3 BP.
SÍNDROME DE SUBIDA DO CALOR DE E (Wei Re Yang Sheng ou Wei Huo Shang Sheng)
Clínica: Igual a Wei Zong Re, mais: hálito, aftas bocais e labiais, gengivites, estomatites e cáries, sinusites,
irritabilidade e desmaio ou delírio.
Tratamento: Igual a Wei Zong Re. Insistir no estímulo do Mu de E, ID e IG: 12 RM, 4 RM e 25 B; na
dispersão dos Shu: 21 B, 27 B e 25 B.
SÍNDROME DE ESTANCAMENTO DE ALIMENTOS NO E (Shi Zhi Wei Wan)
Clínica: Distensão e plenitude epigástrica, gastralgia pós-prandial, aversão à comida, regurgitação ácida,
arrotos, vómitos ácidos e com cheiro, transtornos na defecação, pulso escorregadio e saburra grossa e
pegajosa.
Tratamento: Regular o Centro e o Yangming: 4 IG, 12 RM e 36 E. Regular a U.E. estimulando Shu: 21 B.
Tonificar o E 41 E. No estancamento crónico: Vomificação. Abrir com Yinweimai: 6 MC. Formula Lin Shi
Shang: 11 RM, 40 E, 45 E, 4 BP, 20 R, 34 VB e 18 RM.
613
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Alterações metabólicas (E-BP).
Intemperança nas comidas.
Esgotamento psicofísico.
Diarreia prolongada.
Alimentos que lesionam o BP.
Transtornos internos, sobretudo o F e C.
Clínica
Plenitude abdominal, meteorismo, anorexia, vómitos e náuseas.
Sensação de frio e humidade nos quatro membros.
Tez pálida e amarelada.
Astenia e psicastenia com problemas de concentração.
Diarreia pós-prandial e fezes macias.
Digestão lenta e aerogastria.
Tendência ao prolapso.
Sinais pulmonares como dispneia, pele seca, etc., em estado evoluído.
Depressão, debilidade e ansiedade.
Saburra pálida e esbranquiçada.
Tratamento
Abrir Yinweimai: 6 MC (Neiguan) e fechar com 4 BP (Gongsun).
Regular o Centro: 36 E (Zusanli) e 12 RM (Zhongwan).
Regular o baço: 20 B (Pishu) estimulado e 13 F (Zhangmen).
Tonificar o BP e o estômago: 2 BP (Dadu) e 41 E (Jiexi).
Sedar o Yang do F: 18 B (Ganshu) e 2 F (Xingjian).
614
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica
Astenia
Voz sem força e respiração fraca.
Dispneia de esforço e respiração superficial e fraca.
Tez amarelada, sem brilho.
Distensão abdominal e dor aliviada por pressão com meteorismo e incremento
depois da comida.
Anorexia.
Fezes macias, diarreia.
Frigidez e lassitude nos quatro membros.
Edema facial.
Emagrecimento.
Lábios secos.
Fleumas abundantes.
Clinomania (o doente deseja estar encostado na cama ou na posição de
decúbito).
Pulso fraco.
Língua pálida com saburra branca.
Diagnóstico ocidental
Úlcera gástrica e duodenal, disenteria crónica, anemia, dispepsia nervosa,
hepatite.
Etiologia
Cronicidade de um Piqixu ou Piyangxu
Clínica
Caracteriza-se por ptose e prolapso.
Enjoo, vertigem e palidez facial.
Voz fraca.
Dispneia.
Astenia e lassitude.
Sudoração espontânea.
Anorexia.
Distensão abdominal depois de comer.
Peso no epigastro.
Hemorróides.
Tendência a padecer de hemorragias diversas.
Tenesmo rectal.
Ptose renal, gástrica, etc.
Prolapso rectal e uterino.
Poliúria e incontinência.
Pulso fraco, débil e profundo.
Língua pálida com saburra branca.
Tratamento
Igual ao Piqixu.
Moxação: 13 F. (Zhangmen) e 12 RM. ((Zhongwan).
Tonificação do C: 9 C. (Shaochong).
Tonificar a energia: 4 DM. (Mingmen), 23 B. (Shénshu) e 6 RM. (Qihai).
Etiologia.
Deficiência de energia do BP. e do E.
Ingestão excessiva de alimentos frios e crus ou de medicamentos de natureza
fria, que lesionam o Yang do BP.
Clínica.
Distensão abdominal e dor que se alivia com a pressão e o calor, meteorismo.
Anorexia.
Astenia generalizada.
616
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Leucorréia aquosa.
Pulso profundo, fraco e lento.
Língua pálida e inchada com saburra branca e escorregadia.
Diagnóstico ocidental
Doenças gástricas crónicas, enterite, disenteria, etc.
Etiologia
Alterações na recepção e transformação do estômago.
Excessiva ansiedade ou preocupação.
Intemperança alimentar.
Alterações internas: Zang-Fu (órgão-viscera) ou Wu Xing (cinco movimentos).
Clínica
Anorexia.
Distensão gástrica depois de comer.
Lábios e boca ressequidos.
Gastralgia.
Polidipsia.
Astenia.
Prisão de ventre.
Emagrecimento.
Perda de paladar (ageusia).
617
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento
Abrir Yinweimai: 6 MC (Neiguan).
Regular o Centro e o Yangming: 4 IG (Hegu), 36 E (Zusanli) e 12 RM
(Zhongwan).
Estimular o Yin de BP: 13 F (Zhangmen), 9 BP (Yinlingquan) e 6 BP
(Sanyinjiao).
Clínica
Sinais gerais de vazio do Qi e de Yang BP.
Hemorragias frequentes com epistáxis, metrorragia, menstruações abundantes,
etc.
Fragilidade capilar subdérmica.
Hematêmese.
Pulso filiforme.
Língua pálida.
Diagnóstico ocidental
Hemorróides sangrentas, hemofilia, púrpura, hemorragia uterina, etc.
618
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Vazio persistente do Qi de BP que afecta o P.
Clínica
Faces muito pálidas.
Frio nas extremidades.
Tosse com muita expectoração.
Anorexia.
Falta de respiração e astenia.
Emagrecimento.
Tristeza e medo.
Propensão à tuberculose e à bronquite crónica.
Língua pálida e saburra esbranquiçada.
Pulso fraco e filiforme.
Tratamento
Igual a síndrome Piqixu.
Tonificar o P: 9 P (Taiyuan).
Tonificar a energia: 4 DM (Mingmen), 23 B (Shenshu), 6 RM (Qihai), 12 RM
(Zhongwan), 17 RM (Changzhong) e 36 E (Zusanli).
DEFICIÊNCIA CRÓNICA DO ZHONGJIAO OU JIAO-MEDIO (E-BP) (Zhong Yang Bu Zhen
ou Zhong Qi Bu Zu) OU FRIO CRÓNICO DE BP-E (Pi Wei Xu Han)
Etiologia
619
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica
Sinais clássicos de vazio do Qi de BP e E.
Dores abdominais surdas que melhoram com o calor.
Indigestão e dispepsia com distensão abdominal.
Disenteria crónica.
Vómitos.
Poliúria.
Etiologia:
Insuficiência na função homeostática do E.
Insuficiência da raiz Yin de BP.
Clínica
Sinais de insuficiência do Yin de BP.
Oligúria.
Sensação de plenitude no tórax, abdómen e cabeça.
Náuseas e vómitos frequentes.
620
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Perda de apetite.
Desejo de bebidas quentes.
Fezes aquosas.
Lassitude muscular, tendinosa e articular.
Erupções vesiculares com líquido fluido.
Pulso escorregadio e rugoso.
Saburra grossa, esbranquiçada e pegajosa.
Diagnóstico ocidental
Gastroenterite crónica, disenteria crónica, hepatite crónica.
Etiologia
Plenitude -calor de BP.
Acumulação de humidade.
Obstrução por fleumas.
Clínica
Ventre tenso, débil e doloroso, sobretudo depois de comer.
Sensação de peso no corpo.
Reumatismo humidade (artralgias).
Prisão de ventre e fezes com cheiro.
Disúria com urina amarelada - vermelha.
Pressão torácica.
Lábios muito vermelhos, sabor doce na boca e muita saliva.
Sensação de fome.
Fobias e pesadelos.
Pulso profundo e escorregadio.
Saburra seca e amarela.
621
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento
Tonificar BP: 2 BP (Dadu).
Regular o Centro: 12 RM (Zhongwan) e 36 E (Zusanli).
Regular o BP: 20 B (Pishu) e 13 F (Zhangmen).
Metabolizar as fleumas: 40 E (Fenglong) e 3 BP (Taibai).
Etiologia
Ingestão de bebidas frias ou de alimentos crus.
Habitat húmido.
Molhadelas
Excesso contínuo de humidade no interior do corpo.
Falta de fogo vital do E.
Clínica
Distensão e sensação de pressão e dor no epigastro.
Regurgitação, náuseas.
Diarreia.
Dispepsia.
Ausência de fome e sede.
Falta de paladar.
Membros frios.
Sensação de peso na cabeça e no corpo.
Edema.
Tez amarelada escura e opaca.
Urina escassa.
Pulso profundo e lento.
Língua grossa com saburra branca e pegajosa.
Tratamento
Moxar o TA Médio: 12 RM (Zhonwan) e 22 B (Sanjiaoshu).
Regular o Centro: 36 E (Zusanli) e 4 IG (Hegu).
Moxar o ponto secura de BP: 5 BP (Shagqiu).
Moxar o fogo vital: 4 DM (Mingmen), 23 B (Shenshu) e 6 RM (Qihai).
Etiologia
622
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica
Sensação de plenitude e pressão epigastrica, acompanhada, algumas vezes de
dor surda que se incrementa com apalpação.
Sede sem desejo de beber.
Sensação de obstrução na garganta como ameixa óssea.
Apetite escasso e digestão difícil.
Náuseas, vómitos ácidos e amargos e rejeição de alimentos gordos.
Sensação de peso na cabeça e em todo o corpo.
Eczema e furunculose.
Sensação de boca gorda e viscosa, acompanhada, algumas vezes de sabor doce
ou amargo.
Diagnóstico ocidental
Inflamação gástrica aguda, cirrose, colecistite e hepatopatias agudas.
623
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Cronicidade de uma síndrome de deficiência do BP. que estanca a humidade
(Pixushikun)
Excessiva humidade exógena e dieta doce, húmida e fria (refrigerada).
Clínica
Dilatação abdominal, meteorismo.
Vertigem, enjoo e sensação de cabeça vazia.
Manifestações de fleumas diversas: obesidade, celulite, leucorreia, sialorréia,
mucosidade abundante, etc.
Clínica: Plenitude abdominal, meteorismo, anorexia, vómitos e náuseas, sensação de frio e humidade nos
quatro membros, tez pálida amarelada, astenia e psicoastenia com problemas de concentração, diarreia pós-
prandeal e fezes macias, digestão lenta e aerogastria, tendência para prolapso, sinais pulmonares como
dispneia, pele seca,etc.em estado de evolução, depressão, debilidade e ansiedade e saburra pálida e
esbranquiçada.
Tratamento: Reforçar o BP. Abrir Yinweimai: 6 MC e fechar com 4 BP. Regular o Centro: 36 E e 12 RM.
Regular o baço: 20 B estimulado e 13 F. Tonificar o BP e o estômago: 2 BP e 41 E. Sedar o Yang do F: 18 B e 2 F.
fezes macias, diarreia, frialdade e lassitude nos quatro membros, edema facial, emagrecimento, lábios secos,
secreções abundantes, clinomania ( o doente deseja estar encostado na cama ou na posição de decúbito), pulso
fraco e língua pálida com saburra branca.
Tratamento: Reforçar o BP e aquecer o Centro. Igual a Pi Xu com moxação do Centro. Luo-. Yuan de E a BP:
40 E e 3 BP. Estimular 6 BP reunião dos três Yinzu. Moxar 6 RM e os Shu do dorso de E e BP: 21 B e 20 B.
Algumas vezes moxar 8 RM e 10 RM.
Clínica: Distensão abdominal e dor que se alivia com a pressão e o calor, meteorismo, anorexia, astenia
generalizada, diarreia com alimentos pouco digeridos, edema nos membros, tez pálida, falta de paladar na
boca, membros frios, sensibilidade ao frio, agravamento pelo frio, cansaço muscular, dificuldade urinária,
leucorreia aquosa, pulso profundo, fino e lento e língua pálida e inchada saburra branca e escorregadia.
Tratamento: Reforçar o BP e reconstruir o Yang. Igual a Piqixu. Moxação: 20 B, 2 BP e 12 RM. Em caso de
diarreia moxar 34 E e 13 F. Em caso de dispepsia grave estimular 25 E e 11 RM.
Clínica: Anorexia, distensão gástrica depois de comer, lábios e boca ressequidos, gastralgia, polidipsia,
astenia, prisão de ventre, emagrecimento, perda do paladar (ageusia), língua roxa sem saburra e pulso fino e
rápido.
Tratamento: Hidratar e nutrir o Yin de BP. Abrir o Yinweimai: 6 MC. Regular o Centro e o Yangming: 4 IG, 36
E e 12 RM. Estimular o Yin de BP: 13 F, 9 BP e 6 BP. Sedar o Yang de TR. Médio: 20 B e 21 B. Estimular 61 PC e
62 PC.
Clínica: Faces muito pálidas, frialdade nas extremidades, tosse com muito expectoração, anorexia, falta de
alimento, astenia,
emagrecimento, tristeza e medo,propensão a tuberculose e bronquite crónica, língua pálida e saburra
esbranquiçada e pulso débil e filiforme.
Tratamento: Igual à síndrome Piqixu. Tonificar o Pulmão: 9 P. Tonificar a energia: 4 DM, 23B, 6 RM, 12 RM, 17
RM e 36 E.
Clínica: Sinais clássicos de vazio do Qi de BP e E, dores abdominais surdas que melhoram com o calor,
indigestão e dispepsia com distensão abdominal, desinteria crónica, vómitos, poliúria, sinais que se agravam
com o frio ou qualquer gasto de energia, sensação de sonolência e lassitude, extremidades frias, língua pálida
com saburra branca, pulso profundo e lento.
Tratamento: Aquecer o Centro e expulsar o frio. Vazio do Qi, de E e BP. Calorificação (Ver as oito técnicas
terapêuticas). Moxação frequente do abdómen. Fórmula de Lin Shi Shan: moxação de 20 B, 13 F, 3 BP, 2 BP e 4
BP.
DEFICIÊNCIA DO QI DO BP QUE ESTANCA A HUMIDADE (Pi Xu Shi Kun) E PRODUZ EDEMA (Pi Xu
Shui Zhong)
Clínica: Sinais de insuficiência do Yin de BP, oligúria; sensação de plenitude no tórax, abdómen e cabeça;
estado com náuseas e vómitos frequentes, perda de apetite, desejo de bebidas quentes, fezes aquosas;
lassitude muscular, tendinosa e articular; erupções vesiculares com líquido fluido, pulso escorregadio e
rugoso e saburra grossa, esbranquiçada e pegajosa.
Tratamento: Reforçar BP e fazer circular a água. Regular o Centro e o Yangming: 12 RM, 36 E e 4 IG. Tonificar
o BP e o E: 2 BP e 41 E. Estimular os Shu do dorso de E e BP: 21 B e 20 B. Fazer circular a água: 4 RM 9 RM e 23
B. Em casos crónicos graves: punturar e moxar 6 RM, 22 B e 23 B.
SÍNDROME DE PLENITUDE GERAL DE BP (Pi Shi)
Clínica: Ventre tenso, débil e doloroso, sobretudo depois de comer; sensação de peso no corpo, reumatismo
humidade (artralgias), distensão e pressão epigastrica, prisão de ventre e fezes com cheiro, disúria com urina
amarela avermelhada, pressão torácica, lábios roxos em excesso, sabor doce na boca e hiper-salivação,
sensação de fome, fobias e pesadelos, pulso profundo e escorregadio e saburra seca e amarela.
Tratamento: Tonificar BP: 2 BP. Regular o Centro: 12 RM e 36 E. Regular o BP: 20 B e 13 F. Metabolizar as
secreções: 40 E e 3 BP.
Clínica: Distensão e sensação de pressão e dor no epigastro, regurgitação, náuseas, diarreia, dispepsia,
ausência de fome e de sede, falta de paladar, membros frios, sensação de peso na cabeça e no corpo, edema,
tez amarelada escura e opaca, urina escassa, pulso profundo e lento e língua grossa com saburra branca e
pegajosa.
Tramento: Moxar o TR Médio: 12 RM e 23 B. Regular o Centro: 36 E e 4 IG. Moxar o ponto secura de BP: 5 BP.
Moxar o fogo vital: 4 DM, 23 B e 6 RM.
Clínica: Sensação de plenitude e pressão epigastrica, acompanhada, algumas vezes dor surda que aumenta
com apalpação; sede sem desejo de beber; sensação de obstrução na garganta como óssea com ameixa, apetite
escasso e digestão difícil, náuseas, vómitos ácidos e amargos e rejeição aos alimentos gordos; sensação de peso
na cabeça e em todo o corpo; eczema e furunculose; sensação de boca gordurosa e viscosa, acompanhada,
626
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
algumas vezes, de sabor doce ou amargo; febre intermitente, que não se alivia com sudação; urina escassa,
avermelhada e com dificuldade; fezes líquidas com presença de fleumas ou fezes secas e nauseabundas; tez,
olhos e pele de cor amarela alaranjada (icterícia); calor latente; pulso fraco e rápido, língua vermelha com
saburra amarela e pegajosa.
Tratamento: Eliminar a humidade e o calor. Abrir Tchongmai: 4 BP. Regular o Centro e o Yangming: 12 RM, 36
E e 4 IG. Purificar calor: 4 IG, 11 IG e 14 DM. Estimular o Yin de BP: 13 F e sedar o Yang de BP e E: 20 B e 21 B.
Estimular os pontos, frio e secura de BP: 9 BP, 6 BP e 5 BP. Sedar o Yang de F: 18 B e 8 F ou 2 F. Fórmula de Lin
Shi Shan: 34 VB, 8 BP, 2 F, 6 MC e 25 E.
Clínica: Dilatação abdominal, meteorismo, vertigem, enjoo e sensação de cabeça vazia, manifestações de
diversas fleumas, obesidade, celulite, leucorreia, sialorreia, mucosidade abundante, etc.,; se a secreção sobe ao
P: tosse com fleumas abundantes, bronquite, incluindo asma obstrutiva; se a fleuma afecta o C: estados
maníaco-depressivos; se a fleuma ascende a MC: epilepsia; se a fleuma ascende à cabeça: vertigem, enjoo,
obstrução nos ouvidos, nariz, etc., edema, pulso pleno e escorregadio e língua espessa e branca.
Tratamento: Aquecer o Centro, eliminar a humidade e reforçar o BP. Regular o Centro e o Yangming: 12 RM,
36 E e 4 IG. Metabolizar as secreções: 40 E e 3 BP. Regular o BP: 13 F e 20 B. Moxar o fogo e a secura de BP: 2
BP, 5 BP e 20 B. Aquecimento interno (ver as oito regras terapêuticas). Moxar 8 RM e 41 E. Fórmula Lin Shi
Shan: 9 RM; 9 BP, 15 BP, 8 F, 7 RM e 25 E.
(Fei - Dachang)
627
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
628
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Sintomas gerais
Vazio do Qi de P (Feiqixu)
Vazio do Yin de P (Feiyinxu)
Etiologia
Transtornos crónicos do pulmão (asma, tosse, etc.) que chegam a esgotar a sua
energia.
Insuficiência da produção de energia por transtornos internos do tipo
dietético - emocional.
629
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Frequentes suspiros.
Respiração curta e superficial.
Frio no corpo.
Aversão ao frio e ao vento.
Pele seca.
Cabelo fraco com tendência a cair.
Pulso fino e vazio.
Língua pálida saburra esbranquiçada.
Diagnóstico ocidental*
Regular a pentacoordenação.
Fortalecer a defesa externa: 5 TA (Waiguan)
Tonificar o pulmão: 9 P (Taiyuan)
Estimular a energia: 36 E (Zusanli), 6 RM (Qihai), 4 DM (Mingmen), 4 IG (Hegu)
e 17 RM (Shanzhong).
Regular a Unidade: 13 B (Feishu) e 1 P (Zongfu). Somar 43 B.
VAZIO DO YIN DO PULMÃO (Fei Yin Xu)
Etiologia
Cansaço excessivo.
Tosse prolongada.
Secura por calor excessivo e crónico.
Insuficiência do Yang de BP no transporte, insuficiência do R – Yin, plenitude do
Yang de C e F.
Clínica
Rubor malar.
Calor no tórax, palma das mãos e planta dos pés.
Sudoração nocturna.
Febrícula vespertina.
Secura na boca e na garganta.
Temor e agravamento por calor.
Agitação ansiosa.
Dispneia.
Tosse seca.
14
630630630
14
*Por aproximação ou similitude
630
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Regular a pentacoordenação.
Estimular o Yin: 3 R (Taixi), 6 BP (Sanyinjiao) e 7 R (Fuliu).
Humedecer o P: 9 P (Taiyuan).
Acalmar o fogo: 15 B (Xinshu), 7 C (Shemen) e 2 F (Xingjian).
Purificar o calor: 4 IG (Hegu), 11 IG (Quchi) e 14 DM (Dazhui).
Sedar o Yang de P 13 B (Feishu) e 10 P (Yuji)
Sintomas gerais
Congestão torácica.
Tosse com pieira e seca, asma com dispneia com possíveis hemoptises.
Frequentes bocejos, espirros e rouquidão.
Dor e/ou calor no ombro e zona dorsal alta.
Calor nas mãos e sudação.
Frequência urinária.
Estado agitado, ansioso e excitado, tendência a hipertensão e insónia.
Possíveis vómitos e quadros diarreicos intermitentes.
Pulso pleno.
Síndromes específicas
15
631631631
15
*Por aproximação ou similitude
631
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Agente climatológico muito activo (Wei Xie Shi).
Diminuição da capacidade defensiva (Zheng Xu).
Mudança climática ou geográfica rápida. (Shi Qi Buzheng Sishi).
Clínica.
Tosse.
Febre.
Irritação faríngea.
Sede.
Astenia e sensação de extremidades pesadas.
Ponta e bordos da língua vermelhos.
Pulso rápido e superficial.
Tratamento.
Se há frio: Sudoração -Liberação 7 P. (Liequé), 4 IG(Hegu) e 14DM. (Dazhui).
Se há calor: Sudoração -Purificação 4 IG. (Hegu), 11 IG.(Quchi) e 14 DM. (Dazhui).
Se há vento combinado: 12 B (Fengmen), 20 VB (Fengchi) e 16 DM.(Fengfu)
632
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Saburra branca.
Pulso tenso e superficial.
Diagnóstico diferencial.
Resfriado comum, bronquite aguda.
633
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Diagnóstico ocidental
Resfriado comum, bronquite, pneumonia, abcesso pulmonar, amigdalite, etc.
Clínica.
Tosse persistente com pouco escarro pegajoso ou com escarro espumoso branco,
inclusive hemoptóico.
Secura no nariz e garganta.
Sede.
Dor torácica ao tossir.
Rouquidão e faringite.
Febre.
Aversão ao vento e ao frio.
Cefaleia.
Pulso filiforme e rápido.
Língua seca com pouca saburra e pouca saliva.
Diagnóstico ocidental.
Igual que em Fei Re mas mais evoluído.
634
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Tosse potente e forte.
Mucosidade abundante, branca e fluida.
Dispneia e inclusive asma com roncos e fleuma abundante.
Sensação de opressão torácica.
Língua pálida com saburra espessa e branca.
Pulso rugoso.
Diagnóstico ocidental.
Bronquite ou asma brônquica.
Clínica.
Tosse.
Febre.
Respiração ruidosa e rápida “roncos” e “sibilâncias”.
Plenitude e opressão torácica.
Escarro denso, purulento e inclusive hemoptóico.
635
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Dor no hipocôndrio.
Língua vermelha com saburra amarela.
Pulso resvaladiço e rápido.
Tratamento.
Desbloquear o P., estimular o P. Yin e purificar o calor: 6 P.(Kongzui), 1 P(Zongfu), 5 P
(Chizé), 4 IG (Hegu), 11 IG (Quchi) e 14 DM (Dazhui).
Anti-fleumas.
Clínica.
Hemoptise intensa e grave.
Febre.
Tez vermelha.
Língua vermelha e amarela.
Pulso resvaladiço e rápido.
Tratamento.
Abrir Yinweimai, purificar o calor, tonificar o frio e o Yin do P., sedar o fogo
ministerial: 6 MC. (Neiguan), 4 IG (Hegu), 11 IG. (Quchi), 5 P.(Chize), 1 P.(Zhongfu), 38
VB (Yangfu) e 2 F. (Xingjian).
Clínica.
Tosse persistente.
Escarro abundante.
636
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Bronquite.
Anúria.
Edema.
Opressão torácica.
Pulso brando e amplo.
Língua pálida e saburra húmida.
Em caso persistente asma, tuberculose, etc.
Tratamento.
637
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica: Tosse, dispneia, rouquidão súbita, cefaleia, expectoração fluida e branca, obstrução nasal com
rinorreia clara e espirros, febrícula ou febre ligeira e calafrios, ausência de sede, temor ao frio, membros
frios, saburra branca e pulso tenso e superficial.
Tratamento: Abrir Yangweimai: 5 TR. Liberar o vento do P.: 11P., 12B., 16 DM. e 20VB. Sudoração - Purificação:
4 IG. e 7 P. Neutralizar o frio do P.: moxar 10 P. e 13 B. Neutralizar o frio em Taiyang: moxar 60 B. Reunião
de meridianos 20DM. e 36 E. Descongestionar o tórax: 22RM.
B.III) ATAQUE DE CALOR AO PULMÃO (Fei Re).
Clinica: Tosse asmática, respiração estertorosa imita ruído da água a ferver), muco amarelo e espesso, febre
com ligeiros calafrios, sede e sudorese, nariz e garganta dolorosa , inflamada, irritada e seca, tez vermelha,
rubor malar, urina escassa e vermelha, obstipação , dor torácica, asma e hemoptises em casos graves, às
vezes escarros purulentos com sangue e odor fétido a peixe, pulso rápido e escorregadio e língua
vermelha com saburra espessa e amarela.
Tratamento: Abrir o Yangweimai : 5 TA. Purificar o calor: 4 IG., 11 IG., e 14 DM. Dar frio ao P.: 5 P. Acalmar a
tosse: 22 RM., 6 P. e 13 B.
B.IV) SÍNDROME PLENITUDE SECURA-FOGO DO P. (Zao Huo Shang Fei)
Clínica: Tosse persistente com pouco escarro pegajoso ou com escarro branco espumoso, inclusive
hemoptóico, secura no nariz e garganta, sede, dor torácica ao tossir, rouquidão e faringite, febre, aversão
ao vento e ao frio, cefaleia, pulso filiforme e rápido e língua seca com pouca saburra e pouca saliva.
Tratamento: Abrir Yinqiao : 6 R. Purificar o calor : 4 IG., 11 IG. e 14 DM. Humedecer o P.: 9 P e 3 BP. Tonificar
R-Yin: 3 R. e 10R. Sedar o Yang do P.: 13 B. Refrescar o P.:5 P.
C) SÍNDROMES DE OBSTRUÇÃO DE FLEUMAS DO P. (Zu Fei)
C.I) SÍNDROME DE UMIDADE-FLEUMAS DO P.(Tan Shi Zu fei)
Clínica: Tosse potente e forte, muco abundante, branco e fluido, dispneia inclusive asma com roncos e fleuma
abundante, sensação de opressão torácica, língua pálida com saburra espessa e branca e pulso rugoso.
Tratamento: Desbloquear o P.: 6 P como ponto Xi. Secar a Humidade e eliminar as fleumas: 8 P., 40 E. e 3 BP.
Dissolver a humidade: 9 BP., 12 RM. e 36 E. Regular o P.: 1 P. e 13 B. Tonificar a energia de TA sup.: 17
RM., e inf.: 6 RM.
C.II) SÍNDROME FLEUMA CALOR DO P. (Tan Re Zu Fei)
Clínica: Tosse, febre, respiração ruidosa e rápida “roncos” e “sibilâncias”, plenitude e opressão torácica,
escarro denso, purulento e inclusive hemoptóico, dor no hipocôndrio, língua vermelha com saburra
amarela e pulso resvaladiço e rápido.
Tratamento: Desbloquear o P., estimular o P.-Yin e purificar o calor: 6 P.,1 P., 5 P., 4 IG., 11 IG., e 14 DM. Anti-
fleumas.
C.III) SÍNDROME DE JUSTAPOSIÇÃO DO CALOR DO P. (Re Shang Fei Luo)
Clínica: Hemoptise intensa e grave, febre, tez vermelha, língua vermelha e amarela e pulso resvaladiço e
rápido.
Tratamento: Abrir Yinweimai , purificar o calor, tonificar o frio e o Yin do P., sedar o fogo ministerial: 6 MC., 4
IG., 11 IG., 5 P., 1 P., 38 VB., e 2 F.
C.IV) SÍNDROME DE NÃO DESCIDA DO P. (Xie Qi Ji Fei)
Clínica: Tosse persistente, escarros abundantes, bronquite, anúria, edema, opressão torácica, pulso brando e
amplo, língua pálida e saburra húmida e em casos persistentes asma, tuberculose, etc.
Tratamento: Desbloquear, tonificar, estimular o P.-Yang e regular o BP.: 6 P., 9 P., 13 B., 13 F., 21 B. e 36 E.
638
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Prolapso rectal.
Indigestão.
Fezes claras com resíduos de alimentos e não fétidas.
Borborigmos.
Atonia intestinal.
Membros frios.
Língua esbranquiçada, húmida e sem saburra.
Pulso fino e galopante.
Tratamento.
Tonificar o BP., regular o Yangming, regular a U.E., estimulando o Yang, utilizar Roé e
reunião de energias do TA. Inferior: 2 BP. (Dadu), 36E. (Zusanli), 4 IG. (Hegu), 25
E.(Tianshu), 25 B. (Dachungshu), 39 B (Weiyang) e 6 RM. (Qihai).
Clínica.
Fezes líquidas frequentes.
Anorexia.
Prolapso rectal.
Membros frios.
Poliúria com urina clara.
Lumbago.
Meteorismo, timpanite, e dor tipo cólica.
Saburra branca e delgada.
Pulso profundo e filiforme.
639
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Moxar o Centro e o Yangming: 36 E. (Zusanli), 12 RM. (Zhongwan) e 4 IG. (Hegu).
Estimular e moxar o Qihai ( 6 RM).
Estimular e moxar o Shu do dorso e o Jing-rio(King-calor) do IG.: 25 B. (Dachangshu) e 5
IG. (Yangxi).
Segundo Lin Shi Shan pode-se moxar: 11 IG. (Quchi), 20 DM. (Bahui) e 1 DM.
(Changqian).
Clínica.
Aos sinais de Dachang Xu Han juntam-se:
Violentas dores abdominais (cólicas frias).
Prisão de ventre.
Ageusia.
Tratamento.
Moxar e estimular o centro e o Yangming: 36 E. (Zusanli), 12 RM. (Zongwan) e 4 IG.(
Hegu).
Moxar e estimular o Shu-Mu do IG.: 25 E (Tianshu) e 25 B. (Dachangshu).
Estimular o Roé do TA. E Luo de grupo do Yin: 39 B. (Waiyang) e 6 BP. (Sanyinjiao).
Estimular e moxar o mar da energia do TA. Inferior e o Roé de IG.: 6 RM.(Qihai) e 37 E.
(Shanjuxu).
Moxar o Rim Yang: 4 DM (Mingmen) e 23 B. (Shenshu).
Moxar o fogo do IG.: 5 IG. (Yangxi).
SÍNDROME DE INSUFICIÊNCIA DE LÍQUIDOS NO IG. (Dachang Ye Kui)
Etiologia.
Insuficiência do R.-Yin.
Processo febril persistente.
Vazio do Xue.
Hemorragias.
Insuficiência do Yin do E.
Calor – Secura -Fogo no IG.
640
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Prisão de ventre com dificuldade na defecação.
Astenia ou sensação de cansaço.
Anorexia e perda de peso.
Face vermelha.
Polaquiúria.
Calor na palma das mãos e planta dos pés.
Febrícula vespertina.
Secura da boca e garganta e halitose.
Ansiedade e tonturas.
Pulso fino.
Língua vermelha seca ou com saburra seca e amarelada.
Clínica.
Dor abdominal que se exacerba com a pressão.
Prisão de ventre e secura.
Timpanite movimentos intestinais.
Sede.
Pulso rápido.
Língua com saburra seca, espessa e amarelada.
641
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Regular o Centro e o Yangming: 4 IG. (Hegu), 36 E. (Zusanli) e 12 RM. (Zhongwan).
Regular o intestino: 25 B. (Dachangshu)e 25 E. (Tianshu).
Roé do IG.: 37 E. (Shangjuxu).
Clínica.
Prisão de ventre pertinaz.
Fezes secas e duras.
Dor abdominal, que não gosta de massagem, melhora com o frio.
Urina escassa e amarela.
Ardor anal.
Secura da boca e lábios.
Possíveis melenas e rectorragia.
Pulso rápido e deslizante.
Língua vermelha com saburra amarelada e gordurosa.
Pode progredir para apendicite em caso agudo.
642
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Dor abdominal com urgência para a defecção.
Diarreia fezes com pus e sangue.
Tenesmo.
Ardor no ânus.
Tez Vermelha.
Urina escassa e vermelha.
Febre e calafrios, às vezes.
Sede.
Frequentes enterites e disenteria.
Pulso rápido e deslizante.
Língua vermelha com saburra amarela e espessa.
643
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
vespertina, secura da boca e garganta e halitose, ansiedade e tonturas, pulso fino e língua
vermelha seca ou com saburra seca e amarelada.
Tratamento: Aumentar a produção de líquidos no IG. Humedecer IG: 11 IG. Regular Yangming e
Centro: 4 IG., 36 E. e 12 RM. Tonificar R.-Yin: 3R., 7R., 10R. e 25 VB. Tonificar o sangue: 6 BP., 10
BP e 17 B. Regular com Roé e Shu-Mu: 37 B.,25 B e 25 E. Estimular TA., 6 TA. Transfixiar o 15 BP
em direcção a baixo.
PLENITUDE GERAL DO IG. (Dachang Shi)
Clínica:: Dor abdominal que se exacerba com a pressão, obstipação, secura, timpanite e movimentos
intestinais, sede, pulso rápido e língua com saburra seca, espessa e amarelada.
Tratamento: Regular o Centro e o Yangming: 4 IG., 36 E. e 12 RM. Regular o intestino: 25 B. e 25 E. e
Roé de IG., 37 E.
SÍNDROME DE ACUMULAÇÃO DE CALOR NO IG. (Dachang Re Jie)
Clínica: Prisão de ventre pertinaz, fezes ressequidas e duras, dor abdominal, evita a massagem,
melhora com o frio, urina escassa e amarelada, ardor anal, secura nos lábios e boca,
possibilidade de melenas e rectorragia, pulso rápido e deslizante, língua vermelha com saburra
amarelada e gordurosa, pode progredir até apendicite em caso agudo.
Tratamento: Fazer circular a energia e eliminar as perversidades do IG. Purificar o calor: 4 IG., 11 IG
e 14 DM. Regular o Centro e Yangming: 4 IG., 12 RM. e 36 E. Estimular o frio-água de E. e IG.:
44 E e 2 IG. Hidratar o TA inferior: 4 RM., 9 RM., 25 E.,15 BP. e 6 BP. Roé do IG.; 37 E.
SÍNDROME DE ACUMULAÇÃO HUMIDADE-CALOR NO IG. (Dachang Shi Re).
Clínica: Dor abdominal com urgência na defecção, diarreia, fezes com pus e sangue, tenesmo, ardor
anal, face vermelha, urina escassa e vermelha, febre e calafrios, às vezes, sede, frequentes
enterites e disenteria, pulso rápido e deslizante e língua vermelha com saburra espessa e
amarelada.
Tratamento: Dispersar a fleuma e “tirá-la” do corpo. Eliminar a humidade: 1 IG e 45 E. Eliminar as
fleumas: 40 E e 3 BP. Regular o Centro e o Yangming: 4 IG., 36 E e 12 RM. Regular o IG: 25B e 25
E. Ponto de acção específico Roé: 37 E. Se persistir efectuar Purgação.
644
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
( Shén - Pangguan)
645
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
646
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Clínica.
647
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Polaquiúria. (gotas residuais após a micção).
Dor lombar e debilidade das pernas.
Enurese ou incontinência nos casos graves.
Saburra delgada e húmida.
Pulso profundo, lento e fino.
Diagnóstico Ocidental
Cistite.
Tratamento.
Igual à síndrome vazio com moxabustão, em especial, os pontos: 3 RM.(Zhongji), 28
B.(Pangguangshu), 23 B.(Shengshu), 6 RM. (Qihai), 60 B.(Kunlun) e fórmula de Ara.
Clínica.
Obstrução nasal.
Oligúria, urina turva muito colorida, às vezes, com ardor uretral.
Uretrite, cistite, prostatite, cálculos.
Polaquiúria, às vezes anúria espasmódica.
Fobia ao calor.
Furunculose crónica.
Insónia.
Raquialgia, cefaleia.
Erecções frequentes.
Endurecimento hipogástrico.
648
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Sinais de plenitude, mais:
• Abdomen inferior pleno e duro.
• Febre,
• Espasmos abdominais,
• Mania.
Tratamento.
Igual que na síndrome anterior.
Purificar o calor: 4 IG.(Hegu), 11 IG.(Quchi) e 14 DM.(Dazhui).
Se existe hematúria, dar especial importância a 10BP. (Xuehai) e 4 RM.(Guanyuan).
Se anúria ir a 7 P. (Lieque) e 4 RM.(Guanyuan).
Se disúria ir a 39 B.(Weiyang) e 2R.(Rangu).
649
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Polaquiúria.
Urgência para a micção, tenesmo vesical.
Dor e dificuldade ao urinar, às vezes hematúria.
Urina escura.
Sede.
Dor na região lombar.
Se a Humidade-Calor se retém durante muito tempo, podem formar-se cálculos.
Febre.
Língua vermelha com saburra gordurosa amarelada.
Pulso rápido e resvaladiço.
Tratamento.
Desbloquear com o Xi.: 63 B.(Jinmen).
Purificar o calor: 4 IG. (Hegu), 11 IG.(Quchi) e 14 DM.(Dazhui).
Secar a B.: 67 B.(Zhiyin).
Metabolizar fleumas: 40 E.(Fenglong) e 3BP. (Taibai) e regular o Centro: 12 RM.(Zhongwan)
e 36 E. (Zusanli).
Regular Xiajiao(TA inferior) 5 RM. (Shimen), 7 RM.(Yinjiao) e 22 B.(Sanjiaoshu).
Regular a B.: 3 RM.(Zhongji) e 28 B.(Pangguangshu).
Clínica: Sinais de plenitude mais: abdómen inferior pleno e duro, febre, espasmos abdominais, mania.
Tratamento: Igual que no síndrome anterior. Purificar o calor: 4 IG., 11 IG. e 14 DM. Na presença de
hematúria dar especial importância a 10 BP. e 4 RM. Se anúria ir a 7 P. e 4 RM. Se disúria ir a 39 B. e
2 R.
SÍNDROME DE ACUMULAÇÃO DE HUMIDADE-CALOR NA B. (Pangguang Shi Re)
Clínica: Polaquiúria, urgência para a micção, tenesmo vesical, dor e dificuldade ao urinar, às vezes
hematúria, urina escura, sede, dor na região lombar, se a humidade-calor é retida durante muito
tempo, podem formar-se cálculos, febre, língua vermelha com saburra gordurosa amarelada e
pulso rápido e resvaladiço.
Tratamento: Desbloquear com Xi.: 63 B. Purificar o calor: 4 IG., 11 IG. e 14 DM. Secar a B.: 67 B.
Metabolizar fleumas: 40 E. e 3 BP e regular o Centro: 12 RM. e 36 E. Regular Xiajiao (TA inferior): 5
RM., 7 RM. e 22 B. Regular a B.: 3 RM. e 28 B.
Clínica.
Insuficiência pulmonar: dispneia, tosse, etc.
Lassitude e fadiga.
Vertigem, tontura e zumbidos.
Lombalgia.
Insuficiência sexual, ejaculação precoce.
Amnesia.
Transtornos ósseos e articulares.
Cabelo liso, seco e sem brilho.
Ansiedade e medo.
Edemas.
651
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
No homem: escassez de sémen e esterilidade.
Na mulher: amenorreia e infertilidade.
Emissão involuntária ou incontinência urinária, enurese prolongada.
Perda auditiva e zumbidos, etc.
Poliúria nocturna.
Espermatorreia nocturna e também diurna.
Frialdade sexual.
Desenvolvimento lento em algumas ocasiões.
Diarreia matutina.
Baixa actividade intelectual, amnésia e entorpecimento.
Encerramento tardio das fontanelas.
Alterações ósseas.
Senelidade prematura, calvície.
Atrofia muscular nos membros inferiores.
Língua pálida e pulso fino e brando.
Diagnóstico ocidental.
Debilidade congénita.
652
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Debilidade e dor na região lombar.
Debilidade nos membros inferiores, sobretudo nos joelhos.
Constituição débil, magreza.
Sono ligeiro, insónia, amnésia, agitação e ansiedade.
Tonturas, vertigem, acufenos, surdez.
Debilidade da visão, visão turva.
Espermatorreia, ejaculação precoce ou esterilidade.
Hipomenorreia ou amenorreia, hemorragia uterina, abortos.
Talalgia, e debilidade na articulação do tornozelo.
Secura na boca e na garganta.
Calor no tórax, na palma das mãos e planta dos pés (cinco corações).
Febrícula vespertina ou febre intermitente.
Sudorese nocturna e rubor malar.
Urina amarelada e fezes ressequidas.
Pulso filiforme e rápido.
Língua vermelha sem saburra ou com pouca saburra seca.
653
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Primeiro Vazio do R-Yin.
Depois:
• Agitação interna (vento interno) ou stress,
• Tensão muscular
• Prurido, erupções e ardência da pele,
• Excitação sexual,
• Espermatorreia nocturna,
• Cefaleia, insónia, tensão ocular.
• Menstruação irregular.
Tratamento.
Abrir com Yinwei: 6 MC. (Neiguan), 7 C. (Shenmen) e 3 F. (Taichong).
Igual que Shényinxu.
Estimular o F.-Yin: 14 F. (Qimen) e 8 F.(Ququan).
Ou sedar o F.-Yang: 2 F. (Xingjian) e 18 B. (Ganshu).
Se o Yang do F. se eleva devemos baixá-lo com o 37 E. (Shangjuxu), 4 RM. (Guanyuan)
estimulando, 25 E. (Tianshu), estimulando os Mu do canal interno ID. e IG. que são
acoplados do C. e P. , por isso, seu estímulo baixa o Qi do nível do céu para o nível da
terra.
654
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Primeiro vazio do R-Yin.
Depois:
• Excitação nervosa,
• Insónia,
• Hipertensão,
• Espermatorreia diurna,
• Líbido excitada,
• Logorreia, euforia e labilidade.
Diagnóstico ocidental
Taquicardia, hipertiroidismo.
Tratamento.
Abrir com Yinwei: 6 MC.(Neiguan).
Vazio do R-Yin.
Tonificar C.-Yin.: 15 RM. (Jiuwei) e 3 C. (Shaohai).
Ou sedar fogo MC. e C. :7 C. (Shenmen), 7 MC.(Daling), 15 B. (Xinshu) e 14 B. (Yueyinshu).
Baixar o Yang: 37 E.( Shangjuxu), 4 RM. (Guanyuan), 25 E. ( Tianshu) e pode-se sedar o 20
DM. ( Bahui) e 1 PC. (Sishencong).
Clínica.
Primeiro como insuficiência do R-Yin.
Depois:
• dispneia, asma ou insuficiência respiratória,
• alterações da pele,
• astenia.
Diagnóstico ocidental.
Enfisema, transtornos respiratórios.
Tratamento.
Igual à insuficiência do R-Yin.
Tonificar o P.: 9 P.(Taiyuan).
655
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Debilidade da energia renal em idosos.
Insuficiência da energia renal em jovens.
Cansaço excessivo.
Enfermidade prolongada que lesa o R.
Clínica.
Face pálida.
Lassitude e astenia.
Dor e debilidade na cintura pélvica e nos joelhos.
Polaquiúria com urina clara e com gotejo ou incontinência urinária, polaquiúria nocturna.
Espermatorreia, ejaculação precoce.
Leucorreia clara e diluída, tendência ao aborto.
Diarreia matutina.
Tendência ao aborto.
Diminuição da acuidade auditiva.
Língua ligeiramente pálida com capa branca.
Pulso débil e profundo.
Pode evoluir para uma síndrome de não retenção (Shén Bu Na Qi) na qual aparece
patologia de insuficiência pulmonar (tosse, dispneia, astenia, etc.).
656
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
SÍNDROME GERAL DE VAZIO DO R.YANG (Shén Yang Xu ou Ming Men Huo Ruo ou
Ming Men Huo Suai)
Etiologia.
Deficiência do R-Yin e do Yang do sistema Zhang-Fu.
Debilidade congénita do fogo da vida (Mingmen).
Enfermidades crónicas.
Esgotamento físico e intelectual.
Promiscuidade, hemorragias, etc.
Multiparidade, velhice, etc.
Alterações dietéticas e climáticas.
Insuficiência pulmonar.
Alterações na pentacoordenação.
Tudo aquilo que signifique um excessivo gasto para a economia biológica.
657
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Alterações vesicais.
Disúria, oligúria.
Distensão e plenitude abdominal.
Edema generalizado, embora prioritariamente maleolar.
Lombalgia e sensação de pesadez lombar com debilidade e frio nos pés e joelhos.
Insuficiência repiratória.
Palpitações e opressão torácica.
658
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Diagnóstico ocidental.
As síndromes de vazio do Yang do R., de esgotamento, podem enquadrar-se dentro duma
ampla gama de desordens como nefrites, disfunção sexual, alterações genito-urinárias
diversas, otites, hipoactividade adrenal, hipertiroidismo, neuroses, etc.
660
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica (2ª fase): Excessiva frialdade corporal e fobia ao frio, frequentes micções nocturnas, depressão
do ânimo, diarreia matutina, diminuição da líbido, sialorreia, sonolência e frio abdominal (banda
fria seguindo o Daimai).
Tratamento: Ao tratamento anterior juntar a tonificação de: 39 VB. e 8 TA. e moxação de 1 R.
SÍNDROME DE ESGOTAMENTO DO R.YANG COM TRANSBORDAMENTO DA ÁGUA (Shén
Yang Xu Shui Fan)
Clínica: Alterações vesicais, disúria, oligúria, distensão e plenitude abdominal, edema generalizado,
prioritariamente maleolar, lombalgia e pesadez lombar com debilidade e frio nos pés e joelhos,
insuficiência respiratória, palpitações e opressão torácica, língua pálida e inchada com marcas de
dentes e saburra branca e resbaladiça e pulso profundo, lento e fino.
Tratamento: Tonificar e moxar R-Yin e R-Yang: 3 R., 7 R., 23 B., 4 DM., 4 RM. e 6 RM. Tonificar P. e BP.:
9 P e 2 BP. Estimular o Yang da B.: 28 B. Abrir as vias das águas: 9 RM., 15 BP. e 25 E. Regular os
órgãos: 13 F., 6 BP. Ambos moxados. Estimular 36 E. e moxar 9 BP.
661
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
662
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
663
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
664
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Alterações dietéticas.
Atrofia funcional.
Afeções hepáticas
Alterações internas, de tipo emocional.
Energias patogénicas de origem exógena (vento - frio,vento-calor).
Insuficiência do Xue.
Clínica.
Digestões lentas.
Fezes gordurosas e reluzentes (flutuam na água).
Olhos brumosos e diminuição da capacidade visual.
Agitação, cobardia, e timidez (o sujeito tem medo que o levem à força).
Dificuladae em tomar decisões.
Insónia ou sono agitado polionírico.
Astenia, debilidade e dificuldade na marcha, lassidão mental.
Palpitações com sensação de angústia.
Vertigem e deslumbramentos.
665
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Clínica.
666
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Sabor amargo na boca e secura na garganta.
Nauseas e vómitos de líquido amargo.
Sono agitado e angústia.
Irritabilidade e olhos vermelhos.
Febre e calafrios intermitentes.
Coloração vermelha e orelhas facilmente hiperémicas (vermelho-escarlate).
Hipocondralgia.
Zumbidos, surdez, vertigem e cefaleia.
Sensação de encandeamento.
Se o calor se associa com humidade:
• Icterícia,
• Inquietude,
• Tristeza.
Pulso tenso e rápido.
Língua vermelha com saburra amarela e pastosa.
667
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Dor e distensão no costado com sensação de queimadura.
Sabor amargo na boca e aversão às gorduras.
Anorexia, náuseas, vómitos.
Distensão abdominal com palpação de massas patológicas no hipocôndrio direito.
Desordens na defecação com dificuldade na emissão. Fezes esbranquiçadas (acolia).
Urina escassa e vermelho-amarelada escura, tendência à litíase (colúria).
Icterícia, com tez amarelo-brilhante.
Febre, calafrios.
Eczema no escroto.
Distensão, calor e dor no testículo.
Na mulher, prurido nos genitais externos e fluxo amarelo de odor fétido.
Irritabilidade.
Pulso tenso e rápido.
Língua com saburra amarela e pegajosa com rebordos vermelhos.
668
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Tonturas, vertigem e às vezes zumbidos.
Sabor amargo na boca.
Náuseas e vómitos fluidos e amargos.
Sensação de opressão no tórax, que alivia com o suspirar e distensão da grade costal.
Insónia com abundância de sonhos, às vezes assustadores.
Intranquilidade, irritabilidade, palpitações com sensação de angústia, agitação, etc.
Pulso tenso, resvaladiço e rápido.
Saburra amarela, pegajosa e bordas da língua vermelho.
669
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica: Dor e distensão no costado com sensação de queimadura, sabor amargo na boca e aversão às
gorduras, anorexia, náuseas, vómitos, distensão abdominal com palpação de massas patológicas no
hipocôndrio direito, desordens na defecação com dificuldade na emissão, fezes esbranquiçadas
(acolia), urina escassa e vermelho-amarelada escura, tendência à litíase, icterícia, com tez amarelo-
brilhante, febre, calafrios, eczema no escroto, distensão, calor e dor no testículo, e na mulher,
prurido nos genitais externos e fluxo amarelo de odor fétido, irritabilidade, pulso tenso e rápido e
língua com saburra amarela e pegajosa com rebordos vermelhos.
Tratamento: Desbloquear a VB.: 40 VB. Estimular o Yang da VB. e F.: 19 B., 18 B. e sedar o Mu.: 24 VB.
Purificar o calor: 4 IG, 11 IG. e 14 DM. Regular o movimento: 37 VB. e 3 F. He da víscera e Shu-
Yuan do órgão: 34 VB. e 3 F. Estimular 6 BP., 14 F. e 10 RM. Punturar 152 PC. EX-LE6.
SINDROME DE ESTANCAMENTO DA ENERGIA DO MERIDIANO DA VB, QUE SE
CONVERTE EM FLEUMA (Dan Yu Tan)
Clínica: Tonturas, vertigem e às vezes zumbidos, sabor amargo na boca, náuseas e vómitos fluidos e
amargos, sensação de opressão no tórax, que alivia com o suspirar e distensão da grade costal,
insónia com abundância de sonhos e facilmente assustadores, intranquilidade, irritabilidade,
palpitações com sensação de angústia, agitação, etc. pulso tenso, resvaladiço e rápido, saburra
amarela, pegajosa e bordas da língua vermelhos.
Tratamento: Como síndrome Gandanshire. Regular o Centro: 12 RM. e 36 E. Metabolizar as fleumas: 40
E. e 3 BP. Pôr em cima e na raiz da VB.: 1 VB. e 44VB. Pontos Nó do crâneo, sobretudo : 20 DM. e
os quatro deuses (Sishencong, EX-HN1). 1 PC. e 8 E. Segundo Lin Shi Shan punturar 5 TA. em
direção a 6 MC.
Etiologia.
Deficiência geral da energia e do sangue do F. (Ver Gan Qi Xu e Gan Xue Xu).
Clínica.
Medo, angústia, melancolia, tendência para o choro.
Zumbidos, vertigens, tonturas, perda auditiva.
Entorpecimento, espasmos, fibrilhação, tremor muscular ou parastesias.
Visão turva e olhos secos.
Cefaleia migranosa.
Unhas sem brilho.
Tendência à sonolência e indiferença sexual.
Retração do escroto e pénis.
Prurido genital, hemorróides.
Poliúria.
Dores erráticas.
670
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Tonificar o F. e R.: 8 F.(Ququan) e 7 R. (Fuliu).
Estimular reunião e Luo de órgãos: 13 F. (Zhangmen) e 6 BP. (Sanyinjiao).
Regular o F.: 18 B. (Ganshu) e 14 F. (Yueyinshu).
Clínica.
Faces sem brilho, com pele seca.
Lábios pálidos.
Zumbidos, surdez.
Assusta-se facilmente.
Tratamento.
Tonificar o F. e o R.: 8 F. (Ququan) e 7 R. (Fuliu).
Regular U.E.: 37 VB. (Benshen) e 3 F.(Taichong).
Estimular reunião de órgãos: 13 F. (Zhangmen).
Tratar o He da víscera: 34 VB. (Yanglingquan).
Clínica.
Em princípio (vazio do Yin):
• Tonturas, vertigem e cefaleia,
• Amenorreia,
671
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Tez pálida e sem brilho ou amarelada.
Lábios pálidos.
672
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Diagnóstico ocidental.
Anemia, hipertensão, transtornos menstruais, hepatite crónica, patologias oftálmicas, etc,.
Tratamento.
Tonificar o sangue: 6 BP (Sanyinjiao), 10 BP. (Xuehai), 13 F.(Zhangmen) e 17 B.(Geshu).
Tonificar R.-Yin: 3 R. (Taixi), 7 R. (Fuliu) e 4 RM.(Guanyuan).
Estimular os Shu do dorso do F., BP. e C.: 18 B.(Ganshu), 20 B. (Pishu) e 15 B. (Xinshu).
He da víscera: 34 VB. (Yanglingquan).
Luo-Yuan da VB. a F.: 37 VB.(Guangming) e 3 F. (Taichong).
Segundo Lin Shi Shan pode-se complementar o tratamento abrindo com 3 ID. (Sanjian), 24
DM. (Shenting), 1 B. (Jingming) e 6 ID. (Yanglao).
Regularizar o Yangming a fim de melhorar o aporte de nutrientes: 36 E.(Zusanli) e 4 IG.
(Hegu).
673
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Vómito.
Diarreia.
Nojo às comidas.
Tratamento.
Regularizar a Unidade: 18 B. (Ganshu) e 14 F. (Qimen).
Regularizar o movimento: 5 F. (Ligou), 40 VB. (Qiuxu), 37 VB. (Guangming) e 3 F.
(Taichong).
Punturar o He da víscera. 34 VB. (Yanglingquan).
Armonizar os órgãos: 13 F. (Zhangmen).
Clínica.
Estado de agitação, cólera, irritabilidade e insónia.
Contracturas musculares, sobretudo nos paravertebrais.
Neuralgia costal.
Plenitude torácica, dor pré-cordial e no hipocôndrio.
Gastralgia com vómitos amargos.
Boca amarga.
Prisão de ventre ou diarreia.
Olhos vermelhos e inflamados e visão turva.
Cefaleia e perda de conhecimento.
Desvio de olhos e da comissura labial.
Erecções prolongadas, incluso priapismo e dificuldade de ejaculação.
Alterações menstruais.
Hematúria.
Possível tosse e dispneia.
Tratamento. Dispersar o F.
Sedar o F.: Transfixiar de 3 F. (Taichong) a 2 F. (Xingjian).
Sedar o Yang hepático: 18 B. (Ganshu).
Sedar o fogo ministerial: 7 MC. (Daling).
Tonificar o P.: 9 P (Taiyuan).
Estimular reunião de órgãos: 13 F. (Zhangmen).
674
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
675
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Irritabilidade.
Hipertensão.
Vertigem.
Zumbidos.
Cefaleia ou sensação de peso na cabeça.
Rubor facial.
Olhos vermelhos.
Sabor amargo.
Pulso tenso e fino.
Língua vermelha.
676
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Abrir com Yinqiaomai: 6 R. (Zhaohai); ou com Yinweimai: 6 MC. (Neiguan).
Tonificar R-Yin: 7 R. (Fuliu) e 25 VB. (Jingmen).
Tonificar F.-Yin: 8 F. (Ququan) e 14 F. (Qimen); ou sedar F.-Yang: 2 F. (Xingjian), 3 F.
(Taichong) e 18 B. (Ganshu).
Fechar com Renmai: 7 P. (Lieque); ou com Tchongmai: 4 BP. (Gongsun).
Etiologia.
Persistência da exuberância do Yang do F. com estancamento.
Clínica.
Os mesmos sintomas que na síndrome de exuberância do Yang do F.
Inquietude e ansiedade.
Hiperdinamismo e tensão muscular.
Secura da pele.
Hepatopatias.
Tratamento.
Desbloquear o F.: 6 F. (Zhongdu).
Igual ao anterior.
Pontos janelas do céu: 22 RM. (Tiantu), 9 E. (Renying), 10 B. (Tianzhu) e 17 IG. (Tianding).
Etiologia.
Exuberância do Yang-fogo do F. e que se eleva à cabeça.
Insuficiência da essência renal ou Rim Yin.
Insuficiência congénita do Fígado Yin.
Clínica.
Similar a Ganshihuo.
Cefaleia aguda tipo enxaqueca, com sensação de distenção.
Perda de memória.
Acufenos (Yang), vertigem, tontura, surdez.
Insónia aguda, irritabilidade, impaciência, susceptibilidade.
677
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Igual ao anterior.
Nó, nó de nòs, nó geral e 4 deuses: 2 VB.(Yinghui), 9 PC. (Taiyang), 8 E. (Tonwei), 8 VB.
(Shuaigu), 20 DM. (Baihui) e 1 PC. (Sishencong).
Em caso de acidente vascular, sangrar os Ting e os Sapsun, pontos curiosos do extremo do
dedo. [(86 PC.)—Shixuan—Dez anúncios-EX-UE11].
Se há hemoptise juntar: 13 B. (Feishu) e 5 P. (Chizé).
Se há hematúria juntar: 44 E. (Neiting).
Se há epistáxis juntar: 5 P.(Chizé) e 20 IG.(Yingxiang).
Clínica.
Sensação de peso, distensão e dor no abdómen e nos testículos. A dor agrava-se com o frio
e alivia com o calor.
Estado deprimido, falta de ânimo, cobardia ou timidez à vida social.
Retração escrotal dolorosa que aumenta com o frio.
Lassitude.
Sensação de frio no tronco e nos membros.
Saburra branca e escorregadia.
Pulso profundo e filiforme.
Diagnóstico ocidental.
Hérnia inguinal, transtorno urogenital ou inflamação pelviana.
678
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Dispersar o frio do F.: moxar 2 F. (Xingjian) e 14 F.(Qimen).
Estimular o Shu do dorso: 18 B. (Ganshu).
Estimular o R-Yang: 4 DM. (Mingmen) e 23 B. (Shenshu).
Clínica.
Dor ao longo do trajecto, sobretudo no tronco e hipocôndrio.
Espasmos abdominais.
Hernia inguinal.
Orquialgia.
Afeções testiculares.
Membros frios, etc.
Tratamento.
Desbloquear o F.: 6 F. (Zhongdu).
Igual que no Frio do F. (Ganhan).
Moxar 60 B. (Kunlun) e 1 RM. (Huiyin).
Clínica.
Uma vez instaurado a síndrome há perturbação emocional, formando-se um ciclo
vicioso.
Dor hipocondrial relacionada com o estado de ânimo ou dores erráticas.
Bolo histérico (nó na garganta) «caroço de ameixa».
Dor epigástrica ou abdominal e moléstias no tórax.
Vómitos secos, regurgitação ácida, náuseas, arrotos frequentes.
679
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Evolução de Ganyu.
Dores no tórax, hipocôndrio e abdómen, por onde passa o meridiano do F.
Massas e tumores.
• Bócio.
• Quistos na mama e ovários.
• Fibroma uterino.
• Lipomas.
• Quistos dérmicos na região do pescoço.
680
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Igual a Ganyu.
Tonificar o Yang (Ver 8 técnicas terapêuticas).
Se bolo histérico: 11 P. (Shaosang), 22 RM. (Tiantu), 5 P. (Chizé), 3 ID. (Houxi), 5 MC.
(Jianshi), 7 P. (Lieque) e 6 R. (Zhaohai).
Se existe bócio: 4 IG. (Hegu), 9 E. (Ranying), 18 ID. (Quanliao), 17 ID. (Tianrong), 20 VB.
(Fengchi) e Bailao que é um ponto curioso a 2 Cun acima e a 1 Cun por fora, de ambos os
lados, do ponto 14 DM (Dazhui). Primeiro ponto dos 85 PC. (Huatuojigi) EXB2.
Se existem massas abdominais: 5 MC. (Jianshi), 10 RM. (Xiawan), 13 F. (Zhangmen), 14 F.
(Qimen), 13 B. (Feishu), 20 B. (Pishu), 21 B. (Weishu), 2 F. (Xingjian), 36 E. (Zusanli) e 6 BP.
(Sanyinjiao) estimular e aquecer a alça da agulha, aplicando depois ventosas no 20 B.
(Pishu), 17 B. (Geshu), 5 MC. (Jianshi) e 6 BP. (Sanyinjiao).
Clínica.
Vertigem, tontura.
Cefaleia.
Opressão torácica.
Rubor.
Surdez.
Angústia.
Dor abdominal.
Arrotos continuados.
Regurgitação ácida.
681
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Igual que Gan Yun sem armonizar o Shen.
Clínica.
Igual que Gan Qi Ni.
Aversão ao alimento.
Diarreia.
Lassitude nos membros.
Gastrite crónica.
Úlcera gastroduodenal.
Hepatite.
Cirrose.
Tratamento.
Igual que Gan Yu.
Regular o centro: 12 RM. (Zhongwan) e 36 E. (Zusanli).
Regular o BP.: 20 B. (Pishu) e 13 F. (Zhangmen).
Clínica.
Cefaleia com sensação vertiginosa ou enxaqueca pulsante.
Tontura e vertigem com risco de perda de consciência.
Entumescimento dos membros.
Patologia muscular: tremor, convulsões, etc.
Cervical rígida ou tetania.
Dificuldade para falar e caminhar.
Zumbidos.
Perda de conhecimento (Ver síndrome de vento calor do F.)
Pulso tenso e em corda.
Língua vermelha.
682
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Abrir Yinweimai: 6 MC. (Neiguan).
Tonificar R.Yin e F. Yin : 7 R. (Fuliu), 25 VB. (jingmen), 8 F. (Ququan) e 14 F. (Qimen).
Ou sedar o Yang do F.: 3 F. (Taichong) 2 F. (Xingjian) e 18 B. (Ganshu).
Reduzir o vento: 12 B.(Fengmen), 16 DM. (fengfu), 17 TA. (Yifeng) e 20 VB. (Fengchi).
Tonificar o sangue: 6 BP. (sanyinjiao), 13 F. (Zhangmen) e 17 B.(Geshu).
He da víscera: 34 VB. (Yanglingquan).
Clínica.
Vertigem com tendência a cair ou perda momentânea do conhecimento.
Cefaleia e hipertermia.
Sede e disfagia.
Transtornos musculares:
• Convulsões.
• Rigidez da nuca.
• Olhos desviados para cima.
• Opistótonos.
Irritabilidade, agitação.
Instabilidade na marcha.
Perda de conhecimento.
Tendência ao aparecimento de acidente vascular cerebral.
Pulso em corda, fino e forte.
Língua vermelha com saburra amarela, com tremor e desvio.
683
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
684
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
685
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
afrontamentos e fácies vermelha, epistáxis, saburra amarelo sujo, e língua vermelha, pulso em
corda e forte.
Tratamento.Igual que o anterior.Nó, nó de nòs, nó geral e 4 deuses: 2 VB., 9 PC., 8 E., 8 VB., 20 DM. e 1
PC. Em caso de acidente vascular, sangrar os Ting e os Sapsun, pontos curiosos do extremo do
dedo. (86 PC.)- Dez anúncios-EX-UE11. Se há hemoptise juntar: 13 B. e 5 P. Se há hematúria juntar:
44 E. Se há epistáxis juntar: 5 P. e 20 IG.
SÍNDROME DE FRIO NO MERIDIANO DO F. (Gan Han)
Clínica: Sensação de peso, distensão e dor no abdómen e nos testículos. A dor agrava-se com o frio e
alivia com o calor.Estado deprimido, falta de ânimo, cobardia ou timidez à vida social. Retração
escrotal dolorosa que aumenta com o frio, lassidão, sensação de frio no tronco e nos
membros.Saburra branca e resvaladiça.Pulso profundo e filiforme.
Tratamento: Dispersar o frio do F.: moxar 2 F. e 14 F.Estimular o Shu do dorso: 18 B. Estimular o R-
yang: 4 DM. e 23 B.
SÍNDROME DE FRIO ESTANCADO NO CANAL DO F. (Han Zhi Gan Mai)
Clínica: Dor ao longo do trajecto, sobretudo no tronco e hipocôndrio, espasmos abdominais, hernia
inguinal, orquialgia, afecções testiculares, membros frios, etc.
Tratamento: Desbloquear o F.: 6 F. Igual ao Frio do F. Moxar 60 B. e 1 RM.
SÍNDROME DE ESTANCAMENTO DO QI DO F. ( Gan Yu)
Clínica: Uma vez instaurado a síndrome há perturbação emocional, formando-se um ciclo vicioso, dor
hipocondrial relacionada com o estado de ânimo ou dores erráticas, bolo histérico (nó na garganta)
«caroço de ameixa », dor epigástrica ou abdominal e moléstias no tórax, vómitos secos,
regurgitação ácida, náuseas, arrotos frequentes, suspiros, impaciência, irritabilidade,
susceptibilidade, anorexia e diarreia, sabor amargo na boca, posteriormente pode produzir,
neurose, afecções hepáticas crónicas, hepatoesplenomegalia, alterações menstruais e inflamação
mamária, língua vermelho-pálida e saburra fina, pulso tenso, pode evoluir para uma síndrome de
estase do F. (Ganqiyujié) (síndrome seguinte).
Tratamento: Desbloquear o F. com o Xi: 6 F. Abrir com Yinweimai: 6 MC.Armonizar o Shen: 7 C., 7
MC., 3 PC., 20 RM., 1 PC. e 17 RM. Armonizar o F.: 18 F. e 14 F. Moxar o fogo do F.: 2 F. como
ponto acelerador, apoiado com 3 F. Circular o Yin do sangue: 6 BP. Acelerar o TA. com ponto fogo:
6 TA. O Ho da víscera: 34 VB.
SÍNDROME DE ESTASE DO QI DO F. (Gan Qi Yu Jie) OU FÍGADO CONSTRANGIDO
Clínica: Evolução de ganyu. Dores no tórax, hipocôndrio e abdómen, por onde passa o meridiano do F.
Massas e tumores. Bócio. Quistos na mama e ovários. Fibroma uterino. Lipomas.Quistos dérmicos
na região do pescoço. Depressão, irritabilidade e melancolia. Opressão torácica que alivia ao
suspirar. Espasmos palpebrais. Pulso tenso. Língua azulada, dilatação das veias sublinguais
(raninas).
Tratamento: Igual a Ganyu.Tonificar o Yang (Ver 8 técnicas terapêuticas). Se bolo histérico: 11 P.
(Shaosang), 22 RM. (Tiantu), 5 P. (Chizé), 3 ID. (Houxi), 5 MC. (Jianshi), 7 P. (Lieque) e 6 R.
(Zhaohai). Se existe bócio: 4 IG. (Hegu), 9 E. (Ranying), 18 ID. (Quanliao), 17 ID. (Tianrong), 20 VB.
(Fengchi) e Bailao ponto curioso 1 T`sun a ambos os lados DM. e 2 T`Sun por baixo de Dazhui (14
DM.). Primeiro ponto dos 85 PC. (Huatuojigi) EXB2.Se existem massas abdominais: 5 MC. (Jianshi),
10 RM. (Xiawan), 13 F. (Zhangmen), 14 F. (Qimen), 13 B. (Feishu), 20 B. (Pishu), 21 B. (Weishu), 2 F.
(Xingjian), 36 E. (Zusanli) e 6 BP. (Sanyinjiao) estimular e aquecer a alça da agulha, aplicando
depois ventosas no 20 B. (Pishu), 17 B. (Geshu), 5 MC. (Jianshi) e 6 BP. (Sanyinjiao).
SÍNDROME DE FLUIDO PERVERTIDO DO QI DO F. (Gan Qi Ni)
Clínica: Vertigem, tontura. Cefaleia. Opressão torácica.
Rubor.Surdez.Angústia. Dor abdominal. Arrotos continuados. Regurgitação ácida.
Tratamento.Igual ao Gan Yun sem armonizar o Shen.
SÍNDROME DE FLUIDO PERVERTIDO DO F. QUE AFETA O E. (Gan Qi Fan Wei) OU O BP.
(Gan Yu Pi Xu)
686
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica: Igual ao Gan Qi Ni, aversão ao alimento, diarreia, lassidão nos membros, gastrite crónica,
úlcera gastroduodenal, hepatite e cirrose.
Tratamento: Igual que em Gan Yu. Regular no centro: 12 RM e 36 E. regular o BP.: 20 B. e 13 F.
SÍNDROME DE VENTO INTERNO DO F. (Gan Feng Nei Dong) OU DEFICIÊNCIA DO SANGUE
DO F. (Xue Xu Sheng Feng)
Clínica: Cefaleia com sensação vertiginosa ou enxaqueca pulsante, tonturas e vertigem com risco de
perda de consciência, entumescimento nos membros, patologia muscular: tremor, convulsões, etc.,
rigidez cervical ou tetania, dificuldade para falar e para caminhar, zumbidos, perda do
conhecimento (Ver síndrome de vento calor do F.), pulso tenso e em corda e língua vermelha.
Tratamento: Abrir Yinweimai: 6 MC. Tonificar R.Yin e F.Yin: 7 R., 25 VB., 8 F. e 14 F. Outra opção é
sedar o Yang do F.: 3 F., 2 F. e 18 B. Reduzir o vento: 12 B., 16 DM., 17 TA. E 20 VB. Tonificar o
sangue: 6 BP., 13 H. e 17 B. Ho da víscera: 34 VB.
SÍNDROME DE VENTO PRODUZIDO POR PLENITUDE DO CALOR DO F. (Gan Shi Feng Re)
OU TRANSFORMAÇÃO DO YANG DO F. EM VENTO (Gan Yang Hua Feng)
Clínica: Vertigem com tendência a cair ou a perder momentaneamente o conhecimento, cefaleia e
hipertermia, sede e disfagia, transtornos musculares, convulsões, rigidez da nuca, olhos desviados
para cima, opistótonos, irritabilidade, agitação, marcha instável, tendência a padecer de acidente
vascular cerebral, pulso em corda, fino e forte, língua vermelha com saburra amarela, com tremor e
desvio.
Tratamento: Ver Ganre ou Gan Yang Shang Kong.Iniciando com desbloqueio do F.: 6 F.com ponto Xi.
Juntando 26 DM. e Shixuan EX-UE11 ou 86 PC. (dez anúncios). Punturar todos os pontos de vento:
20 VB., 16 DM., 12 B. e 17 TA. Para prevenir o ataque do vento interno moxar regularmente: 11 IG.,
38 E., 3 F. e 39 VB. Em caso de ataque súbito com risco de apoplexia, punturar: 26 DM., 1 R., 40 E. e
4 IG. e sangrando com agulha triangular dos 12 pontos Ting-pozo.
687
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
FISIOLOGIA GERAL
SÍNDROME DE DESARMONIA ENTRE C. E R. (Xin Shén Bu Jiao)
Quando o Yang do C. baixa ao R., aquece a água renal e se o Yang renal sobe ao C., nutre
o fogo cardíaco. Se o C. e o R. se harmonizam, equilibra-se a água e o fogo. Se o Yin renal
é insuficiente, o fogo do C. torna-se excessivo, e se o fogo do C. não pode baixar até ao R.,
perdem-se as relações equilibradas e harmoniosas entre o C. e o R.
Etiologia.
Uma insuficiência do R.-Yin.
Enfermidade prolongada, excessiva actividade sexual.
Excesso das 5 emoções (cólera, alegria, obcessão, tristeza e medo).
688
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Aspecto pálido.
Frio no tronco e nos membros com moléstias no tórax e dorso.
Palpitações, taquicardia, sensação de angústia e polipneia.
Oliogúria e disúria.
Edema dos olhos, face e membros.
Lábios e unhas de coloração púrpura.
Dores abdominais e diarreia.
Lassitude mental com sonolência.
Pulso profundo e lânguido.
Língua de cor pálida ou púrpura com saburra branca e escorregadia.
689
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Hemorragia crónica depois de uma enfermidade mal curada.
Excessivo cansaço intelectual e reflexão.
Alimentação desregrada.
Clínica.
Palpitações e vertigens com deslumbramento.
Amnésia, ansiedade e inquietação.
Insónias e transtornos de sono.
Anorexia e letargia.
Astenia.
Distensão abdominal.
Fezes moles.
Tez amarela e sem brilho.
Hemorragia subcutânea, amenorreia com sangue de cor pálida, hemorragia
uterina.
Hipomenorréia ou amenorreia.
Pulso filiforme e débil.
Língua mole e pálida com saburra branca
Tratamento - Reconstruir o C. e o BP
Abrir com Yinwei: 6MC. (Neiguan) e acalmar o Shen: 7C. (Shenmen).
Estimular e moxar os Shu de dorso, para activar o Yang: 15B. (Xinshu) e 20 B.
(Pishu).
Tonificar a energia com 36 E. (Zusanli), e 12 RM.(Zhongwuan).
690
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Enfermidade prolongada.
Tosse asmática.
Excessivo cansaço, sobretudo intelectual
Clínica.
691
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Clínica
Em relação ao F:
Em relação ao R:
Vertigens e zumbidos
Acesso frequentes de medo.
Perda de memória.
Em relação ao C:
Palpitações.
Insónia ou sonho alterado com pesadelos.
Febre e transpiração profunda.
Menstruação escassa com sangue de cor pálido e amenorreia.
O pulso é fino e débil.
A língua pálida, delgada e com pouca saburra.
692
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Clínica
693
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Tosse prolongada.
Intolerância à alimentação.
Clínica
Tendência a processos gripais e reumáticos.
Respiração superficial.
Tosse asmática com abundante expectoração diluída e branca.
Astenia, voz baixa e lassitude mental.
Anorexia e transpiração espontânea.
Fezes brancas
Pulso filiforme e débil.
Língua pálida com saburra branca.
Em casos graves, edema na cara e nos pés.
694
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica
Cabeça pesada.
Lassitude, membros cansados ou com edemas.
Por vezes edema labial que se reabsorve rapidamente.
Sensação de plenitude no tórax e abdómen.
Tosse com abundantes fleumas esbranquiçadas e de fácil expectoração.
Dispneia sobretudo em decúbito.
Anorexia, náuseas e vómitos.
Língua espessa, grossa e com saburra.
Pulso escorregadio.
695
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Tosse prolongada (lesão de P. este não consegue distribuir os líquidos corporais
para nutrir o R.)
Excessivo cansaço (esgotamento do Yin Renal, pelo qual os líquidos corporais não
podem subir.
Fogo fictício que queima o P.
Agentes climatológicos que podem transformarem-se com o calor endógeno e
consumir o Yin.
Clínica.
Tosse seca e hemoptóica
Secura na boca e garganta rouca.
Secura de calor que brota da profundidade do corpo.
Astenia, falta de força na região lombar e joelhos.
Agitação e insónias.
Febre periodicamente.
Transpiração nocturna.
Rubor malar.
Espermatorréia.
Transtornos menstruais: hipomenorréia, amenorreia, menorragia.
Pulso filiforme e rápido.
Língua vermelha com pouca saburra.
“O Pulmão controla a respiração e o Rim recebe o ar”. Esta síndrome, manifesta-se por
anormalidades na respiração e divide-se em dois tipos:
696
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Enfermidade prolongada de tosse com asma.
Respiração superficial e rápida que se agravam com o esforço.
Voz débil e lassitude mental.
Transpiração espontânea.
Incontinência urinária.
Fobia ao vento e membros frios.
Cara pálida e esverdeada.
Língua pálida.
Pulso superficial e débil.
Em casos graves, transpiração profusa e edemas nos membros.
Se existe deficiência de Yin:
Respiração asmática.
Tez vermelha.
Agitação.
Secura da boca e garganta.
Pulso filiforme e rápido.
Língua vermelha.
697
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Perturbação emocional que excita o F. (cólera, raiva, zangado. etc).
Acumulação de calor perverso no meridiano do F. (vento, álcool,..etc).
Clínica.
Acesso de tosse seca.
Ardor e dor no tórax e hipocôndrio.
Irritabilidade e estados de ira repentinos.
Enjoos e vertigens com sensação de distensão da cabeça.
Olhos vermelhos e coloração avermelhada da face.
Impaciência.
Sabor amargo na boca, lábios secos e sede.
Hemoptise em casos graves.
Pulso tenso e rápido.
Língua vermelha com saburra delgada e amarela.
698
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Perturbação emocional que estanca o Yin e acelera o Yang de F.
Estancamento de F. que debilita o E.
Invasão da energia de F. ao E.
Clínica
Distensão, plenitude e dor no tórax, hipocôndrio e epigástrio.
Soluços
Arrotos.
Regurgitação ácida e indigestão.
Sensação de fome.
Suspiros frequentes.
Agitação, irritabilidade e susceptibilidade.
Pulso tenso.
Saburra delgada, branca ou amarela.
Tratamento. Harmonizar o F. e o E.
Abrir o Yinwei: 6 MC (Neiguan (e acalmar o Shen 7C (Shemen) e 17 RM
(Shanzhong).
Sedar o Yang de F. : 18 B (Ganshu), 3 F. e 2 F. e estimular Mu com 14 F (Qimen).
Estimular Yang de E: 21 B (Weishu).
Regularizar o centro: 12 RM (Zhongwan) e 36 E. (Zusanli).
Reunião de órgãos: 13 F. ( Zhangmen) e 10 RM (Xiawan).
Etiologia.
Energias perversas externas que afectam profundamente o 5º e 6º eixo.
Factores emocionais.
Cansaço excessivo ou insuficiência de Ying e de Xue (essência e sangue).
Enfermidade prolongada.
699
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
700
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Clínica.
Cólicas abdominais que geralmente aparecem logo após um choque emocional,
mudanças geográficas ambientais.
Distensão, dor e plenitude no tórax e hipocôndrio.
Suspiros profundos, depressões, irritabilidade e anorexia.
Distensões abdominais, fezes moles ou transtornos na defecação.
Ruídos intestinais, gases e arrotos.
Hipersensibilidade ao ambiente externo.
Pulso tenso.
Língua normal ou ligeiramente escura com saburra branca.
701
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica. Palpitações e vertigens, com amnésia, ansiedade e inquietação, insónias e transtornos de sono,
anorexia e letargia, astenia, distensão abdominal, fezes moles, tez amarela e sem brilho, hemorragia
subcutânea, menorréia com sangue de cor pálida, hemorragia
uterina, hipomenorréia ou amenorréia, pulso filiforme e débil, língua terna e pálida com pele
branca.
Tratamento: abrir com Yinwei: 6MC. e acalmar o Shen: 7C. Estimular e moxar os Shu de dorso, para activar
o Yang: 15B. e 20 B. Tonificar a energia com 36 E., e 12 RM. Harmonizar o sangue com 6 BP., 17B. e 10 BP.
Pode-se complementar com: 1 BP. e 3PC. EX-HN3. Em caso de palpitações graves: 4 MC. e 14B.
Clínica: Palpitação com sensação de angústia, respiração superficial, tosse dispneia crónica com
expectoração clara e fluida, dispneia de esforço, astenia e lassitude mental, tendência a estados gripais e
reumáticos, transpiração espontânea, tez pálida ou escura, pulso filiforme e débil, língua escura e com
equimoses e em casos graves lábios negros.
Tratamento: abrir a barreira interna: 6MC. Estimular e moxar o Yang de C. e P. : 13B. e 15 B. e 9P.
Tonificar a energia com 36E., 17 RM. e 14IG. Posteriormente tonificar o sangue: 6BP. 17B. e
10 BP. ; liberar o Taiyang com 14 DM. e 40B. Se existir muita mucosidade: 40 E. e 3 BP Se houver
perturbação mental: 7C. e 3R.
702
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento: abrir com Yinwei: 6 MC. e acalmar o espírito 7C. Tonificar R.-Yin: em especial 7R. Tonificar
sangue: em especial 6 BP. e 17 B. Estimular a raiz Yang de BP. F e C: 20 B., 18 B. e 15B. Podem-se
acrescentar: 36 E e 1 F.
SÍNDROME DE DEFICIÊNCIA DE ENERGIA do BP. e do P. (Pi Fie Liang Xu) (Pi Fei Qi Xu) Clínica:
tendência a processos gripais e reumáticos, respiração superficial, tosse asmática com abundante
expectoração diluída e branca, astenia, voz baixa e lassitude mental, anorexia e transpiração espontânea,
fezes brancas, pulso filiforme e débil, língua pálida com saburra branca e em casos graves edema na cara e
nos pés.
Tratamento: abrir e fechar com Yinwei e T'chong: 6MC e 4 BP. Regular Taiyin: 10P., 1 BP. e 12 RM. (Técnica
Nudo(Nó)-Raiz). Regular BP. e P.: 20 B., 13 F., 13 B. e 1 P. Tonificar a energia com 36 E. e 17 RM. Pode-se
considerar o 9P., 6 RM., 12 RM., Sanyinjiao (6 BP.) e Yinlingquan (9 BP.) emtonificação e moxação.
SÍNDROME DE AGRESSÃO PARA A HUMIDADE do BP. CONTRA o P (Pi Shu Fan Fei).
Clínica: cabeça pesada, lassitude, membros cansados ou com edemas, por vezes edema labial que se
reabsorve rapidamente, sensação de plenitude no tórax e abdómen, tosse com abundantes fleumas
esbranquiçadas e de fácil expectoração, dispneia sobretudo em decúbito, anorexia, náuseas e vómitos,
língua espessa, grossa e com saburra e pulso escorregadio.
Tratamento: desbloquear P. com ponto Xi: 6P., depois tonificar P. com 9 P. e 13 B. Regular o centro e
Yangming: 36 E., 12 RM., 4 IG., acrescentando o Shu de dorso de BP. (20 B.), este último alternando com 9
BP.
703
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Regular o Yangming: 36E., e 4 IG. Em caso de dispneia recomenda-se moxar os pontos: 4RM., 6 RM., e
estimular o 45 PN. EX-B1 a 0’5 T’sun da 7ª cervical.
704
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
705
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
706
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Debilidade congénita.
Graves transtornos emocionais.
Enfermidade prolongada e velhice.
Alterações internas: debilidade de R-Yang de F.-Yang e de BP., etc.
Clínica.
A energia do C. não adstringe (Xinqibushou) e portanto aparece transpiração
abundante, inclusive nocturna ao menor esforço.
Palpitações e dor de peito súbita e intensa.
Tez pálida.
Urina clara.
Tendência a hipotensão, lipotímia, e sono ligeiro.
Voz velada (que não tem timbre puro), olhos sem brilho e temor ao frio.
Falta de segurança, depressão, timidez e labilidade.
Pulso débil e profundo.
Em casos graves: espermatorréia diurna, desorientada, perda de memória e
logofobia.
Tratamento.
Abrir Yinweimai: 6 MC. (Neiguan).
Tonificar o C.: 9C. (Shaochong).
Estimular o fogo de C. e o Yang de C. e MC.: 8C. (Shaofu), 14 B. (Yueyinshu) e
15 B. (Xinshu).
Estimular o fogo vital: 4 DM. (Mingmen) e 23 B. (Shenshu).
Fechar com Chongmai: 4 BP. (Gongsun).
Etiologia.
Enfermidade prolongada.
Enfermidade aguda que consome a energia.
Debilidade da energia dos órgãos na velhice.
Insuficiência congénita de energia.
707
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Palpitações.
Angina de peito.
Transpiração espontânea.
Alterações psíquicas (assustam-se facilmente, medo do espiritual).
Astenia e lassitude.
Dispneia de esforço.
Sonhos abundantes.
Falta de vontade.
Tez pálida de cor branca.
Pulso fino e débil.
Língua pálida com saburra branca e fina.
Diagnóstico ocidental.
Insuficiência cardíaca, arteriosclerose coronária neurose depressiva, transtornos
depressivos, debilidade generalizada ou angina de peito.
Etiologia
Evolução do Xinqixu.
Enfermidade prolongada.
Enfermidade aguda que lesiona o Yang.
708
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Palpitações frequentes.
Angina de peito.
Alterações psíquicas.
Insónias.
Transpiração espontânea.
Astenia.
Dispneia de esforço.
Membros frios, aversão ao frio e agravamento com o frio.
Capacidade motora vai diminuindo.
Tez pálida e opaca e lábios cianóticos (arroxeados).
Pulso fino, profundo e lento.
Língua pálida de cor púrpura e inchada.
Presença de transpiração abundante, membros frios, lábios negros, respiração
débil, pulso lânguido, perda de estado de vigília e inclusive desmaio, deve-se
interpretar como um esgotamento de Yang de C.
Diagnostico ocidental.
Insuficiência cardíaca, arteriosclerose coronária, neurose depressiva, transtornos
depressivos, debilidade generalizada ou angina de peito.
Etiologia.
Insuficiência de produção de sangue.
Hemorragias.
709
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Taquicardia e arritmia com sensação de angústia.
Angina de peito, com sensação de calor no tórax.
Alterações psíquicas (irritabilidade e labilidade).
Insónias ou sono perturbado por sonhos constantes.
Sede.
Amnésia.
Calor no tórax, palmas das mãos e planta dos pés.
Transpiração nocturna.
Tez vermelha e bochecha vermelha.
Febrícula vespertina ou intermitente.
Agitação ansiosa.
Boca e garganta seca.
Temor e agravamento pelo calor.
Personalidade assustadiça (xin Xu Dan Qe)
Pulso fino, profundo e rápido.
Língua vermelha sem saburra e com pouca saliva.
Diagnostico ocidental.
Igual a Xinxuexu
Etiologia.
Geralmente o vazio de Qi e do Yang do C., conduz a uma má circulação do sangue.
Também pode produzir-se ou agravar-se por:
710
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Excesso de cansaço.
Invasão do frio perverso.
Excessos emocionais (euforia, ira, etc).
Retenção de fleuma.
Clínica.
Astenia e falta de ar.
Taquicardia.
Sensação d dor no peito e torácica.
Dor forte que se propaga ao ombro, a coluna e a parte interna do braço, de
frequência intermitente.
Em caso de esgotamento repentino do Yang do C.:
Dor severa, membros frios, lábios negros e cara roxa, perda de consciência e
pulso lânguido.
Pulso tenso.
Língua azulada, dilatação de veias sublinguais e varicosidades nos lados.
Diagnostico ocidental.
Coronariopatias e pericardites
Tratamento.
Abrir Yinwei: 6MC (Neiguan).
Tonificar a circulação: 9 P (Taiyuan), 15B. (Xinshu) e 8C. (Shaofu).
Tonificar oYang: 8TA. (Sanyangluo) e 39VB. (Xuanzhong).Tonificar a energia:
36E. (Zusanli), 6 RM. (Qiahi), 12 RM. (Zhongwan), 17 RM. (shanzhong), 4 DM.
(Mingmen) e 23 B. (Shenshu).
Em casos graves colocar os pontos Sapsun (10 pontos situados entres as
almofadas dos dedos (pontos de urgência) (ou bem os 12 Jing- pozo e 26 DM.
(Renzhong).
Regular a Unidade energética: 15 B. (Xinshu) e 14 RM. (Juque).
Etiologia.
Fleumas de fogo (Tanhuoraoxin) por insuficiência de Qi de BP.
Insuficiência de produção de sangue.
Excessivo fogo de F. ou insuficiência de F. Yin.
Hemorragia, subalimentação e processos anémicos.
711
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Factores emocionais.
Enfermidades febris persistentes.
Clínica.
Palpitações.
Dor no peito.
Alterações psíquicas (angustia, amnésia, agitação).
Dificuldade em adormecer mas com o sonho tranquilo.
Tez pálida e sem brilho.
Astenia.
Alterações menstruais: amenorreia, oligomenorréia (período com intervalos
superiores a 35dias), etc.
Tonturas e vertigens.
Alterações na visão e hemeralopia (diminuição da visão nocturna).
Pulso fino e débil.
Língua e lábios pálidos.
Diagnostico ocidental.
Transtornos do ritmo cardíaco, hipertensão, hipertiroidismo, neurose depressiva
e má nutrição.
Etiologia.
Ataque de um factor climatológico exógeno (energia perversa ao MC.)
Factores emocionais muito activos e profundos.
Fleuma – humidade e calor endógeno.
Transtornos internos e dos cinco movimentos (Wu Xing) sobretudo com o R. e F.
Clínica.
Cardialgia irradiada ao meridiano.
Sinais Yang como: Hipertensão, sede, faces e língua vermelha, insónias, voz
sonora, urina escassa de cor avermelhada - amarelada, olhos brilhantes, etc.
712
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Espermatorréia nocturna.
Tendência a hemorragias (hematêmese, epistasia, hematúria, etc.)
Fácil riso e tendência a euforia e a divagação.
Sobreexcitação e audácia, valentia.
Pulso forte e grande.
Tratamento.
Abrir Yinwei: 6MC (Neiguan).
Sedar fogo e o Yang de C.: 5P. (Chize) tonificado e 15 B. (Xinshu) sedado.
Harmonizar o Shen: 7 C. (Shenmen), 17 RM. (Shanzhong) e 3PC. (Yintang).
Etiologia.
Excessivo estimulo do fogo do C. [euforia, estimulantes (como o café e cocaína
etc).]
Excessivo calor endógeno (F ou R-Yang)
Clínica.
Excitação.
Labilidade excessiva.
Euforia.
Logorreia.
Insónias.
Evolui com crises de angústia, irritabilidade e manias.
Tratamento.
Abrir Yinweimai: 6 MC. (Neiguan).
Acalmar o Shen: 7C. (shenmen), 7MC. (Daling), 1 PC. (Sishencong) e17RM.
(Shanzhong).
Dispersar o yang e estimular o Yin: 14 B. (Yueyinshu), e 15 B. (Xinshu), e
estimular o 17 RM.(Shanzhong) e 15 RM. (Jinwei).
Etiologia.
Alterações na interrelação [Insuficiência de R(-) ou plenitude de F (+), etc.]
713
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clinica.
Calor no tórax.
Língua inchada e rígida com ponta vermelha.
Saburra espessa e amarela.
Pulso rápido.
Epistaxis (hemorragia nasal).
Tez vermelha.
Dor e secura da garganta.
Sede, gosto amargo e boca seca.
Erosão da mucosa bocal.
Vomita sangue em casos graves.
Disúria (refere-se à dificuldade para urinar) ou Oligúria (é a diminuição e a
ausência da produção de urina.)
Obstipação ou dificuldade em defecar.
Insónias ou sono com bastantes sonhos.
Agitação, irritabilidade e delírio.
Sinais de o ID. estar afectado pelo calor do C.:
• Hematúria (presença de sangue na urina)
• Disúria.
714
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Igual ao do coração quente com manifestações que afectam o cérebro e a mente.
Clínica.
São os sinais de calor no C. e acrescentar:
• palpitações,
• úlceras na língua,
• irritabilidade,
• insónias,
• angústia,
• agitação,
Delírio
• manias.
Tratamento.
Igual ao do calor no coração.
Baixar o yang: 37 E. (Shangjuxu).
Etiologia.
Excitação do Mingmen (Porta da vida) por estímulos eróticos, promiscuidade,
estimulantes do Fogo.
Alterações emocionais.
Pacientes débeis por enfermidade crónica.
Neuróticos e obesos.
Clínica.
Espermatorréia.
Ejaculação precoce.
Agitação ansiosa.
Desordem a nível do sono.
Palpitações.
Tratamento.
Abrir Yinwei: 6MC (Neiguan).
715
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia.
Excessivo calor ou Yang do C. em indivíduos emocionalmente débeis.
Fleumas de calor.
Esquizofrenia, histeria.
Anemia e outras enfermidades de carência.
Clínica.
Excitação nervosa.
Rir durante o sono.
Irritabilidade e manias.
Perda de consciência.
Delírio.
Tratamento.
Abrir Yinwei: 6MC (Neiguan).
Harmonizar o mental: 7 C. (Shenmen), 7 MC. (Daling), 3 PC. (Yintang), 20 DM.
(Baihui), 1 PC. (Sishencong) e 17 B. (Geshu) e 8 ID. (Ziaohai).
Tonificar R. (-).
716
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica.
Alterações psíquicas:
• Depressão, melancolia.
• Demência.
• Consciência turvada.
• Comportamento anormal.
• O enfermo fala só.
Ruído de expectoração na garganta.
Desmaio, epilepsia, e apoplexia em casos graves
Pulso deslizante em corda.
Língua com saburra espessa e branca.
SÍNDROME FLEUMAS, HUMIDADE CALOR NO C. (Tan Re Shi Rao Xin ou Tan Huo
Rao Xin)
Etiologia.
Evolução de uma síndrome Humidade-Fleuma. A energia estancada pode
converter-se em fogo. O fogo e a fleuma incomodam o C. e a mente.
Calor perverso. O calor junto com a fleuma, une-se no pericárdio (Re Xu Xin Bao)
com febre alta, delírios e perda de consciência. Pode evoluir até ao C.
Clínica.
Alterações psíquicas:
Comportamento anormal, agressões e insultos.
O enfermo fala só, está agitado e tem manias.
Choro e riso anormais.
Insónias e transtornos de sono.
717
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Língua vermelha.
Tez e olhos vermelhos.
Sede.
Respiração barulhenta.
Obstipação.
Urina vermelha-amarelada
Pulso deslizante e rápido.
Língua vermelha com saburra espessa e amarela.
Diagnostico Ocidental
Enfermidades mentais diversas
Etiologia.
Insuficiência de Yang a nível torácico o que permite ao yin-frio estancar e
provocar contracção dos vasos sanguíneos.
Estancamento por produção de mucosidades (fleumas – Tanyin) geradas pela
alteração do TA. Médio.
Alterações emocionais que bloqueiam os mecanismos energéticos e dificultam a
circulação sanguínea.
Predisposição congénita ou insuficiência de Qi de C:
Clínica.
Opressão torácica e palpitações.
Dor intermitente do coração que irradia ao ombro, dorso e parte interna do braço
com sensação de angustia vital.
Desorientação e alterações do estado de vigília.
Coma em estados graves.
718
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento.
Abrir Yinwei: 6MC (Neiguan) e desbloquear o pericárdio com Xi (4 MC. Ximen).
Metabolizar as fleumas: 40 E. (Fenshong) e 3 BP. (Taibai). Regular o centro 36 E.
(Zusanli).
Estimular a raiz Yang de C. e MC.: 14 B. (Jueyinshu) e 15 B. (Xinshu).
Desbloquear o C. com Xi ( 6 C. Yinxi).
Regular a barreira diafragmática: 17 B. (Geshu).
719
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
espontânea. Astenia. Dispneia de esforço. Membros frios, aversão ao frio e agravamento com o frio.
Capacidade motora vai diminuindo. Tez pálida e opaca e lábios cianóticos. Pulso fino, profundo e lento.
Língua pálida de cor púrpura e inchada. Presença de transpiração abundante, membros frios, lábios
negros, respiração débil, pulso lânguido, perda de estado de vigília e inclusive desmaio, deve-se
interpretar como um esgotamento de Yang de C.
Tratamento: Abrir Yinwei: 6MC. Moxar shu de dorso de C. e MC.: 14 B. e 15 B.
Tonificar C. e P.: 9C. e 14 RM. Retornar o Yang a sua fonte: 4 DM. Tonificar o Yang: 36 E. e 6 RM. Se existir
problemas psíquicos importantes acrescentar: 7C. e 4 RM.
SÍNDROME DE ESTASIS DO C.( Xin Qi Yu Jie) OU SANGUE COAGULADO NO C. (Xin Xue Yu)
Clínica: Astenia e falta de ar. Taquicardia, sensação de opressão precordial e torácica, dor forte que se
propaga ao ombro, à coluna e à parte interna do braço, de frequência intermitente. Em caso de
esgotamento repentino do Yang do C.: Dor severa, membros frios, lábios negros e cara roxa, perda de
consciência e pulso lânguido, pulso tenso, língua azulada, dilatação das veias sublinguais e varicosidades
nas bordas.
Tratamento: Abrir Yinwei: 6MC - Tonificar a circulação: 9 P, 15B) e 8C. Tonificar o Yang: 8TA. e 39VB.
Tonificar a energia: 36E., 6 RM., 12 RM., 17 RM., 4 DM. e 23 B.
Em casos graves colocar os pontos Sapsun (10 pontos situados entres as almofadas dos dedos (pontos de
urgência) (ou os 12 Jing- pozo e 26 DM.) Regular a Unidade energética: 15 B. e 14 RM.
720
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
SÍNDROME CHAMADO DO FOGO DO CORAÇÃO (Xin Huo Shang Yan). OU FOGO ARDENTE DO
DO CORAÇÃO (Xin Huo Nei Fen).OU EXCESSO DO FOGO DO CORAÇÃO (Xin Huo Vang Sheng).
Clínica: aos sinais de calor no C. e acrescentar: Palpitações, úlceras linguais , irritabilidade, insónias,
angustia, agitação, delírio e manias.
Tratamento: Igual ao do calor no coração. Baixar o Yang: 37 E.
SÍNDROME DE CALOR DO C. QUE AFECTA A MENTE (Re Shang Shen Ming ou Xin Yang Sheng)
Clínica: Excitação nervosa, rir durante o sono, irritabilidade e manias, perda de consciência e delírio.
Tratamento: Abrir com Yinweimai: 6MC Harmonizar a mente: 7 C., 7 MC., 3 PC., 20 DM., 1 PC. e 17 B. e 8
ID. Tonificar R. (-).
SÍNDROME FLEUMAS HUMIDADE E CALOR NO C. (Tan Re Shi Rao Xin ou Tan Huo Rao Xin)
Clínica: Alterações psíquicas: comportamento anormal, agressões e insultos, o enfermo fala sozinho, está
agitado e tem manias, choro e riso anormais, insónias e transtornos de sono.
Língua vermelha., tez e olhos vermelhos, sede, respiração ruidosa, obstipação, urina vermelha-amarelada,
pulso deslizante e rápido. e língua vermelha com saburra espessa e amarela.
Tratamento: Abrir Yinweimai: 6MC Desbloquear o C.: 6 C. Actuar sobre (7C) e (7MC).
Os 12 pontos Jing-pozo (Ting) e os 10 anúncios (86PC-EX-EU-11) Metabolizar as fleumas: 40E. e 3 BP.
Desbloquear o Dumai na cabeça: 14DM., 16DM., 20DM., 23DM. e 26DM. Outros pontos de eleição: 11IG.,
2TA., 22RM., 1R. e 6BP.
SÍNDROME DE OBSTRUÇÃO DO CANAL DO C. (Xin Xue Yu Zu)
Clínica:
Opressão torácica e palpitações.
721
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Dor intermitente do coração que irradia ao ombro, dorso e parte interna do braço com sensação de
angustia vital.
Desorientação e alterações do estado de vigília.
Coma em estados graves.
Nos casos de estancamento de fleumas ou perversidade endógena humidade:
Dores difusas com sensação de doença no tórax.
Fleumas abundantes.
Dificuldade articular em geral.
Língua com saburra branca e grossa
Pulso em corda e escorregadio.
Nos casos de estancamento por frio:
Dores muito agudas que melhoram com o calor.
Frio e membros gelados.
Língua pálida com saburra branca.
Nos casos de estancamento da energia por alteração emocional:
Dor em relação ao agente emocional.
Língua vermelha escura.
Pulso lento e rugoso.
Nos casos de estancamento de sangue:
Dor emocional intensa.
Cianose (sinal ou um sintoma marcado pela coloração azul - arroxeada da pele) labial, língua violácea.
Pulso fino, lento e regular.
Nos casos de deficiência da energia:
Polipneia (é o aumento do número de incursões respiratórias na unidade de tempo.)
Lassitude mental.
Voz débil.
Língua pálida e terna.
Pulso fino e lento.
Tratamento: Abrir Yinweimai: 6MC e desbloquear o pericárdio com Xi (4MC.) Metabolizar as fleumas: 40E
e 3BP. Regular o centro 36E. Estimular a raiz Yang de C. e MC.: 14B. e 15B. Desbloquear o C. com Xi (6C.)
Regular a barreira diagramática: 17B.
Etiologia
Constitui sobretudo vazio do R- Yang.
Alimentação inadequada. Consumo excessivo de alimentos crus ou frios.
Alterações internas relacionadas com o F. e C. e o resto das vísceras, sobretudo de
tipo emocional.
Insuficiência do Yang de BP. e do E.
Esgotamento e fadiga por abuso sexual ou físico.
Clínica
Hipertermia, pele elástica e húmida, membros frios.
Tez incolor, salivação e lábios azuis com o rebordo branco.
Urina clara e abundante.
Aumento generalizado das secreções.
Dor hipogástrica que melhora com a massagem e calor.
Diarreia, ruídos intestinais.
Adelgaçamento.
722
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Etiologia
Pode ser de origem alimentar e climatológica. Aparece um vazio do Qi de ID que
a ficar crónico dará origem a uma síndrome de estancamento crónico (Xiachong
Qi zhi)
Clínica
Dor abdominal que alivia com pressão e calor.
Diarreia, fezes mucosanguinolentas.
Ruídos intestinais.
Disúria (refere-se à dificuldade para urinar).
Saburra delgada e branca.
Tez pálida.
Astenia.
Transpiração espontânea.
Extremidades frias, sensibilidade ao frio.
Enfraquecimento motor.
Pulso fino, profundo e lento.
Língua pálida e inchada.
723
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Tratamento
Igual ao vazio de ID.
Moxação
Etiologia
Fogo excessivo transmitido pelo C.
Infecções bacterianas. (humidade calor estancamento).
Alterações dietéticas.
Clínica:
Abdómen inchado e com dor a irradiar para a região lombar, alivia através da
emissão de gases.
Tez vermelha.
Sede e halitose.
Urina escura, disúria e sensação de ardor ureteral e incluso hematúria.
Erosão na mucosa bocal e garganta.
Retracção e dor testicular.
Febre e calafrios.
Quando se associa a humidade produz-se um quadro de diarreia agudo.
Pulso rápido e escorregadio.
Língua vermelha. Como é acoplado do C. também é típico a ponta da língua ficar
vermelha com saburra amarela e espessa.
Etiologia:
Excessivo fogo no C. (Xin Huo), num vazio de Qi de ID. e que ao ficar crónico
pode dar origem a uma síndrome de estancamento crónico (Xiachong Qi Zhi).
724
Capítulo IV: Los síndromes generales (Bian Zheng)
Clínica
Alteração na absorção como ocorre nas enfermidades carenciadas, ou pelo
contrário, excesso de substâncias não depuradas no sangue (Hiperglicemia,
hiperlipermia, etc.)
Anúria.
Língua vermelha e aftas bucais.
Disúria, hematuria.
Tratamento
Igual ao calor de C. (Xinre).
Mais calor de ID. (Xiaochangreshi)
725
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
726
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Tomo II
11. ª Lição
DIAGNÓSTICO
727
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
728
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
AS OITO REGRAS DE DIAGNÓSTICO (Ba Gan Bian Zheng):
1) Ying- Yang
2) Diferenciação entre exterior e interior ( Biao-Li-Bian-Zheng)
3) Diferenciação entre frio e o calor (Han-Re- Bian-Zheng)
4) Diferenciação entre vazio – plenitude (Zu-shi)
QUADRO SINÓPTICO
729
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
730
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
INTRODUÇÃO
A M.T.C. considera o ser humano como um ente holístico, no qual, cada parte
se relaciona com o conjunto. Isto gera uma grande complexidade de diagnósticos
relativamente à diferenciação de síndromes, dado que, em cada enfermidade podem
participar múltiplas variantes.
731
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Contudo, e sem esquecer o que foi dito, em especial, sobre o diagnóstico das síndromes
Zang- Fu, o método mais importante até agora para realizar o primeiro diagnostico,
será o diagnóstico dos Oito princípios directores, denominado geralmente pelas Oito
Regras de Diagnostico (Ba Gang Bian Zheng).
Dado que uma síndrome é a consequência da união de vários sinais e sintomas clínicos,
é obvio que precisamos de saber quais são esses sinais, que na MTC se denominam:
Quatro Elementos de Diagnóstico. E, seguindo um esquema metódico onde vamos
registando toda a informação obtida através dos elementos de diagnóstico utilizados,
forma-se a História Clínica em Acupunctura.
Nos três capítulos desta lição iremos então abordar: as Oito Regras de Diagnóstico, os
Quatro Elementos de Diagnóstico e a História Clínica Acupunctural.
732
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
OBJECTIVOS
Noções Yin –Yang: noções que servem para catalogar o tipo de paciente e das classes
de sintomas. Proporcionam uma ideia global do problema.
Noções Frio – Calor (Han- Re): indicam o estado da enfermidade. Se o paciente tem frio,
apresenta o corpo frio e procura o calor, então a enfermidade pertence ao grupo
“Frio”e a etiologia de energia perversa “frio”, é a de que existe um incremento de Yin,
absoluto ou relativo, no paciente. Se o paciente tem calor e procura o frio, apresenta o
corpo quente, a enfermidade pertence ao grupo “Calor”, está determinada como
energia perversa “calor”, existindo um incremento de Yang, absoluto ou relativo, no
paciente.
733
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
1) O YIN E O YANG
O Yin e o Yang são noções abstractas que proporcionam uma ideia de oposição e
interdependência.
Actividade Repouso
Activação Inibição
Aumento Diminuição
Progressão Regressão
Hiperfuncionamento Hipofuncionamento
Hiperdinamismo Astenia
Hipertonia Lassitude
A) Os sintomas evolutivos
734
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
735
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Vazio do Yin:
Secura da boca e garganta, adelgaçamento, oligúria, tendência a obstipação ou fezes
secas, vertigens, insónias, pulso fino, língua sem saburra.
Tratamento: Tonificar Rim Yin.
Vazio do Yang.
Astenia psico-física, fadiga, esgotamento e prostração, tendência a economia
energética: dificuldade em falar, hipofuncionamento orgânico, carácter débil,
debilidades sexual, língua pálida e pulso débil.
Tratamento: Tonificar Rim Yang.
736
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Estes sinais podem ser considerados como evolutivos de uma insuficiência do Yin em
controlar o Yang ou do Yang em controlar o Yin. São condições graves.
Escape do Yin:
Indicam uma insuficiência grave dos líquidos orgânicos originada por vómitos ou
hemorragias intensas.
Transpiração abundante, pegajosa e salgada, sede, secura de boca e desejo de bebidas
frias, aversão ao calor, respiração arfante, agitação e inquietude, tez com rosetas, língua
vermelha escarlate e seca, pulso fino, rápido e sem força.
Tratamento: Tonificar Rim Yin, o Yin e o sangue, dando especial atenção aos pontos 3R e 6BP.
Escape do Yang.
Uma vez instalado traz transpirações no decurso de uma enfermidade.
Corpo frio, sobretudo as extremidades, transpiração fria abundante e com gotas
grossas, ausência de sede ou desejo de bebidas quentes, hipnopatia, prostração, língua
húmida e pálida, pulso ténue e disperso.
Tratamento: Tonificar Rim Yang, o Yang e a energia, moxar com base de sal o 8RM e com
cones o 4RM.
737
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
738
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Etiologia.
a) Por evolução do sintoma externo:
défice defensivo;
factor patógeno interno;
quando não se faz tratamento ou se faz de forma incorrecto.
b) Por ataque directo da E.P. ao interior
c) Por factor patógeno endógeno (psicoafectivo, stress, alimentação, etc)
SUPERFICIAL PROFUNDO
Síndrome de calor superficial Síndrome de calor profundo
Febre com fobia ao calor Febre com fobia ao calor
Saburra lingual branca Saburra lingual amarela
Pulso superficial Pulso profundo e rápido
Síndrome de frio superficial Síndrome de frio profundo
Febre com medo ao frio Corpo e membros frios
Saburra delgada branca Saburra branca e escorregadia
Pulso profundo e compacto Pulso profundo e lento
739
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Etiologia.
Excessivo calor patógeno ou troca brusca de frio a calor.
Estancamento da energia por factor emocional, o que provoca calor ou fogo
interno (cólera, excitação, stress, etc…)
740
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Clínica.
Concentração de líquidos orgânicos (secura de garganta e nariz, oligúria, fezes
secas ou obstipação, etc…).
Rosto avermelhado (olhos, maças do rosto e língua).
Calor, febre, fobia ao calor e melhoria com o fresco.
Sede e desejo de bebidas frias.
Língua vermelha e saburra amarela.
Pulso rápido.
Tratamento. Purificar o calor, tonificar o Rim Yin, refrigeração interna e refrescar o sangue.
Etiologia.
Pacientes com frio interno crónico por vazio de Yang, sujeitos a agressão externa do
vento-calor, ou ainda, esgotamento agudo do Yang, por purgantes, eméticos, etc. numa
síndrome de calor.
Clínica
Febre, calafrios e fobia ao vento; cefaleias, garganta inflamada e dolorosa, como
sinais externos.
Membros frios, poliúria de urina clara, fezes brandas ou diarreia e ausência de
sede como sinais de frio interno.
741
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Etiologia.
O frio externo estanca-se no interior provocando calor interno e, persistindo o factor
frio, numa síndrome de calor crónico perante um ataque de frio brusco ou intenso.
Clínica
Febre e calafrios, aversão ao frio, cansaço, dor muscular e ausência de
transpiração como sinais de frio externo.
Sede, agitação interna, irritabilidade, oligúria…como sinais de calor interno.
Etiologia.
Desequilíbrio do Dao Vital por insuficiência do sangue ou predomínio excessivo do Qi.
Clínica:
Opressão torácica, cefaleia, agitação, sensação subida da energia até a cabeça
(Baforada), vermelhidão facial, transpiração no pescoço e cabeça, como sinais
de calor alto.
Cólicas ou dor abdominal que melhoram com o calor, diarreia liquida, poliúria,
pés frios, como frio inferior.
Tratamento. Tonificar o Xue, moxar os fogos dos Yin-Zu, abrir os Qiaomai, barreiras e
Daimai.
742
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
C4) Verdadeiro frio – Falso calor, ou verdadeiro frio interno e falso calor externo, ou
calor aparente e frio real (Li Han Shi Biao Re)
Etiologia.
Acumulação de frio no interior por exposição a factores patógenos externos e dietéticos
que deslocam o Yang para o exterior. Consequentemente inscritos como sinais externos
de aparente calor.
Clínica
Existem duas síndromes de frio real com calor aparente, cuja causa é um predomínio
de R. sobre BP. (Wu) e sobre C. (T’cheng), dando lugar a:
Etiologia.
Ciclo patogénico Wu (contradomínio) de R. Yin sobre BP. devido ao bloqueio ou
insuficiência na transformação (metabolismo ou raiz Yin do BP) e no transporte (Inter
relação ou raiz Yang de BP.)
Clínica
Frio interno:
Abdómen inchado e doloroso, frio nos quatro membros, suor frio, tremores, voz
débil, anorexia, urina clara, pulso profundo e fluente, capa escura no centro da
língua.
Calor externo:
Inquietude, obstipação, sede (o enfermo reclama bebida mas não bebe), secura
de boca e faringites.
Etiologia.
O R. Yang e o R. Yin mantêm uma relação de interdependência que é a base
fundamental da vida física (água orgânica Rim Yin) e do calor biológico (fogo vital –
Rim Yang).
O fogo do C. desce ao R. (energia Tong com o sangue, a artéria renal) e a água do R.
sobe ao C. (liquido intersticial ou componente aquoso do sangue) mantendo o
equilíbrio fundamental da economia energética, a agua em representação do Yin e o
fogo do Yang, criando o eixo mais profundo o 6º plano o Shaoyin.
O R. Yin retém o R. Yang não permitindo que o fogo se eleve, manifestando sinais de
excessiva energia na parte alta. O R. Yan retém o R. Yin não permitindo que a matéria
desça, manifestando sinais de incontinência e frialdade na parte baixa.
743
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Clínica
A disfunção desta relação pode provocar sinais de calor aparente na parte superior e
externa, ou o oposto, sinais de frio interior e inferior.
Sinais gerais: febre ou sensação de calor externo, e contudo desejo de tapar-se, sede e
recusa de bebidas frias, desejo de bebidas quentes, pés frios, e contudo desejo de
frescura “o enfermo deseja despir-se e sentar-se na lama” (perda de calor externo),
urina e fezes abundantes e solta, contudo terá épocas de obstipação, vertigens devido a
acumulação de Yang, língua risada com saburra negra, pulso grande mas sem força.
Tratamento: Equilibrar o R. Yang e o R. Yin: 4RM (Guanyuan), 4 DM (Mingmen), 23 B.
(Shenxu), 25 VB (Jingmen), 52 B. (Zhishi), 6 RM. (Qihai), 2 R. (Rangu) e 10 R. (Yingu).
Pontos Ting dos Yin (Jing –poço)
C5) Verdadeiro Calor – Falso Frio, ou Verdadeiro Calor interno e Falso Frio aparente
– Verdadeiro Calor ou síndrome de Yang- Frio (Li Re Shi Biao Han)
Etiologia.
Concentração de energia no interior devido a uma necessidade de homeostase interna
(neutralização, estimulação ou gasto importante) provoca a impossibilidade do Yang
estender-se ao exterior.
Clínica
No exterior: membros frios, sobretudo os dedos e no entanto fobia ao calor, pulso
profundo mas resistente e rápido.
No interior: secura de boca e garganta com desejo de bebidas frias, halitoses (mau
hálito), respiração forte, divagação, oligúria, obstipação, diarreia com ardor anal,
língua vermelha com saburra amarela escura ou sensação de espinhas na língua.
Tratamento: Refrigeração interna e pontos Ting dos Yang (Jing-poço)
744
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Existem quadros clínicos onde os sinais de vazio e plenitude são claros e determinados,
contudo, existem outros quadros mais complexos, nos quais podem existir sinais de
vazio a coexistir com sinais de plenitude, no interior ou no exterior, energia ou no
sangue, etc, que demonstram uma síndrome intermédia de evolução (por exemplo,
plenitude de colaterais com vazio de principais) ou então, sinais aparentes que ocultam
a presença real do outro. Nestes caos dá-se prioridade ao aspecto mórbido
predominante.
As síndromes de vazio plenitude podem referir-se ao sangue, à energia, aos Yin-Ye, ao
Yin e ao Yang, etc.
Neste estudo, abordaremos os sinais mais representativos do Qi e do sangue e os sinais
gerais.
Etiologia
Insuficiência do “céu anterior” ou insuficiência inicial. Insuficiência do “céu posterior”
por carências dietéticas - respiratórias. Insuficiência por gastos excessivos, como ocorre
com a fadiga, promiscuidade, hemorragia, enfermidades crónicas, agressão emocional,
meio ambiente, etc.
Clínica
Astenia, psicastenia que piora com o esforço, dispneia espontânea ou de esforço (todo
o vazio repercute-se no pulmão), tez paliada e mate, transpiração abundante e
espontânea ao mínimo esforço, incontinência urinária e secreções seminais, resposta
favorável a massagem e ao calor, náuseas, vómitos (em algumas ocasiões), sensação de
afogamento, língua amarela com saburra escassa, pulso vazio, fino e débil.
Clínica
Hipopneia (Hipo respiração), voz débil, suores frios, extra- sístoles (transtornos
cardíacos), inquietude, vertigens, zumbido a nível auditivo, astenia, anorexia,
dispepsia, pulso pequeno ou então vazio e alternado.
745
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Etiologia
Má nutrição, hemorragias, insuficiência do Yinzu (BP, F. e R.), enfermidades crónicas,
esgotamento das essências por factor emocional, etc.
Clínica
pele seca e escamosa, lábios pálidos, tez descolorada e unhas azuladas,
irritabilidade e insónias, febre ou febrícula nocturna com transpiração, língua
pálida - azulada, pulso galopante e sem força.
Etiologia
A energia antipatógena é forte, ainda não está debilitada e oferece resistência ao factor
Xie. A luta não pode durar muito tempo, pois levará a um esgotamento da reserva
energética, por isso, os quadros de plenitude só podem ser agudos, evoluindo
favoravelmente para a cura (exteriorização) ou desfavoravelmente para o agravamento
(interiorização).
A plenitude, também se produz pela falha da actividade interna (sistema zang-fu)
produzindo plenitude por acumulação ou por estase (estancamento de sangue) como
ocorre nas fleumas, insuficiência circulatória, etc.
Clínica
Sinais de plenitude, opressão e distensão (tórax e abdómen), febre, hipertermia,
agitação mental e verbal, fezes secas e urina escassa e amarela, os pacientes rejeitam
a pressão, a palpação e a massagem, respiração estertorosa, língua com saburra
espessa, pulso pleno deslizante e forte.
Etiologia.
Acumulação de fleumas – calor, humidade – calor, de alimentos ou fogo orgânico,
excessiva actividade de F. Yang e C. Yang.
Clínica.
Aparece plenitude tórax abdominal, fleumas abundantes, hiperpneia (respiração
rápida), abdómen inchado, saliva, arrotos ácidos, obstipação ou diarreia, cólicas, pulso
grande e resistente.
746
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Etiologia.
Insuficiente formação de líquidos orgânicos (vazio de R. Yin), abundância de
elementos tóxicos, comidas gordas e especiarias, álcool, etc.
Clínica.
Plenitude em TA. Superior com dores agudas intercostais, amnésia e língua
violeta.
Plenitude em TA. Médio com dor gastrointestinal e fezes negras.
Plenitude em TA. Inferior com cólicas na parte inferior do abdómen e poliúria.
Etiologia.
Um estado de grande plenitude provoca sintomas de vazio, ao gerar uma obstrução
que diminui ou inibe as funções naturais do organismo. Ocorre, por exemplo, em
plenitudes gástricas por comida excessiva que produz sonolência, cansaço, falta de
apetite, produz-se hipotermia e pulso profundo e lento.
Em circunstâncias semelhantes aparecem as alterações dos Colaterais que implicam
sinais de vazio nos M. Principais.
Contudo, a plenitude real partilha com o vazio, sinais do tipo reacção dolorosa a
palpação e pressão, halitoses (má respiração e odor desagradável), plenitude
abdominal e respiração ruidosa
Etiologia.
A insuficiência diminui as actividades normais do organismo provocando sinais de
plenitude e estancamento. Ocorre, por ex: no vazio de Qi de BP. (Pi Qi Xu) que
manifesta sinais de plenitude abdominal, distensão epigástrica e dor, no entanto, esta
melhora com a pressão, existe diarreia ou fezes soltas e o pulso ainda que tenso não
apresenta resistências à palpação.
747
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
PLENITUDE VAZIO
Respiração ruidosa Respiração débil
Dor agravada pela palpação Dor alivia com a massagem
Língua de aspecto velho Língua grossa de aspecto estriada
Pulso forte Pulso sem força
De verdadeiro calor, falso frio Cara pálida mas os lábios vermelhos e olhos vivos, aparente estado
calmo mas irritável e com gestos vivos. Língua vermelha e saburra
amarela, voz alta, respiração quente, sedo com desejo de água fria,
entretimento com possível ardor anal e urina vermelha – amarelada.
Frio nas extremidades com sensação de calor no tórax e abdómen,
sem desejo de abrigar-se.
748
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
749
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
750
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
CAPÍTULO II
INTRODUÇÃO
OS QUATRO ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO
A) Inspecção e observação (Wang Zhen)
B) Audição e olfacto (Wen Zhen)
C) Interrogação (as trinta perguntas básicas) (Wen Zhen)
D) A palpação (Qie Zhen)
QUADRO SINÓPTICO
751
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
752
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
INTRODUÇÃO
753
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
754
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
755
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
756
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
757
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
758
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
759
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
A tez branca corresponde ao Outono, ao pulmão, à secura. Uma tez branca com
tons rosados claros e vivos é normal (um rosado fresco), mostra que há sangue e
energia suficiente, mas se é uma tez branca associada a magreza, indica insuficiência de
energia e sangue. A tez branca associada a edema é sinal de vazio de energia. Quando
existe um edema é porque não há energia suficiente e a água é acumulada a nível
subdérmico. É necessária energia para que a água possa ser biotransformada e
aproveitada pelo organismo que tende naturalmente a expulsa-la.
A tez branca com aspecto de osso seco, associada a outros sinais pulmonares
como: hipopeneia, palpitações cardíacas, etc. indica um esgotamento de energia do
pulmão.
Palidez súbita indica um esgotamento da energia Yang. Também, a tez pálida
associada a sinais de frio interno (como uma cólica de frio com calafrios) indica frio
interno.
Como referência para o diagnóstico diferencial a cor branca indica-nos:
760
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
761
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
762
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
763
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
764
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
A coordenação e a posição
765
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Esta distribuição por estratos, tem como o aspecto energético, uma inter-relação
holística, em que todos, ou cada um, pode influenciar o todo ou as partes. Portanto, a
dermatopatia, por exemplo, pode ser originada por qualquer um dos órgãos ou
vísceras que compõem os cinco movimentos, embora sem dúvida alguma, para que se
produza essa alteração ou transtorno fisiológico deve existir uma predisposição
favorável.
766
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Por esta razão, da análise do terreno físico podemos extrair dados úteis na
elaboração do diagnóstico como seja, a manifestação física, um testemunho evidente de
um transtorno que deve enquadrar-se, geralmente, dentro de uma síndrome específica.
O primeiro que se observa é a pele e o pêlo como sinais mais externos.
A pele é o nosso manto protector e cobre toda a superfície do corpo, é onde
circula a energia wei e toda a estrutura defensiva-homeostáctica Reflecte qualquer
transtorno, tanto na formação da energia wei, que implica: as unidades energéticas que
a elaboram (1º E, 2º ID, 3º IG, 4º R, 5º B, 6º F, 7º VB), como a formação da energia rong,
que implica o P e BP, como no coração e no pericárdio que regem o sangue e a mente.
Por essa razão, pode-se considerar a pele como o sistema mais claramente
holístico, pois, relaciona-se com o interior (estrutura física) e com o exterior (meio
ambiente), de tal forma, que um transtorno interno: intestinal, gástrico, hepatobiliar,
circulatório, emocional, metabólico, renal, ambiental ou externo, pode manifestar-se na
coloração, espessura, textura, hidratação e patologia cutânea.
Por exemplo, uma pele oleosa pode indicar transtorno do R (edema por
insuficiência renal) ou do BP (transtornos metabólicos); a pele seca e murcha indica
sinais de secura e insuficiência do yinye; as erupções podem ser provocadas por vento
tóxico, por vento endógeno, por agentes excitantes; as erupções, manchas, forúnculos,
acne, etc., são sinais clínicos relevantes que podem confirmar um diagnóstico de uma
patologia como: calor no sangue, vazio do sangue, vazio do BP, vazio do Qi do P, calor
no yangming, etc.
O pêlo, os chineses chamam-lhe “o resto do sangue”, por isso o pêlo é
abundante, forte e com brilho quando o sangue é abundante; por outro lado, quando
cai, está fraco e sem brilho indica vazio do Xue.
Quando aparece alopecia de uma forma brusca e em várias zonas indica uma
síndrome de vazio do Xue e do Yin do F. Quando o cabelo cai nos jovens pode ser
devido a uma insuficiência do R-Yang (transtornos endócrinos) ou um excesso de calor
no sangue (fogo que queima o resto do sangue). O cabelo grisalho nos jovens não
indica nenhum factor patogénico.
Os tecidos subdérmicos, o celular subcutâneo (BP), o músculo-tendinoso (F),
vascular (C), e ósseo (R), não se podem incluir numa observação directa, fazem parte
da interrogação,
767
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
OS CINCO ORGÃOS DOS SENTIDOS (Wang Tou Jing Wu Gong Jiu Qiao)
Os cinco órgãos dos sentidos são regidos pelo Qi de cada um dos cinco Zang.
Assim sendo, as cinco áreas físicas dependem do mesmo Qi, e qualquer alteração física
(que afecte a matéria), ou energética (que afecte as vias energéticas) pode repercutir-se
no que se designa de quinta-essência física de cada um dos órgãos: nariz (P), boca e
olhos (BP), orelha (R) e língua (C). A quinta-essência energética seria o Qi que
retornaria ao rin-yang (supra-renais) para preservar o Zongqi ou Yuanqi herdado.
Observando a essência, pode-se ver a origem, por isso os cinco órgãos dos
sentidos convertem-se nos cinco sistemas de diagnóstico mais utilizados na
acupunctura. Dentro do diagnóstico, a língua, os olhos e a orelha são os mais habituais,
podendo também ser utilizados para tratamento, sobretudo, a orelha e o nariz
(aurículo e rinopuntura).
Sobre os olhos, já fizemos uma breve referência no capítulo dedicado à
expressão. Seu estudo como elemento de diagnóstico, compreende a iridologia e a
iridodiagnóstico. Não o desenvolvemos neste livro, pois, apesar de ser um sistema
próprio, não existem referências sobre os tratados iridológicos. É desejável um estudo
profundo da íris como elemento de diagnóstico. Sob o ponto de vista da MTC,
poderíamos observar sinais de calor, de frio, de insuficiência do Qi, do vento interno,
do vazio do Xue, etc., que permitirá enquadrar o observado dentro de uma síndrome
energética e não como diagnóstico de alterações físicas ou funcionais específicas,
segundo se utiliza habitualmente.
O nariz é um discreto elemento de diagnóstico pouco utilizado, embora existam
algumas características morfológicas e de coloração que podem ajudar num
diagnóstico. É mais utilizado como método de tratamento, sobretudo como anestesia
acupunctural que no próximo volume de microsistemas iremos desenvolver.
Não obstante, podem-se observar certos sinais, como por exemplo, nariz
congestionado e a ponta do nariz com erupções indicam calor no E e P, o bater
involuntário das asas nasais indica insuficiência da energia do P e do Rin - yang, etc.
A boca e os lábios são mais expressivos que o nariz, mas não se pode considerar
como um método de diagnóstico definitivo,
768
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
769
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Tremores ou convulsões.
Os tremores em pacientes Yang indicam vento quente, nos pacientes
Yin vazio de Qi e Xue.
Qualquer tipo de movimento anómalo (epilepsia, convulsões, etc.)
deve-se ao vento interno (F e MC).
A dificuldade em mover os membros com atonia e flacidez sem dor,
está relacionada com um vazio do Qi do BP. (Piquixu), um vazio do yin
do F. (Ganyinxu) e um vazio do Jing dos rins (Shénjingxu).
As caimbras nas extremidades assim como a retracção tendinosa estão
relacionadas com alterações do F e vazio do sangue.
Olhos
Nos olhos podem-se observar as seguintes características: A cor
esclerótica, põe-nos em relação com o órgão correspondente. O Ling
Shu cap. 74 diz; “quando o branco dos olhos é vermelho a patologia
está no C; quando é branco, está no P; quando é azul esverdeado está no
BP, quando é preto está nos R”.
Olhos vermelhos e palpebras escuras indicam vazio dos rins.
770
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Orelhas
Orelhas pálidas são sinal de vazio interno.
Orelhas escuras e secas, são sinal de insuficiência do R-Yin.
Orelhas vermelhas e inchadas é calor húmido da VB e do F.
Orelhas grandes e espessas, é sinal de abundância do Qi do E.
Orelhas pequenas e magras, é sinal de debilidade do Qi do R.
Orelhas com pele descamada, é sinal de estase do sangue.
Orelhas com supuração, é sinal de humidade-calor do F e VB.
Lábios
Lábios pálidos indicam vazio do Xue
Lábios cor-de-rosa, é sinal de vazio do Qi, Xue e frio interno, se ficam
com cor de malva é sinal de frio interno agudo.
Lábios violáceos indicam estase de Xue e de Qi.
Lábios vermelhos indicam plenitude de calor, se estão secos, secura
interna ou calor do BP.
Lábios escuros e inflamados indicam plenitude, calor agudo.
Nariz
Nariz vermelho indica calor do BP, P e Yang do F; com inflamação e
erupções indica calor do sangue.
Nariz negro indica vazio do R-Yin ou edema.
Nariz amarelo indica calor por humidade interna (alteração do BP).
Nariz branco indica insuficiência do Xue.
Nariz azulado indica transtornos do F e BP (predomínio do F)
Dentes
Dentes amarelos e secos, indica calor por secura
Dentes sem brilhos e negros, é sinal de vazio do Jing do R
771
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Boca
A boca desviada com espasmos indica vento agudo, plenitude do Yang
do F.
A boca contraída e aberta é sinal de vazio do BP.
Saliva abundante que sai pelos lábios, sobretudo durante o sono, indica
fleuma-humidade por défice de BP ou calor do E.
Pele
A pele vermelha indica calor do P e E. Sé é vermelho escuro indica
acumulação de calor tóxico. Se o vermelho é pálido ou roxo é sinal de
insuficiência do Qi do Xue e do Yang. Se houver inflamação nos
membros inferiores indica humidade-calor.
A pele com erupções cutâneas indica vento e calor do F e C.
A pele com manchas violeta é sinal de êxtases do sangue por vazio do
Qi.
Expectoração
A expectoração escassa e concentrada como um grão de trigo indicam
fleumas-secura.
A expectoração abundante e fácil de expulsar indica fleumas-humidade.
A expectoração espessa e amarela é sinal de fleumas-calor
A expectoração fluida e branca indica fleumas-frio
A expectoração fluida e espumosa indica fleumas-vento
A expectoração hemoptóica (com sangue) indica calor no P ou fogo do F
que afecta o P.
A expectoração purulenta (acastanhada) e malcheirosa é sinal de estase
fleumas-calor no P.
A LÍNGUA
INTRODUÇÃO
772
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
773
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
a língua tem uma capa branca e se transforma em amarela, diz-se que a energia perversa penetra
no seu interior produzindo calor.
A terceira cor é o cinzento, de origem renal. Para as patologias de origem interna ou
externa, é sinal anunciador de uma evolução da energia perversa até à profundidade. Exemplo:
uma língua cinzenta é sinal que a energia perversa está nos meridianos Yin e se a cor tender
para o preto é sinal de hemorragia grave, frequentemente mortal.
A quarta capa é a cor negra, ou que pouco a pouco se vai transformando em negra, é
sinal de evolução do calor ao interior. O centro da língua rosa transforma-se progressivamente
em negro, sinal de gravidade. Uma capa bem localizada na ponta da língua que se transforma
em preto é sinal de sobreaquecimento do Fogo do C.
Examinando a língua pode-se fazer um diagnóstico bastante preciso. Durante o exame é
necessário observar a capa da língua que pode ter uma evolução para outra cor, isso é,
determinar a evolução da patologia.
Para além da capa da língua, há que estudar a morfologia. Temos estudado, a ponta o
centro e o fundo. O exame da língua deve fazer-se à luz natural, para não existirem variações de
cores. Em certos casos há necessidade de limpar a língua, por exemplo, se a doença é gripe a
língua é branca, mas este branco pode modificar-se pela energia dos órgãos e entranhas.”
774
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Às vezes os sintomas não são claros, o pulso não se percebe, então só nos resta a
observação da língua.
775
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Por exemplo:
A língua rosada e flexível “não velha”, não grossa, nem fina, com saburra fina,
branca e húmida, podemos defini-la como normal.
Segundo a teoria das manifestações dos órgãos internos, a língua comunica com
todos eles através dos meridianos e seus colaterais.
776
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
777
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Convém acrescentar que, por vezes as doenças graves não produzem alterações
na língua e vice-versa. É importante salientar que é um método complementar, não
exclusivo (há condições de língua congénitas [pontiaguda, pele vermelha viva, etc.]).
778
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
779
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Uma língua normal deve ser cor-de-rosa, húmida, não muito grossa nem muito
magra, não frouxa e hábil no movimento (move-se livremente)
Estudaremos: o corpo da língua e a saburra.
I) Corpo língual:
a.3) Língua vermelha: de cor mais viva que o normal. Indica patologias por
calor. As doenças causadas por agressões exógenas, indica penetração do calor, as
lesões internas, indicam excesso de calor ou deficiência do Yin e calor interno. Esta
situação observa-se muito nas doenças febris, a meio do seu período de evolução. É um
sintoma de que existe algo “tóxico” (infecção).
a.5) Língua púrpura: a cor da língua está entre o verde, azul e púrpura. A
língua de cor púrpura clara ou verde púrpura e humidade, indica excesso de frio e
êxtases do sangue; a cor roxo púrpura com pouca saliva, indica excesso de calor,
estancamento do Qi e do sangue. A língua púrpura escura com manchas indica estase
do sangue, observa-se em muitos casos de insuficiência respiratória, insuficiência
circulatória com hipoxia e infecções muito sépticas.
780
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
b.1) Humidade: a língua normal que apresenta alguma resistência, deve ser
viva e húmida com saliva suficiente. A língua seca e murcha indica que se esgotaram
os líquidos corporais, observa-se quando ocorre má nutrição, anemias graves e em
períodos de esgotamento da doença febril.
b.2) Se é velha ou nova: a língua velha tem texturas grossas, ásperas, vê-se que é
“velha”, indica patologias de excesso de calor e observa-se no auge da doença aguda.
Se a língua é fina, pouco grossa e frouxa, indica-nos síndromes de deficiência ou de frio
e observa-se no final das patologias crónicas.
b.3) “Gorda”: a língua grossa é “tão grande que enche a boca”. Se ao mesmo
tempo for pálida e frouxa indica a deficiência do Yang no baço e no rim, acumulação
de água, humidade e estagnação de fleumas; se ao mesmo tempo for muito vermelha, o
vermelho escuro indica excesso de calor no coração e baço ou humidade-calor tóxico;
se é de cor púrpura observa-se no edema angioneurótico com congestão da glote.
b.4): Língua delgada: a língua delgada indica insuficiência do Xue, se tem cor
pálida deve-se a deficiências tanto do Qi como do sangue; se é muito vermelha deve-se
ao excesso de fogo por deficiência do Yin. Observa-se muito em tumores.
b.8) Marcas de dentes: nos bordos da língua vêm-se marcas de dentes, deve-se a
uma deficiência do Qi do baço e excesso da humidade.
781
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
b.14) Fungos na língua: formações sobre a língua como se fosse uma couve- flor,
com úlceras muito dolorosas, indicam estancamento do fogo no coração e no baço.
Observam-se em situações de cancro da língua e outros tumores benignos.
c.1) Rigidez: língua rígida, não se move facilmente e existe dificuldade em falar,
aparece em patologias provocadas por factores patógeno-exógenos e indica que o calor
penetrou no mestre do coração ou estancamento de fleumas no interior, também em
casos de febre alta que consome os líquidos corporais, nas lesões internas considera-se
um sintoma da apoplexia e deve-se à obstrução por fleumas dos colaterais. Observam-
se em AVC’s e outras lesões nervosas.
c.2) Língua paralisada: aparece uma língua macia e sem força para mover-se. Se
tem cor pálida indica deficiência do Qi e do sangue, se é vermelha indica o consumo do
Yin, se é vermelha e seca ao mesmo tempo, o paciente apresenta uma patologia recente,
deve-se ao calor que queima o Yin. Observa-se a perda de funções
782
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
c.3) Língua curta: língua encolhida que não se estica. Em muitos casos é sintoma
de perigo. Se a língua apresenta uma cor mais pálida e húmida deve-se ao
estancamento do frio nos tendões e vasos; se é muito vermelha e seca deve-se à perda
de líquidos corporais em patologias por calor; se a língua é grossa deve-se à obstrução
interna de fleumas. Observa-se muito em AVC’s, graves infecções com atrofias da
língua e em pacientes muito fracos num período de crise.
c.5) Tremores: a língua treme sem parar, sem que o paciente a consiga controlar.
Vericam-se em doenças causada por factores patógeno-exógenos, deve-se ao vento
originado pelo excesso de calor ou ao movimento do vento por deficiência. Observa-se
em doenças de medicina interna e deve-se à deficiência do Qi e do sangue e
insuficiência doYang. Aparece frequentemente em paralisias, Parkinson, e outras lesões
extrapiramidais.
II). Saburra
783
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
b) Secura ou humidade:
Se a saburra se vê seca e à palpação não se sente com saliva, denomina-se de saburra
seca, se para além de seca é também áspera como a areia, então chama-se de “saburra
áspera”. Indica, excesso de calor que consome e prejudica os líquidos corporais o que
provoca esgotamento de líquidos Yin. Também se verifica em pacientes com
deficiência de Yang que não transformam os líquidos para que subam e humedeçam.
Observa-se esta saburra seca, em casos de febre alta, de desidratação e acidoses. Se a
superfície da língua se vê húmida, e ao palpar sente-se escorregadia, é uma saburra
aquosa e designa-se também de saburra escorrgadia, orienta-nos para uma acumulação
ou estancamento interno de água, humidade ou de fleuma. Observa-se em casos
ligeiros ou disfunção cardíaca.
c) Viscosidade:
Se a saburra é composta por grãos esponjosos, grossos, como queijo de soja, denomina-
se de saburra “queijo de soja” (saburra suja, saburra turva). Indica excesso de calor
Yang e subida de “lo turbio”, por exemplo, em casos de estancamento de alimentos ou
fleumas. Observa-se frequentemente em infecções graves, apendicites, indigestões, etc.
Se a saburra é fina e difícil de remover, chama-se de saburra viscosa, e se é ao mesmo
tempo escorregadia denomina-se como saburra mucosa e escorregadia, indica
humidade – turva , que separa o Yang. Observa-se frequentemente em pacientes com
transtornos funcionais do sistema digestivo e indica uma patologia mais leve que a
saburra “queijo de soja”.
d) Saburra pelada:
Saburra parcialmente descascada ou totalmente descascada. Se a saburra está
parcialmente descascada, essa parte da língua encontra-se lisa sem saburra, chama-se
de “pelada como flor”, indica lesão do Qi e do Yin do estômago, se por vezes é
pegajosa indica acumulação de flemas e humidade, e a resistência (factores anti-
patogénicos) está lesionada, se os bordos sobressaem, denomina-se de “saburra de
mapa”, indica deficiência de Yin, ou interrupção do Qi e do sangue. Se a parte
descascada não se vê lisa e parece que há outra capa, designa-se “saburra que parece
descascada”, a qual indica insuficiência do Qi e do sangue por uma patologia
prolongada. Se a língua está totalmente descascada vê-se fluorescente como um
espelho, designa-se de “língua espelho” ou língua
784
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
e) Saburra parcial: às vezes só uma parte da língua está coberta por saburra. Se a ponta
da língua está coberta por saburra indica que o factor patogénico já penetrou no
interior e o Qi do estômago já se encontra danificado; se a raiz da língua está coberta de
saburra, embora o factor patogénico se debilite, existe todavia estancamento no
estômago, ou o paciente tem ou sempre teve acumulação de fleumas; se o lado
esquerdo está coberto de saburra é porque o factor patogénico está a meio caminho,
entre a superfície e o interior. Por fim, se aparece tanto do lado esquerdo como do lado
direito, a agressão encontra-se no fígado e na vesícula biliar. Se a saburra cobre toda a
língua, geralmente é por obstrução no Jiao médio, provocada por fleumas – humidade.
CORPO LÍNGUAL:
Cor
Cor base Aspecto semiológico
Rosada Normal. A patologia externa ainda não penetrou
Pálida Vazio do Xue
Enrojecimiento Plenitude do calor exógeno. Este calor penetrou
Negro – Morado Estancamento do Xue. Hiper consumo dos Yinye
Aspecto
Grossa com marcas de dentes S. de fleumas, humidade e vazio do Qi
Lisa, depapilada, tierna Síndrome Xu, vazio do Qi e Xue
Rasposa. Velha Hiperconsumo do Yinye
Contracturada Síndrome Shi de qualquer etiologia
Socavada Vazio do Cue e dos Yinye
Mobilidade
Move-se livremente normalidade, não há doença
Tremor lesão do 2º neuroma ou síndrome Xu no C
e BP e esgotamenteo do R-yin
Desvio da língua Vento, calor exógeno perverso grave ou
fleumas humidade afecta o SNC
Rigidez Agravamento de 2 e 3
785
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Língua vermelha:
Calor endógeno
786
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Vazio do Qi: De origem P: astenia, alterações cutâneas, tos seca, dor torácica
De origem C: extrassistola, ansiedade.
De origem BP: anorexia. Inchaço abdominal, dor no epigástrico,
diarreia, dores menstruais.
SABURRA:
Espessura
Intermédia Sinal de normalidade
Fina Afecção externa, síndrome frio. Consumo
dos Yinye, vazio do xue
Grossa afecção interna, síndrome de fleumas,
síndrome de calor
Ausência ausência de Qi do BP, esgotamento do R-
Yin
Cor
Marfim Sinal de normalidade
Branca Vento frio, frio endógeno
Amarelo-torrado fleumas, humidade. Calor endógeno
Negro Gravidade-Fogo
Humidade
Normal Normalidade
Secura Vazio do Xue com diminuição do R-Yin e
declínio dos Yinye
Humidade síndrome de frio
Humidade gordurosa Fleumas humidade
787
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Síndrome de frio: P. E.
Capa amarela espessa:
Plenitude: Calor E.
Calor P.
Fogo do F
788
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
789
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Realizamos com fins de orientação, um resumo dos sinais mais relevantes dentro do
capítulo da audição-olfacto.
Linguagem
Sinais de plenitude, calor a nível do F, MC e C; logorréia (verbosidade
excessiva) (C), irritabilidade (H), delírio (MC), agressividade verbal,
coprolalia, síndromes maníacos, etc. (C).
Sinais de vazio e fleumas frios: voz débil e incoerente (vazio do yang geral),
dificuldade na expressão e língua rígida (fleumas-frio)
A voz
Sinais de plenitude: afonia brusca, voz forte e sonora.
Sinais de vazio: afonia progressiva, voz débil e apagada.
Respiração
Sinais de plenitude: sonora e barulhenta (Yang e fleumas – calor)
Sinais de vazio: débil, curta e ofegante (vazio do Qi, P e R)
Suspiros frequentes e longos: estancamento do Qi do F.
Tosse
Sinais de plenitude: profunda e cavernosa com expectoração amarelada
(fleumas de calor de P.), igual mas não produtiva (secura de P.), tosse
muito produtiva (fleumas humidade), tosse com muita mucosidade
fluída e esbranquiçada (vento- frio).
Sinais de vazio: débil, com abundante expectoração fluida (vazio do Qi, de
P ), nocturna crónica (vazio do R - Yin)
Soluços
Sinais de plenitude: sonoros e rápidos (calor do E)
Sinais de vazio: débil e fracos (frio do E, vazio do Qi e vazio do Yang do TA
médio)
790
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Arrotos
Sinais de plenitude: mau cheiro (estancamento de alimentos no E) com
regurgitação ácida (invasão do F sobre o E)
Sinais de vazio: sem cheiro (vazio do Qi do E o inversão do Qiji do E)
Odor da respiração
Sinais de plenitude e estancamento: fétido (calor do E), podre (abcesso do P
ou vias respiratórias e digestivas altas e sinusite).
C) O QUESTIONÁRIO
INTRODUÇÃO
791
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
auditiva, oitavo pela sede, nono sobre a história (evolução) e décimo pela causa.
Perguntar também se tomou alguma medicação, às mulheres pelas regras e às crianças
se tiveram sarampo ou varicela”.
O Su Wen, nos capítulos 77 e 78 crítica todos aqueles que pretendem efectuar
um diagnóstico sem ter em conta o questionário. Essa crítica estende-se aos nossos
métodos de diagnóstico, já que na nossa opinião o questionário é um pilar básico,
sobretudo para o acupuntor ocidental.
Devemos perguntar o seu lugar de origem, onde vive, a sua higiene, dieta e
comportamento emocional. Se o doente apresenta doenças agudas ou crónicas,
devemos interrogar sobre o início e os sinais evolutivos, sobretudo, a relação com o
frio, com o calor, a digestão, a libido, a cefaleia, etc.
Os sinais clínicos que vão aparecendo, devem ser logo relacionados com a
fisiologia energética, obtendo respostas que nos permitam determinar as causas.
A fisiologia energética, desenvolver-se-á mais profundamente nos volumes III e
IV e dando continuidade ao que se desenvolveu no volume I, pretendendo confirmar a
fisiopatologia dos 5 movimentos.
Princípios gerais a considerar no momento de efectuar o questionário.
A medicina bioenergética sustenta-se numa tese holística, por isso, na hora de
fazer o questionário, é importante ter em conta as diversas nuances da pergunta e da
resposta; ou seja, deixar que o paciente desenvolva a resposta, não sendo uma
pergunta de resposta fechada.
Não devemos induzir uma resposta que nos parece mais indicada, de forma a
enquadrar numa determinada patologia, sem deixar que o doente exprima os seus
sintomas, pois os doentes crónicos sofrem geralmente de patologias complexas. O mais
importante, é que no conjunto de sinais, exista uma predominância dos mais
importantes no momento de efectuar o diagnóstico diferencial.
Se a evolução não é a adequada ou a esperada, o melhor é voltar atrás e efectuar
novamente o questionário, para verificar se foram valorizados ou desvalorizados
dados importantes, podendo alterar o primeiro diagnóstico. No entanto, o questionário
vai sendo actualizado no decorrer de toda a terapêutica, e na maior parte dos casos,
não é necessário preocupar-se na busca de síndromes complexas, já que a história
clínica não acaba na primeira visita e vai-se desenvolvendo ao longo da relação com o
paciente.
792
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
793793793
16
* O conceito Thân tem-se denominado geralmente por shen, contudo nós consideramos o término
shen como psíquico em geral, não como Shen especiífico do Coração. Por isso não existe Shen sozinho
mas Shenthân, Shenhoun, Shenpo, etc.
793
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Cada pessoa tem e mantém uma personalidade padrão, básica ou essencial que
se designa de JINGSHEN que é a que caracteriza as tendências do
comportamento do indivíduo.
A personalidade depende de um componente imutável (genético) e outro
mutável (adquirido). Portanto, as características genéticas ou as adquiridas
oscilam de dentro para fora, do inconsciente para o consciente (genético) e do
consciente para o inconsciente (adquirido) de acordo com o respectivo
predomínio e com as diversas fases evolutivas do indivíduo. Se a influência
ancestral é intensa a personalidade conservará características relevantes dos
antepassados; se não, a característica variável predominará, relegando o
ancestal para o interior, subconsciente.
Este processo de simbiose pode-se dizer que termina aos 35 anos na mulher e ao
40 no homem, idade que se alcança a maturidade psico-fisica segundo as leis
das cinco evoluções.
A personalidade, por sua vez, depende do estado energético-quimico-fisico dos
órgãos; uma pessoa que mantenha equilibrada a inter-relação, não existirão
sinais de predomínio de qualquer uma das cinco características emocionais,
mas existirá sempre uma predisposição própria, em virtude dos antepassados,
do clima e da dieta, etc.
No indivíduo Houn será no espírito do fígado que existem certos atributos
nobres da personalidade, como a valentia, a audácia, a cortesia, a nobreza, o
cavalheirismo, a estratégia, a actividade criativa e a imaginação. “A ideia aloja-
se no fígado”. Na china antiga dava-se o nome de “Grandes Fígados” aos
generais pela capacidade de decisão e de estratégia.
O indivíduo THÃN ou espírito do coração éo indivíduo de máxima virtude ou
essência próxima do criador ou ao UM; é o discurso e o conhecimento, pessoa
de aura brilhante, de expressão superior, de sabedoria e conhecimento, de
discurso vivo, fluido e lógico. É a capacidade que uma pessoa tem para adquirir
conhecimento e transmiti-lo.
O indivíduo YI ou alma do Baço-Pâncreas tem a capacidade para aplicar o
conhecimento do THÃN de uma maneira determinada perante um problema
concreto, é a reflexão ou dedução aplicada do conhecimento. Na China, aos
juízes chamavam-se “Grandes Baços”
O indivíduo PO ou espírito do pulmão é aquele que é positivo, optimista,
procura sempre o lado bom das coisas, que tem
794
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
795
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
796
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
797
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
E a víscera:
Portanto, o órgão tem uma função predominantemente Yin e uma função Yang
complementar.
798
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
17
799799799
17
* Ver técnica Shu – Mu no primeiro tomo.
799
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Períodos de crise
Quando num paciente se verifica, com regularidade, períodos em que
aumentam os sintomas da enfermidade, existe sem dúvida alguma, um ritmo que
devemos saber interpretar. Assim:
O aumento dos sintomas durante a noite indica uma alteração em relação
aos Meridianos Distintos e uma enfermidade do Yin e do Xue.
Durante o dia indica uma enfermidade dos Meridianos Tendinomusculares
e uma enfermidade do Yang e de Qi.
O aumento ou melhorias dos sintomas num determinado horário,
acompanhado de agravamento no horário oposto (12 horas mais tarde) é
sinal claro de plenitude ou vazio da unidade energética correspondente.
As crises álgicas em pico de serra indicam síndromes médio internas –
médio externas, como são as síndromes do Shao-Yang ou do Jue-Yin.
As crises sazonais, põe-nos em clara relação com os órgãos, por exemplo, a
alergia primaveril, deve-se geralmente a um efeito excessivo do Wu do F,
sobre o P e por isso aparece na primavera; certas úlceras de estômago têm
origem no calor yang do F, e dor é também mais intensa na primavera;
cólicas no inverno por plenitude relativa da raiz Yang do R sobre a raiz Yin,
etc.
A Cefaleia
800
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
física, etc., por isso, a cefaleia não é suficientemente conhecida na medicina física e os
seus recursos terapêuticos limitam-se na maioria das vezes, a tratamento sintomático
ou acção analgésica.
Por isso, também, as cefaleias são uma das patologia que maior êxito têm
quando tratadas por acupunctura. O acupunctor consegue eliminar não só a cefaleia,
como o sofrimento que esta provoca, evitando transtornos mais profundos de acordo
com o princípio exposto de sinal prodrómico ou sinal de alarme.
Na acupunctura considera-se de mau prognóstico a remissão espontânea de
uma cefaleia crónica, pois, a maioria das vezes, indica superação da fase Yang e Qi
(externa) para a fase Yin e Xue (interna e orgânica).
Dada a sua importância, como elemento de diagnóstico, iremos debruçar-nos
sobre o seu estudo com algumas considerações:
Salientamos em primeiro lugar, que todas as cefaleias supõem, quase sempre,
uma plenitude energética a nível superior. Assim sendo, é necessário saber que a
extremidade cefálica está irrigada por:
• Os meridianos Yang que têm a zona Nó (nudo) na parte superior (cabeça).
• Os meridianos Distintos são responsáveis por uma pequena percentagem das
cefaleias
• Os Meridianos Tendinomusculars Yang
• Meridiano Principal do Fígado, já que existe uma ramificação interna que a
partir do ponto 14 F (Qimen), ascende atravessando o diafragma e o pulmão e
desde ele, um ramo vai por trás da garganta, alcança o olho, atravessa o cérebro
e chega ao ponto 20 DM (Baihui).
• O Meridiano Principal do Coração, que envia ramificações à base da língua
• Todos os vasos reguladores ou curiosos que levam energia essencial
Estes meridianos vão ser, por tanto, o substrato básico das cefaleias.
Classificação:
1. Cefaleias Exógenas, são sempre provocadas por energias perversas através dos
seguintes mecanismos:
Existem seis planos energéticos, três Yang e três Yin.
801
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
B. Por plenitude do Fígado e da Vesícula Biliar através dos ramos e seus trajectos
internos que vão ao cérebro.
É lógico que sempre que aparece dor cefálica, esta é acompanhanda
por diferentes sintomas, segundo o tipo de processo ou seja:
802
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
b) Vazio do Baço-Pâncreas.
Quando a alteração sangue – energia é determinada por um Vazio do Baço, o
paciente refere: astenia, opressão torácica originada pelo facto do Baço não alimentar
energeticamente o Pulmão, vómitos por alteração do TA médio e pulso tenso, etc.
803
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
que traduz um Vazio de ZU JUE YIN, é obrigatório pensar numa possível alteração do
Rim
Tratamento:
O importante no tratamento é chegar à etiologia da patologia, se bem que, a
plenitude energética a nível superior pode ser resolvida pela técnica de planos e outras
técnicas sintomáticas, a cefaleia sem o tratamento etiológico adequado, torna-se
recorrente.
804
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
5 TA (Waiguan)
2 VB (Tingshui) ponto nó do plano
Técnica de planos energéticos com:
• 6 TA. (Zhigou), ponto acelerador,
• 44 VB. (Qiaoyin) Jing-pozo.
2 TA (Yemen), ao tirarmos o 2 TA tiramos o 6 TA (Zhigou)
23 TA (Sizhukong) ponto local
2 B. (Zanzhu) ponto local.
4 IG. (Hegu) pela acção local sobre o crânio e a cara.
Taiyang (9 PC.), Shuaigu (8 VB) e Touwei, (8 E) como “nó de nós.
Pontos locais 14 VB.(Yangbai) 8 VB (Shuaigu) e pontos A’shi.
Fecha-se com o 41 VB. (Zulinqui)
805
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
806
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
807
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Podemos acrescentar:
Técnica Shu-Mu do Fígado (18F. (Ganshu) e o 14F. (Qimen)).
Técnica Shu-Mu do Rim (23B. (Shenshu) e 25VB. (Yangjiao)) que vai
aumentar o caudal energético do sangue.
808
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
7B. (Tongtian).
38 VB. (Yangfu)
1. Cefaleia Frontal: 3PC. (Yintang), 2B. (Zanzhu), 23TA. (Sizhukong), Taiyang, 24DM.
(Shenting), 20VB. (Fengchi), 7B. (Tongtian), 4IG. (Hegu) e 11IG (Quchi) (este último
conjunto purifica o calor perante um problema de Yangnificação), 7P. (Liqué), 36E.
(Zusanli), 62B. (Zhiyin), 60B. (Kunlun), 67B. (Zhiyin), abrir sempre com o ponto 3ID.
(Houxi).
2. Cefaleia no Vértex: 20DM. (Baihui), 2F. (Xiangjian) em sedação, 3F. (Taichong), 8F.
(Ququan) e 38VB. (Yangfu) em dispersão.
3. Cefaleia Ocipital: 20DM. (Baihui), 8B. (Luoque), 16DM. (Fengfu), 20VB.(Fengchi),
2TA. (Yemen), 3TA. (Zhongzhu), 5TA. (Waiguan) e 44 VB. (Qiaoyin).
4. Cefaleia Generalizada: 2B. (Zanzhu), 23 TA. (Sizhukong), Taiyang (PC.), 4 VB.
(Hanyan), 5VB. (Xuanlu), 8VB. (Shuaigu), 20DM. (Baihui), 23 DM. (Shangxing), 7B.
(Tongtian), 20VB. (Fengchi), 5TA. (Waiguan), 4IG. (Hegu), 7P. (Liequé), 3ID. (Houxi),
11IG. (Quchi), 36E. (Zusanli), 44VB. (Qiaoyin), 2F. (Xingjian), 60B. (Kunlun) e 62B.
(Shenmai).
5. Cefaleias relacionadas com o ciclo mestrual: 2B. (Zanzhu), 23TA. (Sizhukong),
Taiyang (PC.), 20VB. (Fengchi), 3VB. (Shangguan), 4VB. (Hanyan), 5VB. (Xuanlu),
4RM. (Guanyuan), 6RM. (Qihai), 11R. (Henggu), 10BP. (Xuehai), 36E. (Zusanli), 6BP.
(Sanyinjiao) e 2F. (Xingjian) em sedação.
809
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
-Temporais, frontais ou
generalizados
VENTO-CALOR: - Febre
Taiyang - Faringite
Shaoyang - Língua amarelada
(preferencialmente) - Pulso superficial e rápido
- Frontais e oculares
- Cabeça pesada- Moléstias gástricas
VENTO- HUMIDADE
Shaoyang
- Cansaço e sensação de peso no
Yangming (preferencialmente) - Membros sobretudo a nível articu
- Fezes líquidas
- Pulso débil
-Oculares e faciais
-Sensaçãode entorpecimento.
- Sensação de torpor
- Astenia
- Diminuição agudeza dos sentidos
VENTO-SECURA
- Prisão de Ventre;
-Alteração respiratória
Yangmin
810
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Zumbidos Yang
Vertigens
A1) DIREITA Debilidade lombar
Leucorreia, espermatorrea
Língua vermelha
Sono ligeiro
Hipertermia
A) VAZIO R. YIN A2) AFECTA. F. Língua amarelada
Predominio do R.Yang Urina vermelha
com plenitude do F. Yang≥ Irritabilidade
Fogo imperial - ≤ da água
Sobre o fogo imperial ≥ I
YANGNIFICAÇÃO
Insónia
Temor ao frio
A4) CRÓNICO Tez pálida
PROFUNDO Sensação de frio nos 4 membros
vazio dos 2R.(*) Impotência, etc.
C) VAZIO DO
--C2) 2º ESTADO- ESGOTAMENTO PRÓPRIO DO F.YANG
F. YIN COM AFECTAÇÃO DA VB.
Em relação com Cefaleia temporal, enxaqueca, insónia, desejo do escuro e uma noxa do calma, pulso tenso,
prisão de ventre, urina vermelha, tez tipo Shen
vermelha
---C3) 3º ESTADO- ESGOTAMENTO RAÍZ DE TRANSPORTE
Cefaleia generalizada, vertigem, vómitos ágrios, sem insónia,
olhos fechados com impossibilidade de os abrir, alterações musculares e rigidez facial.
D) VAZIO GERAL DOS YIN (B-F-R) = SANGUE – Descamação cutânea, Astenia, Anorexia, Vertigens, Lipotimia,
Palidez.
E) VAZIO GERAL NO SANGUE E ENERGIA: Doenças crónicas e/ou graves, multipolaridade, perdas hemáticas
abundantes e mau estar geral.
F) ALTERAÇÃO DO TCHONGMAI: Relacionado com as perdas menstruais.
18
811811811
18
(*) A situação prolongada do vazio de R. (Yin) conduz a um vazio do R. (Yang). Isto produz-se por desnutrição do P.
(Maestro das energias) que alimenta o R. (Yang) (Via quinta essencial Rong-Qi) e por excessivo domínio de Fogo no
ciclo Cheng (relação cardiorespiratória no TA Superior).
811
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
1) Igual
TEMPORAL Shaoyang 2) 6TR. – 44VB. – 9PC. – 2VB. – 8E. – 8VB. – 2TA.
3) 3, 4, 5, 6 e 7VB. – 20TA. – 23 TA. – 14VB. – 2B. + A´shi
(*) 5TA. Barreira externa- Yangweimai, 4IG. comanda a cara, 36E. regula a energia, 20DM. Nó geral, 41VB. Fecha
Dumai, ou ainda, o 3ID abre o Dumai, 4IG. – 36E. – 20DM., 62B. Fecha Yangquiaomai.
812
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
813
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
A relação do homem com o seu meio climatológico é abordada pela MTC com uma tal
imprtância que se denominam as vias energéticas em função da sua acção
homeostática. A Teoria taoista e bioenergética, o seu seguidor Lao Tse, denominou o
“UM” ( el Uno) o Princípio Universal, a origem da matéria e da energia e a partir do
qual se originam o DOIS (BIPOLARIZAÇÃO), o três (DINAMIZAÇÃO), OS DEZ MIL
SERES (TRANSFORMAÇÃO) e consequentemente a matéria, que animada de T´chi
(respiração vital), desenvolve mecanismos de relação com o seu meio que permitindo a
sua sobrevivência. Estes mecanismos, são os meridianos de acupunctura, entidades
energéticas em oposição ao FRIO-CALOR (BIPOLARIZAÇÃO), VENTO
(DINAMIZAÇÃO), HUMIDADE-SECURA (TRANSFORMAÇÃO)
Em bioenergética, o factor climatológico tem um papel muito importante no estudo das
síndromes, de tal forma, que se considera o factor cósmico (Liu qi) como o agente
desencadeante da maior parte das patologias, tanto externas, como internas.
(Este tema desenvolve-se no volume I, da 3ª lição pelo que, nos remitimos ao seu
estudo, a fim de determinar os sinais que possam ajudar-nos no diagnóstico.)
O frio e o calor
814
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
ao frio; se é mais forte, o primeiro do que o segundo, aparece muita aversão ao frio e
pouca febre.
Febre sem aversão ao frio: produz-se em casos de febre elevada, quando existe
penetração de vento- frio e vento- calor, no Yin; pode-se considerar uma
síndrome Yin com transpiração abundante, agitação e polidipsia. Também
se produz nos casos de febrícula constante ou inclusive com sensação de
hipertemia generalizada, relacionada com uma insuficiência geral de
energia, apresentando ainda sinais de anergia discreta tais como: logofobia,
palidez, lasitude, fadiga, aliento débil, língua pálida, pulso débil, etc. Esta
síndrome, também se enquadra conjuntamente com o afundamento da
energia do BP. e do E. ou deficiência crónica do Zhongjiao ou TA. Médio
(Zhong Yangbuzhen).
815
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Suor
816
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
A sede e a fome
817
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Sede intensa com transpiração, febre, desejo de bebida fria e tez vermelha: calor nos
meridianos.
Com poliúria pode indicar diabetes.
Com desejo de bebida quente e disuria, indica fleumas e estacamento.
Com boca seca, indica estancamento de sangue.
A fome, indica uma plenitude do Yang do E.. A inapetência (anorexia ou fastio),
orienta-nos para um vazio do Yang do E.
Inapetência com emagrecimento e astenia: vazio do TA. Médio.
Inapetência com inchaço abdominal e sensação de peso: humidade no BP.
Naúseas e rejeição de alimentos proteicos e gorduras: humidade calor no E. e
BP. ou F. e VB.,
Bulímia insaciável: significa fogo de E.. Se há má digestão com fezes moles
existe insuficiência de BP.
Fome que desaparece logo que comece a comer, indica vazio do Yin do E.
Secura e febre
Ver no volume I, 3ª Lição em síndromes de secura e de calor e síndromes febris.
De frio- interno Membros frios e frialdade geral, cara e lábios pálidos, olhos
apagados, ausência de sede ou desejo de bebida quente,
logofobia e adinamia, urina clara e fezes soltas, língua com
saburra esbranquiçada, pulso profundo e tardio.
Tratamento: Calorificação
A) De frio por excesso A. Aversão ao frio, prisão de ventre, dor abdominal não
tolerante à pressão, pulso profundo e forte, asma com
abundância de expectoração, saburra branca e pegajosa.
Tratamento: Calorificação.
B). De frio por deficiência de Yang B. Aversão ao frio, fezes moles ou diarreia, dor abdominal com tolerância à pressão, pulso
orgânico profundo e débil, urina clara e abundante, respiração curta, depressão e lassitude.
Tratamento: Tonificar o Yang e Calorificação.
818
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
A). De calor por excesso A. Febre elevada, sede e agitação, língua com saburra amarelada, pulso cheio e rápido,
distensão abdominal que não tolera a pressão, fezes secas e urina vermelha.
Tratamento: Purificar o calor e Refrigeração interna.
B). De calor por deficiente Yin orgânico B. Febre vespertina com calor no tórax, mãos e plantas dos pés, sede com secura na
garganta, língua vermelha sem saburra, pulso filiforme e rápido, transpiração nocturna.
Tratamento: Tonficar o Yin e os líquidos orgânicos.
De verdadeiro frio e falso calor Rubor malar, mas com lábios pálidos, irritabilidade mas com depressão e lassitude, língua
pálida- humida, voz débil e respiração fraca e frio. Sede sem desejo de beber ou desejo de
bebidas quentes. Calor corporal com desejo de agasalho, urina clara, fezes não fétidas.
Processos faríngeos não inflamatórios, pulso rápido mas débil, sem sensação de calor no
tórax e abdómen.
Tratamento: Tonificar o Yang e levar o fogo à sua fonte 4DM. (Mingman)
De verdadeiro calor falso- frio Cara pálida mas lábios vermelhos e olhos vivos, aparente estado de acalmia mas irritável e
gestos vivos. Língua vermelha e saburra amarelada, voz alta, bafo quente e fétido, sede
com desejo de água fria, prisão de ventre com possível ardor anal e urina vermelha-
amarelada. Frio nas extremidades com sensação de calor no tórax e abdómen, sem desejo
de se agasalhar.
Tratamento: Purificar o calor e Refrigeração interna.
819
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
A dor, é um dos sinais clínicos mais relevantes, sendo indesejável o seu padecimento, a
investigação da sua etiologia tem-se estudado intensamente nas mais diversas
variedades, naturezas e localizações.
E assim, quanto à sua natureza, a dor pode ser:
Dor- Plenitude.
Dor reactiva à pressão e à massagem, que indica plenitude.
820
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Quanto à localização:
a) Dor cefálica: ver cefaleias.
b) Dor toráxica:
● Alterações ao nível do TA. Superior (P., MC. E e C.);
● Com hemoptise e expectoração purulenta é fogo P. e fleumas- humidade,
abcesso, tuberculose, etc;
● Com palpitações, dispneia e transpiração espontânea, é vazio de Coração;
● Com irradiação nas costas, com opressão, sufocação, tosse produtiva e
hemoptoica é uma estase de Yang de Coração por fleumas.
c) Dor costal:
● Alterações do F. e VB.;
● Estado colérico e irritabilidade e sensação de distensão é um estancamento do
Qi do F.;
● Com sensação de contracção, olhos e tez amarelada, é humidade calor;
● Com sensação de calor interno, olhos e tez vermelha é plenitude de fogo do
F.;
● Fixa, com pontadas e muito reactiva à palpação é estase de sangue do Qi do F.
d) Dor abdominal:
● No epigástrico indica alteração do E;
● Intensa, localizada e com pontadas, é um estase de sangue no E.;
● Que melhora com o calor e a massagem, é vazio de frio do E. ou TA. Médio;
●Que Melhora com a ingestão e polidipsia, é fogo de E. com afectação dos
Yinye;
821
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
e) Dor da coluna:
A dor na coluna, pode ter múltiplas origens e relações, com causas exógenas
(traumatismos, energias perversas, esforços, etc.) ou internas (reflexos víscero cutâneos
através do sistema nervoso, reflexos Shu do dorso, transtornos que afectam os Jing do
R. (líquidos cefalorraquidianos), etc).
A mais frequente e conhecida, é a dor lombar não trumática, com sensação de
debilidade lombar e dor surda nos joelhos, que indica vazio nos Rins, tanto do R-Yin,
como do R-Yang, como do Qi e do Jing.
822
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
A urina
É um dos sinais básicos no diagnóstico, tanto na medicina oriental como na ocidental, é
pergunta obrigatória nos problemas de origem interna, um dos sinais relacionados com
a função de transformação dos órgãos.
A poliúria ou micção abundante está relacionada com uma insuficiência na formação
do líquido Shénshui o liquido intersticial, o que produz sinais de secura e desidratação,
aparece também pelo frio interno no R. e B. e nos diabetes.
A oligúria, ou escassez de urina, é devida à insuficiência de líquidos por calor
excessivo, que os consome ou perda dos mesmos através da transpiração, diarreia,
vómitos, etc.
A oligúria, com edema ou retenção de água, implica transtornos de P., BP. ou R., que
são os três órgãos mais relacionados com o edema. O P. por ser a via superior da água
e responsável pelo sua descida, o BP. por ser a origem da água dos alimentos e da
bebida e o Rim por ser o que separa os líquidos puros (Shénshui) dos impuros (urina).
A poliúria com urina escassa e amarela- avermelhada deve-se a humidade- calor no
Xianjiao (TA. Inferior).
A poliúria com urina abundante e clara deve-se ao frio do Xiajiao e à insuficiência do
R-Yang e do Yang da B..
A poliúria, com dificuldades na micção deve-se ao calor interno por deficiência do Yin.
A incontinência urinária e o gotejamento podem ocorrer por excesso ou por defeito. No
primeiro caso, pode ser produzida por uma descida da humidade - calor, estase
sanguíneo ou por cálculos; no segundo produz-se por uma insuficiência do R-Yang que
não retem ou uma insuficiência do R-Yin que não biotransforma.
A enurese infantil deve-se a um vazio do R-Yang, que não pode fornecer a energia para
a biotransformação e os líquidos descem no período de relaxação muscular e esfincter
do sono.
A disúria, emissão dificultosa e a golpes, deve-se a um bloqueio plenitude e estase na
zona inferior (prostatites).
A nictúria é um sinal de vazio do R-Yang ou de esgotamento do Qi do P.
823
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
As fezes
Pode ser um bom elemento de diagnóstico, não somente pela observação da cor ou
diferença do odor, mas também quanto à quantidade, forma e frequência da sua
expulsão.
As fezes de díficil expulsão, secas e duras, próprias da prisão de ventre
devem-se; à insuficiência de líquidos orgânicos, à acumulação de calor no
intestino ou a um vazio da energia tanto no Yangming como no Xiajiao (TA.
Inferior);
As fezes moles e frequentes devem-se a uma alteração no BP. (alteração
metabólico - alimentar) com formação de fleumas que posteriormente não
são devidamente separadas pelo ID. Nem pelo IG.;
As fezes moles mas, de difícil emissão indicam estancamento do F.;
A alternância de excreção de fezes moles e secas deve-se ao estancamento
do F., à debilidade ou vazio do BP. ou à desarmonia entre eles;
As fezes secas como tampão, seguidas por fezes moles indicam vazio de E. e
do BP.;
As fezes diarreicas com alimentos não digeridos e as diarreias matutinas
devem-se a um vazio do Yang do BP. e do R. e a frio humidade interna do
IG. Como a atonia do ancião, do debilitado, convalescente, etc;
As fezes diarreicas amareladas são originadas pela humidade calor no IG.;
As diarreias com cólicas e as que não aliviam a dor depois da defecção,
indicam insuficiência do BP. e estancamento do F.;
A incontinência, pode ser provocada por distensão rectal e esfincterismo
por falta de Yang inferior, diarreia crónica, prolapso ou insuficiência do BP.;
O ardor anal, deve-se a um excesso de calor do IG. ou devido à irritação
provocada pelas lombrigas;
As fezes negras devem-se a hemorragias internas ou estase sanguíneo;
824
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Edema e depósitos
O edema, independentemente da etiologia clássica de nefrites, insuficiência cardíaca,
cirrose ou má nutrição, tem para M.T.C. outras causas:
Edema Yin, insuficiência do BP. e R.;
Edema Yang, plenitude bloqueio do R.;
Ver patologia no movimento Água sobre Edemas e formação de fleumas no
movimento Terra, assim como as síndromes de retenção e acumulação de água na 3ª
Lição, volume IV.
Alterações gastrointestinais
Ver patologia no movimento Terra.
825
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Dismenorreia:
Pré- menstrual que melhora durante a menstruação, é estancamento de Qi
ou do Xue.
Menstrual ou Pós-menstrual com lombalgia e dores musculares, é sinal de
vazio do Qi, do Xue ou dos rins.
Se a dor melhora com calor ou massagem apresenta uma síndrome de
vazio- frio.
826
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Amenorreia:
Menstruação escassa ou insuficiente com opressão dolorosa no baixo-
ventre, peito e costas com irritabilidade, enquadra-se no síndrome de
estancamento de Qi do F.
Se tem dor persistente no hipogástrico durante o período e há emissão de
sangue de cor púrpura e coágulos trata-se de estase de sangue;
Se é crónica, é uma paciente débil, com sangue de cor pálida, indica vazio
de Qi e do Xue ou do Jing do R.
Menorragia:
Menstruação abundante de cor vermelha, indica calor de sangue;
Menstruação abundante de cor vermelha pálida, indica vazio de BP.
Leucorreia:
Abundante e fluída, sem odor e esbranquiçada deve-se a fleumas-frio-
humidade por vazio de Yin do BP.
Abundantes e espessas, sem odor e amareladas, são por humidade- calor
estancado;
Rosadas (água do peixe) e com mau odor, estancamento de Qi do F.
Transtornos do sono
A insónia ou sono ligeiro está associado a um estado de Yangnificação do Metal (M. e
C.) que é o que em última instância, eleva o Yang (calor orgânico) à cabeça,
provocando a vigília e a actividade precisa para o estado consciente. Segundo Lingshu
“quando a energia Yang acaba incrementa-se a energia Yin e um deles adormece,
quando se esgota a energia Yin activa-se o Yang e desperta-se”. Quando o equilíbrio
Yin-Yang se altera pode originar-se excesso de Yang (insónia) ou excesso de Yin
(sonolência).
O organismo está em consonância com o meio cosmo-telúrico que o rodeia, seguindo
exactamente as suas manifestações; assim, durante o período de luz solar, ou período
Yang, a energia está muito activa no Yang, isto é, no exterior, na cabeça e no TA.
Superior (função cardio - respiratória) por isso, o cérebro está Yangnificado (estado
activo da função neuronal) e as vias tendinomusculares plenas de energia Wei com o
objectivo de manter a relação homeostática própria da actividade laboral diurna.
Durante o período nocturno (estado Yin) a energia passa a ser interna; entra nos
meridianos distintos a fim de repor o gasto diurno,
827
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
o Wei fica mais interno e a energia desce por baixo do diafragma ao TA.(inferior e
médio), com o fim de elaborar o sangue e o Wei gasto; o agente climatológico torna-se
mais agressivo ao estar diminuída a barreira neutralizante externa. Por isso, é
necessário o período do sono, para se repor e reparar todo o gasto originado no
período activo, organizar as defesas, gerar as essências e elaborar o Wei no F. e na VB.
A insónia, é um predomínio do Yang sobre o Yin no metal. Sendo este regido pelo C. e
MC. pode-se considerar que a insónia se origina por um excesso de Yang do coração,
devido a uma insuficiência do Yin do Coração (vazio de sangue), um vazio de R-Yin
(não apaga o fogo), uma plenitude do Yang do F. (acelera o fogo imperial por
generação), uma deficiência do BP. que origina as formações de fleumas e em
concordância com o calor podem ferir a mente, um estancamento da VB., ou de
alimentos do E., etc.
Sonolência ou letargia aparece pelo efeito contrário, predomínio de Yin ou fleumas,
humidade que impede a ascensão do Yang. As causas mais frequentes são a
insuficiência de Yang de C. e de R.. A letargia febril deve-se a um bloqueio de calor do
MC., que impede a ascensão do Yang.
Os sinais mais relevantes, dentro dos transtornos de sono, são:
A dificuldade em conciliar o sono com a transpiração, hipertemia,
debilidade lombar e sensação de calor no tórax - indica vazio de Yin renal
com plenitude do Yang cardíaco;
Sono débil com cansaço, palpitações, língua pálida e pulso vazio - indicam
vazio de Qi do C. e do sangue;
Insónia com plenitude no epigástro, dilatação abdominal, saburra espessa e
opressão torácica - indicam indigestão, estancamento dos alimentos ou
desarmonia do E.;
A sonolência está relacionada com um vazio de Yang, sobretudo do F., ou a
presença de fleuma humidade por transtorno do BP;
Se existe entorpecimento, com membros frios - indica um vazio de Yang do
C. e R.:
● Com febre nocturna, inclusive delírio, torpor, língua vermelha e pulso rápido
–é calor no pericárdio.
Alterações cardíacas
Ver fisiopatologia do Movimento Fogo.
828
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
829
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Alterações respiratórias
Apesar de se ter abordado na audição e observação, as enfermidades respiratórias
desenvolvem-se, no volume III, na lição correspondente ao Movimento Metal.
Astenia
Em geral, astenia simples é um sinal de insuficiência de Yang e do Qi, nas mais
pronunciadas e num grau mais avançado, verifica-se uma insuficiência de Yin e Xue.
A astenia pode ter um valor semiológico importante, quando se produz, regular e
periodicamente, em certos horários, como ocorre com a astenia matutina que indica um
vazio de E. e BP., e com a astenia vespertina relacionada com uma insuficiência de R,
etc..
A psicoastenia implica uma diminuição da energia no MC. e C.
A astenia crónica pode estar relacionada com uma insuficiência de sangue.
830
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Fleumas
Ver a fisiopatologia das fleumas no movimento Terra, volume III e nas síndromes de
fleumas na 3ª Lição, volume II. Pág. 228.
Fluxos exógenos
Em muitas ocasiões existem fluxos patogénicos derivados, não só das energias
cósmicas, mas também de diversas fontes ou manifestações energéticas, capazes de
influenciar o indivíduo de uma maneira determinante, de tal forma, que a eliminação
do referido fluxo, pode restabelecer, em grande medida, o reequilíbrio energético,
propiciando o processo de auto reparação.
Alguns destes princípios eram já conhecidos pela antiga Medicina Tradicional, e assim
as influências negativas das correntes subterrâneas que até a hipótese de Hartman, lhes
chamava “as veias do dragão” (delas se poderiam desprender influências prejudiciais),
logicamente não tinham desenvolvido estudos fisiopatológicos relacionados com os
campos electromagnéticos, embora conhecessem a pedra magnética. Conheciam a
terapia dos odores, das cores e dos sons e apesar de não existir grande informação
sobre estas terapias, descrevem os efeitos benéficos sobre o organismo no seu conjunto
ou em algum orgão em concreto, que determinada nota musical, odor ou cor podem
realizar (Fengshui).
831
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
As hemorragias
Os diversos tipos de hemorragias orientam de uma forma determinante quase
patognomónica em muitas síndromes, por exemplo, epistáxis por plenitude de Yang
de F., hematúria por fleumas humidade e estase de R., etc.
Sensação de peso
Como já temos indicado, deve-se ao aparecimento de humidade e fleumas- humidade
capazes de se elevarem à cabeça ou estender-se às extremidades e ao tronco. Nestes
casos existe sempre um vazio de BP.
832
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
PULSOLOGIA NA M.T.C
Noções
Era umas das etapas mais importantes no exame diagnóstico tradicional. É a mais
complexa, pelo que tem de subjectiva, mas também a mais chocante, para os médicos
ocidentais habituados ao diagnóstico metódico, racional e especializado.
História
Os primeiros textos que aparecem citando a pulsologia como método de diagnóstico
são: o tratado clássico dos pulsos “Mo King” séc. III de Wang-Cho-Ro e o tratado dos
pulsos ao longo do lago de Li-Tche-Tcheng.
Os trabalhos de Leriche demonstraram que os pulsos da artéria radial possuem relação
com o simpático cervical (selecciona-se uma parte do simpático cervical, determinados
pulsos deixam de latejar e o segmento converte-se num tubo rígido).
833
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Significado da Pulsologia
834
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
835
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
3. Os pulsos radiais.
A análise destes pulsos tem sido profundamente estudada por Niboyet e Soulié de
Morant. Segundo estes, o pulso pode-se estudar quantitativamente com o que
diagnosticaremos um sinal de esgotamento energético que é o pulso lento e outro sinal
de excitação e febre, o pulso rápido.
Segundo ponto de vista qualitativo os chineses distinguem quatro tipos de pulso:
Tenso 1
Relaxado ou flutuante 2
Superficial 3
Profundo 4·
Estação:
Primavera - Superficial como “peixe que brinca nas ondas”.
Verão – “Está na pele exuberante como todas as criaturas”.
Outono – “Desce de baixo da pele como as criaturas que hibernam”.
Inverno – “ Está nos ossos fechado”.
Dureza:
Duro - excesso de Yang.
Duro amplo – tensão nervosa.
836
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Forma:
1. Lateralidade.
No pulso direito temos representado o pulso Yang e na esquerda o pulso Yin.
Os sinais de excesso ou insuficiência de Yang, manifestam-se preferencialmente no
pulso direito e as alterações do Yin na esquerda.
A pulsologia reveladora permite-nos diferenciar entre a rama direita e a esquerda de
um mesmo meridiano. Se o pulso de um lado é mas forte do que outro, devemos
estimular o ponto Luo do lado insuficiente. Por outro lado, se existe dor num lado
associado a um pulso revelador aumentado do mesmo lado, devemos estimular o Luo
do lado oposto.
2. Nível.
Na palpação superficial encontramos o pulso Yang e na profunda com a
representação do Yin.
3. Segmento.
Segmento Dstal (I) – Reflecte o pulso do Yang.
Segmento (II) – Reflecte o pulso Yang-Yin.
Segmento (III) – Reflecte o pulso Yin.
4. Conclusões.
837
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
A) Excesso de Yang:
Pulso direito predominante sobre o esquerdo.
Pulsos superficiais mais tensos, amplos e duros que os profundos.
Pulsos distais amplos e fortes.
Pulsos proximais normais.
B) Excesso de Yin:
Pulso esquerdo predominante sobre o direito
Pulsos profundos mais duros que os superficiais.
C) Defeito de Yang:
Pulso direito predominante sobre o esquerdo.
Débil e brando.
Pulsos superficiais mais débeis e distais fortes.
D) Defeito Yin:
Pulso esquerdo predominante sobre o direito.
Pulso débil.
Todos os pulsos são médios e pequenos.
Os pulsos profundos mais débeis e amplos do que os superficiais.
Se encontramos três sinais Yin ou Yang devemos pensar num equilíbrio importante
que devemos tratar com a técnica dos vasos reguladores.
Dois Yang e um Yin e vice-versa não permitem a certeza de patologia Yin ou Yang.
838
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
TÉCNICAS DE PALPAÇÃO
O paciente deve estar relaxado, não ter feito exercício na hora anterior e não deve
mover-se durante o exame.
O médico deve tomar o pulso e anotá-lo antes da sintomatologia.
Deve-se ter em atenção, o ciclo menstrual, o período digestivo, a medicação que está a
tomar, especialmente anti-hipertensivos, e a estação do ano.
Nos períodos digestivos, o pulso é pouco significativo no diagnóstico. Devemos apenas
prestar atenção aos pulsos do E. e BP. que devem de ser fortes.
Nas mulheres, o ciclo menstrual tem uma influência notável nos pulsos, especialmente
no do MC. Este pulso, aumenta até a ovulação, estabiliza durante a mesma e, por volta
do 22º dia volta a aumentar para diminuir durante a menstruação.
Os medicamentos (desbloqueantes e outros), o ritmo circadiano (o pulmão é mais forte
entre as 3 e as 5 horas e outros) e as estações também modificam o pulso. Na Primavera
há predomínio de F. e VB., no Verão de C., MC., TA. e ID., no Outono de P. e IG. e no
Inverno de R. e B..
PULSOS RADIAIS
Segundo Van Nghi, os pulsos radiais determinam as energias dos órgãos e das
entranhas.
Respiramos a energia do céu que se encontra a nível do P., comemos a energia do Tai
Yin (BP.) que sobe ao P., ao nível do P., temos portanto, a energia terrestre e celeste,
que denominamos Rong e que percorre os outros órgãos e entranhas através do ciclo
horário. A energia do P., do IG., do E., e do BP., etc, na realidade só é energia Rong que
muda de nome ao activar uma Unidade Energética determinada.
O meridiano mais importante é o meridiano do P. (orgão) porque é onde se forma a
energia. Por isso falamos da energia do P. e dizemos que é o “mestre das energias”, rege
todas as energias. Por isso no P., determina-se o estado energético dos outros órgãos
através do pulso.
Toma-se este em três zonas do canal radial que coincidam com os pontos 9 P. (Taiyuan),
pulso distal, polegar segmento de infra- estilóide, 8 P. (Jinggu), pulso medial, barreira
ou segmento estilóide e 7 P. (Liequé) ou pulso proximal ou pé ou supra- estilóide.
Pé significa base, o que é mais baixo no sentido energético. O orgão mais baixo é o R.,
mas como temos aprendido que há R. Yin e R. Yang, na mão esquerda temos o R. Yin
que é água, a água
839
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
produz a madeira e a madeira o fogo (C.), segue a lei dos 5 movimentos. Normalmente
estes três pulsos têm de ter o mesmo movimento, a mesma força, chama-se pulso
harmónico. Isto quer dizer que há constantemente uma auto-regulação. A água esfria o
fogo para manter uma temperatura favorável no nosso organismo, porque quando o
Yin e o Yang estão favoráveis, produzem madeira. Isto quer dizer que quando a água e
o fogo estão normais, o F. estará normal. A energia do nosso F. é normal graças à acção
do líquido orgânico e do calor orgânico.
A artéria radial do pulso esquerdo, está destinada a explorar a energia do C., F. e R. e
os pulsos da artéria radial direita, exploram a energia do R., BP., e P..
840
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Esq. Dta
SUP. PROF. PROF. SUP.
Distal ID C P IG Pulgar
Medial VB F BP E Barreira
Proximal B R (Yin) R (Yang) TR Pé
Protocolo
Para tomar o pulso ao paciente, este deve estar sentado ou em decúbito dorsal, sem
roupa demasiada apertada que possam interromper a circulação da energia. As
condições ideias são: pela manhã, em jejum, porque o pulso está num estado estático.
Não está perturbado pelas actividades quotidianas. Uma alimentação forte e o álcool
podem influenciar o pulso, por isso antes de tomá-lo devemos fazer um interrogatório
ao paciente. Influencía sobretudo depois de uma relação sexual. Se não tomarmos o
pulso pela manhã, devemos fazer descansar o paciente, quinze ou vinte minutos para
que relaxe. O médico deve estar calmo, em equilíbrio, deve parar o tempo necessário e
sentar-se, porque se estiver nervoso fará sempre um mau diagnóstico.
Método de exame
Deve colocar o terceiro dedo sobre a “barreira” radial e os outros dedos, segundo e
quarto, devem estar ao mesmo nível no “pé” e o “polegar”. A ponta dos dedos deve
estar ligeiramente apoiada de cima para baixo e começar as palpações, que tem dois
tempos:
Um exame global que permita apreciar o estado geral da circulação
energética sanguínea no organismo.
Um segundo tempo, para dar um diagnóstico diferencial que permita
determinar o estado da energia de cada um dos cinco órgãos e das seis
entranhas.
841
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Pulsos normais
Os pulsos contêm energia do Estômago, energia Mental e energia essencial dos Rins. O
pulso é o lugar de reunião destas energias; a energia do E. é indispensável para que o
pulso possa ter força. A presença da energia mental tem uma grande importância pois,
confere ao pulso a frequência. O pulso do Rim é um pulso que tem a sua energia fonte,
porque esta, do R. e da profundidade.
Quando temos energia fonte, é o mesmo que dizer, energia situada ao nível do pé, a
vida não corre perigo. Se o pulso do pé desaparece e os outros persistem, o prognóstico
é sempre sombrio porque o pulso do pé é onde chega a energia do R.. No caso de uma
enfermidade ligeira em que o pulso do pé é débil, o prognóstico é sempre negativo.
842
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
843
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
3. Pulso lento: todos os casos de pulso lento são patológicos (normalmente 5 latidos
por respiração). Este pulso pode ser provocado pelo frio ou por um vazio de energia, a
energia perversa entra no organismo e lentifica a circulação da energia essencial. Neste
caso, de vazio da energia essencial, vazio quer dizer debilidade do potencial
energético, logo, o pulso fica mais lento;
4. Pulso rápido: apresenta 6 latidos por respiração. É provocado por um calor perverso.
Pode ser rápido, também, porque há um vazio de Yin e o Yang; se exterioriza.
5. Pulso deslizante: é um pulso que desliza, como umas pérolas nos dedos, é normal na
mulher grávida, mas também acontece quando há uma enfermidade provocada pelo
F.;
6. Pulso resistente: late com dificuldade e é oposto ao deslizante. Observa-se em casos
de anemia, de esgotamento de Tinh e em casos de estancamento energético;
7. Pulso vazio: significa débil, é um pulso superficial, brando e lento. Para que o pulso
seja vazio tem que ter as três característias: superficial, brando e lento. Como está em
vazio, está sem força e encontra-se sobretudo em casos de anemia e hemorragia;
8. Pulso cheio: é um pulso forte, duro, longo e grande. Este pulso deixa sentir debaixo
dos dedos uma certa resistência. Primeiro faz-se pressão e logo a descompressão.
Quando se pressiona desaparece imediatamente, embora no início ofereça resistência.
Os chineses compararam-no ao talo da cebola: duro por fora mas vazio por dentro;
9. Pulso longo: tem no seu latido como que uma prolongação do seu lugar. A sua
presença ressoa, nota-se e passa ao seu lugar normal. Observa-se no caso de excesso de
energia;
10. Pulso curto: é um pulso que chega apenas no local. Está resistente quando o
tocamos e encontra-se sobretudo em caso de insuficiência ou obstrução energética;
11. Pulso grande, amplo: é o pulso do C. em estado normal, mas se os outros pulsos são
grandes é um estado patológico. O pulso que desenvolve suas ondulações com uma
certa impetuosidade, igual às ondas, encontra-se nas afecções de origem externa,
estando implicada a energia perversa, sobretudo nas afecções de vazio de Yin, o calor.
Encontra-se em caso de separação do Yin e do Yang;
12. Pulso esquivo, fugaz: é muito pequeno e fino, devemos aplicar o dedo para o
sentir, aparece e desaparece. Quando o enfermo apresenta um pulso fugaz, a doença é
muito grave, em caso de escape de Yang, e em caso de cólera. Devemos aquecer com
moxa em caso de cólera, diarreia,
844
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
845
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
846
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
QUADRO SINÓPTICO
847
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
848
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
CAPÍTULO III
A) Dor;
B) Refluxo gastroesofágico ou duodenogástrico;
C) Hérnia de hiato;
D) Náuseas e vómitos
E) Prisão de ventre;
F) Diarreia;
G) Prolapsorectal.
2. APARELHO RESPIRATÓRIO:
3. APARELHO CARDIOCIRCULATÓRIO:
A) Dor precordial de origem cardíaca;
B) Alterações do ritmo cardíaco;
C) Hipertensão arterial;
D) Aterosclerose
E) Vasoespasmos;
F) Varizes;
G) Síndrome de Raynaud.
849
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
4. APARELHO GENITOURINÁRIO:
A) Poliuria;
B) Oliguria;
C) Disuria;
D) Impotência.
6. SISTEMA NERVOSO
7. SISTEMA LOCOMOTOR:
A) Dor Yang;
B) Dor Yin;
C) Síndrome Bi articular;
D) Dor articular não inflamatória e errática.
850
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
851
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
852
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
1. Calor (Re).
1.a) Vento calor exógeno perverso (relacionado com frequência, com o aparecimento da
bactéria “Helycobacter pilorii”);
1.b) Calor humidade, relacionada com frequência com a intemperança dietética e a
ingestão de alimentos em mau estado;
1.c) Calor endógeno, com origem no F. yang (componentes emocionais de dor gástrica)
ou relacionado com um síndrome de excesso de yang de E., associado à presença
de tóxicos que lesionam o yin do E.
2. Frio (Huan)
2.a) Frio exógeno agudo, relacionado com a exposição ao frio climático;
2.b) Vazio crónico do yin de E. de diversas origens;
Em qualquer caso, sempre se vai produzir por cima do bloqueio uma síndrome
Yu de estancamento, responsável pelo aparecimento de um estancamento
sanguíneo (Yu Xue) com desencadeamento de um extravasamento sanguíneo e o
aparecimento de um edema na mucosa gástrica seguida de gastrite e dor. Este
edema é a primeira lesão observável (por endoscopia) na gastrite.
853
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
num novo factor de bloqueio. O estômago está preparado para suportar o suco ácido
(ácido clorhídrico, pepsina) que fabrica, isto é, tolera muito bem o yang próprio, mas
este suco ácido vai ao esófago de forma frequente, e acaba lesionando e bloqueando a
rama interna do meridiano principal e em certas ocasiões corroendo de forma muito
agressiva a mucosa do esófago, fazendo aparecer uma esofagite péptica. Da mesma
forma, a mucosa duodenal suporta muito bem o suco predominantemente alcalino, isto
é yin (biliar e pancreático) que se verte, mas o refluxo do duodeno gástrico, produzirá
uma “queimadura” alcalina no estômago responsável pelo aparecimento de um Yu Qi
gástrico e portanto uma gastrite.
C) HERNIA DE HIATO
D) NAÚSEAS E VÓMITOS
As naúseas e os vómitos são o resultado do bloqueio da rama interna do meridiano
principal dentro do Fu e associa-se à acção conjunta do Qi Ji Xie e o bloqueio do Yin
que provoca a ascensão do Yang do Estômago. É a libertação explosiva do yang do E.,
que provoca o vómito. As causas são diversas e coincidem com as indicadas na
gastralgia, serão desenvolvidas, na sua totalidade, no tomo III.
854
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
Estes vómitos de origem digestiva podem ser muito intensos, mas tradicionalmente são
considerados como vómitos do tipo Xu (por vazio). O vómito que não tem a sua
origem na irritação do Fu, mas que é consequência de uma alteração central (vísceras
curiosas) é considerado como um vómito Shi (por plenitude) e normalmente é um
“vómito brusco”.
E) PRISÃO DE VENTRE
A prisão de ventre é um sinal de envolvimento gastrointestinal, que pode ter origens
muito diversas (aparece em alterações digestivas, mas também endócrinas,
metabólicas, etc).
Falamos de prisão de ventre quando aparece, uma diminuição na frequência de
emissão de fezes ou um aumento da secura e dureza nas mesmas com dificuldades na
sua eliminação.
É um dado anamnésico que aparece muito frequententemente e ao qual devemos
prestar atenção. Se a prisão de ventre, aparece de forma brusca e recente, sobretudo
quando alterna com diarreia, deve ser motivo da ida do paciente a um especialista em
patologia digestiva, pois pode ser patologia tumoral do intestino grosso.
Em linhas gerais dividimos, a prisão de ventre, da seguinte forma:
a) Prisão de ventre Shi (plenitude), associada à presença de calor crónico no
intestino grosso. Este calor, pode ter uma origem dietética (Yang de estômago),
emocional (Yang de fígado), pode estar relacionado com uma alteração da
totalidade do Jiao inferior ou então dirigido para alguma alteração do Fei Qi
(P). Esta prisão de ventre é geralmente do tipo hipertónico.
b) Prisão de ventre Xu (vazio)
Devido a um vazio do Qi de qualquer origem (Qi central, BP, Qi original, R.
yang, etc);
Vazio de Xue;
Vazio de yin e vazio dos yinye, na insuficiência geral de R. yin.
Normalmente aqui encontramos uma prisão de ventre de tipo atónico com
aparecimento de um cólon radiologicamente dilatado.
F) DIARREIA
Também como na prisão de ventre, pode ter várias origens, sendo as mais frequentes:
a) Diarreia Shi (plenitude), associada ao aparecimento de calor agudo no Jiao
médio e inferior, yang- calor de E. (alimentos excessivamente yang),
855
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
G) PROLAPSO RECTAL
É também, um sinal de queda e a medicina chinesa relaciona-o com uma falta de Yang
e, portanto, não relacionado com Yin. É um sinal que reflecte envelhecimento,
esgotamento das essências ou desgaste. Associa-se com frequência ao aparecimento de
edema e dor na zona do 20 DM (Baihui), reflexo da diminuição do Yang na parte alta
do corpo.
2. APARELHO RESPIRATÓRIO
As perguntas básicas do aparelho respiratório são as seguintes:
B) TOSSE
É o resultado da excitação brusca de Yang do pulmão associada ao bloqueio brusco do
Yin do mesmo. Deve-se investigar que causas
856
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
emocionais (alteração no Shen Thân, componentes obsessivos tipo shen Yi, ansiosos
shen Houn ou alterações emocionais do próprio Tsou Tai Yin Shen Po), ambientais
(Vento calor externo, agentes vivos, irritantes mecânicos) ou dietéticas estarão
implicadas.
C) RINORREIA
É o resultado do aparecimento de fluxo contracorrente Qi Ji Xie ao nível do Tsou Tai
Yin mais superficial (mucosa nasal). Normalmente a rinorreia se é fluída e transparente
indicará agressão superficial por vento frio e à medida que vai tornando mais espessa e
amarelada irá traduzindo o aparecimento de calor e fleumas humidade.
D) EXPECTORAÇÃO
Deve-se à presença de Qi Ji Xie ao nível do Tai Yin mais profundo (mucosa bronquial
profunda). Esta expectoração pode ser
a) Esbranquiçada, relacionada com a presença de frio superficial;
b) Amarelada, relacionada com a presença de calor superficial;
c) Esverdeada, associada à presença de calor profundo;
d) Hemoptóica, presença de fogo, isto é calor que consome os Yin Ye.
E) BRONQUITE AGÚDA
Bloqueio da rama interna do Tsou Tai Yin por vento calor ou por vento frio exógeno,
mas há também outros factores endógenos que contribuem, principaqlmente fleumas -
humidade. Origina sempre um edema mucoso e aparece também na bronquite crónica,
mais conhecida como BNCO (Broncopneumopatia crónica obstrutiva) ou OCFA
(Obstrução crónica do fluxo aéreo).
F) BRONQUITE CRÓNICA
Define-se pela presença de episódios de tosse e expectoração que aparecem durante
pelo menos três meses no ano e durante dois anos consecutivos.
857
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
G) ASMA BRONQUIAL.
Definimos esta enfermidade como uma alteração crónica do pulmão, em que aparece
sob a forma de surtos e de maneira brusca, associada a um edema da mucosa
pulmonar e a um broncoespasmo marcado com hipersecreção do muco bronquial e
obstrução mucosa. Na perspectiva da MTC, cada um destes dados fisiopatológicos está
relacionado com uma alteração bioenergética diferente. O bloqueio de Yin de Pulmão
desencadeia a inflamação da mucosa. A síndrome de fleumas humidade determina a
grande quantidade de muco presente e o aumento de Yang do fígado faz com que
apareça o broncoespasmo. Em suma resume-se a um bloqueio de yin de P+ fleumas-
humidade BP+ broncoespasmo F, mas tudo isto é normalmente desencadeado devido
a um vazio de yin do R. que favorece o terreno débil e o aparecimento das outras
alterações.
Na prática dividimos o asmático em dois biótipos diferentes:
a) Asma Shi ou plenitude. Predomina a clínica relacionada com o broncoespasmo
e as fleumas. Os surtos desencadeiam-se com grande facilidade perante o
exercício físico e agentes externos. Será bastante parecida, embora não idêntica,
ao que em pneumologia conhecemos como asma extrínseca
b) Asma Xu ou vazio. Predomina a clínica relacionada com o vazio de yin do R.,
astenia, lombalgia, frio, instabilidade ao andar, impotência, etc. Os surtos
desencadeiam-se perante a agressão por frio e emoções intensas. Será parecida
à denominada asma intrínseca.
858
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
H) DISPNEIA E CIANOSE
São o resultado da diminuição de fluxo do Qi biológico, por baixo da obstrução nos
bloqueios na rama interna do meridiano principal do pulmão. Só aparecem na
patologia crónica (bronquite crônica) e são o resultado da diminuição da
funcionalidade do “Fei Qi” em relação ao controle respiratório. Se o Qi do pulmão,
é necessário para realizar a função ventiladora, isto é, para realizar a absorção do
oxigénio e a eliminação do dióxido de carbono, a consequente redução de Qi
subsequente ao bloqueio desencadeará:
a) Uma diminuição da oxigenação tecidual (hipoxia), com diminuição da
saturação sanguínea;
b) Uma retenção de dióxido de carbono (hipercapnia), com aparecimento de
Cianose
c) Um aumento do Ph, acidez sanguínea, devido à retenção carbónica.
859
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
aumento do Yang, podem ter origem extra cardíaco (factores dietéticos ou emocionais,
Yang de F., calor de E., alterações do Tong Qi) e no início vão ter um melhor
prognóstico do que as relacionadas com um bloqueio ou diminuição de Yi (problemas
valvulares ou do sistema de condução cardíaca, bloqueios de yin de C.). As
relacionadas com o aumento de Yang podem ser taquicardias simples ou extrasístoles,
embora, as relacionadas com o Yin podem determinar a presença de uma fibrilação
ventricular ou um bloqueio da rama.
C) HIPERTENSÃO ARTERIAL
É a patologia mais frequente associada à alteração do movimento fogo. Este será o
ponto fraco do alvo sobre o qual outras alterações bioenergéticas irão actuar. Em linhas
gerais, com detalhes o estudaremos no movimento fogo, podemos dizer que na
hipertensão arterial sistólica existem fundamentalmente factores Yang associados.
Yang de fígado, Yang de estômago e fleumas (alterações dietéticas e emocionais sobre a
parte vascular predisposta) e que na hipertensão arterial, fundamentalmente, diastólica
venham a existir alterações localizadas no Yin, fundamentalmente, um vazio do
mesmo e como consequência um esgotamento do Yin renal. Esse vazio de Yin,
condiciona o aparecimento de um modelo de hipertensão arterial, que na medicina
ocidental conhecemos como hipertensão arterial essencial ou idiopática. É conveniente
realçar que na hipertensão há uma componente de alteração Zhong Qi que determina a
fragilidade do campo vascular
D) ATEROMATOSES
É a formação de uma placa de ateroma, uma lesão obstrutiva formada por depósitos de
fibrina, leucócitos, plaquetas e colesterol ligado a LDL (lipoproteínas de baixa
densidade) normalmente sobre uma pequena lesão pré-existente na túnica endotelial
do vaso. A formação de uma placa de ateroma, associa-se sempre à existência de uma
síndrome de fleuma-humidade calor (a fleuma é o colesterol) sobre um endotélio
lesionado que enfraquece o coração.
860
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
E) VASO ESPASMO
Está associado ao aumento brusco do Yang de fígado, sobre o fogo débil e previamente
sensibilizado.
F) VARIZES
São um sinal de queda de Yin, devido à falta de Yang alto, que o sustenta. É um sinal
que reflecte envelhecimento, esgotamento das essências ou desgaste. Também mantém
uma relação com a correcta circulação do qi, através dos seis meridianos principais da
perna (zu yin e zu yang) por isso, moxando os pontos fogo destes meridianos
juntamente com o 20 DM (baihui) constituem um bom complemento terapêutico,
diminuindo sobretudo o edema e a dor.
G) SÍNDROME DE RAYNAUD
4. APARELHO GENITURINÁRIO
A) POLIURIA
As causas mais frequentes são: vazio conjunto do yin e yang da bexiga e rim, síndrome
de frio, insuficiência na formação dos shenshui e na diabetes mellitus (sobrecarga por
yang e fleumas de Jiao inferior). Se é causada por uma síndrome de frio, a poliuria é
acompahnada com a emissão de urina hipoconcentrada (urina clara).
861
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
B) OLIGURIA
Deve-se, geralmente, a um vazio de Yin de R. ou a uma síndrome de calor. Nas
síndromes de calor, especialmente na humidade - calor do Jiao inferior, a urina é
normalmente hiperconcentrada (urina vermelha). Podem também estar relacionados
com a oliguria, transtornos do P. (fonte superior da água), do BP, por separar a água
dos alimentos e do R. por separar o shenshui da urina.
C) DISURIA
D) IMPOTÊNCIA
A impotência, na MTC é geralmente associada a alterações do elemento fogo, tanto
imperial como ministerial. Pode ter múltiplas origens, provavelmente, na nossa
sociedade a causa mais frequente de impotência pode estar ligada à presença de
tóxicos (álcool), ou medicamentos (betabloqueantes que se utilizam no tratamento da
hipertensão arterial ou antidepressivos). Esta impotência, na Medicina Chinesa seria
associada a uma agressão sobre o Yin do rim. Para além desta razão, pode também,
estar relacionada com um vazio de Xue (neuropatia de causa metabólica ou
neurológica), com uma alteração do Rim Yang ou, actualmente maior frequência, a
uma impotência de causa emocional ligada a uma alteração do Xin Bao, fogo ministral.
Em resumo:
1. Alteração do XB e do Shen. Impotência emocional;
2. Alteração de R. Yang. Impotência com componentes endócrinos;
3. Alteração do 4 RM (Guan Yuan). Hipertrofia da prostata.
862
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
863
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
6. SISTEMA NERVOSO.
864
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
7. SISTEMA LOCOMOTOR
A) DOR YANG
É uma dor associada à agressão por calor. Pode ser de origem interna, externa ou
mista. É acompanhada por toda a sintomatologia de calor e na sua origem pode existir
vento calor exógeno perverso (traumatismos) ou calor de origem endógena, associado
a enfermidades do tipo auto- imune ou inflamatórias reactivas.
B) DOR YIN
Está sempre ligada à existência de frio e/ou vazio, a origem pode estar relacionada
com uma agressão por frio externo ou pela existência de um vazio endógeno que
facilite a penetração da energia perversa (vazio de QI de rim ou vazio de Yin e de Qi de
baço).
865
Capítulo III: Interrogatorio por síntomas e sinais ocidentais
C) SÍNDROME BI ARTICULAR
A) CABELO
B) UNHAS
As unhas sem marcas, sem lesões, sem depósitos, sem estrias indicam um correcto
funcionamento de QI de fígado, embora em muitas ocasiões estas características sejam
genéticas ou constitucionais. A presença de estrias ou ponteados pode indicar um
aumento de Yang de fígado, na presença de depósitos ou lesões micóticas uma
síndrome de fleumas humidade calor, na presença de unhas “em vidro de relógio”
associadas ou não a hipocratismo, aparecem acompanhada de uma alteração de Fei QI
e do Tong QI.
866
Capítulo II: Índice terapêutico geral
867
Capítulo II: Índice terapêutico geral
TOMO II
12ª LIÇÃO
TERAPÊUTICA
868
Capítulo II: Índice terapêutico geral
869
Capítulo II: Índice terapêutico geral
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
AS OITO TÉCNICAS FUNDAMENTAIS
RECAPITULAÇÃO
QUADRO RESUMO
870
Capítulo II: Índice terapêutico geral
INTRODUÇÃO
871
Capítulo II: Índice terapêutico geral
C) FORMULAÇÃO ESPECÍFICA
As Oito Regras de Tratamento.
Técnicas Complementares [aurículo, mão (mano), pé (podo), fitoterapia,
etc.]
Como posfácio podemos rever o Shi Sou Chang Shou Ge (Cântico dos 10 anciãos
da Grande Longevidade):
“Um dia, um viajante cruzou-se com dez anciãos.
Apesar de terem mais de cem anos, eles estavam todos cheios de vigor.
Com seriedade e sinceridade, perguntou qual era a chave para sua longevidade.
O primeiro, tocando a barba disse: “Eu nunca bebi ou fumei”.
Sorrindo, o segundo continuou: “Eu dou um passeio depois de cada refeição”.
O terceiro, curvando-se declarou: “Eu sigo uma dieta vegetariana”.
O quarto, com uma bengala na mão, disse: "Eu prefiro caminhar ao invés de ter uma
carruagem”
O quinto, arregaçando as mangas, declarou: “Eu faço sempre trabalhos físicos”.
O sexto, assumindo a postura de Yin / Yang acrescentou: Eu pratico Tai Ji Quan todos os dias”.
872
Capítulo II: Índice terapêutico geral
O sétimo, esfregando o seu grande nariz, disse: “Deixo as minhas janelas abertas para ter ar
fresco”.
O oitavo, estirando a barba curta, disse: “Eu deito-me e levanto-me cedo”.
O nono, acariciando o rosto vermelho, disse: “Eu evito que o sol me queime”.
O décimo, alisando as sobrancelhas longas, disse: “Eu protejo-me de qualquer preocupação”.
Excelentes são os preceitos dos dez anciãos, um a um, explicaram todos os segredos.
Aplicando-os com sinceridade, desfrutarão, sem dúvida, de uma vida longa.”
873
Capítulo II: Índice terapêutico geral
874
Capítulo II: Índice terapêutico geral
Posto isto, não resta dúvida, da existência de uma ponte de união entre ambas as
funções e que é constituída pelos planos Yangming e Tayyin. O Intestino Grosso abre-se
para o Pulmão e o Estômago para o Baço-Pâncreas.
Abaixo do Taiyin, temos a função de Jueyin (F.-MC.) e de Shaoyin (C.-R.); por cima
do Yangming temos o Shaoyang (TA.-VB.) e Taiyang (ID.-B.)
Se estabelecermos do exterior para o interior a formação das estruturas dos tecidos
humanos, verificamos a seguinte correspondência:
Pulmão, que é o Yang dos Yin, tem a pele como o material resultante.
Imediatamente a seguir, o tecido conjuntivo e subcutâneo que corresponde
ao BP.
Os músculos correspondem e são regidos pelo F.
A circulação e todo o sistema vascular e linfático são regidos pelo C. e M.C
Como mais profundos temos os ossos e a medula, que são regidos pelo R.
875
Capítulo II: Índice terapêutico geral
876
Capítulo II: Índice terapêutico geral
877
Capítulo II: Índice terapêutico geral
• insuficiência energética,
• indivíduos com idade avançada que apresentem uma deficiência no estado
geral,
• grávidas e parturientes,
• indivíduos edematosos,
• asmáticos.
Método
Utiliza-se o ponto 6 BP. (Sanyinjiao).
A técnica é a seguinte: manipula-se o ponto 6 BP (Sanyinjiao) em tonificação
forte (falam os textos antigos em trinta e seis vezes) e procede-se
posteriormente, como na Vomificação, a extrair a agulha e colocá-la em
sentido contrário à corrente energética, retirando-a seguidamente com uma
rotação lenta no sentido anti-horário (contrário aos ponteiros do relógio), ao
mesmo tempo, que se ordena ao paciente que efectue respirações abdominais
profundas, produzindo um efeito imediato de expulsão das fezes.
Produzindo-se diarreia excessiva, incontinência, etc., estimula-se o ponto 4IG
(Hegu ) para regularizar.
878
Capítulo II: Índice terapêutico geral
Regulação
Há enfermidades próprias do Shaoyang que demonstram, um estado intermédio
entre, a acção do frio e do calor (Taiyang) antes de converter-se em humidade - secura
(Yangming). Apresenta-se com sintomatologia própria de um combate imunológico a
nível do plano intermédio, com febre e calafrios alternados, que traduz a luta que
mantem a energia perversa na sua progressão para o interior. Existem ainda:
plenitude e moléstias torácicas;
boca amarga matutina;
náuseas e vómitos;
cefaleia temporal, enxaquecas, dores de cabeça;
obstipação;
dor costal
879
Capítulo II: Índice terapêutico geral
A harmonização
A) O Dao Vital
Com esta fórmula, cumprimos quatro objectivos: reconstruir a energia (Buqi), fazer
circular a energia (Xingqi), fazer subir a energia (Shengqi), e no final, harmonoizar a
energia (Heqi).
880
Capítulo II: Índice terapêutico geral
B) O Yin-Yang
Justificação do tratamento
881
Capítulo II: Índice terapêutico geral
Por tudo isto, colocam-se os pontos de passagem: Bahui e Renzhong de todos os Yang, o
Luo de grupo dos Yin Tsou (Jianshi) e o ponto de mudança de polaridade (Zhongchong)
do MC. e TA., como grandes reguladores de Yin (MC.) e do Yang (TA.).
A desarmonia do F. e BP. trata-se com os He das vísceras acopladas: Yanglingquan e
Zusanli respectivamente, com o seu Luo de grupo (Sanyinjiao) e com o He do BP.
(Yinligquan).
Por outro lado, o vazio de Yin produzido pelo uso prolongado de fortes doses
de medicamentos, de purgantes ou abusos sexuais [perda do Shui (água) e de Jing
(essência)] provocam um bloqueio de três planos Yin com, a consequente ascensão do
Yang (o Yang escapa-se, não é retido pelo Yin) produzindo a liberação da energia. É o
que se chama uma síndrome de Yang fictício (não há plenitude Yang), mas sim um
vazio de Yin, que não retém o pouco de Yang que resta, produzindo a sua fuga.
882
Capítulo II: Índice terapêutico geral
Será então, uma síndrome de insuficiência conjunta de Yin e Yang com ligeira
predominância deste último.
Os sinais clínicos do “escape de Yang” são:
Fobia ao frio, posição fetal durante o sono, diarreia, suores, sensação de frio nos quatro
membros, psico-astenia, sonolência, cólicas abdominais violentas ocasionais…
Existem duas hipóteses de tratamento para tais síndromes:
a) “Reaquecer o Centro”: consiste em reforçar a energia para aumentar o
QI do TA Médio, aplicando moxas para neutralizar o frio.
b) Recuperar o Yang: consiste em primeiro lugar, aumentar o Yin para
reter o Yang e seguidamente activar o R-Yang mediante moxação.
A) Reaquecer o Centro
B) Recuperar o Yang
O procedimento é:
1. Tonificar o sangue com o objectivo de reter a energia mediante os
seguintes pontos:
4 RM. (Guanyan) “Barreira da Primavera” que estimulado, activa a
função Yin do TA. Inferior (formação do sangue).
883
Capítulo II: Índice terapêutico geral
10 BP. (Xuehai) cujo estímulo, tem função específica sobre o sangue por
ser o “Mar do Sangue” (possível ponto Xi do BP.)
17 B. (Geshu) ponto do sangue (estimula as funções, diafragmática e
sanguínea)
6 BP. (Sanyinjao) que é ponto Luo de grupo dos Yin do pé (nele se unem
BP.,R. e F.) que são os órgãos envolvidos na formação do sangue.
Estes são os pontos que activam o Yang renal, básicos na deficiência sexual
masculina e na ausência de libido (o Yang é procriação e o Yin sobrevivência) (o Yang é
despesa, o Yin é economia).
Esta situação, ocorre, por exemplo, em afrontamentos menopáusicos, já que
neste período o Yin diminui (diminui o sangue) e por isso, a energia é libertada,
subindo para a parte alta em forma de ondas de calor.
Considera-se, regra geral, que a matéria retém energia, não a deixa subir e a
energia retém matéria não a deixando descer. A partir disto, deduz-se que a
insuficiência energética gera “quedas”: colapso, hemorragias, hemorróidas, etc.; pelo
contrário, se o sangue diminui, a energia é libertada para o alto. É o Dao Vital do QI e
do Xue.
884
Capítulo II: Índice terapêutico geral
Isto implica o envolvimento dos Yin-Ye, dos Jing, e Gushui (medula óssea) e o Xue.
B) Directas:
C) Complementares:
C.1) Sedar os pontos de concentração do fogo na cabeça: 20 DM. (Baihui), 9 PC.
(Taiyang) – (EX – NH5) e 23 DM. (Shangxing).
C.2) Fórmulas clássicas tradicionais: 30 E. (Qichong), 1 P. (Zongfu), 7 P. (Lieque) e 86
PC. (Shixuan) – (EX – UE11).
C.3) Fórmula Shan Han Wu Fong para dissipar o calor: 20 VB. (Fengchi), 1 IG.
(Shengyang), 2 TA. (Yemen), 1 TA. (Guanchong) e 10 B. (Tianzhu).
885
Capítulo II: Índice terapêutico geral
D) Outras técnicas:
D.1) Sangrando e aspirando as ramificações do Gran Luo de E. na boca do abdómen
(epigástrico) e o Gran Luo BP. na zona costal.
D.2) Massajar o Renyin (9 E.).
D.3) Massajar o Dumai.
Justificação do tratamento
C1) Sedar o Yang cefálico: Nos pontos: nó (nudo) geral: 20 DM. (Baihui); nós de nós
(nudos de nudos) 9 PC. (Taiyang-EX-HN5) e o 23 DM. (Shangxing), empírico.
C2) Fórmulas Clássicas Tradicionais.
No Zhen Jiu Da Cheng Cap. 51 de Ling Shu fala-se de “refrescar o fogo da montanha”
com os pontos 30 E. (Qichong) assalto de energia e barreira pélvica; os dez anúncios. 86
PC. (EX-UE11) específicos para o vento-calor (insónia, convulsões, epilepsia, etc.) e por
último o 1 P. (Zuangfu) como Mu do P. e 7 P. (Lieque) como Luo com o fim
886
Capítulo II: Índice terapêutico geral
de extrair o calor do interior (Nei) para o exterior (Wai), isto é, do distinto ou interno
para o tendinomuscular ou externo.
C3) Fórmula Shan Han Wu Fong empírica tradicional de Canon Jia Yi compilado por
Wang Fu Mi vers. 259.
G) Tonificação (Bu-Fa)
887
Capítulo II: Índice terapêutico geral
888
Capítulo II: Índice terapêutico geral
889
Capítulo II: Índice terapêutico geral
4 RM. (Guanyuan),
25 VB. (Jingmen),
3 R. (Taixi) e 10 R. (Yingu).
890
Capítulo II: Índice terapêutico geral
891
Capítulo II: Índice terapêutico geral
892
Capítulo II: Índice terapêutico geral
893
Capítulo II: Índice terapêutico geral
RECAPITULAÇÃO
894
Capítulo II: Índice terapêutico geral
QUADRO RESUMO
BA- FA AS OITO TÉCNICAS
895
Capítulo II: Índice terapêutico geral
896
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
CAPÍTULO II
897
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
898
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Liberação do Feng
Justificação do tratamento
Pontos empíricos que regulam ou dispersam o vento, tanto externo
(cósmico), como interno (hiperdinamismo).
Sudoração-liberação
Justificação do tratamento
O frio contrai o Yang (vísceras) e estimula o Yin (órgãos); devemos
equilibrar, desviando a energia dos planos Yin através do seu sector mais
externo (Pulmão) para planos Yang através do seu sector mais interno (IG.);
portanto, técnica Luo-Yuan do P. e IG.
O 14 DM (Dazhui) é a reunião dos Meridianos Yang no Dumai. A sua
puntura libera a plenitude contida entre Xieliuqi (factor cósmico) e Zhenqi
(factor essencial). O Dumai é o regulador das vísceras, a sua acção será
similar à de uma drenagem, numa ferida física.
899
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Regulação do centro
Justificação do tratamento
Justificação do tratamento
3 R (Taixi), 7 R (Fuliu) e 10 R (Yingu) são pontos de absorção, tonificação e
dominante do Rim,
25 VB (Jingmen) é o Mu (Yin) do Rim,
4 RM (Guanyuan) é a barreira da primavera, depurativo de líquidos
orgânicos, como Mu do Intestino Delgado,
46 PC esq. (Qimen) – acção empírica. Três distanciais laterais em relação ao
4 RM (Guanyuan).
900
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Metabolizar as fleumas
Justificação do tratamento
Rim Yin
Pontos água dos 5 órgãos:
• 8 F (Ququan) Fonte dupla,
• 3 C (Shaohai) Mar secundário,
• 3 MC (Quze) Pântano sinuoso,
• 9 BP (Yinlingquan) Fonte da colina Yin,
• 5 P (Chize) Pântano de um metro.
Justificação do tratamento.
901
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Justificação do tratamento.
Vomificação
Justificação do tratamento.
Moxação
Tonificar o sangue
902
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Justificação do tratamento.
Tonificar a energia
Justificação do tratamento.
903
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Regular o sangue
Justificação do tratamento.
Tonificar o Yin
Refrigeração
904
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
905
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Justificação do tratamento.
Igual à do Rim Yin.
Justificação do tratamento.
Método geral na sedação-dispersão de todas as raízes Yang dos diversos
órgãos: o ponto de sedação do meridiano e o ponto Shu do dorso
correspondente.
Regular o MC.
Justificação do tratamento.
Método geral de regulação da Unidade Energética, tanto Fu (víscera) como
Zang (órgão). Técnica Shu-Mu.
Estimular a secura
Refere-se ao estímulo dos pontos secura Ting (Jing-pozo) dos Fu , vísceras e King
(Jing-rio) dos Zang, órgãos.
Janelas do céu
Justificação do tratamento.
906
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Purgação
6 BP (Sanyinjiao) Reunião dos três Yin.
Justificação do tratamento.
Manipulação especializada a fim de provocar a expulsão de matéria fecal e
fleumas crónicas acumuladas no Intestino Grosso.
Regular o Yangming
Justificação do tratamento.
Fórmula binária que combina o Yuan de IG. e o Roé do E. como pontos
activos do Yangming (IG+E).
907
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
908
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
CAPÍTULO III
INTRODUÇÃO
ATITUDE DO ACUPUNCTOR PERANTE O PACIENTE
MODELO DE HISTÓRIA CLÍNICA
EXEMPLOS DE HISTÓRIA CLÍNICA. SÍNTESE DA HISTÓRIA CLÍNICA
909
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
910
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
INTRODUÇÃO
O acupuntor deve ser consciente de que a sua maneira de praticar a medicina implica
um estudo profundo e sistematizado do paciente e, na altura de fazer o diagnóstico
energético, não só conta o nome da enfermidade, como a análise, o diagnóstico
radiológico ou os diversos métodos comuns utilizados na medicina alopática.
É importante a análise de sua situação social e emocional; os sinais clínicos e
evolutivos; as apetências dietéticas; os transtornos do sono; a transpiração; a urina; as
fezes; a sede; o dia ou a época do ano em que se iniciam ou pioram os sintomas; o
agente climatológico desencadeante ou que agrava a sintomatologia; a sensação de frio
ou calor em diversas partes do corpo; os desconfortos; dores; parestesias, etc.; a
expressão, a forma, o pulso, a língua, o tom da voz, etc.
Tudo isto para obter um diagnóstico global que nos permite dar apelido ao
nome oficial da sua enfermidade, isto é, enquadrar o paciente num contexto
sindrómico. E, propor um tratamento “raiz” onde o dado clínico a tratar pode ser, até
mesmo, aparentemente menos interessante por ser uma consequência de uma
perturbação que compreende um estudo holístico e não num tratamento “ramo” que é
o que muitas vezes se realiza na prática clínica ortodoxa.
Por exemplo, o tratamento de uma cefaleia pode-se focar de uma maneira
sintomática (“ramo”) mediante a aplicação de analgésicos de tipo farmacológico no
caso da medicina alopática ou, no caso do acupunctor insuficientemente preparado,
com as técnicas de planos, pontos A’shi, pontos desbloqueadores, pontos analgésicos,
etc.
Isto conduz, geralmente, na dependência do fármaco descrito ou de sessões
periódicas do acupuntor em questão.
Contudo, o acupuntor, com uma formação adequada, entende que a cefaleia é
um sinal clínico de maior ou menor relevância dentro
911
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
912
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
E.III) Síndromes das 4 capas (Wei MI Jing Xue Bian Zheng) (pág. 151, Tomo II).
F.I) Síndrome de insuficiência dos líquidos orgânicos (Yin Ye Xu) (pág.188, Tomo II).
F.II) Síndromes Fleumosas (pág.190, volume II).
F.III) Síndrome de edemas (pág.201, volume II).
G) Síndromes das energias climáticas (Liu MI Bian Zheng) (pág.119, volume II).
A) Ver: Observação.
A.1) A expressão.
A.2) A forma.
A.3) A tez.
A.4) A língua.
A.5) Os tecidos.
B) Ouvir: Audição.
913
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
C) Cheirar: Olfacto.
C.1) O corpo.
C.2) A boca, etc.
D) Falar: Questionar
E) Palpar: Ppalpação.
F) Intuir.
A REGULAÇÃO
914
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
A) Métodos tradicionais.
B) Métodos modernos.
C) Métodos globais.
915
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Em todo o caso, insistimos que a regulação deve ser protocolo inevitável na aplicação
de qualquer método terapêutico.
916
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
A) Factores Shen: insistir de uma forma prudente, mas hábil, na localização do factor
emocional e de relação humana, já que este conhecimento pode determinar a área
afectada.
B) Factores Dietéticos e Ambientais: A dieta, a habitação e o meio serão importantes
factores a considerar no momento do diagnóstico e de propor um tratamento
adequado que inclua normas higiénicas - dietéticas.
C) Factores Congénitos: podem indicar-nos diátese básica da enfermidade, o que nos vai
ajudar e, possivelmente, economizar tempo na investigação sindrómica.
D) Sinais Iniciais e Evolutivos: são marcas básicas no diagnóstico que nos vão ditando os
passos evolutivos da enfermidade, como se desenvolvem os diversos sinais clínicos
que vão aparecendo em cada etapa, em estado actual, nas possibilidades de êxito no
tratamento e o prognóstico. Por isso, lhe concedemos uma grande importância
diagnostica. Procuraremos sempre realizar um tratamento raiz.
917
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
918
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
919
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
alopática, com uma doença determinada que tem nome próprio e que o paciente trata
de indicar como origem dos seus males.
Apontam-se os dados mais significativos do processo, desde o começo, o tempo
de duração, sintomatologia evolutiva, tratamentos que já fez, etc., em resumo, uma
história clínica alopática.
No diálogo com o enfermo, podemos incluir a explicação dos diferentes
métodos a aplicar no tratamento da sua enfermidade; entramos no campo
acupunctural onde se distinguem duas fases:
1ª FASE:
Língua-diagnóstico.
Pulsologia Radial.
Pulsologia reveladora.
Fazer os níveis energéticos (Riodoraku, Woll…).
Aurículo-diagnóstico.
Reflexo Shu-Mu e “flores” na zona Shu-Mu (pontos reflexos e Electro-
permeáveis próximos do Shu e do Mu).
Iridodiagnóstico.
B) Complementar:
Tez.
Área física afectada de acordo com os cinco movimentos: ossos e cabelo,
músculos e unhas, vasos e circulação, pele e pelos, tecidos de apoio
(conjuntivo e celular subcutâneo), etc.
Personalidade essencial ou variações de humor do indivíduo que
possam manifestar uma componente Shen dominante; sujeito: colérico,
alegre, expressivo, triste, medroso, etc
Apetite por algum sabor particular, gostos por alimentos e tipo de dieta
habitual.
Alguma cor que o excite, relaxe, potencie ou influencie o seu
comportamento.
Determinar se, em caso de dor, a algia é Yin ou Yang, e se o paciente
melhora com aportes de Yang (tonificação e mobilidade) ou Yin (frio,
dispersão e imobilização).
(Ver teste de perguntas, Capítulo III).
920
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
C) Cósmico
A sintomatologia agrava-se.
Época do ano.
Horário.
Energia Cósmica (Frio, calor, vento, humidade, secura).
Tendinomusculares (externa…)
Sintomatologia (própria e patognomônica).
Distintos (intermitente, periódica…).
921
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
2ª FASE
Para que isto seja possível é necessário um estudo profundo do paciente, o qual
reconhecerá o esforço do terapeuta. O doente, na sua inquietude, desenvolve um
sentido muito crítico sobre a actuação do terapeuta, agradecendo o interesse
demonstrado por este, relativamente ao seu caso.
O facto de se realizar uma primeira história clínica exaustiva, na qual intervêm
diversos sistemas de diagnóstico, irá influenciar favoravelmente a predisposição do
paciente.
É na segunda fase que o paciente observa o verdadeiro interesse que o acupunctor
revela pela sua doença, estudando concretamente o seu caso, atendendo a sintomas,
que até então, não tinham sido tomados em consideração. Este facto, em conjunto com
o efeito inegável da regulação energética, irá proporcionar ao terapeuta o efeito
placebo, tão necessário no tratamento do componente Shen. Na pior das hipóteses, isto
é, se não ocorrer uma evolução favorável, o paciente compreenderá
922
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
1) HISTÓRIAL ALOPÁTICO
2) HISTORIAL ACUPUNTURAL
A) Macro-exame
1A) Observação:
Mental (comportamento, coordenação motora, estado emocional e psicoafectivo
923
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
3A) Interrogatório
Shen (Psíquicos).
Sintomas iniciais e evolutivos.
Tipo de dieta e alimentos preferidos.
Períodos de crises.
Cefaleias.
Agente climático
Sintomas de frio-calor.
Transpiração.
Sede e fome.
Secura.
Dor, parestesias, tensão ou contraturas musculares.
Alterações da pele e unhas.
Alterações dos Yinye (Líquidos Orgânicos).
Urina.
Fezes.
Edemas e depósitos.
Alterações gastro-intestinais.
Alterações genitais.
Alterações menstruais.
Alterações do sono.
Alterações cardíacas.
Alterações otorrinolaringológicas, boca e olhos.
Alterações metabólicas e endócrinas.
Alterações respiratórias.
Astenia
Fleumas
Sintomas Gerais de Queda
Sintomas Gerais de Subida
Influências exógenas
Hemorragias
Sensação de peso
Sensação de debilidade ou vazio
924
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
4A) Palpação
- Anatómica: tórax, abdómen, membros, pontos A`shi, pontos Mu, etc.
- Pulsológica: radial, reveladora.
- Electrónica.
- Auricular: detecção de pontos reactivos (Sistema Dianostrat, Tradicional, Nogier ou
outras)-
- Reflexo Shu-Mu: detecção electrónica dos pontos Shu do dorso e palpação dos Mu
(Técnica Assentimento-Alarme).
- Medição dos níveis energéticos (Ryodoraku, Voll, etc.).
B) Micro-exame
1B) Interrogatório sobre os sintomas típicos de acordo com a suspeita de alteração e
da diferenciação etiológica.
2B) Diagnóstico de segunda intenção.
C) Tratamento
1C) Profiláctico.
2C) Dietético e/ou fitoterapêutico.
3C) Acupunctura – Moxibustão.
4C) Outros.
1. Regularização
2. Dedução da fórmula de tratamento A + B + C + D
925
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
No tratamento, prescindindo actuar sobre os colaterais, cuja técnica será explicada nos
capítulos correspondentes do Tomo III, utilizamos as técnicas, já estudadas, de
tonificação, sedação, punção indiferente, moxibustão, electro-estimulação, etc.
Se utilizarmos a técnica dos Vasos Reguladores ou Curiosos, segundo o que foi descrito
para os mesmos, teremos a precaução de punturar primeiro o ponto de abertura e por
último o seu par (fecho).
Para Yangnificar ou Yinificar, utiliza-se os Luo de grupo; esta acção é rápida, uma vez
que se realiza a tonificação dos meridianos Yang ou Yin até à chegada do T`chi, altura
em que se retira a agulha tapando o poro; no caso de sedação dos Yang (os Yin não
devem ser sedados) pode deixar-se ficar a agulha durante uns segundos, retirando-a
lentamente rodando ligeiramente no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio; em
caso de Yin em excesso, tonifica-se o Yang.
Para tonificar Qi e Xue, ou seja, energia e sangue, procede-se da seguinte maneira:
Tonificar sangue: 6 BP. (Sanyinjiao), 17 B.(Geshu), 10 BP. (Xuehai), 52 B. (Zhishi), 4 RM.
(Guanyuan), 13 F. (Zhangmen) e 9 P. (Taiyuan).
6 BP. (Sanyinjiao) reunião dos três órgãos sanguíneos.
17 B. (Geshu) He de acção especial do sangue (Roé) (Shu do diafragma).
10 BP. (Xuehai) Mar do Xue.
52 B. (Zhishi) Shu de apoio ao Shen do dorso do R. (função hematopoiética).
4 RM. (Guanyuan) barreira do manancial, pólo Yin do Triplo Aquecedor
Inferior.
13 F. (Zhangmen) Mu do BP e reunião de órgãos.
9 P. (Taiyuan) Roé das artérias e circulação.
926
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
927
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
928
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
D) Evolução
E) Considerações Finais
EXEMPLO CLINICO
Paciente de 53 anos, diagnosticada com asma bronquial moderada. Apresenta, com uma frequência aproximada de
duas a três vezes por mês, crises de dispneia, sibilâncias auscultatórias e tosse, sendo controladas aproximadamente ao
fim de 6 horas com recurso a broncodilatadores (aerossol). Nos estados inter-criticos, a paciente apresenta falta de ar e
dispnéia
Relativamente á sua história médica ocidental:
a) Apresenta uma gaseometria realizada durante uma crise cujo resultado indica hipoxia, hipocapnia e alcalose
leve.
b) Foi tratada no hospital durante uma das suas crises, sendo o resto do tratamento realizado em ambulatório.
c) Actualmente está medicada com:
Metaproterenol (aerosol), Teofilina comprimidos de 200 mg, 2 por dia
Antecedentes:
Familiares: sem significado
Pessoais: doméstica, 4 filhos com idades entre os 22 e os 35 anos, efectuou 2 abortos.
Sem exposição conhecida a nenhum alergeno, não fuma nem bebe.
Em termos de sistemas:
Nada patológico, excepto na auscultação pulmonar onde apresenta alguma crepitação isolada em ambas as bases.
Sem hepatite.
A) MACROEXAME
1 A) Observação:
Mental: comportamento, coordenação motora e estado psico-afectivo normal.
Tez: pálida e seca
Morfologicamente observa-se descamação da pele sobretudo nos membros inferiores.
Língua: sem capa, avermelhada.
2 A) Audição:
A voz é débil, a respiração é curta, disneica e subdiafragmática, a tosse é seca.
3 A) Questionário (resumo):
A alimentação é normal, não mostra apetência por nenhum sabor em especial, se assim fosse, seriam o salgado
e o picante.
Não sofre de nenhum tipo de pressão psíquica, o seu nível sócio-económico parece ser elevado, vida sexual
normal, filhos com situação estável, é uma pessoa culta e equilibrada.
É muito sensível ao frio, apresentando fobia ao mesmo, assim como ao vento.
A transpiração fria permitia prever a crise.
Não sofre de nenhum tipo de dor cefálica nem de doenças gástricas, embora a digestão seja lenta e pesada.
Actualmente não sofre de dores articulares mas, na sua juventude padecia de reumatismo e tinha dores
articulares frequentemente, bem como dores de coluna.
Fezes soltas, sem ser diarreia.
Urina escassa e frequente.
Pouco apetite, sem chegar a anorexia, desde muito nova.
Tórax asmatiforme e desconforto torácicos.
Zumbidos frequentes do tipo Yin (agudos e profundos)
Desejo de bebidas quentes, ausência de sede.
Astenia intensa relacionada com o quadro dispnéico e depois das crises,
Frequentes alterações menstruais menopausa aos 45 anos
Alterações do sono, sono leve, que se agravaram levando à actual insónia.
4 A) Sintomas iniciais e evolutivos de maior interesse:
Manifesta desde a juventude fobia ao frio e dores articulares, primeiro na coluna, e posteriormente por todo o
corpo; previamente ao aparecimento do processo asmático, tinha frequentemente constipações e gripe.
Foi tratada com reguladores cardíacos, por volta dos 40 anos, devido a arritmias frequentes.
5 A) Palpação:
Pulsação radial: não foi feita
Pulsologia reveladora: mostra um pulso débil a nível do pulmão (radial), do rim (tibial posterior) e estômago
(carótida).
Ryodoraku: o gráfico indica uma insuficiência energética geral.
6 A) Dedução:
Alteração de planos profundos (bioquímicos) enquadrada dentro das 8 regras como síndrome Yin / Vazio /
Frio / Interior.
7 A) Factores Xieqi:
929
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Componente Zhong: apesar de não haver antecedentes asmáticos há uma insuficiente vitalidade que se
manifesta pela constituição frágil magra (deficiência energética do rim yang).
Componente Rong-Wei: suspeita de uma deficiência geral do Triplo Aquecedor Médio segundo dados
posteriores, apesar de a dieta ser boa e equilibrada.
Componente Shenqi: não se manifesta nenhuma influência excessiva do factor Xieshen, apesar dos desgostos e
dos transtornos emocionais agravarem as crises.
Componente T`chiqi: muito sensível ás mudanças de estação, piorando com o frio e a humidade
Horário: não têm influência
Estação: aumento das crises no Inverno, principalmente, melhora na Primavera e no Outono.
8 A) Diagnóstico energético
Consideramos que se trata de um caso típico de asma com origem num vazio crónico de rim, sensível a factores
cósmicos do tipo Yin, e que evoluiu da seguinte forma:
Em primeiro lugar produz-se uma insuficiência na formação de energia no Triplo Aquecedor Médio, e portanto
uma insuficiência energética de pulmão. Por outro lado, as várias gravidezes e os abortos provocaram um desgaste
excessivo do rim Yang (já diminuído por insuficiência vital genética, o que é demonstrado pelo excessivo temor ao
frio). O pulmão como “Mestre das Energias” teve que ceder a sua energia ao rim (armazém energético e
responsável do Tchongmai), uma vez que este se encontrava em deficiência (Lei Mãe-Filho) devido às gravidezes;
o desgaste do rim Yang, bem como um insuficiente aporte energético por parte do pulmão, originou, com o tempo,
um desgaste do rim Yin conduzindo a alterações ósseas, zumbidos e sono leve.
Posteriormente, a insuficiênca do movimento água provocou secura da pele, em conjunto com a insuficiência do
pulmão e aumento do fogo, o que se traduz em palpitações e arritmias assim como em insónia.
O fogo (C.) em excesso acabou por provocar a destruição do metal (P.) levando a um vazio energético que origina a
asma.
B) MICROEXAME
1 B) Qestionário o e observação de sintomas que nos confirmem o 1º diagnóstico.
Nas sucessivas sessões foi se confirmando a suspeita inicial através da interrogação e observação.
2 B) Diagnóstico energético de segunda intenção.
Confirma-se o primeiro diagnóstico realizado.
C) TRATAMENTO
1 C) Profiláctico.
Durante o tratamento evitar o risco de factores climáticos negativos, sobretudo o frio e a humidade, bem como
perturbações emocionais.
2 C) Dietético
Dieta hiper-energética: comer carnes vermelhas, Ginseng, geleia real e cereais integrais, para recuperar a energia.
3 C) Acupunctura e Moxibustão.
Regulação.
Protocolo de tratamento.
1) Estimular e regularizar o TA médio (Zhongjiao) moxando o 12 RM. (Zhongwuan), 36 E. (Zusanli), 20 B.
(Pishu), 21 B (Weishu) e 4 IG (Hegu). Durante 15 dias realizar sessões alternadas, explicando que não estamos
a tratar a asma em si, mas a recuperar a energia essencial.
2) Iniciar o tratamento acupuntural, propriamente dito, para a asma (ver patologia Movimento Metal), Realizar
uma sessão diária aumentando progressivamente o número de pontos a utilizar:
1ª Semana: 22 RM. (Tiantu), 14 DM. (Dazhui), 17 RM. (Sanzhong) e os pontos auriculares 31 (Asma), 60 (Acalmar a
Asma), 55 (Shenmen), 95 (Rim) e 101 (Pulmões) com agulhas semipermanentes e moxar o rim Yang.
2ª Semana: 7 R. (Fuliu), 6 P. (Kongzui), 51 e 52 PC. (pontos denominados septenários) e 14 DM (Dazhui), 1 P
(Zhongfu), 13 B (Feshu), 27 R. (Shufu), 7 P. (Lieque), 4 IG. (Hegu), 22 RM. (Tiantu) e 17 Rm (Shanzhong).
3ª Semana: igual à primeira semana, mais moxação do 60 B. (Kunlun) a fim de estimular a defesa do Taiyang.
4ª Semana e seguintes até à 8ª:
Dias alternados:
Sessões impares: “Recuperar o Centro” e moxar Rim Yang.
Sessões pares: Desbloquear com: Xi de pulmão, Shu-Mu de Pulmão, Luo – Yuan (intestino grosso-pulmão).
Tonificar Rim Yin: 7 R (Fului) e 25 VB (Jingmen).
D) EVOLUÇÃO
No início melhoria lenta, com aparecimento de crises reactivas frequentes.
Ao fim de 3 meses melhoria estável tendo suprimido a medicação, actualmente vem à consulta de 15 em 15 dias,
tem algum cuidado com os ambientes poluídos e as mudanças bruscas de temperatura, o seu aspecto geral é
melhor, engordou e mostra-se satisfeita com o tratamento.
930
A HISTÓRIA CLINICA EM ACUPUNTURA (RESUMO).
Questionário
Língua
Pulsologia: radial e reveladora
Básico Avaliação dos níveis energéticos
Reflexo auricular
Reflexo Flores Shu-MU
Íris
Tez (cor)
MacroExame Tecido (segundo a Lei dos 5 movimentos)
Complementar Carácter (segundo a Lei dos 5 movimentos)
Sabores preferidos
Influência das cores, etc.
M. Próprio
Ciclo Sheng
Regulação Ciclo Ke
Técnica Yuan-Luo.
Luo de grupo, etc.,
Fórmula de regulação
Tratamento base ou sintomático
Elaboração do protocolo Tratamento etiológico
de tratamento Tratamentos complementares
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
H.C.Nº:
DATA:
MOTIVO DA CONSULTA:
HISTÓRIA ACUPUNTURAL
INSPECÇÃO E OBSERVAÇÃO
Transtornos da motricidade:
Transtornos de linguagem:
932
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Transtornos sensitivos:
Transtornos nos reflexos tendinosos:
ESTADO EMOCIONAL
Depressivo:
Stressado:
Ansioso:
Triste:
Desorientado:
Eufórico:
Obsessivo:
Componentes fóbicos:
Shen harmonioso:
Shen ausente:
Shen falso:
TEZ
(fresca, viva e discreta):
Patológica:
Cor:
EXPRESSÃO
Viva:
Perdida:
Falsa:
Pilo-Cutâneo (P.):
T.C.S. e T.C. (Tecido de sustentação) Proporção e Gordura (BP.):
Circulatório (C.):
NeuroMuscular e Tendinoso (F.):
Osteo-Articular (R.):
933
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
AUDIÇÃO E OLFACTO
ESCUTAR:
A voz:
Débil
Sonora
A respiração:
Débil
Ruidosa
Afónica
Batimento cardíaco
Regular
Arritmia
A tosse:
Débil
Produtiva
Profunda
Soluços:
Arrotos:
CHEIRAR
Odor de acordo com a patogia:
Metálico:
Cetósico:
Ácido:
Acre:
Ausência de odor corporal
Odor das excreções:
Nauseabundo
A peixe
Hálito:
Fétido
Normal
934
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
É Yang
É Yin
Está Yangnificado
Está Yinificado
935
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Ejaculação precoce:
Impotência:
_______________________________________________________________
Adições:
Álcool
Tabaco
Fármacos
Drogas
_______________________________________________________________
Aspectos intelectuais:
Perda de memória
Esquecimentos
Ausências
936
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
V. CEFALEIAS
Exógenas: tendinomusculares, planos energéticos, climáticas,
traumáticas
Taiyang (frontal, vértice, occipital, cervical):
Shaoyang (temporal e parietal):
Yangming (facial e frontal):
Endógenas:
Componente hepato-biliar: (alterações biliares, gástricas, emocionais,
localização temporal):
Componente circulatório (cefaleias, enxaquecas, localização fronto-temporal):
Componente BP. e E. (relacionada com a alimentação):
Componente renal (sensação de plenitude e opressão)
Componente pulmonar (com astenia e alterações respiratórias):
VII. FRIO-CALOR
Sensação de frio ou calor:
Local geral alternada
Interior-exterior
Alto-baixo
Febre com aversão ao frio ou sem aversão ao frio
Febre com aversão ao calor
Febre alternada com arrepios
VIII. TRANSPIRAÇÃO
Transpiração local: mãos, pés, pescoço, axilas, ______________ :
Transpiração geral: esforço, espontânea, nocturna, emocional, ______ :
Ausência de transpiração:
937
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
X. SECURA E FEBRE
Pele, boca, lábios, mucosas, olhos, garganta, ___________________
Febre: febrícula, periódica, vespertina, com aversão ao frio, com aversão ao
calor, febre alternada com arrepios, _______________________________________
XIV. URINA
Quantidade: escassa, abundante, _____________________________________
Cor: normal, amarela, escura, avermelhada, __________________________
Frequência: poliuria, anuria, oliguria, normal, __________________________
Dificuldade, dor na micção: disuria, insatisfação, ______________________
Nicturia, enurese, incontinência, _____________________________________
XV. FEZES
Consistência: solta, pastosa, dura, mole, _____________________________
Cor: normal, acinzentada, escura, ____________________________________
Frequência: diarreia, prisão de ventre, prisão de ventre alternada com diarreia,
____________________________________________________________________
Presença de: alimentos não digeridos, sangue, fleumas, mucos tenesmo,
938
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
939
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
XXV ASTENIA
Geral:
Sazonal:
Horária:
Pós-pandrial:
Psicoastenia:
_______________________________________________________________
XXVI FLEUMAS
Quente (circula no sangue): hipercolesterolemia, hipertrigliceremia,
hiperuricemia, hiperglucemia, aumento de transaminases, __________________
Fria (depositada):
Água: no rim (litíase), no A.G.U. (quistos, neoformações diversas), nos ossos
(depósitos de cristais de ácido úrico), _________________________________________
Fogo: no coração e artérias (placas de ateroma), cérebro (perda de consciência,
epilepsia, etc.)
Madeira: no Fígado (fleuma errática com transtornos em: áreas neuromusculares,
litíase biliar).
Terra: fleumas moles, formações semiedamatoso-quisticas que se depositam mas
extremidades, principalmente: na coluna ou no pescoço, nos membros inferiores,
fleumas bronquiais em excesso, _______________________________
Metal: fleumas bronquiais, queratites, ________________________________
940
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Cefaleia, falta de ar, congestão cefálica, acúfenos Yang, frio nos pés, insónia,
hipertensão, excitação mental, olhos vermelhos, irritabilidade,
___________________________________________________________________
XXIX HEMORRAGIAS
Internas, Epístaxe, melenas, Gástricas, Hematemese, Fragilidade capilar,
Hematoma espontâneo, _______________________________________________
PALPAÇÃO
PULSOLOGIA
Radial
Efectuada, não efectuada, auxiliar
Reveladora
Efectuada, não efectuada, auxiliar
ANATÓMICA
Tórax
Abdómen
Membros
Pontos A`shi gatilho
Pontos Mu
ELECTRÓNICA
Ryodoraku
Efectuada, não efectuada, auxiliar
Voll
Efectuada, não efectuada, auxiliar
HISTÓRIA ACUPUNTURAL:
941
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
INSPECÇÃO E OBSERVAÇÃO
Estado neuro-psíquico e coordenação motora, estado emocional, a tez, a expressão, os
olhos, os tecidos, os órgãos dos sentidos, o Yin e o Yang.
AUDIÇÃO E OLFACTO
Escutar e cheirar (respiração, voz, hálito, transpiração, coração, etc.)
QUESTIONÁRIO
Shen (psiquícos), sinais iniciais e evolutivos, tipo de alimentação e preferências
dietéticas, períodos de crises, cefaleia, agente climático, sinais de frio-calor,
transpiração, sede, secura e febre, dor, parestesias, tensão e contracturas, alterações da
pele e das unhas, alterações dos YinYe, urina, fezes, edema e depósitos, alterações
gastro-intestinais, alterações menstruais, de fluxo e genito-urinárias, alterações de
sono, alterações cardíacas, alterações otorrinolaringológicas, boca, olhos e lábios,
alterações metabólicas, alterações respiratórias, astenia, fleumas, sinais gerais de queda
e de subida, influências exógenas, hemorragias, sensação de peso ou vazio.
PALPAÇÃO
Pulsológica, anatómica e electrónica.
OS 4 ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO
A) INSPECÇÃO E OBSERVAÇÃO
A1) Estado neuro-psíquico e coordenação motora:
A2) Estado emocional:
A3) Tez, olhos, língua e tecidos:
A4) Aspecto, porte, postura:
B) AUDIÇÃO E OLFACTO
B1) Tom da voz:
B2) Som cardio-respiratório:
B3) Odor corporal e hálito:
942
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
C5) Cefaleias:
C6) Agente climático incidente:
C7) Frio-Calor:
C8) Transpiração:
C9) Sede:
C10) Secura e febre:
C11) Algias, parestesias, dor e contracturas:
C12) Pele e unhas:
C13) Humores (Líquidos Orgânicos):
C14) Urina:
C15) Fezes:
C16) Edema e depósitos:
C17) Gastro-intestinal:
C18) Genito-urinário
C19) Fluxo e Menstruação:
C20) Sono:
C21) Coração:
C22) Otorrino, olhos, boca e lábios:
C23) Endócrino e metabolismo:
C24) Respiratório:
C25) Astenia:
C26) Fleumas:
C27) Sinais de queda;
C28) Sinais de subida:
C29) Hemorragia:
C30) Sensação de Peso ou vazio:
D) PALPAÇÃO
D1) Teste Kinesiológico:
D2) Pulso:
D3) Anatómica:
D4) Electrónica:
DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO:
Paciente: Idade:
Motivo da consulta:
Diagnóstico energético. (Desenvolvimento Clínico):
TRATAMENTO
943
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
C) FITOTERAPIA
______________________________________________________________________
_______________________________________________________
D) HOMEOPATIA
944
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
______________________________________________________________________
_______________________________________________________
E) FOTONTERAPIA
______________________________________________________________________
_______________________________________________________
F) TALASSOTERAPIA
______________________________________________________________________
_______________________________________________________
G) OUTROS
H) CONSELHOS HIGIÉNICO-DIETÉTICOS-AMBIENTAIS
Deverá inspirar e expirar profundamente de forma a eliminar, se possível, o ar
residual pulmonar, tendo cuidado com as tonturas por hiperventilação.
Efectuar séries de 7 inspirações-expirações várias vezes ao dia, principalmente,
de manhã, acumulando mentalmente a energia no ponto situado 2 dedos
abaixo do umbigo (6 RM).
Evitar a poluição electromagnética, radiações descontroladas de TV,
microondas, aparelhos electrodomésticos potentes, etc. mantendo-se a uma
distância mínima de 3 metros.
Deve manter a cabeceira da cama orientada para Norte e no quarto terá de
existir “vida” (madeira, pedra, plantas, etc.).
É importante que evite todo o tipo de situações emocionais negativas como a
preocupação, a ansiedade, o stress etc. fazendo terapia mental e percebendo
que neste momento o mais importante é o seu processo de cura, o resto pode
esperar.
Seguir, na medida do possível, os ritmos da natureza, levantando-se pouco
tempo depois de o amanhecer (momento ideal para realizar caminhadas e os
exercícios respiratórios) e deitando-se pouco tempo depois de o anoitecer.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Data:17-02-99
Paciente: M.S.B. Idade: 22 anos
Motivo da consulta: Astenia e reumatismo.
Informações clínicas, análises, antecedentes cirúrgicos e familiares e tratamento actual:
debilidade física desde a infância (astenia) – Aparecimento de dor articular
(reumatismo) de forma contínua desde há 2 anos; anteriormente apenas tinha dor
quando fazia esforço físico. Não existem antecedentes familiares relevantes.
OS 4 ELEMENTOS DE DIAGNÓSTICO
A) INSPECÇÃO E OBSERVAÇÃO
A1) Estado neuro-psíquico e coordenação motora: normal.
A2) Estado emocional: stress laboral (cargo executivo em empresa própria).
945
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
A3) Tez, olhos, língua e tecidos: olhos e tez normal, língua ligeiramente
vermelha com saburra escassa de cor amarela-esbranquiçada.
A4) Aspecto, porte, postura: constituição magra, estatura alta e aparência
normal.
B) AUDIÇÃO E OLFACTO
B1) Tom da voz: normal.
B2) Som cardio-respiratório: extrasistolia esporádica.
B3) Odor corporal e hálito: normal.
946
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
C28) Sinais de subida: falta de ar, congestão cefálica, excitação mental, sono
leve. *
C29) Hemorragia: não.
C30) Sensação de Peso ou vazio: sensação de peso na cabeça e nas
extremidades.
E) PALPAÇÃO
D1) Teste Kinesiológico: não se realizou
D2) Pulso: superficial e débil.
D3) Anatómica:________________________________________________
D4) Electrónica: Ryodoraku - valores gerais baixos, mais altos os Tsou.
947
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
948
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
C) FITOTERAPIA
Fórmula 24 San Miao Wan alternada com 22 Feng Shiu Gu Tong Wan, um dia
uma, outro dia outra, tomar 2+2+2.
Aloé Vera: sumo natural, 2 colheres em jejum.
D) HOMEOPATIA
______________________________________________________________________
_______________________________________________________
E) FOTONTERAPIA
A abundância de Fuqi (toxicidade, hemoconcentração, etc.) aconselha a
utilização habitual de Photon-Platino quer na roupa interior quer durante o
sono.
F) TALASSOTERAPIA
______________________________________________________________________
_______________________________________________________
G) OUTROS
H) CONSELHOS HIGIÉNICO-DIETÉTICOS-AMBIENTAIS
Deverá inspirar e expirar profundamente de forma a eliminar, se possível, o ar
residual pulmonar, tendo cuidado com as tonturas por hiperventilação.
Efectuar séries de 7 inspirações-expirações várias vezes ao dia, principalmente,
de manhã, acumulando mentalmente a energia no ponto situado 2 dedos
abaixo do umbigo (6 RM).
Evite a poluição electromagnética, radiações descontroladas de TV, microondas,
aparelhos electrodomésticos potentes, etc. mantendo-se a uma distância
mínima de 3 metros.
949
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
ÍNDICE
Páginas
PRÓLOGOS 11
8ª LIÇÃO DOR, A DOENÇA REUMÁTICA E A CEFALEIA
950
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
951
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Introdução 316
Generalizações 317
Metodologia 318
Descrição anatómica dos 110 pontos auriculares e indicações
terapêuticas 321
Outros pontos 348
Índice terapêutico geral 351
952
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
Cap. III. OS SÍNDROMES POR FACTORES CLIMÁTICOS (Lu Qi Bian Zheng) 507
O vento (Feng) 509
O Feng e a síndrome Bi ou Pei 510
O Han (Frio) 515
O Shi (Humidade) 518
O Re (Calor) e as síndromes febris (Re Bian Zheng e Wei Qi Jing
Xue Bian Zheng) 526
O Zao (secura) 540
O Huo (Fogo) 542
Técnica de Planos. Utilização da técnica Nó-Raíz (Jie-Gen). Ponto
953
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
11ª DIAGNÓSTICO
Cap. I. LIÇÃO AS OITO REGRAS DE DIAGNÓSTICO (BA GAN BIAN ZHENG) 729
Introdução 731
Objectivos 733
As 8 regras de diagnóstico (Ba Gang) 733
954
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
955
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
BIBLIOGRAFIA 955
ÍNDICE 965
956
Capítulo III: La Historia Clínica Acupuntural
957