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Reflexão entre tempo e processo

REFLEXÃO ENTRE TEMPO E PROCESSO


Reflection between time and process
Revista de Processo | vol. 278/2018 | p. 71 - 87 | Abr / 2018
DTR\2018\10673

Eric Cesar Marques Ferraz


Especialista em Direito Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São
Paulo. Advogado. Procurador da Câmara Municipal de SBC-SP.
ericferraz@adv.oabsp.org.br

Área do Direito: Civil; Processual


Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar brevemente e refletir sobre o
processo em tempo irrazoável, que é uma consequência do desrespeito aos princípios
constitucionais. O direito ao processo no tempo devido, para que se objetive em um
tempo devido, não pode se pautar pela desmesurada pressa que em nome da celeridade
processual desconsidera as garantias processuais, e por outro lado, não deve se
prolongar de forma a afetar os direitos fundamentais do acusado da liberdade ou das
vítimas da conduta. Portanto, o direito ao processo não pode ficar vinculado
estritamente a um prazo cronologicamente metrificado, mas para se definir o tempo
devido é preciso que se adeque ao modelo constitucional de processo, pois a questão de
tempo no processo é consequência do desrespeito à comunidade de princípios do
processo.

Palavras-chave: Tempo – Processo – Teoria do Não Prazo – Incomensurabilidade


Abstract: This article aims to analyze briefly and reflect on the process in unreasonable
time that is a consequence of disrespect to constitutional principles. The right to
proceedings in due time so that it can be objected in due time, not because of the
excessive rush which in the name of procedural speed disregards procedural guarantees
and, on the other hand, must not be prolonged in such a way as to affect the
fundamental rights of the Accused of freedom or of the victims of conduct. Therefore,
the right to the process can not be strictly bound to a chronologically metrified period,
but in order to define the due time it is necessary that it conforms to the constitutional
model of process, because the question of time in the process is consequence of the
disrespect to the community of principles The process.

Keywords: Time – Process – Non-Term Theory – Incommensurability

Sumário:

1 Introdução - 2 Desenvolvimento - 3 Síntese conclusiva - 4 Bibliografia

1 Introdução

Foi adotado no presente trabalho a linha de pesquisa científica, baseada na interpretação


literal, teleológica, sistemática e histórica através do método de raciocínio
lógico-indutivo, integrativo e criativo com vistas a contribuir modestamente para
fomentar o debate e o conhecimento dentro da ciência processual civil.

A presente pesquisa teve como substrato a consulta, leitura e análise de livros, da


legislação constitucional e infraconstitucional pertinentes ao tema, jurisprudência, bem
como da doutrina cientifica e artigos especializados citados na bibliografia.

O objetivo do presente artigo é analisar sucintamente que o processo exige tempo. Em


verdade, pretende-se esclarecer duas vertentes do tempo processual: o tempo do
processo, em que pretende analisar como o tempo se insere na construção
teórica-principiológica sobre o processo e o tempo no processo, como o tempo
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Reflexão entre tempo e processo

naturalizado que se despende para a solução de um caso específico de processo.

O processo tem uma perspectiva temporal inserida em sua própria estrutura


procedimental, pois se trata de um conjunto de atos e posições subjetivas dirigidas a um
provimento final. Logo, não se pode desconhecer que o processo exige o seu tempo.
Tempo esse que seria demonstrado em uma cronologia de atos processuais, pode-se
aqui identificar essa como a primeira característica do tempo do processo, em seu
caráter cronológico.

Mas ainda, o tempo do processo deve se enquadrar no tempo do contraditório, da


argumentação e da decisão. Logo, além da sequência de atos na estrutura procedimental
que segue um critério cronológico, não se pode olvidar da necessidade de
reconhecimento do tempo Kairológico do processo, entendido como o tempo devido

Nesse sentido, o tempo do processo deve se ater às exigências de tempo para garantir a
participação das partes, do tempo para a produção da prova e do tempo da
argumentação das partes.

Crê-se que, para se aferir o tempo no processo, não se pode estabelecer um critério
exclusivamente cronológico, pela contagem dos dias por meio de um prazo, mas
também não se pode deixar de fixar o parâmetro do prazo razoável, a partir,
exclusivamente, da construção da “teoria do não prazo” para se definir o tempo devido
no processo. Em especial, quando se analisa o tempo necessário para garantia dos
direitos fundamentais como liberdade, saúde e educação, é ainda mais perverso. Nesse
caso, discute-se o tempo de duração do processo, de forma reflexa, pois o que está em
jogo diretamente é a urgência em garantir os direitos fundamentais em risco.

2 Desenvolvimento

2.1 Tempo

Analisaremos, em primeiro momento, a relação entre tempo e processo, com foco


especial de sua ambivalência dada pela ânsia pela celeridade processual, de uma
reflexão sobre o tempo Kairológico e o tempo devido em artigo publicado por Flaviane de
Magalhães Barros e Marcelo de Andrade Cattoni, intitulado “A Síndrome da Pressa e o
Direito ao Processo em tempo devido no Projeto de Código de Processo Civil
1
(LGL\2015\1656)” , onde os referidos autores analisam as obras de Giacomo Marramao.
Segundo estes:

O enfrentamento das questões relacionadas à chamada crise do Poder Judiciário


brasileiro, que se encontrava no cerne do discurso das reformas processuais parciais,
realizadas na última década do século passado e na primeira década deste novo século,
vem pautando-se por exigências de eficiência e celeridade. Tais bandeiras têm sido
usadas nas reformas processuais parciais como justificativa para redução das garantias
processuais, em especial, do contraditório, da ampla defesa e da fundamentação da
decisão (p. 567).

Os supracitados Professores chamam atenção a respeito da duração razoável do


processo com o advento do atual CPC (LGL\2015\1656), num espírito pautado de
rapidez e eficiência, sem levar em conta os riscos do que eles denominam de “síndrome
da pressa” desnature o tempo devido do processo. A temática foi desenvolvida tendo
como base teórica a compreensão do processo no Estado Democrático de Direito,
reconhecido em nossa Constituição Federal (LGL\1988\3) e adequada à atual sociedade
plural, intercultural e multifacetada, sendo que o processo é uma garantia dos direitos
fundamentais, passa pela análise das obras do Professor mineiro Aroldo Plínio Gonçalves,
que tem suas bases na crítica do Professor Elio Fazzalari à teoria da relação jurídica
processual. Nesse sentido, reconhece-se a base do processo sustentada nas bases
principiológicas de nossa Carta Magna, apropriando-se da terminologia de modelo
constitucional de processo, vejamos suas lições:
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Reflexão entre tempo e processo

Ao revisitar a teoria do processo é possível, a partir da noção de processo como


garantia, defender a proposta de uma teoria geral do processo, compreendida por meio
da definição de uma modelo constitucional de processo, isto é, da possibilidade de se
definir uma base principiológica uníssona para compreensão do processo, seja ele
jurisdicional, administrativo, legislativo, arbitral, ou, em outras palavras, para o processo
constitucional. A proposta teórica de reconstrução dos paradigmas jurídicos, realizada
por Habermas (1988, p. 263-264; p. 469-532), auxilia a compreensão do processo na
medida em cada paradigma apresenta uma perspectiva distinta para o instituto
(CATTONI DE OLIVEIRA, 2012, p. 271). No paradigma liberal, o processo tem uma
feição de benefício entre as partes (sache der partien), como um instrumento privado, e
sua base é a igualdade formal e o princípio dispositivo (NUNES, 2008; CATTONI DE
OLIVEIRA, 2012, p. 75; p. 271). Já no Estado Social, a compreensão de processo passa
por uma maior sofisticação teórica. No Brasil. Os instrumentalistas, em especial, Cândido
Rangel Dinamarco (1998), pretendem difundir, no marco do Estado Social, uma teoria
do processo que tem como objetivo garantir a “pacificação social”, realizável por
intermédio do cumprimento de escopos metajurídicos do processo, que auxiliam o juiz a
efetivar e balizar a justiça social, por meio do instrumento jurisdicional (DINAMARCO,
1988, p. 159-167). A linha teórica da instrumentalidade, que pretende que o juiz em sua
decisão proceda à correção prática dos erros perpetrados por outras esferas estatais, a
fim de garantir justiça social, é de fácil adaptação à teoria da relação jurídica processual.
E é desde Bullow (1868) que se compreende o processo como uma relação jurídica entre
juiz e as partes, entendida esta como vínculo subjetivo que faz com que aquele que tem
direitos (sujeito ativo) possa exigir daquele que tem dever (sujeito passivo) o
cumprimento de uma determinada conduta. Como ressalta NUNES (2008), o próprio
Bullow, já em 1885, sustentava a aplicação livre e, de certa forma, subjetiva do direito
pelos juízes (BULLOW, 1955). Logo a relação jurídica de direito processual coloca o juiz
como “super parte”, de atuação preponderantemente no processo jurisdicional. Tanto é
fato que fez surgir duas posições subjetivas, recorrentemente, apresentadas nos
manuais de processo de matriz instrumentalista, a posição do poder dever do juiz e a de
2
sujeição das partes.

Com relação ao tempo exigido pela própria razão de ser do processo, colacionamos em
razão de sua incomensurabilidade, o interessante magistério abaixo dos Professores
Flaviane de Magalhães Barros e Marcelo de Andrade Cattoni em exarado supracitado
artigo:

O certo é que o processo exige tempo. Em verdade, pretende-se esclarecer duas


vertentes do tempo processual: o tempo do processo, em que pretende analisar como o
tempo se insere na construção teórica-principiológica sobre o processo e o tempo no
processo, como o tempo naturalizado que se despende para a solução de um caso
específico de processo.

O processo tem uma perspectiva temporal inserida em sua própria estrutura


procedimental, pois se trata de um conjunto de atos e posições subjetivas dirigidas a um
provimento final, segundo Fazzalari (1992). Logo, não se pode desconhecer que o
processo exige o seu tempo. Tempo esse que seria demonstrado em uma cronologia de
atos processuais, atos que se encadeiam em um vínculo de consequencialidade, em que
o antecedente é pressuposto lógico e necessário do consequente (GONÇALVES, 1992).
Pode-se aqui identificar essa como a primeira característica do tempo do processo, em
seu caráter cronológico.

Mas ainda, o tempo do processo deve se enquadrar no tempo do contraditório, da


argumentação e da decisão. Logo, além da sequência de atos na estrutura procedimental
que segue um critério cronológico, não se pode olvidar da necessidade de
reconhecimento do tempo Kairológico do processo, entendido como o tempo devido
(MARRAMAO, 2005a, p. 97-106).

É preciso rever o conceito de tempo meramente cronológico e para tanto se exige


retomar em especial o paradoxo da dupla implicação que o tempo possui, que se verifica
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Reflexão entre tempo e processo

desde os gregos pela diferença entre Chronos e Aión, e que retorna na modernidade
através de um golpe de cena do tempo Kairológico, entendido como o tempo devido
(MARRAMAO, 2005a).

Nesse sentido, o tempo do processo deve se ater às exigências de tempo para garantir a
participação das partes, do tempo para a produção da prova e do tempo da
argumentação das partes. A tentativa de redução de complexidade do processo por meio
de um discurso de efetividade neoliberal (MARTINS, 2010, p. 70) desconhece justamente
que ao se concentrar todo um processo em um ato único e complexo como a audiência
de instrução e julgamento, se está reduzindo ou mesmo retirando o tempo devido da
argumentação (BARROS, 2009). Passa-se a exigir das partes e do juiz uma rapidez e
fluidez dos atos que segue a flecha do tempo em um sentido único, desconsiderando a
relatividade do tempo de reflexão, necessário para que se volte ao passado que se
discute e se reconstrói no processo.

Não são apenas as partes que são contaminadas pelo discurso de eficiência, celeridade,
de uma sequência temporal que não leva em conta o tempo devido, mas também a
decisão sem reconhecer que ela precisa de tempo, pois aqui se discute os direitos
fundamentais, a partir de uma estrutura dialógica que se constrói em contraditório, com
o debate das partes, e que se expressa na decisão, pela construção participada de
terceiro imparcial. Essa então seria uma segunda característica do tempo do processo,
em seu aspecto Kairológico.

Mas estudar tempo não é algo fácil, simples, seja para os físicos, para os filósofos ou
para os juristas. Em especial, é importante perceber, a partir da análise de Resta
(2008), que o processo jurisdicional e a decisão se voltam a dois tempos diferentes: o da
legislação e o da jurisprudência. Ou seja, o caso concreto que se discute e se reconstrói
no processo se submete a duas temporalidades que são paradoxais. A primeira que é o
tempo da legislação, que se pretende estático, pois pensado como o tempo
monologante, quer se voltar para o futuro para estabelecer novas previsões de
comportamento social, em um futuro pode ser visto como passado. Ou nas palavras de
Eligio Resta: “O direito regula o tempo sendo por ele regulado” (RESTA, 2008, p. 178).
Logo, no processo legislativo pode-se estar olhando para o passado para regular uma
questão de experiência ou se voltar para o futuro para tentar regular uma questão de
expectativa. Mas certo que o que é futuro para uma geração, e, portanto, expectativas,
será passado para outra, ou seja, experiência como propõe Resta (2008, p. 190), ao
interpretar Koselleck. Paradoxalmente, o tempo do legislador se conjuga e contamina
com o tempo da jurisprudência. Jurisprudência que se pretende atual, mas não vive
exclusivamente do presente, se volta para o passado e para o tempo do legislador,
olvidando-se de seu caráter hermenêutico de revisitação do direito a partir de uma
comunidade de princípios.

A característica não monologante do tempo e suas várias facetas postas também na


sentença, que desliza entre um ex nunc e um ex tunc, nas palavras de Resta (2008, p.
196). A sentença tenta se equilibrar entre estabelecer uma consequência para o futuro,
mas em razão de uma situação presente que se volta ao passado, entre expectativa e
experiência. Está sempre gravitando na temporalidade entre passado, presente e futuro.

Compreender a incomensurabilidade do tempo (MARRAMAO, 2005a) e as diversas


facetas que o tempo do processo possui é necessário para verificar o tempo no processo.
Pois o direito ao processo em prazo razoável, ou o tempo no processo, não pode ser
analisado isoladamente, é preciso da perspectiva do tempo do processo seja o
cronológico ou Kairológico ou mesmo a compreensão de seu caráter paradoxal.

Os parâmetros cronológicos que possuem métricas para definição do tempo cronológico


que definem um número de dias para a conclusão do processo não deveria ser o critério
único para a definição da duração razoável do processo. A “teoria do não prazo”,
endossada pela Corte Europeia de Direitos Humanos e pela Corte Americana de Direitos
Humanos a respeito do direito ao processo no prazo razoável não labora no critério
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Reflexão entre tempo e processo

cronológico. Pela “teoria do não prazo” perquire-se o tempo Kairológico no processo


(tempo devido, a partir da definição de critérios abertos para aferir a duração do
processo, tenta-se de alguma forma reconhecer as especificidades do caso e do tempo
devido ao referido processo. Esclarece Bretas de Carvalho Dias (2010, p. 162-165) três
situações de comprometimento da razoável duração do processo: complexidade das
questões discutidas no processo, atuação das partes e atuação dos órgãos jurisdicionais.

Atualmente, na Corte Interamericana de Direitos Humanos os três critérios se ampliaram


para os seguintes: complexidade do caso, comportamento das partes, comportamento
das autoridades que diligenciam para tutelar os direitos em jogo no processo e
consequências geradas pela situação jurídica frente à pessoa afetada (CIDH, Caso Furlan
y Familiares VS. Argentina – sentencia de 31 de agosto de 2012).

Crê-se que para se aferir o tempo no processo não se pode estabelecer um critério
exclusivamente cronológico, pela contagem dos dias por meio de um prazo, mas
também não se pode deixar de fixar o parâmetro do prazo razoável a partir
exclusivamente da construção da “teoria do não prazo” para se definir o tempo devido
no processo. Em especial, quando se analisa o tempo necessário para garantia dos
direitos fundamentais como a liberdade, saúde, educação, é ainda mais perverso. Nesse
caso, discute-se o tempo de duração do processo, de forma reflexa, pois o que está em
3
jogo diretamente é a urgência em garantir os direitos fundamentais em riscos.

2.2 Processo

A primeira questão colocada pelo Ilustre Professor Mineiro Aroldo Plínio Gonçalves, na
crítica ao instrumentalismo, foi justamente a impossibilidade de se agregar uma ideia de
contraditório, como posição de simétrica paridade entre as partes que serão afetadas
pelos provimentos jurisdicionais, contrapondo a posição hierarquizada de um sujeito que
tem poder e outro que deve sujeição. Assim, a adoção e o desdobramento feitos por
Gonçalves da obra de Elio Falazzari, permitiu a revisão da teoria da relação jurídica
processual. Fazzalari, a partir de apropriações de teorias do direito público e processual
(fortemente influenciado por teorias do direito público, por administrativistas e também
por processualistas como Goldschmidt-1936), revisitou o conceito de processo e
procedimento, para estabelecer por meio de um critério lógico de inclusão, que o
processo é uma espécie de procedimento, que se especifica em virtude da posição dos
afetados em relação à construção do provimento final, que assim se realizaria em
contraditório, isto é, com a garantia de participação em simétrica paridade dos afetados
na construção do provimento. Sendo assim, é possível fazer uma crítica à teoria do
processo como relação jurídica, justamente em razão do lugar do juiz como
“super-parte”; e ao instrumentalismo, em virtude do solipsismo do juiz e dos escopos
metajurídicos do processo jurisdicional.

Ao mesmo tempo, pode-se pretender a adoção da teoria do processo como


procedimento em contraditório, como adequada ao paradigma constitucional do Estado
4
Democrático de Direito .

Ademais, a noção de contraditório, pretendida pela referida teoria do processo, consolida


a proposta de garantia de participação simétrica de paridade dos afetados pelo
provimento, no sentido de uma garantia de construção participativa da decisão, que
estará compreendida no processo tanto como autores, quanto como destinatários da
norma jurídica, como sustenta o Professor Aroldo Plínio Gonçalves, em sua obra Técnica
processual e teoria do direito, 2º tiragem, Rio de Janeiro: Aide, 1992.

O processo para além da jurisdição faz com que a noção de teoria geral do processo,
sustentada nos institutos da jurisdição, ação e processo, pelo consagrado Professor
Cândido Rangel Dinamarco, em sua obra A instrumentalidade do processo, São Paulo:
Malheiros Editores, 1998, mostre-se não mais condizente com a atual evolução do
processo civil, principalmente ao se tomar como base a noção do processo como
garantia de direitos fundamentais, bem como por não percebermos mais essa tríade
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distinção no atual Código de Processo Civil (LGL\2015\1656).

A noção de processo como garantia tem sua base na Constituição, sendo codependente
dos direitos fundamentais. Assim, atualmente o que sustenta a noção de processo como
garantia são os princípios constitucionais do processo.

Dessa maneira, pode-se apropriar a noção de modelo constitucional de processo, que


teve uma proposição inicial feita para o processo civil italiano pelos Professores Italo
Andolina e Giuseppe Vignera, na obra I fondamenti constituzionali dela giustizia civile: il
modelo constituzionale del processo civile italiano.2. ed. Torino: Giappichelli, 1997,mas
aqui apropriada para um modelo de processo, visando à construção de outra noção de
teoria geral do processo, constituída justamente por uma base constitucional fundada
nos princípios do processo, uma vez que todo o processo é constitucional, seja em razão
5
de seus fundamentos ou de sua estrutura .

Segundo os Professores Italo Andolina e Giuseppe Vignera, na supracitada obra, às


páginas 9 e 10, o modelo constitucional de processo é “um esquema geral de processo”
que possui três importantes características: a expansividade, que garante a idoneidade
para que a norma processual possa ser expandida para microssistemas, desde que
mantenha sua conformidade com o esquema geral de processo; a variabilidade, como a
possibilidade de a norma processual especializar-se e assumir forma diversa em função
de característica específica de um determinado microssistema, desde que em
conformidade com a base constitucional; e por fim, a perfectibilidade, como a
capacidade de o modelo constitucional aperfeiçoar-se e definir novos institutos por meio
do processo legislativo, mas sempre de acordo com o sistema legal.

Logo a noção de um modelo constitucional de processo que se funda em um esquema


geral ou em uma base principiológica uníssona, abarcam-se como pontos iniciais de
referência para compreensão de garantias do processo o princípio do contraditório, o da
ampla argumentação, o da fundamentação das decisões e o da participação de um
terceiro imparcial.

Como mais uma vez ressaltam os Professores Italo Andolina e Giuseppe Vignera, na obra
acima mencionada, à página 11, sobre a compreensão de um modelo constitucional de
processo, “de modelo único e de tipologia plúrima ” , adequa-se à noção de que, na
Constituição, se encontra a base uníssona de princípios que definem o processo como
garantia, mas que, para além de um modelo único, ele se expande, aperfeiçoa e
especializa, exigindo do intérprete compreendê-lo tanto a partir dos princípios bases
como, também, de acordo com as características próprias daquele processo. Não se
trata de apenas de uma diferença entre procedimentos, no sentido de uma sucessão de
atos e fases processuais. Mais do que isso, é preciso perceber que, por mais que todo
processo tenha por base os princípios constitucionais – do contraditório, da ampla
argumentação, da fundamentação das decisões e da existência de terceiros imparciais –,
há diferenças entre processos, seja em razão do provimento pretendido, seja em razão
dos direitos fundamentais a serem garantidos.

Uma interpretação constitucionalmente adequada passa pela noção de que o modelo


constitucional do processo é uma base principiológica uníssona, na qual os princípios que
o integram são vistos de maneira codependente. Ou seja, ao desrespeitar um dos
princípios se afeta também, de forma reflexa, os outros princípios fundantes. Contudo,
todos os princípios têm o seu conteúdo específico e diferenciador.

Sendo assim, iniciamos a compreensão do contraditório, emprestando-nos da teoria do


processo como procedimento em contraditório do Professor Elio Falazzari, com apoio da
releitura do Professor Aroldo Gonçalves Plínio, para entendermos a mens legis da
introdução do princípio colaborativo (art. 6º) ao revés do dispositivo, bem como sobre o
princípio do contraditório (art. 10), ambos previstos no atual CPC (LGL\2015\1656).

A noção de contraditório, proposta pelo Professor Falazzari, sustenta-se como posição


simétrica entre os afetados pelo provimento final ou, em outras palavras, é a construção
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Reflexão entre tempo e processo

participativa da decisão. Assim, o contraditório não é mais uma mera ação e reação das
partes, mas sim o espaço procedimentalizado para garantia da participação dos afetados
na construção do provimento. Assim, o contraditório, à luz do princípio colaborativo, tem
como característica o princípio da influência pautado na lealdade e boa-fé processual, no
sentido de que as partes têm direito e o dever de colaborar e influir argumentativamente
nas decisões do processo, ou seja, influir no desenvolvimento e no resultado do
processo. A colaboração e a influência geram a garantia de não surpresa, ou seja, de
não ser afetado por uma decisão sem participar de sua construção. Nesse sentido, a não
surpresa só pode ser retirada em casos excepcionais, mas o contraditório não é
suprimido e sim postergado, como ocorre nos casos excepcionais da Tutela Provisória,
que, por uma análise sistemática, histórica e teleológica, acreditamos que o art. 10, do
CPC (LGL\2015\1656), deveria ter previsto essa ressalva, como não o fez, esta talvez
seja a única interpretação viável deste, sob pena de desnaturar totalmente o instituto da
Tutela Provisória.

Assim, ao se exigir que a construção da decisão respeite o contraditório e a


fundamentação, não mais se permite que o provimento seja um ato isolado de
inteligência do terceiro imparcial, o juiz na perspectiva do processo jurisdicional. Desse
modo, a fundamentação da decisão é indissociável do contraditório, visto que a
participação dos afetados na construção do provimento, base da construção do
contraditório, só será plenamente garantida se a referida decisão apresentar em sua
fundamentação a argumentação dos respectivos afetados, que podem, justamente pela
fundamentação, fiscalizar o respeito ao contraditório e garantir a aceitabilidade racional
da decisão.

A codependência entre a fundamentação das decisões e contraditório se conjuga,


também, com a necessidade de se garantir a ampla argumentação, vista aqui como uma
proposta de releitura do princípio da ampla defesa. Para tanto, deve-se evitar as
limitações fundadas nas heranças pandectistas da actio, que veem na ação como mero
direito de formular uma demanda e têm como titular apenas o autor. Sendo que, sob
este prisma, a ação é do autor, a defesa é do réu ou acusado, como em um paralelismo
entre ação e defesa, próprio do instrumentalismo que vai se despedindo do cenário
processual.

Pela interpretação que se pretende dar ao modelo constitucional de processo, fica fácil
aqui redefinir a própria compreensão do papel do terceiro imparcial, não como “super
parte”, ou “terceiro imparcial”, mas como uma figura que está no centro, não mais
acima das partes. Não se discute mais em termos de neutralidade ou mesmo das
implicações de suas escolhas de vida na formação do seu convencimento ou na dicção do
direito, pois, pela perspectiva do atual CPC (LGL\2015\1656), o juiz não é o único
valoroso intérprete do direito. A máxima do “me deem os fatos que lhe darei o direito”
está sendo revista, principalmente com a fusão entre civil law e commom law, ademais o
juiz reflete a própria argumentação e provas trazidas pelas partes. No caso, a
imparcialidade se garante pela exigência do esforço argumentativo das partes, que será
a base para se construir a decisão presente na fundamentação. Por isso que quando uma
decisão judicial permite uma abertura para a discricionariedade e para o subjetivismo do
juiz se afeta não só o contraditório, a fundamentação da decisão e a imparcialidade do
juiz, mas todo o processo.

2.3 O fator temporal e a tutela de urgência

Sendo assim, passamos agora a analisar a duração temporal do processo com especial
destaque sobre a tutela de urgência. Percebe-se que, no atual CPC (LGL\2015\1656), o
tema é tratado em dois artigos. O primeiro capítulo denominado “Normas fundamentais
do processo civil” trata da garantia da duração razoável do processo. O art. 4º dispõe
que: “As partes têm direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa”. Um pouco depois, o art. 8º dispõe que: “Todos os
sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha em tempo razoável
decisão de mérito justa e efetiva”, sendo que a primeira parte do art. 4º estabelece uma
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Reflexão entre tempo e processo

garantia para as partes no sentido de reconhecer o direito a uma decisão integral em


tempo razoável. Já a segunda estabelece um dever processual aos sujeitos do processo
de cooperar para a conclusão do mesmo, que somente se concretiza com o respeito a
boa-fé e a lealdade processual a ser observado pelas partes, para evitar dilações
indevidas, consubstanciando, dessa forma, o direito das partes a uma decisão em prazo
razoável como decorrência da própria legitimação do procedimento, para a construção
da decisão em contraditório decorrente da própria noção de processo que sempre tende
a um fim, que é a decisão.

O ponto que se deve debater com mais profundidade é a vinculação da duração do


processo com uma decisão “justa e eficaz”. Reconhece-se o importante papel do
processo civil no Brasil, que não apenas soluciona conflitos de natureza patrimonial ou
individual, mas busca a concretização de direitos fundamentais na ordem constitucional
brasileira, inclusive em razão do déficit democrático do processo legislativo e
administrativo. Mas vincular a solução do processo por meio de uma decisão jurisdicional
construída em contraditório, com a participação das partes, não pode ter como objetivo
ou fundamento a realização de um critério específico de justiça material, sempre
particular. Principalmente quando se reconhece que o Estado Democrático de Direito é
plural, intercultural e pluriético, a noção de justiça, seja ela social ou com outra
adjetivação que se pretenda, torna-se em verdade risco de injustiça, se for definida a
partir de uma única pauta de vida boa para o Estado e o jurisdicionado brasileiro, pois
em vez de incluir determinados sujeitos de direito, exclui. Justiça social, assim, no
estado Democrático de Direito, deve implicar democracia, redistribuição e
reconhecimento. (HONNETH, Axel. The I in We: Studies intheory of recognition. Trad.
Joseph Ganahl. Malde: Polity, 2012. p. 35-55).

O exercício da jurisdição, para que atualize a pretensão democrática subjacente ao


Direito, deve a um só tempo construir decisões que sejam coerentes com a história
institucional reconstruída à luz dos princípios constitucionais que lhes dão sentido, assim
como adequadas aos casos concretos submetidos à apreciação a fim de satisfazer as
6
exigências normativas de aceitabilidade racional .

Nessa perspectiva, o CPC (LGL\2015\1656), prevendo o negócio jurídico processual, agiu


com acerto que permite dilatar prazos e alterar a ordem de produção de provas
adequando o procedimento à especificidade da questão em debate, o que mostra que o
tempo devido do processo precisa ser dinamizado em razão das especificidades de cada
processo desde que garantidos o contraditório e a fundamentação da decisão.

Isto posto, parece que a resposta ao bom uso da tutela de urgência reside nos termos
da jurisdição convencional da teoria do não prazo, já que ela poderia ser reconhecida
como um critério mais voltado a uma busca do tempo devido do processo. Para as cortes
de direitos humanos, inicialmente na Corte Europeia de Direitos Humanos e
posteriormente na Corte Interamericana de Direitos Humanos, a análise do prazo
irrazoável não se faz por um marco métrico específico, como dois anos, cinco anos etc.,
mas sim por critérios definidos com conceitos abertos que precisam ser concretizados
em cada caso concreto. Nas decisões mais recentes da Corte Europeia de Direitos
Humanos, como no Caso Mcfarlane vs Irlanda, decidido em 2010, confirmou-se o
entendimento, já consolidado desde a década de 1980, que pauta o prazo razoável pelos
seguintes critérios: complexidade do caso, comportamento da parte, comportamento das
7
autoridades que diligenciam para tutelar os direitos em jogo no processo .

O processo em tempo irrazoável é uma consequência do desrespeito aos princípios


constitucionais. O direito ao processo no tempo devido para que se objetive em um
tempo devido não por se pautar pela desmesurada pressa que em nome da celeridade
processual desconsidera as garantias processuais, e por outro lado, não deve se
prolongar de forma a afetar os direitos fundamentais do acusado da liberdade ou das
vítimas da conduta. Portanto, o direito ao processo não pode ficar vinculado
estritamente a um prazo cronologicamente metrificado, mas para se definir o tempo
devido é preciso que se adeque ao modelo constitucional de processo, pois a questão de
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Reflexão entre tempo e processo

tempo no processo é consequência do desrespeito à comunidade de princípios do


processo.

Chamamos atenção do perigo dos critérios formados por conceitos abertos definidos
pelas cortes internacionais de direitos humanos, que podem ser utilizados
argumentativamente em sentido contrário à pretensão de tais cortes que visam punir
violações de direitos humanos pelos Estados Membros. Ademais, percebe-se que a
demora em tempo irrazoável no processo é uma consequência do desrespeito aos
princípios do modelo constitucional do processo. Logo, o tempo devido deve se pautar
pelo respeito aos princípios do contraditório, da ampla defesa, fundamentação da
decisão e imparcialidade, com especial destaque para a tutela provisória, que muitas
vezes terá seu contraditório diferido em razão da medida de urgência ou evidência,
ademais, a própria lei processual prevê sua reversibilidade, responsabilização pelo uso
indevido das medidas, entre outros mecanismos para sua boa operacionalidade para
realização de um processo justo, eficaz e em tempo razoável, mas frisamos novamente,
que tais ideais só serão atingidos através de uma reflexão, reeducação e mudança de
postura de juízes, advogados, promotores, professores, para que a atual lei processual
possa refletir positivamente para as futuras gerações, sem continuar cometendo os erros
do passado, mas aperfeiçoando para abraçar o futuro com a devida cautela inerente a
que toda grande mudança pode infringir.

3 Síntese conclusiva

Vem à luz o novo Código de Processo Civil (LGL\2015\1656), Lei 13.105/15, observando
os princípios e novas tendências do processo civil moderno, no almejar de um processo
justo e eficaz conforme prelecionam os processualistas modernos, bem como mais
célere, como já previsto em nossa CF (LGL\1988\3), art. 5º, LXXVIII.

A pesquisa deste arquivo foi realizada concebendo-se o Direito como um sistema de


acordo com o modelo constitucional do Processo, enfocando o novo Código de Processo
Civil (LGL\2015\1656) diante da Constituição Federal (LGL\1988\3), com fulcro em
abalizada doutrina e jurisprudência.

A noção de contraditório proposta pelo Professor Falazzari sustenta-se como posição


simétrica entre os afetados pelo provimento final ou, em outras palavras, é a construção
participativa da decisão. Assim, o contraditório não é mais uma mera ação e reação das
partes, mas sim o espaço procedimentalizado para garantia da participação dos afetados
na construção do provimento. Assim, o contraditório, à luz do princípio colaborativo, tem
como característica o princípio da influência pautados na lealdade e boa-fé processual,
no sentido de que as partes têm direito e o dever de colaborar e influir
argumentativamente nas decisões do processo, ou seja, influir no desenvolvimento e no
resultado do processo. A colaboração e a influência geram a garantia de não surpresa,
ou seja, de não ser afetado por uma decisão sem participar de sua construção. Nesse
sentido a não surpresa, só pode ser retirada em casos excepcionais, mas o contraditório
não é suprimido e sim postergado, como ocorre nos casos excepcionais da Tutela
Provisória.

Percebe-se, com o advento do CPC de 2015, que o mesmo prima pela duração razoável
do processo, já respaldado na CF (LGL\1988\3), art. 5º, inc. LXXVIII, bem como no
Pacto de San José da Costa Rica, nos artigos, 7º, 5 e 8º, 1. Percebemos que o CPC
(LGL\2015\1656) não define um prazo mínimo ou máximo para a conclusão do processo,
que é algo elogiável, pois não cai na armadilha da medida do tempo cronológico, mas
isso não significa que o CPC (LGL\2015\1656) não está imune de se ater ao fator
temporal, visto que os Ilustres Professores, em artigo já citado, alertam sobre os males
da “síndrome da pressa”, que possa refletir negativamente na atuação jurisdicional. Haja
vista que o CPC (LGL\2015\1656) não impõe prazos pelo juiz de observância da duração
razoável do processo, fazendo apenas demarcações genéricas quanto ao tema, apesar
de isso ser um aparente contrassenso, uma vez que um dos critérios para a promoção
dos juízes, está diretamente vinculado a sua produtividade, medida entre outros critérios
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Reflexão entre tempo e processo

pelo tempo médio de duração do processo, conforme resolução n. 106 do CNJ, publicada
em 06.04.210. O que nos leva a refletir se as medidas de urgências podem ser usadas
desmesuradamente por juízes com propósitos de ascensão na carreira, e não de
prestação jurisdicional justa e eficiente.

Certo é que estabelecer exclusivamente critérios métricos para se aferir a duração do


processo reforçam os problemas que a “síndrome da pressa” pode ocasionar, como se
verifica quando se dá azo tão somente a preocupação com o tempo cronológico do
processo, que constitui em uma dimensão quantitativa do tempo. Logo será sempre
necessário levar em consideração o tempo Kairológico, com sua incomensurabilidade,
que lhe confere uma dimensão qualitativa, ou em uma conceituação mais simplista, o
juiz terá que fazer uso do bom senso e da proporcionalidade, para determinação de
tutelas provisória, evitando assim que referido instituto seja desvirtuado pela aceleração
indevida do curso natural de um processo.

Isto posto, parece que a resposta ao bom uso da tutela de urgência reside nos termos
da jurisdição convencional da teoria do não prazo já que ela poderia ser reconhecida
como um critério mais voltado a uma busca do tempo devido do processo. Para as cortes
de direitos humanos, inicialmente na Corte Europeia de Direitos Humanos e,
posteriormente, na Corte Interamericana de Direitos Humanos, a análise do prazo
irrazoável não se faz por um marco métrico específico, como dois anos, cinco anos etc.,
mas sim por critérios definidos com conceitos abertos que precisam ser concretizados
em cada caso concreto. Nas decisões mais recentes da Corte Europeia de Direitos
Humanos, como no Caso Mcfarlane vs Irlanda, decidido em 2010, confirmou-se o
entendimento, já consolidado desde a década de 1980, que pauta o prazo razoável pelos
seguintes critérios: complexidade do caso, comportamento da parte, comportamento das
autoridades que diligenciam para tutelar os direitos em jogo no processo.

4 Bibliografia

BARROS, Flaviane de Magalhães e OLIVEIRA, Marcelo de Andrade Cattoni. A Síndrome


da Pressa e o Direito ao Processo em tempo devido no Projeto de Código de Processo
Civil (LGL\2015\1656). In: FUX, Luiz Fux; FREIRE; Alexandre, Dantas Bruno; NUNES,
Dierle; DIDIER JR., Fredie; MEDINA, José Miguel Garcia; CAMARGO, Luiz Henrique
Volpe; OLIVEIRA, Pedro Miranda de (Org.). Novas Tendências do Processo Civil: Estudos
Sobre o Projeto de Novo Código de Processo Civil (LGL\2015\1656). Salvador:
JusPodivm, 2014. v. 2.

CANTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade; PEDRON, Flávio Quinaud. O que é uma


decisão fundamentada? Reflexões para uma perspectiva democrática do exercício da
jurisdição no contexto da reforma processual civil. In: CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo
Andrade. Processo Constitucional. 2. ed. Belo Horizonte: Pergamun.

CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade. Processo Constitucional. 2. ed. Belo Horizonte:


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CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido


Rangel. Teoria Geral do Processo. 28. ed. São Paulo: Malheiros, 2012.

DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de direito processual civil. 4. ed. ver. atual.
São Paulo: Malheiros, 2004. v. I.

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v. 1, 2, e 3.

HABERMAS, Jurgen. Facticidad y validez: Sobre el derecho y el Estado democrático de


derecho em términos de teoria Del discurso. Trad. Manuel Jimenez Redondo. Madrid:
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REALE, Miguel. Lições preliminares de Direito. 24. ed. 2. tir. São Paulo: Saraiva, 1999.
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Reflexão entre tempo e processo

SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. 27. ed. São Paulo:
Saraiva, 2011.

1 Publicado emFUX, Luiz Fux; FREIRE, Alexandre Dantas Bruno; NUNES, Dierle; DIDIER
JR., Fredie; MEDINA, José Miguel Garcia; CAMARGO, Luiz Henrique Volpe; OLIVEIRA,
Pedro Miranda de (Org.). Novas Tendências do Processo Civil: Estudos Sobre o Projeto
de Novo Código de Processo Civil. Salvador: JusPodivm, 2014. v. 2. p. 567-581.

2 BARROS, Flaviane de Magalhães e OLIVEIRA, Marcelo de Andrade Cattoni, em artigo


intitulado “A Síndrome da Pressa e o Direito ao Processo em tempo devido no Projeto de
Código de Processo Civil”, publicado emFUX, Luiz Fux; FREIRE, Alexandre Dantas Bruno;
NUNES, Dierle; DIDIER JR., Fredie; MEDINA, José Miguel Garcia; CAMARGO, Luiz
Henrique Volpe; OLIVEIRA, Pedro Miranda de (Org.). Novas Tendências do Processo Civil
: Estudos Sobre o Projeto de Novo Código de Processo Civil. Salvador: JusPodivm, 2014.
v. 2. p . 569.

3 BARROS, Flaviane de Magalhães e OLIVEIRA, Marcelo de Andrade Cattoni, em artigo


intitulado “A Síndrome da Pressa e o Direito ao Processo em tempo devido no Projeto de
Código de Processo Civil”, publicado emFUX, Luiz Fux; FREIRE, Alexandre Dantas Bruno;
NUNES, Dierle; DIDIER JR., Fredie; MEDINA, José Miguel Garcia; CAMARGO, Luiz
Henrique Volpe; OLIVEIRA, Pedro Miranda de (Org.). Novas Tendências do Processo Civil
: Estudos Sobre o Projeto de Novo Código de Processo Civil. Salvador: JusPodivm, 2014.
v. 2. p . 573-575.

4 CANTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade; PEDRON, Flávio Quinaud. O que é uma


decisão fundamentada? Reflexões para uma perspectiva democrática do exercício da
jurisdição no contexto da reforma processual civil. In: CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo
Andrade. Processo Constitucional. 2. ed. Belo Horizonte: Pergamun, 2013. p. 137-178 e
p. 215-256.

5 CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade. Processo Constitucional. 2. ed. Belo


Horizonte: Pergamun, 2013. p. 237.

6 HABERMAS, Jurgen. Facticidad y validez: Sobre el derecho y el Estado democrático de


derecho em términos de teoria Del discurso. Trad. Manuel Jimenez Redondo. Madrid:
Trotta, 1998. p. 267-268.

7 La Cou reppelle as jurisprudence constante selon laquelle Le caractère raisonnabl de


durée d´une procédure doit s´apprécier suivant lês circonstances de La cause ET eu
égard aux critères suivants: La complexité de l´affaire, Le comportement Du requérant
ET dês autirités compétntes ainsi que l´enjeu Du litige pour l´intéressé voir, par
exemple, Surmeli c. Allemagne {GC} n. 75529/01, § 128, CEDH 2006-VII.

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