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PRÉ-VESTUBULAR – IBITURUNA TOP

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LITERATURA / HUMANISMO CLASSICISMO

1. (Espcex (Aman) 2017) Leia o soneto a seguir e marque a alternativa correta quanto à proposição
apresentada.

Se amor não é qual é este sentimento?


Mas se é amor, por Deus, que cousa é a tal? E se eu consinto sem razão pranteio.
Se boa por que tem ação mortal? A tão contrário vento em frágil barca,
Se má por que é tão doce o seu tormento? Eu vou por alto-mar e sem governo.

Se eu ardo por querer por que o lamento É tão grave de error, de ciência é parca
Se sem querer o lamentar que val? Que eu mesmo não sei bem o que eu anseio
Ó viva morte, ó deleitoso mal, E tremo em pleno estio e ardo no inverno.
Tanto podes sem meu consentimento.

O artista do Classicismo, para revelar o que está no universo, adota uma visão
a) subjetiva.
b) idealista.
c) racionalista.
d) platônica.
e) negativa.

2. (G1 - ifsp 2017) Leia as estrofes abaixo, que se referem a uma peça teatral de Gil Vicente.

[...] Renego deste lavrar


E do primeiro que o usou; Coitada, assi hei de estar
Ó diabo que o eu dou, Encerrada nesta casa
Que tão mau é d’aturar. Como panela sem asa,
Oh Jesus! Que enfadamento, Que sempre está num lugar?
E que raiva e que tormento, E assi hão de ser logrados
Que cegueira, e que canseira! Dous dias amargurados,
Eu hei de buscar maneira Que eu possa durar viva?
D’algum outro aviamento. E assim hei de estar cativa
Em poder de desfiados? [...]

Assinale a alternativa correta acerca da obra a que estas estrofes pertencem.


a) As estrofes apresentadas referem-se à peça teatral Auto da Barca do Purgatório, em que a personagem
principal é encarregada de conduzir as almas ao destino apropriado, após a morte. Pode-se observar que,
nesta obra, a característica do Humanismo predominante é o antropocentrismo.
b) As estrofes apresentadas referem-se à peça teatral Auto da Barca do Inferno; as cenas ocorrem à margem de
um rio, onde estão ancorados dois barcos: um é dirigido por um anjo e o outro é dirigido pelo diabo. Pode-se
depreender que esta obra apresenta uma característica bem marcante do Humanismo: as decisões do
homem prevalecem e o indivíduo possui em vida livre-arbítrio.
c) Farsa de Inês Pereira é o título dado à peça, cujas estrofes foram apresentadas. Esta peça, considerada a
mais humanista de Gil Vicente, retrata o comportamento amoral da degradante sociedade da época; os versos
correspondem às falas de Inês, uma moça insatisfeita ao se ocupar das prendas domésticas.
d) O nome da peça cujas estrofes foram apresentadas é Breve sumário da história de Deus, obra em que Gil
Vicente reafirma a certeza quanto à existência do inferno e ressalta uma importante característica do
Humanismo: a demonstração da figura humana e suas expressões.
e) As estrofes apresentadas foram extraídas da seguinte obra de Gil Vicente: O velho da horta, peça de enredo,
na qual se desenvolve uma ação contínua e encadeada em torno de um episódio extraído da vida real, em
que a individualidade, característica do Humanismo, é valorizada.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor português Gil
Vicente (1465?-1536?). A peça prefigura o destino das almas que chegam a um braço de mar onde se
encontram duas barcas (embarcações): uma destinada ao Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao
Inferno, comandada pelo diabo.
Vem um Frade com uma Moça pela mão […]; e ele Assim Deus me dê saúde,
mesmo fazendo a 1baixa começou a dançar, que eu estou maravilhado!
dizendo Diabo: Não façamos mais 9detença
embarcai e partiremos;
Frade: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã; tomareis um par de remos.
Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã; Frade: Não ficou isso na 10avença.
Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha! Diabo: Pois dada está já a sentença!
Diabo: Que é isso, padre? Quem vai lá? Frade: Por Deus! Essa seria ela?
Frade: 2Deo gratias! Sou cortesão. Não vai em tal caravela
Diabo: Danças também o 3tordião? minha senhora Florença?
Frade: Por que não? Vê como sei. Como? Por ser namorado
Diabo: Pois entrai, eu 4tangerei e folgar c’uma mulher?
e faremos um serão. Se há um frade de perder,
E essa dama, porventura? com tanto salmo rezado?!
Frade: Por minha a tenho eu, Diabo: Ora estás bem arranjado!
e sempre a tive de meu. Frade: Mas estás tu bem servido.
Diabo: Fizeste bem, que é lindura! Diabo: Devoto padre e marido,
Não vos punham lá censura haveis de ser cá 11pingado…
no vosso convento santo?
Frade: E eles fazem outro tanto! (Auto da Barca do Inferno,
Diabo: Que preciosa 5clausura! 2007.)
Entrai, padre reverendo!
Frade: Para onde levais gente? 1baixa: dança popular no século XVI.
Diabo: Para aquele fogo ardente 2Deo gratias: graças a Deus.
que não temestes vivendo. 3tordião: outra dança popular no século XVI.

Frade: Juro a Deus que não te entendo! 4tanger: fazer soar um instrumento.

E este 6hábito não me 7val? 5clausura: convento.

Diabo: Gentil padre 8mundanal, 6hábito: traje religioso.

a Belzebu vos encomendo! 7val: vale.

Frade: Corpo de Deus consagrado! 8mundanal: mundano.

Pela fé de Jesus Cristo, 9detença: demora.

que eu não posso entender isto! 10avença: acordo.

Eu hei de ser condenado? 11ser pingado: ser pingado com gotas de gordura

Um padre tão namorado fervendo (segundo o imaginário popular, processo


e tanto dado à virtude? de tortura que ocorreria no inferno).

3. (Unesp 2017) Assinale a alternativa cuja máxima está em conformidade com o excerto e com a proposta do
teatro de Gil Vicente.
a) “O riso é abundante na boca dos tolos.”
b) “A religião é o ópio do povo.”
c) “Pelo riso, corrigem-se os costumes.”
d) “De boas intenções, o inferno está cheio.”
e) “O homem é o único animal que ri dos outros.”

4. (Unesp 2017) No excerto, o escritor satiriza, sobretudo,


a) a compra do perdão para os pecados cometidos.
b) preocupação do clero com a riqueza material.
c) o desmantelamento da hierarquia eclesiástica.
d) a concessão do perdão a almas pecadoras.
e) o relaxamento dos costumes do clero.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:


Leia o soneto “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” do poeta português Luís Vaz de Camões (1525?-
1580) para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Continuamente vemos novidades,


muda-se o ser, muda-se a confiança; diferentes em tudo da 1esperança;
todo o mundo é composto de mudança, do mal ficam as mágoas na lembrança,
tomando sempre novas qualidades. e do bem – se algum houve –, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto, E, afora este mudar-se cada dia,
que já coberto foi de neve fria, outra mudança faz de 2mor espanto:
e enfim converte em choro o doce canto. que não se muda já como 3soía.

Sonetos,
2001.
1esperança: esperado./ 2mor: maior./ 3soer:

costumar (soía: costumava).

5. (Unesp 2017) Em um determinado trecho do soneto, o eu lírico assinala a passagem de uma estação do ano
para outra. Transcreva os versos em que isso ocorre e identifique as estações a que eles fazem referência. Para
o eu lírico, tal passagem constitui um evento aprazível? Justifique sua resposta.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Auto da Barca do Inferno (fragmento)

ANJO Que quereis?


FIDALGO Que me digais,
pois parti tão sem aviso,
se a barca do Paraíso
é esta em que navegais.
ANJO Esta é; que demandais?
FIDALGO Que me leixeis embarcar.
Sou fidalgo de solar,
é bem que me recolhais.
ANJO Não se embarca tirania
neste batel divinal.
FIDALGO Não sei porque haveis por mal
que entre a minha senhoria...
ANJO Pera vossa fantesia
mui estreita é esta barca.
FIDALGO Pera senhor de tal marca
nom há aqui mais cortesia?
Venha a prancha e atavio!
Levai-me desta ribeira!
ANJO Não vindes vós de maneira
pera entrar neste navio.
Essoutro vai mais vazio:
a cadeira entrará
e o rabo caberá
e todo vosso senhorio.
Ireis lá mais espaçoso,
vós e vossa senhoria,
cuidando na tirania
do pobre povo queixoso.
E porque, de generoso,
desprezastes os pequenos,
achar-vos-eis tanto menos
quanto mais fostes fumoso.

Gil Vicente

6. (Mackenzie 2017) Assinale a alternativa que NÃO pode ser associada ao teatro de Gil Vicente.
a) [...] aparecem os homens livres pobres e também os escravos, tidos os primeiros como parasitas, e os
segundos como tipos preguiçosos que nada fazem e devem ser frequentemente punidos. (Fernando Juarez
De Cardoso)
b) Muitas de suas peças são moralidades [...] Seus autos, contudo, não têm a rigidez das moralidades da época;
as alegorias transformam-se em vida, em personagens saborosos. (Anatol Rosenfeld)
c) [...] predomina [...] a sucessão de pequeninos quadros, a lembrar a mesma técnica da pintura narrativa
medieval e das novelas de cavalaria. (Segismundo Spina)
d) Seu teatro, essencialmente moral e social, eì marcado pela intenção crítica. O riso, a sátira e os gracejos
tinham um endereço certo: o público que assistia às encenações e que acabava por rir de si mesmo, sem que,
por cegueira ou vaidade, se reconhecesse. (João Domingues Maia)
e) [...] traz em si características de um momento de transição portuguesa, assim é marcado por traços que
indicam desde elementos medievais até elementos renascentistas. (Alexandre Huady Torres Guimarães)

7. (Unesp 2017) Considere as seguintes citações:

1. “Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio: suas águas não são nunca as mesmas e nós não somos
nunca os mesmos.” – Heráclito (550 a.C.-480 a.C.)
2. “A breve duração da vida não nos permite alimentar longas esperanças.” – Horácio (65 a.C.-8 a.C.)
3. “O melhor para o homem é viver com o máximo de alegria e o mínimo de tristeza, o que acontece quando não
se procura o prazer em coisas perecíveis.” – Demócrito (460 a.C.-370 a.C.)
4. “Toda e qualquer coisa tem seu vaivém e se transforma no contrário ao capricho tirânico da fortuna.” – Sêneca
(4 a.C.-65 d.C.)
5. “Uma vez que a vida é um tormento, a morte acaba sendo para o homem o refúgio mais desejável.” –
Heródoto (484 a.C.-430 a.C.)

Quais das citações aproximam-se tematicamente do soneto camoniano? Justifique sua resposta.

8. (Unesp 2017) Elipse: figura de sintaxe pela qual se omite um termo da oração que o contexto permite
subentender.
Domingos Paschoal Cegalla.
Dicionário de dificuldades da língua portuguesa, 2009. (Adaptado).

Transcreva o verso em que se verifica a elipse do verbo. Identifique o verbo omitido nesse verso. Para o eu
lírico, qual das mudanças assinaladas ao longo do soneto lhe causa maior perplexidade? Justifique sua
resposta, com base no texto.

Boa Atividade.
Profa. Márcia Lima

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