Sunteți pe pagina 1din 21

DIREITO PENAL I

Daniel Pacheco Pontes


CONTEÚDO DESTA AULA

Fato típico: ação/omissão dolo/culpa

Relação de causalidade

Iter criminis

Ilicitude e suas excludentes

Culpabilidade

Teoria do Erro

NOME DA DISCIPLINA
1 – Fato típico

1.1 – Ação típica: humana, consciente dominável pela vontade e dirigida a


uma determinada finalidade (lesão de um bem jurídico) - conceito finalista da
ação.

Não constituem ações típicas: ações não humanas (exceto as praticadas


por pessoas jurídicas em crimes contra o meio ambiente).
- Movimentos reflexos inconscientes.

DIREITO PENAL I
1 – Fato típico
1.2 – Relevância da omissão:

1.2.1 - Crime omissivo próprio ou puro: sempre doloso, consuma-se com a


simples infração da ordem ou comando de agir, independentemente do
resultado. Ex: Art. 135 CP – Omissão de Socorro

1.2.2 - Delito omissivo impróprio (impuro) ou comissivo por omissão:


pode ser doloso ou culposo. Ocorre quando alguém que podia e devia impedi-
lo, provoca um resultado típico por omissão. Pressupõe que o agente esteja
em uma posição de garante do bem jurídico.

DIREITO PENAL I
1 – Fato típico

É garante: art. 13, § 2º, CP

a)Quem tem, por lei, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;


b)Quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c)Quem, com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do
resultado.

DIREITO PENAL I
1 – Fato típico
1.3 – Crimes dolosos: Art. 18 I CP - regra – há punição por culpa apenas
nas hipóteses previstas expressamente em lei.

1.3.1 - Dolo direto: consciência e vontade de praticar o ato (teoria da


vontade).

1.3.2 - Dolo eventual: previsão do resultado e aceitação dos riscos de


produzi-lo (teoria do assentimento).

DIREITO PENAL I
1 – Fato típico
1.3 – Crimes culposos: Art. 18 II CP – conduta voluntária
- resultado involuntário
- tipicidade
- previsibilidade
- quebra do dever de cuidado – imperícia
- imprudência
- negligência

DIREITO PENAL I
1 – Fato típico
1.3.1 Culpa Inconsciente: o resultado era previsível, mas o agente não o
previu no caso concreto.

1.3.2 Culpa Consciente: o agente prevê o resultado, mas espera


sinceramente que ele não ocorra – é diferente do dolo eventual.

1.3.3 Crime preterdoloso: dolo no antecedente, culpa no consequente:


depois que o agente realizou uma conduta completa e acabada, há um
resultado além da consumação, que tem a função de aumentar a pena –
espécie de crime qualificado pelo resultado (art. 19 CP)

DIREITO PENAL I
2 – Relação de Causalidade
Nexo Causal: relação de causa e efeito entre conduta e resultado –
determinado pela teoria da conditio sine qua non ou da equivalência das
condições: tudo o que contribui em concreto para o resultado é causa deste
(art. 13 CP)
– critério da eliminação hipotética - se a exclusão de uma conduta não alterar
o resultado, não há relação de causalidade.
- Não há regresso ao infinito, uma vez que, para que haja responsabilização
penal, é necessário que o agente atue com dolo, ou pelo menos com culpa.
- A causa independente - que produz por si só o resultado - rompe o nexo
causal.

DIREITO PENAL I
3 – Iter Criminis

Crime consumado: aquele que reúne todos os elementos descritos no tipo,


que já passou por todo iter criminis – cogitação, atos preparatórios, execução
e consumação.

Observação: o início da execução ocorre com a prática do primeiro ato


idôneo e inequívoco à consumação.

DIREITO PENAL I
3 – Iter Criminis
3.1 Crime tentado: - dolo
- início da execução
- não superveniência do resultado por razões alheias à
vontade do agente
- redução da pena de 1 a 2/3.

Não admitem tentativa: - crimes culposos


- contravenções penais
- crimes unissubsistentes
- omissivos puros
- habituais

DIREITO PENAL I
3 – Iter Criminis
3.2 Desistência voluntária: o agente interrompe voluntariamente a execução
do crime – é responsabilizado apenas pelos atos já praticados. (art. 15 CP)

3.3 Arrependimento eficaz: o agente executa o crime até o final, mas depois
se arrepende e impede o resultado – mesma consequência da desistência
voluntária. (art. 15 CP)

DIREITO PENAL I
3 – Iter Criminis
3.3 Arrependimento posterior: depois de consumado o crime, o agente
voluntariamente repara o dano ou restituí a coisa.

Requisitos: - ausência de violência ou grave ameaça (exceto nos crimes


culposos)
- ato voluntário do agente
- até o recebimento da denúncia (depois é atenuante genérica)
- reparação do dano ou restituição integral da coisa

Conseqüência: causa obrigatória de redução da pena de 1 a 2/3 (de acordo


com a celeridade e a espontaneidade)

DIREITO PENAL I
3 – Iter Criminis

3.4 Crime impossível: ou tentativa inidônea – consumação impossível por


ineficácia absoluta do meio (o meio empregado jamais levará à consumação
do crime) ou absoluta impropriedade do objeto (coisa sobre a qual recai a
conduta) – não é punível porque não coloca nenhum bem jurídico em risco
(art. 17 CP).

DIREITO PENAL I
4 – Ilicitude e suas excludentes
Em princípio, todo fato típico é também antijurídico - a tipicidade é indício de
antijuridicidade. Porém, há fatos típicos lícitos, os casos de excludentes de
ilicitude (art. 23 CP).

3.1 Estado de necessidade: estado de perigo atual, para interesses


legítimos, que só pode ser afastado mediante a lesão de interessem de
outrem também legítimos (art. 24 CP).
- a situação de perigo não pode ter sido provocada dolosamente pelo agente.
- balanceamento dos bens jurídicos em conflito.
- o agente deve obrigatoriamente querer salvar bens que gozem de proteção
jurídica.

DIREITO PENAL I
4 – Ilicitude e suas excludentes
3.2 Legítima defesa: repulsa ou impedimento da agressão ilegítima, atual ou
iminente, pelo agredido ou terceira pessoa, contra o agressor, sem
ultrapassar a necessidade de defesa e dentro da racional proporção dos
meios empregados para impedi-la ou repeli-la (art. 25 CP).
- é possível contra agressões culposas e realizadas por inimputáveis.

3.3 Estrito cumprimento do dever legal: o agente que cumpre exatamente


o determinado pelo ordenamento jurídico realiza uma ação lícita (regra lógica
da não-contradição e princípio do interesse preponderante).
- o dever deve ser legal, proveniente de disposição jurídico-normativa (lei,
decreto, portaria, regulamento...)
- não deve haver exageros.
DIREITO PENAL I
4 – Ilicitude e suas excludentes

3.4 Exercício regular de direito: o agente exercita uma faculdade de acordo


com o direito – concepções normativas e ético-sociais. Ex. Violência
desportiva e intervenções médico-cirúrgicas.

DIREITO PENAL I
5 – Culpabilidade

- reprovabilidade pessoal pela realização de ação típica e antijurídica.

4.1 Imputabilidade: capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de


determinar-se de acordo com esse entendimento.

4.2 Exigibilidade de conduta diversa: o agente pode ser reprovado apenas


se agiu cercado por condições normais

4.3 Potencial conhecimento da ilicitude: conhecimento profano do ilícito –


refere-se não ao conhecimento, mas sim ao potencial conhecimento

DIREITO PENAL I
6 – Teoria do erro

erro = falsa noção da realidade

6.1 Erro de tipo: erro que recai sobre circunstância fática. Sempre exclui o
dolo, permite a punição por culpa, se vencível (Art. 20 CP).

6.2 Erro de proibição: falsa compreensão do ilícito. Se vencível, não exclui o


crime, se invencível, exclui a culpabilidade – não há potencial conhecimento
da ilicitude (Art. 21 CP).

DIREITO PENAL I
6 – Teoria do erro
6.3 Descriminante putativa: erro de tipo ou de proibição, dependendo do
caso (Art. 20 § 1º CP).

6.4 Erro na execução: o agente atinge um bem jurídico diferente do que


pretendia. É punido por dolo no que diz respeito ao bem jurídico que queria
atingir e culpa no referente ao bem jurídico atingido por acidente.

6.5 Erro sobre a pessoa: são consideradas as características da pessoa


desejada e não as da atingida (Art. 20 § 3º CP).

6.6 Erro determinado por terceiro: o terceiro é responsabilizado por dolo ou


culpa (Art. 20 § 2º CP).
DIREITO PENAL I

S-ar putea să vă placă și