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A violência institucionalizada em nossa sociedade anuncia sua própria continuidade de

modo impassível e implacável. Seja no interior dos lares, na convivência escolar, nas ruas
e ambientes de convivência múltipla, no relacionamento entre pares, amantes ou
familiares de todos os graus, em pleno 2019 ainda lemos, ouvimos, vemos e vivemos
situações extremamente violentas.

Mas o que mais assusta neste cenário devastador?

As estatísticas mensuradas pelas instituições e organizações de segurança e justiça?

Os prontuários que resultam em laudos que comprovam o exercício de violências


brutais?

A existência de instituições que só operam pela própria violência?

As guerras militares, civis, religiosas… ora tão distantes, ora no interior da cidade que
vivemos?

São muitas perguntas que surgem diante da primeira, mas todas associam-se ao avanço
de uma sociedade que busca responder todos os níveis de violência com mais violência.
Por meio desta racionalidade, podemos enxergar com clareza o que precisamos enfrentar
pela frente. Embora o mundo finalmente esteja se transformando muito, a violência não
vai acabar amanhã… E, pelo andar da carruagem, talvez ao contrário.

Justamente por isso o Dia Internacional da Não Violência deve ser lembrado e discutido,
mas de modo algum celebrado – tendo em vista a própria necessidade de existência de
uma data como esta. Não haverá o dia em que este tema não precisará ser lembrado, mas
é possível sim nos transformar e transformar nossas realidades para que a violência
institucionalizada não seja algo tão banal.

Essa data, 02 de outubro, foi escolhida pela ONU por ser o nascimento de um dos maiores
porta-vozes da causa, Mahatma Gandhi (1989-1948). Para as Nações Unidas, o exercício
da não violência é uma tarefa coletiva, jamais exclusiva aos governos e organizações
internacionais: “A paz pode ser alcançada numa mesa de negociações, mas são as
comunidades que a consolidam. A paz começa no coração das pessoas que estão
empenhadas em alcançá-la. Cada comunidade, família e pessoa têm um papel
determinante a desempenhar na eliminação da violência e para a criação de uma cultura
de paz”.
Mas o que a Aventura de Construir tem a ver com este tema? O ponto chave é: nossa
missão de desenvolvimento territorial inclusivo envolve uma série de benefícios através
do fortalecimento da própria comunidade: melhora na qualidade de vida e saúde familiar,
estabilidade escolar dos filhos, desenvolvimento de uma economia circular e de novos
negócios, respeito às diversidades, redução das violências e muitos outros aspectos.

Dentre esses elementos supracitados, a questão da redução da violência é um pilar


extremamente relevante. Em relação às áreas da periferia da Zona Oeste que atendemos,
nota-se que elas não estão entre os bairros mais violentos de acordo com a Secretaria de
Estado da Segurança Pública de São Paulo. Por mais complicada que seja essa
mensuração, a qual pode ser analisada aqui, entendemos que nosso trabalho realizado
nos últimos anos, junto com a presença de outras instituições como a ATST e Educar para
a Vida, tem efeito positivo sobre as pessoas que vivem nestes territórios.

A Aventura de Construir não é responsável diretamente por este quadro, mas com certeza
o é indiretamente, a partir do nosso esforço em formar protagonistas que multipliquem
seus aprendizados no interior de suas comunidades e relacionamentos. Hoje, nós ainda
não podemos celebrar o Dia Internacional da Não Violência, mas podemos afirmar que
colaboramos para que este tema seja discutido e refletido em todos os níveis de nossa
sociedade em transformação, em especial com as populações mais vulneráveis. Assim,
esperamos contribuir para que a vida das pessoas de baixa renda, as quais são
atravessadas por diferentes tipos e graus de violência cotidianamente, possa melhorar e
ser fortalecida a partir do protagonismo.

Nós esperamos que esse Dia Internacional da Não Violência, e a vida de Mahatma Gandhi,
nos inspire hoje e sempre a colocar em prática uma comunicação não violenta em todos
os níveis e aspectos da vida!

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