Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
https://jus.com.br/artigos/13032
Para ver outras publicações como esta, acesse https://jus.com.br
INTRODUÇÃO
2 DIREITOS FUNDAMENTAIS
[06]
Fica então consignado, conforme preleciona Ingo Sarlet [06], que os
direitos fundamentais não se limitam à função precípua de serem
direitos subjetivos de defesa do indivíduo contra atos do Poder Público.
Os direitos fundamentais passaram a se apresentar como um conjunto
de valores objetivos básicos e fins diretivos da ação positiva dos poderes
públicos, e não apenas garantias negativas de interesses individuais.
[16]
A dogmática moderna, ressalta Luís Roberto Barroso [16], avaliza o
entendimento de que as normas em geral e as normas constitucionais
em particular enquadram-se em duas grandes categorias diversas dos
princípios e das regras.
Por sua vez, uma proteção positiva de uma liberdade em face do Estado
deflui da soma de uma liberdade com um direito a uma ação positiva.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. Tradução de
Virgílio Afonso da Silva da 5 ed. alemã. São Paulo: Malheiros, 2008.
NOTAS
1. ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais, 2008, p. 246.
2. SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais, 10ª
ed, 2009, p. 28.
3. ALEXY, Robert, op. cit, p. 246.
4. MENDES, Gilmar Ferreira. Direitos fundamentais e controle de
constitucionalidade, 3 ed, 2004, p.2.
5. Canotilho, ao tratar da divisão de poderes, visualiza também essas
duas dimensões subjetivas e objetivas, nos seguintes termos: "As
três dimensões anteriormente analisadas – juridicidade,
constitucionalidade, direitos fundamentos – indiciam já que o
princípio do estado de direito é informado por duas idéias
ordenadoras: (1) idéia de ordenação subjectiva, garantindo um
status jurídico aos indivíduos essencialmente ancorado nos
direitos fundamentais; (2) ideia de ordenação objectiva, assente
no princípio da constitucionalidade, que, por sua vez, acolhe como
princípio objectivamente estruturante o princípio da divisão de
poderes. Essas duas dimensões não se divorciam uma da outra,
mas o acento tônico caberá agora à ordenação funcional objectiva
do Estado de direito." (CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito
Constitucional e Teoria da Constituição. 7 ed. , 2003 p. 250.)
6. SARLET, Ingo Wolfgang., op. cit., p. 143.
7. HESSE, Konrad. Concepto y Cualidad de la Constitucion, Escritos
de Derecho Constitucional, 1983, p. 8.
8. O princípio da dignidade da pessoa humana como orientador de
todo o ordenamento jurídico merece um estudo a parte. De tal
monta a importância que se registra a relação desse princípio
como os direitos a liberdades e garantias no entendimento de
Canotilho: "A densificação do sentido constitucional dos direitos,
liberdades e garantias é mais fácil do que a determinação do
sentido específico do enunciado – dignidade da pessoa humana.
Pela análise dos direitos fundamentais, constitucionalmente
consagrados, deduz-se que a raiz antropológica se reconduz ao
homem como pessoa, como cidadão, como trabalhador e como
administrado." (CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e
Teoria da Constituição. 7 ed. 2003, p. 248).
9. MENDES, Gilmar, op. cit., p. 2.
10. ALEXY, Robert. op.cit, p.391-392.
11. SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais, 10ª
ed., 2009, p. 402.
12. ALEXY, Robert, op. cit., p. 245.
13. As dimensões dos direitos fundamentais recebem outras
qualificações na doutrina, além da tridimensionalidade da teoria
de Alexy. A exemplo de Paulo Bonavides que trata esses direitos em
quatro gerações. A primeira geração é aquela em que aparecem as
liberdades públicas, as quais correspondem a direitos e garantias
dos indivíduos a uma omissão do Estado em intervir no núcleo
essencial dos direitos. A segunda geração está relacionada aos
direitos sociais a prestação pelo Estado para alcançar as
necessidades coletivas. Na terceira geração os sujeitos de direitos
não são nem o individuo nem a coletividade, mas a integralidade
do meio ambiente e do direito dos povos ao desenvolvimento. Por
fim, os direitos de quarta geração advindos da institucionalização
do Estado Social, a teor do direito à democracia, direito à
informação e o direito ao pluralismo. (BONAVIDES, Paulo. Curso
de Direito Constitucional, 7ª ed., p. 524 e ss.).
Autor
Janete Ricken Lopes de Barros