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Ano 8
Nº 39
Set/Dez 2011
ISSN 0100-1485

entrevista
Gutemberg de Souza
Pimenta, consultor sênior
da PETROBRAS

inibidores
inibidores de
de corrosão
corrosão

soluções para proteger


o meio ambiente
AnunVotorantim:AnunVotorantim 12/27/11 9:51 AM Page 1
Sumário39:Sumário/Expedient36 12/27/11 11:00 AM Page 1

Sumário

A revista Corrosão & Proteção é uma publicação oficial da


ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão, fundada em
17 de outubro de 1968. ISSN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412


Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311
Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892
www.abraco.org.br

Diretoria Executiva – Biênio 2011/2012


Presidente
Eng. João Hipolito de Lima Oliver –
PETROBRÁS/TRANSPETRO
4
Vice-presidente Editorial
Eng. Rosileia Montovani – Jotun Brasil
PETROBRAS: boas perspectivas em 2012
Diretores
Adauto Carlos Colussi Riva – RENNER HERRMANN
Eng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRO 6
Eng. Fernando de Loureiro Fragata – CEPEL
Bel. Marco Aurélio Ferreira Silveira – WEG TINTAS Entrevista
Dra. Olga Baptista Ferraz – INT
Dra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ INTERCORR: um marco no setor
Dra. Zehbour Panossian – IPT

Conselho Científico 10
M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRN
M.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTEC ABRACO Informa
M.Sc. Hélio Alves de Souza Júnior
Dra. Idalina Vieira Aoki – USP
Dra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTEC
Dr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPE 12
Dr. Luís Frederico P. Dick – UFRGS
M.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPT Notícias do Mercado
Dra. Olga Baptista Ferraz – INT
Dr. Pedro de Lima Neto – UFC
Dr. Ricardo Pereira Nogueira – Univ. Grenoble – França 14
Dra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ
Inibidores de Corrosão
Conselho Editorial
Eng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRO Soluções para proteger o meio ambiente
Dra. Célia A. L. dos Santos – IPT
Dra. Denise Souza de Freitas – INT
Dr. Ladimir José de Carvalho – UFRJ 29
Eng. Laerce de Paula Nunes – IEC
Dra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Gestão de Processos & Projetos
Simone Maciel – ABRACO
Dra. Zehbour Panossian – IPT

Revisão Técnica 34
Dra. Zehbour Panossian (Supervisão geral) – IPT
Dra. Célia A. L. dos Santos (Coordenadora) – IPT Opinião
M.Sc. Anna Ramus Moreira – IPT O desafio da conversão no meio digital
M.Sc. Sérgio Eduardo Abud Filho – IPT
M.Sc. Sidney Oswaldo Pagotto Jr. – IPT Fernando Laudino
Redação e Publicidade
Aporte Editorial Ltda.
Rua Emboaçava, 93
São Paulo – SP – 03124-010
Fone/Fax: (11) 2028-0900
aporte.editorial@uol.com.br
Artigos Técnicos
Diretores
João Conte – Denise B. Ribeiro Conte 20 30
Editor Coloração e estabilidade térmica Estudo eletroquímico de tintas de
Alberto Sarmento Paz – Vogal Comunicações das camadas fosfatizadas fundo pigmentadas com zinco
redacao@vogalcom.com.br
Por Zehbour Panossian e Por Alberto Pires Ordine
Repórteres Célia A. L. dos Santos e Fernando de Loureiro Fragata
Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/Edição 24
Intacta Design – info@intactadesign.com Artefatos de medidas em reativação
Gráfica potenciocinética
Ar Fernandez Por Ivan Napoleão Bastos
e Marcos Paulo M. de Carvalho
Esta edição será distribuída em janeiro de 2012.

As opiniões dos artigos assinados não refletem a posição da


revista. Fica proibida sob a pena da lei a reprodução total ou
parcial das matérias e imagens publicadas sem a prévia auto-
rização da editora responsável.

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Editorial39:Editorial36 12/27/11 10:03 AM Page 1

Carta ao leitor

PETROBRAS: boas perspectivas em 2012


o final do ano, a PETROBRAS divulgou um apanhado de suas expectativas e projetos para
os próximos anos. Como a empresa é a força principal do mercado nacional de energia e, por con-
sequência, de grande interesse por parte de todos os nossos leitores, ligados direta ou indiretamente
ao tema corrosão e proteção, optamos por reproduzir parte desse resumo para que os profissionais fiquem
informados sobre o caminhar da gigante brasileira de petróleo e gás. Acompanhe:
Com mais sondas à disposição, a Companhia poderá intensificar suas atividades de exploração e produção em
2012. Só em 2011, a PETROBRAS recebeu nove sondas de perfuração e outras quatro estão em fase de recebi-
mento (testes de aceitação). Em 2012, ao menos outras doze sondas de perfuração, já contratadas, devem começar
a operar. Está prevista a perfuração de 66 poços exploratórios no mar.
Para 2012, também está previsto aumento de capacidade de produção de petróleo com a entrada de novas
unidades nos campos de Baleia Azul (Pré-Sal da Bacia de Campos), Tiro/Sidon (pós-sal da Bacia de Santos)
e Guará (Pré-Sal da Bacia de Santos). Os projetos pilotos de Baleia
Azul, com capacidade de 100 mil barris por dia (bpd), e de

“ Dando prosseguimento ao Plano de Negócios


2011-2015, a PETROBRAS trabalha para que
2012 seja mais um ano bem-sucedido de
Tiro/Sidon, com 80 mil bpd de capacidade, estão previstos para entrar
em produção no terceiro trimestre do próximo ano. Já o projeto piloto
de Guará (capacidade de 120 mil bpd) deve entrar em produção no
último trimestre do ano.
exploração de petróleo e produção de combustíveis A Companhia conectará mais poços: à P-56 que atingirá seu pico

” de produção (100 mil bpd) no primeiro trimestre, à P-57, que


alcançará sua produção máxima (180 mil bpd) no terceiro trimestre
de 2012, e ao FPSO Cidade de Angra dos Reis (Piloto de Lula), que contará com sua capacidade plena de
produção de 100 mil bpd ao longo do ano.
O Plano de Negócios 2011-2015 prevê investimentos de US$ 13,2 bilhões na área de Gás e Energia. A maior
parcela dos recursos (US$ 5,9 bilhões) será destinada à conversão de gás natural em ureia e amônia para pro-
dução de fertilizantes e à produção de metanol, melamina, ácido acético e ácido fórmico, bem como aos projetos
GTL Parafinas, Flua (Arla 32) e sulfato de amônio.
Em abril de 2012, começará a ser construída a Usina Termelétrica Baixada Fluminense que entrará em ope-
ração em março de 2014, com capacidade para gerar 530 MW. Em setembro do mesmo ano, começará a operar
a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas – MS (UFN III) que entregará ao mercado 1,27 mi-
lhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia por ano.
Até 2015, a PETROBRAS investirá US$ 1,2 bilhão em ações de eficiência energética e de redução de
intensidade de emissões, incluindo pesquisa e desenvolvimento na área. A redução das emissões de gases de
efeito estufa (GEE), por exemplo, é tema de dois programas desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas da
PETROBRAS (CENPES).
Na área de biocombustíveis, a subsidiária PETROBRAS Biocombustível segue na sua estratégia de ampli-
ação da produção. No etanol, terá sequência o projeto de expansão da usina Boa Vista (GO), da Nova Fronteira,
que quando concluído, em 2015, será a maior do mundo, com capacidade de 700 milhões de litros/ano. Também
seguirão os estudos para produção de etanol em Moçambique, primeiro projeto de produção de etanol fora do país.
Na TRANSPETRO, a expectativa é acelerar o ritmo de entregas de navios, com o início das operações dos
suezmax João Cândido e Zumbi dos Palmares, construídos pelo Estaleiro Atlântico Sul, e dos navios Sérgio
Buarque de Holanda, Rômulo Almeida e José Alencar, que estão em fase de acabamento no Estaleiro Mauá.

Boa leitura!

Os editores

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Entrevista

Gutemberg de
Souza Pimenta

INTERCORR: um marco no setor


Organização do maior evento técnico inter nacional realizado no Brasil já está a pleno vapor.
Expectativa é propiciar um espaço único para atualização técnica e troca de experiências
Por Alberto Paz

raduado em Engenharia projeto PETROBRAS e ANP riais. Através do apoio das empre-
Mecânica pela Pontifícia (Agência Nacional de Petróleo) sas, ganhamos mais um veículo
Universidade Católica do nas Universidades e Institutos de para trazer os seus especialistas do
Rio de Janeiro – PUC – RJ e Pesquisas no Brasil, participou exterior. Todos estes conjuntos de
Mestre em Engenharia Metalúr- ativamente nas atividades desen- ações estão levando a ABRACO a
gica e Ciência dos Materiais pela volvidas pela ABRACO, já tendo ter a cada ano uma posição de des-
Universidade Federal do Rio de ocupado os cargos de Presidente, taque cada vez maior.
Janeiro – COPPE, o Consultor Diretor Técnico e Financeiro.
Sênior da PETROBRAS Gutem- Hoje, além de coordenar o IN- Quais são os principais desta-
berg de Souza Pimenta está à TECORR 2012, também ocupa ques da edição 2012 do IN-
frente da Comissão Organizado- o cargo de Diretor de Eventos da TERCORR? Quais seriam seus
ra do INTERCORR 2012, que NACE Brasil. Para falar um pou- argumentos para os profissio-
será realizado entre os dias 14 e co mais sobre o evento, Gutem- nais do setor participarem do
18 de maio, na cidade de Salva- berg atendeu a Revista Corrosão evento?
dor (BA). Gutemberg atua na & Proteção. Gutemberg – Primeiro, podemos
atividade de corrosão desde dizer que este deverá ser um dos
1979, quando ingressou no O INTERCORR é hoje o mai- maiores eventos já realizados pela
Centro de Pesquisas da PETRO- or evento técnico internacional ABRACO. Só para fazer um com-
BRAS – CENPES. Em 2000, de corrosão organizado no Bra- parativo, estamos utilizando uma
passou a ocupar o cargo atual. sil. Na sua opinião, quais os mo- infraestrutura do tamanho da
Coordenador e executor de tivos que fizeram o evento ga- COTEQ, evento que tem a parti-
diversos projetos de pesquisas nhar tal dimensão? cipação da ABRACO, ABENDI e
aplicadas na área de produção de Gutemberg – Este foi um trabalho ABM. O evento assumiu este porte
petróleo, refino e transporte de de muitos anos, promovendo con- porque as últimas edições indica-
petróleo e seus derivados, a partir gressos de alta qualidade técnica ram um crescimento contínuo na
de 2001 passou também a traba- em âmbito nacional, o que veio participação de empresas e de pes-
lhar em projetos e programas de mais tarde ganhar o respeito inter- quisadores na atividade de corro-
biocombustíveis, especialmente nacional. Os comitês técnicos de são. Outro destaque é o momento
em biodiesel e etanol. renome, formados não só no Brasil, que vivemos hoje na atividade de
Autor de diversos papers de mas também no exterior, tiveram petróleo, com a descoberta e início
corrosão em congressos Nacio- uma grande participação para o da exploração do pré-sal. Todos
nais (ABRACO, ABENDE, seu reconhecimento internacional, têm conhecimento de que o petró-
ABM, entre outros) e Interna- indicando palestrantes de grande leo nesta formação é considerado
cionais (NACE, ICC, Eurocorr destaque para as conferências ple- muito corrosivo. Isto faz com que
entre outros), administra cursos nárias, mesas-redondas e palestras várias empresas, institutos e uni-
em diversas entidades na discipli- técnicas. Contribuiu também para versidades desenvolvam inúmeros
na de corrosão, monitoração e o sucesso do INTERCORR a par- projetos de P&D nesta área. Tenho
suas medidas preventivas. Res- ticipação das empresas associadas à certeza de que o tema do pré-sal irá
ponsável pela implantação da ABRACO que estiveram presentes atrair muitos pesquisadores e
Rede de Materiais e Corrosão, em todas as exposições empresa- empresas para o evento.
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O evento se caracteriza por um novidades também nessa área? parâmetros: espaço, número de
forte viés técnico. Algum tema Gutemberg – Estamos informati- trabalhos, expositores e público
vai merecer destaque especial zando todas as etapas do evento: visitante. Estamos investindo
nesta edição? recebimento e aprovação dos resu- muito em qualidade e conheci-
Gutemberg – Além dos trabalhos mos e trabalhos técnicos, colocando mento técnico que propiciarão a
que envolvem o pré-sal, também um site cada vez mais rico em realização de um grande evento
estamos dando ênfase a outros te- informações e deixando assim o em 2012.
mas importantes, como: corrosão e evento bem transparente. Não
degradação na Construção Cívil; podemos ficar de olhos fechados O Brasil, em virtude de seu
discussão do fenômeno de corrosão para as novas tecnologias de apoio e crescimento econômico expres-
sob tensão, que é um dos mecanis- divulgação. Com o crescimento téc- sivo, assume hoje posição im-
mos de corrosão que mais preocupa nico de nosso pessoal interno é de se portante em quaisquer debates
as empresas em vista das dificulda- esperar que o evento esteja cada vez internacionais. Como isso se
des de sua monitoração; e a discus- mais informatizado. Ainda tere- reflete no INTERCORR e tam-
são do tema biocorrosão. Existem, mos outras novidades até a data de bém em todo o setor de óleo e
ainda, outros temas de grande rele- sua realização. gás nacional?
vância para a corrosão que estamos
definindo e que serão divulgados
no site da ABRACO (www.abra-
co.org.br/intercorr), tão logo te-
nhamos a confirmação dos pesqui-
sadores para proferir as palestras.
“ O papel da ABRACO é identificar a demanda
tecnológica atual, conhecer os pesquisadores
e empresas que estão na linha de frente
e promover o intercâmbio tecnológico e a
Depois de dois eventos conse-
cutivos em Fortaleza, o IN- confrater nização entre os participantes
TERCORR 2012 passa a ter
como sede Salvador. Essa pre-
sença marcante no Nordeste
brasileiro tem algum motivo
especial?
Gutemberg de Souza Pimenta

Qual a importância desse even-


to para toda a comunidade
Gutemberg – O tema corrosão é

uma das grandes preocupações do
Gutemberg – Fazer um evento téc- relacionada, direta ou indireta- setor de óleo e gás, nacional e inter-
nico e com grande êxito em qual- mente, ao negócio de corrosão nacional. Se ainda levarmos em
quer região do Brasil sempre será no Brasil, e qual o papel da consideração que o nosso petróleo
marcante para a ABRACO. Isto ABRACO nesse contexto? nos campos do pré-sal, apresentam
tem sido a história de todos os nos- Gutemberg – Podemos destacar gases de alta corrosividade que
sos congressos. A escolha do local três pontos: atualização técnica, necessitam de tecnologias mais
não é só tecnológica. O Nordeste difusão de informações, discussão e avançadas e desenvolvimento de
está crescendo muito e tem ofereci- desenvolvimento de novas pesquisas novos projetos em corrosão, podere-
do às associações algumas facilida- na atividade de corrosão. Nosso mos concluir que o evento terá
des operacionais. Mas para mudar papel é identificar a demanda tec- importância ainda maior, pois
essa tendência, estamos estudando nológica atual e conhecer os pes- estarão presentes todas as universi-
a realização da edição 2014 do quisadores e empresas que estão na dades e institutos de pesquisas do
INTERCORR em outra região. linha de frente nestas atividades e, país que desenvolvem P&D na
dessa forma, promover o intercâm- atividade de petróleo. Merece des-
Há uma evolução contínua na bio tecnológico e a confraterniza- taque o fato de que a PETRO-
organização do evento. Em ção entre os participantes. BRAS apoiará o evento com a pre-
2010, a ABRACO, entre diver- sença do Superintendente Geral do
sos exemplos, investiu no siste- Qual a expectativa da comissão CENPES, Dr. Carlos Tadeu Fra-
ma online que permitia o en- organizadora quanto ao núme- ga, na abertura do INTERCORR
vio dos resumos e trabalhos ro de trabalhos apresentados, 2012.
técnicos para todos os mem- visitação e expositores no
bros do comitê científico, agili- INTERCORR 2012?
zando o processo. A comissão Gutemberg – O evento vem cres- Mais informações:
organizadora vai apresentar cendo continuamente em todos os www.abraco.org.br/intercorr

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AnuncioIntercorr:Associados35 12/27/11 1:14 PM Page 1

Vem aí o Maior Evento Internacional de Corrosão do Brasil


14 a 18 de maio de 2012 – Bahia Othon Palace/Salvador

Eventos Envolvidos
32º Congresso Brasileiro de Corrosão
4th International Corrosion Meeting
18º Concurso de Fotografia de Corrosão e Degradação de Materiais
32º Exposição de Tecnologias para Prevenção e Controle da Corrosão

E mais!
• Palestras Técnicas
• Mesas Redondas
• Trabalhos Técnicos: Oral / Pôster
• Minicursos
• Mais de 300 resumos de trabalhos recebidos

Chamada de Trabalhos
Envio de trabalhos Técnicos 16 de fevereiro de 2012
Análise de Trabalhos Técnicos 12 de março de 2012

Aproveite e divulgue sua empresa em um dos mais importantes eventos de corrosão da América Latina.
Entre em contato conosco e saiba como tornar-se um patrocinador e/ou expositor.

Edição Especial da Revista Corrosão & Proteção


Exemplares inseridos nas pastas dos Congressistas e
distribuídos gratuitamente na exposição empresarial

Informações
ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão
Tel.: +55 (21) 2516-1962 - Fax: +55 (21) 2233-2892
E-mail: eventos@abraco.org.br
www.abraco.org.br/intercorr2012
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Conferências Plenárias Nacionais e Internacionais


Anne Neville University of Leeds Understanding and predicting Reino Unido
tribocorrosion degradation; from
oil and gas to medical applications
Matilde Fernández Universidad del Zulia Cathodic protection in the Venezuela
de Romero control of microbiologically induce
corrosion by SRB
Dauton Menezes Marinha do Brasil Os ciclos da construção naval: Brasil
perspectivas para sua sustentabilidade
Álvaro Augusto PETROBRAS Mitigação da corrosão pelo CO2 Brasil
Oliveira Magalhães e H2S na indústria do petróleo
Mário Ferreira Universidade Revestimentos com Portugal
de Aveiro proteção corrosiva ativa

Patrocinador Ouro Patrocinadores Bronze Apoio Financeiro

32ª Exposição de Tecnologias para Prevenção e Controle da Corrosão


AbracoInforma39:AbracoInforma36 12/27/11 9:54 AM Page 1

ABRACO Informa

ABRACO participa de eventos do setor de Oil & Gas pelo Brasil


Com o objetivo de difundir o trabalho da entidade para o desenvolvimento do setor de trata-
mentos corrosivos, divulgando a atuação institucional, seminários e congressos, a ABRACO esteve
presente, nos meses de setembro, outubro e novembro, de quatro importantes eventos cujo foco era
o setor de Oil & Gas, um dos segmentos que mais demandam soluções anticorrosivas. O estande da
ABRACO em todos os eventos foi palco de encontro de profissionais e também de esclarecimentos
sobre a atuação técnica da entidade, que também aproveitou as ocasiões para divulgar o INTER-
CORR 2012. Acompanhe um resumo de cada evento.

Rio Pipeline – A oitava edição da Rio Pipeline, organizado no Centro de Convenções


SulAmérica (Rio de Janeiro), entre os dias 20 e 22 de setembro, terminou com números expressivos:
150 empresas expositoras, 10 % a mais que a última edição, 1.300 congressistas de 27 países e cerca
de 2.000 visitantes. Na cerimônia de encerramento, representando a direção do IBP, Ernani
Filgueiras, gerente de Abastecimento e Petroquímica, enalteceu a importância da Pipeline, que,
segundo ele, já está consolidada como um dos eventos especializados mais importantes do mundo.
Durante a cerimônia, os autores Cesar Buque, Xavier Deleye e Niels Portzgen, da Applus RTD
Group, foram os vencedores do Calgary Awards, entregue ao trabalho de maior contribuição técni-
ca do evento, com o estudo “3D Ultrasound Tomography: Eliminating TOFD and Phased Arrays”.
Também foram anunciados os agraciados com as menções honrosas em 16 categorias.
Presidente do Comitê Técnico em 2007 e 2009, Lino Moreira foi homenageado pelo IBP em reco-
nhecimento ao trabalho na área de transporte dutoviário. Os premiados com a menção honrosa podem
ser encontrados no site da Rio Pipeline, cuja próxima edição será realizada em setembro de 2013.

Petrotech – A edição da Feira Brasileira de Tecnologias para a Indústria do Petróleo, Gás e


Biocombustíveis esteve entre os eventos paralelos organizados durante a VI Tubotech – Feira
Internacional de Tubos, Conexões e Componentes, e ocorreu entre os dias 4 e 6 de outubro no
Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Além da Petrotech, também foram realizadas a
Metal Tech - IV Feira Industrial de Tecnologias em Metais, a WiCAB – International Wire and
Cable Fair, a Expo Bombas – II Feira Internacional de Bombas, Motobombas e Acessórios, a Expo
Válvulas, II Feira Internacional d Válvulas Industriais e Acessórios, a Feigás, II Feira Industrial do
Gás, a Fluid Power & Motion Control e a Febraman, Feira Brasileira de Manutenção.
Organizado pelo Grupo Cipa Feira Milano, o evento integrado recebeu 18 mil visitantes. O
número de expositores cresceu 73 % em relação a 2009 e esta edição contou ainda com um cresci-
mento de 120 % na área dedicada aos participantes estrangeiros. Os países participantes também
apresentaram acréscimo de 70 %. São 450 empresas internacionais e 250 nacionais.

Santos Offshore Oil & Gas Expo – A edição 2011, realizada no Mendes Convention Center, em
Santos, São Paulo, entre 18 e 21 de outubro, reuniu fornecedor de serviços e produtos para o mer-
cado de petróleo e gás, e foi um sucesso de público interessado em discutir os caminhos do merca-
do onshore e offshore no país, principalmente os assuntos relacionados à Bacia de Santos, maior
descoberta da PETROBRAS, que atrai para a região interessados em conhecer e fornecer para a
extensa cadeia produtiva de petróleo e gás.
Durante quatro dias de evento, o visitante pôde conferir os estandes das empresas expositoras e
participar de eventos paralelos como: a Rodada de Negócios promovida pelo Sebrae, PETROBRAS
e Prominp, Conferência com temas atuais sobre setor de Petóleo e Gás, o Canal Fornecedor da
PETROBRAS, além de encontros promovidos pelos expositores do evento para lançar e promover
novos produtos e serviços.

ABRAFATI 2011 do Setor de Tintas – Mais de 20 mil profissionais estiveram envolvidos em


reuniões, negociações, debates, palestras e demonstrações que permitiram conhecer as novidades do
atual do setor e, especialmente, começar a construir o seu futuro, no qual a sustentabilidade ocu-
pará posição central, durante a ABRAFATI 2011, que aconteceu em novembro. Em três dias, as
empresas e os profissionais encontraram-se para conhecer, discutir e abrir novos caminhos para a
tinta do futuro. Ao mesmo tempo, avaliaram o imenso potencial de crescimento dos negócios no

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Brasil e já começaram a aproveitar as suas oportunidades.


Segundo o presidente do Conselho Diretivo da ABRAFATI, Antonio Carlos de Oliveira, o que
se viu ao longo dos três dias foi uma demonstração da pujança da cadeia de tintas no Brasil e da sua
vocação para o progresso.
“Foi a maior e melhor edição da Exposição já realizada, com 220 estandes e uma ampla partic-
ipação estrangeira. Nela foram apresentados milhares de desenvolvimentos ou produtos em fase de
lançamento, que confirmam a disposição do setor para inovar, em busca de matérias-primas, proces-
sos, produtos, tecnologias e equipamentos que proporcionem os melhores resultados gerando o
menor impacto ambiental”, afirmou Oliveira.
“A animação com as oportunidades existentes e a certeza em relação ao papel cada vez mais forte
assumido pelo Brasil no mundo levaram os fornecedores a investir fortemente na sua participação.
Além de mostrar produtos e serviços inovadores, as empresas levaram equipes altamente capacitadas
de técnicos e gestores. No Congresso, os principais especialistas internacionais compartilharam com
o público seus mais recentes estudos, permitindo conhecer os caminhos para a tinta do futuro.
Tendo a inovação e a sustentabilidade como âncoras, a programação foi marcada pela alta qualidade
dos trabalhos, focados nos mais diversos aspectos relacionados às tintas”, revelou Oliveira.
O evento contou com 72 conferências pela sessão pôster, pelo seminário sobre cura por radiação
promovido em conjunto com a Radtech South America, pelo simpósio sobre solventes realizado com
o Sindsolv e pelo Seminário de Assuntos Ambientais em Indústrias de Tintas.
As apresentações e debates de alto nível contribuíram para a disseminação de informações fun-
damentais para a cadeia de tintas.

Calendário de cursos ABRACO 2012


Curso Local Período
Qualificação para Inspetor de Pintura Industrial Nível 1 RJ 23/1 a 3/2
Qualificação para Inspetor de Pintura Industrial Nível 1 (11 sábados) RJ 28/1 a 5/5
Qualificação para Inspetor de Pintura Industrial Nível 1 SP 30/1 a 10/2
Qualificação para Inspetor de Pintura Industrial Nível 1 RJ 6/2 a 17/2
Qualificação para Inspetor de Pintura Industrial Nível 1 (Intensivo) RJ 27/2 a 2/3
Qualificação para Inspetor de Pintura Industrial Nível 1 BA 19/3 a 30/3
Qualificação para Inspetor de Pintura Industrial Nível 2 RJ junho - a definir
Mais informações: cursos@abraco.org.br

A ABRACO dá as boas-vindas às novas empresas associadas


D. F. Oyarzabal Impermeabilizações
A DF Oyarzabal Impermeabilizações – Proteção Anticorrosiva atua nas áreas
de consultoria técnica e elaboração de procedimentos de pintura, acompa-
nhamento e orientação na aplicação de esquemas de pintura, formulação de
relatórios de pintura, treinamento para pintores, jatistas e colaboradores
envolvidos nas operações de combate à corrosão e proteção anticorrosiva.
Mais informações: Tel.: (27) 3238-7285

Bernardi Ltda.
Fundada em 15 de dezembro de 1997, a empresa Bernardi Ltda. con-
quistou credibilidade no mercado industrial, com ampla experiência na área
de pintura e isolamento térmico. Ao longo de sua carreira industrial adotou
critérios rigorosos de qualidade, com mão de obra especializada e equipa-
mentos de alta tecnologia, priorizando de maneira efetiva a segurança e a
preservação ambiental.
Mais informações: Tel.: (42) 3271-5501

C & P • Setembro/Dezembro • 2011 11


Mercado39:Mercado36 12/27/11 10:56 AM Page 1

Notícias do Mercado

GALVABRASIL discute futuro da galvanização


Com a presença de 21 expositores, entre empresas nacionais e internacionais, e uma agenda com 14
palestras e painéis, a cidade de São Paulo sediou, entre os dias 25 e 26 de outubro, o primeiro seminário
de galvanização do pais, o GalvaBrasil, promovido pelo ICZ – Instituto de Metais Não Ferrosos.
Um dos principais atrativos do evento foi a agenda de conferências com especialistas nacionais e
internacionais, que reuniu a elite dos profissionais do setor. Em suma, os profissionais proferiram
palestras com foco nas boas práticas e inovações tecnológicas, oportunidades de crescimento e o cenário
mundial do setor. Segundo Ricardo Suplicy Goes, gerente executivo do ICZ - Instituto de Metais Não
Ferrosos, o time de palestrantes deu o tom de representatividade que o Congresso procurava junto ao
público foco. “Nossa intenção era reunir os principais players, profissionais e drivers do setor para tro-
carmos experiências e discutir o futuro da galvanização no país. Acredito que alcançamos esse objetivo
e já iniciamos os trabalhos para a próxima edição do GalvaBrasil em 2013. O setor como um todo sai
fortalecido com esse encontro”, declarou o executivo.
Sobre o setor de aço galvanizado, principal mote do evento e foco de muitas das discussões, chegou-
se ao consenso de que o setor vai passar por um crescimento intensivo. “Nos próximos cinco anos, a
produção de aço galvanizado deve ter um crescimento médio anual de aproximadamente 10 %.
Entretanto, esse crescimento pode ser ainda maior, pois há diversas oportunidades a serem exploradas
na aplicação de produtos galvanizados”, afirma Suplicy Goes. “Já existem diversos investimentos pre-
vistos em galvanização no Brasil, pois ainda há espaço para a expansão da atual capacidade de produção,
inclusive para a instalação de novas plantas”, concluiu.
“A galvanização pode ser um aliado do país para as obras da Copa e das Olimpíadas. Obras que rece-
berem esse tratamento podem durar até 50 anos e gerariam uma economia com manutenções de R$
511 milhões ao longo de 25 anos. Estima-se que só para Olimpíadas, o país gastará R$ 30 bilhões. O
Portal da Transparência do governo, montado pela Controladoria-Geral da União, diz que a Copa cus-
tará R$ 23,4 bilhões. Portanto, a utilidade pública das discussões levantadas durante o GalvaBrasil é de
interesse não só da nossa cadeia produtiva, mas também de outros stakeholders, principalmente a
sociedade brasileira”, finalizou Suplicy.
O ABRACO apoiou o evento com a participação de Simone Brasil da UFRJ como moderadora do
painel Reduzindo os Custos de Manutenção e Aumentando os Ganhos de Produtividade no Segmento
de Oil & Gas pela Galvanização. O painel contou ainda com a participação de outros dois participantes
ativos da entidade entre os debatedores: Zehbour Panossian, do IPT – SP Instituto de Pesquisas
Tecnológicas, e Fernando Fragata, do CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica. Fragata tam-
bém ministrou a palestra Galvanização e Pintura no Setor Elétrico.

Mais informações: www.galvabrasil.com.br

WEG ganha recomendação para ISO 50.001:2011


A WEG acaba de conquistar a recomendação co da fábrica a partir da definição de uma políti-
para a certificação do ISO 50.001:2011 (denomi- ca energética, estabelecimento de objetivos e
nada sistema de gestão de energia – requisitos metas de redução de consumo e adoção de ações
com orientações de uso), uma norma interna- de melhoria. O sistema de gestão passou por audi-
cional voluntária desenvolvida pela International toria do Bureau Veritas Certification (BVC), órgão
Organization Standardization (ISO) e aplicada no certificador da norma, que aprovou a WEG como
Brasil pela Associação Brasileira de Normas apta a receber a certificação. A WEG é a primeira
Técnicas (ABNT). A norma tem como objetivo empresa brasileira a receber esta recomendação da
oferecer ao setor público e privado estratégias de certificação ISO 50.001:2011.
gestão para aumentar a eficiência energética, “Estamos muito otimistas com esse projeto
reduzir custos e melhorar o desempenho energéti- piloto. A implantação de um sistema de gestão
co das organizações. apropriado ao consumo de energia mostra um
O sistema de gestão da WEG foi implantado caminho muito promissor para a redução de cus-
de forma piloto em uma das fábricas de motores tos, economia de energia, e melhoria de aspectos
elétricos do parque fabril em Jaraguá do Sul (SC), de sustentabilidade, como a redução de emissão
com ações para melhorar o desempenho energéti- de gases do efeito estufa. Nosso objetivo agora é

12 C & P • Setembro/Dezembro • 2011


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expandir o projeto para outras áreas da WEG e demais fábricas estão espalhadas por Rio Grande
mostrar para os nossos clientes o caminho para do Sul (Gravataí), Santa Catarina (Blumenau,
obter resultados mais eficientes”, explica João Guaramirim, Itajaí e Joaçaba), São Paulo (São
Alfredo Silveira, gerente do departamento de Paulo, São Bernardo do Campo e Hortolândia),
Melhoria Continua e Meio Ambiente da WEG. Amazonas (Manaus), Espírito Santo (Linhares).
Fundada em 1961, a WEG atua principal- No exterior, a WEG possui unidades fabris na
mente no setor de bens de capital e é um dos Argentina, México, Portugal, África do Sul,
maiores fabricantes mundiais de equipamentos China e Índia, além de instalações de distribuição
eletro-eletrônicos, atuando em cinco linhas prin- e comercialização nos EUA, Venezuela, Co-
cipais: Motores, Energia, Transmissão & Dis- lômbia, Chile, Alemanha, Inglaterra, Bélgica,
tribuição, Automação e Tintas. Com mais de 24 França, Espanha, Itália, Suécia, Austrália, Japão,
mil colaboradores, atingiu faturamento bruto de Cingapura, Índia, Rússia e nos Emirados Árabes
R$ 5,3 bilhões em 2010. Unidos.
No país, o grupo tem sua sede e principais
unidades industriais em Jaraguá do Sul/SC. Suas Mais informações: www.weg.net

Tazmetal opera com nova linha de tratamento de superfície


Atuando no mercado há seis anos, a Tazmetal
Galvanoplastia amplia sua linha de serviços com
uma linha automática de tratamento de superfície,
adquirida recentemente da Elmactron. Com sede
em Diadema, na Grande São Paulo, a empresa
possui certificação na ISO 9001:2008 e está volta-
da à área de prestação de serviços de tratamento de
Superfície, em especial nos banhos de zinco
amarelo e branco trivalente, zinco amarelo e bran-
co Hexavalente, zinco ácido e zinco níquel, zinco
preto, zinco verde oliva e fosfato isento de cianeto.

Mais informações: (11) 4044-2190

44º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel


Um dos mais importantes eventos mundiais
do setor de celulosa e papel, o ABTCP 2011 – 44º
Congresso e Exposição Internacional de Celulose
e Papel foi realizado entre os dias 3 e 5 de ou-
tubro, no Transamérica Expo Center, em São
Paulo, reunindo mais de 160 expositores e
recebendo cerca de 12 mil visitantes profissionais.
Promovido pela ABTCP – Associação Brasileira
de Técnica de Celulose e Papel, o evento contou
também com uma vasta programação técnica e
incluiu o 1º Simpósio Latino-Americano de Papel
para Embalagem.
Um dos expositores do evento, a Zinga Metall
distribuiu em seu estande exemplares da Revista que isso se deve ao fato de desenvolvermos um sis-
Corrosão & Proteção. Segundo o sócio da em- tema que reduz a frequência de manutenção no
presa, Marco Fabio Ramenzoni, a Zinga conse- combate à corrosão e ainda oferecermos preços
guiu, com pouco menos de um ano de atividade bem competitivos. A Zinga é um sistema de gal-
no Brasil, ficar conhecida pelo segmento de cor- vanização por filme que combina várias vantagens
rosão e proteção e o setor de papel e celulose foi a como proteção catódica ou ativa, por barreira ou
porta de entrada no mercado brasileiro. “Acredito passiva e de fácil aplicação”, explicou Ramenzoni.

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Inibidores de Corrosão

Soluções para proteger o meio ambiente


O impacto ambiental tornou-se o tema que atualmente mais preocupa
os fabricantes e usuários de inibidores de corrosão

Por Carlos Sbarai

m vista dos grandes problemas oriundos da corrosão nas últi- “Trabalhos com moléculas en-
mas décadas, as empresas, por meio dos vários sistemas de pro- capsuladas vêm sendo desenvol-
teção, têm investido na solução dos problemas que tanto afetam vidos no nosso grupo de pesqui-
as unidades industriais, tais como, nos processos de decapagem, nos sis- sa sob a responsabilidade da pro-
temas de resfriamento, equipamentos, peças etc. Segundo a doutora do fessora Idalina V. Aoki”, conclui
Laboratório de Eletroquímica e Corrosão do Departamento de En- Isabel C. Guedes.
genharia Química da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Segundo Anna Ramus Mo-
– USP, Isabel C. Guedes, dentre as várias formas de proteção existentes, reira, do Laboratório de Corro-
o uso de inibidores de corrosão está presente em diferentes setores são e Proteção do Instituto de
industriais. “Embora existam substâncias já consagradas como Pesquisas Tecnológicas – IPT, os
inibidores de corrosão, a maioria apresenta elevados índices de toxidez. inibidores voláteis de corrosão
Assim sendo, nos últimos anos, passou a prevalecer a preocupação com têm sido usados desde o século
o meio ambiente”, afirma Isabel C. Guedes. XIX. “O primeiro de todos tinha
“Embora os inibidores de corrosão sejam substâncias que, quando por base aminas de cadeia pe-
adicionadas ao meio, podem inibir ou até cessar o processo corrosivo, quena, tendo sido usado a partir
devem ser tomado cuidados especiais quanto ao seu uso, prevalecen- de 1920 na proteção anticorrosi-
do a responsabilidade ambiental. Com o intuito de proteger o meio va de tubos de aço e de caldeiras.
ambiente a comunidade científica tem procurado dar a sua colabo- Algum tempo depois, a cânfora
ração e, portanto, vem investindo em pesquisas que possam identificar foi utilizada na proteção de ma-
substâncias capazes de agir como inibidores de corrosão, isto é, mini- teriais militares fabricados em
mizando o processo corrosivo e que, ao mesmo tempo, sejam ambi- ferro e o vapor da naftalina foi
entalmente amigáveis. Com este objetivo, existem grupos de pes- um efetivo inibidor volátil de
quisas, tanto no Brasil como no exterior que vêm investindo em pro- corrosão para o aço em atmos-
dutos naturais. A literatura mostra que alguns extratos naturais têm feras contendo vapor de ácido
demonstrado boa eficiência como inibidores de corrosão principal- clorídrico. Durante a Segunda
mente para ligas ferrosas em meio ácido”, revela Isabel C. Guedes. Guerra Mundial, os inibidores
O Laboratório de Eletroquímica e Corrosão do Departamento de voláteis de corrosão passaram a
Engenharia Química da Escola Politécnica da USP também está tra- ser largamente utilizados, resul-
balhando com extratos naturais, cujos resultados demonstram ser tando no desenvolvimento de
promissores, tanto para meio ácido quanto para meios em torno da duas formulações eficientes con-
neutralidade. “Existe uma preocupação adicional que é o fato dos hecidas como nitrato de dici-
extratos naturais serem formados por uma mistura de vários compos- cloexilamônio e carbonato de ci-
tos de difícil identificação. Entendo que é fundamental continuarmos cloexilamina, as quais foram
trabalhando para identificar qual ou quais desses compostos atuam extensamente usadas até os anos
como inibidores de corrosão. Com a identificação destes elementos, 50. O uso comercial dos inibi-
seria necessário o estudo individual dos compostos presentes nesses dores voláteis de corrosão teve
extratos, o que poderia garantir seu uso em escala industrial. Salienta- início em 1970 e, desde então,
se que os grupos que estão trabalhando com esse material já estão eles tem recebido extenso reco-
dando uma grande contribuição”, explica Isabel C. Guedes. nhecimento, sendo largamente
Outra novidade é a de trabalhar com moléculas inibidoras de cor- usados nos dias de hoje”, comen-
rosão encapsuladas, que têm a função de ser liberadas da cápsula ao ta Anna Ramus Moreira.
sofrerem estímulo específico como: alteração do pH, danos mecânicos “O mecanismo de ação de
ou a incidência de raios ultravioleta, com aplicação em diversos seg- um inibidor volátil de corrosão
mentos da indústria, destacando-se a automotiva, a óleo e gás e a linha (IVC) ocorre através de duas eta-
branca. Assim, essas substâncias passam a agir somente quando soli- pas. Inicialmente pela transfe-
citadas, além de trazer benefícios ambientais, pois mesmo quando os rência de um inibidor de sua fase
inibidores apresentam algum nível de toxicidade, estes por encon- original (geralmente sólida) para
trarem-se encapsulados não são tão prejudiciais ao meio ambiente. a superfície metálica. A primeira
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condição para a boa eficiência de mesmo que o IVC pudesse protegê-la. As duas condições citadas estão
um IVC é a capacidade deste de parcialmente relacionadas à pressão de vapor do inibidor, parcial-
atingir a superfície metálica a ser mente à distância existente entre o inibidor e a superfície metálica e
protegida. A volatilidade refere- parcialmente à qualidade de acesso às superfícies a serem protegidas”,
se, simplesmente, a um meio de esclarece Anna Ramus Moreira.
transporte. A segunda condição Sobre a interação com a superfície metálica, Anna Ramus Moreira,
é a de que a taxa de transferência informa que uma questão de extrema importância para a eficiência de
da molécula não seja muito len- inibição está relacionada à condição em que a superfície metálica se
ta, pois neste caso o ataque à su- encontra. Para um resultado ideal, a interação IVC/superfície metáli-
perfície metálica ocorreria antes ca deve ser perfeita e, para tal, a superfície a ser protegida deve estar
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Figura 1 – Ilustra a ancoragem


de uma molécula auto-
organizável à superfície metálica,
seguida da deposição de tinta água suportam substancialmente uma hidrólise de maneira relativa-
sobre a camada superior a esta mente independente de sua concentração. Esta independência con-
molécula tribui para a estabilidade do filme sob uma grande variedade de
condições”, acrescenta Anna Ramus Moreira.
isenta de sujidades, contami- Os inibidores voláteis de corrosão podem ser usados tanto como
nantes ou outros. “Os ingredi- um método temporário de proteção contra a corrosão de produtos
entes ativos de um inibidor metálicos (durante armazenamento ou transporte), quanto como um
volátil de corrosão são, usual- protetivo de longa duração (necessária, por exemplo, no caso de
mente, produtos da reação entre equipamentos elétricos e eletrônicos). Eles têm sido utilizados no con-
uma base volátil fraca e um ácido trole de microambientes (ambientes fechados) com variação de ta-
volátil fraco. Tais compostos, manho de extremamente pequenos (cavidades) a muito grandes (tan-
apesar de serem ionizáveis em ques gigantes). As aplicações de um IVC estão relacionadas a uma das
três áreas:
• melhoria de produto: o inibidor volátil de corrosão é
instalado como um componente do produto, na forma de
cartucho, pastilha ou pó (sachê);
• embalagem, armazenamento e transporte: o IVC é utiliza-
do para proteger todos os tipos e tamanhos de equipa-
mentos;
• proteção de equipamentos desligados: o controle da cor-
rosão de equipamentos desligados é tão importante quan-
to à proteção de equipamentos em funcionamento.
NOVO SISTEMA DE Condições como presença de água, de oxigênio e baixo
MICROSCOPIA pH podem iniciar um processo corrosivo em um equipa-
mento independentemente do fato deste equipamento
3D LEICA DCM 3D estar ou não em operação. Quando o equipamento pre-
cisar voltar à operação, estará em perfeitas condições, sem
Bem-vindo ao Mundo da Nanotecnologia
a necessidade de realização de etapas de desengraxe.
• O sistema combina a técnica confocal com Na visão do professor Paulo Rogério Pinto Rodrigues –
interferometria, metodologia pioneira no mundo UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro-Oeste
• Ideal para a obtenção de avaliações em tempo (PR), o mercado de inibidores de corrosão, apesar de esta-
ultrarrápido: em apenas 10 segundos o sistema é capaz de tisticamente estar incluso na produção e importação de
capturar, avaliar e enviar o relatório completo das medições produtos químicos em geral (ABIQUIM – Associação
• Não exerce qualquer contato com o material que está sendo Brasileira da Indústria Química), vai muito bem, “pois de
observado, somente através de projeção da imagem acordo com a ABTS, em relação ao número de indústrias
• Velocidade e resolução de até 0,1 nanômetro no eixo Z de tratamento de superfície de materiais metálicos, pelo
• Ideal para inspeções rápidas de qualidade e que exige do menos, dez desenvolvem seus produtos dentro do país,
pesquisador uma grande precisão nos resultados obtidos. não importando do exterior os produtos e processos
químicos necessários. Estima-se de 3 % a 4 % do PIB
CK COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO mundial os gastos com a preservação e o combate à cor-
rosão e horas paradas de equipamentos e instalações, fato
Representante exclusivo para o Brasil da Leica Microsystems Gmbh
que torna os tratamentos de superfície fundamentais na
Tel: (11) 5188-0000 – Fax: (11) 5188-0006 redução destes porcentuais, por meio de processos que

www.ckltda.com.br – ckltda@ckltda.com.br
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outra cabeça (X´), ambas hi-


drofóbicas, se auto-organizem e
criem uma barreira, dificultando
o contato entre o eletrólito ou a
umidade e o metal base, melho-
rando desta forma a proteção à
corrosão sem a necessidade de
tratamento agressivo. Outra
qualidade da cabeça 2, seria a
possibilidade de se ancorar via
esta cabeça tintas e polímeros,
protegendo mais ainda a superfí-
cie metálica”, enfatiza Rodrigues.
Segundo Rodrigues, outra
propriedade destas moléculas
seria a auto-organização que, em
alguns casos, pode promover a
autocura como ocorre em pro-
cessos de cromação, evitando,
desta forma, o uso deste metal.
“Economicamente o uso de na-
nocerâmicas ou de moléculas
auto-organizáveis na proteção de
metais pode ser elevado, pois
estamos nos referindo ao uso de
compostos em nível nano ou até
molecular. Isto pode minimizar
aumentam a vida útil de itens expostos à ação corrosiva”, comenta os custos de proteção dos materi-
Paulo Rogério Pinto Rodrigues. ais metálicos. Aliás, a tendência
“Quanto às novidades do mercado, há uma constante cobrança do no momento é a busca de uso de
setor quanto às inovações tecnológicas que visam principalmente processos inibidores sustentáveis
reduzir o impacto ambiental dos processos de proteção e tratamento e, de preferência, com baixo ou
de superfícies metálicas e, assim, atender às exigências de mercado. Em nenhum grau de toxidez”, con-
relação a estas cobranças, volta-se ao uso industrial de inibidores clui Rodrigues.
orgânicos com caráter misto (inibidores de reações anódicas e catódi- Mundialmente, verifica-se
cas), com a preocupação em relação ao grau de toxidez que os mesmos que vem sendo feitos estudos
possam provocar nas etapas de reciclagem ou reúso dos banhos destes dos mais variados para tornar
inibidores. O uso de inibidores inorgânicos ou processos de proteção, os tratamentos de superfícies
tais como, cromatização e fosfatização, vem sendo amplamente discu- metálicas, com ou sem uso de
tido pela sociedade e exigida a minimização do seu uso devido a pre- inibidores de corrosão, menos
sença dos íons níquel e cromo em seus processos”, destaca Rodrigues. tóxicos. Os processos de trata-
“Como novidade, está sendo aplicado, nas indústrias de linha mento de superfície, cujo prin-
doméstica branca, aeronáutica, automobilística e em outros segmen- cipal objetivo nas aplicações em
tos, o tratamento chamado de nanocerâmico, o qual leva a proteção metais é o combate à corrosão,
das peças metálicas e permite a ancoragem de tintas e camadas de há muito tempo já alcançaram
polímero protetoras das matrizes metálicas. Este processo se baseia no patamares de qualidade com-
uso nanopartículas de óxido metálicos, normalmente nanopartículas patíveis com as necessidades
com propriedades hidrofóbicas, onde o seu efeito protetor é mantido das indústrias. As inovações
permanentemente sem a necessidade de aplicação de tratamentos de tecnológicas em curso visam
superfícies considerados tóxicos. Outra novidade no mercado é uso de principalmente reduzir o im-
moléculas auto-organizáveis. Estas moléculas, de acordo com a figura pacto ambiental dos processos
1, podem ser caracterizadas por terem uma estrutura X-R-X´, onde X e, assim, adequarem-se às exi-
é o grupo hidrofílico (cabeça 1), o X´, grupo hidrofóbico (cabeça 2) e gências de uma sociedade cada
o R, a cadeia de hidrocarbonetos (hidrofóbico), existente entre as duas vez mais preocupada com a sus-
cabeças (1 e 2). Desta forma, a cabeça hidrofílica (X) se adsorve na tentabilidade de suas decisões
superfície metálica, permitindo que a cadeia R em conjunto com a de consumo.
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Artigo Técnico

Coloração e estabilidade térmica


das camadas fosfatizadas
Coloring and thermal stability on phosphate layers

Introdução das sobre metais ferrosos obtidos mar camadas mais escuras
Este artigo revisa duas carac- a partir de banhos à base de fos- (METALS HANDBOOK,
terísticas importantes das cama- fato diácido de zinco são acin- 1987, p.434).
das fosfatizadas: a coloração e a zentados, variando de cinza claro Camadas muito escuras, de
estabilidade térmica. A coloração a cinza escuro. A razão deste fato aspecto decorativo agradável são
Por Zehbour pode variar bastante, devido é atribuída à formação da subca- formadas quando se utilizam
Panossian principalmente à espessura da mada nos instantes iniciais de banhos à base de fosfato diácido
camada de fosfato. A estabilida- contato do substrato com o ba- de manganês.
de térmica é discutida porque vá- nho de fosfatização. Um outro A coloração das camadas de
rios processos industriais utili- fato interessante é que quanto fosfato de ferro obtidas a partir
zam a etapa de secagem, seja da mais fina a camada, mais escura de banhos à base de metais alca-
própria camada fosfatizada, seja ela é devido à maior influência linos ou de amônio depende for-
da camada de tinta aplicada so- da coloração da subcamada. À temente da massa de fosfato por
Célia A. L. bre o metal fosfatizado. medida que a camada vai au- área (HAMILTON, 1979).
dos Santos mentando de espessura, ela vai se Quando muito finas apresentam
Introduction tornando mais clara, pois a sub- coloração iridescente (por exem-
This article reviews two im- camada vai perdendo gradativa- plo cinza amarelado, ou, cinza
portant characteristics of the phos- mente a sua influência. azulado, ou, rosa dourado, ou,
phated coatings: the color and the Outro fator que influencia a violeta dourado) e quando mais
thermal stability. The color can coloração da camada fosfatizada grossas (1 g/m2) apresentam
vary greatly mainly due to the é a presença de íons ferrosos no coloração cinza.
thickness of the phosphated coa- banho: Freeman, 1988, afirma Na Tabela 1, apresentam-se
ting. The thermal stability is dis- que camadas fosfatizadas obtidas um resumo da coloração dos di-
cussed because several industrial a partir de banhos novos apre- ferentes tipos de camadas fosfati-
processes using the drying stage to sentam uma coloração cinza zadas indicadas por normas in-
the coating phosphated itself or to mais clara. À medida que os ba- ternacionais.
the paint applied on the metal nhos ficam ricos em íons ferro-
phosphated. sos, as camadas obtidas vão fi- Estabilidade térmica
cando mais escuras. As mais cla- O comportamento de cama-
A coloração das camadas fos- ras são aquelas formadas sobre o das fosfatizadas frente a altas
fatizadas obtidas a partir de ba- zinco a partir de banhos à base temperaturas é um parâmetro
nhos contendo metais pesados de fosfato diácido de zinco isen- importante visto que uma das
varia desde cinza claro até preto. to de íons ferrosos. Se nestes ba- maiores aplicações é como base
Observando a coloração dos nhos, íons ferrosos estão presen- para pintura e muitas tintas são
compostos cristalinos com as tes a camada será mais escura. curadas em estufas. Além disso,
quais as camadas fosfatizadas são A coloração da camada de são muitos os processos de fosfa-
formadas, verifica-se que as ca- fosfato depende também do teor tização que adotam o estágio de
madas fosfatizadas assumem co- de carbono no substrato: cama- secagem.
loração diferente dos compostos das à base de fosfato de zinco são Os compostos que constitu-
que lhe deram origem. Isto pode tanto mais escuras quanto maior em as diferentes camadas fosfati-
ser explicado pela variação do o teor carbono do substrato de zadas contêm água de hidrata-
tamanho de cristais, presença de aço (METALS HANDBOOK, ção, as quais podem ser perdidas,
impurezas presentes na camada e 1987, p.434). O tipo de acelera- em maior e menor grau, quando
pela influência do próprio subs- dor interfere na coloração: acele- as camadas fosfatizadas são sub-
trato. Por exemplo, tanto a fosfo- radores fortes tendem a formar metidas a altas temperaturas.
filita como a hopeíta são brancas camadas mais claras enquanto os Estudos realizados (Saison, cita-
e as camadas fosfatizadas forma- aceleradores fracos tendem a for- do por RAUSCH, 1990, p.106)
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TABELA 1 – COLORAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE CAMADAS FOSFATIZADAS


(DIN 50942, 1987; BS 3189, 1991; ISO 9717, 1990)
Principal constituinte Coloração
do banho de fosfatização
Fosfato de zinco Cinza claro a cinza escuro
Fosfato de zinco modificado com cálcio Cinza claro a cinza escuro
Fosfato de manganês Cinza claro a cinza escuro (quase sempre cinza escuro)
Fosfato ferroso Cinza escuro
Fosfato de metais alcalinos ou de amônio Iridescente (por ex. cinza amarelado ou cinza azulado) quando finas e cinza quando mais espessas

com amostra de hopeíta subme- te reidratadas quando, após o • camadas de fosfato de manga-
tida a uma pressão parcial de aquecimento, coloca-se a ca- nês, também perdem água de
vapor d’água de 13,0 x 102 Pa mada em contato com água. hidratação porém em muito
(13 mbar) mostraram que: Esta reidratação não é acompa- menor grau do que as camadas
• a 65 °C, não ocorre perda de nhada pela recuperação dos constituídas por hopeíta e fos-
água; cristais originais: os cristais de fofilita;
• a hopeíta perde duas das suas hopeíta desidratadas e reidrata- • um aquecimento a 200 °C
quatro moléculas de água de das sofrem trincamento, prova- durante uma hora, não causa
hidratação quando aquecida a: velmente como resultado das diminuição de desempenho
85 °C, durante 780 s; 90 °C, tensões introduzidas no proces- para camadas fosfatizadas a
durante 420 s; 95 °C, durante so de desidratação/reidratação base de fosfato de manganês,
240 s min; 100 °C, durante (SERVAIS et al, 1988); porém, nas camadas a base de
150 s; 105°C, durante 90 s. • camadas fosfatizadas ricas em fosfato de zinco, causa a dimi-
Estudos mostraram ainda hopeíta começam a perder nuição de desempenho.
que ocorre a reidratação da ho- água de hidratação a partir de McGarvey & Chamberlain
peíta à temperatura ambiente e 80 °C. Acima de 200 °C, ocor- (citado por RAUSCH, 1990,
esta reidratação é tanto mais rá- re a perda total de água com p.107) estudaram a perda de
pida quanto menor for a perda formação de fosfatos anidros. A água de camadas fosfatizadas
de água de hidratação durante o perda de água continua ocor- expostas ao ar e imersas em óleo.
aquecimento. Em contrapartida rendo até 400 °C. Acima desta Estes autores verificaram que o
se a desidratação for severa (por temperatura, começa a ser ob- óleo inibe a perda de água. Este
exemplo: 14400 s – 4 horas a servado ganho de massa; fato foi comparado com as cama-
150 °C) a reidratação ocorre • camadas fosfatizadas ricas em das de tinta: a interface camada
muito lentamente e não é efi- fosfofilita começam a perder fosfatizada/tinta assemelha-se à
ciente, ou seja, ocorre apenas água de hidratação a partir de interface camada fosfatizada/
parcialmente (SERVAIS et al, 100 °C. A perda de água conti- óleo, podendo-se concluir que a
1988; RAUSCH, 1990, p106). nua ocorrendo até 400 °C. perda de água é inibida quando
Estudos realizados com ca- Acima desta temperatura, co- peças fosfatizadas e pintadas são
madas fosfatizadas mostraram meça a ser observado ganho de curadas em estufa. De fato, estu-
que (LORIN, 1974, p.66-67; massa. Ao contrário da hopeí- dos mostraram que as tempera-
FREEMAN, 1988, p.40-41): ta, a desidratação da fosfofilita turas adotadas e o tempo de
• camadas fosfatizadas constituí- é irreversível; aquecimento durante a cura de
das de hopeíta pura perdem • acima de 600 °C, camadas tintas aplicadas sobre camadas
duas moléculas de água de hi- contendo hopeíta e fosfofilita, fosfatizadas apesar de causarem
dratação entre 70 °C e 140 °C. começam a sofrer sublimação. alguma perda de água de hidrata-
As duas moléculas de água res- Nestas condições a fosfofilita é ção, não interferem no desempe-
tantes são perdidas na faixa de o composto menos estável; nho das camadas fosfatizadas
temperatura entre 190 °C e • a desidratação da fosfofilita pintadas (FREEMAN, 1988,
240 °C. A perda de água é tende a tornar a camada fosfa- p.40-41). Alguns autores afir-
acompanhada por opacidade, tizada amorfa, enquanto que mam até que há uma certa me-
aparecimento de estrias parale- durante a desidratação da ho- lhora de desempenho (RODZE-
las e ruptura dos cristais. Ca- peíta é verificada uma transfor- WICH, 1974).
madas fosfatizadas ricas em ho- mação cristalográfica do Mesmo durante o estágio de
peíta que foram desidratadas Zn3(PO4).4H2O para aquecimento em que as camadas
podem ser parcial ou totalmen- Zn3(PO4).2H2O; fosfatizadas são expostas direta-
C & P • Setembro/Dezembro • 2011 21
Celia39:Cristiane 12/27/11 9:58 AM Page 3

York : Industrial Press, 229p., 1988


DIN 50942:1987 - Phosphating of
metals. Principles, methods of test.
Berlin : Deutsche Norm, 1987. 12p.
HAMILTON, A. J. Iron phosphate spray
systems. Plating and Surface
Finishing. v.66, n.8, p. 28-34, Aug.
1979.
LORIN, G. Phosphating of metals.
Great-Britain : Finishing
Publications. 222p., 1974.
a. Antes do aquecimento b. Após aquecimento METALS HANDBOOK. 9 ed. Metals
Park : ASM, 17v. v.5 : surface clea-
Figura 1 – (a) Camada de fosfato de zinco tradicional sem aquecimento. ning, finishing and coating. 715p.,
(b) Camada de fosfato de zinco tradicional após aquecimento em mufla 1987.
a 600 °C por uma hora. Magnificação: 2000 X. Imagens obtidas a RAUSCH, Werner. The phosphating of
partir de elétrons secundários. metals. 1st.ed. Great Britain :
Redwood Press, 416p, 1990.
mente ao ar, a perda de água não reduzidos. Por exemplo, quando RODZEWICH, E. A. Theory and prac-
determina perda de desempe- se submete uma camada à base tice of phosphating American
nho, desde que precauções sejam de fosfato de zinco a 904 °C em Electroplater’s Society, 28p., 1974.
tomadas no sentido de adotar ambiente redutor, tem-se a for- SERVAIS, J. P.; SCHMITZ, B.;
baixas temperaturas e tempos mação de zinco metálico e fósfo- LEROY, V. Thermal and chemical
curtos de secagem (LORIN, ro elementar. O zinco, por ter stability of phosphate layers during
1974, p.67). Alguns autores alta pressão de vapor, sofre subli- car body corrosion. Materials
acreditam ainda que a formação mação ficando na fase vapor e o Performance. v.27, n.11, p. 56-61,
de fissuras na camada fosfatizada fósforo difunde-se no aço Nov., 1988.
durante o aquecimento pode (RAUSCH, 1990, p.108.).
melhorar a aderência da tinta, Na Figura 1a, pode-se obser-
principalmente para camadas à var a micrografia de uma camada
base de fosfato de zinco modifi- de fosfato de zinco, obtida a par- Zehbour Panossian
cado com cálcio, o que pode até tir de um banho de fosfato de Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São
causar uma melhora de desem- zinco tradicional acelerado com Paulo – IPT. Laboratório de Corrosão e
penho. nitrito de sódio, sobre aço baixo Proteção – LCP. Doutora em Ciências
Cabe ainda citar, o caso de carbono. Na Figura 1b, observa- (Fisico-Química) pela USP.
aquecimento de camadas fosfa- se a mesma camada apresentada Responsável pelo LCP.
tizadas em condições de vácuo. na Figura 1a após aquecimento
Este tipo de aquecimento é fei- em um forno do tipo mufla a Célia A. L. dos Santos
to para retirar todo gás eventu- 600 °C, por uma hora, sob at- Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São
almente retido durante a fosfa- mosfera ambiente. Paulo – IPT. Laboratório de Corrosão e
tização, pois em algumas aplica- Observa-se, claramente, nas Proteção – LCP. Doutora em Química
ções não se admite a presença Figuras 1a e 1b, que os cristais de (Fisico-Química) pela USP.
destes gases. Neste tipo de a- fosfato diminuíram drasticamen- Pesquisadora do LCP.
quecimento, a perda de água é te de tamanho e apareceram li-
muito acentuada podendo cau- nhas que sugerem a formação de Contato com os autores:
sar problemas de desempenho. trincas na camada após esta ter zep@ipt.br / clsantos@ipt.br
Por esta razão, aconselha-se res- sido aquecida. fax: (11) 3767-4036
tringir a temperatura de aqueci-
mento entre 95 °C e 100 °C e Referências bibliográficas
aquecer somente durante o BS 3189 : 1991; ISO 9717; 1990.
tempo necessário para a desgasei- Method for specifying phosphate con-
ficação (LORIN, 1974, p.67). version coatings for metals. London :
Convém citar, ainda, que British Standards Institution, 1990,
quando camadas fosfatizadas são 15p.
aquecidas em ambientes reduto- FREEMAN, D. B. Phospating and
res, os fosfatos metálicos são metal pre-treatment. 1st ed. New

22 C & P • Setembro/Dezembro • 2011


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Artigo Técnico

Artefatos de medidas em reativação


potenciocinética
Artefacts in potentiokinetic reactivation measurements

Introdução interaction between the interfacial cia, fio espiralado de platina co-
As curvas de reativação po- impedance and the potentiostat’s mo contraeletrodo e pelos cor-
tenciocinética são amplamente impedance. Samples of UNS pos de prova do aço em análise
usadas para caracterizar eletro- S30400 austenitic stainless steel, como eletrodos de trabalho. O
quimicamente a ocorrência de sensitized at 650 ºC for four hours, equipamento utilizado foi um
Por Ivan sensitização em aços inoxidáveis. were submitted to double-loop elec- potenciostato Versastat 3, dota-
Napoleão Bastos Entretanto, pouca atenção é dada trochemical potentiokinetic reacti- do de módulo de corrente de até
à caracterização das próprias cur- vation tests (DL-EPR). Intense cur- 2 A, da fabricante Princeton Ap-
vas de reativação. Neste trabalho rent oscillations were found in plied Research (PAR). A taxa de
apresentamos curvas de reativa- potentials close to -0.2 V vs SCE. varredura de potencial inicial-
ção levantadas sob diversas con- These artefacts were vanished after mente adotada foi a prescrita
dições experimentais e que mos- 15 h using the chronoamperometry pela norma (1,67 mV/s), sendo
tram uma interação da impedân- technique, revealing that this beha- reduzida para 1,00 mV/s após
Marcos Paulo M. cia interfacial com a do próprio vior could be at least partially con- constatação experimental de
de Carvalho potenciostato. Assim, corpos de trolled by the electrochemistry. The que esta pequena redução não
prova do aço austenítico (UNS introduction of external resistances afeta os resultados do ensaio. A
S30400), sensitizados a 650 °C avoids these oscillations, thus it taxa de amostragem durante a
por quatro horas, foram submeti- demonstrates that this result was varredura e a cronoamperome-
dos a ensaios de reativação poten- caused by the coupling between the tria foi de 1,0 Hz. As resistên-
ciocinética eletroquímica por du- employed potentiostat’s impedance cias externas, acopladas em série
plo loop (DL-EPR). Usando a and the interface’s electrochemical com o eletrodo de trabalho,
técnica de cronoamperometria, impedance. tiveram precisão de 1 %.
foi encontrada uma região de
potencial, próxima de -0,2 V vs Procedimento experimental Resultados e discussão
ECS, na qual surgem oscilações O procedimento experimen- Oscilações em sistemas ele-
de corrente muito intensas e que tal adotado neste trabalho ba- troquímicos ocorrem em diversos
desaparecem ao fim de 15 h de seou-se nas prescrições da norma sistemas e sempre despertam
medida, revelando serem, pelo ASTM G 108, com discretas interesse, pois sua dinâmica e seu
menos parcialmente, controladas modificações. Os corpos de pro- mecanismo eletroquímico são
pela eletroquímica. Com a intro- va foram preparados a partir do bastante complexos e, por isto, o
dução de resistências externas aço UNS S30400, embutido sob conhecimento dessas flutuações é
que eliminam tais oscilações, foi pressão em anéis de politetrafluo- ainda limitado. Alguns sistemas
possível concluir que aquelas são retileno. Uma amostra foi sub- mais conhecidos são ferro em
resultado da interação elétrica da metida a tratamento térmico de ácido sulfúrico (GERALDO et
interface eletroquímica com o 650 ºC por quatro horas para al., 1998), cobre em ácido tri-
potenciostato utilizado. que o material fosse sensitizado. fluoracético (POTKONJAK et
Os eletrólitos foram soluções al., 2010) dentre outros (HUD-
Introduction aquosas de 0,5 mol/L de H2SO4 SON et al., 1994). Para o sistema
Potentiokinetic reactivation e 0,01 mol/L de KSCN, manti- aço inoxidável em meio ácido
curves are widely used for the elec- das a uma temperatura de 30,0 com tiocianato de potássio, que
trochemical evaluation of stainless ± 0,1 ºC, por banho termostati- tradicionalmente é empregado
steel sensitization degree. However, zado, e desaeradas por 30 min para detecção da sensitização, foi
little attention has been paid to the com N2 anidro antes de cada relatado anteriormente pela lite-
analysis of the reactivation curves ensaio. O sistema de três eletro- ratura (LOU et. al., 1995) a
themselves. Thus, this paper presents dos foi composto por um eletro- ocorrência de oscilações na região
the reactivation curves under seve- do de calomelano saturado de transição ativa-passiva.
ral experimental conditions and the (ECS) como eletrodo de referên- Apesar do interesse em ele-
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Figura 1 – Curva EPR aço UNS S30400 sensitizado a 650 ºC por 4 h, com (a) e sem KSCN (b)

troquímica e em corrosão estar sistema metal-eletrólito, dando ções contendo apenas 0,5 mol/L
centrado em oscilações de origem ensejo a esta investigação. Ob- de H2SO4 (portanto, sem adição
eletroquímica, outros fenômenos servando a Figura 1b, nota-se do KSCN) produziram curvas
podem induzir a ocorrência de que a ausência do tiocianato eli- de formato típico, com densida-
oscilações, tais como acoplamen- mina essas oscilações. des máximas de corrente da
tos elétricos (BABA et al., 2000), No entanto, a eliminação de ordem de 2,5 % em relação às
constituindo um artefato de possíveis interferências de natu- densidades registradas na presen-
medida, que acomete diversos reza eletrônica devidas ao poten- ça do tiocianato e sem oscilação
procedimentos de interesse em ciostato deu origem ao estudo de corrente na região de transi-
corrosão (TRANA et elli, 2010; das oscilações de corrente na fai- ção, ou seja, a corrente decresce
BASTOS et al., 2000; BAYETA xa de transição entre o pico de sem qualquer pico.
et al., 1999). Para esclarecer as corrente de ativação e a corrente Outro possível interferente,
possibilidades da origem das osci- de passivação. Os ensaios DL- as bolhas do gás nitrogênio usa-
lações observadas por Lou e EPR foram repetidos em três das para a desaeração da solução,
Ogura, 1995, foram realizados equipamentos, de dois fabrican- foi investigado. O procedimento
ensaios eletroquímicos de reativa- tes diferentes (PAR e Omni- experimental adotado, neste ca-
ção eletroquímica em condições metra). Os resultados obtidos so, foi o levantamento de curvas
normais e também com modifi- foram os mesmos, afastando ini- DL-EPR em duas condições:
cações forçadas devido ao acopla- cialmente a hipótese de flutua- uma mantendo o borbulhamen-
mento célula eletroquímica-po- ções, oriundas da interação entre to do gás durante o ensaio e ou-
tenciostato. a impedância eletroquímica e o tra, interrompendo-se o fluxo de
As curvas DL-EPR obtidas aparato eletrônico de medida, nitrogênio ao início da coleta de
apresentaram um formato típico porém em outro equipamento, dados (em ambas situações, as
amplamente descrito na literatu- não dotado do módulo de cor- soluções foram previamente de-
ra e foram usadas na determina- rente 2 A, não surgiram as osci- saeradas por 30 min com fluxo
ção do grau de sensitização. lações. Além disto, a retirada do constante de nitrogênio gasoso
Além dessas características, a tiocianato elimina as flutuações, anidro). Novamente, os resulta-
curva do aço sensitizado apresen- conforme mostrado na Figura dos foram iguais, descartando
ta uma oscilação de corrente 1b, o que, em princípio, reforça qualquer influência do gás nitro-
bem determinada na faixa de po- a suposição de ser, de fato, um gênio como agente capaz de criar
tencial de transição entre o pico evento, pelo menos parcialmen- alterações da resistência do ele-
da corrente de ativação e a faixa te, controlado eletroquimica- trólito e provocar flutuações de
de passivação. Tais resultados po- mente. O parâmetro investigado corrente.
dem ser vistos na Figura 1a. A que revelou ser extremamente Desde que o potencial per-
presença destas oscilações de cor- relevante para o fenômeno das maneça dentro da faixa de tran-
rente em uma faixa estreita e oscilações de corrente e para a sição ativa-passiva, as oscilações
bem definida de potencial nas própria técnica de reativação de corrente são um fenômeno
curvas do UNS S30400 consti- potenciocinética eletroquímica de longa duração. O tempo mé-
tuiu-se em comportamento não foi a presença dos íons tiocianato dio de duração das oscilações é
esperado, sobretudo pela rara (SCN-) em solução. Os ensaios de 15 h, depois do qual já não se
ocorrência na literatura para este DL-EPR realizados com solu- observam as flutuações mostra-
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Figura 2 – Cessação das oscilações de corrente após Figura 3 – Cronoamperometria em -190 mV vs


15 h de ensaio (aço UNS S30400 não sensitizado) ECS do aço UNS S30400 sensitizado

das na Figura 2. Durante este outra que surge, dentre as pri- dos picos de alta intensidade su-
tempo, as oscilações apresentam meiras, que corresponde a flu- peram as próprias densidades
padrões temporais bem nítidos e tuações rápidas (valor de pico relativas às correntes de ativação.
reprodutíveis. A duração e os pa- 60 mA/cm2 e período de 7 s), De fato, os valores máximos das
drões periódicos das oscilações claramente observáveis na Fi- flutuações superam o valor da
indicam que o comportamento gura 3. Inicialmente, os tempos densidade de corrente estacioná-
da corrente está associado a fenô- de recorrência dos picos de alta ria (Ipico estacionário ~ 75 mA/cm2 e
menos eletroquímicos que ocor- intensidade aumentam com o Ipico oscilação ~ 120 mA/cm2).
rem precisamente entre as regi- tempo de ensaio. Na Figura 5, Para avaliar a estabilidade
ões da curva de polarização onde realizada em triplicata, mostra- dessas oscilações foram acopladas
há a transição entre os potenciais se a evolução da frequência de resistências externas em série
de ativação e de passivação do recorrência. A amplitude tam- com o eletrodo de trabalho a fim
aço, cuja resistência é negativa. bém tende a aumentar até 10 % de eliminar as oscilações de cor-
Logo, a sensitização do aço não é do tempo total de ocorrência rente em todos os valores de
a causa determinante do surgi- das flutuações. Depois desta fa- resistência estudados (Figura 6).
mento das oscilações, visto que, se, a amplitude reduz-se lenta- A elevação da impedância total
em ambos os casos, elas foram mente até desaparecer comple- do sistema correspondente ao
observadas (ver Figuras 3 e 4). tamente em aproximadamente eletrodo de trabalho proporcio-
Durante as oscilações, as flu- 15 h. O valor máximo dos picos nada pelo acréscimo do resistor,
tuações apresentam-se duas é 120 mA/cm2 e, após isto, há mesmo quando os valores são
grandes componentes: uma de uma queda suave até 85 mA/cm2 pequenos, mostrou-se suficiente
alta intensidade (valor de pico quando, subitamente, as oscila- para criar uma diferença entre as
120 mA/cm2 e tempo de recor- ções cessam. Ressalta-se que as impedâncias do potenciostato e
rência de superior a 50 s) e densidades máximas de corrente do sistema metal-eletrólito-resis-

Figura 4 – Cronoamperometria em -145 mV vs Figura 5 – Evolução do período de oscilação das


ECS do aço UNS S30400 não sensitizado flutuações de grande intensidade
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Figura 6 – Efeito dos resistores externos nos DL-EPR Figura 7 – Correlação entre as resistências externas
em aço UNS S30400 sensitizado aplicadas ao eletrodo de trabalho com a declividade
(em módulo) da função E vs i na faixa de transição
ativa-passiva dos ensaios DL-EPR

tor e eliminar o fenômeno de espaço-temporais do acoplamen- descritas na literatura para este


acoplamento que instabiliza o to elétrico-eletroquímico em sistema. Nos potenciais de tran-
potenciostato. Outro efeito ob- corpos de prova em meios áci- sição ativo-passivo surgem osci-
servado na adição dos resistores dos. Destes resultados, obser- lações eletroquímicas que não
foi o aumento progressivo dos vam-se dois comportamentos, são específicas da microestrutu-
valores de potencial correspon- um é a eliminação das oscilações ra sensitizada, ocorrendo tam-
dentes às correntes de ativação (Figura 6) e o outro é a depen- bém na amostra não sensitiza-
(ia) e reativação (ir) (Figura 6), dência da declividade na transi- da. Entretanto, na condição
provocando a queda da resistên- ção ativa-passiva com a resistên- sensitizada as oscilações são es-
cia externa e tornando necessária cia externa. A correlação linear sencialmente compostas por
a aplicação de potenciais mais entre a resistência externa na duas flutuações distintas: picos
elevados para atingir a mesma faixa de 1,0 Ω a 40,0 Ω e a decli- de alta densidade de corrente
densidade de corrente. Junto vidade tem valor de 0,99877, (120 mA/cm2 e constante de
com o aumento do potencial, mostrando serem grandezas inti- tempo de 50 s) e, entre estas, os-
verificou-se também uma discre- mamente correlacionadas. Por- cilações com 60 mA/cm2 e fre-
ta redução dos valores de ia e ir à tanto, a existência da resistência quência fundamental de 2,8 mHz.
medida que os valores de resis- eletroquímica negativa no trecho No aço não submetido ao trata-
tência eram aumentados. Esta de transição ativa-passiva deses- mento de sensitização, as oscila-
redução é esperada uma vez que tabiliza o potenciostato empre- ções de menor amplitude não
o controle é de potencial e há gado e permite o surgimento das ocorrem. Quando se retira o
uma queda de potencial na resis- fortes oscilações de corrente. Ao íon tiocianato da solução, as
tência externa. Tais alterações se adicionar a resistência externa, oscilações desaparecem, mos-
podem ser creditadas ao efeito a componente real da impedân- trando haver um significativo
ôhmico no circuito. As declivi- cia global torna-se positiva, e efeito daquele no mecanismo
dades observadas na região de com isso o potenciostato empre- que dá origem às oscilações
transição ativa-passiva têm uma gado nos ensaios já não oscila. investigadas neste trabalho. Po-
correlação com os valores da rém, de modo mais significati-
resistência externa, conforme Conclusões vo, a origem das oscilações es-
mostra a Figura 7. As resistências O sistema eletroquímico tão relacionadas ao acoplamen-
externas posicionadas em série aço inoxidável austenítico sen- to da impedância interfacial
com o eletrodo de trabalho se sitizado foi estudado em solu- com a do circuito eletrônico do
somam à resistência da interface ção de ácido sulfúrico e tiocia- potenciostato. O uso de resis-
que, neste potencial, é negativa. nato de potássio, no modo típi- tências externas permite elimi-
Esta configuração de medida co daquele usado para caracteri- nar este artefato de medida que
com emprego de resistência zação microestrutural de sensi- pode ocorrer na detecção do
externa em série ao eletrodo de tização. Entretanto, o trabalho grau de sensitização de aços
trabalho foi usada por Green et foi dedicado ao estudo das flu- inoxidáveis no potencial de
al, 2010, para estudar os padrões tuações de corrente raramente transição ativo-passivo.
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Agradecimentos pagation of electrochemically controlled


Os autores agradecem à non-linear iron current oscillator, Marcos Paulo Moura de Carvalho
FAPERJ, ao CNPq e ao Acordo Chemical Engineering Science, v.55, Químico, mestre pelo IPRJ/UERJ,
INPG-UERJ pelo apoio no p.217-222, 2000. professor da ETEHL, Niterói – RJ.
desenvolvimento deste trabalho. 7 TRANA, A.-T.; HUET, F.; NGOA,
K.; ROUSSEAU, P. Artefacts in elec- Ivan Napoleão Bastos
Referências bibliográficas trochemical impedance measurement in D.Sc., Engenheiro Metalúrgico, professor
1 ASTM G 108-94. Standard test electrolytic solutions due to the reference adjunto IPRJ/UERJ. Nova Friburgo – RJ
method for electrochemical reactivation electrode, Electrochimica Acta, 2011,
(EPR) for detecting sensitization of doi: 10.1016/j.electacta.2010.12.088. Thiago José Mesquita
AISI type 304 and 304L stainless steels, 8 BASTOS, I. N.; HUET, F.; Engenheiro de Materiais, aluno de
USA 1993. NOGUEIRA, R. P.; ROSSEAU, P. doutorado INP Grenoble, engenheiro de
2 GERALDO, A.; BARCIA, O. E.; Influence of aliasing in time and fre- projeto da Ugitech, França.
MATTOS, O. R.; HUET, F.; TRI- quency electrochemical noise measure-
BOLLET, B. New results concerning ments. Journal of the Electrochemical Ricardo Pereira Nogueira
the oscillations observed for the system Society, v.147, n.2, p.671-677, 2000. D.Sc., Engenheiro metalúrgico, professor
iron-sulfuric acid. Electrochimica Acta, 9 BAYETA, E.; HUET, F.; KEDDAM, titular, INP Grenoble – França
v.44, p.455-465, 1998. M.; TAKENOUTI, H. Local electro-
3 POTKONJAK, N. I.; POTKON- chemical impedance measurement: Contatos:
JAK, T. N.; BLAGOJEVIC, S. N.; scanning vibrating electrode technique mpmcarvalho@iprj.uerj.br
DUDIC, B.; D. V. RANDJELOVIC, in ac mode, Electrochimica Acta v.44, inbastos@iprj.uerj.br
D. V. Current oscillations during the p.4117-4127, 1999. thiago-jose.mesquita@lepmi.grenoble-inp.fr
anodic dissolution of copper in trifluo- 10 GREEN, B. J.; WANG, W.; HUD- ricardo.nogueira@enseeg.inpg.fr
roacetic acid, Corrosion Science, v.52, SON, J. L. Chaos and spatiotemporal
p.1618–1624, 2010. pattern formation in electrochemical
4 HUDSON, J. L.; TSOTSIS, T. T. reactions, Forma, v.15, p.257–265,
Electrochemical reaction dynamics: a 2000.
review, Chemical Engineering Science,
v.49, p.1493-1572, 1994.
5 LOU, W.; OGURA, K. Current oscil-
lations observed on a stainless steel elec-
trode in sulfuric acid solutions with and
without chromic acid. Electrochimica
Acta, v. 40, p. 667-672, 1995.
6 BABA, R.; SHIOMI, Y.; NAKABA-
YASH, S. Spatiotemporal reaction pro-

Vem aí o Maior Evento Internacional


de Corrosão do Brasil
Pavani39:Pavani33 12/28/11 12:57 PM Page 1

Gestão de Processos & Gestão de Projetos

Como terceirizar a parte técnica do


Controle Estatístico do Processo?
A tendência das organizações bem-sucedidas é delegar as responsabilidades do profissional de CEP a
empresas especializadas e dedicar-se à interpretação dos dados fornecidos e à tomada de decisões

CEP (Controle Estatístico do Processo) é uma sigla que repre- custos trabalhistas totais destes
senta uma das metodologias mais utilizadas para melhoria e profissionais, e ainda contando
monitoramento da performance dos processos de uma organi- com muito maior especialização
zação e é largamente utilizada no Brasil desde a década de 80, quando em estatística, o que realmente
as montadoras de veículos a consideraram como uma prática obri- faz a diferença na aplicação bem
gatória para a conquista de desempenhos excelentes de seus processos sucedida do CEP. Por Orlando
industriais. A implementação desta técnica do Dr. William Edward O que não se pode tercei- Pavani Júnior
Deming tornou-se coqueluche, preponderantemente no segmento rizar é a parte relativa à inter-
automotivo, a ponto destes forçarem 100% de seus fornecedores a uti- pretação dos estudos estatísticos
lizarem esta técnica como o único meio efetivamente infalível de aper- e a decorrente tomada de deci-
feiçoar seus processos industriais a ponto de garantir a tão almejada são para ações de aperfeiçoa-
Qualidade Assegurada, ou posteriormente, Fornecimento com Zero mento dos processos estudados,
Defeito! no entanto, mesmo esta parte
Os fornecedores de componentes e serviços para o segmento auto- do processo é potencialmente
motivo logo se adaptaram designando profissionais de sua força de tra- alavancada pelas empresas espe-
balho para fazerem cursos e mais cursos sobre CEP, criando uma classe cializadas na terceirização do
de profissionais que se especializaram em implementar o CEP nas CEP uma vez que tem uma re-
organizações, cuidando de tudo que fosse considerado mandatório lação mais transparente e me-
pelas montadoras. nos submissa com as lideranças
O que se observou ao longo de todos estes anos é que, infeliz- da empresa, conduzindo pes-
mente, o CEP e sua implementação ficou delegada apenas a estes soalmente as reuniões de análise
profissionais, rotulados como Coordenadores de CEP (ou outro cargo crítica e contribuindo definiti-
com título assemelhado), de tal forma que a técnica em si ficou fada- vamente nas interpretações dos
da a ser utilizada como mero meio de atender aos auditores das mon- estudos e na sugestão de ações
tadoras (que fazem visitas periódicas para verificar se a técnica é de melhoria mais adequadas.
mesmo utilizada) garantindo assim a continuidade dos fornecimentos. Ultimamente, o assunto do
O trabalho deste profissional focou restrito a realizar treinamentos aos CEP tem retornado à ordem do
outros profissionais da empresa (treinamentos estes oportunizados de dia de diversas organizações
maneira pífia e quase que para cumprir tabela), além da mera geração através de outros nomes tais
de gráficos estatísticos, na grande maioria das vezes dotados de erros como: SEIS SIGMA, LEAN
relevantes (devido à falta de experiência na área de estatística e na apli- SIGMA etc. Este regresso, inde-
cação das diversas técnicas disponíveis). pendentemente do rótulo mo-
A tendência atual das organizações bem-sucedidas é delegar as derno com que a denominam, se
responsabilidades deste profissional a empresas especializadas em tra- deve à relevância da estatística no
tamento estatístico de dados através do CEP, terceirizando as funções processo decisório eficaz e na
eminentemente técnicas e ficando apenas com a tarefa de interpretar importância da gestão baseada
os dados fornecidos e tomar as ações de aperfeiçoamento, ações estas em evidências.
que infelizmente não acontecem quando a empresa opta em respon-
sabilizar uma única pessoa para cuidar do CEP como um todo.
A falta de especialização em estatística aplicada destes profissionais,
contratados especialmente para a implementação de CEP (ou
aproveitados internamente com treinamento externo de, no máximo,
40 horas e nada mais) e a falta de acesso amplo e irrestrito dos mes-
mos à Alta Direção são os principais responsáveis pelos erros sis-
temáticos de aplicação das técnicas relativas ao CEP, gerando falta de Adm. M.Sc. Prof. Orlando Pavani Jr.
credibilidade dos estudos estatísticos gerados e participação quase que Consultor Titulado CMC pelo
nula da Alta Direção nas reuniões de interpretação e tomada de ação. IBCO/ICMCI e Diretor da Solutty, empresa
As tarefas técnicas e táticas do CEP são perfeitamente tercei- de soluções em gestão comercial –
rizáveis, até com reduções de custos relevantes quando comparado aos pavani@gaussconsulting.com.br

C & P • Setembro/Dezembro • 2011 29


Ordine39:Cristiane 12/27/11 10:51 AM Page 1

Artigo Técnico

Estudo eletroquímico de tintas de


fundo pigmentadas com zinco
Electrochemical study of zinc-rich primers

Introdução foram confeccionados a partir ASTM B 117 (ASTM B


O desempenho anticorrosi- de chapas de aço-carbono, com 117, 1994) e um ensaio de expo-
vo de tintas de fundo pigmen- carepa de laminação intacta e sição natural conduzido de for-
tadas com zinco depende de al- de dimensões de 150 mm x 100 ma acelerada, pela pulverização
guns fatores como o teor de mm. A preparação de superfície de uma solução de NaCl 1 %,
Por Alberto Pires zinco metálico na película seca, constou de desengorduramento duas vezes por semana, sobre a
Ordine a resina e a relação CVP/CVPC das chapas, usando solventes superfície dos corpos de prova.
(concentração volumétrica de orgânicos e limpeza por meio
pigmento/concentração volu- de jateamento abrasivo, com Resultados e discussão
métrica de pigmento crítica). O granalha de aço angular (G50). Os resultados deste trabalho
objetivo deste estudo é apresen- A aplicação das tintas líqui- foram organizados segundo de-
tar uma metodologia para ava- das pigmentadas com zinco foi terminadas características das
liação do desempenho anticor- realizada por meio de pistola tintas estudadas, sendo discuti-
Fernando de rosivo de tintas de fundo ricas convencional; e das tintas em do como essas características
Loureiro Fragata em zinco, com relação aos parâ- pó, por meio de pistola eletros- influenciam o desempenho dos
metros citados e usando técni- tática, sendo a cura processada revestimentos na proteção anti-
cas convencionais e eletroquí- à temperatura de 200 ºC, corrosiva.
micas. Discutem-se as vanta- durante o período de 10 min.
gens e desvantagens de cada Em ambos os tipos de aplica- Efeito do teor de zinco
uma com base em resultados ção, as recomendações dos seus metálico na película seca
experimentais de vários estudos respectivos fabricantes foram Visando investigar o efeito
realizados no CEPEL. rigorosamente obedecidas. do teor de zinco metálico na
Entre os ensaios eletroquími- película seca sobre o desempe-
Introduction cos realizados, apresentam-se, nho de tintas pigmentadas com
The anticorrosive performance neste trabalho, medidas de po- zinco, analisaram-se, primeira-
of zinc-rich primers depends on tencial de eletrodo ao longo do mente, as tintas KZ, MCU73,
some factors, such as the metallic tempo, em condição de imersão EP.Zn e MCU85 apresentadas
zinc content on the dry film, the numa solução de cloreto de na Tabela 1, em que se variou o
kind of resin, and the relation sódio (NaCl) 3,5 %, usando um teor de zinco metálico na pelí-
PVC/CPVC (pigment volume eletrodo de referência de calo- cula seca de 46 % a 85 % e se
concentration/critical pigment melano saturado (ECS). Utiliza- manteve a mesma classe de resi-
volume concentration). The aim ram-se dois tipos de corpo de na, ou seja, uma resina orgâni-
of this work is to present a metho- prova, com área de exposição ca. A tinta com resina à base de
dology of tests to evaluate the anti- circular igual a 12 cm2. Um silicato de etila N1661 (norma-
corrosive performance of zinc-rich deles com os 100 % da área de tizada pela PETROBRAS),
primers, in relation to the mentio- exposição revestida com a tinta também indicada na Tabela 1 e
ned parameters and using tradi- pigmentada com zinco e outro na Figura 1, será discutida no
tional and electrochemical techni- em que se deixou 5 % da área próximo item.
ques. The advantages and disad- de exposição não revestida, isto Como pode ser observado,
vantages of these techniques are é, 5 % de área de aço direta- mediram-se, inicialmente, po-
discussed based on experimental mente em contato com a solu- tenciais entre –982 mV, ECS e
results of several studies carried out ção (ORDINE, 2011). –1048 mV, ECS, o que está
at CEPEL. Além dos ensaios eletroquí- coerente com valores de poten-
micos, utilizou-se o de exposi- cial de tintas pigmentadas com
Metodologia ção em câmara de névoa salina, zinco. Na Figura 1, mostram-se
Nos resultados dos estudos por um período de 60 dias, em os resultados da monitoração
realizados, os corpos de prova conformidade com a norma do potencial versus o tempo
30 C & P • Setembro/Dezembro • 2011
Ordine39:Cristiane 12/27/11 10:51 AM Page 2

TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS DAS TINTAS PIGMENTADAS COM ZINCO E POTENCIAL DE ELETRODO,


APÓS TRÊS HORAS DE IMERSÃO EM SOLUÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO (NACL) 3,5 %

Tipo Tinta Resina Teor de Znº na Potencial, após 3 h em


película seca(1) (%) NaCl 3,5% (mV, ECS)
Pó KZ Epóxi 46 –982
MCU73 Poliisocianato 73 –991
EP.Zn Epóxi-poliamida 82 –1042
Líquida
MCU85 Poliisocianato 85 –1048
N1661 Silicato de etila 75 –1050

(1) O teor de zinco metálico, no caso da tinta em pó, foi determinado pelo método de evolução de hidrogênio [NBR 6639 (3)].
Nas tintas líquidas, foi calculado a partir do teor de zinco metálico no pigmento e do teor de sólidos em massa.

dos corpos de prova, com 5 % Figura 2) apresentou o pior um desempenho superior desta
de área de aço exposta. O desempenho e, com apenas 8 em relação às demais, visto que
ensaio era encerrado tão logo se meses de exposição, revelava os valores de potencial se man-
obser vava corrosão vermelha corrosão vermelha na incisão e tiveram na região de proteção
(ferrugem) na área exposta de vários pontos de corrosão na (abaixo de – 800 mV, ECS) por
aço. Observa-se que a tinta em superfície. Assim, em todos os mais tempo, retardando o apa-
pó KZ apresentou desempenho ensaios, verificou-se a relação recimento de corrosão verme-
muito inferior ao das tintas direta do desempenho anticor- lha do aço, apesar do teor de
líquidas. Este comportamento rosivo com o teor de zinco zinco metálico na película seca
pode ser atribuído ao menor metálico na película seca, con- ser comparável ao da tinta
teor de zinco metálico na pelí- siderando-se as tintas com o MCU73, por exemplo (Tabela
cula seca da tinta KZ. Aquela mesmo tipo de resina. 1). Nos ensaios de exposição
com maior teor de zinco metá- em névoa salina e de exposição
lico na película seca, no caso, a Efeito do tipo de resina natural, este comportamento
MCU85, foi a que apresentou A tinta N1661, bastante co- também foi observado (ORDI-
melhor desempenho, seguida nhecida no mercado brasileiro e NE, 2011).
pela EP.Zn e, por sua vez, normatizada pela PETRO- Dessa forma, o seu desem-
seguida pela MCU73. BRAS, possui uma resina à base penho não pode ser explicado
No ensaio de exposição em de silicato de etila e teor míni- pelo efeito do teor de zinco
câmara de névoa salina mo de 75 % de zinco metálico metálico na película seca, mas,
(ORDINE, 2011) regis tra- na película seca. Observando sim, pelo fato da tinta N1661
ram-se os tempos de apareci- novamente a Figura 1, e consi- conter uma resina híbrida e as
mento de corrosão vermelha derando agora também a tinta características de umectação
(do substrato) na incisão dos N1661 nesta análise, verifica-se das partículas de seu pigmento
corpos de prova. A tinta KZ
apresentou o pior desempe-
nho, pois após 192 h de expo-
sição, constatou-se a presença
de corrosão vermelha na inci-
são. Quanto às tintas MCU85,
EP.Zn e MCU73, a primeira
apresentou um desempenho
superior (1440 h) ao da segun-
da (1104 h), e esta, superior ao
da terceira (840 h). O desem-
penho destes revestimentos em
laboratório também foi coe-
rente com aquele obtido no
ensaio acelerado de exposição
atmosférica, após 50 meses, Figura 1 – Medidas de potencial, em relação ao eletrodo de calomelano
como mostra a Figura 2. A saturado (ECS), ao longo do tempo, nos corpos de prova com 5 % de
tinta KZ (não incluída na área de aço exposta
C & P • Setembro/Dezembro • 2011 31
Ordine39:Cristiane 12/27/11 10:51 AM Page 3

MCU85 (50 meses) EP.Zn (50 meses) MCU73 (50 meses)

Figura 2 – Corpos de prova após 50 meses de exposição no ensaio natural acelerado.

serem inferiores às das resinas mais baixo de zinco metálico tiva e pode-se supor que o pro-
orgânicas. Com isso, tem-se na película, tinha apresentado cesso de fabricação das tintas em
uma maior área superficial de potencial de –982 mV, ECS. pó pigmentadas com zinco tem
zinco ativa e, como consequên- Com uma investigação adicio- influência bastante significativa
cia, melhores características de nal, verificou-se que, superfi- nas propriedades finais da pelí-
proteção, sob o ponto de vista cialmente, a camada de revesti- cula. Isto foi confirmado com os
galvânico. Outra explicação diz mento da tinta WZ encontra- resultados da Figura 3, em que a
respeito à massa específica da va-se bastante resistiva e, após tinta WZ, com superfície lixa-
resina etil silicato de zinco, após um lixamento da superfície, da, apresentou potencial dentro
hidrólise com a umidade do ar. que reduziu a espessura em da faixa de proteção até, aproxi-
Como esta é maior do que a das torno de 10 %, o potencial madamente, o quadragésimo
resinas orgânicas tradicionais, ficou entre –900 mV, ECS e dia e potenciais mais eletronega-
para um mesmo teor de pig- –1000 mV, ECS, ou seja, no tivos que os da tinta KZ, o que
mento, a resina de etil silicato processo de fusão da película de é coerente com o teor mais ele-
de zinco tende a deixar a pelícu- tinta, há a formação de uma vado de zinco metálico na pelí-
la com uma Concentração camada superficial muito resis- cula (63 %) na tinta WZ.
Volumétrica de Pigmento
(CVP) mais elevada, portanto
deixando uma maior área de
zinco para reagir.

Efeito da formação da
película
Na Tabela 2, mostram-se as
características de duas tintas em
pó e os respectivos valores de
potencial de eletrodo de corpos
de prova revestidos, após três
horas de imersão em solução de
NaCl 3,5 %.
No caso da tinta WZ, obser-
vou-se potencial de – 440 mV, Figura 3 – Medidas de potencial, em relação ao eletrodo de calomelano
ECS, o que não era esperado, saturado (ECS), ao longo do tempo, nos corpos de prova sem área de aço
visto que a tinta KZ, com teor exposta
32 C & P • Setembro/Dezembro • 2011
Ordine39:Cristiane 12/27/11 10:51 AM Page 4

TABELA 2 – POTENCIAL DE ELETRODO DE TINTAS EM PÓ, APÓS 3 H DE IMERSÃO EM NACL 3,5 %


Tinta Resina Teor de Znº na película seca(*) (%) Potencial(**) (mV, ECS)
KZ Epóxi 46 –982
WZ 63 –440

(*) Determinado pelo método de evolução de hidrogênio [NBR 6639 (3)]. (**) Em relação ao eletrodo de calomelano saturado.

Efeito de outros parâmetros obtenção de respostas em curto Engenharia Metalúrgica e de Materiais da


Outros parâmetros também período de tempo. COPPE/UFRJ. Pesquisador da área de
são importantes no desempe- O desempenho anticorrosi- corrosão da Eletrobrás-CEPEL desde 2006.
nho eletroquímico e de prote- vo das tintas ricas em zinco Possui aproximadamente 40 trabalhos
ção anticorrosiva de tintas de depende de vários fatores, tais publicados, incluindo as áreas de corrosão e
fundo pigmentadas com zinco, como, o teor de zinco metálico eletroquímica.
podendo-se citar ainda a rela- na película seca; o tipo de resi-
ção entre a concentração volu- na utilizada; a relação CVP/ Fernando de Loureiro Fragata
métrica de pigmento (CVP) e a CVPC; a espessura da camada e Graduado em engenharia química pela
concentração volumétrica de a granulometria do pó de zinco. Universidade Federal Rural do Rio de
pigmento crítica (CVPC); a Janeiro – UFRRJ (1976). Pesquisador da
granulometria das partículas do Referências bibliográficas área de corrosão da Eletrobrás-CEPEL desde
pó de zinco; e a espessura da pelí- 1. ORDINE, A. P.; FRAGATA, F. L. 1979. Inspetor de revestimentos (NACE-
cula seca (ORDINE, 2011). Os “Técnicas eletroquímicas e convencio- USA), curso concluído em 1992. Instrutor
resultados mostraram que, para nais para avaliação do desempenho à do curso de inspetores de pintura no âmbito
um mesmo teor de zinco metá- corrosão de tintas de fundo ricas em do convênio ABRACO/PETROBRAS, desde
lico na película seca, o aumento zinco”. Porto de Galinhas. 11a 1987. Co-autor do livro “Proteção
na relação CVP/CVPC, por COTEQ – Conferência sobre Tec- Anticorrosiva de Metais na Atmosfera da
meio da adição de cargas mine- nologia de Equipamentos, 2011. Iberoamérica”. Possui mais de 120 trabalhos
rais, melhorou o desempenho 2. ASTM B 117: 1994. “Standard publicados na área de revestimentos
da película (FRAGATA, 1991). Practice for Operating Salt Spray (Fog) anticorrosivos.
Isto, porém, não pode ser feito Apparatus”, ASTM International,
de forma indiscriminada, pois West Conshohocken, USA (1994). Contato com os autores:
corre-se o risco de afetar as pro- 3. NBR 6639: 1985. “Pó de zinco – ordine@cepel.br
priedades físicas da película. Determinação dos componentes”,
Um aumento da relação CVP/ ABNT, São Paulo, Brasil (1985).
CVPC também ocorreu quan- 4. FRAGATA, F. L.; MUSSOI, C. R.
do se utilizou uma tinta com pó S.; MARGARIT, I. C. P.; MOULIN,
de zinco de menor granulome- C.; MATTOS, O. R. “Influência de
tria, aprimorando-se a proteção Cargas no Desempenho Anticorrosivo
galvânica da camada (FRAGA- de Tintas Ricas em Zinco à Base de
TA, 1987). Silicato de Etila”. 16º Congresso
Brasileiro de Corrosão, 1991.
Conclusões 5. FRAGATA, F. L.; SEBRÃO, M. Z.;
A técnica eletroquímica de SERRA, E. T. “Influência da
medição de potencial ao longo Granulometria e do Teor de Zinco
do tempo, em especial, é uma Metálico no Desempenho das Tintas
ferramenta importante nos estu- Ricas em Zinco”. Corrosão e Pro-
dos das tintas de fundo pigmen- tecção de Materiais, v. 5, p. 12-22,
tadas com zinco e os resultados 1987.
obtidos apresentaram coerência
com os tradicionais de exposição
em câmara de névoa salina e ao Alberto Pires Ordine
intemperismo natural. É uma Graduado em engenharia química pela
técnica de fácil execução, com Universidade Federal do Rio de Janeiro –
equipamentos de custo relativa- UFRJ (1997), com mestrado e doutorado
mente baixo, e que permite a na área de corrosão pelo Programa de

C & P • Setembro/Dezembro • 2011 33


Opinião39:Opinião35 12/27/11 10:57 AM Page 1

Opinião

Fernando Laudino

O desafio da conversão no meio digital


Como em qualquer empresa, no mundo digital é fundamental ter muito claro
quanto se pode investir e qual o público que se pretende atingir

s números crescentes de disso, algumas servem melhor para um segmento do que para outro.
vendas no comércio eletrô- Conheça os tipos de plataforma disponíveis no mercado:
nico aumentam considera- Pronta – Apesar de possuir poucas opções de personalização e um
velmente as expectativas de novos plano mensal de pageviews, é ideal para iniciantes e pequenas e médias
empresários para esse mercado, empresas, pois possui baixo custo por se tratar de um servidor compar-
mas para conquistar a tão falada tilhado, além de atualizações automáticas. Muita atenção na adesão a
conversão no meio digital é pre- este serviço. É importante calcular um número aproximado de visitas
ciso ter conhecimento e se dedi- que o site terá para contratar o plano, caso contrário, o custo poderá ser
car de forma integral para esta muito maior do que o previsto.
nova função. Personalizada – Apesar da implementação demorada e um alto
Investir em uma loja virtual é custo inicial e mensal a plataforma atende qualquer tipo de necessida-
tão trabalhoso quanto montar de e alto nível de personalização, atualização sobre demanda e servidor
uma loja física. Em alguns casos, semidedicado ou dedicado.
o investimento no mundo digital Open Source – É uma plataforma gratuita com código aberto (qual-
é também similar ao demandado quer programador pode alterar). Possui um tempo maior de imple-
no offline. E, assim, como qual- mentação (necessita um programador experiente ou empresa consoli-
quer empresa, é fundamental ter dada no mercado), o que o torna altamente personalizável.
muito claro quanto se pode in- Cada plataforma de e-commerce tem suas peculiaridades, seja na
vestir e qual público pretende navegabilidade do painel de controle seja nas funções que oferecem.
atingir. É ilusório pensar que Porém, algumas funcionalidades como cadastro de produtos, acompa-
com pouco ou quase nenhum nhamento de pedidos, busca de produtos, cálculo de frete automático,
investimento é possível montar relatórios, controle de estoque, integração com gateway de pagamento,
um e-commerce. Outro mito é não podem faltar.
que muitas pessoas acham que Com o site no ar, produtos e público alvo definidos, é hora de
com noções básicas de programa- desenvolver um trabalho contínuo, que engloba desde o aperfeiçoa-
ção conseguirão montar a sua mento frequente do design e dos textos, até o monitoramento de cam-
loja virtual, colocar produtos a panhas e estratégias de marketing.
venda e alcançar retorno. Investir em Selos de Confiança e Certificados de Segurança, telefo-
Com o público alvo e o pro- nes e Chat, aperfeiçoar as fotos, entender as reais necessidades do con-
duto definido, é necessário esta- sumidor, são alguns dos fatores fundamentais para um e-commerce de
belecer a filosofia da empresa, sucesso. Além disso, os vídeos são uma forte tendência nas lojas virtuais
desenhar uma estratégia de co- e precisam ser explorados.
municação, conhecer as platafor- Caso a empresa tenha uma loja offline, colocar o telefone e o ende-
mas existentes, escolher a agência reço traz mais credibilidade para seu comércio virtual. Informações ver-
de comunicação que irá auxiliar dadeiras em “Quem Somos” e a divulgação clara e objetiva da política
neste trabalho, desenvolver estra- de troca e das formas de pagamento criarão uma relação transparente
tégias de marketing digital e estar com seus consumidores e um número maior de interessados em seus
preparado para ações contínuas produtos. Explore os produtos, crie banners para cada categoria, desen-
de aperfeiçoamento e fidelização. volva ações de alto impacto e invista sempre em conhecimento.
Na hora de definir a platafor-
ma, é fundamental saber quanto Fernando Laudino
se pode investir. Existem plata- Diretor de Negócios da Internet Innovation
formas para todos os bolsos, além Contato: www.internetinnovation.com.br

34 C & P • Setembro/Dezembro • 2011


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ALCLARE REVEST. E PINTURAS LTDA. HITA COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA. QUÍMICA INDUSTRIAL UNIÃO LTDA.
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API SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM DUTOS LTDA. IEC INSTALAÇÕES E ENGª DE CORROSÃO LTDA. RENNER HERMANN S/A
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BERNARDI LTDA. INSPEC NORPROJET INSP., CONSULT. E PROJ. LTDA. RESINAR MATERIAIS COMPOSTOS
joseroberto@pinturasbernardi.com.br www.inspec.com.br www.resinar.com.br
BLASPINT MANUTENÇÃO INDUSTRIAL LTDA. INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE REVESTIMENTOS E PINTURAS BERNARDI LTDA.
www.blaspint.com.br www.mackenzie.com.br bernardi@pinturasbernardi.com.br
B BOSCH GALVANIZAÇÃO DO BRASIL LTDA. INT – INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA ROXAR DO BRASIL LTDA.
www.bbosch.com.br www.int.gov.br www.roxar.com
CEPEL - CENTRO PESQ. ENERGIA ELÉTRICA ITAGUAÍ CONSTRUÇÕES NAVAIS – ICN RUST ENGENHARIA LTDA.
www.cepel.br qualidade@icnavais.com www.rust.com.br
CIA. METROPOLITANO S. PAULO - METRÔ JOTUN BRASIL IMP. EXP. E IND. DE TINTAS LTDA. SACOR SIDEROTÉCNICA S/A
www.metro.sp.gov.br www.jotun.com www.sacor.com.br
CIKEL LOGISTICA E SERVIÇOS LTDA. JPI REVESTIMENTOS ANTICORROSIVOS SERPRO IND. DE PROD. QUÍMICOS LTDA.
www.cikel.com.br www.polyspray.com.br www.serproquimica.com.br
COMÉRCIO E INDÚSTRIA REFIATE LTDA. MANGELS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. SHERWIN WILLIAMS DO BRASIL - DIV. SUMARÉ
www.vpci.com.br www.mangels.com.br www.sherwinwilliams.com.br
CONFAB TUBOS S/A MAX PINTURAS E REVESTIMENTOS LTDA. SOFT METAIS LTDA.
www.confab.com.br www.maxpinturas.com.br www.softmetais.com.br
C & Q CONSULTORIA E TREINAMENTO MORKEN BRA. COM. E SERV. DE DUTOS E INST. LTDA. SURTEC DO BRASIL LTDA.
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D. F. OYARZABAL MTT ASELCO AUTOMAÇÃO LTDA. TBG - TRANSP. BRAS. GASODUTO BOLIVIA-BRASIL
oyarza@hotmail.com www.aselco.com.br www.tbg.com.br
DETEN QUÍMICA S/A MULTIALLOY METAIS E LIGAS ESPECIAIS LTDA. TECNOFINK LTDA.
www.deten.com.br www.multialloy.com.br www.tecnofink.com
DOERKEN DO BRASIL ANTI-CORROSIVOS LTDA. MUSTANG PLURON QUÍMICA LTDA. TECNO QUÍMICA S/A.
www.doerken-mks.de www.mustangpluron.com www.reflex.com.br
DUPONT DO BRASIL S/A NALCO BRASIL LTDA. TINÔCO ANTICORROSÃO LTDA.
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www.eletronuclear.gov.br www.novacoating.com.br www.unicontrol.ind.br
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www.engedutoengenharia.com.br www.perfortex.com.br www.utc.com.br
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