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Introdução ....................................................................................................................................... 1
Metodologia ...................................................................................Error! Bookmark not defined.
Objectivos ....................................................................................................................................... 4
Objectivo geral ...........................................................................Error! Bookmark not defined.
Objectivo específico ...................................................................Error! Bookmark not defined.
Sintomas da desnutrição ................................................................................................................. 5
Causas Desnutrição em crianças menores de 5 anos de idade ........................................................ 5
Causas da Insegurança Alimentar e Nutricional ......................................................................... 8
Causas Imediatas da Insegurança alimentar ............................................................................ 8
Causas Adjacentes da Insegurança alimentar .......................................................................... 8
Classificação do estado nutricional ......................................................................................... 8
Legislação ....................................................................................................................................... 9
Programas de combate de desnutrição em Moçambique .............................................................. 10
Medidas de mitigação ................................................................................................................... 11
Conclusão...................................................................................................................................... 12
Referências .................................................................................................................................... 13
Introdução
A desnutrição pode ser definida como uma condição clinica decorrente de uma deficiência ou
excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais. A desnutrição pode apresentar
carácter primário ou secundário, dependendo da causa que a promoveu. Entende-se por causa
primária a pessoa que come pouco ou “mal” ou seja, tem uma alimentação quantitativa ou
qualitativamente insuficiente em calorias e nutrientes. As causas secundárias estão presentes
quando a ingestão de alimentos não é suficiente porque as necessidades energéticas aumentam
ou por qualquer outro factor não relacionado directamente ao alimento.
A desnutrição igualmente envolve as circunstâncias onde a dieta contem o balanço directo dos
nutrientes. Isto pode significar uma elevação da dieta em calorias mas deficiente nas vitaminas e
nos minerais. Este segundo grupo de indivíduos pode ser por excesso de peso ou obeso mas é
considerado ainda subnutrido. De acordo com a organização mundial de saúde, diz que, em 2015
a predominância da desnutrição no mundo inteiro foi cerca 17,6% e o grande número de
população subnutrido são dos países em vias de desenvolvimento em Asiado sul e em Africa
subsariana (Bezerra, 2017).
A desnutrição ocorre de varias formas, podendo assim ser de variados tipos: desnutrição cronica,
desnutrição aguda e por défice de micronutrientes. Em Moçambique a desnutrição cronica é que
tem ganhado maior destaque, e tem sido um dos grandes factores de risco ao desenvolvimento
saudável da população e tem constituído preocupação por parte dos órgãos governamentais.
Em Moçambique, cerca de 45% das mortes de crianças menores de cinco anos estão associadas a
desnutrição. De acordo com Amaro (2019), o combate contra a desnutrição cronica em
Moçambique, principalmente em crianças menores de cinco anos, esta a se revelar numa batalha
quase perdida e que o governo reconhece que as estratégias traçadas estão a falhar. Consta que o
plano inicial do governo era de reduzir o índice de desnutrição cronica em crianças de cerca de
45% em 2008, para ate 30% em 2015, porem, a meta não foi alcançada, pois ate 2016, a taxa
fixara-se nos 43%. O governo moçambicano dentro deste contexto procura medidas de
mitigação, para que os efeitos disso não tragam males piores, principalmente nas regiões centro e
norte do pais, onde o índice dos petizes malnutridos tente a disparar a cada ano.
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Em Moçambique a taxa do aleitamento é estimada em 43%. Varias pesquisas desenvolvidas
sobre a matéria revela que o coeficiente de inteligência numa criança bem alimentada com o leite
materno é maior. Ou seja, essa criança terá maior capacidade de absorver os conhecimentos
durante a sua formação e, por conseguinte, será um técnico que melhor contribuirá para o
desenvolvimento económico dos países. Nesse sentido a Global Breastfeeding Colletive, defende
que Moçambique deve optar por maximizar as suas estratégias de aleitamento materno para
recuperar as perdas milionárias provocadas pela desnutrição cronica e como forma de mitigação
(Ismael, 2013).
Este trabalho teve como objectivo, abordar assuntos relacionados a desnutrição, com maior
enfase no contexto Moçambicano, consequentemente falar do índice de desnutrição e seu
impacto em crianças menores de 5 anos de idade, os planos traçados pelo governo frente a esse
problema, as medidas de mitigação para reduzir os efeitos desse mal.
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Objectivos
Objectivo geral
Falar da desnutrição;
Objectivo específico
Demostrar os aspectos relacionados a desnutrição em crianças menores de 5 anos de
idade;
Expor as causas, os parâmetros da Legislação e Programas de combate em Moçambique;
Ilustrar os factores que contribuem no contexto moçambicano;
Conhecer as medidas para mitigação;
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Metodologia
Para a realização do presente trabalho recorreu-se a pesquisas, consultas de artigos científicos,
manuais bibliográfico, revistas científicas e algumas obras literárias.
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A desnutrição pode ser definida como uma condição clinica decorrente de uma deficiência,
relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais. Esta pode ser de vários tipos e
apresenta vários sintomas se destacando alguns abaixo citados:
Sintomas da desnutrição
Os sintomas mais comuns da desnutrição é a perda de peso. Pode haver outros sintomas como a
fadiga, falta de energia, falta da forca, dispneia, anemia, mudanças da pele, cabelo e prega etc. E
as crianças com a desnutrição mostram adicionalmente a irritabilidade, a incapacidade de
concentrar-se, a falha na altura prevista, o crescimento limitado (Amaro et al., 2018).
A nível imediato, a desnutrição pode ser causada tanto pela inadequada ingestão de alimentos,
como também pelo aparecimento de infecções (por exemplo: diarréia, malária, HIV). A nível
subjacente, a ingestão de alimentos e exposição a doenças são afectados pela insegurança
alimentar (falta de disponibilidade, acesso a, e/ou utilização de uma dieta diversa); práticas
inadequadas de cuidados maternos e infantis e de alimentação; falta de higiene, bem como de
saneamento ambiental, e falta de acesso a serviços de saúde e/ou serviços de saúde inadequados.
As causas básicas englobam as estruturas e processos sociais que negligenciam os direitos
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humanos e perpetuam a pobreza, limitam ou negam acesso a populações vulneráveis a recursos
essenciais. Factores sociais, econômicos e políticos podem ter uma influência de longo prazo
sobre a subnutrição materna e infantil. Além disso, desnutrição crônica pode levar à pobreza,
criando um ciclo vicioso, podendo ter consequências a curto prazo, em que neste, a subnutrição
aumenta o risco de mortalidade e morbidade, e, a longo prazo, aumenta o risco de resultados
insatisfatórios da gravidez (incluindo recém-nascidos pequenos para a idade gestacional), baixa
cognição que resulta em baixo desempenho escolar, e baixa produtividade e ganho económico, e
risco de sobrepeso e doenças não transmissíveis, como hipertensão e doenças cardiovasculares.
Estas causas e consequências são esquematizadas no diagrama abaixo:
Para além das causas de desnutrição de um modo geral, existem as especificas, em que as
principais causas imediatas da desnutrição crónica, identificadas no PAMRDC (2010), são:
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amamentados e perto de 15% das crianças de 6-24 meses receberam uma alimentação
adequada (4 grupos de alimentos e frequência de refeições).
Gravidez precoce – 41% das raparigas de 15-19 anos de idade são casadas, vivem em
união marital ou já o foram; e perto de 22% teve o seu primeiro contacto sexual aos 15
anos; e 29% já tem um filho.
Pobreza e práticas inadequadas em relação aos cuidados das meninas adolescentes, mães
e crianças.
As causas básicas da desnutrição crónica, para além da pobreza, incluem o baixo nível de
educação e a desigualdade do género (este último responsável pelos casamentos e gravidezes
precoces). A desnutrição é um fenómeno relacionado a insegurança alimentar, sendo importante
enfatizar assuntos relacionados a insegurança alimentar e nutricional, que de alguma forma ditam
o estado nutricional do individuo. De acordo com Bezerra (2017), a segurança alimentar e
nutricional é definida como a realização do direito de todos os cidadãos ao acesso a alimentos de
maneira regular e saudável, de modo que a garantia desse direito não afete as demais
necessidades essenciais, respeitando a diversidade cultural e que seja sustentável do ponto de
vista ambiental, económico e social.
Mas nem sempre se verifica esse direito devido a várias causam abaixo alistadas.
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Causas da Insegurança Alimentar e Nutricional
As causas da insegurança alimentar podem ser imediatas, adjacentes e básicas. Neste trabalho,
foram destacadas as causas imediatas e adjacentes.
Baixa disponibilidade e acesso aos serviços de saúde – devido a baixa cobertura dos
serviços de saúde;
a) Malnutrição por excesso (obesidade) – é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC),
que se calcula através do peso da pessoa dividido pela altura ao quadrado; quando o resultado é
igual ou superior a 25 diz-se que a pessoa tem sobrepeso e quando é igual ou superior a 30 diz-se
que a pessoa é obesa.
b) Malnutrição por défice, existem diferentes indicadores de desnutrição, que a seguir descritos.
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Desnutrição Crónica (Altura/idade): A desnutrição crónica é definida como baixa
estatura para a idade (crianças baixinhas); A baixa estatura para a idade desenvolve-se no
período entre a concepção e os dois anos, e dificilmente é recuperada depois desse
período. Assim, a desnutrição crónica, é causada pela desnutrição tanto da mãe antes e
durante a gravidez, e na lactação, bem como da criança durante os primeiros dois anos de
vida. Esta falha precoce de crescimento aumenta a mortalidade na primeira infância e
diminui a função cognitiva, mental e motora da pessoa, reduzindo o rendimento escolar e
produtividade da pessoa. Alguns autores estimaram que, em Moçambique, as perdas de
produtividade por desnutrição crónica são da ordem de 2-3% do Produto Interno Bruto.
A desnutrição crónica pode ser eliminada em crianças menores de dois anos de idade; ela
não tem origem genética, e crianças de todas raças têm o mesmo potencial para crescer.
Desnutrição Aguda (Peso/Altura): definida como baixo peso para a altura (criança magra
para a altura; magrinha). A desnutrição aguda pode aparecer em qualquer época da vida
como resultado duma redução de consumo ou associado a infecções. Pode ser recuperada
facilmente, através de boas práticas alimentares e cuidados de saúde adequados.
Normalmente a desnutrição aguda ocorre em situações de emergência ou de insegurança
alimentar; no caso das crianças é normal acontecer quando estas passam do aleitamento
materno para a alimentação complementar. Este indicador é recomendado em avaliações
de programas de intervenção, por ser sensível as mudanças do estado nutricional do
menor.
Legislação
Decreto n°. 9/2016 de abril. Diz que havendo necessidade de regulamentar a fortificação de
alimentos processados, com micronutrientes a nível industrial, bem como estabelecer regras
relativas a importação de micronutrientes, produção e comercialização de alimentos fortificados,
(…) da constituição da Republica, o conselho de ministro decreta:
Artigo 2
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Artigo 3
a) Farinha de trigo
b) Óleo alimentar
c) Farinha de milho
d) Açúcar
e) Sal
Artigo 4
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Este Plano de Acção Multissectorial para Redução da Desnutrição Crônica (PAMRDC), está
incluída no sector da saúde da Mulher e da criança ao mesmo tempo que a Segurança Alimentar
e Nutricional é considerada “Assunto Transversal”. Baseia-se em campanhas de fortalecimento
alimentar.
E ainda por silva, em Moçambique, os dados do último Estudo Demográfico de Saúde (IDS,
2011) revelam que 43% das crianças menores de 5 anos de idade sofrem de desnutrição crónica,
o mesmo que dizer que são baixa para a idade que tem; e que 6% sofrem de desnutrição aguda. A
baixa altura para a idade desenvolve-se no período entre a concepção e os dois anos de vida, e
pode não ser recuperada depois desse período. A desnutrição crónica aumenta a taxa de
mortalidade na primeira infância e diminui a função cognitiva dessas crianças.
Medidas de mitigação
Em Moçambique a taxa do aleitamento é estimada em 43%. Varias pesquisas desenvolvidas
sobre a matéria revela que o coeficiente de inteligência numa criança bem alimentada com o leite
materno é maior. Ou seja, essa criança terá maior capacidade de absorver os conhecimentos
durante a sua formação e, por conseguinte, será um técnico que melhor contribuirá para o
desenvolvimento económico dos países. Nesse sentido a Global Breastfeeding Colletive, defende
que Moçambique deve optar por maximizar as suas estratégias de aleitamento materno para
recuperar as perdas milionárias provocadas pela desnutrição cronica e como forma de mitigação
(Ismael, 2013). Esta é uma das medidas de mitigação mais eficientes pois, a desnutrição crónica
verifica-se mais neste período, desde a concepção.
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Conclusão
Contudo verifica-se que a desnutrição é uma realidade no mundo e no contexto de Moçambique.
Esta deve-se maioritariamente a factores económicos, pois tem um grande impacto nos países em
via de desenvolvimento, sendo o caso de Moçambique. A desnutrição que mais se destaca em
Moçambique é a cronica, com um maior índice em crianças menores de 5 anos de idade, nesse
sentido o pais tem providenciado esforços, realizando planos de mitigação desse mal com base
nos pressupostos estabelecidos pela legislação em combate a desnutrição para se alcançar uma
sociedade saudável.
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Referências
Amaro, M. Magunjo, K. Manjama, M. e Maringue L. (2018). Manual de tratamento e
reabilitação nutricional. Moçambique. Pp. 35-69.
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