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Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Letras Vernáculas – DLEV


Profª. Drª Maria Emília Barreto Barros
Análise do Discurso I (Valor: 1,0)

Abaixo, você pode ler um poema de Brecht1. Após a leitura, proceda à análise discursiva. Tente
responder as seguintes perguntas norteadoras das análises:

1. Observe em quais condições de produção2 o poema foi elaborado.


2. De que lugares (FDs) os sujeitos (locutor enquanto tal, locutor enquanto pessoa no mundo, enunciadores)
do poema enunciam?
3. Qual a imagem do sujeito trabalhador, no poema? Quem é o trabalhador que lê? O que significa leitura nesse
sentido?
4. Observe a relação entre o sujeito e os lugares onde foram realizados os grandes feitos. Nesse sentido, qual
o processo de subjetivação?
5. Quais discursos, quais ideologias atravessam o poema? Qual a relação entre tais discursos, ideologias e o
interdiscurso? Nesse contexto, por quais possíveis (re)significações esses discursos passam quando
colocados no eixo intradiscursivo?
6. Consoante Gregolin (2016, p. 02)3, para Foucault, o objetivo da história é estabelecer uma nova relação com
o passado, com a memória. Tal retorno, por sua vez, deve propiciar uma compreensão do presente, a fim de
se fazer uma crítica do presente. A História é, pois, o lugar do acontecimento: “[...] voltar à História não
significa olhar o passado como fonte do presente (sua origem embrionária) mas como lugar do
acontecimento, da emergência de enunciados que, em sua singularidade, exibem as lutas entre forças em
conflito, as redes de contingências que os fizeram aparecer em certo momento histórico”. Relacione o
argumento de Foucault, consoante Gregolin (2016), ao poema em análise. Nesse sentido, quais críticas são
realizadas à história, ao presente?

Perguntas de um Trabalhador que lê

Quem construiu a Tebas de sete portas? Na noite em que o mar a tragou.


Nos livros estão nomes de reis. O jovem Alexandre conquistou a Índia
Arrastaram eles os blocos de pedra? Sozinho?
E a Babilônia - várias vezes destruída - César bateu os gauleses.
Quem a reconstruiu tantas vezes? Não levava sequer um cozinheiro?
Em que casas da Lima dourada moravam os Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada
construtores? Naufragou. Ninguém mais chorou?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Muralha da China ficou pronta? Quem venceu além dele?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Cada página uma vitória.
Quem os ergueu? Quem cozinhava o banquete?
Sobre quem triunfaram os Césares? A cada dez anos um grande homem.
A decantada Bizâncio Quem pagava a conta?
Tinha somente palácios para seus habitantes? Tantas histórias.
Mesmo na lendária Atlântida. Tantas questões.
Os que se afogavam gritaram por seus escravos

1
BRECHT, B. Poemas 1913 – 1956. 2a ed. São Paulo: Brasiliense. 1986. p. 16
2 Condições de produção
 sujeitos e a situação;
 Memória discursiva;
 circunstâncias da enunciação: contexto imediato;
 contexto histórico, ideológico;
 a história, a produção de acontecimentos que significam na maneira como as materialidades estão relacionadas ao
mundo e à cultura.
3
GREGOLIN, M. do R. V. Discurso, história e a produção de identidades na mídia, 2016. Disponível em:
http://geadaararaquara.blogspot.com.br/2016/04/discurso-historia-e-producao-de.html (Acessado em 09/7/2017, às
02h04min).

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