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1. Primeiras Noções
Bens de Vida: se destina a sua utilização pelo ser humano de modo a suprir-lhe
suas necessidades.
Interesse: posição favorável do ser humano em relação a um determinado bem
da vida.
Objeto do Interesse: Bem da Vida
Sujeito do Interesse: Ser Humano
O interesse é variável conforme as necessidade humanas pelos bens da
vida em determinado contexto histórico.
Classificações:
Quanto a posição favorável do ser humano:
Positivo: Quando o ser humano adota uma posição favorável em
relação ao bem da vida. Ser humano atraído pelo bem da vida.
Negativo: quando o ser humano não tem uma posição favorável
em relação ao bem da vida, chegando a repelir esse bem.
Neutro (Indiferente): embora o ser humano não tenha uma
posição a princípio favorável sobre o bem da vida, também não o
repele.
Quanto a Amplitude (alcance) do interesse:
Individual: quando o interesse é aferido a partir de um único
indivíduo. Aferido a partir da posição favorável de um único
indivíduo em relação ao bem da vida.
Coletivo: quando a posição favorável do ser humano é aferida a
partir de um grupo determinado de pessoas.
Difuso: quando a posição favorável do ser humano em relação a
determinado bem da vida é aferida a partir de um número
indeterminado (indefinido) de pessoas.
Violência: conflito resolvido pelo uso da força. Uma forma espontânea de Formatted: Justified
composição de conflitos em que se há a aplicação do uso da força.
Não violência:
Solução Moral: repousa no equilíbrio do espírito dos conflitantes.
O conflito é resolvido de acordo dos conflitantes acerca do que está
certo e do que está errado
Solução contratual: Reside na seguinte circunstância: os dois
conflitantes se temem de forma mutua.
Chega-se a um consenso. Há um ajuste entre os interesses dos
conflitantes.
Solução Arbitral: Temor reciproco entre os conflitantes. Faz com
que ambos os conflitantes escolham um terceiro para arbitrar o
conflito.
Nenhuma delas resolve definitivamente o conflito.
PROCESSO
Egito Antigo: Todo o poder estava com o Faraó. Era ao mesmo tempo Formatted: Font: Bold
Deus e ao mesmo tempo exercia o poder político terreno temporal. A
palavra dele não se questionava.
- Farao não se limitava a julgar litígios e começa a delegar essa atividade
para sacerdotes, e depois para escribas.
- No processo penal egípcio ???
- Suprema Corte Egípcia: (30 membros) Tebas. Corte escolhida pela Formatted: Font: Bold
cidade de Menphis, Tebas e Heliopólis.
Atividade Política.
Israel: (sobretudo após a saída do povo judeu escravizado do Egito liderados por Formatted: Font: Bold
Moises)
- Convive no terreno da resolução de conflitos o poder terreno e o espiritual.
- Regresso ao entendimento de que a atividade de julgar era uma atividade Formatted: Justified
tanto política, quanto divina.
- Conflitos resolvidos de acordo com a vontade de Deus. Formatted: Font: Bold
- Consequências:
1) Surgimento de regras de cunho espiritual e ao mesmo tempo terreno para
regular o cotidiano das pessoas.
2) Juízes são sacerdotes. Juízes que vão resolver os conflitos com um pé no
divino e outro no terreno.
- Moises- foi criado no Egito e conviveu com o sistema egípcio.
Tinha o monopólio de conversar com Deus- Estava apto a exercer o poder divino
e o terreno.
Traz sua experiência burocrática administrativa egípcia.
-Cria uma espécie de Tribunal- Conselho dos 70 ou Sinedrio/ Sun redrin
“A atividade de julgar não deve ficar nos braços de uma única pessoa.”
- Mensagem passada no Livro dos Números.
Ou seja, já existia excesso de conflito e o Conselho retirava um pouco do líder
religioso e terreno o peso de julgar.
- 10 mandamentos.
Pércia;(atual Irã)
-Primeiramente o processo tinha cunho eminentemente terreno.
Posteriormente inflencia do zoroastrismo e o processo sofre interferência de
Zoroastro e sacerdotes designados pelo rei julgam.
-Ciro apaixonado por Sther liberta o povo israelita e se converte ao Deus de israel.
-Processo passa a sofre influência religiosa. A atividade de julgar como uma
atividade política e divina.
Grego:
- A Grécia contemplava sobretudo estudos pertinentes ao direito público, dava
pouco valor aos direitos individuais, mesmo na democracia ateniense.
- As pessoas eram vistas como um instrumentos em prol do Estado e para o
Estado.
- Maior relevância para o direito público. (se presume pelas obras de Aristóteles
e Platão)
- não se conhece o direito grego como o romano- incendi em Alexandria
- Na Grécia antiga nós identificamos a existência e criação de tribunais. O mais
importante deles: O tribunal dos Eliastas ou Assembleia do Povo.
- Se comprometiam a cumprir a Constituição e leis, nção decretar a abolição
das dívidas e a reforma agrária.
-Estrutura e julgamento ??/
Para o Ítalo:
Sempre você vai ter uma religião admitida como a do Estado (religião oficial), por
que é ela quem legitima a própria atividade política.
- Período que vai da fundação de Romana (por volta do ano 774 a.C) até a edição
da chamada Lei Aebutia (por volta do ano 149 a.C).
- Tudo deveria estar embasado na lei.
- A ação deveria encontrar previsão na lei.
- Ação Lei (Legis Actiones)
- Procedimento inteiramente oral e extremamente formalista com solenidades
rigorosas que deveriam ser observadas.
- Obrigatório o comparecimento das partes perante o pretor.
- Autor estava autorizado a usar da força para levar o réu perante o pretor.
- As partes deveriam preferencialmente estar acompanhados de parente e amigos
perante o magistrado pois o procedimento era inteiramente oral então precisava
de testemunhas. (não obrigatório)
Procedimento
In iudicium
Lex julia:
-Amplia o procedimento Per Formulas para todas as demandas no
interior do território romano
-Extinguiram o procedimento da Legis Actiones para aplicar somente as per
formulas. Independentemente da nacionalidade, seria portanto o mesmo
processo.
- Lei x Formula
- Formulas agiam como precedentes.
- Eram constantemente adaptadas.
- Caso não houvesse uma formula correspondente, mas que houvesse uma
formula semelhante que poderia ser editado.
-As primeiras formulas foram criadas a partir da legis actiones.
- in indicium:
- Formula era entregue ao Iudex ou Arbiter que julgava a partir da formula. A
formula limitava a atuação do Iudex ou Arbitrer.
- A fórmula servia de base para que houvesse a produção de prova, debates orais
e sentenças
- A presença do Estado Romano estava na figura do Pretor.
- in indicium iudex ou arbiter Prova, debates orais e Sentença.
- Primeira característica:
Procedimento permanentemente oral, pois somente a formula era escrita.
- Segunda característica:
Procedimento se dividia em duas partes. In iure, seria para comprovar a actio
(ação), que quando reconhecida a presença da formula estabelecia a
litiscontestatio e constava a nomeação do iudex ou arbiter que iria exercer a
jurisdição na fase seguinte in indicium. Na fase indicium o iudex ou arbiter
haveria de colher a prova, presidir os debates orais e proferir a sentença.
- Terceira Característica:
In iure, seria para comprovar a actio (ação), que quando reconhecida a presença
da formula estabelecia a litiscontestatio e constava a nomeação do iudex ou arbiter
que iria exercer a jurisdição na fase seguinte in indicium. Na fase indicium o iudex
ou arbiter haveria de colher a prova, presidir os debates orais e proferir a sentença
- Quarta Característica:
Reconhecida a presença da Actio, estabelecia-se a listiscontestatio com o mesmo
significado do período anterior
- Quinta Característica:
Comparecimento obrigatório das partes, que todavia podiam ser orientadas por
juristas e assistidas por procuradores.
Cooperação juristas e procuradores na produção das fórmulas.
- Sexta Característica:
Os atos processuais transcorriam com audiência e contrariedade reciproca entre
as partes.
- Origem do princípio do contraditório.
- Sétima característica:
O ônus da prova é daquele que alega o fato. Quem alega um determinado fato é
quem deve provar um determinado fato.
- Oitava característica:
O juiz apreciava livremente a prova produzida e com base nela formava a sua
convicção.
- Princípio da livre convicção do juiz.
- Nona característica:
O juiz ao proferir a sentença condenava o réu ao pagamento de uma soma em
dinheiro, ainda que o objeto da ação fosse a entrega de uma coisa.
No século III- 294 D.C- Diocleciano- percebe que o procedimento Per Formulas
não era bom quando o império era parte.
Cria um novo processo: Período da Cognitio Extraordinário. (vai até a codificação
de Justiniano)
Recebe esse nome para distingui-lo do ordinário
Se aplicava a alguns casos em específicos, em relação a qual não se aplicava a
aquelas causas que sujeitavam ao procedimento formulário.
Causas de interesse do Império ou do Estado Romano. Naquelas causas em que
houvesse interesse do Estado não haveria mais a aplicação das per formulas.
Criação do juiz oficial juiz servidor do Estado.
- Que vai dirigir o processo desde o início, passando pela fase da colheita de
provas, pelos debates orais, pela prolação da sentença e pela própria execução da
sentença.
- Servidor do Estado Romano que vai dirigir o processo desde o início até a
execução da sentença.
O procedimento dividido em duas fases perde a sua razão de ser. Passamos a
ter um único procedimento e um único momento que era seguido pelo juiz. O
processo transcorre todo em frente ao juiz.
Litiscontestatio, com o sentido da legis actiones e do per fórmulas perde a sua
razão de ser.
Como o processo todo é de função do juiz, passamos a ter um forte emprego da
linguagem escrita.
- PROCEDIMENTO:
O autor interessado dirigia uma petição inicial ao juiz. Era uma petição escrita.
- 4) Prova: Probatio;
- 7) Execução do Julgado:Executio.
No processo conduzido pelo iudex ou arbiter (formulário e da legis actiones) não havia
a possibilidade de recurso em processos civis, já no Período da Cognitio Extraordinária
havia.
Juiz escolhido pelo Imperador.
Appellatio:
- Hierarquia estatal;
Execução:
A Executio passa a ser feita por força de medidas coercitivas a coagir o vencido a
cumprir a execução pois quem proferiu a sentença era um funcionário do Estado.
Com a Appelatio o Imperador sabia de tudo o que acontecia nas fronteiras. Podia saber
se o juiz era confiável. Controlova a lealdade e fidelidade do juiz. Muito Importante para
o Imperador.
Pena de morte para o juiz que não remetesse a Appelatio a Roma.
Propiciar ao estado o controle do que está sendo decidido.
Conhecer do detentor político o que se passa pelo Estado.
- Primeira: Criação do juiz oficial, servidor oficial, que se encarrega de prestar a jurisdição desde
o seu inicio ate a entrega definitiva da tutela jurisdicional
- Segunda: Forte emprego da linguagem escrita (libellus conventionis, littis denunciactio, libellus
contradictionis ou libellus responsonis, sentencia e appellactio)
- Terceira: Citação do réu (littis denunciactio) efetivada por servidor auxiliar do juiz (origem do
oficial de justiça).
- Quinta: Divisão do processo em duas fazes (in Iuri e indicium) que caracterizava os dois
períodos anteriores que perde a sua razão de ser.
- Sexta: Littis contestactio como sentido que possuía nos períodos anteriores da legis actiones e
per formulas que igualmente perde a sua razão de ser.
- Sétima: Sentença proferida por um agente do Estado, fazendo com que a resolução do litigio,
fosse dada em uma análise, pelo próprio Estado.
- Nona: Execução da sentença por forca de medidas coativas originadas pelo próprio Estado.
Nos períodos anteriores, a Litiscontestatio que garantia o cumprimento da sentença.
- Semelhança da ding com o Júri- No Júri, o papel do Juiz é parecido com o do presidente
da Ding. Quem dá a palavra final é o Júri.
- Alemanha não adota esse processo por causa do sacro Império Romano Germânico:
Utilizam o Processo Romano.
- Normandos levam o processo germânico para a Grã Bretanha.
Igreja Católica muito forte politicamente falando. Fiel guardiã do processo romano e
direito romano
Constantino se converte ao cristianismo. Religião oficial do Império Romano. Passa a
chefiar ao mesmo tempo os negócios da fé católica e do Império Romano. Essa mescla
foi fundamental para o processo romano. Com, Constantino não se sabia o que era
negócio do Estado e negocio católico.
Concilio de Niceia: síntese do conteúdo da fé católica.
Textos do Império levados para mosteiros católicos. Textos do direito romano
preservados pela igreja católica. Foi essa mistura que possibilitou que os textos não se
perdessem
DIREITO CANONICO E PROCESSO CANONICO:
Poder político da Igreja nasce com Constantino Traz a Igreja para o centro da política.
A Igreja necessitava de regras que regulavam as suas relações internas e as suas
relações externas. Surgimento do Direito Canônico.
Fundado essencialmente no Direito Romano; Era um processo fundado quase que
integralmente no processo romano da Cognitivo Extraordinária.
Além da preservação dos textos romanos, temos a grande força política da igreja que
levou os textos a serem estudados.
Canônico
Porque prescindia/dispensava uma legislação? Elaboração de legislação
dependia da centralização do poder político e na idade média isso não existia. Não
havia autoridade com poder político suficiente. Não havia legislação.
1) Praxismo;
2) Procedimentalismo;
3) Reconstrução cientifica do processo (reconstrução cientifica e a autonomia do saber do
processo).
- Resquícios do Praxismo: Modelos de petição. Manuais (de como propor uma ação,
petições).
Procedimentalismo (1807-1868)
Mudança foi pouco, uma vez que a diferença agora é que os modelos se
encontravam na lei e não mais passados de pai para filho. Continuação de uma
atitude descritivista de modelos.
Importância:
- Marco em trazer discussão teórica sobre o processo. Vai além do mero estudo de
modelos procedimentais. Pergunta sobre a natureza jurídica da actio. Pela primeira vez,
após muitos séculos, nós começamos a pensar no processo. Pensar no sentido teórico do
processo.
1868: Surge uma obra (para o Italo a obra mais importante do direito processual):
OSKAR VON BULOW (Alemanha): “Dos pressupostos processuais e das
exceções dilatórias.”. Dois aspectos:
1) Nessa obra, lança bases do processo como relçao jurídica processual.
2) Marco para o início da reconstrução cientifica do processo.
O processo estava atrasado em relação aos demais campos do direito. Já existia o
conhecimento sobre a Teoria da relação jurídica. Da forma que verbalizada por
Savigny (Sujeito Ativo-Sujeito Passivo- Relação jurídica de Direito Material).
Essa relação não se aplica ao processo.
Os processualistas devem partir da Relação Jurídica de Direito Processual.
Juiz
Juiz: sujeito imparcial para resolver as lides.
Autor(S.A) Réu(S.P)
Emilio Betti (Itália): Processualista civil. Obra clássica sobre o processo civil italiano
em que examinava todos os conceitos processuais civis da época.
OSKAR VON BULOW: Teorias acerca da ação? Por que todos se preocupam com a
ação?
A ação é a porta de entrada para o Estado, Quem julga, assim o faz pois tem legitimidade.
Ação-Legitimidade. Estado forte e legitimo para julgar litígios.
Preocupação com a provocação
O Direito Processual no Brasil
3. Da Jurisdição
1) JUS -O direito a ser dito- Direito que será dito para resolver o conflito.
As normas.
O ius, o conjunto de normas, é pressuposto da jurisdição, pois é
exatamente esse conjunto de normas que sera utilizado pela jurisdição
para resolver o litigio no caso concreto.
Legislativa
Como a Jurisdição se insere
nesse contexto de três funções?
Administrativa Jurisdição
Aspectos(Elementos) da Jurisdição
Poderes da Jurisdição:
Poderes da jurisdição são poderes atribuídos aos órgão jurisdicionais no momento
em que exercem a jurisdição. O exercício da atividade jurisdicional, pressupõe o
exercício concomitante de alguns poderes.
Esses três primeiros poderes são Poderes de Natureza processual pois dizem
respeito ao próprio processo.
1) Princípio da Investidura:
-Segundo esse princípio, só está na condição de juiz aquele regularmente
invertido nessa posição de acordo com as normas constitucionais e
infraconstitucionais aplicáveis à hipótese.
-Arbitro não é juiz pois não decide em nome do Estado- resolve o conflito por
uma delegação do Estado. Arbitragem é uma permissão estatal.
Art. 13° § 1º e
Art. 16º do CPC 2015
4) Princípio da Inevitabilidade
5) Princípio da Inafastabilidade
A R
2) Assegura o direito de ser julgado por um juiz competente. Art. 5º, LIII-CF
ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Art. 42º do CPC. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz
nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir
juízo arbitral, na forma da lei.
7) Princípio da Inércia
8) Princípio Dispositivo
- Uma vez pedida a tutela jurisdicional pela parte autora incumbe ao próprio
Estado Juiz dar andamento ao processo adotando as providencias necessárias
e cabíveis para que o processo chegue a termo, ao final.
- Art. 2º, CPC. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
- Justificativa para o princípio do Impulso Oficial: O Estado não pode permitir
o prolongamento do litigio. Para o Estado não convém que o conflito se
prolongue no tempo. Impulso que diz respeito ao andamento do processo e
não ao seu início.
A Tutela Jurisdicional
Decisão (Sentença)
Tutela jurisdicional de conhecimento
Tutela jurisdicional que resulta de pedido da parte ao Estado Juiz (ou Estado
Jurisdição) a prolação de uma decisão (sentença) que componha o litigio,
sendo que para isso o Estado Juiz deverá tomar amplo conhecimento do litigio.
Examinando a pretensão do autor e a resistência oposta a pretensão pelo réu.
A Tutela Jurisdicional de Conhecimento pode ser:
Atos de Execução
Tutela jurisdicional na qual a parte autora (exequente) pede ao Estado Juiz a prática, a
adoção de atos de execução, destinados a concretizar um comando contido em uma
sentença (execução por título judicial) e ou em um documento ao qual a lei atribua
eficácia executiva (execução por título extrajudicial). Exemplo: cheque, nota promissória.
O réu executado será chamado para pagar a dívida em 24 horas, por exemplo. Atualmente
fala- se apenas no cumprimento da sentença, a diferença é quase nenhuma.
- Execução por Titulo Judicial (Sentença executiva exercida por via judicial).
- Execução por Titulo Extrajudicial (Possuem efeitos executivos, são efetuados de
forma direta). Tem por vase um documento que somente a lei pode dar eficácia jurídica.
Exemplo: pai passa os bens aos filhos para evitar que eles sejam penhorados, então a
medida cautelar serve para impedir essa ação.
A) Noções Introdutórias.
O Estado Moderno no desempenho de suas atividades exerce três funções que se
destinam a preservar, conservar e desenvolver as condições de vida dos seus
cidadãos.
Três funções: de legislar, administrar e de julgar (os três poderes);
B) Jurisdição e Legislação
A Legislação antecede a jurisdição pois o Jus é o pressuposto da Jurisdição.
A Jurisdição é mais ampla que a legislação.
O Judiciários as vezes é chamado a resolver questões que não tem lei. Princípio
da Inafastabilidade: Não pode deixar de dar uma resposta a partir do momento em
que for provocado. Mesmo não havendo lei. Surgimento do conflito entre o
legislativo e o judiciário.
O Judiciário tem que dar uma resposta ainda que não haja lei.
As vezes a resolução do litigio pela jurisdição não depende da legislação.
Jurisdição aplica regra geral e abstrata ao caso concreto por meio da
SUBSUNÇÃO.
Países do Ocidente: Crise de Representatividade: Valores da sociedade não são
respondidos a contento pela produção das normas e isso gera crise de
representatividade que gera crise de legitimidade. Papel do Legislador: ouvir
valores da sociedade em contexto histórico e elaborar normas.
Com a crise representatividade legislativa tem-se o agigantamento das outras
funções.
Ativismo Judicial: Judicialização da política. Poder Judiciário entrando em ceara
que seria de atribuição do legislativo. Medida provisória: agigantamento do
Executivo.
Déficit de legitimidade do Poder legislativo: Dificuldade cada vez maior do poder
legislativo para legislar.
C) Jurisdição e Administração
As duas estão sujeitas à lei. Ambas aplicam as normas elaboradas pela função
legislativa e isso torna mais difícil diferenciar uma da outra.
Penal:
-Jurisdição que versa sobre conflitos/lides nos quais se verifica uma pretensão de
natureza sancionatório, punitiva ao réu.
-Jurisdição que versa sobre matéria penal, tendo como principal norma o Código Penal
e tendo por instrumento o direito processual penal.
Instrumento: Código penal, Código processual penal, e código processual penal militar.
De direito (Legal):
- Jurisdição exercida pelos juízes que julgam de acordo com uma precisa regulação ou
regulamentação legal.
Equidade:
Jurisdição exercida pelos juízes que julgam sem ter a necessidade de observar uma precisa
regulamentação legal.
- Ex: um juiz americano, ou um juiz inglês, quando vai estabelecer uma fiança, não
precisa explicar por que estabeleceu o valor daquela fiança.
Quanto ao objeto: Contenciosa e Voluntária
- Duas formas:
- O que define atuação doo judiciário em interesse privado é a mera vontade do legislador.
- Características:
- Primeira: Na jurisdição voluntária não há partes no processo pois não há conflito, há
interessados. Formatted: Font: Bold
Merecimento:
Forma-se uma lista, com isso, aquele juiz que por 3 vezes consecutivas tiver o seu
nome constando a lista tríplice, terá que ser necessariamente promovido. Ou
aquele juiz que tiver o nome por 5 vezes alternadas também terá que ser
promovido. Em se tratando disso, esse juiz só poderá ser promovido novamente
por merecimento depois de 2 anos no cargo e deve integrar a quinta parte, os 20
por cento, dos juízes mais antigos. A não ser que haja alguém que não aceitou a
promoção. Em caso de empate, qualquer um pode ser escolhido.
Promoção do juiz de 1 º grau para o juiz de 2º grau será observado o grau mais
elevado. Para que o juiz seja promovido a desembargador ele deve estar em seu
último nível.
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
Vitaliciedade:
-Em primeiro grau de jurisdição, após 2 anos de exercido o cargo, o juiz é
considerado vitalício, de modo que só poderá ser demitido do cargo por sentença
judicial transitado em julgado.
-Os dois primeiros anos formam o chamado estágio probatório. Juiz pode ser demitido do
cargo ao qual exerce, no período de estágio probatório por decisão tomada pela maioria
absoluta dos seus membros.
- Juiz tem direito a ampla defesa.
-Aposentadoria compulsória – recebe proporcional ao tempo de trabalho. Punição
administrativa mais alta. CNJ não é órgão jurisdicional.
- Vitaliciedade x Estabilidade: Servidor estável pode ser demitido por decisão
administrativa, enquanto que o vitalício só pode ser demitido por decisão judicial
transitada em julgado.
Inamovibilidade (Intransferibilidade)
- O juiz só poderá ser transferido ou removido a pedido ou por motivo de interesse público
que deverá ser reconhecido por maioria absoluta do tribunal ao qual o juiz está
vinculado.
- O interesse público quebra essa garantia de Inamovibilidade. Art. 92 da CF
- Assegura ao juiz que ele pode agir com independência e imparcialidade, tranquilidade
para decidir o conflito sem medo de ser punido.
-Surge na CF de 46, logo após o estado novo de Vargas.
VEDAÇÕES A MAGISTRATURA
1) Ao juiz é vedado exercer qualquer cargo ou função, salvo
uma de magistério(professor)
- Observa-se o sistema federativo, portanto o quanto possível quem vai regular a estrutura
e o funcionamento são as normas do poder estadual. Ou seja as normas e regras
reguladoras;
- Duas regras essenciais para o poder judiciário estadual:
- Constituição estadual: que regula as competências do judiciários e que
- Lei de organização judiciária do Estado.
- Cada estado da federação possui a sua própria lei de organização.
- Disciplina a estrutura e o poder de funcionamento do poder judiciário no âmbito dos
Estados perante a União.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos
nesta Constituição. (EC no 45/2004)
§ 1o A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de
organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
- Busca de uma estrutura média – regra geral – realizada pela justiça estadual:
- Primeira entrância; Comarca situada em cidades menores em que o juiz tem competência
para tudo, cível e penal. Normalmente somente um juiz naquela comarca.
- Posteriormente pode ser promovido para uma Comarca de Segunda entrância.
- Promovido por: Atividade e Merecimento por alternância. Vai para uma Comarca
maior, de entrância maior, acompanhado de outros juízes. Em geral: Separação de
matérias;
- Posteriormente pode ser promovido para uma Comarca de Terceira entrância.
Promovido por: Atividade e Merecimento por alternância. Comarca maior, em geral
com uma população maior. Especialização maior dos juízes
- Passado mais alguns anos; Atividade e merecimento;
-Entrância Especial: Em geral nas capitais do Estados. Especialização maior dos juízes.
Não existe hierarquia entre as diversas entrâncias
Princípio da aderência do juiz a um território: por isso, em regra geral, não pode
exercer em outra comarca.
Composição do TJ:
- 4/5 do Tribunal de Justiça são de Juízes de Direito.
- 1/5 advogados e membros do MPE – Ministério Público Estadual – (Quinto
Constitucional)
Art. 94 da CF:
1) Aqueles que estão na última entrância. Feita pelos juízes da Entrância Especial.
2) Estar entre os 20% mais antigos
- Cada Estado tem também a competência para estruturar a sua própria justiça
militar.
- Sendo permitido nos Estado, onde haja um efetivo de mais de 20 mil, policiais
militares e corpo de bombeiros militar a criação de um tribunal de justiça militar
que é vinculado ao Tribunal de Justiça do Estado (que é o órgão de cúpula do
poder judiciário estadual).
- Nos EUA:
- No âmbito municipal;
- Quando há eleições, aproveita-se para a realização de concursos;
- No âmbito estadual:
- Não há concurso;
- Juízes nomeados pelo governador;
- Não necessita ser uma comarca de um Juiz Estadual para a entrada nos
Tribunais de Justiça.
Justiça da União