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Supremo Tribunal Federal

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 788.838 RIO GRANDE DO SUL

RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI


RECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão assim ementado:

“PREVIDENCIÁRIO E PROCESSO CIVIL. AÇÃO


RESCISÓRIA. SÚMULA 343 DO STF. INAPLICABILIDADE.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DIREITOS INDIVIDUAIS
HOMOGÊNEOS. IDOSOS E INCAPAZES. MINISTÉRIO
PÚBLICO. LEGITIMIDADE ATIVA. INTERESSE SOCIAL DO
BENEFÍCIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA AFASTADA.
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. ARTIGO 34, PARÁGRAFO
ÚNICO, DA LEI 10.741/03.
1. Segundo o enunciado 63 desta Corte: 'Não é aplicável a
súmula 343 do Supremo Tribunal Federal nas ações rescisórias
versando matéria constitucional'. Preliminar rejeitada.
2. Consoante interativa jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, ao Ministério Público é dado promover, via ação coletiva, a
defesa de direitos individuais homogêneos, porque tidos como espécie
dos direitos coletivos, desde que o seu objeto se revista da necessária
relevância social. Ademais, dispões o artigo 74, inciso I, da Lei
10.741/03, competir ao Ministério Público instaurar o inquérito civil
e a ação civil pública para a proteção dos direitos e interesses difusos
ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos do
idoso” (pág. 34 do documento eletrônico 2).

No RE, fundado no artigo 102, II, a, da Constituição Federal, alegou-


se, em suma, ofensa aos artigos 127, 129, III e IX, e 203, V, da mesma
Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 5496813.
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RE 788838 / RS

O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência desta


Corte, que, no julgamento do RE 163.231/SP, Rel. Min. Maurício Corrêa,
reconheceu a legitimidade do Ministério Público para a defesa de
interesses individuais homogêneos, sobretudo quando evidente a
relevância social da matéria em debate. Reportando-se ao citado RE, o
Ministro Gilmar Mendes, no julgamento do AI 516.419-AgR/PR, assim se
manifestou:

“entende-se que o Ministério Público detém legitimidade para


propor ação civil pública em defesa de interesses individuais
homogêneos, quando presente evidente relevo social,
independentemente de os potenciais titulares terem a possibilidade de
declinar a fruição do direito afirmado na ação”.

Oportuna, ainda, a menção ao RE 472.489-AgR/RS, Rel. Min. Celso


de Mello, em que também se decidiu pela legitimidade do Parquet na
defesa dos interesses individuais homogêneos:

“EMENTA: DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS –


SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – CERTIDÃO
PARCIAL DE TEMPO DE SERVIÇO – RECUSA DA
AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA – DIREITO DE PETIÇÃO E
DIREITO DE OBTENÇÃO DE CERTIDÃO EM REPARTIÇÕES
PÚBLICAS – PRERROGATIVAS JURÍDICAS DE ÍNDOLE
EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL – EXISTÊNCIA DE
RELEVANTE INTERESSE SOCIAL – AÇÃO CIVIL PÚBLICA –
LEGITIMAÇÃO ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – A
FUNÇÃO INSTITUCIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
COMO 'DEFENSOR DO POVO' (CF, ART, 129, II) –
DOUTRINA – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.

(...)

- O Ministério Público tem legitimidade ativa para a defesa,

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RE 788838 / RS

em juízo, dos direitos e interesses individuais homogêneos, quando


impregnados de relevante natureza social, como sucede com o
direito de petição e o direito de obtenção de certidão em repartições
públicas. Doutrina. Precedentes” (grifos no original)

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE


581.352-AgR/AM, Rel. Min. Celso de Mello; RE 612.499/SC e RE
637.802/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 655.490/DF e RE 475.010-AgR/RS,
Rel. Min. Dias Toffoli; RE 635.109/DF, Rel. Min. Luiz Fux.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.

Brasília, 20 de março de 2014.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI


- Relator -

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