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artigos da internet.
Muito se tem falado sobre Fake News, suas causas e suas consequências. Mas há algo
maior acontecendo, aliás que está em constante movimento mas quase sempre ignorado
ou se quer percebido.
A polarização é o tema do momento, seja de gênero, politica, racial e etc. Estamos cada
vez mais divididos em grupos de pensamentos opostos, onde cada um desses grupos
julgam ser o detentor da verdade. Dizem que a polarização é um sinal positivo da
democracia e que, se as pessoas defendem o que acreditam é normal que em algum
momento aja conflitos de ideias. Essa afirmativa seria plausível e poderíamos concordar
desde que tivéssemos a certeza de que as pessoas soubessem realmente o que estão
defendendo, e é aí que entra o Groupthink ou Pensamento de Grupo. É graças a ele que
as fake news criam forças, por que além do comodismo existente em não procurar a
verdade o groupthink cria a vergonha em expor a verdade ou obriga inconscientemente o
individuo a se calar.
O indivíduo age como se perdesse sua identidade e passasse a ser parte orgânica de um
grupo, sentindo como se estivesse protegido e fosse responder pelos seus atos como um
grupo e não como indivíduo.
6 – A auto-censura refere-se ao fato dos membros não se expressar ao perceber que seus
pontos de vista e os seus argumentos não são consenso do grupo. Podemos citar como
exemplo uma pessoa que abomina a homofobia mas usa a camiseta do Che Guevara. A
homofobia é algo que fere os princípios dessa pessoa, mas para se sentir inserida no grupo o
indivíduo cria essa exceção moral.
Pode parecer paranoia e que nada além de “mimimi” poderia sair dentro do conceito de
Groupthink, mas 18 de novembro irá completar 41 anos que 918 pessoas morreram em
Jonestown, onde com exceção de crianças e algumas pessoas que morreram a facadas e
baleadas o restante cometeu suicídio. Talvez pode surgir a ideia que esse fato trágico nos
ensinou e que ninguém cometeria novamente esse erro, afinal vivemos em um mundo digital
onde a informação é disponibilizada de forma mais democrática, mas basta uma simples
pesquisa e encontraremos o canal no Youtube da bela Teal Swan com mais de 634 mil inscritos
que justifica o suicídio como algo libertador e que teria inclusive a fórmula perfeita do suicídio
em massa, e pasmem ela possui 509 vídeos publicados e sem filtros. Poderia passar horas
citando exemplos dos perigos de Grupos mas tentarei abordar ele e suas ramificações em
outros trabalhos.
Depois do exposto devemos refletir. Fazemos parte de algum grupo? Porque fazemos? A
informação que recebemos é analisada ou apenas tratada como verdade? Oscar Wilde diz que
de nada adianta os olhos quando a mente é cega, ou seja, quando enxergamos com a mente,
quando analisamos, temos uma visão mais ampla. Neste caso, se não tivermos uma mente
crítica e analítica, não obteremos uma reposta verídica ou plausível de determinadas situações
ou coisas simples. Desse modo ter uma mente que "enxergue" é altamente importante.
Pegando uma carona nas palavras de Wilde eu faço um complemento – nada adianta uma
mente que enxerga se ela for submissa aos desejos de um grupo. Na oração final dos
encerramentos do Ven∴ M∴ é dito “sede diligentes moderados, prudentes e discretos”.
- sede diligentes moderados: ou seja, seja ativo ao buscar informações, aplicado em seus
estudos, zeloso com as informações obtidas e cuidadoso com o que irá tratar como verdade.
- prudentes: que não procura o perigo sem que ele seja realmente necessário; cauteloso com
que diz, sensato em suas decisões e juízo nas suas ações.
- discreto: fale quando for necessário com a certeza de que o que tem a dizer é mais
importante do que o silêncio.
E vale lembrar que grupos não são ruins, mas ter o grupo decidindo por você sim.
Agradecimentos:
Irm∴ Claudinei Lopes Moreira – 1º Vigilante
Referências:
O groupthink como aspecto que influência a tomada de decisão em grupo - SÉRGIO VOGT