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Protestante
André Vinicius Souza Castro
1
(Alves, Dogmatismo e tolerancia 1982, 7)
2
(Tillich, Historia do pensamento cristão 2000, 227)
3
(Tillich, Historia do pensamento cristão 2000, 274)
4
(Cairns 1995, 251)
5
(Tillich, Historia do pensamento cristão 2000, 274)
6
(Cairns 1995, 241)
7
(Costa 2000, 16)
8
(Cairns 1995, 223)
1
É importante mostrar a diferença entre o pensamento da reforma e os
pensamentos que os seus herdeiros defenderam. Os ortodoxos por exemplo
nasceram logo após a reforma.9
Em 1929 Paul Tillich publicou um texto falando sobre a “Gestalt” (forma)
protestante e adverte “O futuro do protestantismo corre o enorme perigo de permitir
que o espírito profético da teologia original da crise seja abusado em favor do
restabelecimento de certa ortodoxia encastelada em suas certezas e alheia ao
protesto protestante” 10
Parece que esse evangelho de certezas encasteladas que Tillich crítica, foi
identificado por Rubem Alves, ao analisar seu contexto presbiteriano da década de
80, ele denomina um tipo de protestantismo, chamado de PRD, “protestantismo de
reta doutrina.”
se caracteriza pelo fato de privilegiar a concordância com uma serie de
formulações doutrinarias, tidas como expressões da verdade, e que deve ser
afirmada sem nenhuma sombra de dúvida, como condição para participação
da comunidade eclesial.11
9
(Tillich, Historia do pensamento cristão 2000, 272)
10
(Tillich, A Era Protestante 1992, 225)
11
(Alves, Religião e Repressão 2005, 43)
12
(Armstrong 2001, 393)
13
(Alves, Religião e Repressão 2005, 135)
2
criaram as confissões. Estabelecendo uma leitura uniforme do texto, que deve ser
seguida e creditada.
Não existe livre exame, a paixão protestante por certezas o levou a criar uma
“alternativa funcional” 14, na mesma lógica sistematizam-te que sua maior inimiga. Já
que são domados a fazer as mesmas perguntas ao texto, sempre tem as mesmas
repostas e conclusões.
Alves (2005) vai dizer que a fé do PRD é uma fé em buscas de certezas, o que
contradiz a própria noção de fé, que nasce de uma experiência inteiramente
emocional15. Segundo Tillich (2000)
Fé, para Lutero, era receber Deus quando Deus se dá a nós. Distinguia este
tipo de fé de fé histórica (fides histórica), que reconhece os fatos históricos.
Fé é a aceitação do dom de Deus, da presença da graça de Deus que nos
envolve.16
14
(Alves, Religião e Repressão 2005, 136)
15
(Alves, Religião e Repressão 2005, 114)
16
(Tillich, Historia do pensamento cristão 2000, 245)
17
(Alves, Religião e Repressão 2005, 112)
18
(Alves, Religião e Repressão 2005, 111)
3
Bibliografia
Alves, Rubem. Dogmatismo e tolerancia. São paulo: Paulinas, 1982.
—. Religião e Repressão . São Paulo: Loyola, 2005.
Armstrong, Karen. Em nome de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
Cairns, Earle E. O cristianismo Através dos Séculos . São paulo: Vida Nova, 1995.
Cordeiro, Juliana Guedes. Os varios rotos do Fundamentalismo . São leopoldo : Cebi, 2009.
Costa, Hermister Maia P. da. O Pensamento Cristão . São paulo: Mackenzie, 2000.
Ovo, Ivo Pedro. O Outro é o demônio . 1996: Paulus, 1996.
Shaull, Richard. A reforma protestante e a teologia da libertação. São Paulo: Pendao Real,
1993.
Tillich, Paul. A Era Protestante . São paulo: Batira Gráfica e Editora S.A., 1992.
—. Historia do pensamento cristão . São Paulo: ASTE, 2000.