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1) PREÂMBULO
a) Teoria da Irrelevância Jurídica (MAJORITÁRIA): o preâmbulo não se situa no domínio
do Direito, mas sim no da política.
O preâmbulo não possui força normativa, ou seja, não é parâmetro para o Controle de
Constitucionalidade.
Não é norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais (Essa discussão
surgiu com a Constituição do Acre – ADI 2076/AC, que não continha no seu texto a
expressão “sob a proteção de Deus”).
Para essa teoria, o preâmbulo faz parte da política, e não do campo do direito. É como
se fosse uma carta de intenções do legislador constituinte.
STF: O preâmbulo não se situa no âmbito do Direito, mas no domínio da política,
refletindo posição ideológica do constituinte.
O preâmbulo:
- Não se situa no âmbito do Direito Constitucional, mas no domínio da política;
- Não possui valor normativo (não possui relevância jurídica e nem força cogente);
- Não é norma de observância obrigatória pelos estados-membros, Distrito Federal e
Municípios;
- Não serve de parâmetro para a declaração de inconstitucionalidade das leis, ou seja,
não há inconstitucionalidade por violação do preâmbulo;
- Não constitui limitação à atuação do poder constituinte derivado, ao modificar do texto
constitucional.
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Do Art. 1º ao 250º são Normas Formalmente Constitucionais, normas essas que
não se importam com o conteúdo, mas sim, com o seu processo de elaboração, que foi
mais solene, rico, dificultoso, e por isso, são dotadas de supremacia, ou seja, são
parâmetro para Controle de Constitucionalidade.
No Brasil, quando se refere a parâmetro para Controle de Constitucionalidade,
refere-se ao Bloco de Constitucionalidade:
- Normas Constitucionais (Explícitas e Implícitas)
- Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos (aprovados por 3/5 dos
membros nas duas Casas e em dois turnos)
b) Teoria Brasileira (José Afonso da Silva): meados dos anos 60, 70.
José Afonso da Silva criticava a teoria americana, pois entende que não existe norma
constitucional que não seja capaz de produzir algum efeito jurídico. Todas as normas
constitucionais são capazes de produzir no mínimo dois efeitos jurídicos:
- Revogar o ordenamento anterior;
- Condicionar o legislador ordinário a não produzir normas que estejam em
desacordo com a Constituição.
PODER CONSTITUINTE
Com o movimento constitucionalista começaram a surgir constituições formais,
e a se preocupar com o Poder Constituinte.
Características:
- Inicial: com a chegada de uma Constituição inaugura-se uma nova ordem
jurídica do Estado, rompendo-se com a ordem jurídica anterior. OBS: nem mesmo o
direito adquirido resiste ao Poder Constituinte Originário.
- Ilimitado(ou Autônomo): não sofre limitações.
De acordo com a Corrente Juspositivista, o poder constituinte originário é
ilimitado. Já a Corrente Jusnaturalista, o poder constituinte sofre limitações impostas
pelo direito natural.
Modernamente, temos teorias em que o Poder Constituinte Originário
sofre sim limitações:
a) Limitações de ordem geográfica: a Constituição é para o Estado Brasileiro.
b) Limitações impostas pelos valores sociais e políticos que levaram a sua deflagração
(Luiz Roberto Barroso)
c) Limitações impostas pelos Direitos Humanos: ideia do Poder Constituinte Originário
Supranacional.
-Incondicionado: não está sujeito a qualquer procedimento prefixado.
-Permanente: depois que a constituição é elaborada, o Poder Constituinte
Originário permanece em estado de latência, aguardando um novo momento
constituinte.
Natureza:
a) Escola Jusnaturalista: é um poder de direito, pois admite um direito natural.
b) Escola Juspositivista: é um poder de fato e poder político. Não tem poder jurídico. É um
poder de fato, pois se funda em si mesmo. É um poder político, porque é fruto das forças
políticas sociais que o criam.
Possui Natureza Híbrida: pois é dotado de feições de Poder de Fato e de um Poder
Político (no momento da ruptura com a ordem jurídica anterior), mas no momento de
elaborar o novo documento constitucional é um poder de direito.
ADOTAMOS A TEORIA JUSPOSITIVISTA!!
1)PREÂMBULO
2)PARTE DOGMÁTICA