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DIREITO CIVIL IV

TEORIA GERAL DOS


CONTRATOS
PROF. M. IWAO C. SUZUKI

murasuzuki@uni9.pro.br

Aula 07 – CONTRATOS ENVOLVENDO


TERCEIROS: ESTIPULAÇÃO, PROMESSA
E CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
EFEITOS DOS CONTRATOS PARA TERCEIROS
Pelo princípio da relatividade dos contratos, o negócio jurídico contratual produz
efeitos apenas entre as partes contratantes, aquelas que manifestaram vontade
no momento da celebração. Porém, excepcionalmente, o Código Civil admite
algumas exceções nos quais o contrato pode produzir efeitos para terceiros,
mesmo que esses terceiros não tenham manifestado vontade ou mesmo saibam
da existência do contrato. São:

 Estipulação em favor de terceiro(arts. 436 a 438 do CC/2002)


 Promessa de fato de terceiro(arts. 439 a 440 do CC/2002)
 Contrato com pessoa a declarar(arts. 467 a 471 do CC/2002)

Distinção entre os contratos com efeitos para terceiros e a oposição de


contrato a terceiro do artigo 221 : nos contratos com efeitos para terceiros
esses sujeitos equiparam-se a partes, quanto à aquisição, modificação ou
extinção de direitos; na oposição de contrato do art. 221, o terceiro sujeita-se
apenas a aceitar a relação jurídica contratual, sem que esse terceiro adquira
qualquer direito.
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIROS
 CONCEITO – “Dá-se a estipulação em favor de terceiro, pois, quando, no
contrato celebrado entre duas pessoas, denominadas estipulante e
promitente, convenciona-se que a vantagem resultante do ajuste
reverterá em benefício de terceira pessoa, alheia à formação do vínculo
contratual. Nela, como se vê, figuram três personagens: o estipulante, o
promitente e o beneficiário, este último estranho à convenção. Por
conseguinte, a capacidade só é exigida dos dois primeiros, pois qualquer
pessoa pode ser contemplada com a estipulação, seja ou não
capaz.”(Carlos R. Gonçalves)

SUJEITOS DA ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO

ESTIPULANTE PROMITENTE BENEFICIADO


QUEM INDICA QUEM CUMPRE QUEM RECEBE
SUJEITO SUJEITO TERCEIRO
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIROS

 CARACTERISTICAS – “a peculiaridade da estipulação em favor de


terceiros está em que estes, embora estranhos ao contrato, tornam-se
credores do promitente. No instante de sua formação, o vínculo
obrigacional decorrente da manifestação da vontade estabelece-se entre
o estipulante e o promitente, não sendo necessário o consentimento
do beneficiário. Tem este, no entanto, a faculdade de recusar a
estipulação em seu favor. Completa-se o triângulo somente na fase da
execução do contrato, no instante em que o favorecido aceita o benefício,
acentuando-se nessa fase a sua relação com o promitente. Embora a
validade do contrato não dependa da vontade do beneficiário, sem
dúvida a sua eficácia fica nessa dependência. Também faz-se mister que
o contrato proporcione uma atribuição patrimonial gratuita ao favorecido,
ou seja, uma vantagem suscetível de apreciação pecuniária, a ser
recebida sem contraprestação. A eventual onerosidade dessa atribuição
patrimonial invalida a estipulação, que há de ser sempre em favor do
beneficiário.”(Carlos R. Gonçalves)
REGRAS DA ESTIPULAÇÃO
“Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da
obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação,
também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas
do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art.
438”.

• A obrigação assumida pelo promitente pode, assim, ser exigida


tanto pelo estipulante como pelo beneficiário, que assume, na
execução do contrato, as vezes do credor.

QUESTÃO: em que termos o beneficiário pode exigir o cumprimento do


contrato celebrado pelo estipulante?

O beneficiário deve concordar com os termos do contrato, e não pode ter


sido substituído pelo estipulante, nos termos do art. 438
REGRAS DA ESTIPULAÇÃO
“Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o
direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o
devedor.”

• Se se estipular que o beneficiário pode reclamar a execução do


contrato, o estipulante perde o direito de exonerar o promitente (CC,
art. 437). Destarte, a estipulação será irrevogável. A ausência de
previsão desse direito sujeita o terceiro à vontade do estipulante,
que poderá desobrigar o devedor, bem como substituir o primeiro na
forma do art. 438.

“Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro


designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro
contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por
disposição de última vontade.”
PROMESSA DE FATO DE TERCEIROS
 CONCEITO – “A promessa de fato de terceiro está prevista nos artigos
439 e 440 do Código Civil e ela implica no fato de que uma pessoa se
compromete com outra a obter o consentimento de uma terceira pessoa
na conclusão de um contrato sem ter recebido preliminarmente o
consentimento desta última pessoa para a conclusão deste contrato. A
eficácia deste contrato depende da ratificação posterior da terceira
pessoa que não está, a priori, obrigada a nada.”(Sílvio S. Venosa)

 Distinção entre a promessa de fato de terceiro e mandato : na


promessa de fato de terceiro, o sujeito age em nome próprio, e não em
nome do terceiro, que não constituiu o sujeito como representante de
nenhuma forma. O sujeito se compromete por meio da promessa a fazer
com que o terceiro cumpra determinada prestação em favor do outro
sujeito contratual, sem que haja a certeza de que o terceiro concordará
com a realização da prestação.
REGRAS DA PROMESSA
“Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas
e danos, quando este o não executar.

Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge


do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde
que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a
recair sobre os seus bens.”

• Caso o terceiro de quem o promitente se comprometeu a obrigar não


concorde com a promessa, não cumprindo a prestação, aquele a
quem o fato do terceiro foi prometido pode exigir perdas e danos do
promitente e não do terceiro.

• Porém, não haverá essa responsabilidade se se tratar de uma das


hipóteses de outorga conjugal(uxória ou marital), entendida como a
autorização dada por um dos cônjuges ao outro, para à prática de
determinados atos, sem a qual estes não teriam validade, conforme
o disposto nos arts. 107, 219, 220, 1.647, 1.648, 1.649 e 1.650, todos
do Código Civil/2002.
PROMESSA DE FATO DE TERCEIROS

 SENTIDO DO §ÚNICO DO ART. 439 – “a regra (do parágrafo único)


evidentemente visa à proteção de um dos cônjuges contra desatinos do outro,
negando eficácia à promessa de fato de terceiro quando este for cônjuge do
promitente, o ato a ser por ele praticado depender da sua anuência e, em
virtude do regime de casamento, os bens do casal venham a responder pelo
descumprimento da promessa.(...) visa a impedir que o cônjuge, geralmente a
mulher, por ter usado do seu direito de veto, venha a sofrer as consequências
da ação de indenização que mais tarde se mova contra o cônjuge promitente.
O pressuposto é que, pelo regime do casamento, a ação indenizatória venha,
de algum modo, a prejudicar o cônjuge que nada prometera.”(Carlos R.
Gonçalves)

“Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem,
se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.”

• Caso o terceiro de quem o promitente se comprometeu a obrigar aceite


cumprir a promessa, não haverá responsabilidade para o promitente,
uma vez que o terceiro tornou-se devedor do sujeito com quem o
promitente se obrigou.
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR

 CONCEITO – “A disciplina do contrato com pessoa a declarar, ou


nomear, é uma das inovações do Código Civil de 2002, regulado nos arts.
467 a 471. Nessa modalidade, um dos contraentes pode reservar-se o
direito de indicar outra pessoa para, em seu lugar, adquirir os direitos e
assumir as obrigações dele decorrentes (CC, art. 467) – (...) Tem sido
utilizada para evitar despesas com nova alienação, nos casos de bens
adquiridos com o propósito de revenda, com a simples intermediação do
que figura como adquirente. Feita validamente, a pessoa nomeada
adquire os direitos e assume as obrigações do contrato com efeito
retroativo (CC, art. 469).”(Carlos R. Gonçalves)

SUJEITOS DO CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR


ESTIPULANTE PROMITENTE “AMICUS”/”ELECTUS”
QUEM INDICA QUEM CUMPRE QUEM É INDICADO
SUJEITO SUJEITO TERCEIRO
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR

TEORIA DA CONDIÇÃO – (A teoria da condição) vislumbra no contrato


entre o promitente e o estipulante uma subordinação a esta, de caráter
resolutivo da aquisição do último mediante a electio, evento cuja verificação
importa, ao mesmo tempo, na aquisição do electus, que se encontrava
suspensa, na dependência de seu implemento. Em suma, os efeitos do
contrato direcionar-se-ão num ou noutro sentido, conforme se dê ou não o
implemento da condição, consistente na electio válida, a qual será, por isso,
simultaneamente, suspensiva da aquisição do eligendo e resolutiva da do
estipulante.

 Cláusula “pro amico elegendo” ou “sibi aut amico vel elegendo” -


cláusula que estabelece o direito de indicar terceiro como titular dos
direitos adquridos pelo estipulante.
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
 Distinção entre o contrato com pessoa a declarar e promessa de fato
de terceiro e mandato : na promessa de fato de terceiro há obrigação
apenas para o promitente(obter de terceiro uma declaração ou
prestação). No contrato com pessoa a declarar, o contratante promete
fato próprio, mas eventualmente – e alternativamente – fato de terceiro,
com o efeito de que, se a declaração de nomeação for válida, o nomeado
não pode legitimamente recusar-se ao cumprimento.

 Distinção entre o contrato com pessoa a declarar e estipulação em


favor de terceiro : na estipulação em favor de terceiro, o estipulante e o
promitente permanecem vinculados à relação contratual durante toda a
sua existência, enquanto aquele se mantém alheio, mesmo após a
aceitação. No contrato com pessoa a declarar um dos contraentes
primitivos é substituído pelo nomeado, que passa a figurar no contrato
retroativamente. Ainda: na estipulação em favor de terceiro é atribuído ao
beneficiário um simples direito; no contrato com pessoa a nomear o
electus adquire a inteira posição contratual, como se tivesse sido
contraente desde a sua celebração.
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
“Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes
reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e
assumir as obrigações dele decorrentes.”

• O art 467 permite a um dos contraentes reservar-se, no negócio


jurídico celebrado com a cláusula pro amico eligendo, a indicação
de outra pessoa que o substitua na relação contratual, adquirindo os
direitos e obrigações dela resultantes.

“Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de
cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se
revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.”
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
“Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos
antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do
contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.”

• Feita validamente a nomeação e manifestada a aceitação, a pessoa


nomeada adquire os direitos e assume as obrigações do contrato
como se estivesse presente como parte contratante desde a data de
sua celebração, independentemente de qualquer entendimento
prévio entre ela e o estipulante.

“Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:


I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a
aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no
momento da indicação.”

• O contrato terá eficácia somente entre os contratantes originários,


portanto, se não houver indicação da pessoa, se o nomeado se
recusar a aceitá-la ou era incapaz ou insolvente e a outra pessoa
desconhecia essa circunstância no momento da indicação.
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
“Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da
nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes
originários.”

• Caso a nomeação recaia sobre incapaz ou insolvente, reputa-se


como inexistente e produzirá efeitos apenas entre os contratantes
originais

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