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DEPRESSÃO ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Um quadro preocupante que nos leva a questionar: por que os alunos estão
adoecendo tão cedo no ensino superior?

Rafaelle Santos – UFMA


19 de Julho, 2018
São Luís - MA

“Nós sofremos uma pressão muito grande. Parece que a faculdade quer forçar a
reprovação dos alunos. Em épocas de prova, costumamos fazer mais de dez provas
por semana. Além disso, os professores passam trabalhos e temos que estudar,
fazer estágios, etc. É extremamente desgastante. Chegamos a ficar cerca de oito
horas por dia na faculdade. Além dos estudos em casa. Isso, somado a problemas
pessoais, pode ser insuportável”, diz Paschke.
(fonte: https://bhaz.com.br/2018/02/16/estudante-medicina-suicidio-faminas/)
Há um crescente grito por ajuda partindo dos estudantes universitários que
lutam contra problemas de saúde mental significativos no Brasil. De acordo com
alguns estudos, esses estudantes têm seis vezes mais chances de experimentar
depressão e ansiedade, tudo isso acometido pela sobrecarga dos estudos e o alto
indice de cobrança por parte dos professores. Entre esses casos, podemos citar a
de um jovem estudante de medicina que se suicidou após a pressão enfrentada pela
turma no âmbito universitário, logo após a sua morte, a FAMINAS (Faculdade de
Minas - Medicina) publicou uma nota de luto, de acordo com algumas informações
este seria o segundo caso dentro de 10 dias. Pelo que se observa, mais do que se
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enlutar, a sociedade precisa se preocupar com um fenômeno silencioso e grave: a


depressão entre os jovens.

A cobrança, no entanto, não parece se restringir somente ao campo

acadêmico, ela se inicia diariamente dentro das salas de aulas em escolas e

cursinhos, onde a cobrança por resultados exemplares é despertada às vésperas

dos principais vestibulares do Brasil.

“[...] Ao entrar no curso na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Juliana teve que

equilibrar a vida social, acadêmica, familiar e amorosa. “Eu entrei lá e fiquei

encantada, todos pareciam muito interessantes.” Aos poucos, com a competitividade

instaurada no curso, tinha menos confiança nas pessoas com quem se relacionava

[...].”

(fonte : Carta Capital, DAMASCENO, Victoria, 2017)

Juliana é apenas uma entre vários estudantes brasileiros que sofrem pela

pressão de entrar em uma universidade qualificada e ingressar no curso dos

sonhos. Se levarmos em consideração o ano de ingresso na universidade,

partimos da hipótese de que nos anos iniciais (primeiro e

segundo anos) os estudantes, em razão da adaptação ao novo

modelo de vida imposto pelo mundo universitário, estariam

mais suscetíveis a perturbações emocionais, desencadeando a partir daí

processos de depressão e ansiedade. O que seria um sonho, acaba por se tornar

um pesadelo, quando notamos a crescente demanda de jovens acadêmicos

reféns de um inimigo inato instalado na própria mente “o medo de não ser

capaz/bom o suficiente para se estar ocupando aquela vaga”, já que os seus

colegas de turma se tornaram meros adversários de campo.


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(fonte:https://www.cartacapital.com.br/sociedade/casos-de-suicidio-e-

depressao-deixam-universidades-em-alerta)

Um problema intimamente relacionado à depressão é o

suicídio. Foi analisado que o elevado risco de suicídio entre

estudantes universitarios em geral, está particularmente presente

entre estudantes de medicina, pois estes individuos se deparam com uma

enorme demanda de conteúdos nos primeiros períodos e logo após isso,

precisam lidar com o inerente medo de atuar no campo escolhido.

Não é raro lermos noticias de jovens que tiraram a própria vida durante a

graduação, não tão raro mas pouco noticiado pois muitas vezes este não é o tipo

de noticia que ganha a manchete dos jornais. Devido a isso, grande parte da

população se torna insensível a esse tipo de episódio, que é tão recorrente nos

dias de hoje, a exemplo disso temos o seguinte caso que ocorreu em Minas

Gerais “[...] Recentemente, no dia 8 de abril, um estudante de Engenharia Civil na

UFMG cometeu suicídio. Em luto, os colegas da vítima tiveram aulas e provas

canceladas. Dias antes de interromper sua vida, o estudante desabafou com um

amigo, dizendo que estava "a ponto de explodir" devido à rotina universitária, que é

repleta de pressões, cobranças, assédios, sobrecarga de atividades, etc [...].”


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(Fonte:http://www.esquerdadiario.com.br/Mais-um-suicidio-na-UFMG-o-que-

isso-nos-mostra-sobre-a-universidade)

Com isso, trazemos à tona a seguinte questão, por que as universidades estão

deixando os estudantes doentes? Seria a exaustiva rotina de cobranças para se

tornar um profissional eficiente ? Seria porventura o alto rigor acadêmico ?

Questões como estas nos trazem a reflexão de que esse não é um assunto a ser

deixado para trás, muitos jovens universitários sofrem diariamente e na sua

grande maioria se tornam pessoas isoladas/reservadas, por não conseguirem

expressar os sentimentos decorridos em seu interior. Os números de

acontecimentos por conta disso, apesar de alarmantes, seguem invisibilizados.

Falar sobre suicídio e transtornos mentais ainda é um enorme tabu, uma

consulta ao psicólogo deveria ser tão normal quanto uma visita ao cliníco geral,

porém a sociedade contemporânea na qual vivemos ainda se nega a discorrer

desse tipo de assunto, não falar sobre não minimiza a dor e o sofrimento,

depressão é um sintoma social, não um problema meramente biológico e

individual.

A ansiedade e estresse também se incluem como fatores iniciais que

desencadeam uma série propensa a depressão e suícidio, grande parte disso

pelo simples fato de ter se tornado um mecanismo de fuga na dificuldade de

adaptação dentro do ambiente acadêmico.

O período de início da universidade é um momento de transição que pode ser

gerador de ansiedade, dependendo de fatores como estrutura do ciclo básico,

da formulação da grade curricular, dos horários disponibilizados para os alunos

e do número de demandas. Adicionalmente, as características individuais de

cada aluno e a maneira como percebe os eventos que vivencia podem

influenciar a condição de ansiedade, tornando-a uma ameaça à saúde do

estudante e prejudicando sua formação profissional.

Por ser uma doença, a ansiedade pode ser descrita por diferentes sintomas
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como por exemplo: inquietação; presença de movimentos pouco comuns;

dificuldade de concentração; distúrbio do sono; fadiga; contração muscular; dor

abdominal; tremores; entre outros. Certamente, esses sintomas podem gerar

consequências negativas para a vida pessoal e a formação profissional do

estudante universitário, uma vez que as pessoas com níveis elevados de

ansiedade apresentam tendência a ter percepções negativas quanto às

habilidades motoras e intelectuais, podendo dar início à um quadro de

depressão em estágio primário. Logo, é necessário que o grupo primário (família

e amigos) dos estudantes estejam atentos não só para identificar as expressões

clínicas de ansiedade, mas também desenvolver serviços de apoio adequados

para eles.

Desamparo do grupo primário (familiares e amigos)

Jovens universitários têm sido expostos frequentemente a inúmeras situações às


quais precisam se adaptar - demandas e pressões externas vindas da família, do
meio social, etc, além de serem cobrados nas responsabilidades, obrigações,
autocríticas, dificuldades fisiológicas e psicológicas. Estes são os fatores que têm
levado a dois males da atualidade: ansiedade e depressão.
Observa-se que o suporte social, incluindo o suporte familiar, tem o objetivo de
amenizar os efeitos de eventos estressantes do cotidiano. sendo assim, aqueles que
teriam a ausência do suporte social ou familiar, estariam mais predispostos a
apresentarem um distúrbio psicológico/psiquiátrico quando submetidos a eventos
estressantes.
Ao entrarem na vida acadêmica, os estudantes se deparam com uma mudança
brusca e intensa, na sua rotina, nas atividades tanto física como emocionais e
mentais, além das obrigações de sala de aula e aquelas relativas à família. Tendo
em vista que a família deveria ser um porto seguro em meio ao caos desse
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processo, nota-se que em grande parte por este assunto ser um tabu na nossa
sociedade, passasse despercebido os indícios dos mais prévios sintomas de
ansiedade e depressão. O estudante sofre calado. O grupo familiar torna-se então
um dos fatores desencadeadores, passando a ser um dos vilões nesse processo,
sem nem se aperceber disto, com isso entra em cena o desamparo e a
insensibilidade.
A exigência dentro do ambiente familiar rodeado por cobranças em busca de uma
ascensão social, coloca a responsabilidade de um futuro promissor nas costas de
jovens que em sua maioria não estão prontos para assumir tal carga sobre si, a
família então encarrega os estudantes para cumprir tal “missão”. Este é apenas um
dos diversos contextos em que os familiares se sujeitam e acabam por não perceber
que ao invés de estar contribuindo para um futuro promissor, estão na verdade
contribuindo para uma cadeia de sintomas de doenças psicológicas. Em
contrapartida temos o ciclo de amizades, nesse caso observamos que em grande
parte, têm-se o amparo, porém nem todos conseguem se manter próximos por não
considerarem um problema seu, ou até mesmo por não perceber diversos sintomas
aparentes no paciente. Quando não amparado pelo grupo primário, o estudante
tende a se isolar do meio, a se afastar e assim desenvolver processos progressivos
de depressão e ansiedade, que por sua vez. se não for diagnosticado, resulta em
suicídio. Dentre várias notícias de universitários que cometeram suicídio nos últimos
anos, observamos que os mais comuns relatos de familiares estão atrelados a
comentários como “ninguém tinha dimensão do que se passava com ele (a)”, “era
uma pessoa muito reservada”.

Vítimas do sistema.
O que era pra ser um sonho, se tornou um pesadelo, tendo em vista que para
alcançar um dos maiores objetivos pessoais do jovem brasileiro, é necessário se
submeter a um sistema de avaliações e resultados, onde nem sempre o individuo
passa de primeira. Por conta disso muitos jovens sofrem de ansiedade na fase inicial
(vestibular), e acabam se tornando estudantes solitários, uma vez que o sistema o
obriga a ser o melhor, transmutando também o que seria um colega de classe para
então adversários de campo. Após isso, o estudante se depara com um rigoroso
sistema de cobrança no ambiente acadêmico, dentre esses fatores podemos citar a
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grande demanda de conteúdos, a exigências por parte dos professores, a


competitividade dentro da sala de aula, tudo isso implica em uma série de
desmotivações para o estudante universitário, que idealizou um sonho mas acaba
por se deparar com um pesadelo inerente a cada periodo letivo.

Nas tabelas abaixo, relatam-se os eventos descritivos da depressão.

Participaram desse estudo, 60 estudantes, a maioria proveniente do estado do


Maranhão. Com maior concentração no intervalo dos 20 aos 22 anos de idade
(55%), a maioria estava cursando o último período da universidade (29,3%).
De forma geral, grande parte desses estudantes, cerca de (77,8%) sentem-se mal
por não corresponderem as expectativas acadêmicas, aproximadamente (68,3%)
sentem-se cansados pela rotina universitária, outros (44,8%) sentem-se
pressionados à corresponder significativamente as expectativas acadêmicas criadas
pelo ambiente universitário.
A prevalência encontrada nessa população para o diagnóstico de depressão foi de
(66,7%), o gráfico abaixo demonstra a distribuição dos transtornos psicólogicos mais
suscetiveis aos alunos entrevistados.

Dentre esses fatores temos a porcentagem de sintomas apresentados por esses


alunos, temos a média de (33,3%) com ideação suicida. Cerca de 66,7% dos
estudantes que sofrem com depressão e ansiedade, tem como primeira reação
buscar ajuda com um profissional adequado e recorrer ao apoio familiar, porém
33,3% ainda se isolam e não comentam sobre o que sentem e passam. Esse tipo de
reação, por mais que inferior ao adequado, ainda revela como o processo ainda é
pouco trabalhado e tratado pela sociedade.
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É impossível estabelecer uma relação temporal entre início dos sintomas e o


ingresso na universidade. Em grande parte dos estudantes consultados a presença
de sintomas se inicia no período do pré-vestibular, bem como de estabelecer
causalidade entre as associações encontradas no último período entre os
estudantes que estão prestes a apresentar monografia. Estes achados sobre a
prevalência de depressão em estudantes universitários, é observado sobre condutas
no campo da saúde pública, visto ser iminente ações que possam ser direcionadas
ao cuidado do profissional adequado.

Tendo em base os respectivos resultados elaborados pela presente pesquisa,


chegou-se a conclusão que estes individuos estão entre a fase de resistência e
exaustão, portanto propensos a desencadear um processo de depressão.
As dimensões onde se concentram o maior indíce de depressão está entre
estudantes do último período, nos quais estão prestes a apresentar monografia e
enfrentar o vasto campo profissional, lidando com pressões externas e internas,
desafios e concorrentes de alto nível.
Diante dos resultados apresentados, percebe-se a necessidade de fortalecer o
Centro de Valorização da Vida (CVV), divulgando o número do centro (141) e
propagando o máximo de vezes possível, pois sempre terá alguém precisando de
ajuda e apoio, também é preciso promover suporte profissional sufiente para reduzir,
previnir ou até mesmo cessar as situações de ansiedade e depressão dentro das
universidades. Desta forma, a instituição de ensino formará profissionais cujo
desempenhos tornarão o individuo capaz e seguro de exercer sua função no
mercado de trabalho.
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Entender e trabalhar o individuo em busca de um ser que desenvolve estratégia de


enfrentamento de sucesso, capazes de garantir-lhe saúde em tempo integral e
conquista de seus objetivos pessoais, como cidadão e profissional.

REFERÊNCIAS

1. MELO. Julio . Prevalência de depressão entre estudantes universitários.J Bras


Psiquiatr, 55(4): 264-267, 2006 scielo.br/pdf/%0D/jbpsiq/v55n4/a01v55n4.pdf

2. OLGA. D . Fátima Níveis de stress e depressão entre estudantes universitários


tede.pucsp.br/bitstream/handle/15516/1/OlgaDeFatimaLeiteRios.pdf

3. SANTOS. Rafaelle – Pesquisa de abordagem sobre depressão entre


acadêmicos
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScWnVar6Sf6CxBrNabWUsSIZmUWr
xXKj01OrbQLU75ahMG-RA/viewform?c=0&w=1

4. FERNANDES, Victor – Suicídios na UFMG


https://bhaz.com.br/2017/05/21/suicidio-ufmg-acendem-alerta/

5. FRANÇA. Juliana – Saúde mental de estudantes


https://www.emaisgoias.com.br/saude-mental-de-estudantes-preocupa-
universidades-goianas/

6. PRATEZ. Palloma; OLIVEIRA. B. Felipe – Fatores relacionados á ansiedade em


estudantes
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https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/594

7. REZENDE. Carlos; B. Carolina; Palma. Ediane; S.P. Liliane Prevalência de


Sintomas Depressivos entre estudantes de Medicina
scielo.br/pdf/rbem/v32n3/v32n3a06

8. Centro de Apoio a Vida


https://www.cvv.org.br/blog/depressao-e-ansiedade/

9. Porcu M, Fritzen VC, Helber C. Sintomas depressivos nos


estudantes de Medicina da Universidade Estadual de Maringá. Psiquiatria na Prática
Médica. 2001; 34. Disponível em
http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppur/original501.htm

10. Estado de Minas – Morte de aluno de medicina causa comoção em faculdade de


BH

https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/11/28/interna_gerais,920400/mort
e-de-aluno-de-medicina-causa-comocao-em-faculdade-em-belo-horizont.shtml

11. NUNES. Batist; SAID. B. Adriana; RIGHETTO. Rosana - Estrutura e suporte


familiar como fatores de risco na depressão de adolescentes
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932001000200007

12. FUJITA. Fábio – O perigo da depressão


http://www.revistaeducacao.com.br/o-perigo-da-depressao/

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