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FACULDADE JUAZEIRO DO NORTE – FJN


ESPECIALIZAÇÃO EM MATEMÁTICA E FÍSICA

ANDRÉ LUIZ DA SILVA

JOGOS MATEMÁTICOS : ALTERNATIVA DE SOLUÇÃO AO DÉFICIT


DE APRENDIZAGEM

JUAZEIRO DO NORTE - CE
2013
1

FACULDADE JUAZEIRO DO NORTE – FJN

ANDRÉ LUIZ DA SILVA

JOGOS MATEMÁTICOS: ALTERNATIVA DE SOLUÇÃO AO DÉFICIT


DE APRENDIZAGEM

JUAZEIRO DO NORTE - CE
2013
2

ANDRÉ LUIZ DA SILVA

JOGOS MATEMÁTICOS: ALTERNATIVA DE SOLUÇÃO AO DÉFICIT


DE APRENDIZAGEM

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade


de Juazeiro do Norte – FJN, como parte dos requisitos para
a obtenção do título de Especialista em Educação
Matemática.

Orientador (a): Profª. Ms. Lucíola da Silva Freitas

JUAZEIRO DO NORTE - CE
2013
3

AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Juazeiro do Norte –


FJN, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em
Matemática e Física.

BANCA EXAMINADORA:

___________________________
Examinador 01

___________________________
Examinador 02

____________________________
Examinador 03

________________________
Local e Data
4

JOGOS MATEMÁTICOS: ALTERNATIVA DE SOLUÇÃO AO DÉFICIT DE


APRENDIZAGEM

André Luiz da Silva1


Lucíola da Silva Freitas2

RESUMO: O presente estudo, bibliográfico, visa discorrer sobre o déficit de aprendizagem em


matemática, analisando os jogos matemáticos enquanto estratégia adotada como alternativa de
solução a tal problemática. Os jogos matemáticos têm sido intensamente pesquisados por alguns
estudiosos, que por sua vez, demonstra preocupação com as deficiências de aprendizagem
apresentadas em larga escala pelos alunos na referida disciplina. Podendo, portanto, os jogos
matemáticos serem encarados como alternativa de solução com bastante aceitação por parte dos
educandos. O trabalho traz uma análise bibliográfica sobre a importância de uma aprendizagem
deficiente na disciplina matemática, enfatizando sua utilização no cotidiano, assim como, traz as
definições de aprendizagem e discorre sobre o déficit identificado no que se refere à matemática, bem
como também, descreve sobre a utilização dos jogos matemáticos na visão de outros autores. O
objetivo deste estudo está em propor uma alternativa de solução aos problemas decorrentes do
processo de ensino aprendizagem em matemática, de forma a contribuir positivamente para a
qualidade educacional brasileira.

Palavras – chave: Aprendizagem; Déficit; Matemática; Jogos.

ABSTRACT

The present study, literature review, aims to discuss the learning deficit in mathematics, mathematical
games while analyzing the strategy adopted as an alternative solution to this problem. The mathematical
games have been intensively studied by some scholars, in turn, shows concern with learning disabilities
presented on a large scale by the students in that discipline. Can therefore be regarded mathematical
games as an alternative solution with enough acceptance by students. The paper presents a literature
review on the importance of learning disabled in a mathematical discipline, emphasizing its use in
everyday life, as well as bring the definitions of learning and discusses the deficit identified in relation to
mathematics, and also describes about the use of mathematical games in the view of other authors.
The objective of this study is to propose an alternative solution to the problems arising from the process
of teaching and learning in mathematics, in order to contribute positively to the quality of education in
Brazil..

Key - words: Learning; Deficit; Mathematics; Games..

1
Aluno do curso de pós-graduação em Matemática e Física da Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN
2
Professora da disciplina de Metodologia Científica, mestre em educação, orientadora do artigo.
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INTRODUÇÃO

Atualmente, nos mais variados campos da atividade humana, a aprendizagem


em matemática se faz necessária, sendo o domínio de alguns conceitos e processos
matemática imprescindíveis na manutenção da qualidade de vida humana que
conhecemos. O desenvolvimento da capacidade de raciocínio lógico tem-se mostrado
fundamental não apenas na atividade matemática, mas em grande parte das demais
profissões. (LOPES; SOUSA, 2009)
A matemática, tem sido tradicionalmente vista como uma ciência rigorosa,
formal e abstrata, podendo o processo de ensino aprendizagem, em virtude de tal
contextualização, encontrar-se carregado de dificuldades. Sendo comum ao
professor, apresentar definições, resolver exemplos e exigir dos alunos a resolução
de exercícios de fixação. (SELVA, 2009)
Sabe-se que os jogos não são elementos modernos da vida cultural dos povos,
muito pelo contrário, sempre estiveram presentes, possuindo, portanto, um papel
peculiar para os seres humanos. (MELO, 2009) O que antes era encarado como o
simples ato de “brincar” foi adquirindo novos conceitos, podendo hoje, afirmarmos que
o ato de brincar é também um ato de aprendizagem.
Os jogos, quando trabalhados em grupo, despertam nas crianças muito mais
do que conhecimento ou divertimento, é uma atividade carregada de aspectos
emocionais, morais e sociais, fundamentais para a formação do ser humano e para o
convívio em sociedade. (MELO, 2009) Através dos jogos, a criança desenvolve a
capacidade de relaciona-se consigo e com os outros, tendo os jogos, ainda, o poder
do encantamento, bem como, favorecimento do entendimento dos conceitos. Os
jogos, dentro deste contexto, desempenham papel relevante no processo de ensino-
aprendizagem, uma vez que, a criança que joga, está ao mesmo tempo agindo,
convivendo, estabelecendo regras e porque não, aprendendo. (BARBOSA, 2008)
Diante do exposto acima, justifica-se a importância da realização deste estudo,
bibliográfico, por ser o tema, atual nas discussões dos estudiosos e relevante no que
refere-se ao processo de ensino aprendizagem, bem como, da existência de um
amplo campo de abertura a sua utilização nas salas de aulas.
Este estudo encontra-se estruturado da seguinte maneira: no capítulo 1
estabelecemos a importância da matemática. No capítulo 2 abordam-se as definições
6

de aprendizagem. No capítulo 3 discutimos o déficit de aprendizagem em matemática.


No capítulo 4 discorreremos sobre os jogos matemáticos, visto como alternativa de
solução ao quadro identificado no capítulo 3. No capítulo 5 detalha-se as
considerações metodológicas.
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1. A MATEMÁTIDA DO COTIDIANO

A principal função da matemática escolar está em desenvolver nos discentes


as competências e habilidades necessárias aos mesmos, para que sejam capazes de
solucionar problemas do cotidiano. Sendo esta ciência, a matemática, de
inquestionável utilidade no dia-a-dia de todas as pessoas.

A matemática está presente na vida da maioria das pessoas de maneira


direta ou indireta. Em quase todos os momentos do cotidiano, exercita- se os
conhecimentos matemáticos. Apesar de ser utilizada praticamente em todas
as áreas do conhecimento, nem sempre é fácil mostrar aos alunos,
aplicações que despertem seu interesse ou que possam motivá-los através
de problemas contextualizados. (BARBOSA, 2008, p.8)

Em consonância com o pensamento da autora acima, destaca-se que muito


embora a matemática possua este caráter intensamente presencial na vida prática
das pessoas, é ensinada pela grande maioria dos docentes, em geral, de maneira
descontextualizada para os alunos, que durante as aulas, não conseguem identificar
facilmente a utilização prática dos conceitos vistos em salas de aulas.
Segundo os PCN’s (1997) a matemática objetiva a formação dos cidadãos,
utilizando-se da linguagem matemática como meio de produção, expressão e
comunicação de idéias. Ainda de acordo com Barbosa (2008, p.8) isto implica em
“preparar para o mundo do trabalho, ter uma relação com as outras pessoas que vivem
no seu meio social”.
A matemática possui ainda estreita ligação com as mais diversas ciências e
tecnologias existentes e cada vez mais presentes na sociedade atual. Os
conhecimentos adquiridos devem ter e têm utilidade e é fundamental para a
aprendizagem, que os alunos saibam aplicá-los. Um saber não de apenas erudição,
mas um instrumentalizador de poder, seja o poder de transformar uma árvore em
armário, quer o da produção de tecnologia de levar o homem a lua. (ROSA NETO,
2003)

como ciência, a Matemática engloba um amplo campo de relações,


regularidades e coerências, que exige algumas capacidades individuais
como: a curiosidade, a investigação, a capacidade de generalizar, projetar,
prever e abstrair. O desenvolvimento destas amplia os meios para que o
sujeito compreenda o mundo que o cerca, tanto em situações mais próximas,
8

presentes na vida cotidiana, como naquelas de caráter mais geral. (MELO,


2009, p.7-8)

Deste modo, não há como discutir a utilização prática dos conhecimentos


matemáticos, sendo a contextualização durante as aulas de matemática útil a este
propósito, uma vez que, funciona como facilitador do entendimento entre os alunos,
por serem os mesmos, capazes de enxergar a utilidade prática que muitos afirmam
inexistir.
Segundo Oliveira (apud MELO, 2009, p.8) “face ao desenvolvimento científico
e tecnológico, é difícil o setor da sociedade em que a matemática não esteja presente.”
Salienta que existe uma necessidade imperativa de que o aluno domine os conteúdos
de tal disciplina, por ser base para a construção de conhecimentos relacionados a
outras áreas, estando presente não apenas nas ciências exatas, mas também nas
naturais e sociais, bem como nas formas de expressão e comunicação.

2. APRENDIZAGEM

A variedade conceitual no que se refere a aprendizagem possui valor


heurístico, por encerrar possibilidades de ser um efetivo instrumento de análise,
reflexão e planejamento das ações. Sendo o ato de aprender fundamental na
manifestação do desempenho das pessoas. (ABBAD; BORGES; ANDRADE, 2004)
Alguns estudiosos afirmam ser a aprendizagem o processo de alteração na conduta
dos indivíduos, sendo o ato ou vontade de aprender, essencial.
Aprender pode ser visto como o ato de incorporar comportamentos novos.
Sendo o comportamento, ato humano dotado de sentidos, pode ser visto como forma
de comunicação e expressão de desejos. (NORONHA, 1985) Segundo Piaget
(1971,1973,1977) os conceitos básicos de aprendizagem se inter-relacionam com os
conceitos de acomodação, adaptação e equilibração. Muito embora, o autor não
enfatize propriamente o conceito para aprendizagem.

O conceito de aprendizagem emergiu das investigações empiristas em


Psicologia, ou seja, de investigações levadas a termo com base no
pressuposto de que todo conhecimento provém da experiência. Isso significa
afirmar o primado absoluto do objeto e considerar o sujeito como uma tábula
rasa, uma cera mole, cujas impressões do mundo, formadas pelos órgãos
dos sentidos, são associadas umas às outras, dando lugar ao conhecimento.
9

O conhecimento é, portanto, uma cadeia de idéias atomisticamente formada


a partir do registro dos fatos e se reduz a uma simples cópia do real. (GIUSTA,
1985, p.26)

O homem, desde o seu nascimento, move-se na direção do aprendizado,


através dos estímulos internos e externos, das motivações e necessidades. Desde o
aprender a falar, a andar, até o convívio social por completo. Muitos aspectos
cognitivos mobilizam o processo de aprendizagem: (1) visual, (2) auditivo, (3)
leitura/escrita e (4) ativa (fazer).
A humanidade sem aprendizagem (aquisição de novos conhecimentos) estaria
amarrada aos grilhões do tempo, incapaz de proporcionar aos homens o conforto e
resolutividade que hoje possuem. Quase tudo estaria intacto, em todas as áreas do
conhecimento, desde a matemática ao setor da saúde. Sem conhecimento, o homem
se assemelha aos demais animais, sendo assim, seriam incapazes de promover
mudanças.

3. APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA (CONTEXTO ESCOLAR)

A matemática dentro do contexto escolar, em todo o seu desenvolvimento


histórico foi assumindo formas diferenciadas no trabalho docente. (MELO, 2009)
Abrindo-se espaço para novas metodologias, ligadas às diferentes tendências que o
processo educacional assumiu historicamente. (LIBÂNEO, 1998)
O professor de matemática, educador intencional, deve estar atento não
apenas ao conteúdo, mas as metodologias a serem adotadas para a transmissão dos
mesmos. Preocupando-se também em conhecer a realidade de seus alunos, fim de
identificar os interesses, necessidades e expectativas dos mesmos em relação ao
ensino e a vida escolar. (BARBOSA, 2008)
Ressalva-se que as dificuldades de aprendizagem aqui relatadas estão
dissociadas de patologias clínicas, como a Discalculia.

[...] tem-se buscado, sem sucesso, uma aprendizagem em Matemática pelo


caminho da reprodução de procedimentos e da acumulação de informações;
nem mesmo a exploração de materiais didáticos tem contribuído para uma
aprendizagem mais eficaz, por ser realizada em contextos pouco
significativos e de forma muitas vezes artificial. (PCN, 1998, p.38)
10

Segundo Souza (2006, p. 44), “o ensino da matemática atravessa uma situação


de grande desconforto, tanto para quem aprende como para quem ensina.”. as
dificuldades em matemáticas vista sob o ângulo dos alunos é quase como que lenda,
por englobar grande parcela dos estudantes, já as dificuldades vistas sob o ângulo do
educador não constituem relação direta com este estudo e portanto, serão
desconsideradas.
Há atualmente uma preocupação crescente em contextualizar os exercícios de
matemática, tendência claramente visível nos livros, questões de concursos e
vestibulares, que têm direcionado relevante ênfase em problemas que envolvam
situações do cotidiano das pessoas. Esta tendência tem invadido também as salas de
aulas, na expectativa por resultados positivos, uma vez que, relatar sobre dificuldades
na aprendizagem da matemática não é qualquer novidade.

Dentro da resolução de problemas, a introdução de jogos como estratégia de


ensino- aprendizagem na sala de aula é um recurso pedagógico que
apresenta excelentes resultados, pois cria situações que permitem ao aluno
desenvolver métodos de resolução de problemas, estimula a sua criatividade
num ambiente desafiador e ao mesmo tempo gerador de motivação, que é
um dos grandes desafios ao professor que procura dar significado aos
conteúdos desenvolvidos. (BARBOSA, 2008, p. 9)

A busca por contextualizar e sanar as deficiências de aprendizagem em


matemática tem apontado na direção da produção de aulas mais dinâmicas, sendo a
utilização de jogos, proposta por alguns autores.

4. JOGOS MATEMÁTICOS: ALTERNATIVA DE SOLUÇÃO AO DÉFICIT DE


APRENDIZAGEM.

Das dificuldades apresentadas no ensino aprendizagem da matemática,


nascem novas propostas metodológicas, sendo a utilização dos jogos em salas de
aulas, vista por muitos autores e aqui proposta como alternativa de solução a tal
problemática.
Segundo Melo (2009, p.6) “o uso dos Jogos no Ensino de Matemática pode ser
considerado didaticamente como estratégia de ensino e também como tendência
matemática. Sabe-se que há outras como: História da Matemática, a Etnomatemática,
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Modelagem, a Resolução de problemas, Tecnologias e Investigação; no entanto,


optou-se pelo jogo como objeto desse estudo. A escolha se deu em função de se
acreditar que ele seja um recurso que contribui, em diferentes dimensões, com o
processo de ensino-aprendizagem.”

[...] Uma atividade lúdica e educativa, intencionalmente planejada, com


objetivos claros, sujeita a regras construídas coletivamente, que oportuniza
a interação com os conhecimentos e conceitos matemáticos, social e
culturalmente produzidos, o estabelecimento de relações lógicas e numéricas
e a habilidade de construir estratégias para a resolução de problemas.
(AGRANIONIH; SMANIOTTO, 2002, p.16 grifo nosso)

O jogo não deve ser visto como brincadeira, simples momento de diversão,
deve ser encarado como momento de aprendizado e portanto, deve ser uma atividade
planejada, com objetivos claros e orientadas na direção da obtenção dos mesmos.

A atividade de jogar, se bem orientada, tem papel importante no


desenvolvimento de habilidades de raciocínio como organização, atenção e
concentração, tão necessárias para o aprendizado, em especial da
Matemática, e para a resolução de problemas em geral. [...] Também no jogo,
identificamos o desenvolvimento da linguagem, criatividade e raciocínio
dedutivo, exigidos na escolha de uma jogada e na argumentação necessária
durante a troca de informações.(BORIN, 2004, p.8)

Ao professor, apenas utilizar os jogos não soluciona a problemática. Segundo


Grando (2007, p.45) os jogos são utilizados inadequado e improdutivo.

é comum o professor utilizar os jogos no final da aula, nos minutos restantes,


para fixar um determinado conteúdo ou desenvolver uma habilidade. Raras
vezes existe um trabalho intencionalmente planejado, com intervenções
pedagógicas previstas pelo professor e com continuidade de várias aulas. [...]
Acreditamos que isto ocorra, muitas vezes, pelo pouco conhecimento por
parte dos educadores das potencialidades e limites de cada jogo. Além do
desconhecimento de um trabalho sistemático de intervenção pedagógica com
jogos em sala de aula (GRANDO, 2007, p. 45).

Segundo Melo (2009, p.6) “o jogo pode ser praticado como mera atividade
lúdica, sem a preocupação de trabalhar conteúdos”, porém se o objetivo é a
aprendizagem, há que se haver planejamento.
Em situações envolvendo jogos, o sujeito participa de forma ativa sobre seu
próprio aprendizado, estimulando o raciocínio lógico, o pensamento independente, a
criatividade e a capacidade de solucionar problemas. (BARBOSA, 2008) Possuindo
ainda, os jogos, caráter dinâmico e motivador, bem como contextualiza o aluno com a
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vivência dentro de regras pré-estabelecidas. Ainda segundo Barbosa, podem tornar-


se recurso pedagógico eficaz na construção do conhecimento matemático, podendo
sim, ser visto como “instrumentos facilitadores da aprendizagem”.
Segundo o MEC (2006 apud Barbosa, 2009, p.12) “um dos grandes desafios
do ensino da matemática é a abordagem de conteúdos para a resolução de
problemas.” Sendo os jogos, uma forma do aluno aplicar seus conhecimentos
matemáticos para solucionar determinada situação.
Ao desenvolver as habilidades de jogar, o aluno vivencia momentos de
investigação e descoberta, reflexão e analise das regras, estabelecendo relações
entre os elementos dos jogos e os conceitos matemáticos (SMOLE; DINIZ; MILANI,
2007) A construção do conhecimento a partir de elementos prévios Segundo Piagete
& Garcia (apud MOURA, 1992, p.46) “nunca é um estado, mas sim um processo”.
Sendo o jogo, portanto, um processo no qual o aluno utiliza-se de conhecimentos
prévios, interpretação de regras e raciocínio. (SELVA, 2009)

O jogo para ensinar matemática deve cumprir o papel de auxiliar no ensino


do conteúdo, propiciar a aquisição de habilidades, permitir o desenvolvimento
operatório do sujeito e, mais, estar perfeitamente localizado no processo que
leva a criança do conhecimento primeiro ao conhecimento elaborado.
(MOURA, 1992, p.47)

Neste caso, em consonância com os pensamentos de Moura (1992) se o jogo


auxilia, ele facilita a aprendizagem. Destacando o fato de que, os jogos contribuem
para a formação social do aluno, inserindo nele conceitos de respeito, cooperação,
responsabilidade, justiça, iniciativa e respeito às regras.
Segundo Rego (2000, p.19) o jogo, visto como recurso didático, exige atenção
e técnica do professor.

1)Dar tempo para que os alunos conheçam o material. Em uma primeira


etapa é importante que os explorem livremente. Apresentadas às regras, o
professor atua apenas como mediador, pois a aprendizagem e interpretação
das mesmas têm um grande valor didático, inclusive levando os alunos a
aprenderem a questionar, negociar, colocar seu ponto de vista e discutir com
seus colegas até chegarem a um consenso; 2)Criar no aluno hábito de
comunicar e trocar idéias. Os diferentes processos, resultados e as
estratégias usadas para obtê-las devem também ser sempre discutidos com
a turma. Durante o desenvolvimento das atividades o professor pode guiar os
alunos a descoberta de fatos específicos, através de perguntas ou desafios.
Cada sessão deve terminar com um registro individual ou do grupo, caso
tenham discutido de maneira solidária; 3)Propor atividades, mas estar aberto
a sugestões e modificações das mesmas ao longo de sua realização.Vale
lembrar que modificações realizadas na regra de um jogo podem levar à
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criação de novos e interessantes jogos. O professor precisa estar atento e


aberto a novas abordagens ou descobertas, mesmo que um certo momento
determinadas observações lhe pareçam sem sentido; 4)Realizar uma escolha
responsável e criteriosa do material; 5)Planejar com antecedência as
atividades, procurando conhecer bem o material a ser utilizado, para que o
mesmo possa ser explorado de forma eficiente, usando de bom senso para
adequá-los as necessidades da turma.

Sendo assim, faz-se importante destacar que o jogo pode e deve ser utilizado
como ferramenta de auxílio a aprendizagem, mas que para que isto ocorre, não deve
ser encarada pelo professor como mero momento de divertimento por parte dos
alunos.

5. METODOLOGIA.

Este estudo, se deu de forma bibliográfica, que segundo Marconi & Lakatos
(2001, p.44) compreende oito fases distintas: (1) Escolha do tema, (2) Elaboração do
plano de trabalho, (3) Identificação, (4) Localização, (5) Compilação, (6) Fichamento,
(7) Análise e interpretação e (8) redação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os problemas no processo de ensino aprendizagem da matemática não são


recentes, sendo a aceitação prática da disciplina, questionada pelos estudantes, que
muitas vezes apresentam dificuldades em associar os conceitos vistos em salas de
aula com as necessidades de suas vidas práticas.
A contextualização das aulas de matemática parece-nos tendência entre os
livros, a fim de tentar solucionar a situação acima descrita, mas, mais do que isto,
estudiosos têm investido na busca de novas metodologias, que fujam as aulas
tradicionais que tanto conhecemos.
Na proposição de muitos estudiosos, em especial dos autores aqui citados, as
aulas com utilização de jogos são valorizadas, definidas como: objetivas proveitosas,
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propícias a facilitarem a aprendizagem, contribuindo inclusive de forma do caráter


social e no desenvolvimento dos educandos.

Por fim, vale frisar o consenso entre diversos autores, de que a utilização dos
jogos pode ser visto como metodologia facilitadora da aprendizagem em matemática.
Eles acreditam que a utilização dos jogos aproxima os alunos do conhecimento,
permitindo a vivência de situações problemas.

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