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Fátima Mustafa
Beira
2019
Fátima Mustafa
Docentes:
Beira
2019
Trabalho de Investigação Quimioterápicos
Avaliado por:________________________________
Nota:____________________________ (________)
________________________
(Fátima Mustafa)
________________________
Beira
2019
Índice
Resumo ....................................................................................................................................... II
1. Introdução ............................................................................................................................. 1
2. Objectivos ............................................................................................................................. 2
3.5. Diagnóstico..................................................................................................................... 6
4. Conclusão ........................................................................................................................... 18
Resumo
O câncer do colo do útero geralmente resulta de infecção por vírus do papiloma humano (HPV),
transmitido durante a relação sexual.
Ele pode causar sangramento vaginal irregular, mas os sintomas podem não aparecer até que o
câncer tenha aumentado ou se disseminado. Exames de Papanicolau geralmente podem detectar
anomalias, que são, depois, enviadas para biopsia. Realizar exames regulares de Papanicolau e se
vacinar contra o HPV pode ajudar a prevenir o câncer do colo do útero. O tratamento geralmente
envolve cirurgia para remover o câncer e muitas vezes o tecido circundante e, muitas vezes, se os
tumores forem grandes, radioterapia e quimioterapia.
O presente trabalho, abordar-se-á sobre cancro do colo do útero ou câncer cervical que é
frequentemente um carcinoma de células escamosas causado por infecção por HPV; menos
frequentemente é um adenocarcinoma. A neoplasia cervical é assintomática; o primeiro sintoma
do câncer em estádio inicial é geralmente irregular, sendo muitas vezes o sangramento vaginal
pós-coito. O diagnóstico é por exame cervical com Papanicolai ou e biopsia. O estadiamento é
clínico. O tratamento normalmente inclui ressecção cirúrgica para doença em estágio inicial ou
radioterapia mais quimioterapia para doença localmente avançada. Se o câncer estiver
amplamente metastatizado, em geral quimioterapia é utilizada isoladamente.
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2. Objectivos
2.1.Geral
2.2.Específicos
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3. Revisão da literatura
Cancro é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento
desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se
(metástase) para outras regiões do corpo.
“O Cancro de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo
Vírus de Papiloma Humano (HPV). Este pode se manifestar através de verrugas na mucosa da
vagina, do pénis, do ânus, da laringe e do esófago, ser assintomático ou causar lesões detectadas
por exames complementares. É uma doença demorada, podendo levar de 15 a 20 anos para o seu
desenvolvimento ”(Ramos, 2019).
Segundo o Instituto Nacional de Câncer INCA (2015), o câncer de colo de útero é o segundo
tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.
Fonte :http://telessaude.co.mz/2019/03/cancro-do-colo-do-utero.
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3.2. Etiologia
Segundo OMS (2017), INCA (2015) os factores de risco para cancro do colo do útero incluem:
3.3.Epidemiologia
O cancro cervical ou cancro do colo do útero é o terceiro câncer ginecológico mais comum e o
oitavo câncer mais comum entre as mulheres nos EUA. A média etária no diagnóstico é 50 anos
de idade, mas o cancro pode ocorrer tão precocemente quanto 20 anos. Nos Estados Unido de
América, estima-se que tenha causado 12.990 novos casos e 4.120 mortes em 2016.(MSD,
2016).
A Organização Mundial da Saúde, OMS, estima que o cancro do colo do útero afecta 32% do
total das mulheres pacientes de cancro em Moçambique.
A Rádio ONU, ouviu o ponto focal para Doenças Não Transmissíveis da representação da OMS
em Moçambique. Raquel Mahoque revelou as estatísticas atuais sobre a doença no país.
“Em relação a Moçambique segundo a Globocan temos cerca de 945 casos novos do cancro da
mama e 512 mortes; Para o cancro do útero cerca de 3,7 mil casos novos e 2,5 mil mortes.
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De referir que para o cancro da mama, 54 mulheres em cada 100 morrem de cancro da mama e
64 em cada 100 morrem de cancro de útero.”
Taxa de mortalidade ajustada pela população mundial por câncer do colo do útero.
Regiões. Brasil, 1980 a 2016
3.4.Sinais e sintomas
O cancro cervical inicial pode ser assintomático. Quando há sintomas, frequentemente pode
apresentar os seguintes sinais e sintomas:
Sangramento vaginal irregular, que é mais comum pós-coito, mas pode ocorrer
espontaneamente entre as menstruações. As neoplasias maiores têm mais probabilidade de
sangrar espontaneamente e podem causar corrimento vaginal fétido ou dor pélvica. Câncer
mais disseminado pode causar uropatia obstrutiva, dor lombar e edema nas pernas
decorrentes de obstrução venosa ou linfática. (MSD, 2016).
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As lesões ou feridas iniciais no colo do útero provocadas pelo vírus HPV podem não provocar
sintomas. Quando a doença se agrava para cancro do colo do útero normalmente a mulher pode
sentir ou ter:
3.5.Diagnóstico
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considerado em mulheres com: Visíveis lesões cervicais; Resultado anormal do teste
rotineiro de Papanicolau; Sangramento vaginal anormal.
Segundo o Ministério da Saúde 2019, o cancro do colo do útero é estadiado a partir do sistema
estabelecido pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), que se baseia
mais no exame clínico do que nos achados cirúrgicos. Apenas os testes e métodos não invasivos
a seguir podem ser usados no estadiamento da doença, quando se utiliza o sistema FIGO:
palpação, inspecção, colposcopia, curetagem endocervical, histeroscopia, cistoscopia,
proctoscopia, urografia intravenosa, conização e radiografia do tórax e do esqueleto.
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3.6.1. Estadiamento de acordo com FIGO
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Vacinar as meninas contra o HPV entre a idade de 9 e 20 anos. A vacina reduz o risco de
desenvolver o câncer cervical em 93% e também protege contra o câncer de vagina, câncer
de vulva, câncer retal, câncer de faringe e câncer de boca, que também associados ao HPV. A
vacina nos homens também previne cânceres masculinos como o câncer de pénis e a
transmissão;
Mudança de comportamentos sexuais de risco para reduzir a transmissão de doenças sexuais;
Adiamento das relações sexuais nas meninas;
O rastreio e tratamento das lesões ou feridas iniciais do colo do útero. Através do exame de
Papanicolau e da colposcopia é possível realizar a monitorização das mulheres saudáveis
para detectar lesões intracervicais (CIL). O exame deve ser repetido a cada 5 anos em
mulheres sem factores de risco, a cada 3 anos com baixo risco e anualmente quando há alto
risco.
3.8.Tratamentos não farmacológico
Segundo a OMS (2018), FIGO(2018) e INCA (2015) o tratamento desse câncer pode ser
realizado por:
Cirurgia;
Radioterapia.
3.8.1. cirurgia
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Histerectomia simples- consiste na remoção do útero, preservando as estruturas próximas ao
órgão.
Histerectomia radical- consiste na remoção do útero juntamente com os tecidos próximos
ao órgão e a parte superior da vagina, próximo ao colo do útero.
Traquelectomia- consiste na remoção do colo do útero e a parte superior da vagina, mas não
o corpo do útero.
Dissecção dos Linfonodos Pélvicos- remoção de alguns linfonodos para verificar se existe
disseminação linfonodal.
3.8.2. Radioterapia
Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o local,
para depois realizar a radioterapia interna.
3.9.Tratamento farmacológico
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3.9.1. Classe farmacológica de câncer do colo do útero
Cisplatina ou Carboplatina
Doses: Dependem do tumor e do protocolo adoptado(FNM, 2009).
RAM: Neuropatia periférica; nefrotóxico; ototoxicidade; mielossupressaõ rara nas doses
usuais. A hipomagnesemia, hipocalciúria e hipokaliemia são complicações comuns
(FNM,2007).
Contra-indicação: Grave depressão da medula óssea, Comprometimento renal ou da
audição(Golan,2009)
Nota: A co-administraçaõ de amifostina com cisplatina pode limitar a nefrotoxicidade
(Golan, 2009).
Mecanismo de acção: acredita-se que a cisplatina atua de modo semelhante aos agentes bis-
alquilantes, através de sua acção sobre os centros nucleofílicos na guanina (N-7 e O-6),
adenina (N-1 e N-3) e citosina (N-3).
O fármaco estabelece ligações cruzadas intrafita entre resíduos de guanina adjacentes, resultando
em lesão do DNA. Essa característica estrutural é crítica para a acção da cisplatina(Golan, 2009,
pg. 646)
Paclitaxel ou Docetacel
Uso clinico: câncer de colo do útero (Golan, 2009)
Doses: Dependem do tumor e do protocolo adoptado (FNM, 2009).
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RAM: Mielossupressaõ , toxicidade pulmonar, reacção de hipersensibilidade grave, miopatia,
neuropatia periférica, alopecia, distúrbio gastrintestinal, artralgia (Golan,2009)
A reacção de hipersensibilidade grave, pode ser evitado pela administração de dexametasona
(um agonista dos receptores de glicocorticóides) e de um antagonista dos receptores de
histamina H1 antes do tratamento com paclitaxel (GOLAN, 2009).
Contra-indicação: Neutropenia grave(Golan, 2009)
Notas e Precauções: Pré-medicaçaõ de rotina com corticóide, anti-histamiń ico H2 para
prevenir reacções graves de hipersensibilidade(FNM, 2009).
Mecanismo de acção: Ligam-se à tubulina polimerizada e inibem a despolimerização dos
microtúbulos (Golan, 2009)
3.9.2. protocolo de tratamento de câncer do colo de útero
A biopsia em cone
Traquelectomia radical
As opções de tratamento para mulheres que não querem manter a fertilidade são:
Histerectomia simples ou
Histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos
Estádio IA2 e IB1microscópico e <4 cm (sem invasão estromal cervical profunda
terço medial ou profundo, ou invasão linfovascular):
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As opções de tratamento para mulheres que não querem manter a fertilidade são:
Histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos e amostragem dos linfonodos
para-aórticos.
Cisplatinaassociada a Radioterapia
Ondansetrona 16mg
Dexametasona 10mg
Estádio IB1 e IIA1<4 cm (sem invasão estromal cervical profunda terço medial ou
profundo invasão linfovascular
As opções de tratamento para mulheres que não querem manter a fertilidade são:
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Histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos e alguns linfonodos da região
paraaórtica.
Carboplatina AUC2
Mensal.
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Estádio IIB, III e IVA
Neste estágio, a doença se disseminou para outros órgãos e já não é considerada curável. As
opções de tratamento incluem radioterapia para aliviar os sintomas da doença.
1a Primeira Linha
Cisplatina e Paclitaxel
Paclitaxel 175mg
Difenidramina 50mg
Ranitidia 500mg
Dexametasona 10mg
Ondansetrona 16mg
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Mecanismos de acção de Ondasentrona: bloqueiam os receptores de 5-Hidroxitriptamina tipo3
no centro do vómito e na zona de gatilho quimiorreceptora, impedindo a iniciação do refluxo de
vómito na periferia.
Carboplatina e Paclitaxel
Carboplatina AUC 5 D1
Paclitaxal 175MG/M2 D1 EV em 3h
Difenidramina 50MG EV
Ranitidina 50MG EV
Dexametasona 10MG EV
Nausedron 16MG EV
Cada 21dias
“Para o farmacêutico clínico a monitorização dos efeitos adversos dos fármacos carboplatina e
cisplatina devem ser realizados regularmente durante os ciclos de quimioterapia”, afirma
Santana.
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3.9.3. Possíveis Efeitos Colaterais
Náuseas e vómitos;
Perda de apetite;
Perda de cabelo;
Feridas na boca;
Fadiga;
Infecção, devido a diminuição dos glóbulos brancos;
Hemorragia ou hematomas, devido a diminuição das plaquetas;
Falta de ar, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos;
A hepatotoxicidade;
Nefrotoxicidadee;
Neurotoxicidade também estão presentes em muitos pacientes, com necessidade de
acompanhamento pelo farmacêutico clínico”, aconselha Santana.
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4. Conclusão
Entretanto, depois de tanto esforço, muitas pesquisas em PDF, livros físicos, sites como Google
académico e siello conclui-se que o Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina
ocasionada principalmente pelo HPV, o papiloma vírus humano. Este pode se manifestar através
de verrugas na mucosa da vagina, do ânus, da laringe e do esófago, ser assintomático ou causar
lesões detectadas por exames complementares. Quanto mais jovem a mulher tiver sua primeira
relação sexual, e quanto mais parceiros sexuais ela tiver tido, maior o risco de câncer do colo do
útero.
Portanto, quanto mais jovem a mulher tiver sua primeira relação sexual, e quanto mais parceiros
sexuais ela tiver tido, há maior o risco de desenvolver o câncer do colo do útero.
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5. Referencias Bibliográficas
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