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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Farmácia

Fátima Mustafa

Júlia José Simango

Cancro do Colo do Útero

Trabalho de Investigação de Quimioterápicos

Beira

2019
Fátima Mustafa

Júlia José Simango

Cancro do Colo do Útero

Trabalho de investigação apresentado ao


docente de Quimioterapia, do 3º Ano do
Curso de Licenciatura em Farmácia da
Universidade Católica de Moçambique,
como requisito parcial de obtenção de
média de frequência da disciplina.

Docentes:

dr. Simone Armando Chunguane

dra Telda Lemos Sozinho

Beira

2019
Trabalho de Investigação Quimioterápicos

Avaliado por:________________________________

Nota:____________________________ (________)

________________________

(Fátima Mustafa)

________________________

(Júlia José Simango)

Beira

2019
Índice

Lista de símbolos e abreviaturas .................................................................................................. I

Resumo ....................................................................................................................................... II

1. Introdução ............................................................................................................................. 1

2. Objectivos ............................................................................................................................. 2

2.1. Geral ............................................................................................................................... 2

2.2. Específicos ..................................................................................................................... 2

3. Revisão da literatura ............................................................................................................. 3

3.3. Epidemiologia ................................................................................................................ 4

3.4. Sinais e sintomas ............................................................................................................ 5

3.5. Diagnóstico..................................................................................................................... 6

3.6. Estadiamentodo câncer do colo do útero ........................................................................ 7

3.7. Métodos de Prevenção ................................................................................................... 8

3.8.1. cirurgia ......................................................................................................................... 9

3.8.2. Radioterapia ............................................................................................................... 10

4. Conclusão ........................................................................................................................... 18

5. Referencias Bibliográficas .................................................................................................. 19


I

Lista de símbolos e abreviaturas

 HPV--------------Vírus do Papiloma Humano


 CCU ---------------Cancro do colo do útero
 TF ----------------- Tratamento Farmacológico
 RAM -------------- Reacções adversas a Medicamentos
 FNM --------------- Formulário nacional de medicamentos
II

Resumo

O câncer do colo do útero geralmente resulta de infecção por vírus do papiloma humano (HPV),
transmitido durante a relação sexual.

Ele pode causar sangramento vaginal irregular, mas os sintomas podem não aparecer até que o
câncer tenha aumentado ou se disseminado. Exames de Papanicolau geralmente podem detectar
anomalias, que são, depois, enviadas para biopsia. Realizar exames regulares de Papanicolau e se
vacinar contra o HPV pode ajudar a prevenir o câncer do colo do útero. O tratamento geralmente
envolve cirurgia para remover o câncer e muitas vezes o tecido circundante e, muitas vezes, se os
tumores forem grandes, radioterapia e quimioterapia.

Palavras-chave: Cancro do colo do útero, etiologia, diagnóstico, estágios e tratamento.


1. Introdução

O presente trabalho, abordar-se-á sobre cancro do colo do útero ou câncer cervical que é
frequentemente um carcinoma de células escamosas causado por infecção por HPV; menos
frequentemente é um adenocarcinoma. A neoplasia cervical é assintomática; o primeiro sintoma
do câncer em estádio inicial é geralmente irregular, sendo muitas vezes o sangramento vaginal
pós-coito. O diagnóstico é por exame cervical com Papanicolai ou e biopsia. O estadiamento é
clínico. O tratamento normalmente inclui ressecção cirúrgica para doença em estágio inicial ou
radioterapia mais quimioterapia para doença localmente avançada. Se o câncer estiver
amplamente metastatizado, em geral quimioterapia é utilizada isoladamente.

Estruturalmente o trabalho apresenta a o resumo, a introdução, os objectivos gerais e específicos,


o desenvolvimento, a conclusão e no final encontra-se as referências bibliográficas que foram
usadas para elaboração do presente trabalho para demostrar o grau de cientificidade.

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2. Objectivos

2.1.Geral

 Compreender o tratamento do cancro do colo do útero.

2.2.Específicos

 Definir o cancro do colo do útero;


 Apresentar a etiologia/ factores de risco, epidemiologia, sinais e sintomas, diagnostico bem
como os métodos de prevenção do câncer do colo do útero;
 Identificar o tratamento não farmacológico e farmacológico do câncer do colo do útero;
 Descrever os mecanismo de acção, as doses, as posologias, as vias de administração, as
RAM, as contra-indicações e possíveis interacções medicamentosas dos fármacos usados no
tratamento de câncer do colo do útero.

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3. Revisão da literatura

Cancro é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento
desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se
(metástase) para outras regiões do corpo.

3.1.Conceito de cancro de colo de útero

“O Cancro de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo
Vírus de Papiloma Humano (HPV). Este pode se manifestar através de verrugas na mucosa da
vagina, do pénis, do ânus, da laringe e do esófago, ser assintomático ou causar lesões detectadas
por exames complementares. É uma doença demorada, podendo levar de 15 a 20 anos para o seu
desenvolvimento ”(Ramos, 2019).

Segundo o Instituto Nacional de Câncer INCA (2015), o câncer de colo de útero é o segundo
tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.

Ao contrário do que se acredita, a endometriose e a genética não possuem relação com o


surgimento desse câncer. Mas o Cancro de Colo de Útero, não tratado, pode evoluir para uma
doença mais severa, o Carcinoma invasivo do colo uterino (tumor maligno). Afecta em sua
maioria mulheres entre 40 e 60 anos de idade.

Fonte :http://telessaude.co.mz/2019/03/cancro-do-colo-do-utero.

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3.2. Etiologia

Segundo OMS (2017), INCA (2015) os factores de risco para cancro do colo do útero incluem:

 Infecção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV)


 Início precoce da actividade sexual;
 Um grande número de parceiros sexuais durante a vida;
 Tabagismo;
 Imunodeficiência, ter um sistema imunológico enfraquecido (decorrente de uma doença,
como cancro ou AIDS, ou causado por medicamentos, como medicamentos quimioterápicos
ou corticosteroides);
 Início precoce da actividade sexual;
 Histórico multiparidade;
 Uso prolongado de pílula anticoncepcional (por mais de 5 anos);
 Histórico familiar de cancro do colo do útero.

3.3.Epidemiologia

O cancro cervical ou cancro do colo do útero é o terceiro câncer ginecológico mais comum e o
oitavo câncer mais comum entre as mulheres nos EUA. A média etária no diagnóstico é 50 anos
de idade, mas o cancro pode ocorrer tão precocemente quanto 20 anos. Nos Estados Unido de
América, estima-se que tenha causado 12.990 novos casos e 4.120 mortes em 2016.(MSD,
2016).

A Organização Mundial da Saúde, OMS, estima que o cancro do colo do útero afecta 32% do
total das mulheres pacientes de cancro em Moçambique.

3.3.1. Dados Estatísticos

A Rádio ONU, ouviu o ponto focal para Doenças Não Transmissíveis da representação da OMS
em Moçambique. Raquel Mahoque revelou as estatísticas atuais sobre a doença no país.

“Em relação a Moçambique segundo a Globocan temos cerca de 945 casos novos do cancro da
mama e 512 mortes; Para o cancro do útero cerca de 3,7 mil casos novos e 2,5 mil mortes.

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De referir que para o cancro da mama, 54 mulheres em cada 100 morrem de cancro da mama e
64 em cada 100 morrem de cancro de útero.”

Taxa de mortalidade ajustada pela população mundial por câncer do colo do útero.
Regiões. Brasil, 1980 a 2016

3.4.Sinais e sintomas

O cancro cervical inicial pode ser assintomático. Quando há sintomas, frequentemente pode
apresentar os seguintes sinais e sintomas:

 Sangramento vaginal irregular, que é mais comum pós-coito, mas pode ocorrer
espontaneamente entre as menstruações. As neoplasias maiores têm mais probabilidade de
sangrar espontaneamente e podem causar corrimento vaginal fétido ou dor pélvica. Câncer
mais disseminado pode causar uropatia obstrutiva, dor lombar e edema nas pernas
decorrentes de obstrução venosa ou linfática. (MSD, 2016).

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As lesões ou feridas iniciais no colo do útero provocadas pelo vírus HPV podem não provocar
sintomas. Quando a doença se agrava para cancro do colo do útero normalmente a mulher pode
sentir ou ter:

 Sangramentos vaginais anormais, por exemplo hemorragias entre as menstruações,


hemorragia durante ou após as relações sexuais, e hemorragias após a menopausa;
 Corrimento vaginal anormal, aumentado e que se repete, por vezes com mau cheiro;
 Dor durante as relações sexuais;
 Dor na pelve.

Os sintomas do cancro do colo do útero avançado incluem: perda do apetite, emagrecimento,


fadiga, dor pélvica, dor lombar, dores e inchaço nas pernas, sangramento vaginal de grande
volume, fracturas e, mais raramente, perda de urina e fezes pela vagina. Sangramento após o
exame ginecológico é um sintoma comum do cancro do colo do útero.

3.5.Diagnóstico

De acordo com ONCOGUIA (2017) os principais exames utilizados para o diagnostico e


estadiamento do cancro do colo do útero são:

 Exame de Papanicolau: é o exame preventivo que consiste na análise das células


oriundas da ectocérvice e da endocérvice que são extraídas por raspagem do colo do
útero;
 Biopsia: é usada para determinar o grau de anormalidade das alterações celulares no colo
do útero e para descartar o câncer. Estadiamento clínico do cancro do colo do útero
geralmente é determinado por biopsia.
 Radiografia do tórax: utilizada para determinar se o cancro do colo do útero se
disseminou para os pulmões.
 Tomografia computadorizada- permite visualizar se o cancro se espalhou para os
gânglios linfáticos, abdómen e pelve, bem como determinar se a doença se disseminou
para o fígado, pulmões ou outras partes do corpo.
 Colposcopia- permite a observação da superfície do colo do útero de perto e claramente
Pode-se suspeitar de câncer cervical durante o exame de rotina ginecológico. É

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considerado em mulheres com: Visíveis lesões cervicais; Resultado anormal do teste
rotineiro de Papanicolau; Sangramento vaginal anormal.

3.6. Estadiamentodo câncer do colo do útero

O estadiamento descreve aspectos do cancro como a localização, s disseminou, e se está


afectando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor, ajuda na definição
do tipo de tratamento e a prever o prognostico do paciente. (ONCOGUIA, 2017)

Segundo o Ministério da Saúde 2019, o cancro do colo do útero é estadiado a partir do sistema
estabelecido pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), que se baseia
mais no exame clínico do que nos achados cirúrgicos. Apenas os testes e métodos não invasivos
a seguir podem ser usados no estadiamento da doença, quando se utiliza o sistema FIGO:
palpação, inspecção, colposcopia, curetagem endocervical, histeroscopia, cistoscopia,
proctoscopia, urografia intravenosa, conização e radiografia do tórax e do esqueleto.

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3.6.1. Estadiamento de acordo com FIGO

Estágio 0 Carcinoma insitum;


Estágio I Carcinoma cervical confinado ao útero;
Estágio IA Carcinoma invasor, diagnosticado somente pela microscopia. Todas as lesões visíveis
macroscopicamente;
Estágio IA1 Invasão estromal de até 3 mm em profundidade e 7 mm ou menos de extensão horizontal;
Estágio IA2 Invasão estromal maior que 3 mm e até 5 mm em profundidade com uma extensão horizontal
de 7mm ou menos;
Estágio IB Lesão clinicamente visível, limitada ao colo, ou lesão microscópica maior que IA2;
Estágio IB1 Lesão clinicamente visível com 4 cm ou menos em sua maior dimensão;
Estágio IB2 Lesão clinicamente visível com mais de 4 cm em sua maior dimensão;
Estágio II Tumor que invade além do útero, mas não atinge a parede pélvica ou o terço inferior da vagina;
Estágio IIA Sem invasão do paramétrio (apenas vagina);
EstágioIIB Com invasão do paramétrio;
Estágio III Tumor que se estende à parede pélvica, compromete o terço inferior da vagina, ou causa
hidronefrose ou exclusão renal;
Estágio IIIA Tumor que compromete o terço inferior da vagina, sem extensão à parede pélvica;
Estágio IIIB Tumor que se estende à parede pélvica, ou causa hidronefrose ou exclusão renal;
Estágio IVA Tumor que invade a mucosa vesical ou retal, ou que se estende além da pélvis verdadeira;

3.7. Métodos de Prevenção

O câncer de colo de útero já é considerado um problema de saúde pública. Atualmente, existem


diversas campanhas de conscientização sobre a importância de se prevenir dessa doença que
mata tantas mulheres pelo mundo todos os anos.

 Para se prevenir da doença o melhor aliado é o preservativo (camisinha), masculino ou


feminino. A camisinha deve ser usada em todas as relações sexuais para garantir a protecção
de ambos os parceiros;

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 Vacinar as meninas contra o HPV entre a idade de 9 e 20 anos. A vacina reduz o risco de
desenvolver o câncer cervical em 93% e também protege contra o câncer de vagina, câncer
de vulva, câncer retal, câncer de faringe e câncer de boca, que também associados ao HPV. A
vacina nos homens também previne cânceres masculinos como o câncer de pénis e a
transmissão;
 Mudança de comportamentos sexuais de risco para reduzir a transmissão de doenças sexuais;
 Adiamento das relações sexuais nas meninas;
 O rastreio e tratamento das lesões ou feridas iniciais do colo do útero. Através do exame de
Papanicolau e da colposcopia é possível realizar a monitorização das mulheres saudáveis
para detectar lesões intracervicais (CIL). O exame deve ser repetido a cada 5 anos em
mulheres sem factores de risco, a cada 3 anos com baixo risco e anualmente quando há alto
risco.
3.8.Tratamentos não farmacológico

Segundo a OMS (2018), FIGO(2018) e INCA (2015) o tratamento desse câncer pode ser
realizado por:

 Cirurgia;
 Radioterapia.

3.8.1. cirurgia

Consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do útero e da porção superior da


vagina. De acordo com a paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do
câncer, é escolhida uma técnica específica para a realização da operação.

Os principais tipos e cirurgia são:

 Criocirurgia- destrói as células cancerígenas, congelando-as. É mais utilizado para tratar o


câncro invasivo.
 Cirurgia a Laser- utilizado para queimar células cancerígenas. É mais utilizada para tratar
lesões pré-cancerosas do colo do útero.
 Conização- utilizada para diagnosticar o cancro antes do tratamento complementar com
cirurgia ou radioterapia.

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 Histerectomia simples- consiste na remoção do útero, preservando as estruturas próximas ao
órgão.
 Histerectomia radical- consiste na remoção do útero juntamente com os tecidos próximos
ao órgão e a parte superior da vagina, próximo ao colo do útero.
 Traquelectomia- consiste na remoção do colo do útero e a parte superior da vagina, mas não
o corpo do útero.
 Dissecção dos Linfonodos Pélvicos- remoção de alguns linfonodos para verificar se existe
disseminação linfonodal.

3.8.2. Radioterapia

Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o local,
para depois realizar a radioterapia interna.

3.9.Tratamento farmacológico

Segundo a Oncoguia(2016) a quimioterapia sistémica emprega drogas anticancerosas, que são


injectadas na veia ou administradas por via oral. Estes medicamentos entram na corrente
sanguínea e atingem todas as áreas do corpo, tornando este tratamento potencialmente útil para
cânceres que se disseminaram para órgãos distantes (metástases).

A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um


período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia
dura em geral algumas semanas.

Para alguns estágios do câncer de colo do útero, o tratamento principal é a radioterapia e a


quimioterapia administradas em conjunto (quimiorradiação concomitante). A quimioterapia
potencializa a radioterapia.

O tratamento é realizado a partir do estadiamento da Federação Internacional de Ginecologia e


Obstetrícia (FIGO) /TNM que considera cirurgia, quimioterapia e radioterapia, nesta ordem,
como as opções apresentadas às pacientes.

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3.9.1. Classe farmacológica de câncer do colo do útero

As diversas classes usadas no tratamento de Câncer do colo do útero são:

 Agentes que Modificam Directamente a Estrutura do DNA: Compostos de Platina


(Cisplatina, Carboplatina);
 Análogos da Purina e da Pirimidina que se Incorporam ao DNA: Gencitabina:
 Inibidores da Topoisomerase: Topotecana, Irrinotecana, Etoposídeo, Ansacrina;
 Agentes que Inibem a Despolimerização dos Microtúbulos: Paclitaxel, Docetaxel;
 Anti-histamínico H2: Ranitidina
 Glicocoticóides: Dexametasona

 Cisplatina ou Carboplatina
 Doses: Dependem do tumor e do protocolo adoptado(FNM, 2009).
 RAM: Neuropatia periférica; nefrotóxico; ototoxicidade; mielossupressaõ rara nas doses
usuais. A hipomagnesemia, hipocalciúria e hipokaliemia são complicações comuns
(FNM,2007).
 Contra-indicação: Grave depressão da medula óssea, Comprometimento renal ou da
audição(Golan,2009)
 Nota: A co-administraçaõ de amifostina com cisplatina pode limitar a nefrotoxicidade
(Golan, 2009).
 Mecanismo de acção: acredita-se que a cisplatina atua de modo semelhante aos agentes bis-
alquilantes, através de sua acção sobre os centros nucleofílicos na guanina (N-7 e O-6),
adenina (N-1 e N-3) e citosina (N-3).

O fármaco estabelece ligações cruzadas intrafita entre resíduos de guanina adjacentes, resultando
em lesão do DNA. Essa característica estrutural é crítica para a acção da cisplatina(Golan, 2009,
pg. 646)

 Paclitaxel ou Docetacel
 Uso clinico: câncer de colo do útero (Golan, 2009)
 Doses: Dependem do tumor e do protocolo adoptado (FNM, 2009).

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 RAM: Mielossupressaõ , toxicidade pulmonar, reacção de hipersensibilidade grave, miopatia,
neuropatia periférica, alopecia, distúrbio gastrintestinal, artralgia (Golan,2009)
 A reacção de hipersensibilidade grave, pode ser evitado pela administração de dexametasona
(um agonista dos receptores de glicocorticóides) e de um antagonista dos receptores de
histamina H1 antes do tratamento com paclitaxel (GOLAN, 2009).
 Contra-indicação: Neutropenia grave(Golan, 2009)
 Notas e Precauções: Pré-medicaçaõ de rotina com corticóide, anti-histamiń ico H2 para
prevenir reacções graves de hipersensibilidade(FNM, 2009).
 Mecanismo de acção: Ligam-se à tubulina polimerizada e inibem a despolimerização dos
microtúbulos (Golan, 2009)
3.9.2. protocolo de tratamento de câncer do colo de útero

O estadiamento do cancro do colo do útero é o factor mais importante na escolha do tratamento.


A localizacao exata do tumor, o tipo de doença (células escamosas ou adenocarcinoma), idade da
paciente, condição física geral r se a paciente deseja manter a sua fertilidade ou não pretende, são
factores que também podem influenciarem na escolha do tratamento.

 Estádio IA1(sem invasão linfovascular ou invasão profunda)

As opções de tratamento para mulheres que querem manter a fertilidade são:

 A biopsia em cone
 Traquelectomia radical

As opções de tratamento para mulheres que não querem manter a fertilidade são:

 Histerectomia simples ou
 Histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos
 Estádio IA2 e IB1microscópico e <4 cm (sem invasão estromal cervical profunda
terço medial ou profundo, ou invasão linfovascular):

As opções de tratamento para mulheres que querem manter a fertilidade são:

 Biópsia em cone com remoção dos linfonodos pélvicos.

 Traquelectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos.

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As opções de tratamento para mulheres que não querem manter a fertilidade são:

 Radioterapia externa da região pélvica mais braquiterapia.

 Histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos e amostragem dos linfonodos
para-aórticos.

Se o câncer se disseminou para os tecidos adjacentes ao útero (paramétricos) ou para qualquer


linfonodo, ou se o tecido removido tem margens positivas, geralmente é indicada a radioterapia
externa com quimioterapia.

Quimiorradioterapia definitiva: cisplatina semanal e iniciando no D1 da radioterapia por 6


semanas.

Cisplatinaassociada a Radioterapia

Cisplatina 40mg/m2 Semanal por 6 semanas

Ondansetrona 16mg

Dexametasona 10mg

Soro fisiológico 200ml

Monitorar hemograma e função renal semanalmente e electrólitos, função hepática


mensalmente.

 Estádio IB1 e IIA1<4 cm (sem invasão estromal cervical profunda terço medial ou
profundo invasão linfovascular

As opções de tratamento para mulheres que querem manter a fertilidade são:

 Traquelectomia radical com remoção dos gânglios linfáticos pélvicos.

As opções de tratamento para mulheres que não querem manter a fertilidade são:

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 Histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos e alguns linfonodos da região
paraaórtica.

A quimioterapia pode ser administrada com a radioterapia (quimiorradioterapia definitiva:


cisplatina semanal e iniciando no D1 da radioterapia por 6 semanas).

 Estádio IB2 e IIA2 <4cm, (invasão estromal cervical profunda terçomedial ou


profundo invasão linfovascular) ou alto risco (margens positivas, linfonodos
positivos, comprometimento dos paramétrios)

As opções de tratamento são:

 O tratamento padrão é a combinação de quimioterapia com cisplatina e radioterapia mais


braquiterapia. Alguns médicos indicam a radioterapia com quimioterapia seguida de
histerectomia (quimiorradioterapia definitiva: cisplatina semanal e iniciando no D1 da
radioterapia).

 Para pacientes com contra-indicação a cisplatina:

Carboplatinaconcomitante com radioterapia

Carboplatina AUC2

Ondansetrona 16mg Semanal por 6 semana

Soro fisiologico 500ml

Monitorar Hemograma e função renal semanalmente e electrólitos, função hepática

Mensal.

Ajuste para função renal.

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 Estádio IIB, III e IVA

As opções de tratamento são:

 Quimioirradiação. A quimioterapia combinada com cisplatina ou cisplatina mais


fluorouracilo. A radioterapia inclui radioterapia de feixe externo e braquiterapia.

 Estádio IVB ou recidiva sistêmica

Neste estágio, a doença se disseminou para outros órgãos e já não é considerada curável. As
opções de tratamento incluem radioterapia para aliviar os sintomas da doença.

Os esquemas quimioterápicos administrados, utilizam um composto de platina junto com outros


medicamentos como paclitaxel, gencitabina ou topotecano.

Sendo assim, é importante cconsiderar a avaliação do radioterapeuta se necessário controle


álgico ou de sangramento.

1a Primeira Linha

Cisplatina e Paclitaxel

Cisplatina 50mg/m2 A cada 21dias

Paclitaxel 175mg

Difenidramina 50mg

Ranitidia 500mg

Dexametasona 10mg

Ondansetrona 16mg

Soro fisiologico 200ml

Monitorar Hemograma e função renal e electrólitos, função hepática

Ajuste para função renal (cisplatina) e hepática (paclitaxel)

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Mecanismos de acção de Ondasentrona: bloqueiam os receptores de 5-Hidroxitriptamina tipo3
no centro do vómito e na zona de gatilho quimiorreceptora, impedindo a iniciação do refluxo de
vómito na periferia.

Para pacientes com contra-indicação a cisplatina ou uso prévio de cisplatina na adjuvancia:

Carboplatina e Paclitaxel

Carboplatina AUC 5 D1

Paclitaxal 175MG/M2 D1 EV em 3h

Difenidramina 50MG EV

Ranitidina 50MG EV

Dexametasona 10MG EV

Nausedron 16MG EV

Soro fisiológico 1000ML EV

Cada 21dias

Monitorar Hemograma e função renal e electrólitos, função hepática

Ajuste para função renal (cisplatina) e hepática (paclitaxel)

“Para o farmacêutico clínico a monitorização dos efeitos adversos dos fármacos carboplatina e
cisplatina devem ser realizados regularmente durante os ciclos de quimioterapia”, afirma
Santana.

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3.9.3. Possíveis Efeitos Colaterais

Os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo de drogas, da dose administrada e do


tempo de duração do tratamento. Os efeitos colaterais comuns da quimioterapia podem incluir:

 Náuseas e vómitos;
 Perda de apetite;
 Perda de cabelo;
 Feridas na boca;
 Fadiga;
 Infecção, devido a diminuição dos glóbulos brancos;
 Hemorragia ou hematomas, devido a diminuição das plaquetas;
 Falta de ar, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos;
 A hepatotoxicidade;
 Nefrotoxicidadee;
 Neurotoxicidade também estão presentes em muitos pacientes, com necessidade de
acompanhamento pelo farmacêutico clínico”, aconselha Santana.

Quando a quimioterapia é administrada junto com a radioterapia, os efeitos colaterais são


frequentemente mais intensos. A náusea, a fadiga e os problemas com as taxas sanguíneas são
muitas vezes piores. A diarreia também pode ser pior se a quimioterapia é administrada ao
mesmo tempo que a radioterapia.

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4. Conclusão

Entretanto, depois de tanto esforço, muitas pesquisas em PDF, livros físicos, sites como Google
académico e siello conclui-se que o Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina
ocasionada principalmente pelo HPV, o papiloma vírus humano. Este pode se manifestar através
de verrugas na mucosa da vagina, do ânus, da laringe e do esófago, ser assintomático ou causar
lesões detectadas por exames complementares. Quanto mais jovem a mulher tiver sua primeira
relação sexual, e quanto mais parceiros sexuais ela tiver tido, maior o risco de câncer do colo do
útero.

Portanto, quanto mais jovem a mulher tiver sua primeira relação sexual, e quanto mais parceiros
sexuais ela tiver tido, há maior o risco de desenvolver o câncer do colo do útero.

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5. Referencias Bibliográficas

1. AmericanCancerSociety, ACS. Prevención y deteccióntempranadelcáncercervicouterino.


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