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Paróquia de Nossa Senhora das Dores

MEDITAÇÕES
DIÁRIAS
DA
NOVENA Sertãozinho de Baixo
Maraial, PE
PRIMEIRO DIA
(Do livro Glórias de Maria, Santo Afonso Maria de Ligório)

Leitor 1: Tendo sido a Santíssima Virgem elevada à dignidade


de Mãe de Deus, com justa razão a Santa Igreja a honra, e
quer que de todos seja honrada com o título glorioso de
Rainha. Se o Filho é Rei, diz Pseudo-Atanásio, justamente a
Mãe deve considerar-se e chamar-se Rainha. Desde o
momento em que Maria aceitou ser Mãe do Verbo Eterno, diz
S. Bernardino de Sena, mereceu tornar-se Rainha do mundo e
de todas as criaturas. Se a carne de Maria, conclui Arnoldo,
abade, não foi diversa da de Jesus, como, pois, da monarquia
do Filho pode ser separada a Mãe? Por isso deve julgar-se que
a glória do reino não só é comum entre a Mãe e o Filho, mas
também que é a mesma para ambos.

Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,


Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.

Leitor 2: Se Jesus é Rei do universo, do universo também é


Maria Rainha, escreve Roberto, abade. De modo que, na frase
de S. Bernardino de Sena, quantas são as criaturas que
servem a Deus, tantas também devem servir a Maria. Por
conseguinte, estão sujeitos ao domínio de Maria os anjos, os
homens e todas as coisas do céu e da terra, porque tudo está
também sujeito ao império de Deus. Eis por que Guerrico
abade lhe dirige estas palavras: Continuai, pois, a dominar com
toda a confiança; disponde a vosso arbítrio dos bens de vosso
Filho; pois, sendo Mãe, e Esposa do Rei dos reis, pertence-vos
como Rainha o reino e o domínio sobre todas as criaturas.

Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,


Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.

ORAÇÃO:
Ó Santíssimo Filho de Maria Imaculada e Benigníssimo
Redentor nosso, assim como preservaste Maria do pecado
original em sua Imaculada Conceição e concedeste a nós o
grande benefício de nos livrarmos dele por meio do Teu Santo
Batismo, assim te rogamos, humildemente, que nos dês a
graça de sermos sempre bons cristãos, regenerados em Ti,
nosso Deus Altíssimo.

SEGUNDO DIA
(Do livro Glórias de Maria, Santo Afonso Maria de Ligório)

Leitor 1: Depois que Deus criou a terra, criou também dois


luzeiros. Um maior, isto é, o sol, para que alumiasse de dia.
Outro menor, isto é, a lua, para que brilhasse à noite (Gn 1,16).
O sol, diz o Cardeal Hugo, é figura de Jesus Cristo, de cuja luz
gozam os justos que vivem no dia da divina graça. A lua é
figura de Maria, por meio da qual são iluminados os pecadores
que vivem na noite do pecado. Já que Maria é esta lua propícia
aos miseráveis pecadores, se algum miserável, diz Inocêncio
III, se acha imerso nesta noite de culpa, que há de fazer?
Aquele que perdeu a luz do sol, perdendo a divina graça, volte-
se para a lua, faça oração a Maria; dela receberá luz para
conhecer a miséria de seu estado e força para deixá-lo
imediatamente. Garante-nos S. Metódio que os rogos de Maria
convertem continuamente uma quase inumerável multidão de
pecadores. Um dos títulos com que a Santa Igreja saúda
Maria, e que muito anima os pobres pecadores, é aquele da
Ladainha: Refúgio dos pecadores.

Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,


Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.

Leitor 2: Ó pecador – exclama Basílio de Seleucia –, não


percas a confiança, mas recorre a Maria em todas as
necessidades; chama-a em teu socorro, pois a encontrarás
sempre pronta para te valer, porque é vontade de Deus que
ela nos valha em todos os nossos apuros. Tem esta Mãe de
Misericórdia mui vivo desejo de salvar os pobres pecadores.
Por isso vai pessoalmente em busca deles para os ajudar e
sabe como reconciliá-los com Deus, se a ela recorrem.

Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,


Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.

ORAÇÃO:
Ó Santíssimo Filho de Maria Imaculada e Benigníssimo
Redentor nosso, assim como preservaste Maria de todo
pecado mortal em toda a sua vida e a nós concede tanto a
graça para evitá-lo quanto o Sacramento da confissão para
remediá-lo, assim te rogamos, humildemente, pela intercessão
de Tua Mãe Imaculada, que nos dês a graça de jamais cometer
pecado mortal, e, se tão terrível desgraça acontecer, a de sair
dele o antes possível por meio de uma boa confissão.

TERCEIRO DIA
(Do livro Glórias de Maria, Santo Afonso Maria de Ligório)

Leitor 1: Figura foi de Maria a arca de Noé. Pois como nela


acharam abrigo todos os animais da terra, igualmente sob o
manto de Maria encontraram refúgio todos os pecadores, cujos
vícios e pecados sensuais os tornam semelhantes aos brutos.
Há esta diferença, entretanto, observa Pacciucchelli: na arca
entraram os brutos e brutos ficaram. O lobo ficou sendo lobo e
o tigre ficou sendo tigre. Mas debaixo do manto de Maria o lobo
é mudado em cordeiro e o tigre em pomba. Um dia viu S.
Gertrudes a Maria com o manto aberto e debaixo dele muitas
feras de diversas espécies: leopardos, ursos etc. Viu também
que a Virgem não só os afugentava, mas antes docemente os
recebia e afagava. Entendeu a Santa que eles figuravam os
míseros pecadores, acolhidos por Maria com afável amor,
quando a ela recorrem.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.

Leitor 2: Lê-se no livro de Rute (2,3) que Booz permitiu a uma


mulher por nome Rute respigar, indo atrás dos segadores. Aqui
sugere Conrado de Saxônia: Como Rute achou graça aos
olhos de Booz, assim Maria achou graça diante de Deus, para
recolher as espigas abandonadas pelos segadores.
Estes últimos são os operários evangélicos, os missionários,
os pregadores, os confessores, que com as suas fadigas
continuamente colhem e amealham almas para Deus. Almas
há, porém, rebeldes e obstinadas que são abandonadas por
eles. Só a Maria é dado salvar, por sua poderosa intercessão,
essas espigas largadas no campo. Mas quão infelizes são as
almas que nem por
esta doce Senhora se deixam apanhar! Estas, sim, serão, com
efeito, perdidas e amaldiçoadas. Bem-aventurado, ao
contrário, quem recorre a esta boa Mãe. Pecador algum, tão
perdido e tão viciado há no mundo, diz Blósio, que Maria o
aborreça e despreze. Não; se lhe vier pedir socorro, ela sabe
e pode reconciliá-lo com seu Filho e alcançar-lhe o perdão.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.

ORAÇÃO:
Ó Santíssimo Filho de Maria Imaculada e Benigníssimo
Redentor nosso, assim como preservaste Maria de todo
pecado venial em toda a sua vida e pedes a nós que
purifiquemos mais e mais a nossa alma para sermos dignos de
Ti, assim te rogamos, humildemente, pela intercessão de Tua
Mãe Imaculada, que nos dês a graça de evitar os pecados
veniais e de procurar e obter a cada dia mais pureza e mais
delicadeza de consciência.
QUARTO DIA
(Carta encíclica Redemptoris Mater – do Sumo Pontífice São João
Paulo II sobre a bem-aventurada Virgem Maria na vida da igreja que
está a caminho)
Leitor 1: A MÃE DO REDENTOR tem um lugar bem preciso
no plano da salvação, porque, «ao chegar a plenitude dos
tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido duma mulher,
nascido sob a Lei, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à
Lei e para que nós recebêssemos a adopção de filhos. E
porque vós sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o
Espírito do seu Filho, que clama: «Abbá! Pai!»» (Gál 4, 4-6).
Com estas palavras do Apóstolo São Paulo, que são referidas
pelo Concílio Vaticano II no início da sua exposição sobre a
Bem-aventurada Virgem Maria, desejo também eu começar a
minha reflexão sobre o significado que Maria tem no mistério
de Cristo e sobre a sua presença ativa e exemplar na vida da
Igreja. Trata-se, de facto, de palavras que celebram
conjuntamente o amor do Pai, a missão do Filho, o dom do
Espírito Santo, a mulher da qual nasceu o Redentor e a nossa
filiação divina, no mistério da «plenitude dos tempos». [2]
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.

Leitor 2: Esta «plenitude» indica o momento, fixado desde


toda a eternidade, em que o Pai enviou o seu Filho, «para que
todo o que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo
3, 16). Ela designa o momento abençoado em que «o Verbo,
que estava junto de Deus, ... se fez carne e habitou entre nós»
(Jo 1, 1. 14), fazendo-se nosso irmão. Esta «plenitude» marca
o momento em que o Espírito Santo que já tinha infundido a
plenitude de graça em Maria de Nazaré, plasmou no seu seio
virginal a natureza humana de Cristo. A mesma «plenitude»
denota aquele momento, em que, pelo ingresso do eterno no
tempo, do divino no humano, o próprio tempo foi redimido e,
tendo sido preenchido pelo mistério de Cristo, se torna
definitivamente «tempo de salvação». Ela assinala, ainda, o
início arcano da caminhada da Igreja. Na Liturgia, de facto, a
Igreja saúda Maria de Nazaré como seu início, por isso mesmo
que já vê projetar-se, no evento da Conceição imaculada,
como que antecipada no seu membro mais nobre, a graça
salvadora da Páscoa; e, sobretudo, porque no acontecimento
da Encarnação se encontram indissoluvelmente ligados Cristo
e Maria Santíssima: Aquele que é o seu Senhor e a sua
Cabeça e Aquela que, ao pronunciar o primeiro «fiat» (faça-se)
da Nova Aliança, prefigura a condição da mesma Igreja de
esposa e de mãe.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
ORAÇÃO
Ó Santíssimo Filho de Maria Imaculada e Benigníssimo
Redentor nosso, assim como livraste Maria da inclinação ao
pecado e lhe deste perfeito domínio sobre todas as suas
paixões, assim te rogamos, humildemente, pela intercessão de
Maria Imaculada, que nos dês a graça de ir domando as
nossas paixões e destruindo as nossas más inclinações, para
podermos servir-Te com verdadeira liberdade de espírito,
superando as nossas imperfeições.

QUINTO DIA
(Carta encíclica Redemptoris Mater – do Sumo Pontífice São João
Paulo II sobre a bem-aventurada Virgem Maria na vida da igreja que
está a caminho)
Leitor 1: O Evangelho de São Lucas regista o momento em
que «uma mulher ergueu a voz do meio da multidão e disse»,
dirigindo-se a Jesus: «Ditoso o ventre que te trouxe e os seios
a que foste amamentado!» (Lc 11, 27). Estas palavras
constituíam um louvor para Maria, como mãe de Jesus
segundo a carne. A Mãe de Jesus talvez não fosse conhecida
pessoalmente por essa mulher; de facto, quando Jesus iniciou
a sua atividade messiânica, Maria não o acompanhava, mas
continuava a viver em Nazaré. Dir-se-ia que as palavras dessa
mulher desconhecida a fizeram sair, de algum modo, do seu
escondimento.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
Leitor 2: Através de tais palavras lampejou no meio da
multidão, ao menos por um instante, o evangelho da infância
de Jesus. É o evangelho em que Maria está presente como a
mãe que concebe Jesus no seu seio, o dá à luz e
maternamente o amamenta: a mãe-nutriz, a que alude aquela
mulher do povo. Graças a esta maternidade, Jesus ― Filho do
Altíssimo (cf. Lc 1, 32 ) ― é um verdadeiro filho do homem. É
«carne», como todos os homens. é «o Verbo (que) se fez
carne» (cf. Jo 1, 14). É carne e sangue de Maria!
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.

ORAÇÃO
Ó Santíssimo Filho de Maria Imaculada e Benigníssimo
Redentor nosso, assim como, desde o primeiro instante de sua
Concepção, Tu deste a Maria mais graça que a todos os
santos e anjos do céu, assim te rogamos, humildemente, pela
intercessão de Tua Mãe Imaculada, que nos inspires singular
apreço pela Divina Graça que nos concedeste com o Teu
Sangue e nos permitas aumentá-la sempre mais com as
nossas boas obras e com a recepção dos Teus Santos
Sacramentos, em especial o da Comunhão.

SEXTO DIA
(Carta encíclica Redemptoris Mater – do Sumo Pontífice São João
Paulo II sobre a bem-aventurada Virgem Maria na vida da igreja que
está a caminho)

Leitor 1: Edificada por Cristo sobre os Apóstolos, a Igreja


tornou-se plenamente cônscia destas «maravilhas de Deus»
no dia do Pentecostes, quando os que estavam congregados
no Cenáculo de Jerusalém «ficaram todos cheios do Espírito
Santo e começaram a falar outras línguas, segundo o Espírito
Santo lhes concedia que se exprimissem» (Act 2, 4). A partir
desse momento começa também aquela caminhada de fé, a
peregrinação da Igreja através da história dos homens e dos
povos. É sabido que, ao iniciar-se essa caminhada, Maria se
encontrava presente; vemo-la no meio dos Apóstolos no
Cenáculo de Jerusalém, «implorando com as suas orações o
dom do Espírito».
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
Leitor 2: Mas na Igreja de então como na Igreja de sempre,
Maria foi e é, sobretudo, aquela que é «feliz porque acreditou»:
foi quem primeiro acreditou. Desde o momento da Anunciação
e da concepção e depois do nascimento na gruta de Belém,
Maria acompanhou passo a passo Jesus, na sua materna
peregrinação de fé. Acompanhou-o ao longo dos anos da sua
vida oculta em Nazaré; acompanhou-o também durante o
período da separação externa, quando ele começou a dedicar-
se às «obras e ao ensino» (cf. Act 1, 1 ) no seio de Israel; e
acompanhou-o, sobretudo, na experiência trágica do Gólgota.
E agora, enquanto Maria se encontrava com os Apóstolos no
Cenáculo de Jerusalém, nos albores da Igreja, recebia
confirmação a sua fé, nascida das palavras da Anunciação. O
Anjo tinha-lhe dito então: «Conceberás e darás à luz um filho,
ao qual porás o nome de Jesus. Ele será grande ... e reinará
eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá
fim» (Lc 1, 32-33). Os acontecimentos do Calvário, havia
pouco ainda, tinham envolvido em trevas esta promessa; e
contudo, mesmo aos pés da Cruz, não tinha desfalecido a fé
de Maria. Ela, ainda ali, permanecia aquela que, como Abraão,
«acreditou, esperando contra toda a esperança» (Rom 4, 18).
E assim, depois da Ressurreição, a esperança tinha desvelado
o seu verdadeiro rosto e a promessa tinha começado a
transformar-se em realidade. Com efeito, Jesus, antes de
voltar para o Pai, dissera aos Apóstolos: «Ide e ensinai todas
as gentes... Eis que eu estou convosco, todos os dias, até ao
fim do mundo» (cf. Mt 28, 19. 20). Dissera assim aquele que,
com a sua Ressurreição, se tinha revelado como o triunfador
da morte, como o detentor de um reinado «que não terá fim»,
conforme o Anjo tinha anunciado.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
ORAÇÃO
Ó Santíssimo Filho de Maria Imaculada e Benigníssimo
Redentor nosso, assim como, desde o primeiro momento,
deste a Maria, com toda a plenitude, as virtudes sobrenaturais
e os dons do Espírito Santo, assim te suplicamos,
humildemente, pela intercessão de Tua Mãe Imaculada, que
nos dês a abundância desses mesmos dons e virtudes, para
podermos vencer toda tentação e realizarmos muitos atos de
virtude à altura da nossa profissão da fé cristã.

SÉTIMO DIA
(Da Exortação Apostólica Marialis Cultus do Papa Paulo VI)
Leitor 1: Maria é a Virgem que sabe ouvir, que acolhe a
palavra de Deus com fé; fé, que foi para ela prelúdio e caminho
para a maternidade divina, pois, como intuiu Santo Agostinho,
"a bem-aventurada Maria, acreditando, deu à luz Aquele
(Jesus) que, acreditando, concebera" (Sermo 215, 4; PL
38,1074); na verdade, recebida do Anjo a resposta à sua
dúvida (cf. Lc 1,34-37), "Ela, cheia de fé e concebendo Cristo
na sua mente, antes de o conceber no seu seio, disse: "Eis a
serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc
1,38 - ibid.); fé, ainda, que foi para Ela motivo de beatitude e
de segurança no cumprimento da promessa: "Feliz aquela que
creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido"
(Lc 1,45); fé, enfim, com a qual ela, protagonista e testemunha
singular da Encarnação, reconsiderava os acontecimentos da
infância de Cristo, confrontando-os entre si, no íntimo do seu
coração (cf. Lc 2,19.51). É isto que também a Igreja faz; na
sagrada Liturgia, sobretudo, ela escuta com fé, acolhe,
proclama e venera a Palavra de Deus, distribui-a aos fiéis
como pão de vida (DV 21), à luz da mesma, perscruta os sinais
dos tempos, interpreta e vive os acontecimentos da história.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
Leitor 2: Virgem em oração aparece Maria, também, em Caná,
onde, ao manifestar ao Filho, com imploração delicada, uma
necessidade temporal, obteve também um efeito de graça: que
Jesus, ao realizar o primeiro dos seus "sinais", confirmasse os
discípulos na fé n'Ele (cf. Jo 2,1 12). Por fim, ainda a última
passagem biográfica relativa a Maria no-la descreve orante: os
Apóstolos "perseveravam unânimes na oração, com algumas
mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e com os
irmãos dele" (At 1,14). Presença orante de Maria na Igreja
nascente, pois, e na Igreja de todos os tempos; porque ela,
assumida ao céu, não depôs a sua missão de intercessão e de
salvação (LG 62).
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
ORAÇÃO
Ó Santíssimo Filho de Maria Imaculada e Benigníssimo
Redentor nosso, assim como deste a Maria, entre todas as
demais virtudes, a exímia pureza e castidade pela qual é
chamada Virgem das virgens, assim te suplicamos, pela
intercessão de Tua Mãe Imaculada, que nos concedas a
dificílima virtude da castidade, que tantos conservaram
mediante a devoção à Virgem Santíssima e graças à Tua
proteção.
OITAVO DIA
(Da Exortação Apostólica Marialis Cultus do Papa Paulo VI)

Leitor 1: Maria é, enfim, a Virgem oferente. No episódio da


apresentação de Jesus no Templo (cf. Lc 2,22-35), a Igreja,
guiada pelo Espírito Santo, descobriu, para além do
cumprimento das leis respeitantes a oblação do primogênito
(cf. Ex 13,11-16) e à purificação da mãe (cf. Lv 12,68), um
mistério "salvífico" relativo à história da Salvação,
precisamente: e em tal mistério realçou a continuidade da
oferta fundamental que o Verbo encarnado fez ao Pai, ao
entrar no mundo (cf. Hb 10,5-7); viu nele proclamada a
universalidade da Salvação, porque Simeão, ao saudar no
menino a luz para iluminar as nações e a glória de Israel (cf.
Lc 2,32), reconhecia n'Ele o Messias, o Salvador de todos;
entendeu aí uma referência profética à Paixão de Cristo: é que
as palavras de Simeão, as quais uniam num único vaticínio o
Filho, "sinal de contradição" (Lc 2,34), e a Mãe, a quem a
espada haveria de trespassar a alma (cf. Lc 2,35), verificaram-
se no Calvário. Mistério de salvação, portanto, que nos seus
vários aspectos, orienta o episódio da apresentação no
Templo para o acontecimento "salvífico" da Cruz.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
Leitor 2: Esta união da Mãe com o Filho na obra da Redenção
(LG 57) alcança o ponto culminante no Calvário, onde Cristo
"se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha"
(Hb 9,14), e onde Maria esteve de pé, junto à Cruz (cf. Jo
19,25), "sofrendo profundamente com o seu Unigênito e
associando-se com ânimo maternal ao seu sacrifício,
consentindo amorosamente na imolação da vítima que ela
havia gerado" (LG 58), e oferecendo-a também ela ao eterno
Pai.(41) Para perpetuar ao longo dos séculos o Sacrifício da
Cruz, o divino Salvador instituiu o Sacrifício eucarístico,
memorial da sua Morte e Ressurreição, e confiou-o à Igreja,
sua Esposa (SC 47), a qual sobretudo ao domingo, convoca
os fiéis para celebrar a Páscoa do Senhor, até que Ele torne
(SC 102 e 106): o que a mesma Igreja faz em comunhão com
os Santos do céu e, em primeiro lugar, com a bem-aventurada
Virgem Maria,(42) de quem imita a caridade ardente e a fé
inabalável.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.

ORAÇÃO
Ó Santíssimo Filho de Maria Imaculada e Benigníssimo
Redentor nosso, assim como deste a Maria a graça de uma
ardentíssima caridade e amor a Deus sobre todas as coisas,
assim te rogamos, humildemente, pela intercessão de Tua
Mãe Imaculada, que nos concedas um sincero amor a Ti, ó
Deus, Senhor nosso, nosso Bem verdadeiro, nosso Benfeitor,
nosso Pai, e que prefiramos tudo perder a ofender-Te com um
só pecado.

NONO DIA
(Do Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis
Deus)

Leitor 1: Deus inefável, "cuja conduta toda é bondade e


fidelidade", cuja vontade é onipotente, e cuja sabedoria "se
estende com poder de um extremo ao outro (do mundo), e tudo
governa com bondade", tendo previsto desde toda a
eternidade a triste ruína de todo o gênero humano que
derivaria do pecado de Adão, com desígnio oculto aos séculos,
decretou realizar a obra primitiva da sua bondade com um
mistério ainda mais profundo, mediante a Encarnação do
Verbo. Porque, induzido ao pecado — contra o propósito da
divina misericórdia — pela astúcia e pela malícia do demônio,
o homem não devia mais perecer; antes, a queda da natureza
do primeiro Adão devia ser reparada com melhor fortuna no
segundo.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
Leitor 2: Assim Deus, desde o princípio e antes dos séculos,
escolheu e pré-ordenou para seu Filho uma Mãe, na qual Ele
se encarnaria, e da qual, depois, na feliz plenitude dos tempos,
nasceria; e, de preferência a qualquer outra criatura, fê-la alvo
de tanto amor, a ponto de se comprazer nela com
singularíssima benevolência. Por isto cumulou-a
admiravelmente, mais do que todos os Anjos e a todos os
Santos, da abundância de todos os dons celestes, tirados do
tesouro da sua Divindade. Assim, sempre absolutamente livre
de toda mancha de pecado, toda bela e perfeita, ela possui
uma tal plenitude de inocência e de santidade, que, depois da
de Deus, não se pode conceber outra maior, e cuja
profundeza, afora de Deus, nenhuma mente pode chegar a
compreender.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
Leitor 3: E, certamente, era de todo conveniente que esta Mãe
tão venerável brilhasse sempre adornada dos fulgores da
santidade mais perfeita, e, imune inteiramente da mancha do
pecado original, alcançasse o mais belo triunfo sobre a antiga
serpente; porquanto a ela Deus Pai dispusera dar seu Filho
Unigênito — gerado do seu seio, igual a si mesmo e amado
como a si mesmo — de modo tal que Ele fosse, por natureza,
Filho único e comum de Deus Pai e da Virgem; porquanto o
próprio Filho estabelecera torná-la sua Mãe de modo
substancial; porquanto o Espírito Santo quisera e fizera de
modo que dela fosse concebido e nascesse Aquele de quem
Ele mesmo procede.
Canta refrão: Virgem que sabe ouvir o que o Senhor te diz,
Crendo geraste quem te criou. Ó Maria, tu és feliz.
ORAÇÃO
Ó Santíssimo Filho de Maria Imaculada e Benigníssimo
Redentor nosso, assim como deste a Maria a graça de ir para
o Céu e ser nele colocada no primeiro lugar depois de Ti, nós
Te suplicamos, humildemente, pela intercessão de Tua Mãe,
Maria Imaculada, que nos concedas uma boa morte; que
recebamos bem os últimos sacramentos; que expiremos sem
mancha alguma de pecado na consciência e que cheguemos
ao Céu, para sempre desfrutar da Tua companhia e da de
nossa Mãe, com todos os que foram salvos.

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