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Pedro Henrique de Castro Falci 19.1.

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O espaço hoje ocupado pelo ICHS, em Mariana, carrega e transborda consigo uma
grande carga de historicidade, passando por diversos momentos políticos e sociais da
sociedade em nível local e nacional, sendo preenchido ao longo dos séculos pelas mais
contundentes reflexões de sua época, que perpassam os anos assim como sua arquitetura
setecentista.

Por todo esse período, há dois pontos na história do Seminário da Boa Morte que
acredito serem crucias perante um olhar em direção aos momentos desse espaço físico, sendo
eles sua fundação ainda em 1750, empenhada pelo Conselho de Trento, e posteriormente com
a constituição de 1824, com um outro carácter que o vem habita, pautando sua existência na
instrução de diferentes saberes e um diferenciado contingente da sociedade.

Sua permanência no tempo vem sendo perpassada por uma natureza de ensino e
disseminação de conhecimento, algo que lhe concebe até os dias de hoje. No século XVIII,
com a Igreja necessitando se expandir seu calibre de influência e domínio na colônia
brasileira, promove o fomento de instituições de ensino de sua doutrina, engrossando o corpo
clerical, peça fundamental de sua estrutura de poder.

Já com um relativo sucesso e também com mazelas, no século XIX a direção do


seminário passa por alguns indivíduos até chegar a Dom Frei José, interessante membro de
clero, participativo de discussões transgressoras até o dia de hoje, como o fim do celibato
entre padres. Sua direção é marcada especialmente por tensões, que a faz saliente na história
desse prédio.

Devido a esse carácter mais intrusivo de seu pensamento, há uma série de dificuldades
e conflitos que o são concebidos pelo corpo docente e administrativo do então Seminário da
Boa Morte. Contudo, o próprio Frei esbarra em questões que ele quanto representante da
instituição não consegue digerir, ponto que podemos fazer correlação com a presente
universidade hoje local também de ensino, que ao tratar de certos assuntos e perspectivas,
esbarra em vértices teóricas.

Com a entrada do docente José Ribeiro Bhering, atualiza-se na história do Seminário


da Boa Morte um contexto que atravessa o século XIX. Com o império passando por um
processo de ampliação das ciências tanto no ensino quando na prática, as instituições de
cunho religioso ficam em um embate interior: se seguem os ditames da Santa Sé ou as
designações do Império.

Dessa maneira, ilustra-se um panorama, que, apesar de já se passarem muitos anos, é


possível de se fazer uma relação com contextos da que ocorrem na universidade, instituição
social que habita o espaço físico do seminário atualmente, inclusive no campo das ciências
humanas, caso do ICHS.

Além desses pontos tocados, que perpassam a área da produção de conhecimento, não
agora em limitações ditadas por alguma doutrina, que aliás passa a ser uma ameaça na atual
conjuntura, mas refiro-me ao âmbito teórico que muitas vezes não da conta de abranger
resolutamente as demandas de questionamentos sociais. Uma outra questão seria quanto ao
público que o frequentou, certo é que com a presença inicial do Seminário, o âmbito da Igreja
era disseminar sua estrutura, acolhendo camadas mais distintas da sociedade, contudo, a nova
diretriz estabelecida pelas intenções do Império com a instrução de indivíduos proposta, acaba
abarcando membros de uma classe mais elitizada da sociedade oitocentista.

Sobretudo, fato indiscutível é a natureza do ambiente, a de ensino, sobressaindo ideias


transgressoras, querendo ou não. Hoje, o prédio do Seminário da Boa Morte atravessa, já
algum tempo, um novo momento, produzindo um tipo de conhecimento que durante muito
tempo foi impedido pela instituição que detém sua posse e origem. Abrindo suas portas para a
universidade pública, o espaço ainda é ambiente de fluxo de ideias e desafios que lhe
empenharam empenharão a atravessar os séculos.

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