Sunteți pe pagina 1din 3

A intenção é que possamos discutir QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NAS

ESCOLAS E O IMPACTO QUE O RECONHECIMENTO E O


EMPODERAMENTO DAS QUESTÕES NEGRAS TÊM EM UMA EDUCAÇÃO
ANTIRRACISTA.

CHAUÍ, Marilena. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo:


Fundação Perseu Abramo, 2000.
FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO Curso:
Estudos Brasileiros Disciplina: Estudos de Sociedade e Cultura Profa. Dra.
Cecília Turatti Aluno: EDSON LUIZ FOGO

Resumo/Fichamento: Brasil: mito fundador e sociedade autoritária

1 – Introdução

Segundo Marilena Chauí, “deitado eternamente em berço esplêndido”, “terra


abençoada por

Deus”, junto com várias outras expressões, são ideias que constituem o mito
fundador do Brasil, representação ideológica que serve aos interesses dos que
mandam (e sempre mandaram) nesse país e que também servem para justificar
a existência de uma sociedade autoritária e excludente.

2 – Conceitos Fundamentais

Três componentes aparecem, nos séculos XVI e XVII, sob a forma das três
operações divinas que respondem pelo Brasil: a obra de Deus, a Natureza; a
palavra de Deus, a história; e a vontade de Deus, o Estado. Não nos deve
espantar que os agentes fundadores da “nação brasileira” sejam Deus e a
Natureza, pois são considerados os criadores da terra e do povo brasileiros.
Deus, segundo Afonso Celso, “aquinhoou o Brasil de modo especialmente
magnânimo, é porque lhe reserva alevantados destinos”.

Segundo Hobsbawm, podemos datar o aparecimento de “nação” no vocabulário


político na altura de 1830, e seguir suas mudanças em três etapas: de 1830 a
1880, fala-se em “princípio da nacionalidade”; de 1880 a 1918, fala-se em “ideia
nacional”; e de 1918 aos anos 1950-60, fala-se em “questão nacional”. Nessa
periodização, a primeira etapa vincula nação e território, a segunda a articula à
língua, à religião e à raça, e a terceira enfatiza a consciência nacional, definida
por um conjunto de lealdades políticas.

O processo histórico de invenção da nação nos auxilia a compreender um


fenômeno significativo, no Brasil: a passagem da ideia de “caráter nacional” para
a de “identidade nacional”. O primeiro corresponde aos períodos de vigência do
“princípio da nacionalidade” (1830-1880) e da “ideia nacional” (1880-1918),
enquanto a segunda aparece no período da “questão nacional” (1918-1960).

Na ideologia do “caráter nacional brasileiro”, a nação é formada pela mistura de


três raças – índios, negros e brancos – e a sociedade mestiça desconhece o
preconceito racial. Nessa perspectiva, o negro é visto pelo olhar do paternalismo
branco, que vê a afeição natural e o carinho com que brancos e negros se
relacionam, completando-se uns aos outros, num trânsito continuo entre a casa-
grande e a senzala. Na ideologia da “identidade nacional”, o negro é visto como
classe social, a dos escravos, e sob a perspectiva da escravidão como instituição
violenta que coisifica o negro, cuja consciência fica alienada e só escapa
fugazmente da alienação nos momentos de grande revolta.

Ao que tudo indica, se os índios decidiram usar a livre faculdade da vontade e


recusar a servidão voluntária, foi preciso que a Natureza oferecesse nova
solução. Passa-se a afirmar a natural indisposição do índio para a lavoura e a
natural afeição do negro para ela. A Natureza reaparece, ainda uma vez, pelas
mãos do direito natural objetivo – pelo qual é legal e legítima a subordinação do
negro inferior ao branco superior – e do direito natural subjetivo, porém não mais
sob a forma da servidão voluntária e sim pelo direito natural de dispor dos
vencidos de guerra.

Conservando as marcas da sociedade colonial escravista, a sociedade brasileira


é marcada pela estrutura hierárquica do espaço social que determina a forma de
uma sociedade fortemente verticalizada em todos os seus aspectos: nela, as
relações sociais são sempre realizadas como relação entre um superior, quem
manda, e um inferior, que obedece.

Essa partilha do poder torna-se, no Brasil, não uma ausência do Estado, mas é
a forma de realização da política e de organização do aparelho do Estado em
que os governantes e parlamentares “reinam” mantendo com os cidadãos
relações pessoais de favor, clientela e tutela, e praticam a corrupção sobre os
fundos públicos. Assim, as classes populares percebem o Estado como “o poder
dos outros” e tendam a vê-lo apenas sob a face do poder Executivo, os poderes
Legislativo e Judiciário ficando reduzidos ao sentimento de que o primeiro é
corrupto e o segundo, injusto.

O autoritarismo social naturaliza as desigualdades e exclusões socioeconômicas


e exprime-se no modo de funcionamento da política. Quando se observa a
história econômica do país, periodizada segundo a ascensão e o declínio dos
ciclos econômicos e segundo a subida e queda de poderes regionais, e quando
se observa na história política do país o poderio regional continuamente
contrastado com o poder central, tem-se uma pista para compreender porque os
partidos políticos são associações de famílias rivais das oligarquias regionais e
porque mantêm quatro tipos principais de relações com os eleitores: de
cooptação; de favor ou clientela; de tutela; e da promessa salvacionista ou
messiânica.
3 – Considerações finais

Deveríamos presumir que a ideologia dos senhores da terra do sistema colonial,


do Império e da República Velha desaparecesse por ocasião do processo de
urbanização e industrialização (que ocorreu por transferência de setores
industriais internacionais para o Brasil, em decorrência do baixo custo da mão-
de-obra), mas o setor agrário-exportador jamais perdeu força social e política.

Então, a modernização se traduziu na aceitação da ideia de justiça social e, ao


mesmo tempo, com a rejeição da luta de classes e a promoção de uma
“sociedade do bem estar”, cuja função é dupla: em primeiro lugar, excluir a ideia
de um vínculo necessário entre justiça social e igualdade socioeconômica; em
segundo lugar, desobrigar o Estado de lidar com o problema da exclusão e da
inclusão de ricos e pobres, pois a exclusão de ambos desestabiliza os governos
e a inclusão de ambos é impossível. O significado disso: a igualdade econômica
(ou a justiça social) e a liberdade política (ou cidadania democrática) estão
descartadas.

 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) - recomendam a inserção da


História Local nos currículos escolares.
 É a partir do local que o aluno começa a construir sua identidade e a se tornar
membro ativo da sociedade civil, no sentido que faz prevalecer seu direito de
acesso aos bens culturais.
 Além de ser uma atividade didaticamente estimulante, o estudo da História Local
permite desenvolver no aluno o sentimento de pertencimento.
 Ela passa e entender melhor a comunidade onde vive, a valorizá-la e a se
valorizar.
 Uma vez se identificando com o “local” ele tende a buscar contribuir para seu
desenvolvimento, ele cria raízes e valoriza estas raízes.

S-ar putea să vă placă și