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“A Palavra Mágica”, de Vergílio Ferreira

Síntese
 Apresentação de Silvestre:
- viúvo, sem filhos, dono de algumas terras, partilha o que tem, dá dinheiro sem se
preocupar com a utilização que lhe podem dar.

 Momento de avanço:
 Silvestre arranjou uma discussão com o Ramos da Loja;
 Silvestre disse, sem intenção de ofender, que o trabalho do campo não era bem
pago o que levou o Ramos a chatear-se.

 O Ramos chama “Inócuo” ao Silvestre com a intenção de o ofender, mas sem


conhecer o verdadeiro significado da palavra.
( “inócuo” – que não é ofensivo; inofensivo.)
 Silvestre não quer ser tomado por pouco esperto e ofende-se, sem saber o real
significado da palavra.
 Dois homens, que assistem à discussão, espalham o acontecido, atribuindo à palavra
um sentido ofensivo.
 Apresentação de vários casos, em que a palavra é utilizada e o seu sentido
ampliado.
- Caso do Paulino que chega a casa bêbado e a mulher o ofende com o termo.
- passa a significar vadio e bêbado.
- Caso do sujeito de gabardina a vender drogas, cujo efeito não era o
anunciado e é ofendido com a palavra.
- passa a significar trampolineiro, ladrão.
- Caso do Rainha que dá um tiro no homem da amante.
- passa a significar devasso e assassino.
- Caso do Perdigão dos Cabritos que numa troca de produtos é também
ofendido com a palavra.
- Sem que nenhum dos envolvidos saiba verdadeiramente o significado da
palavra.
- Este homem leva o termo da aldeia e passado algum tempo ele voltou
ainda mais ofensivo do que saíra.
- O termo regressa pela boca de um Caldeireiro e durante um pagamento o termo
volta a ser utilizado como ofensivo.
- significa agora homossexual e parricida.
 Momento de Balanço:
- O Ramos faz o balanço do significado que a apalavra já tinha assumido.
- Todos temiam se ofendidos com tamanha ofensa.

 Momento de tentativa de viragem:


- O filho do Gomes, que tinha alguma instrução quis saber qual o verdadeiro significado
da palavra e procurou no dicionário, mas a oralidade tinha alterado a palavra e não sabia
ao certo como se escrevia, pelo que não a encontrou.
- A sua mãe não quer que ele procure o significado e tudo fica como antes.

 Momento de avanço:
- começaram a aparecer queixas no tribunal. O Juiz pedia a intenção com que a palavra
fora aplicada e em função disso, organizava o processo.

 Caso do Bernardino Soares que tentou influenciar o juiz, para obter


uma pena pesada num processo.
- o Juiz percebe que o termo usado é “inócuo” e esclarece o
verdadeiro significado do termo.
- o juiz mostra o significado no dicionário, o que não convence
Bernardino.
- o advogado, apesar de saber o significado ainda acrescenta a
importância da intenção.
 Desfecho:
- Muitos desejavam que o significado do dicionário fosse aplicado à vida.
- Muitos consideravam que o dicionário não era capaz de alterar o significado que a
vida/ as vivências das pessoas lhe tinham atribuído.

 Desfecho:
- A vida de facto emendara o dicionário.
 Apresentação do caso do filho do Gomes, que se mostra determinado a assumir a
definição real do dicionário, porém ao ser “ofendido” com o termo, acaba por desejar
vingar-se.
Análise
Explicação de expressões:
“ Não havia que emendar-se a vida pelo dicionário. Havia que forçar-se o dicionário a meter a
vida na pele.”
“ A vida de facto emendara o dicionário.”
“…o furor era sempre mais forte do que um simples livro impresso.”

1 – Relaciona estas frases com as várias fases da evolução do termo “inócuo”.

“ Não havia que emendar-se a vida pelo dicionário, pois durante muito tempo o
significado não foi o que estava escrito no dicionário, estava sim relacionado com a
intenção com que era dito.
Havia que forçar-se o dicionário a meter a vida na pele, pois, quando passaram a
conhecer o real significado, as pessoas continuaram a querer manter o significado
ofensivo que lhe tinham criado através das suas vivências.
“ A vida de facto emendara o dicionário”, pois no final, apesar de haver pessoas
determinadas na correcção do significado, acabam por continuar a considerar a palavra
ofensiva, pois “…o furor era sempre mais forte do que um simples livro impresso.” Esta é
a conclusão de toda a história: A emoção vence a razão.
Identificação de figuras de estilo e sua intencionalidade:

a) “… ferido de espora…”

b) “… aquele sabor redondo a moca grossa de ferro, cravada de puas.”

c) “ Longos meses a palavra maldita andou por lá descarregando o ódio das gentes.
(…) Vinha em farrapos…”

d) “ Era possível apanhar com o palavrão na cara e ficar cheio de peste.”

e) “…simples livro impresso.”


Figuras de estilo:
Comparação: Associação de duas realidades através da conjunção comparativa
“como” ou dos verbos parecer, lembrar, assemelhar, etc.

Metáfora: Associação/aproximação de duas realidades sem a utilização da


conjunção comparativa “como” com o objectivo de realçar qualquer característica.

Hipérbole: Exagero da realidade com o objectivo de realçar características ou


reforçar a importância de algo.

Perífrase: Dizer de uma forma extenso, algo que poderia ser dito de forma breve.
Tem , por vezes, o objectivo de pôr em destaque a caracterização.

Personificação: Consiste na atribuição de características humanas a seres


inanimados e irracionais com o objectivo de realçar a importância e relevância de
algo.

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