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O estudo das ciências cognitivas se inicia com Craik, o qual define um modelo mental
como a representação de um estado de coisas para caracterizar as formas como pessoas
compreendem e interagem com dispositivos e sistemas físicos (externos). Assim, fica definido o
termo modelo mental como a representação interna na mente humana do mundo externo,
processo que de fato não ocorre diretamente, as pessoas constroem tais representações
internas envolvendo vários fatores.
Johnson-Laird afirmam que modelos mentais são como blocos de construção cognitivos,
os quais quando combinados e recombinados, representam um objeto ou situação observável.
Logo, a estrutura de algo capta a essência de um objeto.
O modelo mental de um conceito deve ser capaz de representar tanto o essencial como
a amplitude de um conceito. O cerne de um modelo deve representar sua essência, suas
propriedades características do estado de coisas as quais ele descreve. Por outro lado, os
procedimentos de gestão do modelo definem a amplitude de seu conceito, ou seja, o conjunto
de coisas ao qual ele descreve.
A teoria de Johnson-Laird traz princípios sobre a definição de modelos mentais, são eles:
o princípio da computabilidade (analogia da mente como um computador); da finitude (o
cérebro é finito); do construtivismo (modelo mental = representação mental de estados de
relações); da economia (construído a partir do discurso); da não-indeterminação (modelos
mentais não podem resultar não computabilidade); da predicabilidade (o que permite identificar
um conceito artificial ou não natural no conteúdo de um modelo mental); do inatismo (todos os
primitivos conceitos são inatos); do número finito de primitivos conceituais (conceitos primitivos
finitos são usados na construção de conceitos mais elaborados); e da identidade estrutural (as
estruturas de modelos mentais são idênticas às estruturas dos estados de relações do mundo
que eles representam).