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HERBERT VIEIRA

INTRODUÇÃO À ECONOMIA

DEFINIÇÃO DE ECONOMIA

Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços
que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas.

Recursos: escassos
Necessidades humanas: ilimitadas

MICROECONOMIA

É o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um determinado


produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores e vendedores de tais
bens, tais como o mercado de automóveis, de produtos agrícolas etc.

MACROECONOMIA

É o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo,


procurando identificar e medir as variáveis que determinam o volume da produção total, o nível
de emprego e o nível geral de preços do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na
economia mundial.

OS FATORES DE PRODUÇÃO

A maioria dos economistas classifica os fatores de produção da sociedade em quatro categorias:

1) Recursos naturais ou Terra;


2) Mão de obra ou Trabalho;
3) Capital; e
4) Capacidade gerencial.

Recursos Naturais: são somente os elementos da natureza suscetíveis de serem incorporados às


atividades econômicas. O volume desses recursos depende, entre outros fatores, da evolução
tecnológica (que determina a possibilidade de aproveitamento de matérias-primas e fontes de
energia, do avanço da ocupação territorial, das facilidades de transporte e do levantamento de
existências). Assim, um recurso mineral numa grande floresta cuja exploração é inviável por não
existir um meio de transporte adequado para levá-lo aos grandes centros consumidores não faz
parte do estoque de Recursos Naturais (não é fator de produção) da economia.

Mão de obra ou Trabalho: É considerado como fator de produção o Trabalho da População


Economicamente Ativa (PEA) da sociedade. A população de um país é constituída pelos seus
habitantes. Se da população subtrairmos as pessoas que não estão em idade de trabalhar (os
muitos jovens ou os muito idosos), chegaremos ao conceito de População Ativa. Se da população
ativa computarmos apenas as pessoas que estão procurando emprego no mercado formal de
trabalho (excluindo, por exemplo, estudantes e donas de casa), obteremos a População
Economicamente Ativa (PEA).
2
Capital: corresponde ao conjunto dos edifícios, máquinas, equipamentos e instalações que a
sociedade dispõe para efetuar a produção. Este conjunto é denominado de estoque de capital da
economia. Quanto mais bens de capital dispuser a economia, mais produtiva ela será (ou seja,
mais bens e serviços poderá produzir). Observe que o conceito de Capital como fator de
produção é um pouco diferente da palavra Capital usada na linguagem comum, quando é
utilizada para designar uma quantia em dinheiro (ou outro ativo financeiro) que determinada
pessoa possui para iniciar um determinado negócio.

MERCADO:

Um mercado existe quando compradores que pretendem trocar dinheiro por bens e serviços estão
em contato com vendedores desses mesmos bens e serviços. Desse modo, o mercado
pode ser entendido como o local físico ou não, do encontro regular entre compradores
e vendedores de uma determinada economia.

SISTEMA ECONÔMICO:

Sistema Econômico é a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades
econômicas que, são as atividades de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e
serviços.

Tendo em vista que as necessidades humanas são ilimitadas e os recursos produtivos são
limitados, qualquer sistema econômico terá que enfrentar três problemas básicos:

a) o que produzir - ou seja, a sociedade terá que fazer uma escolha, dentro o do leque de
possibilidades de produção que tenha, quais os produtos e respectivas quantidades que serão
fabricadas.

b) como produzir - a sociedade terá que escolher também quais os recursos produtivos que serão
utilizados para a fabricação dos produtos eleitos, dado o nível tecnológico nela existente; como
esses recursos são escassos, é sempre conveniente que sejam utilizados da forma mais eficiente
para que o custo de produção seja o menor possível.

c) para quem produzir - a sociedade terá também que decidir como seus membros participarão
da distribuição dos resultados de sua produção, ou seja, se todos participarão igualmente desses
resultados ou, em caso contrário, quais deles serão os mais ou menos beneficiados.

A maneira como esses problemas são resolvidos numa economia de mercado, que é a forma de
sistema econômico predominante no mundo contemporâneo, é apresentada a seguir.

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Mercados, Agentes e Fluxos Econômicos

Fluxo monetário (renda)

Mercado de fatores de produção Fluxo real



Para quem
produzir

Demandam fatores de
Ofertam fatores de produção produção

Famílias Como Empresas


Produzir

Ofertam bens e serviços
Demandam bem e serviços
O que e
quanto
produzir

Mercado de bens e serviços


Fluxo monetário (dispêndio)

Numa versão simplificada do funcionamento de uma economia de mercado, há que se distinguir


dois agentes econômicos fundamentais: as unidades produtivas ou empresas e as unidades
consumidoras ou proprietários dos fatores de produção (ou famílias).

As unidades produtivas, como próprio nome indica, são as unidades produtoras de bens e
serviços. Numa economia de mercado, tal produção é efetuada por pessoas jurídicas
denominadas empresas, utilizando os fatores de produção (recursos naturais, trabalho e capital)
que são cedidos a elas pelos proprietários dos mesmos em troca de uma remuneração, que é
denominada renda.

Os proprietários dos fatores de produção (os capitalistas que detêm a propriedade do capital, os
assalariados e demais trabalhadores que possuem o fator de produção trabalho e as pessoas que
são donas dos recursos naturais) utilizam a renda originária da cessão de seu uso para as
empresas para comprar os bens e serviços que estas produzem e que satisfaçam às suas
necessidades. O valor total destas compras é denominado dispêndio.

Observe que a empresa é um agente econômico distinto do capitalista, seu proprietário, que faz
parte das famílias. Os proprietários de empresas individuais e os profissionais liberais participam
simultaneamente dos dois grupos: enquanto unidades produtoras são considerados integrantes do
agente econômico empresas e, enquanto proprietária de fatores de produção, das famílias.
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A renda, a remuneração paga pelas empresas pelo uso dos fatores de produção, é classificada
pelos economistas em quatro grandes categorias:

 os salários, que são a remuneração do fator de produção trabalho; nesta categoria são
incluídas também as comissões, os honorários de profissionais liberais, os ordenados dos
executivos, enfim todas as remunerações relativas ao trabalho, mesmo que
não-assalariado.

 os juros e lucros, que são a remuneração do fator de produção capital; observe que o
lucro das empresas, mesmo que não distribuído, é considerado renda dos sócios ou
acionistas da empresa pois, em última análise, pertence a eles.

 os aluguéis, que são a remuneração dos proprietários dos recursos naturais e de bens de
capital arrendados a terceiros.

A distribuição dos benefícios resultantes da produção (para quem produzir) dependerá da


quantidade de cada fator de produção utilizado e da contribuição de cada um deles para a
efetivação da produção, ou seja, de sua produtividade. Assim, por exemplo, países em que o
trabalho não-qualificado seja abundante e o capital os bens e valor total escasso, tendem a pagar
salários bastante baixos, embora os juros e os lucros sejam mais elevados. Os trabalhadores
qualificados, por sua vez, por serem menos abundantes e mais produtivos, tendem a receber
remunerações mais altas.

A decisão de quais produtos deverão ser produzidos pela economia é tomada em conjunto pelas
unidades consumidoras (que constituirão a demanda por bens e serviços) e pelas unidades
produtoras (que farão a oferta de bens e serviços). O mecanismo de equilíbrio entre essas duas
forças se dá no mercado, onde são determinados os preços e quantidades transacionados dos
diversos bens e serviços.

A resposta à questão de como produzir será dada pela concorrência entre os produtores, que
deverão adotar a combinação de fatores de produção que proporcione o menor custo da
produção.

A CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

A Curva de Possibilidades de Produção (CPP) é um recurso (modelo) utilizado pelos


economistas para ilustrar o problema da escassez.

Suponhamos que uma empresa tenha 10 máquinas e 40 trabalhadores e que tenha apenas dois
produtos na sua linha de fabricação: parafuso tipo A e parafuso tipo B. Adicionalmente,
suponhamos também que, por um determinado prazo de tempo, a empresa não possa comprar
mais máquinas e nem contratar trabalhadores adicionais e que não haja nenhuma inovação
tecnológica no processo de fabricação do produto.

Assim, os pressupostos são:

a) os recursos produtivos são fixos ou constantes;


b) o conhecimento tecnológico é constante;
c) somente dois produtos são passíveis de fabricação.
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O Diretor da empresa encomenda ao engenheiro responsável pelo Departamento de Produção um
levantamento de quais são as possibilidades de produção da empresa utilizando-se plenamente e
da forma mais eficiente possível todos os fatores de produção da empresa, ou seja, os 40
trabalhadores e as 10 máquinas - todos os trabalhadores e máquinas plenamente utilizados e
efetuando-se a produção da forma mais eficiente possível (pleno emprego).

O engenheiro, obedecendo tais ordens, faz o seguinte levantamento de produção:

PARAFUSO A PARAFUSO B
20 0
18 1
15 2
11 3
6 4
0 5

Se todos os recursos produtivos da fábrica fossem utilizados somente para a produção do


parafuso A, obter-se-iam 20 unidades do mesmo. Caso se desejasse produzir uma unidade de B,
recursos produtivos alocados na fabricação do parafuso A deveriam ser deslocados para B e
haveria uma perda de 2 unidades de A.
Aumentos sucessivos na produção de B levariam a reduções também sucessivas na fabricação de
A até atingir-se outro ponto limite: caso todos os fatores fossem utilizados na produção de B,
obter-se-iam 5 unidades deste tipo de parafuso.

O gráfico a seguir ilustra as possibilidades de produção contidas no mapa levantado pelo


engenheiro, colocando-se no eixo das abscissas (horizontal) a produção de A e no das ordenadas
(vertical), a de B:

C

B
A 

No gráfico, os pontos de produção são unidos por uma curva (a CPP) no pressuposto de que a
fabricação possa ser contínua (ou seja, possam produzir quantidades fracionadas dos parafusos).

Algumas constatações podem ser tiradas da análise do gráfico da CPP da empresa, que se aplica
na economia:

1) A produção do parafuso B é mais difícil de ser feita do que a do parafuso A; de fato, a


produção máxima possível de B é de 5 unidades enquanto a de A é de 20 unidades;

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2) Os pontos da CPP expressam a quantidade máxima possível da produção de um dos bens,
dada a produção do outro, Por exemplo, se a empresa desejar produzir 11 unidades do bem A,
ela poderá fabricar, no máximo, utilizado todos os fatores de produção da forma mais eficiente
possível, 3 unidade do bem B.

3) Um ponto dentro da curva significa uma produção abaixo ou aquém das possibilidades da
empresa; se ela resolver produzir, 6 unidades de A e 3 unidades de B, alguns dos recursos
produtivos ficarão ociosos ou não serão utilizados da forma mais eficiente, já que a empresa
poderia aumentar a produção da A para 11 unidades sem ter que diminuir a produção de B
(capacidade ociosa).

4) Um ponto fora da curva significa uma produção acima ou além das possibilidades da empresa;
por exemplo não é possível que ela produza 11 unidades de A e 4 de B, já que o máximo
possível de B , quando se fabrica 11 de A, é de 3 unidades. Este ponto de produção só poderia
ser atingido se houvesse um aumento na quantidade dos fatores de produção ou uma
inovação tecnológica, fatos que aumentaria as possibilidades de produção da empresa (longo
prazo).

5) Aumentos na produção de um bem, se a empresa estiver trabalhando em pontos situados na


CPP, só poderão ser efetuados à custa de decréscimo na produção do outro (custo de
oportunidade):

UNIDADE ADICIONAL DE PERDA DE A


B (CUSTO DE OPORTUNIDADE)
1 2 (20-18)
2 3 (18-15)
3 4 (15-11)
4 5 (11-6)
5 6 (6-0)

DESLOCAMENTOS DA CPP
Y

Deslocamentos positivos:
Ocorrem pela expansão dos recursos disponíveis ou
pelo avanço tecnológico. É o que ocorre em situações T2
normais. T1

Deslocamentos negativos:
Ocorrem pela diminuição ou desqualificação dos
recursos disponíveis. Geralmente resulta de situações
T1
anormais como, por exemplo, guerras, pestes e T2
terremotos, que reduzem a capacidade produtiva.

7
X
Magnitude dos deslocamentos: Y

A) Economias que destinam altas parcelas de seus


recursos ao consumo e baixas para o investimento.
Características de países subdesenvolvidos. T1
A
B
B) Economias que sacrificam o ao consumo em prol
T1
de maior acumulação (investimentos). Características
de países mais desenvolvidos.
X

CLASSIFICAÇÃO DOS SETORES:

Setor primário: atividades agrícolas, pecuárias e extrativistas;

Setor secundário: atividades industriais;

Setor terciário: atividades de comércio e prestação de serviços;

O MERCADO

Como dito anteriormente, um mercado existe quando compradores que pretendem trocar
dinheiro por bens e serviços estão em contato com vendedores desses mesmos bens e
serviços, ou seja, para que exista um merdado é necessário que hava oferta e
demanda.

A DEMANDA (PROCURA)
A demanda de um determinado bem X qualquer é dada pela quantidade deste bem que os
compradores (consumidores) desejam adquirir num determinado período de tempo.

A demanda do bem X depende de uma serie de fatores. Os economistas consideram como


mais relevantes os seguintes fatores:

♦ o preço do bem X (PX); de fato, esta é a variável mais importante para que o
consumidor decida o quanto vai comprar do bem; se o preço for considerado barato,
provavelmente ele adquirira maiores quantidades do que se for considerado caro;

♦ a renda do consumidor (Y); embora muitas vezes o consumidor considere atrativo


o preço do bem X, ele pode não ter renda suficiente para compra-lo como, por exemplo, se
o bem X for um carro de luxo; por outro lado, se a renda do consumidor aumentar num
período de tempo, provavelmente ele adquirira maiores quantidades do bem X a um
determinado nível de preço do que antes e menores, se a renda diminuir, de forma que

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esta e uma variável que condiciona a decisão de consumo;

♦ o preço de outros bens (P z ); se o consumidor deseja adquirir manteiga, por


exemplo, ele não olhara somente o preço desta mas também o preço de bens
substitutos 4 tais como a margarina ou o requeijão cremoso; da mesma forma, se ele
desejar adquirir arroz, considerara não somente o preço do arroz, mas também o do
feijão já que, em nosso pais, o consumo destes bens esta freqüentemente associado
um ao outro.

♦ os hábitos e gostos dos consumidores (H); esta e uma das variáveis das mais
importantes porque, embora o preço do bem X esteja adequado, inclusive
comparado ao de bens substitutos e o consumidor possua renda para adquiri-lo,
muitas vezes deixa de fazê-lo por não estar habituado ou condicionado ao seu
consumo 6 .

Matematicamente, pode-se expressar a demanda do bem X pela seguinte expressão:

D X = f (P X, Y, P Z , H, etc.)

onde f significa que D X é função de... enquanto a palavra etc. engloba as outras possíveis
variáveis que influenciam o consumo do bem X, mas que não serão considerados em nossa
analise.

A demanda do bem X e, portanto, a resultante da ação conjunta ou combinada de todas essas


variáveis. Entretanto, para que se possa analisar o efeito na demanda de uma mudança no
valor de uma variável considerada isoladamente, os economistas recorrem a hipótese do
ceteris paribus, expressão latina que significa tudo mais permanecendo constante.

Assim, por exemplo, caso se deseja saber o que ocorre com a demanda do bem X se o
preço do mesmo aumentar, e preciso supor que todas as demais variáveis que influenciam a
demanda permaneçam com o mesmo valor, de modo que a variação da demanda seja
atribuível exclusivamente a variação do preço.

A esta relação denominaremos de função da demanda do bem X e a sua representação


gráfica será chamada de curva de demanda do bem X. A curva de demanda
provavelmente tem formato a seguir:

Preço do bem x ($)

10

100 120 Quant. Demandada do bem


ou seja, e uma curva descendente da esquerda para a direita, evidenciando o seguinte fato,
também chamado de lei da procura: a quantidade procurada do bem X varia inversamente
ao comportamento do seu preço, ou seja, se o preço do bem X aumentar, a sua quantidade
demandada diminuirá e se o preço de X diminuir, a quantidade procurada do bem
aumentara.

Matematicamente, pode-se dizer que a Demanda (ou Procura) do bem X e uma função
inversa ou decrescente do seu p r e ç o .

CURVA DE DEMANDA DO MERCADO

Tudo o que foi exposto ate agora referia-se ao consumidor individual, mas vale também
para o mercado como um todo, já que a curva de demanda do mercado resulta da agregação
das curvas individuais. Assim, por exemplo:

Ao preço de 10, a demanda do mercado e de 35 unidades do bem X (20 unidades


demandadas pelo consumidor A mais 15 pelo consumidor B). Ao preço de 8, 68 unidades
(40 por A e 28 por B). Portanto, agregando-se as demandas individuais a cada nível de
p r e ç o possível, obtém-se a demanda do mercado.

A OFERTA
A quantidade do bem X, por unidade de tempo, que os vendedores desejam oferecer no
mercado constitui a oferta do bem X. Similarmente a demanda, a oferta também e
influenciada por diversas variáveis, entre elas:

♦ o preço do bem X (P X): para decidir qual será a quantidade a ser oferecida no
mercado, sem duvida em primeiro lugar, os vendedores levarão em consideração o
nível de preço do bem X;

♦ preço dos insumos utilizados na produção (P I): alterações nos níveis de preço
das matérias-primas, dos combustíveis, da energia e de outros insumos terão como
conseqüência alterações na quantidade a ser ofertada no mercado;

♦ tecnologia (T): inovações tecnológicas que reduzam o custo de produção do bem


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X ou propiciem sua produção em maiores quantidades ao mesmo custo tornarão sua
oferta mais abundante;

♦ preço de outros bens (PZ): o agricultor, por exemplo, ao considerar quanto


produzira de milho levara em conta não apenas o preço) do mesmo mas também o
preço de uma cultura alternativa tal como a do feijão; este mesmo fato pode ocorrer
também com produtos industriais, quando a fabrica tem a opção de produzir mais
de um bem (dois tipos de parafusos ou pneus, por exemplo).

Matematicamente, pode-se expressar a oferta do bem X (Ox) pela seguinte função:

Ox = f(PX, PI, T, PZ, etc.)

Assumindo-s a hipótese que a oferta é função do preço, ceteris paribus, temos:

OX =f(PX)

A representacao grafica, mostrada a seguir é a denominada de curva da oferta do bem X em


função do preço.

Preço do bem ($)

Quant. Ofertada

A oferta do bem X e uma curva ascendente da esquerda para a direita, mostrando que,
quanto maior o preço, maior será a quantidade que os produtores desejarão oferecer no
mercado.

A oferta do bem X é portanto, uma função direta ou crescente do preço. Os economistas


explicam esse formato da curva de oferta com base no comportamento dos custos de
produção, supostos crescentes no curto prazo. Da mesma forma como a demanda, a
oferta de mercado resulta da somatória das ofertas individuais de cada produtor.

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EQUILIBRIO DE MERCADO NA CONCORRENCIA PERFEITA

Nesta seção, será mostrado como a oferta e a demanda do bem X conjuntamente


determinam o preço de equilíbrio no mercado de concorrência perfeita. O preço de
equilíbrio é definido como o preço que iguala as quantidades demandadas pelos
compradores e as quantidades ofertadas pelos vendedores, de tal modo que ambos os
grupos fiquem satisfeitos. O gráfico a seguir apresenta as curvas de demanda e oferta do
bem X e sua interacao no mercado.

Suponha-se que o mercado comece trabalhando ao preço de $ 20. A este preço, os


vendedores estarão dispostos a oferecer 150 unidades do bem X, porem os compradores só
desejam adquirir 60 unidades. A quantidade transacionada no mercado ao preço de $ 20
será portanto, de 60 unidades e haverá um excedente (excesso de quantidade ofertada sobre
a demandada) de 90 unidades (150 unidades ofertadas menos 60 adquiridas pelos
compradores).

Nesse caso, os vendedores não estarão satisfeitos porque ficaram com um estoque
indesejado de 90 unidades nas mãos. Para livrar-se do excedente, oferecerão o bem X a
preços mais baixos, de modo que a tendência que será observada no mercado e a baixa do
preço de X. Logo, o mercado não está em equilíbrio, já que o preço esta flutuando.

Ao inverso, suponha-se agora que o mercado iniciou trabalhando ao p r e ç o de R$ 10.


Ocorrera uma escassez (excesso de quantidade demandada sobre a ofertada) no mercado, já
que os compradores desejarão adquirir 170 unidades do bem X, enquanto os vendedores
estarão dispostos a oferecer apenas 40 (escassez de 130 unidades). Os compradores ficarão
insatisfeitos e, para adquirir o produto que esta escasso no mercado, oferecerão preços
maiores pelo mesmo para induzir a oferta a aumentar. A tendência no mercado será,
portanto, a de elevação do preço de X.

Ao preço de $ 14 correspondente a intersecção das duas curvas, ocorrera o equilíbrio no


mercado. Nesse caso, tanto os vendedores desejam oferecer quanto os compradores
tencionam adquirir 100 unidades do bem X. Ambos os grupos estarão satisfeitos e a
tendência do mercado será que o preço de $ 14 e a quantidade de 100 unidades fiquem
estáveis (ou seja, em equilíbrio). O preço e a quantidade de equilíbrio somente serão alterados
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no mercado se ocorrer um deslocamento das curvas de oferta e procura.

CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS


O mercado e o local onde se encontram os vendedores e compradores de determinados bens
ou serviços. Antigamente, a palavra mercado tinha uma conotação geográfica que hoje não
mais subsiste, uma vez que os avanços tecnológicos nas comunicações permitem que haja
transações econômicas ate sem contato físico entre o comprador e o vendedor, tais como nas
vendas por telefone.
Os economistas classificam os mercados da seguinte forma:

Concorrência perfeita: Trata-se de um mercado caracterizado pelos seguintes fatores:

a) existência de um grande numero de pequenos vendedores e compradores, de tal forma


que cada vendedor e cada comprador, individualmente, representam muito pouco no
total do mercado (mercado atomizado);

b) o produto transacionado a homogêneo, ou seja, todas as empresas participantes do


mercado fabricam produtos rigorosamente iguais que não se distinguem um dos outros
por qualidade, marca, rotulo e quaisquer outras características (produto padronizado);

c) há livre entrada e saída de empresas no mercado; qualquer empresa pode entrar ou


sair do mercado a qualquer momento, sem quaisquer restrições das demais concorrentes, tais
como praticas desleais de preços, associações de produtores visando impedir a entrada de
empresas novas, etc.

d) perfeita transparência, ou seja, perfeito conhecimento, pelos compradores e


vendedores, de tudo o que ocorre no mercado; assim, por exemplo, se uma empresa
obtiver uma inovação tecnológica no processo produtivo, as outras saber -do deste fato
imediatamente.

e) perfeita mobilidade dos recursos produtivos; isto significa que a mão-de-obra e os


outros insumos utilizados na produção podem ser facilmente deslocados da fabricação de
uma mercadoria para outra; alem disso, no mercado dos fatores de produção vigora também
a concorrência perfeita, de tal forma que cada empresa poderá adquirir a quantidade
desejada do fator por um preço que será fixado concorrencialmente.

Como se percebe por suas características, o mercado de concorrência perfeita não e


facilmente encontrado na pratica, embora possa se afirmar que os mercados que mais se
aproximam dela são os mercados de produtos agrícolas.

O mercado de concorrência perfeita e estudado pelos economistas para servir como um


paradigma (referencial de perfeição) para analise dos outros mercados. Ou seja, o mercado
de concorrência perfeita e o mercado ideal, ao qual serão referenciados os mercados de
concorrência imperfeita (existentes no mundo real e listados a seguir) para se verificar no
que diferem do modelo idealizado.

Monopólio - e o mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. 0


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monopólio pode ser legal ou técnico.

Monopólio legal ocorre quando uma lei assegura ao vendedor a primazia no mercado.
Exemplo: ate 1995, no Brasil, a empresa Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras) possuía, por lei, o
monopólio das atividades de extração e refino do petróleo.

Ocorre o Monopólio técnico quando a produção por uma única empresa e a forma mais
barata de fabricação do produto. Ou seja, quanto maior o tamanho da empresa (escala),
menor o custo médio de fabricação do produto. As atividades de geração e distribuição de
energia elétrica são) apontadas na literatura especializada como exemplo deste tipo de
monopólio.

Oligopólio - e o mercado em que existe um pequeno numero de vendedores ou em que,


apesar de existir um grande numero de vendedores, uma pequena parcela destes domina a
maior parte do mercado. São exemplos de oligopólios a industria automobilística e a
industria de bebidas, entre muitas outras. Embora não haja barreiras explicitas, o poderio
das grandes firmas que dominam o mercado e um fator desestimulante a entrada de novas
empresas no oligopólio.

Concorrência Monopolística - trata-se de um mercado em que, apesar de haver um


grande numero de produtores (e, portanto, ser um mercado concorrencial), cada um deles
e como se fosse monopolista de seu produto, já que este e diferenciado dos demais. A
diferenciação do produto se da por meio de características do mesmo, tais como, qualidade,
marca (griffe), padrão de acabamento, existência ou não de assistência técnica, etc. Exemplos
de mercados de concorrência monopolística são as lojas de confecções e os restaurantes.
Nestes últimos, por exemplo, o produto (a comida) e diferenciada pela natureza (pode ser
comida chinesa, japonesa, alemã, italiana, brasileira típica, etc), qualidade (boa, regular,
ruim, etc.), pelas instalações (luxuosas, simples, medias) e por variados outros fatores.

Na concorrência perfeita, nenhum vendedor ou comprador, considerado isoladamente,


tem influencia (ou seja, poder de determinação) sobre o preço de mercado. De fato,
nenhum vendedor conseguira vender o produto por um preço superior ao preço de
mercado, já que, existindo um grande numero de outros vendedores e o produto sendo
homogêneo, o comprador simplesmente fará a aquisição numa outra empresa
concorrente. Similarmente, nenhum comprador conseguira comprar o produto a um preço
abaixo do de mercado, já que existindo um grande numero de consumidores, o vendedor
sabe que, se não vender para ele, venderá para outro.

Nas demais estruturas de mercado, ou o vendedor ou o comprador, isoladamente, pode


impor um preço ao mercado. No monopólio, por exemplo, o único vendedor tem poder
quase que absoluto para fixar o preço para o produto que lhe for mais conveniente. No
oligopólio, os poucos vendedores existentes podem se unir para evitar a concorrência entre
eles e impor um preço ao mercado. Na concorrência monopolística, embora o poder do
vendedor em fixar preços seja menor que no monopólio e no oligopólio, uma vez que existe
um grande número de concorrentes, o fato de seu produto ser diferenciado dos demais lhe
da uma certa autonomia para determinar o seu preço.

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Principais características das estruturas de mercado

Características Concorrência Concorrência


Oligopólio Monopólio
(Oferta) perfeita monopolística
Quanto ao número
Muito grande Grande Pequeno Só há uma empresa
de empresas
Pode ser
Padronizado. Não há Não há substitutos
Quanto do produto Diferenciado padronizado ou
diferenciação. satisfatórios
diferenciado
Considerável,
Dificultado pela
Não há principalmente
interdependência.
Quanto ao controle possibilidades de Há possibilidades, quando não há
Podem ocorrer
sobre os preços manobras pelas porém limitadas. intervenções
práticas
empresas. restritivas por parte
conspiratórias
do governo
É considerável, A empresa
É vital,
exercendo-se por geralmente a
Quanto à principalmente para
Não é possível nem meio de marcas, campanhas
concorrência extra- mostrar a
seria eficaz patentes, e prestação institucionais para
preço (propaganda) diferenciação dos
de serviços salvaguardar sua
produtos
complementares imagem
É praticamente
Há consideráveis impossível pela
Quanto às condições obstáculos, natureza da
Não há quaisquer São relativamente
de ingresso na principalmente pelo atividade, por
obstáculos fáceis
indústria (mercado) tamanho das plantas questões legais,
(escala) estratégicas e
patentes.

(-) Grau de concentração (+)

Note que à medida de vamos da esquerda para a direita o grau de concentração de


mercado aumenta, ou seja, na Concorrência Perfeita temos um número muito grande de
empresas no mercado, logo, o grau de concentração é praticamente nulo, enquanto no outro
extremo (Monopólio) com grau de concentração é de 100% (apenas uma empresa no
mercado). A concentração de mercado pode ser calculada pela equação:

VX
Gc = x100
VT

Onde, V X e VT correspondem ao volume de vendas (unidade ou R$) da empresa X e o


volume total de vendas do mercado de determinado setor.

Outras estruturas (Lado da demanda)

Monopsônio: é um mercado em que há apenas um único comprador. Exemplo. Uma empresa


de laticínios que compra a produção de leite de uma região. Como não há outra opção, os
vendedores aceitam o preço estipulado pela empresa.

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Oligopsônio: é um mercado caracterizado pela existência de um pequeno número de
compradores.

2. MACROECONOMIA

A Macroeconomia é o ramo a ciência econômica que estuda os agregados da economia


objetivando o bem-estar da sociedade.

Agregados são valores que abrangem toda a economia tais como:

 Taxa de desemprego;
 Taxa de inflação;
 Taxa de juros;
 Balanço de pagamentos;
 Produto Interno Bruto;
 Déficit público;
 Taxa de câmbio;
 Moeda em circulação.

A macroeconomia utiliza-se de:

 Teorias;
 Fatos empíricos; e
 Políticas Econômicas.

Com base em fatos empíricos (observados) constroem-se as teorias (por meio de modelos) que
são aplicadas na economia através das políticas econômicas.

Relacionamento entre Fatos Empíricos, Teorias e Política Econômica.

As teorias da economia positiva são obtidas pela aplicação lógica da realidade observada (fatos
empíricos), mas, mesmo a teoria positiva é influenciada: (a) pelos desejos dos políticos e (b)
pelas metas normativas que nos auxiliam na decisão de quais questões examinar. Algumas
observações empíricas são filtradas pelo nosso senso de eqüidade para formular as medas
normativas, mas a maioria das pessoas deseja atingir suas metas, o que exige consistência nas
suas teorias positivas. As metas normativas, as teorias positivas a as políticas econômicas nos
levam a enfocar certos dados empíricos e a ignorar outros dados do mundo real.As direções das
políticas econômicas, por sua vez, são destilações da mistura de: (a) observações da realidade
empírica; (b) metas normativas e (c) teorias positivas da economia.

Teorias
Econômic
as

Metas
Fatos
Normativ
Empíricos
as
Políticas
Econômicas
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Entradas e Saídas no Sistema Macroeconômico e Variáveis Macroeconômicas

Na macroeconomia é importante conhecermos as variáveis macroeconômicas e como estas


variáveis interagem entre si. Vamos ver, em seguida, como é o mecanismo econômico
funciona exatamente.

Instrumentos de Política

Variáveis Induzidas

Política
Fiscal

Moeda PIB
Política Imposto
Monetária s
Juros
Preços
Política de
Rendas

Emprego
Demanda
Política de Agregada
Com. Interação entre
Exterior
Oferta e
Demanda

Variáveis Externas
Preços

Clima

Trabalho
Guerras Capital
Tecnologi Exportações
a Líquidas

Produção
em outros
países
Oferta
Agregada

Antes de mergulharmos na teoria macroeconômica, será de certa utilidade distinguir três


tipos diferentes de variáveis econômicas. Tal é feito na figura a seguir, que mostra uma
caixa central (a macroeconomia).

Existem diferentes tipos de variáveis agindo sobre a economia. Em primeiro lugar, existem
variáveis de política ou instrumentos. Em segundo lugar, existem variáveis externas, ou
variáveis determinadas no exterior do sistema macroeconômico. Variáveis como o clima ou
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como a dimensão da população total são, geralmente, consideradas como sendo
primariamente causadas por forças não econômicas.

O conjunto final de variáveis integra as variáveis induzidas, que são determinadas pelo
próprio sistema econômico. As variáveis induzidas incluem todas as metas da política
macroeconômica tais como produção, emprego, nível de preços e exportações líquidas.

Conclui-se que as variáveis políticas e as variáveis internas são fatores condicionantes


inseridos na macroeconomia, enquanto as variáveis induzidas são os produtos do
funcionamento macroeconômico.

O Fluxo circular da renda e os agentes econômicos

O modelo de fluxo circular descreve o fluxo de renda, recursos e produções entre unidades
familiares, empresas e governo (agentes econômicos). As famílias fornecem recursos
para as empresas ou governo em troca de renda monetária, que é utilizada na compra de
bens e serviços ou para pagar os impostos. As empresas fornecem os bens e serviços
para as famílias e em troca recebem pagamentos que são enviados para as famílias
como renda. As receitas dos impostos possibilitam que o governo arque com as
necessidades coletivas e redistribua as rendas entre as unidades familiares e empresas
por meio de pagamento de benefícios e concessão de subsídios.

Mercado de fatores de

produção 
Trabalho
Tecnologia
Máquinas
Equipamentos Salários
Juros
Lucros
Alugueis

Benefícios Subsídios Empresas


Famílias Governo
 Impostos 
Bens e
 Impostos

Bens e
Serviços Serviços

Gastos
Bens e
Serviços

Mercado de bens e serviços


18
Fluxo monetário ($)
Fluxo real (bens e serviços)

Antes de prosseguirmos é importante conhecer alguns termos que serão utilizados ao longo do
curso.

3. CONCEITOS BÁSICOS

Capitalismo

Sistema econômico-social onde a economia baseia-se na separação entre trabalhadores que


dispõem apenas da força de trabalho e a vendem em troca de salários e os capitalistas, que são
proprietários dos meios de produção, contratam os trabalhadores para produzir mercadorias e
serviços para o mercado visando o lucro. O capitalismo se diferencia do socialismo pela
propriedade privada, onde neste a propriedade é socializada (normalmente pertence ao Estado).
A origem do capitalismo está relacionado ao processo de desintegração do sistema feudal na
Europa ocidental a partir do século XI.

Produtos primários

São bens originários do setor primário da produção, resultantes das atividades de extração
mineral, agropecuárias e pesca. Os produtos primários predominam nas exportações dos países
em desenvolvimento e seus preços costumam sofrer oscilações no mercado internacional, ao
contrário dos produtos manufaturados, característicos dos países desenvolvidos.
Infra-estrutura

Corresponde ao total de capital acumulado de um país na forma de rodovias, ferrovias, sistemas


aeroviários, hidroviários de transporte, telecomunicações, energia elétrica, saneamento básico
(água e esgoto), serviços públicos de saúde, educação, correios, etc.

Globalização

Pode ser definido como um processo por meio do qual as economias nacionais se integram de
forma abrangente em várias dimensões: integração dos mercados financeiros, a cadeia produtiva,
rompendo as fronteiras através das empresas internacionais (transnacionais), mobilidade de mão-
de-obra etc. O fenômeno da globalização tem origem na época das grandes navegações no século
XV com o sistema colonial onde as colônias forneciam matérias-primas e as metrópoles produtos
manufaturados, posteriormente no sistema imperialista e depois com o desenvolvimento das
telecomunicações dos sistemas de transporte, e nos grandes movimentos migratórios.

Um exemplo de globalização seria o de uma empresa que é abastecida por fornecedores de várias
partes do mundo, cada um produzindo e oferecendo melhores condições de preço e qualidade
naqueles produtos em que têm maiores vantagens comparativas, ou ainda da interligação dos
mercados financeiros internacionais.

Alguns estudiosos apontam como efeitos negativos da globalização:

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i) a perda do poder do Estado perante o mercado;
ii) fortalecimento do domínio de alguns países em relação aos demais;
iii) uma grande concentração de renda e exclusão social;
iv) o Estado não garante mais à classe trabalhadora os seus direitos individuais e trabalhistas;
v) Aumento do desemprego em alguns países devido à migração de empresas para regiões onde
o custo da mão-de-obra é mais barato.

Produto Interno Bruto-PIB

O PIB constitui um dos principais agregados macroeconômicos pois corresponde a todos os bens
e serviços produzidos na economia em determinado período e, portanto, reflete o impacto de
todos os agregados macroeconômicos como taxa de juros, desemprego, inflação, taxa de câmbio
etc.

O PIB pode ser mensurado por três óticas:

Pela ótica da produção, o PIB corresponde à soma dos valores agregados líquidos, ou seja, o
valor da produção dos bens e serviços descontados os insumos utilizados para determinado fim,
dos setores primário, secundário e terciário da economia, mais os impostos indiretos, mais a
depreciação do capital, menos os subsídios governamentais.

Pela ótica da renda, é calculado a partir das remunerações pagas dentro do território econômico
de um país, sob a forma de salários, juros, aluguéis e lucros distribuídos; somam-se a isso os
lucros não distribuídos, os impostos indiretos e a depreciação do capital e, finalmente, subtraem-
se os subsídios.

Pela ótica do dispêndio, resulta da soma dos gastos em consumo das unidades familiares e do
governo, mais as variações de estoques, menos as importações de mercadorias e serviços e mais
as exportações. Sob essa ótica, o PIB é também denominado Despesa Interna Bruta.

PIB = C + I + G + (X – M)

Onde C é o consumo das famílias, I é o investimento das empresas – que somam a formação
bruta de capital fixo (FBKF) e a variação dos estoques – G é o valor do gasto do governo, X
exportações M importações.
Rankin
País
g 2006
1 United States 13.245
2 Japan 4.367

3 Germany 2.897

4 China 2.630
2
5 United Kingdom .374

6 France 2.232
Na tabela ao lado são apresentados o PIB de
alguns países em 2006. O Brasil aparece na 10ª 7 Italy 1.853
1
colocação com um PIB de 1,06 trilhões de 8 Canada .269
dólares, à frente da Rússia México e Austrália.
9 Spain 1.226

10 Brazil 1.068
11 Russia 979

12 Korea 888

13 India 887
20
14 Mexico 840
15 Australia 754
Fonte: FMI (US$ Bilhões)
No Brasil a mensuração do PIB é calculada trimestralmente e anualmente pelo IBGE - Instituto
Brasileiro de Geografia Estatística.

Balanço de Pagamentos

O Balanço de Pagamentos é um registro sistematizado de todas as transações econômicas do país


com o resto do mundo. Este registro é fundamental para controlar a evolução das transações
externas (entradas e saídas de divisas) e serve como base de informações para que o governo
tome decisões de política macroeconômica.
Os investidores domésticos e estrangeiros prestam muita atenção ao Balanço de Pagamentos
porque, através dele, medem a capacidade do país honrar seus compromissos no exterior.
Quando sai mais dinheiro do país do que entra, as contas externas ficam desequilibradas.
Déficits sucessivos no Balanço de Pagamentos indicam fragilidade das relações externas e isto
vai refletir diretamente nas reservas internacionais (em moeda estrangeira). Essas ficarão
reduzidas se usadas constantemente para cobrir os déficits. Quando isso ocorre, muitas vezes o
país é obrigado a recorrer a empréstimos de regularização junto ao FMI, para poder honrar seus
compromissos e resguardar parte de suas reservas.
Superávit do Balanço de Pagamentos, por sua vez, é considerado bastante positivo pelo mercado.
Ou as exportações do país cresceram, ou ele está vendendo mais seus serviços ao exterior, ou
mais capitais estão entrando para investimentos.
Os registros são feitos usando o sistema de partilhas dobradas, semelhante ao do Balanço
Patrimonial da Contabilidade empresarial. Isto significa que a cada valor positivo que entra
numa conta, deve entrar um valor negativo igual em outra.
Toda transação que contabiliza entrada de dinheiro no país recebe o sinal positivo. A
contrapartida se dá na conta caixa do Banco Central. Nesta conta, ao contrário das demais, a
entrada de dinheiro tem sinal negativo e vice-versa. Ela segue o sistema contábil empresarial, no
qual entrada de dinheiro é um débito da economia local em relação ao resto do mundo. E saída
de dinheiro, por sua vez, é um crédito da economia frente ao resto do mundo.

21
Estrutura do Balanço de Pagamentos:

A) Balança de transações correntes (=1+2+3)


1. Balança Comercial (=a+b)
a) Exportações
b) Importações
2. Balança de Serviços (=a+b+c+d+e+f+g)
a) transportes (fretes/passagens)
b) seguros
c) viagens internacionais (turismo)
d)despesas governamentais (embaixadas,consulados, etc)
e) pagamento de juros da dívida externa
f) remessa de lucros e dividendos
g)outros serviços(royalties,patentes,bolsas de estudos,etc)
3. Transferências unilaterais (donativos)
B) Conta de capitais (autônomos)
a) empréstimos de médio e longo prazos
b) financiamentos
c) investimentos e reinvestimentos diretos
d) amortização da dívida externa
e) outros capitais (de curto prazo).
C) Erros e omissões
D) Resultado do Balanço de Pagamentos (=A+B+C)
E) Demonstrativo do Resultado do Balanço de Pagamentos (capitais compensatórios)
a) Operações de regularização (FMI, BIRD, BID)
b)Haveres em moeda no exterior:aumento(-)ou redução(+)
c) Ouro monetário: aumento (-) ou redução (+)
d) Direitos especiais de Saque (DES)

1. Balança Comercial:
É o primeiro item da estrutura do Balanço de Pagamentos. A Balança Comercial (ou Balanço
Comercial) contabiliza todas as exportações e importações do país. O saldo da Balança
comercial é o total das exportações menos as importações. Este pode ser superavitário, quando as
exportações superam as importações, ou deficitário, quando as importações são maiores que as
exportações.
É importante frisar que os valores são contabilizados sob a forma FOB (Free on Board), que
nada mais é do que o preço do produto já dentro do navio, incluindo o transporte até o porto,
porém excluindo o frete (preço do transporte até o seu destino final) e o seguro das mercadorias,
importante para se garantir contra qualquer contratempo durante o transporte do produto.

22
2. Balanço de Serviços:
A segunda conta do Balanço de Pagamentos é o Balanço de Serviços. Podemos dividir esta conta
em duas: Serviços de Fatores e de Não Fatores. Na primeira, se contabilizam todos os
pagamentos efetuados e recebidos do exterior dos derivados dos fatores de produção, como
lucros, salários, dividendos e juros.
Serviços de não fatores incluem os pagamentos e recebimentos dos serviços de fretes e seguros
dos produtos importados e exportados. Os gastos realizados por brasileiros na compra de
produtos e serviços em suas viagens internacionais também são saídas de dinheiro e entram no
Balanço de Serviços, assim como os gastos dos turistas em nosso território. Serviços
governamentais e demais serviços, como royalties e direitos autorais e de publicidade,
completam o Balanço de Serviços de Não Fatores.
3. Transferências Unilaterais:
As transferências unilaterais são doações e remessas de dinheiro de imigrantes para seus
familiares nos seus países de origem, assim como remessas de dinheiro de brasileiros no exterior
para suas famílias aqui.
4. Transações em Conta Corrente:
O Saldo das Transações Correntes é a principal conta do Balanço de Pagamentos. Ela é a soma
dos resultados da Balança Comercial, da Balança de Serviços e das Transferências Unilaterais. É
também a conta mais valorizada pelo mercado, pois leva em consideração a capacidade que o
país tem de efetivamente acumular reservas. O superávit desta conta significa que entraram
dólares que efetivamente ficarão no país. Não há pagamentos de volta para estes.
Como o Brasil é um país naturalmente importador de capitais, precisa importar máquinas e
tecnologia, para crescer. Não se deve esperar que o país passe a ter superávit em Transações
Correntes. A entrada de capitais, investimentos diretos e financiamentos externos é importante
para o desenvolvimento da economia do país. Mas, em contrapartida, o país envia grandes
remessas de lucros, dividendos e, principalmente, juros para o exterior.
Isto não significa, porém, que o Brasil deva ter grande déficit em Transações Correntes. Quando
isso ocorre, faz-se necessária a entrada de grandes montantes de capitais externos para financiar
este déficit e os investidores passam a ter dúvida quanto à capacidade do país cumprir seus
compromissos.
O país deve manter um déficit controlado. Assim, consegue seu objetivo de importações e ao
mesmo tempo, se mantém atraente à entrada de capitais externos.
5. Movimento de Capitais Autônomos:
A conta seguinte do Balanço de Pagamentos é o Movimento de Capitais Autônomos. Estes
movimentos se dão na forma de empréstimos, financiamentos, investimento externo direto,
amortização de empréstimos obtidos, reinvestimentos e capitais de curto prazo.
Como o próprio nome diz, é todo o dinheiro que saiu ou entrou no país ao sabor do mercado, por
mera vontade dos investidores, seja para investimentos em bolsas e fundos, seja em
investimentos de prazos mais longos.
Esta é outra conta muito importante para o país. O Brasil consegue ter um grande superávit nesta
conta, principalmente pela entrada de grandes montantes de capitais em investimentos externos
diretos. Estes investimentos são representados por remessas de empresas estrangeiras para o país
para a construção de novas fábricas, por exemplo. Quando uma estatal é privatizada e comprada
23
por empresa estrangeira, o dinheiro que entra para o pagamento também é contabilizado como
investimento direto. Este superávit possibilita ao país manter um déficit controlado em
transações correntes, como já explicado acima.

6. Saldo do Balanço de Pagamentos:


O Saldo do Balanço de Pagamentos é a soma do Saldo das Transações Correntes com o
Movimento de Capitais Autônomos e Erros e Omissões (um valor estimado para anular as
imperfeições que normalmente ocorrem).
7. Capitais Compensatórios:
A última conta do Balanço de Pagamentos é o Movimento de Capitais Compensatórios. Esta
conta inclui a conta de caixa do Banco Central, que mede a variação de reservas internacionais
(em moeda estrangeira) do país, empréstimos de regularização e atrasados comerciais.
O Saldo do Balanço de Pagamentos tem o mesmo valor absoluto e sinal contrário ao Movimento
de Capitais Compensatórios. Isto se ocorre porque, como explicado anteriormente, para cada
valor que entra nas contas existe uma contrapartida no mesmo montante. Esta contrapartida, na
maioria das vezes, se dá na conta caixa do Bacen, que mede a variação das reservas.
O Movimento de Capitais Compensatórios mostra de onde sai o dinheiro quando o Balanço de
Pagamentos é deficitário e para onde vai o dinheiro quando o país obtém superávit. Nesta conta
podemos verificar a variação das reservas internacionais do país, que aumentam quando o país
atinge superávit e diminuem quando o país obtém déficit.

Inflação

Consiste no aumento persistente dos preços em geral, de que resulta uma contínua perda do
poder aquisitivo de moeda. Normalmente pode resultar de fatores estruturais (inflação de
custos), monetários (inflação de demanda) ou de uma combinação de fatores. Entretanto,
independente da causa inicial do processo de elevação dos preços, a inflação adquire autonomia
suficiente para se auto-alimentar por meio de reações em cadeia (a elevação de um preço
“puxando” a elevação de vários outros). Desse modo, configura-se a chamada espiral
inflacionária.

No Brasil utiliza-se vários índices para medir a inflação: Índices de Custo de Vida (ICV),
calculado pelo DIESE ou de Preços ao Consumidor (IPC) elaborado pela Fundação IBGE, tendo
como base os hábitos de consumo de uma família-padrão (para toda a sociedade ou para certa
classe). Para se medir a variação nos preços dos insumos e fatores de produção (e demais
produtos intermediários), usam-se índices de Preços ao Produtor ou, em termos agregados, o
Índice de Preços ao Atacado (IPA) e o Índice Geral de Preços (IGP), da Fundação Getúlio
Vargas.

O gráfico a seguir mostra o efeito dos vários programas de estabilização implementados no


Brasil nas décadas de 1980 e 1990 para combater a inflação.

24
Brasil: evolução do IGP-DI

Inflação de custos

É a inflação que resulta, principalmente, da elevação dos custos de produção, especialmente dos
salários, das matérias-primas, ou dos preços das importações.

Inflação de demanda

É o processo inflacionário decorrente do aumento dos rendimentos provocando um excesso de


demanda em relação à oferta de bens. Isso ocorre porque os meios de pagamento crescem além
da expansão da economia, ou antes que a produção esteja em plena capacidade, o que impede
que a maior demanda, decorrente da expansão dos rendimentos, seja atendida. Com isso,
aumentam os preços e, por extensão, os salários e os rendimentos em geral, dando origem a uma
espiral inflacionária.

Inflação inercial

Este conceito se aplica aos casos em que a inflação é mantida ou elevada por mecanismos de
realimentação, geralmente em economias onde a indexação é amplamente utilizada. O processo
inflacionário é muito intenso, gerado pelo reajuste pleno de preços, de acordo com a inflação
observada no período imediatamente anterior.

Indexação

25
Mecanismo pelo qual os contratos e alguns rendimentos da economia (salários, aluguéis,
pensões, poupança etc.) têm seus valores corrigidos com base em índices oficiais do governo
(IGP-DI, IGPM, INPC, TR e outros) baseados na inflação passada.

Correção monetária

Mecanismo financeiro criado em 1964 pelo governo Castelo Branco com o objetivo de atenuar
os efeitos inflacionários sobre a economia e consistiu na aplicação de um índice oficial para o
reajustamento periódico do valor nominal de títulos públicos e privados (letras de câmbio,
depósitos a prazo fixo e poupança), ativos financeiros institucionais como o PIS, PASEP, e
FGTS, tributos e ativos patrimoniais das empresas. O mecanismo funcionou bem até meados da
década de 70 em virtude das baixas taxas de inflação e do crescimento da economia. Com o
processo de aceleração da inflação, a correção monetária passou a ser um problema, consistindo
num dos principais mecanismos de propagação e de resistência à queda.

Deflação

Constitui o oposto da inflação e consiste na queda persistente do nível geral de preços.


Caracteriza-se pela baixa oferta de moeda em relação à oferta de bens e serviços ou pela queda
na demanda agregada (associada, por exemplo, a um maior índice de poupança ou baixa oferta
de moeda). Esse excesso de oferta de bens (ou carência de demanda) causa um acirramento da
concorrência entre os produtos, que disputam os poucos consumidores disponíveis, o que leva a
uma rápida queda nos preços, nos investimentos e, como conseqüência, queda no produto real e
aumento do desemprego, causando recessão e depressão.

Valor real e nominal

Uma variável (salário, juro, lucro, aluguel, PIB, PNB etc.) é real (a preços constantes) quando o
seu valor nominal (a preços correntes) é deflacionado por um índice de inflação (IGP-DI, INPC,
IGPM etc.).
Vno min al Taxa
Vreal = I Inflação = +1
I inf lação 100

Taxa de Juros

É a remuneração (custo) de um empréstimo e exprime o sacrifício de poupar (postergar o


consumo). Na economia, a taxa de juros é determinada pela oferta e demanda por moeda. É
utilizada como instrumento de política econômica de desenvolvimento e combate à inflação. O
governo atua na determinação da taxa de juros por meio da manipulação da oferta de moeda
(compra e venda de títulos da dívida pública). Por outro lado, uma taxa de juros muito alta
desestimula o investimento, reduz o crédito e o consumo podendo causar recessão. Uma taxa
muito baixa desestimula a poupança e aquece a economia, podendo causar inflação de demanda
e déficit da balança comercial com o aumento das importações.

26
O papel das taxas de juros

A taxa de juros tem papel estratégico nas decisões dos mais variados agentes econômicos. Ao
nível das empresas, as decisões dos empresários quanto à compra de máquinas, equipamentos,
aumentos ou diminuição de estoques, de matérias-primas ou de bens finais, e de montantes de
capital de giro, serão determinadas não só pelo nível atual, mas também pelas expectativas
quanto aos níveis futuros das taxas de juros. Se as expectativas quanto à trajetória das taxas de
juros se tornarem pessimistas (aumento), os empresários deverão manter níveis baixos de
estoques e mesmo de capital de giro no presente, uma vez que o custo de manutenção desses
ativos poderá ser extremamente oneroso no futuro. O nível da taxa de juros também vai afetar as
decisões de investimento em bens de capital: se as taxas estiverem elevadas, isso inviabilizaria
muitos projetos de investimentos, e os empresários optarão por aplicar seus recursos no mercado
financeiro.

Os consumidores, por sua vez, exercerão um maior poder de compra à medida que as taxas de
juros diminuírem, e o contrário, se as taxas de juros aumentarem. Desse modo, se as autoridades
governamentais optam por uma redução do nível da demanda, a taxa de juros tem um importante
papel, pois a determinação de seu patamar acabará por influenciar o volume de consumo,
notadamente de bens de consumo duráveis, por parte das famílias. Além de representar um
aumento do custo do financiamento de bens de consumo, taxas de juros elevadas acarretam
também uma diminuição no consumo, porque as pessoas passam a preferir poupança a consumo,
e dirigem sua renda não gasta para os bancos, com o intuito de auferirem receitas financeiras.

A fixação da taxa de juros doméstica, por outro lado, está relacionada com a demanda de crédito
junto aos mercados financeiros internacionais. Se, por exemplo, tudo o mais constante, a taxa de
juros no Brasil se tornar relativamente mais elevada do que a taxa praticada nos Estados Unidos,
haverá uma maior demanda de crédito externo por parte das empresas brasileiras
comparativamente à situação anterior; o contrário se observará se a taxa de juros diminuir no
mercado interno. O movimento de capitais financeiros internacionais está, desse modo,
condicionado aos diferenciais de taxas de juros entre os diversos países.

Investimento

Em termos econômicos, significa uma parcela da renda ou despesa nacional destinada à


produção de bens de capital durante um período de tempo, ou seja, uma aplicação de capital para
aumento da capacidade produtiva tais como instalações, máquinas, usinas, instalações portuárias
e meios de transporte. O investimento bruto refere-se à despesa total em novos bens de capital,
enquanto o investimento líquido exclui as despesas com manutenção e reposição de peças
desgastadas pelo uso, portanto, mede com mais precisão a ampliação da capacidade produtiva.

Consumo
Produção
(Renda)
Produção de
Poupança Investimento
mais bens

27
Relação entre investimento e taxas de juros

A primeira questão que podemos levantar é: o que determina a decisão de investir? Não é uma
resposta tão fácil como no caso da função consumo, devido tanto ao caráter multiforme dos
investimentos, que podem ser de vários tipos (casas, máquinas, estradas, estoques), como
também a fatores não perfeitamente previsíveis que afetam as expectativas dos investidores.

A rigor, podemos dizer, numa primeira abordagem, que a decisão de investir, de comprar um
bem de capital, dependerá da rentabilidade esperada e da taxa de juros de mercado.

valor dos retornos líquidos esperados no período t


Preço de aquisição =
(1 + r)t

Sendo ‘r’ a taxa de retorno esperada e ‘t’ o número de anos previstos para a duração do
equipamento. O lado direito dessa expressão constitui no valor presente dos rendimentos líquidos
esperados, que são os rendimentos futuros descontados pela taxa de retorno esperada (TIR)

Fatores determinantes da decisão de investir

 Custo de oportunidade;
 Taxa de juros de mercado;
 Eficiência marginal do capital (EMC); => Taxa Interna de Retorno (TIR)
 Preço de aquisição dos bens de capital;
 Valor presente dos retornos líquidos esperados;
 Perspectivas sobre o ambiente de negócios; e
 Grau de risco.

Assim, a decisão de investir, por parte da empresa, depende das informações disponíveis
sobre todas essas variáveis. Ela deve estimar o faturamento esperado, bem como os custos
de operação e manutenção, descontá-los a valor presente e compará-los com o preço de
aquisição do bem de capital.

Com isso, a empresa obtém a taxa de retorno líquido esperado, ou EMC 1 , e a compara
com a taxa de juros de mercado, decidindo-se pela aquisição ou não do equipamento .

Taxa de Câmbio

Consiste no preço da moeda estrangeira em relação à moeda nacional ou vice-versa. Dessa forma
é indiferente dizer que um dólar vale dois reais e noventa e cinco centavos de real (US$ 1,00 =
R$ 2,95) ou dizer que um real equivale a trinta e quatro centavos de dólar (R$ 1,00 = US$ 0,34).
No Brasil adota-se o primeiro critério, utilizando a seguinte equação para o caso do dólar:

Taxa de Câmbio = R$/1US$

e mostra quantos reais são necessários para se comprar um dólar.

1
Em finanças, a Eficência Marginal do Capital é chamada de Taxa Interna de Retorno (TIR), que corresponde à taxa
de retorno de um projeto de investimento.
28
A desvalorização cambial ocorre quando a moeda nacional vale menos em relação à moeda
estrangeira e a valorização acontece quando a moeda nacional valoriza em relação à moeda
estrangeira, ou seja, gasta-se menos para comprar a mesma quantidade de moeda.

A taxa de câmbio é importante para as contas externas de um país, pois determina o nível de
importação. Se a taxa de câmbio for relativamente alta, haverá aumento das exportações e
redução das importações (saldo comercial positivo). Se a taxa for relativamente baixa, ocorre o
inverso.

Carga tributária

É um indicador que visa medir quanto da produção gerada internamente no país é destinada a
financiar os gastos do governo. A carga tributária é a Receita Tributária do governo dividida
pelo Produto Interno Bruto a preços de mercado. O gráfico abaixo mostra a evolução da carga
tributária no Brasil nos últimos anos.

Brasil: Evolução da carga tributária 1990-2002

40,0
35,0
35,0 31,0 32,0 33,0
30,0 29,0 29,0 29,0
30,0 28,0 28,0
25,0 25,0
24,0
25,0
(%) do PIB

20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
1990

1992

1993

1996

1998

1999

2001
1991

1994

1995

1997

2000

2002
Fonte: Ipeadata.

O peso dos tributos pode constituir um dos problemas para o crescimento econômico uma vez
que a renda disponível para consumo e poupança fica reduzida. O Brasil é um dos países com
maior carga tributária no mundo, conforme demonstrado no gráfico a seguir.

Carga Tributária (Países selecionados)


37,0% 36,4% 35,2%

21,0% 20,3%
18,3% 17,9% 17,6% 17,3% 17,2%
14,0%
,
Peru
Chile

Índia
Japão

Costa
Canadá

México

Tailândia
Coréia do
Brasil

Alemanha

Rica

Sul

Fonte: IBPT (2004)

29
Receita tributária

Consiste na receita proveniente da arrecadação de tributos (impostos, taxas e contribuições de


melhoria) nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), inclusive contribuições
para a seguridade social, INSS, PIS, PASEP, COFINS e Contribuição Sobre o Lucro.

Déficit público

Ocorre quando as despesas do governo são maiores que as receitas (déficit orçamentário).
Sempre que as despesas do governo superam as receitas há a necessidade de dinheiro para cobrir
o déficit. Para isso, as autoridades podem optar por três soluções: emissão de papel moeda,
aumento da carga tributária e lançamento de títulos. A emissão de moeda na maioria das
vezes tem como conseqüência o aumento da inflação. O aumento da carga tributária, além de ser
uma medida politicamente difícil, pode trazer conseqüências recessivas, pela redução do
consumo e diminuição da moeda em circulação. Finalmente, a colocação de títulos junto ao
público pode gerar altas violentas na taxas de juros que também provocaria uma recessão, pela
redução do crédito e um aumento da própria dívida interna (agora acrescida dos juros). Dessa
forma, dependendo do nível do déficit, podem ser combinadas as três soluções, com maior ou
menor ênfase em cada uma das alternativas, de tal maneira que sejam evitados os males de cada
uma delas.

Dívida Pública

Consiste nos déficits acumulados, ou seja, o déficit é um fluxo, definido num certo período,
geralmente de um ano. Os conceitos de déficit e dívida são interdependentes. A dívida é um
estoque representada pelo motante monetário resultante da ocorrência de vários déficits

Dívida externa

Corresponde ao somatório dos débitos de um país, garantidos por seu governo, resultantes de
empréstimos e financiamentos contraídos com entidades financeiras internacionais, como o
Fundo Monetário Internacional ou o Banco Mundial, bancos e empresas privadas ou mesmo
outros governos. Os débitos podem ter origem no próprio governo, em empresas estatais ou em
empresas privadas. Neste caso, com aval do governo para o fornecimento das divisas que
servirão às amortizações e ao pagamento dos juros.

Políticas Econômicas

A política macroeconômica envolve a atuação do governo sobre a capacidade produtiva


(produção agregada) e a despesas planejadas (demanda agregada), com o objetivo de permitir à
economia operar a pleno emprego com baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda. Os
principais instrumentos são:

a) política fiscal;
b) política monetária;
c) política cambial e comercial; e
d) controles de preços a salários (política de rendas).
30
São as seguintes as metas de política macroeconômica:

a) aumento do nível de emprego;


b) estabilidade de preços;
c) crescimento econômico;
d) distribuição de renda; e
e) eficiência produtiva.

Resumo das Políticas Econômicas


Política Objetivo Atuação Efeitos Principais instrumentos
Estabilização,
Redesconto, recolhimento
desenvolvimento e Curto e
Monetária Moeda e crédito compulsório, taxa de juros e
distribuição de médio prazo.
open market,
renda.
Estabilização,
desenvolvimento e Receita e despesa Médio e Gastos do governo, tributos,
Fiscal
distribuição de do governo longo prazo. transferências e subsídios.
renda.
Equilíbrio do
Balanço de Valor externo da Administração da taxa de
Cambial Médio e
Pagamentos e moeda, balanço de câmbio, tarifas aduaneiras e
(Com. Ext.) longo prazo.
estímulo às pagamentos. incentivos à exportação.
exportações.
Controle dos
rendimentos da
Congelamentos/ controle de
Rendas Estabilização economia como Curto prazo
preços e salários
salários, aluguéis e
preços.

Mercado financeiro

É formado pelo mercado monetário e o mercado de capitais. O mercado monetário é composto


de uma rede de instituições e órgãos financeiros que negociam títulos e outros valores,
concedendo empréstimos com juros à empresas ou particulares, a curto prazo. O mercado de
capitais é formado pelas bolsas de valores e instituições financeiras tais como bancos
comerciais, de investimentos, companhias de seguros que operam na compra e venda de ações e
outros títulos (debêntures, comercial papers etc.) a longo prazo. Tem a função de canalizar as
poupanças da sociedade para as empresas conforme esquematizado na figura abaixo.

A diferença entre a taxa de juros (i), que os bancos pagam aos poupadores, e a taxa que eles
emprestam é chamado de spread e corresponde à remuneração dos bancos pela intermediação
financeira onde estão embutidos os custos e lucros.
PP Vendas
Gastos
Intermediação financeira no fluxo circular
Bens e serviços Q
Bens e serviços
Q
Mercado
Mercadode
deProdutos
Produtos

Spread

ii Juros
Juros

Famílias
Famílias P,I
P,I
Empresas
Empresas
Mercado
MercadoFinanceiro
Financeiro

Recursos W
W Recursos 31

Renda LL
Renda
Mercado
Mercadode
deRecursos
Recursos
Poupança Financiamento

Spread

Fluxo real
Fluxo monetário

Bolsa de valores

Instituição onde se negociam títulos e ações (valores mobiliários). As bolsas de valores são
importantes nas economias de mercado por permitirem a canalização rápida das poupanças para
sua transformação em investimentos. As bolsas constituem, para os investidores, um meio
prático de “jogar” lucratividade com a compra e venda de títulos e ações, escolhendo os
momentos adequados de baixa ou alta nas cotações. Na atualidade, as mais importantes bolsas de
valores do mundo são as de Nova York, Londres, Paris e Tóquio. Atualmente, as mais
importantes bolsas do Brasil são as de São Paulo-Bovespa e Bolsa de Mercadorias e Futuros-
BM&F (atual Bovespa BM&F).

As bolsas de valores constituem importante termômetro de situações conjunturais (de curto


prazo) como, por exemplo, uma crise de energia elétrica que pode afetar o nível da atividade
econômica, ou a aprovação de um novo imposto sobre o setor produtivo ou a divulgação de
índices de inflação ou a decisão do Copom em aumentar a taxa de juros. Fatores externos
também influenciam a bolsa de valores, conforme demonstrado no gráfico abaixo.

25000
Desenvolvimento e Subdesenvolvimento

O desenvolvimento econômico consiste no crescimento econômico indicado pelo Produto


Interno Bruto per capta (PIB/população), acompanhado de outros indicadores que traduzem o
bem estar da população, tais como: saúde, educação, hospitais, urbanização, baixa concentração
de renda, etc. Por outro lado, o subdesenvolvimento é caracterizado por indicadores econômicos
32
e sociais abaixo do nível dos países desenvolvidos, tais como: altos índices de analfabetismo,
baixo PIB per capta, alta concentração de renda, altas taxas de desemprego, etc. Além desse
indicadores há outros que caracterizam um país como subdesenvolvido. Geralmente estes países
apresentam uma balança comercial baseada em exportações primárias e importações de produtos
industrializados, baixo nível de poupança interna e conseqüente dependência de capitais
externos.

Dependendo dos indicadores, o país é classificado como “em desenvolvimento”, indicando que
o mesmo se encontra em nível intermediário entre os subdesenvolvidos e o desenvolvidos. Neste
caso, o país apresenta melhora em alguns dos indicadores como, por exemplo, melhora nas
condições de saúde, nutrição e educação da população, bem como um parque industrial de porte
e maior diversificação da pauta de exportações.

Indicadores do grau de desenvolvimento

Os países em via de desenvolvimento caracterizam-se por um conjunto de insuficiências, em


comparação com as economias consideradas desenvolvidas. Dado que o desenvolvimento
compreende muitos aspectos, o grau de subdesenvolvimento pode ser medido mediante um
conjunto amplo de indicadores, destacando-se os seguintes:

• Baixa renda por habitante;


• Altos índices de analfabetismo;
• Estrutura sanitária deficiente;
• Baixa taxa de poupança por habitante;
• Elevado peso relativo da agricultura em relação ao PIB;
• Elevada taxa de desemprego;
• Fortes diferenças na distribuição interna de renda;
• Elevada taxa de crescimento da população; e
• Baixo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH.

Esse conjunto de características é, em si, preocupante, porém, o mais alarmante é a dinâmica


observada, pois as diferenças em relação aos países mais desenvolvidos não reduziram, e nas
últimas décadas têm aumentado.

33
EXERCÍCIOS

1) O problema econômico fundamental de qualquer sociedade é:


7
a) o que produzir.
b) para quem produzir
c) como produzir
d) todas as assertivas anteriores
e) nenhuma das assertivas anteriores.

2) As famílias fazem parte dos mercados de bens e de fatores de produção do seguinte modo:

a) constituem a demanda em ambos os mercados.


b) constituem a demanda no mercado de bens e a oferta no mercado de fatores.
c) constituem a demanda no mercado de fatores e a oferta no mercado de bens.
d) constituem a oferta em ambos os mercados.
e) somente fazem parte do mercado de bens.

3) A curva de possibilidade de produção é utilizada nos manuais de economia para ilustrar um dos
problemas fundamentais do sistema econômico: por um lado os recursos são limitados (escassez) e não
podem satisfazer todas as necessidades ou desejos, por outro é necessário realizar escolhas. Essa curva,
quando construída para dois bens, mostra:

a) os desejos dos indivíduos perante a produção total desses dois bens.


b) a quantidade total produzida desses dois bens em função do emprego total de mão-de-obra.
c) a quantidade disponível desses dois bens em função das necessidades dos indivíduos dessa
sociedade.
d) quanto se pode produzir dos bens com as quantidades de trabalho, capital e terra existentes e com
determinada tecnologia.
e) a impossibilidade de atender as necessidades dessa sociedade visto que os recursos são escassos.

4) Os pontos de uma Curva de Possibilidade de Produção expressam:

a) as combinações de máxima produção de dois bens correspondentes a um determinado custo de


produção, dada a tecnologia.
b) as combinações de mínima produção de dois bens, quando a dotação disponível dos fatores é
plenamente utilizada, dada a tecnologia.
c) as combinações de máxima produção de dois bens, quando a dotação disponível dos fatores é
plenamente utilizada, dada a tecnologia.
d) as combinações de níveis de produção de dois bens correspondentes ao máximo lucro, dada a
tecnologia.
e) as combinações de produção de dois bens correspondentes à máxima utilidade alcançada pelos
consumidores, dada a tecnologia e o preço das mercadorias.

34
5) Uma curva de possibilidade de produção tem, geralmente, com a concavidade voltada para origem
implica:

a) custos crescentes de transformação de um produto em outro.


b) custos decrescentes de transformação de um produto em outro.
c) custos constantes de transformação de um produto em outro.
d) rendimentos crescentes de escala.
e) rendimentos constantes de escala.

6) Em relação à curva de possibilidades de produção, é correto afirmar que:

a) trata-se de um conceito estático, pois mostra como a sociedade pode aumentar a produção de bens
e serviços à medida que aumentem a disponibilidade de fatores de produção e/ou o conhecimento
tecnológico.
b) se ela é côncava em relação à origem, isto implica que o custo de transformação de um produto
em outro (custo de oportunidade) é decrescente.
c) se a produção da sociedade é representada por um ponto dentro da curva, isto significa que está se
utilizando todos os fatores de produção disponíveis com a máxima eficiência possível.
d) ela mostra que mesmo uma sociedade muito desenvolvida tem que efetuar escolhas em relação à
produção de bens e serviços.
e) é possível aumentar simultaneamente a produção de vários bens e serviços na sociedade, mesmo
que os fatores de produção da mesma estejam sendo plenamente utilizados com a melhor
tecnologia disponível.

7) Em relação à curva de possibilidades de produção abaixo, uma das afirmações é falsa. Identifique-a.

BEM B

BEM A

a) A curva de possibilidades de produção só se desloca a longo prazo, em função do aumento do


número de ofertantes.
b) Cada combinação de A e B significa uma possibilidade de utilização ótima dos fatores
produtivos.
c) A produtividade física marginal de cada recurso produtivo cresce com a maior utilização de cada
um deles.
d) As combinações de A e B que formam a curva são tais, que esgotam a utilização de recursos
produtivos da economia.
e) Os fatores de produção são escassos.

35
8) No gráfico abaixo, a curva de possibilidades de produção de uma economia é representada pela linha
cheia ligando os pontos A e B.

BEM Y

B C BEM X

O deslocamento da curva para a posição ocupada pela linha interrompida que liga os pontos A e C é
compatível com a causa seguinte:

a) progresso tecnológico aplicável à produção de cada um dos dois bens, mantidas constantes as
dotações dos demais recursos produtivos.
b) redução da dotação de um dos recursos aplicáveis à produção do bem Y, mantidas constantes as
dotações dos demais recursos aplicáveis à produção dos bens X e Y.
c) progresso tecnológico aplicável exclusivamente à produção do bem Y, mantidas constantes as
dotações dos demais recursos aplicáveis à produção dos bens X e Y
d) redução da dotação de um dos recursos aplicáveis à produção do bem X, mantidas constantes as
dotações dos demais recursos aplicáveis à produção dos bens X e Y
e) progresso tecnológico aplicável exclusivamente à produção do bem X, mantidas constantes as
dotações dos demais recursos aplicáveis à produção dos bens X e Y

9) Assinale as afirmação V ou F

a) ( ) um modelo simplificado da economia classifica as unidades econômicas em famílias e


empresas, que interagem em dois tipos de mercados: mercados de bens de consumo e serviços e
mercados de fatores de produção.
b) ( ) os serviços dos fatores de produção fluem das famílias para as empresas, enquanto o fluxo
contrário, de moeda, destina-se ao pagamento de salários, aluguéis, dividendos e juros.
c) ( ) os mercados desempenham cinco funções principais: I estabelecem valores ou preços; Il.
organizam a produção; III. distribuem a produção; IV. racionam os bens, limitando o consumo à
produção; a V. prognosticam o futuro, indicando como manter a expandir a capacidade produtiva.
d) ( ) a curva de possibilidades de produção dos bens X e Y mostra a quantidade mínima de X que
deve ser produzida, para um dado nível de produção de Y, utilizando-se plenamente os recursos
existentes.
e) ( ) A inclinação da curva de possibilidades de produção dos bens X e Y mostra quantas unidades do
bem X podem ser produzidas a mais, mediante uma redução na produção do bem Y
f) ( ) Deslocamentos negativos da CPP ocorrem geralmente devido à guerras e catástrofes naturais
que reduz a capacidade produtiva de um país.

g) ( ) Pontos acima da CPP só são alcançáveis no longo prazo à medida que desenvolvimento
tecnológico possibilita o aumento da produção, ou pelo investimento em bens de capital e infra-estrutura.
36
10) Não se inclui entre os determinantes da procura individual:

a) o preço do bem;
b) a renda do consumidor;
c) o preço dos outros bens;
d) a quantidade ofertada do bem;
e) o gosto ou preferência do indivíduo.

11) A forma de uma curva de oferta normal implica que, ceteris paribus:

a) quanto maior o preço, maior será a quantidade demandada;


b) quanto menor o preço, menor será a quantidade demandada;
c) quanto maior o preço, maior será a quantidade ofertada;
d) quanto menor o preço, maior será quantidade ofertada;
e) a quantidade ofertada independe do preço.

12) Considere F (falsa) ou V (verdadeira) cada uma das proposições abaixo sobre o modelo de equilíbrio
de mercado, de oferta/demanda. A seguir, assinale a alternativa correta.

1. ( ) Uma curva típica de demanda evidencia, ceteris paribus, que as quantidades procuradas
diminuem à medida que os preços aumentam;
2. ( ) Na curva de oferta, ceteris paribus, quanto mais se elevam os preços de um produto, menores
serão as quantidades, por período de tempo, que os produtores estarão dispostos a produzir, embora nem
sempre estejam aptos no curto prazo;
3. ( ) O preço de equilíbrio é, efetivamente, o único preço que harmoniza os interesses conflitantes dos
produtores e dos consumidores;
4. ( ) Os preços e as quantidades demandadas, ceteris paribus, variam na mesma direção: quanto mais
altos aqueles forem, maiores estas serão;
5. ( ) Uma curva típica de oferta evidencia, ceteris paribus, que as quantidades ofertadas crescem à
medida que os preços aumentam.

a) F, V, F, V, F.
b) V, F, V, F, V.
c) F, V, F, F, V.
d) V, F V, V, F.
e) V,V, F, F, F.

13) Observe o gráfico abaixo a selecione a afirmação a ele pertinente:

37
Suponha que o governo decida tabelar o preço da maçã em $ 40,00 por unidade; nesse caso,

a) ( ) Haveria escassez de maçãs no mercado;


b) ( ) Houve superprodução de maçãs, porque as condições climáticas foram favoráveis e,
conseqüentemente, o preço de mercado caiu para $ 40,00 por maçã;
c) ( ) A oferta de maçãs se elevaria para 300 milhões, caso o governo tivesse decidido fixar o preço
mínimo em $ 100,00 por maçã;
d) ( ) O preço de equilíbrio de mercado é insuficiente para atender a demanda;
e) ( ) A produção de maçãs é insuficiente; logo, torna-se necessária a importação.

14) O mercado de um bem X se caracteriza por um grande número de ofertantes com características de
monopólio temos:

a) Monopólio; b) Oligopólio; c) Monopsônio; d) Oligopsônio; e) Concorrência Monopolística.

15) Oligopólio significa:

a) o mesmo que concorrência perfeita;


b) uma situação em que o número de firmas no mercado é grande, mas os produtos não são
homogêneos;
c) uma situação em que o número de firmas concorrentes é pequeno;
a) a condição especial da concorrência perfeita que se acha próxima do monopólio;
e) que as firmas são monopolistas entre si.

16). Quais dos seguintes pares são incompatíveis?

a) perfeita competição - muitos vendedores;


b) monopsônio - um único comprador;
c) monopólio - um único vendedor de um bem sem substitutos próximos;
d) oligopólio - poucas firmas vendendo produtos que são substitutos próximos;
e) concorrência monopolística - produtos homogêneos e poucas firmas.

17) Um mercado de concorrência monopolística é aquele em que atuam:

a) um grande número de pequenas firmas que vendem produtos diferenciados;


b) um pequeno número de grandes firmas que vendem produtos diferenciados;
c) um grande número de pequenas firmas que vendem produtos homogêneos;
d) um pequeno número de grandes firmas que vendem um produto homogêneo;
e) um pequeno número de grandes firmas que vendem produtos que são substitutos próximos.

18) No Brasil, qual dos seguintes produtos é produzido numa estrutura de mercado oligopolista?

a) milho; b) eletricidade; c) roupas; d) automóveis; e) banana.

38
19) Admitidas as seguintes equações:

Demanda: QDx = 4.000 - 500 Px


Oferta: QSx = -2.000 + 1.000 Px.

O Preço de Equilíbrio será de:

a) $1.000,00; b) $4,00; c) $ 500,00; d) $ 1,30; e) $ 1.500,00.

20) Num mercado de concorrência perfeita, a oferta a procura de um produto são dadas, respectivamente,
pelas seguintes equações: Qs = 80 + 20P e Qd = 600 - 10P; onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a
quantidade ofertada, a quantidade demandada e o preço do produto. A quantidade transacionada, nesse
mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será:

a) 129,67 unidades; b) 388,67 unidades; c) 252,67 unidades;


d) 214,67 unidades; e) 426,67 unidades.

21) Numa economia em concorrência perfeita, as curvas de oferta a procura de determinado produto são
Ps = 0,4x + 4 e Pd = 16 - 0,2X onde Ps, Pd e X representam, respectivamente, os preços de oferta a
demanda e a quantidade. O Governo tabela o preço de venda em 12. Em conseqüência, haverá uma
diferença entre a oferta e a demanda em:

a) 30 unidades; b) 20 unidades; c) 10 unidades d) 5 unidades; e) 0 unidades.

39
22) Você foi contrato pela empresa “Bola da Vez” para fazer uma análise de mercado do novo produto a
ser lançado: bolas de borrachas aromatizadas. Após o levantamento de campo sobre o público alvo, nível
de renda da população e concorrência, você chegou a seguinte equação que explica o
comportamento da demanda: Qd = -6Pb+0,08Y–2,6Pz, sendo que Qd é quantidade demandada de bolas, Pb
o preço das bolas, Y é a renda média da população no mês, e Pz o preço do principal do bem Z
(complementar ou substituto). Analisando a estrutura de produção da empresa você concluiu que a
equação que explica a oferta é Qo = 4+8Pb. Com base nas equações responda os itens abaixo.

a) Considerando uma renda mensal média de R$ 1.000,00 e Pz de R$ 5,00 calcule o preço e quantidade
de equilíbrio de mercado no mês.

b) O que acontece como o equilíbrio de mercado (preço e quantidade) se a renda média dos consumidores
aumentar, ceteris paribus, para R$ 1.200,00?

c) Encontre o novo ponto de equilíbrio se Pz aumentar, ceteris paribus, para R$ 8,00.

23) Dada a Curva de Possibilidades de Produção dos bens A e B, e que custo de produção de A é de $
10,00 e de B de $ 75,00, responda os itens a seguir:
CPP para os bens A e B (unidades) a) Calcule o custo de produção no ponto X.
45

40

35

30

b) Quanto a empresa deixa de produzir de A ou B no


Bem A

25

XA ponto X?
20

15

10

0
0 1 2 3 4 5 6
Bem B c) Quando a empresa estiver produzindo 20 unidades de
A, quantas unidades de B será possível produzir?

40
d) Calcule o custo total de produção.
24) Calcule o Grau de concentração dos mercados A e B considerando as 3 maiores empresas. Qual é
mais concentrado?

Volume de Vendas de A (R$ milhões) Volume de Vendas de B (R$ milhões)


Empresa 1 : 1.600 Empresa 1 : 800
Empresa 2: 1.500 Empresa 2: 700
Empresa 3: 1.400 Empresa 3: 600
Outras : 2.000 Outras : 7.900
Total : 6.500 Total : 10.000

25) Sobre o Balanço de Pagamento, responda os itens abaixo com V(verdadeiro) ou F (falso).

a) ( ) O Balanço de Pagamentos um registro sistematizado de todas as transações econômicas do país


com o resto do mundo.
b) ( ) Na Balança Comercial são registrados os serviços de não fatores incluem os pagamentos e
recebimentos dos serviços de fretes e seguros dos produtos importados e exportados, viagens
internacionais, serviços governamentais e demais serviços, como royalties e direitos autorais.
c) ( ) Na Balança de Serviços são contabilizadas as exportações e importações de bens.
d) ( ) O Saldo das Transações Correntes é a principal conta do Balanço de Pagamentos. Ela é
a soma dos resultados da Balança Comercial, da Balança de Serviços e das Transferências
Unilaterais. É também a conta mais valorizada pelo mercado, pois leva em consideração a
capacidade que o país tem de efetivamente acumular reservas.
e) ( ) A contabilização do Balanço de Pagamentos é feita pelo método das partidas dobradas onde o
crédito em uma conta não necessariamente significa débito em outra conta.

26) Responda os itens abaixo com V(verdadeiro) ou F (falso).

f) ( ) A Macroeconomia é o ramo da ciência econômica que estuda os agregados da economia visando


o bem estar da sociedade. Dessa forma são objetos de estudo da macroeconomia, as empresas e as
estruturas de mercado nas quais elas estão inseridas.

g) ( ) São exemplos de agregados: nível de desemprego, taxa de juros, inflação, PIB, taxa de câmbio,
déficit publico e moeda em circulação.

h) ( ) A macroeconomia utiliza-se de fatos empíricos para a construção de teorias e modelos que são
aplicados por meio de instrumentos de política econômica.

41
i) ( ) Pelo fluxo circular da renda tem-se uma visão geral do funcionamento da economia e dos
mercados. Sabe-se, por exemplo, que as famílias atuam no mercado de fatores, demandando bens
e serviços, enquanto as empresas atuam de forma contrária.

j) ( ) A globalização é um fenômeno recente iniciado nos anos 70 e pode ser definida como um
processo por meio do qual as economias nacionais se integram parcialmente rompendo as
fronteiras pelo mercado financeiro.

k) ( ) São considerados efeitos negativos da globalização: a perda do poder do Estado perante o


mercado; fortalecimento do domínio de alguns países em relação aos demais; grande
concentração de renda e exclusão social; Estado não garante mais à classe trabalhadora os seus
direitos individuais e trabalhistas; Aumento do desemprego.

l) ( ) O sistema capitalista é um sistema econômico-social onde a principal característica consiste no


fato de os bens de capital pertencerem ao estado.

m) ( ) O mercado financeiro é um importante instrumento de crescimento econômico de um país


possibilita a canalização de poupança das famílias para as empresas.

n) ( ) A bolsa de valores é local onde são negociados ações das empresas de capital aberto. Constitui
em importante indicador da situação econômica de um país, pois reflete a expectativa de
desempenho e de lucros das empresas.

o) ( ) Quando a taxa de câmbio passa de R$ 2,10 para R$ 2,15, é correto afirmar que há uma
valorização da moeda nacional.

p) ( ) A taxa de juros é determinada pela oferta e demanda por moeda. Uma taxa muito baixa
desestimula a poupança e aquece a economia, podendo causar inflação de demanda.

q) ( ) Sempre que as receitas orçamentárias do governo superam as despesas há a necessidade de


dinheiro para cobrir o déficit.

r) ( ) A política de rendas é a intervenção das autoridades na formação dos principais rendimentos da


economia tais como salários, preços, aluguéis e outros contratos, típicos de planos heterodoxos
implantados no Brasil na década de 80 e 90.

s) ( ) A política fiscal consiste num instrumento de política econômica e basicamente refere-se ao


controle da moeda e da taxa de juros visando a estabilização da economia no curto e médio prazo.

t) ( ) A política monetária consiste num instrumento de política econômica que basicamente refere-se
ao controle dos gastos do governo e da receita tributária e visa a estabilização da economia no
médio prazo.

u) ( ) A inflação inercial consiste na elevação dos preços devido à elevação dos custos de produção
que são repassados aos preços das mercadorias.

v) ( ) A inflação de custos resulta, principalmente, do excesso de demanda em relação à oferta de bens


e serviços.

w) ( ) A desindexação é um mecanismo pelo qual os contratos e alguns rendimentos da economia


(salários, aluguéis, pensões, poupança etc. têm seus valores corrigidos com base em índices de
preços) baseados na inflação passada.

x) ( ) A correção monetária foi um mecanismo financeiro criado em 1964 pelo governo Castelo
Branco com o objetivo de atenuar os efeitos inflacionários sobre a economia brasileira e consistiu
na aplicação de um índice oficial para o reajustamento periódico do valor nominal de títulos

42
públicos e privados. Então, é correto afirmar que a indexação é um instrumento de correção
monetária.

y) ( ) O controle da dívida externa é um dos instrumentos de política cambial.

z) ( ) Dívida pública é o mesmo que dívida externa e representa o somatório de déficits e superávits
ao longo dos anos.

aa) ( ) São características de países subdesenvolvidos: altas taxas de desemprego, alta concentração de
renda, altas taxas de natalidade.

bb) ( ) Um importante indicador do grau de desenvolvimento de uma economia é peso do setor


primário na PIB, quanto menor a sua participação, mais desenvolvido é o país.

cc) ( ) As empresas transportadoras fazem parte do setor primário da economia.

dd) ( ) Infra-estrutura corresponde ao total de capital acumulado de um país na forma, por exemplo, de
rodovias, ferrovias, sistemas aeroviários, hidroviários de transporte, telecomunicações, energia
elétrica.

27) Responda os itens abaixo com V(verdadeiro) ou F (falso).

a) ( ) O PIB geralmente é mensurado por três óticas: do produto, da renda e da despesa.


b) ( ) No Brasil o PIB é calculado pelo FGV – Fundação Getúlio Vargas
c) ( ) O Cálculo do PIB pela ótica da despesa leva em conta os salários, juros, lucros e aluguéis.
d) ( ) O PIB é um agregado macroeconômico que reflete o impacto de diversas variáveis como
desemprego, renda das famílias e taxa de câmbio entre outros.
e) ( ) Pela ótica da despesa, o PIB o obtido pela soma do consumo, investimento, gasto do governo e
exportações líquidas

28) Supondo que as exportações de bens e serviços representem 10% do PIB, qual deverá ser o
crescimento necessário dessas exportações para sustentar um crescimento do PIB de 5% ao ano,
admitindo-se que todas as demais parcelas da demanda global permaneçam inalteradas?
V 
a) 50% ∆% =  F − 1100
b) 15%  VI 
c) 5%
d) 45%
e) 55%

29) Com base no gráfico abaixo que mostra PIB em dois anos, responda:
PIB
PIB real =
a) Qual o PIB nominal em 1998? _________ inf
b) De quanto foi crescimento do PIB real de 1998 a 1999? __________
c) De quanto foi o crescimento do PIB nominal no período? _________
d) Qual a taxa de inflação no período? __________

Preços
(R$) V 
∆% =  F − 1100
 VI 

43
30

25

1999
1998
500 580 PIB real (R$ bilhões)

30) Se o PIB nominal num período foi de R$ 750 bilhões e o PIB real no mesmo período foi de R$ 680
bilhões, qual foi a inflação no período? V 
∆% =  N − 1100
VR 

31) Qual a taxa de crescimento real do PIB considerando que a taxa nominal foi de 35% e a inflação no
período foi de 25%?
1 + t % 
tr% =  − 1100
1 + t % 

32) Responda os itens abaixo com V (verdadeiro) ou F (falso). Obs.: i = taxa de juros; tc = taxa de
câmbio e dp = déficit público.

a) ( ) Se i ↑⇒ C↓ e I↓⇒ PIB↓
b) ( ) Se i ↓⇒ C↑ e I↑⇒ PIB↑
c) ( ) Se tc ↑⇒ X↑ e M↓ ⇒ PIB↑
d) ( ) Se tc ↓⇒ X↓ e M↑ ⇒ PIB↑
e) ( ) Se dp↑ ⇒ G↑⇒ PIB↑

33) Com base nos dados abaixo, calcule o PIB sabendo que PIB = C + I + G + X − M = Y .

C=0,8Y I= 200 G = 400 X = 300 M = 100

34) Se os investimentos tivessem crescido 10%, qual teria sido o novo PIB?

44
35) A taxa de câmbio no dia 01/04 era de R$ 1,98 no dia seguinte passou para 1,75. Houve uma
valorização ou desvalorização cambial e em quantos por cento?
V 
∆% =  N − 1100
VR 

45

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