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Na ANGINA INSTÁVEL, o paciente refere desconforto precordial isquêmico acompanhado de pelo menos uma das
seguintes características:
Na Angina INSTÁVEL, pode haver sinais eletrocardiográficos de isquemia miocárdica aguda em 30-50%dos casos
(inversão de onda T, infradesnível de ST), mas, por definição, não se observam os critérios diagnósticos do IAM com
supra de ST, indicando que o lúmen não foi totalmente ocluído, mas existe uma oclusão subtotal, que pode progredir.
Se o indivíduo com diagnóstico clínico de angina instável desenvolver elevação dos marcadores de necrose
miocárdica, diremos que ele sofreu um IAM sem supra de ST.
Na angina variante de Prinzmetal ocorre espasmo de uma coronária epicárdica, levando à oclusão total (supra de ST)
transitória, que pode ou não evoluir com a elevação dos marcadores de necrose miocárdica (IAM).
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA SEM SUPRA DE ST (SCASSST): Se houver elevação dos MNM, o dx é IAMSSST,
caso contrário, angina instável. Os mecanismos fisiopatológicos são os seguintes, sendo que o principal é a
Aterotrombose, como já visto na aula de aterosclerose.
DIAGNÓSTICO: É essencialmente clínico, baseado na anamnese, exame físico e com auxílio de informações
complementares obtidas pelo ECG e pela curva de MNM.
ANAMNESE: Deve ser detalhada, esmiuçando as características da dor (Caráter, Localização, Intensidade,
Fatores de piora/Melhora, Irradiação, Curso no Tempo e Sintomas Associados).
EXAME FÍSICO: Normal na maioria dos casos, mas se houver sinais e sintomas de falência de VE, há dados
fortemente indicativos que corroboram o diagnóstico e sinalizam um pior prognóstico.
ELETROCARDIOGRAMA: Deve ser feito e interpretado em menos de 10 min após a chegada ao hospital. Pode
ser normal, mas em 30-50% dos casos, pode haver alguma alteração, como: (1)onda T apiculada e simétrica,
com ST retificado; (2)onda T invertida e simétrica, com ST retificado; (3)infradesnível de ST. Pode haver
inversão de onda U (pouco comum). Essas alterações podem estar presentes apenas durante a dor, e o
paciente deve ficar em monitorização contínua.
MARCADORES DE NECROSE MIOCÁRDICA (MNM): CK-MB, troponinas T e I, podem ou não estar aumentadas
e relacionam-se com o maior ou menor risco de a curto prazo ocorrer óbito ou eventos cardíacos maiores
(um dos marcadores na estratificação de risco).
RAIO-X DE TÓRAX: Se houver suspeita de congestão pulmonar.
LIPIDOGRAMA: nas primeiras 24h – estratificação de risco, intervenção mais precoce nos estados de
hipercolesterolemia.
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
A avaliação da categoria do risco do paciente é um ponto crítico na avaliação. O objetivo é confirmar a probabilidade
de o paciente:
1) ter IAM fatal ou morte súbita,
2) progredir de Angina Instável para IAM e
3) recorrer nos sintomas de Angina Instável.
TRATAMENTO: Para pacientes que não apresentam alto risco de evolução para IAM, o tratamento será com
medicação oral e subcutânea: 1 – Ácido acetil salicílico, 2 – Betabloqueador, 3 – Heparina de baixo peso molecular SC,
4 – Nitrato – Mononitrato de isossorbida na dose inicial de 20 mg VO a cada 12 h, podendo chegar a 80 mg/dia., 5 –
Bloqueador de canais de cálcio.