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Introdução

à Economia
Geraldo Cardoso Monteiro

E-book 2
E-book
Introdução à Economia
2

Neste E-book:
Introdução���������������������������������������������������� 4
Pressupostos Básicos da Análise
Microeconômica ���������������������������������������� 6
Aplicações da Análise
Microeconômica����������������������������������������� 8
Divisão do Estudo Microeconômico���� 9
Análise da Demanda de Mercado ....
�������������������������������������������������������������������������10
DISTINÇÃO ENTRE DEMANDA E
QUANTIDADE DEMANDADA������������������������������10
Valor Utilidade e Valor Trabalho������������������������11
Conceitos de Utilidade Total e Utilidade
Marginal�����������������������������������������������������������12
Noções sobre Equilíbrio do Consumidor: Os
Conceitos de Curva de Indiferença e a Reta
Orçamentária����������������������������������������������������13
Variáveis que Influenciam a Demanda do
Consumidor������������������������������������������������������18
Relação entre a Quantidade Demandada e o
Preço do Bem: A Lei Geral da Demanda������������20
O Conceito de Excedente do Consumidor����������23

2
Preços Relativos X Preços Absolutos24
Definição de Oferta ������������������������������� 25
Conceito de Excedente do Produtor������������������28
Equilíbrio de Mercado���������������������������������������28
Mudanças no Ponto de Equilíbrio, em virtude
de Deslocamento da Oferta e da Demanda��������29
Interferência do Governo no Equilíbrio de
Mercado�����������������������������������������������������������30

Conceito de Elasticidade ��������������������� 32


Elasticidade Preço da Demanda������������������������32
Elasticidade-Renda da Demanda�����������������������34
Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda����������35
Elasticidade-Preço da Oferta����������������������������36

Considerações finais������������������������������ 37
Síntese���������������������������������������������������������39

3
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!

Hoje em dia, os ambientes econômico, político, social


e tecnológico estão mudando mais rapidamente do
que nunca. O sucesso empresarial depende, por-
tanto, de os gestores preverem e lidarem com as
mudanças.

Para tal, os gestores devem, em primeiro lugar, identi-


ficar as características do ambiente em que operam.
Este ambiente pode ser examinado nos dois níveis
a seguir: o ambiente microeconômico e o ambiente
macroeconômico.

No microeconômico, lidamos com a operação da


empresa em seu mercado imediato, envolvendo a
determinação de seus preços, receitas, custos, níveis
de emprego, entre outros.

Dessa forma, podemos afirmar que a microeconomia


preocupa-se em estudar o comportamento econômi-
co das unidades econômicas individuais, tais como
consumidores, empresas e proprietários de recursos.
Ela trata, em especial, dos fluxos de bens e serviços
das empresas para os consumidores, dos fluxos
de recursos produtivos (ou de seus serviços) dos
proprietários das empesas, da composição desses
fluxos e da formação dos preços dos componentes
desses fluxos.

4
Sendo assim, podemos afirmar que a microecono-
mia analisa a formação de preços no mercado, ou
seja, como a empresa e o consumidor interagem e
decidem qual o preço e a quantidade de determinado
produto ou serviço em mercados específicos.

Além desses conceitos, este módulo contempla ain-


da alguns temas de suma importância para a com-
preensão da aplicabilidade da microeconomia no dia
a dia, tais como: os pressupostos básicos da econo-
mia, a divisão do estudo da economia, a análise da
demanda e da oferta, e os conceitos de elasticidade.

Podcast 1 

5
PRESSUPOSTOS
BÁSICOS
DA ANÁLISE
MICROECONÔMICA
Para analisar um mercado específico, a microecono-
mia se vale da hipótese de que ‘tudo o mais perma-
nece constante (em latim, coeteris paribus).

A análise microeconômica básica, para poder ana-


lisar um mercado isoladamente, supõe todos os
demais mercados constantes. Ou seja, supõe que
o mercado em estudo não afeta e nem é afetado
pelos demais. Essa condição serve também para
verificarmos o efeito de variáveis isoladas, indepen-
dentemente dos efeitos de outras variáveis, ou seja,
quando queremos, por exemplo, saber o efeito iso-
lado de uma variação de preço sobre a procura de
determinado bem, independentemente do efeito de
outras variáveis que afetam a procura, como a renda
do consumido, gastos e preferências, etc.

Assim, adotando-se essas hipóteses (coeteris pa-


ribus), torna-se possível o estudo de determinado
mercado, selecionando-se apenas as variáveis que
influenciam os agentes econômicos – consumidores
e produtores –, nesse particular mercado, indepen-
dentemente de outros fatores que estão em outros
mercados, poderem influenciá-los.

6
O papel dos preços relativos – na análise microe-
conômica, são mais relevantes os preços relativos,
isto é, os preços de um bem em relação aos demais,
do que os preços absolutos (isolados) das merca-
dorias. Como exemplo dessa situação, se o preço
do refrigerante Coca-Cola cair 10%, mas também
o preço do Guaraná cair 10%, nada deve acontecer
com a demanda dos dois refrigerantes (supondo
que as demais variáveis permaneçam constantes).
No entanto, se tudo o mais permanece constante e
se cair apenas o preço do refrigerante Coca-Cola,
e permanecendo inalterado o preço do refrigerante
Guaraná, deve-se esperar um aumento na demanda
do refrigerante Coca-Cola.

Objetivos da empresa – a análise tradicional supõe


o princípio da racionalidade, segundo o qual o em-
presário sempre busca a maximização do lucro total,
otimizando a utilização dos recursos de que dispõe.

7
APLICAÇÕES
DA ANÁLISE
MICROECONÔMICA
A microeconomia representa uma ferramenta útil
para estabelecer políticas e estratégias dentro de
um horizonte de planejamento, tanto para empresas
como para políticas econômicas.

Para as empresas, a análise microeconômica pode


subsidiar as seguintes decisões: Política de preços
da empresa, precisões de demanda e faturamen-
to, previsões de produção, decisões de custos de
produção, políticas de propaganda e publicidade,
localização da empresa, diferenciação de mercados
entre outros.

Em relação à política econômica, a microeconomia


pode contribuir na análise e tomada de decisões
das seguintes questões: Avaliação de projetos de
investimentos públicos, efeitos dos impostos em
mercados específicos, política de subsídios, fixação
de preços mínimos na agricultura, política de tarifas
públicas, política de preços públicos, leis antitruste
entre tantas outras.

Evidente que a contribuição da microeconomia deve


estar atrelada a outras áreas do conhecimento.

8
DIVISÃO DO ESTUDO
MICROECONÔMICO
O estudo econômico divide-se em:
• Análise da demanda – que estuda a teoria do con-
sumidor e demanda de mercado.
• Análise da oferta – que estuda a oferta individual
e a oferta de mercado.
• Análise das estruturas de mercado: mercado de
bens e serviços – concorrência perfeita, concorrência
monopolística, monopólio e oligopólio, além desses,
estuda o mercado de fatores de produção – monop-
sônio, oligopsônio e a concorrência perfeita.
• Teoria do equilíbrio geral e bem-estar.
• Imperfeiçoes de mercado – externalidades, bens
públicos, informação assimétrica.

9
ANÁLISE DA
DEMANDA DE
MERCADO
A curva da demanda do consumidor refere-se à quan-
tidade que o consumidor está disposto a comprar
em um determinado período, dada a sua renda, seus
gastos e o preço de mercado.

De outra forma, podemos afirmar, que a demanda, de


um indivíduo por um determinado bem ou serviço,
refere-se à quantidade desse bem que ele deseja e
está capacitado a comprar, por unidade de tempo.

Podcast 2 

DISTINÇÃO ENTRE DEMANDA E


QUANTIDADE DEMANDADA
Embora tendam a ser utilizados como sinônimos,
esses termos têm significados diferentes. Por de-
manda entende-se toda a escala que relaciona os
possíveis preços a determinadas quantidades. Por
quantidade demandada devemos compreender um
ponto específico da curva, relacionando um preço a
uma quantidade, conforme apresentado na figura 1:

10
Figura 1: Mudança na quantidade demandada.

A demanda está indicada pela reta representada na


letra D, já a quantidade demandada relacionada ao
preço P0 é Q0. Caso o preço do bem amentasse para
P1, haveria uma diminuição na quantidade deman-
dada, não na demanda. Ou seja, as alterações da
quantidade demandada ocorrem ao longo da própria
curva de demanda (reta D).

Valor Utilidade e Valor Trabalho


Os fundamentos da análise da demanda estão ba-
seados no conceito subjetivo de utilidade. Dessa
forma, a utilidade representa o grau de satisfação ou

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bem estar que os consumidores atribuem a bens e
serviços que podem adquirir no mercado.

Já a Teoria da Utilidade pressupõe que o valor de um


bem se forma por sua demanda, isto é, pela satis-
fação que o homem representa para o consumidor.

Conceitos de Utilidade Total e


Utilidade Marginal
A utilidade total tende a aumentar quanto maior a
quantidade consumida do bem do bem ou serviço.
Enquanto que a utilidade marginal é a satisfação
adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais
de uma unidade do bem, é decrescente, porque o con-
sumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais
o consome. É a chamada Lei da Utilidade Marginal
Decrescente.

∆Ut
𝑼𝑼𝑼𝑼𝑼𝑼 =
∆q
Sendo q a quantidade que o consumidor deseja
consumir.

12
Figura 2: Utilidade total e utilidade marginal.

Um exemplo de Utilidade marginal pode ser dado


pela água e o diamante, uma vez que a água, mais
necessária, é tão mais barata que o diamante, su-
pérfluo, mas que tem preço tão elevado. Isso se dá
porque a água tem grande utilidade total, mas, como
é encontrada em abundância, tem baixa utilidade
marginal, enquanto o diamante, por ser escasso, tem
grande utilidade marginal.

Podcast 3 

Noções sobre Equilíbrio do


Consumidor: Os Conceitos de
Curva de Indiferença e a Reta
Orçamentária
Curva de indiferença (CI): é um instrumento gráfico
que serve para ilustrar as preferências do consumi-

13
dor. Podemos definir também como o lugar geomé-
trico de pontos que representam diferentes combi-
nações de bens que dão ao consumidor o mesmo
nível de utilidade. Dessa forma, ao analisar diferen-
tes cestas de bens que o consumidor está disposto
a adquirir, dado determinado nível de utilidade ou
bem-estar.

Supondo o caso de dois bens, bacalhau e batata,


temos então:

Figura 3: Curva da indiferença.

Todos os pontos da curva representam situações


que proporcionam idêntica satisfação (U0), ou seja,
é indiferente, para o consumidor consumir 2 Kg de

14
bacalhau e 8 Kg de batatas (A), ou então, 3 Kg de
bacalhau e 5Kg de batatas (B), etc.

Cada curva representa determinado nível de utilida-


de. Quanto mais alta a Curva de indiferença, maior a
satisfação que o consumidor pode obter no consumo
dos dois bens. Dessa forma, tem-se um mapa de
indiferença.

Figura 4: Mapa de indiferença.

Reta Orçamentária

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A restrição orçamentária é o montante de renda dis-
ponível do consumidor, em dado período de tempo.
Ela limita as possibilidades de consumo, condicio-
nando a disponibilidade de quanto ele pode gastar.
Assim, como exemplo, supondo dois bens, temos:

Figura 5: Reta orçamentária.

Assim, sendo, a RO representa pontos em que o con-


sumidor gasta toda a sua renda na compra dos dois
bens. Abaixo da reta, ele está gastando abaixo do
que poderia. Acima de RO, o consumidor não tem

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condições de adquirir os bens com a renda que dis-
põe, dados os preços de mercado.

Dessa forma, se o consumidor deseja maximizar


seu nível de utilidade, deverá procurar alcançar, dada
sua restrição orçamentária, a curva de indiferença
mais alta que for possível, ou seja, o consumidor
estará maximizando sua utilidade, quando sua reta
orçamentária tangenciar sua curva de indiferença,
como apresentado na figura 6.

Figura 6: Equilíbrio do consumidor.

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Variáveis que Influenciam a
Demanda do Consumidor
Dentre os diversos fatores que influenciam a deman-
da, destacamos alguns:
• O preço próprio do bem propriamente dito.
• O preço dos bens substitutos.
• O preço dos bens complementares.
• O nível de despesas com propaganda para o pro-
duto em questão, além de produtos complementares
e substitutos.
• O nível e a distribuição de renda líquida dos con-
sumidores, isto é, a renda depois de serem pagos os
impostos e benefícios estatais diretos.
• Os efeitos do bem-estar causados, por exemplo,
booms da bolsa de valores, preços crescentes da
moradia, ganhos inesperados, etc.
• Mudanças nos gostos e preferências dos
consumidores.
• O custo e a disponibilidade de crédito.
• As expectativas dos consumidores com relação
a futuros aumentos de preço e disponibilidade do
produto.
• Mudanças na população, se tivermos analisando
a demanda do mercado total.

Em relação a determinados produtos, alguns desses


podem ser mais importantes como determinantes da

18
demanda de outros. Os fatores diferentes de “preço
próprio” que afetam a demanda podem, de maneira
geral, ser descritos como condições de demanda
(isto é, o ambiente no qual os consumidores decidem
quanto comprar por determinado preço).

A demanda e a renda do consumidor: é de se es-


perar que uma elevação na renda do consumidor
esteja associada a uma elevação nas quantidades
compradas. Essa é a regra geral, e os bens que tem
essa característica são denominados bens normais.
Exemplos: roupas, produtos eletroeletrônicos entre
outros.

No entanto, existem algumas exceções a esse


padrão, como é o caso dos denominados Bens
Inferiores e Bens de Consumo Saciado.

Os Bens Inferiores são aqueles cuja demanda varia


inversamente às variações ocorridas na renda do
consumidor, dentro de uma determinada faixa de
renda. Isso significa que a demanda desse tipo de
produto cai, quando aumenta a renda do consumidor;
e aumenta, quando a renda do consumidor sofre
alguma redução, como exemplo: a batata, o pão, a
carne de segunda, entre outros.

Já os Bens de Consumo Saciado, por sua vez, são


aqueles em relação aos quais o desejo do consumi-
dor está totalmente satisfeito, após um determinado
nível de renda. Aumentos na renda do consumidor
para além do nível não provocarão nenhum aumento
nas demandas desses bens.

19
A demanda e o preço dos bens relacionados: a de-
manda de um produto pode ser afetada pela varia-
ção no preço de outros bens. Isso ocorre em relação
aos denominados Bens Complementares e Bens
Substitutos.

Os Bens Complementares são aqueles que tendem


a aumentar a satisfação do consumidor, quando
utilizados em conjunto. Nesse caso, o aumento no
preço de um deles produz uma redução no preço do
outro, e uma diminuição de preço de um conduz a um
aumento na demanda do outro. Um exemplo disso é
o pão e a manteiga, dessa forma, aumentar o preço
do pão tende a reduzir a demanda por manteiga.

Já os Bens Substitutos, por sua vez, são aqueles


cujo consumo de um pode substituir o consumo de
outro. Nesse caso, haverá uma relação direta entre
o preço de um bem e a demanda de outro bem. Um
exemplo disso é a manteiga e a margarina.

Esse conjunto de variáveis pode alterar, para mais e


para menos, a própria posição da curva, deslocando
positiva ou negativamente.

Relação entre a Quantidade


Demandada e o Preço do Bem:
A Lei Geral da Demanda
Há uma relação inversamente proporcional entre a
quantidade procurada e o preço do bem, coeteris
paribus. É a chamada Lei Geral da Demanda.

20
Fique Atento
Segundo a Lei Geral da Demanda, toda vez que o
preço (P) diminui, a quantidade demandada (Qd)
aumenta, toda vez que o preço (P) aumenta, a
quantidade demandada (Qd) diminui.

Essa relação quantidade demandada/preço do bem


pode ser representada por uma escala de demanda.

Preços (R$) Quantidade demandada


1,00 11
3,00 9
6,00 6
8,00 4
10,00 2
Figura 7: Escala de procura.

Fizemos o gráfico com dois eixos, colocando no eixo


vertical os vários preços P, e no horizontal as quan-
tidades demandadas Q.

21
Figura 8: Curva de procura do bem X.

A curva da demanda inclina-se de cima para baixo,


no sentido da esquerda para a direita, refletindo o
fato de que a quantidade procurada de determinado
produto varia inversamente com relação a seu preço,
coeteris paribus.

A curva de demanda é negativamente inclinada de-


vido ao efeito conjunto de dois fatores:
ƒƒ Efeito substituição: se o preço de um bem aumen-
tar, enquanto os preços de outros bens permanecem
os mesmos, o consumidor procurará substituir o
consumo desse bem, passando então a consumir um
bem similar. Exemplo: se aumentar o preço da maçã,
e permanecer inalterado o preço da pera, certamente
o consumidor vai trocar a maçã pela pera, caindo a
demanda por maçã e aumentado o consumo da pera.

22
ƒƒ Efeito renda: supondo que a renda do consumidor,
em termos nominais, permaneça a mesma. Se o
preço de um bem diminuir, a renda do consumidor
se elevará, em termos reais, permitindo assim ao
consumidor aumentar o consumo desse bem.

O Conceito de Excedente do
Consumidor
O excedente do consumidor é o benefício líquido
que o consumidor ganha por ser capaz de comprar
um bem ou serviço. É a diferença entre a disposição
máxima a pagar por parte do consumidor e o que ele
efetivamente paga.

Outro conceito de excedente do consumidor: é o ex-


cesso de preço que uma pessoa estaria disposta a
pagar para não ficar sem a mercadoria, acima do
preço que ela realmente paga.

23
PREÇOS RELATIVOS
X PREÇOS
ABSOLUTOS
Em microeconomia, são importantes os preços re-
lativos, isto é, a relação entre os preços dos vários
bens, mais do que os preços absolutos (específicos)
das mercadorias.

24
DEFINIÇÃO DE
OFERTA
Podemos definir como oferta individual de um de-
terminado bem ou serviço a quantidade desse bem
que os produtores desejam vender no mercado, em
determinado período de tempo.

Diferente da função da demanda, a função oferta


mostra uma correlação direta entre a quantidade
ofertada e o nível de preços, coeteris paribus. É a
chamada Lei Geral da Oferta.

Fique atento
Segundo a lei geral da oferta, toda vez que o pre-
ço (P) aumenta, a quantidade ofertada (Q0) au-
menta; toda vez que o preço (P) diminui, a quanti-
dade ofertada (Q0) diminui.

Oferta e quantidade ofertada: a oferta refere-se à es-


cala ou toda a curva, enquanto a quantidade ofertada
diz respeito a um ponto específico da curva da oferta.

Sabemos que o preço não é o único fator que afeta as


decisões de oferta, mesmo em mercados altamente
competitivos. Os outros fatores que provavelmente
causarão impacto sobre as decisões de oferta são
chamados de condições de oferta.

25
Da mesma forma que a demanda, a oferta de um
determinado bem ou serviço depende de vários fa-
tores, dentre eles, vale destacar alguns:

Mudança nos custos da produção: estas incluem


mudanças no custo da mão de obra, matéria-prima,
taxas de juros sobre o capital e tarifas diversas, como
eletricidade, por exemplo, e o impacto de novas tec-
nologias sobre os custos, todos os quais podem cau-
sar um impacto no equilíbrio entre mão de obra e a
produção intensiva de capital, e em última análise,
na lucratividade.

Preços de outros produtos: Quando os preços de ou-


tros produtos são alterados, a empresa pode decidir
trocar de produção.

A oferta de um produto poderá ser afetada pela va-


riação nos preços dos bens que sejam substitutos
ou complementares na produção.

Os Bens Substitutos na produção: são aqueles bens


que são produzidos com aproximadamente os mes-
mos recursos, por exemplo, o milho e a soja.

Já os Bens Complementares na produção, por sua


vez, são aqueles que apresentam alteração na pro-
dução, em virtude da variação de preço de um outro
bem.

Mudanças nas expectativas de lucro: Entre momen-


tos de boom e retração, as expectativas de lucro po-
dem mudar drasticamente, levando a uma reavalia-
ção da estratégia empresarial.

26
Clima: O clima é obviamente importante nas deci-
sões de oferta em indústrias como as do setor agrí-
cola, construção, seguros, transportes e turismo.

Além dessas variáveis, temos outras que podem in-


fluenciar na oferta:
• Número de empresas potencialmente aptas.
• Condições da oferta dos recursos de produção.
• Alterações na estrutura tecnológica.
• Expectativa sobre a evolução da procura.
• Expectativa sobre o comportamento dos preços.

Quando alguma condição de oferta muda, as em-


presas tendem a fornecer mais ou menos de seus
produtos a determinado preço.

Podemos apresentar uma escala de oferta de um


bem X, ou seja, dada uma série de preços nos quais
seriam as quantidades ofertadas a cada preço.

Preço (R$) Quantidade ofertada


1,00 100
3,00 300
6,00 600
8,00 800
10,00 1000

Tabela 1: Escala da oferta.

27
Figura 9: Escala da oferta

Conceito de Excedente do
Produtor
O excedente do produtor é o ganho em bem-estar
pelo fato de o produtor receber, no mercado, um pre-
ço maior do que aquele mínimo que viabilizaria sua
produção.

Equilíbrio de Mercado
Neste caso, o preço em uma economia de mercado
é determinado pela oferta e pela procura.

28
Figura 10: Equilíbrio de mercado

Nesse gráfico, as curvas da oferta e da demanda se


cruzam no ponto E, ao qual correspondem o preço
P0 e a quantidade q0.

Mudanças no Ponto de
Equilíbrio, em virtude de
Deslocamento da Oferta e da
Demanda
Como já estudamos anteriormente, existem vários
fatores que podem provocar deslocamento das cur-
vas da oferta e da procura, com reflexos no ponto
de equilíbrio.

Podcast 4 

29
Figura 11: Deslocamento do ponto de equilíbrio.

Isso significa que houve um deslocamento da cur-


va da demanda para a direita, assim, teremos um
excesso de demanda, que provocará um aumento
de preços.

Interferência do Governo no
Equilíbrio de Mercado
O governo acaba fazendo intervenção na forma-
ção de preços de mercado, quando fixa impostos,
dá subsídios, estabelece os critérios de reajuste do
salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos

30
agrícolas, decreta tabelamentos ou ainda, congela
preços e salários.

Estabelecimento de impostos: é importante saber


sobre quem recai efetivamente o ônus do tributo,
pois essa é uma questão importante para a análise
dos mercados.

Quando falamos em tributos, eles são compostos


por impostos, taxas e contribuições de melhoria.

Os impostos se dividem em: impostos indiretos


(exemplo: IPI, ICMS), impostos diretos, (exemplo:
Imposto de Renda e IPTU) e imposto específico que,
neste caso, o valor é fixo, independentemente do
valor do produto; e o imposto ad valorem, que é um
percentual (alíquota) aplicado sobre o valor da venda.

Política de preços mínimos na agricultura: trata-se


de uma política que visa a dar garantia de preços ao
produtor agrícola, com o propósito de protegê-lo das
flutuações dos preços no mercado.

Tabelamento: refere-se à intervenção do governo


no sistema de preços de mercado, visando a coibir
abusos por parte dos vendedores. Como exemplo,
isso pode controlar os preços de bens de primeira
necessidade.

31
CONCEITO DE
ELASTICIDADE
De forma genérica, podemos definir a elasticidade
como a alteração percentual em uma variável, dada
a variação percentual em outra, coeteris paribus.

A elasticidade reflete o grau de reação à sensibilida-


de de uma variável, quando ocorrem alterações em
outra variável, coeteris paribus.

Elasticidade Preço da Demanda


É a variação percentual na quantidade demandada,
dada uma variação percentual no preço do bem, co-
eteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos
consumidores, quando ocorre uma variação no preço
de um bem ou serviço.

Expressamos simbolicamente tal conceito da se-


guinte forma:

𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑄𝑄#


𝐸𝐸"# =
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑒𝑒𝑒𝑒 𝑃𝑃

Como a correlação entre preço e quantidade de-


mandada é inversa, ou seja, uma alteração positiva
de preços corresponderá a uma variação negativa
da quantidade demandada, o valor encontrado na

32
elasticidade-preço da demanda será sempre nega-
tivo. Para evitar problemas com o sinal, o valor da
elasticidade normalmente é colocado em módulo.
Como no exemplo abaixo:

Po = preço inicial = $ 20,00

P1 = preço final = $ 16,00

Q0 = quantidade demandada, ao preço Q0 = 30

Q1 = quantidade demandada, ao preço Q1 = 39

A variação percentual do preço é dada por:

𝑃𝑃1 − 𝑃𝑃0 4
= = −0,2 𝑜𝑜𝑜𝑜 − 20%
𝑃𝑃0 20

A variação percentual da quantidade demandada é


dada por:

O valor da elasticidade-preço da demanda é dado por:

𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑄𝑄𝑄𝑄 +30%


𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸 = = = −1,5 𝑜𝑜𝑜𝑜 𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸 = 1,5
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑃𝑃 −20%

Significa que, dada uma queda de 20% no preço, a


quantiade demandada aumenta em 1,5 vez ou 20%,
ou seja, 30%. Trata-se de um produto cuja demanda
tem forte sensibilidade do preço.

33
Demanda Elástica: a variação da quantiade deman-
dada supera a variação do preço. Ou ainda, /EpD/ >1

Demanda inelástica: ocorre quando uma variação


percentual no preço provoca uma variação percen-
tual relativamente menor na quantidade procurada,
coeteris paribus, ou, /EpD/<1

Demanda de elasticidade-preço unitária: as variações


percentuais no preço e quantidade são da mesma
magnitude, porém em sentido inverso, ou seja:

𝐸𝐸"# = −1 𝑜𝑜𝑜𝑜 𝐸𝐸"# = 1

Elasticidade-Renda da
Demanda
O coeficiente de elasticidade-renda da demanda
(ER) mede a variação percentual da quantidade da
mercadoria comprada resultante de uma variação
percentual na renda do consumidor, coeteris paribus.

𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑


𝐸𝐸" =
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐

Se a elasticidade-renda da demanda (ER) é negativa,


o bem é inferior, ou seja, aumentos de renda levam
à queda no consumo desse bem, coeteris paribus.

Se a elasticidade-renda da demanda (ER) é positiva


e maior que 1, o bem é superior ou de luxo, ou seja,

34
aumentos na renda dos consumidores levam a um
aumento mais que proporcional no consumo do bem.

Elasticidade-Preço Cruzada da
Demanda
O conceito é parecido com o da elasticidade-preço,
sendo que a diferença está no fato de que se quer
saber qual a mudança percentual que ocorre na quan-
tidade demandada do bem X, quando se modifica
percentualmente o preço do outro bem. Desse modo,
a elasticidade-preço cruzada da demanda (Exy) mede
a variação percentual da quantidade demandada do
bem X com relação à variação percentual no preço
do bem Y, coeteris paribus.

𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞 𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑢𝑢𝑢𝑢 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 𝒙𝒙


𝐸𝐸"# =
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ç𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑢𝑢𝑢𝑢 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 𝒚𝒚

Se X e Y forem Bens Substitutos, Exy será positivo:


um aumento no preço da Coca-Cola dever provo-
car uma elevação do consumo de Guaraná, coeteris
paribus.

Se X e Y forem Bens Complementares, Exy será nega-


tiva: um aumento no preço da camisa social levará a
uma queda na demanda de gravatas, coeteris paribus.

35
Elasticidade-Preço da Oferta
O mesmo raciocínio utilizado para a demanda tam-
bém se aplica à oferta, observando-se, no entanto,
que o resultado da elasticidade será positivo, pois,
a correlação entre preço e a quantidade ofertada é
direta. Quanto maior o preço, maior a quantidade
que o empresário estará disposto a ofertar, coeteris
paribus.

𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞 𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜


𝐸𝐸"# =
𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣çã𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ç𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏

36
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Este módulo apresentou o conceito da microecono-
mia que se preocupa em analisar o comportamento
econômico das unidades econômicas individuais,
tais como consumidores, empresas e proprietários
de recursos. Ela tratou, em especial, dos fluxos de
bens e serviços das empresas para os consumido-
res, dos fluxos de recursos produtivos (ou de seus
serviços) dos proprietários das empresas, da com-
posição desses fluxos e da formação dos preços
dos componentes desses fluxos.

Além desse conceito, o módulo também proporcio-


nou ao aluno compreender por que as mudanças no
preço afetam a demanda do consumidor, em parti-
cular, por que as curvas de demanda normalmente
apresentam uma inclinação descendente, isto é, a
lei geral da demanda.

Para além da demanda, nossos estudos proporcio-


naram o entendimento de por que as curvas de de-
manda podem mudar em resposta às mudanças em
vários fatores que não somente o preço, que podem
causar impacto sobre a demanda (conhecidos como
as condições de demanda).

Neste módulo ainda foi abordado o significado e a


importância do excedente do consumidor.

37
Estudamos, também, a relativa importância da ren-
da e dos efeitos de substituição sobre a demanda,
quando o preço de um bem ou serviço é alterado.

Este módulo apresentou, ainda, a classificação dos


bens e serviços, de acordo como a demanda respon-
de às mudanças no preço e na renda. No campo da
oferta, estudamos como os preços de equilíbrio são
determinados em uma economia de mercado, por
meio da interação entre oferta e demanda.

38
Síntese
Referências
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. 5. ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2009.

MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia: fundamen-


tos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Pearson Education,
2009.

MORCILLO, Francisco Mochón. Princípios de eco-


nomia. São Paulo: Pearson, 2008.

PARKIN, Michael. Economia. São Paulo: Pearson,


2009.

ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia.


São Paulo: Atlas, 2000.

TROSTER, Roberto Luis; MORCILLO, Francisco


Mochón. Introdução à economia. São Paulo: Pearson
Education, 2002.

VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Fundamentos de


economia. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

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