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à Economia
Geraldo Cardoso Monteiro
E-book 2
E-book
Introdução à Economia
2
Neste E-book:
Introdução���������������������������������������������������� 4
Pressupostos Básicos da Análise
Microeconômica ���������������������������������������� 6
Aplicações da Análise
Microeconômica����������������������������������������� 8
Divisão do Estudo Microeconômico���� 9
Análise da Demanda de Mercado ....
�������������������������������������������������������������������������10
DISTINÇÃO ENTRE DEMANDA E
QUANTIDADE DEMANDADA������������������������������10
Valor Utilidade e Valor Trabalho������������������������11
Conceitos de Utilidade Total e Utilidade
Marginal�����������������������������������������������������������12
Noções sobre Equilíbrio do Consumidor: Os
Conceitos de Curva de Indiferença e a Reta
Orçamentária����������������������������������������������������13
Variáveis que Influenciam a Demanda do
Consumidor������������������������������������������������������18
Relação entre a Quantidade Demandada e o
Preço do Bem: A Lei Geral da Demanda������������20
O Conceito de Excedente do Consumidor����������23
2
Preços Relativos X Preços Absolutos24
Definição de Oferta ������������������������������� 25
Conceito de Excedente do Produtor������������������28
Equilíbrio de Mercado���������������������������������������28
Mudanças no Ponto de Equilíbrio, em virtude
de Deslocamento da Oferta e da Demanda��������29
Interferência do Governo no Equilíbrio de
Mercado�����������������������������������������������������������30
Considerações finais������������������������������ 37
Síntese���������������������������������������������������������39
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INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
4
Sendo assim, podemos afirmar que a microecono-
mia analisa a formação de preços no mercado, ou
seja, como a empresa e o consumidor interagem e
decidem qual o preço e a quantidade de determinado
produto ou serviço em mercados específicos.
Podcast 1
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PRESSUPOSTOS
BÁSICOS
DA ANÁLISE
MICROECONÔMICA
Para analisar um mercado específico, a microecono-
mia se vale da hipótese de que ‘tudo o mais perma-
nece constante (em latim, coeteris paribus).
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O papel dos preços relativos – na análise microe-
conômica, são mais relevantes os preços relativos,
isto é, os preços de um bem em relação aos demais,
do que os preços absolutos (isolados) das merca-
dorias. Como exemplo dessa situação, se o preço
do refrigerante Coca-Cola cair 10%, mas também
o preço do Guaraná cair 10%, nada deve acontecer
com a demanda dos dois refrigerantes (supondo
que as demais variáveis permaneçam constantes).
No entanto, se tudo o mais permanece constante e
se cair apenas o preço do refrigerante Coca-Cola,
e permanecendo inalterado o preço do refrigerante
Guaraná, deve-se esperar um aumento na demanda
do refrigerante Coca-Cola.
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APLICAÇÕES
DA ANÁLISE
MICROECONÔMICA
A microeconomia representa uma ferramenta útil
para estabelecer políticas e estratégias dentro de
um horizonte de planejamento, tanto para empresas
como para políticas econômicas.
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DIVISÃO DO ESTUDO
MICROECONÔMICO
O estudo econômico divide-se em:
• Análise da demanda – que estuda a teoria do con-
sumidor e demanda de mercado.
• Análise da oferta – que estuda a oferta individual
e a oferta de mercado.
• Análise das estruturas de mercado: mercado de
bens e serviços – concorrência perfeita, concorrência
monopolística, monopólio e oligopólio, além desses,
estuda o mercado de fatores de produção – monop-
sônio, oligopsônio e a concorrência perfeita.
• Teoria do equilíbrio geral e bem-estar.
• Imperfeiçoes de mercado – externalidades, bens
públicos, informação assimétrica.
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ANÁLISE DA
DEMANDA DE
MERCADO
A curva da demanda do consumidor refere-se à quan-
tidade que o consumidor está disposto a comprar
em um determinado período, dada a sua renda, seus
gastos e o preço de mercado.
Podcast 2
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Figura 1: Mudança na quantidade demandada.
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bem estar que os consumidores atribuem a bens e
serviços que podem adquirir no mercado.
∆Ut
𝑼𝑼𝑼𝑼𝑼𝑼 =
∆q
Sendo q a quantidade que o consumidor deseja
consumir.
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Figura 2: Utilidade total e utilidade marginal.
Podcast 3
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dor. Podemos definir também como o lugar geomé-
trico de pontos que representam diferentes combi-
nações de bens que dão ao consumidor o mesmo
nível de utilidade. Dessa forma, ao analisar diferen-
tes cestas de bens que o consumidor está disposto
a adquirir, dado determinado nível de utilidade ou
bem-estar.
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bacalhau e 8 Kg de batatas (A), ou então, 3 Kg de
bacalhau e 5Kg de batatas (B), etc.
Reta Orçamentária
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A restrição orçamentária é o montante de renda dis-
ponível do consumidor, em dado período de tempo.
Ela limita as possibilidades de consumo, condicio-
nando a disponibilidade de quanto ele pode gastar.
Assim, como exemplo, supondo dois bens, temos:
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condições de adquirir os bens com a renda que dis-
põe, dados os preços de mercado.
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Variáveis que Influenciam a
Demanda do Consumidor
Dentre os diversos fatores que influenciam a deman-
da, destacamos alguns:
• O preço próprio do bem propriamente dito.
• O preço dos bens substitutos.
• O preço dos bens complementares.
• O nível de despesas com propaganda para o pro-
duto em questão, além de produtos complementares
e substitutos.
• O nível e a distribuição de renda líquida dos con-
sumidores, isto é, a renda depois de serem pagos os
impostos e benefícios estatais diretos.
• Os efeitos do bem-estar causados, por exemplo,
booms da bolsa de valores, preços crescentes da
moradia, ganhos inesperados, etc.
• Mudanças nos gostos e preferências dos
consumidores.
• O custo e a disponibilidade de crédito.
• As expectativas dos consumidores com relação
a futuros aumentos de preço e disponibilidade do
produto.
• Mudanças na população, se tivermos analisando
a demanda do mercado total.
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demanda de outros. Os fatores diferentes de “preço
próprio” que afetam a demanda podem, de maneira
geral, ser descritos como condições de demanda
(isto é, o ambiente no qual os consumidores decidem
quanto comprar por determinado preço).
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A demanda e o preço dos bens relacionados: a de-
manda de um produto pode ser afetada pela varia-
ção no preço de outros bens. Isso ocorre em relação
aos denominados Bens Complementares e Bens
Substitutos.
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Fique Atento
Segundo a Lei Geral da Demanda, toda vez que o
preço (P) diminui, a quantidade demandada (Qd)
aumenta, toda vez que o preço (P) aumenta, a
quantidade demandada (Qd) diminui.
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Figura 8: Curva de procura do bem X.
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Efeito renda: supondo que a renda do consumidor,
em termos nominais, permaneça a mesma. Se o
preço de um bem diminuir, a renda do consumidor
se elevará, em termos reais, permitindo assim ao
consumidor aumentar o consumo desse bem.
O Conceito de Excedente do
Consumidor
O excedente do consumidor é o benefício líquido
que o consumidor ganha por ser capaz de comprar
um bem ou serviço. É a diferença entre a disposição
máxima a pagar por parte do consumidor e o que ele
efetivamente paga.
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PREÇOS RELATIVOS
X PREÇOS
ABSOLUTOS
Em microeconomia, são importantes os preços re-
lativos, isto é, a relação entre os preços dos vários
bens, mais do que os preços absolutos (específicos)
das mercadorias.
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DEFINIÇÃO DE
OFERTA
Podemos definir como oferta individual de um de-
terminado bem ou serviço a quantidade desse bem
que os produtores desejam vender no mercado, em
determinado período de tempo.
Fique atento
Segundo a lei geral da oferta, toda vez que o pre-
ço (P) aumenta, a quantidade ofertada (Q0) au-
menta; toda vez que o preço (P) diminui, a quanti-
dade ofertada (Q0) diminui.
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Da mesma forma que a demanda, a oferta de um
determinado bem ou serviço depende de vários fa-
tores, dentre eles, vale destacar alguns:
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Clima: O clima é obviamente importante nas deci-
sões de oferta em indústrias como as do setor agrí-
cola, construção, seguros, transportes e turismo.
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Figura 9: Escala da oferta
Conceito de Excedente do
Produtor
O excedente do produtor é o ganho em bem-estar
pelo fato de o produtor receber, no mercado, um pre-
ço maior do que aquele mínimo que viabilizaria sua
produção.
Equilíbrio de Mercado
Neste caso, o preço em uma economia de mercado
é determinado pela oferta e pela procura.
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Figura 10: Equilíbrio de mercado
Mudanças no Ponto de
Equilíbrio, em virtude de
Deslocamento da Oferta e da
Demanda
Como já estudamos anteriormente, existem vários
fatores que podem provocar deslocamento das cur-
vas da oferta e da procura, com reflexos no ponto
de equilíbrio.
Podcast 4
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Figura 11: Deslocamento do ponto de equilíbrio.
Interferência do Governo no
Equilíbrio de Mercado
O governo acaba fazendo intervenção na forma-
ção de preços de mercado, quando fixa impostos,
dá subsídios, estabelece os critérios de reajuste do
salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos
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agrícolas, decreta tabelamentos ou ainda, congela
preços e salários.
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CONCEITO DE
ELASTICIDADE
De forma genérica, podemos definir a elasticidade
como a alteração percentual em uma variável, dada
a variação percentual em outra, coeteris paribus.
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elasticidade-preço da demanda será sempre nega-
tivo. Para evitar problemas com o sinal, o valor da
elasticidade normalmente é colocado em módulo.
Como no exemplo abaixo:
𝑃𝑃1 − 𝑃𝑃0 4
= = −0,2 𝑜𝑜𝑜𝑜 − 20%
𝑃𝑃0 20
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Demanda Elástica: a variação da quantiade deman-
dada supera a variação do preço. Ou ainda, /EpD/ >1
Elasticidade-Renda da
Demanda
O coeficiente de elasticidade-renda da demanda
(ER) mede a variação percentual da quantidade da
mercadoria comprada resultante de uma variação
percentual na renda do consumidor, coeteris paribus.
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aumentos na renda dos consumidores levam a um
aumento mais que proporcional no consumo do bem.
Elasticidade-Preço Cruzada da
Demanda
O conceito é parecido com o da elasticidade-preço,
sendo que a diferença está no fato de que se quer
saber qual a mudança percentual que ocorre na quan-
tidade demandada do bem X, quando se modifica
percentualmente o preço do outro bem. Desse modo,
a elasticidade-preço cruzada da demanda (Exy) mede
a variação percentual da quantidade demandada do
bem X com relação à variação percentual no preço
do bem Y, coeteris paribus.
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Elasticidade-Preço da Oferta
O mesmo raciocínio utilizado para a demanda tam-
bém se aplica à oferta, observando-se, no entanto,
que o resultado da elasticidade será positivo, pois,
a correlação entre preço e a quantidade ofertada é
direta. Quanto maior o preço, maior a quantidade
que o empresário estará disposto a ofertar, coeteris
paribus.
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Este módulo apresentou o conceito da microecono-
mia que se preocupa em analisar o comportamento
econômico das unidades econômicas individuais,
tais como consumidores, empresas e proprietários
de recursos. Ela tratou, em especial, dos fluxos de
bens e serviços das empresas para os consumido-
res, dos fluxos de recursos produtivos (ou de seus
serviços) dos proprietários das empresas, da com-
posição desses fluxos e da formação dos preços
dos componentes desses fluxos.
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Estudamos, também, a relativa importância da ren-
da e dos efeitos de substituição sobre a demanda,
quando o preço de um bem ou serviço é alterado.
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Síntese
Referências
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. 5. ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2009.