Sunteți pe pagina 1din 18

FACULDADE DE CIÊNCIAS EDUCACIONAIS

LICENCIATURA EM LETRAS
ANA REGINA MARCELINA DOS SANTOS
MARIA APARECIDA DOS SANTOS

ARTIGO BIBLIOGRAFICO:

A LEITURA ALÉM DA DECODIFICAÇÃO

JACOBINA
2013
ANA REGINA MARCELINA DOS SANTOS
MARIA APARECIDA DOS SANTOS

ARTIGO BIBLIOGRAFICO:

A LEITURA ALÉM DA DECODIFICAÇÃO

Artigo bibliográfico apresentado como requisito


parcial à obtenção do curso de Licenciatura em
Letras e Literatura Brasileira, Face-Faculdade em
Ciências Educacionais.

Orientador (a): Cristiano Cardoso Oliveira

JACOBINA
2013
ARTIGO BIBLIOGRAFICO:

A LEITURA ALÉM DA DECODIFICAÇÃO

Ana Regina Marcelina dos Santos¹


Cristiano Cardoso Oliveira²

Maria Aparecida dos Santos³


RESUMO

O presente artigo fará uma reflexão/análise sobre a leitura além da


decodificação, verificando os métodos e os critérios utilizados no contexto
escolar. Contudo, tem-se em virtude que desenvolver o hábito da leitura,
encontram-se algumas dificuldades nesse contexto, o que causa
preocupações, pelo fato da leitura assumir certo destaque no processo de
aprendizagem. É visto que a leitura tem importância fundamental na vida das
pessoas à necessidade de muita leitura está posta entre todos, haja vista que
propicia a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do
conhecimento assim como, pode constituir-se em fonte de entendimento para
umas atividades prazerosas, pra outro um desfio a pesquisar. Urge
compreender que a técnica da leitura garante um estudo eficiente quando
aplicada qualitativamente. Dessa forma, precisamos envolver a
interdisciplinaridade e a contextualização do conhecimento, que mantêm uma
relação fundamental entre o sujeito que aprende e que compromete a se
aprendido, evocando fatos da vida pessoal, social e cultural, principalmente o
trabalho e a cidadania.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Aprendizagem; Habilidades; Escrita.


ABSTRACT

This article will give a reflection / analysis of reading beyond decoding, checking
the methods and criteria used in the school context. However, it has been due
to develop the habit of reading, there are some difficulties in this context, which
causes concern, because of reading assume some importance in the learning
process. It is seen that reading is paramount in people's lives need to put a lot
of reading is among all, considering that provides obtaining information in
relation to any context and knowledge of the area and may constitute a source
of understanding for a pleasurable activities, to challenge one another to
search. Must understand the technique of reading a study ensures efficient
when applied qualitatively. Thus, we need to involve interdisciplinary and
contextual knowledge, which maintain a fundamental relationship between the
subject and learning that is committed to learning, recalling facts of personal,
social and cultural, especially work and citizenship.
KEY-WORDS: Reading, Learning, Skills, Writing.
1.0 INTRODUÇÃO

O presente artigo bibliográfico pretende investigar a leitura além da


decodificação, verificando os métodos e os critérios utilizados no contexto
escolar. É visto que a leitura tem importância fundamental na vida das pessoas
à necessidade de muita leitura está posta entre todos, haja vista que propicia a
obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do
conhecimento assim como pode constituir-se em fonte de entendimento para
atividades prazerosas, pra outro um desfio a pesquisar. Urge compreender que
a técnica da leitura garante um estudo eficiente quando aplicada
qualitativamente.
_____________________________
¹ Ana Regina Marcelina dos Santos (graduda do curso de Licenciatura em Letra – FACES ). E-mail:
annareginna@live.com

² Maria Aparecida dos santos , Graduada em Letras – graduada do curso de Licenciatura em Letra – FACES )E-
mail:marycyda@live.com

³Cristiano Cardoso Oliveira, graduado em Letras Vernáculas-(Universidade Estadual da Bahia), Especialista em estudo
literário(Email:chistian.unebcampus4letras@hotmial.com/chistian.unebcampus4letras@yahoo.com.br
Nessas circunstâncias, busca-se também descrever e analisar a
sociedade e a realidade, onde todo o momento surge desafios que exigem uma
visão mais crítica e ampliada sobre os recursos que estão à nossa volta.
Portanto, o objetivo do referido é incluir os alunos na sociedade na formação de
indivíduos, capazes de compreender sua evolução, seu objeto de estudo, seu
papel na atualidade, sendo sujeitos participantes.

Nesse contexto, faz necessário que a escola contribua no processo


de aquisição do conhecimento voltado para a valorização do saber dentro
desta expectativa. De contrapartida o educador necessita ser dinâmico na
elaboração de conhecimentos, procurando desenvolver situação de ensino-
aprendizagem vivida pelos alunos, sem esquecer-se da sua dimensão técnica
voltada ao planejamento de ensino no campo da Leitura. Caberá ao professor
explorar questões da vida cotidiana dos seus alunos, pois lhe servirão de base
para motivação de suas aulas na explanação dos conteúdos propostos.

Dessa forma, precisamos envolver a interdisciplinaridade e a


contextualização do conhecimento, que mantêm uma relação fundamental
entre o sujeito que aprende e que compromete a ser aprendido, evocando fatos
da vida pessoal, social e cultural, principalmente o trabalho e a cidadania.

Durante as aulas sempre demos privilégio aos alunos, procuramos


trabalhar de forma dinâmica e criativa para que atraísse nossos alunos a
participar das aulas com prazer e empolgação. O objetivo maior ao perceber a
leitura de uma determinada obra consiste em aprender, entender e reler o que
está lendo (MAGNO 1979 pág. 09). Por conseguinte, inquestionavelmente, a
leitura é uma prática que requer aprendizagem para tal, e, sem sombra de
dúvida uma atividade ainda pouco desenvolvida. Neste particular, SALOMOM,
2004, enfatiza que a leitura não é simplesmente o ato de ler. É uma questão de
hábito ou aprendizagens. Além do incentivo e o espaço permanente de
aprender é preciso criar o prazer para este ofício.

No entanto, observa-se que os métodos utilizados no processo


ensino-aprendizagem ainda são tradicionalistas, fundamentados, sobretudo, no
livro didático que geralmente traz uma concepção de leitura restrita à
decifração do código. Assim sendo, temos as seguintes questões a pesquisar:
será que os professores de língua materna estão sabendo criar as condições
adequadas para a efetivação de prática de leitura? Estão dando ênfase na
diversidade de gêneros textuais? Quais os gêneros textuais privilegiados pela
escola ou pelos professores em sala de aula? Trabalham a leitura de acordo
com qual abordagem? As estratégias utilizadas têm aguçado a visão crítica do
educando perante a sociedade?

A leitura e a escrita são processos muito complexos e as


dificuldades podem ocorrer de maneiras diversas. Além disso, temos a
aquisição da leitura e escrita como fator fundamental e favorecedor dos
conhecimentos futuros; é uma ferramenta essencial, onde serão alicerçadas as
demais aquisições. É o apoio para as relações interpessoais, para a
comunicação e leitura de seu mundo interno e externo. Uma criança que não
tenha solidificado realmente sua alfabetização poderá tornar-se frustrada diante
da educação formal, terá deficitário todo seu processo evolutivo de
aprendizagem, apresentará baixo rendimento escolar e pouco a pouco sua
autoestima estará minada, podendo manifestar ações reativas de
comportamento antissocial, bem como levá-la ao desinteresse e, muitas vezes,
até à evasão escolar. O problema pode ainda decorrer em outros aspectos
secundários que acabarão se tornando tão ou mais graves daqueles originais
que produziram a ineficiência da alfabetização.

Um indivíduo é realmente alfabetizado não apenas quando


mecanicamente decodifica sons e letras, ou seja, quando puder transpor os
sons para as letras (ao escrever) e das letras para os sons (ao ler), mas de
forma efetiva, ou seja, quando estiver automatizado o processo, sem precisar
recorrer a todo instante aos passos necessários a esta atividade. E, sobretudo
quando puder utilizar-se desta habilidade para obter outros conhecimentos,
para assimilar e montar esquemas internos que o permitam transformar os
elementos brutos da realidade e que possa operacionalizar o processo
contínuo de sua própria alfabetização (já que ela não é um fim em si mesmo) e
da aprendizagem.
Neste artigo, estudamos a importância de estabelecer uma
diferenciação entre o quais são a dificuldade de aprendizagem e o que é um
quadro de Transtorno de Aprendizagem, principalmente no campo da leitura,
os objetivos que devem ser estabelecido para que se tenha uma boa leitura. E
conceitos sobre leitura, a questão de letramento como sendo uma prática
social. Será abordado sobre a questão de níveis de letramento de um leitor
pois, muitas crianças em fase escolar apresentam certas dificuldades em
realizar uma tarefa, que podem surgir por diversos motivos, como problemas
na proposta pedagógica, capacitação do professor, problemas familiares, entre
outros.

2.0 TIPOS DE PROCESSOS DE APRENDIZAGEM

Dentre os transtornos existentes serão apresentados os transtornos


de leitura e escrita. O transtorno de leitura, também conhecido como dislexia, é
caracterizado por uma dificuldade específica em compreender palavras
escritas. Dessa forma, pode-se afirmar que se trata de um transtorno específico
das habilidades de leitura, que sob nenhuma hipótese está relacionado à idade
mental, problemas de acuidade visual ou baixo nível de escolaridade.

Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio


específico de origem constitucional caracterizado por uma dificuldade na
decodificação de palavras simples que, como regra, mostra uma insuficiência
no processamento fonológico. Essas dificuldades não são esperadas com
relação à idade e a outras dificuldades acadêmicas cognitivas; não é um
resultado de distúrbios de desenvolvimento geral nem sensorial. A dislexia se
manifesta por várias dificuldades em diferentes formas de linguagem
frequentemente incluindo, além das dificuldades com leitura, uma dificuldade
de escrita e de soletração. (G Reid Lyon1995).

No transtorno de leitura podem ser caracterizadas distorções,


substituições e omissões de palavras na leitura oral. Tanto a leitura em voz
alta, quanto à silenciosa caracterizam-se por lentidão e erros de compreensão.
O transtorno de escrita, também conhecido como disortográfica, consiste em
habilidades de escrita acentuadamente abaixo do nível esperado. Geralmente,
existe uma combinação de dificuldades na capacidade do indivíduo de compor
textos escritos evidenciados por erros de gramática e pontuação dentro das
frases, má organização dos parágrafos, múltiplos erros de ortografia e caligrafia
ruim.

2.2 DIFERENÇAS ENTRE TRANSTORNO E DIFICULDADE DE


APRENDIZAGEM

Os transtornos de aprendizagem compreendem a falta de habilidade


específica como leitura, escrita ou matemática em indivíduos que apresentam
resultados abaixo do esperado para o nível de desenvolvimento no qual eles se
encontram.Os transtornos de aprendizagem podem originar-se de distúrbios na
interligação de informações em várias regiões do cérebro, nos quais, podem ter
surgido durante a gestação. Dentre os transtornos de aprendizagem, o mais
agravante é o transtorno de leitura e escrita, o qual será abordado neste
estudo.

O desenvolvimento cerebral do feto é um fator importante que


contribui para o processo de aquisição, conexão e atribuição de significado às
informações, ou seja, da aprendizagem. Dessa forma, qualquer fator que possa
alterar o desenvolvimento cerebral do feto facilita o surgimento de um quadro
de Transtorno de Aprendizagem, que possivelmente só será identificado
quando a criança necessitar expressar suas habilidades intelectuais na fase
escolar.

Existem fatores sociais que também são determinantes na


manutenção dos problemas de aprendizagem, e, entre eles, o ambiente escolar
e contexto familiar são os principais componentes desses fatores. Quanto ao
ambiente escolar, é necessário verificar a motivação e a capacitação da equipe
de educadores, a qualidade da relação professor – aluno - família, a proposta
pedagógica e o grau de exigência da escola, que, muitas vezes, está
preocupada com a competitividade e põe de lado a criatividade de seus alunos.
Em relação ao ambiente familiar, há casos em que a família apresenta um nível
de exigência muito alto, com a visão voltada somente para os resultados
obtidos, podendo desenvolver na criança um grau de ansiedade que não
permite um processo de aprendizagem devidamente adequado, assim
facilitando que outras dificuldades ocorram.

Scoz menciona inúmeros fatores que contribuem para as


dificuldades de aprendizagem:

[...] “Os problemas de aprendizagem não são restringíveis nem a


causas físicas ou psicológicas, nem a análises das conjunturas
sociais. É preciso compreendê-los a partir de um enfoque
multidimensional, que amalgame fatores orgânicos, cognitivos,
afetivos, sociais e pedagógicos, percebidos dentro das articulações”
(SCOZ 1994).

Muitas crianças em fase escolar apresentam certas dificuldades em


realizar uma tarefa, que podem surgir por diversos motivos, como problemas
na proposta pedagógica, capacitação do professor, problemas familiares, entre
outros. A presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica
necessariamente em um transtorno, que se traduz por um conjunto de sinais
sintomatológicos que provocam uma série de perturbações no processo de
aprendizagem da criança, interferindo no processo de aquisição e manutenção
de informações.

A disortográfica consiste numa escrita, não necessariamente


disgráfica, mas com numerosos erros, que se manifesta logo que se tenham
adquirido os mecanismos da leitura e da escrita. Um sujeito é disortográfico
quando comete um grande número de erros.Dentre os diversos motivos que
podem condicionar uma escrita desse tipo, destacamos:

- Alterações na linguagem: atraso na aquisição ou no desenvolvimento e


utilização da linguagem, junto a um escasso nível verbal, com pobreza de
vocabulário (código restrito), podem facilitar os erros de escrita.

Dentro desta área estão os erros originados por uma alteração específica da
linguagem, como são os casos das dislálias e/ou disartrias, prejudicando o
desenvolvimento.
- Erros na percepção, tanto visual como auditiva: fundamentalmente estão
baseados numa dificuldade para memorizar os esquemas gráficos ou para
discriminar qualitativamente os fonemas.

- Falhas de atenção: se esta é instável ou frágil, não permite que a criança,


em sua fase inicial, promova uma fixação dos grafemas ou dos fonemas
corretamente.

Uma aprendizagem incorreta da leitura e da escrita, especialmente


na fase de iniciação, pode originar lacunas de base com a consequente
insegurança para escrever. Igualmente numa etapa posterior, a aprendizagem
deficiente de normas gramaticais pode levar à realização de erros ortográficos
que não se produziriam se não existissem lacunas no conhecimento gramatical
da língua na fase inicial do aprendizado.

Para Vygotsky, é o próprio meio que influencia na aprendizagem da


criança, ou seja, a criança constrói o seu conhecimento a partir do momento
em que interage com outras crianças. Essa socialização gradativa garantirá
novos horizontes no seu aprendizado. Já Piaget destaca que a aprendizagem
se processa em períodos e que a criança aprende de acordo com a faixa
etária. Outra teoria considerável é a da Emília Ferreiro, acreditando que a
criança que convive num ambiente onde os pais são cidadãos que possuem
maior grau de informação, possuem maiores condições de serem alfabetizados
com mais frequência, devido ao acesso a leitura e a escrita.

Assim, o processo de alfabetização deve proporcionar situações nas


quais os alunos participam de práticas sociais de leitura e da escrita. Os termos
dificuldades e transtornos de aprendizagem têm gerado muitas controvérsias
entre os profissionais, tanto da área da educação quanto da saúde. Isto
porque, há uma sintomatologia muito ampla, com diversidade de fatores
etiológicos, quando se considera o aprendizado da leitura, escrita e matemática
(Moojen apud Bassols, 2003).

Entretanto, se faz necessária uma adequação nestas terminologias a


fim de possibilitar uma homogeneização quando estes casos são discutidos
pelos profissionais das áreas afins. Uma das principais preocupações dos
professores, diretores, coordenadores etc., é saber que a escola ainda não
consegue responder, eficazmente, ao desafio de trabalhar com as
necessidades educacionais das crianças especiais, especialmente as
relacionadas com os transtornos de aprendizagem de linguagem e escrita,
como: dislexia, disgrafia, discalculia, disortorgrafia. No entanto, são transtornos
que preocupam os pais porque sabem que o sucesso escolar de seus filhos
depende totalmente da aprendizagem eficiente da leitura e todos esperam
ansiosos uma solução para tais problemas enfrentados nas instituições
escolares. Conforme está sendo exposto, transtorno de aprendizagem é uma
disfunção bem distinta do que é dificuldade. Dentro da proposta de letramento
podemos distinguir a diferença entre ambos.

2.3 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Entende-se que cada aluno apresenta sua dificuldade, alguns tem


bloqueios para escrever, expressar suas emoções, falar. Nesse contexto, o
professor precisa estar atento a essas dificuldades, a fim de criar mecanismo
para seu enfrentamento, reconhecendo que na fase inicial, a criança absorve o
que lhe é repassado e incorpora valores que no decorrer da vida escolar, se
contemporizam com outros, podendo gerar conflito ou dificuldades.

Com base nessas situações problema, nos perguntamos:

 Quais os principais aspectos que interferem no processo de


aprendizagem da leitura e na escrita nos alunos nas séries iniciais do
ensino fundamental?
 Quais as dificuldades vivenciadas pelos alunos no processo de
aprendizagem da leitura e escrita?
 Que alternativas metodológicas podem ser indicadas para o
enfrentamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita
nas séries iniciais?

Qualquer cidadão precisa acompanhar as transformações de nosso


tempo. E um caminho seguro para isso é a leitura. A sociedade contemporânea
precisa de indivíduos que possam continuar o processo de aprendizagem de
forma independente. Para isso é preciso ler. Não apenas para aprender
algumas habilidades, mas ler sempre com interesse. O meio social, a vida
cotidiana é rica de diferentes formas de leitura.

E, durante o período de observação dessas escolas, pudemos


perceber o estado de emergência que se encontram os alunos das escolas,
pois poucos conseguem ler de forma crítica e interpretar de maneira concisa o
que está escrito num texto. Dessa forma, precisamos envolver a
interdisciplinaridade e a contextualização do conhecimento, que mantêm uma
relação fundamental entre o sujeito que aprende e que compromete a ser
aprendido, evocando fatos da vida pessoal, social e cultural, principalmente o
trabalho e a cidadania.

No entanto, observa-se que os métodos utilizados no processo


ensino-aprendizagem ainda são tradicionalistas, fundamentados, sobretudo, no
livro didático que geralmente traz uma concepção de leitura restrita à
decifração do código. Portanto, contrárias a esta perspectiva, muitas escolas
tem pensado adotar a concepção sócio-integracionista, defendendo o princípio
de que a leitura ativa é indispensável ao avanço do educando e que a escola
precisa desenvolver uma aprendizagem condizente às necessidades sociais da
criança, primando pelo trabalho com a diversidade de gêneros textuais para
aguçar o gosto pela leitura do educando.

O segundo aspecto diz respeito às potencialidades da reflexão como


ponto de partida para que o professor reconstrua seus questionamentos, suas
intervenções pedagógicas, seus conhecimentos profissionais, constituindo-se
um investigador/a, um sujeito que produz saberes originais e peculiares ao seu
ofício. Ressaltamos, pois, a importância das interações entre os pares no
desenvolvimento da autonomia docente e no estabelecimento do professor
como um sujeito do conhecimento. Resumindo, pontuamos que:

“O professor não pode agir isoladamente em sua escola. É neste local,


o seu local de trabalho, que ele, com os outros, com os colegas,
constroem a profissional idade docente. Mas se a vida dos (as)
professores (as) tem o seu contexto próprio, a escola, esta tem que ser
organizada de modo a criar condições de refletividade individuais e
coletivas. Vou ainda mais longe. A escola tem de se pensar a si
própria, na sua missão e no modo como se organiza para cumpri-la.
Tem também ela, de ser reflexiva” (Alarcão, 2003, p. 44).

E, o terceiro aspecto, revela que é necessário e imprescindível


constituir, como prática habitual na escola, a reflexão crítica e contínua na e
sobre a prática. Neste ponto, reforçamos, mais uma vez, que a prática reflexiva
pode representar possibilidade para uma ação docente contextualizada se
levar em conta que no processo reflexivo, por um lado, é preciso considerar a
atividade de ensino como determinada por fatores de natureza social, política e
econômica. Estamos cientes, entretanto, em relação aos riscos de se reduzir a
prática reflexiva aos problemas e desafios internos da aula. Postulamos que
haja questionamentos quanto ao tipo de reflexão realizada pelos/as
professores/as, na perspectiva de se extrapolar questões e problemas
imediatos da sala de aula, considerando o ato de ensinar em suas relações
com o contexto social.

3.0 CONCEITOS DE LEITURA

3.1 LEITURA
O processo da leitura pode ser definido de várias maneiras,
dependendo não só do enfoque dado (linguístico, psicológico, social,
fenomenológico, etc.), mas também do grau de generalidade com que se
pretenda definir o termo. Quatro definições serão apresentadas e discutidas
aqui: uma geral, duas específicas e uma conciliatória.

A definição geral tem a finalidade de oferecer a essência do ato de


ler, servindo de base comum para qualquer definição mais específica. As duas
definições específicas atêm-se, cada uma, a um determinado polo da leitura,
desconsiderando o outro. Finalmente, a definição conciliatória tenta captar
justamente os elementos que unem os dois pólos, oferecendo uma definição
que seja, ao mesmo tempo, suficientemente ampla para que se incluam os
elementos essenciais da leitura e suficientemente restrita para que não se
incluam aspectos que pertencem a outras áreas de conhecimento.

3.2 LETRAR

É mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um


contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do
aluno. Magda Becker Soares, professora titular da Faculdade de Educação da
UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e doutora em educação, explica
que ao olharmos historicamente para as últimas décadas, poderemos observar
que o termo alfabetização, sempre entendido de uma forma restrita como
aprendizagem do sistema da escrita, foi ampliado. Já não basta aprender a ler
e escrever, é necessário mais que isso para ir além da alfabetização funcional
(denominação dada às pessoas que foram alfabetizadas, mas não sabem fazer
uso da leitura e da escrita).

Segundo COLL (1990), a leitura é o processo no qual o leitor realiza


um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto a partir de seus
objetivos, conhecimento sobre o assunto, quem é o autor do texto e todo seu
conhecimento de linguagem. O modelo para o ensino através de leitura
silenciosa proposto por Collins e Smith (1980):

“afirma que como em qualquer conteúdo acadêmico, o domínio das


estratégias de compreensão leitora requer progressivamente menor
controle por parte do professor e maior controle do aluno”.

A partir daquilo que se entende como processo de leitura mediante o


ensino deve-se observar se os alunos se transformaram em leitores ativos e
autônomos para que aprendam de forma significativa as estratégias
responsáveis por uma leitura eficaz e capaz de utilizá-las independente em
diversos contextos comunicativos. Assim, torna-se claro a diversificação dos
tipos escritos quando se aprende a ler e a escrever, são utilizados como meios
de aprendizagens e fazem com que os alunos alcancem os objetivos propostos
pelo professor. É fundamental que todos os educadores, estejam atentos a
ideia de que conhecer a natureza do processo de leitura, assim como o
processo pelo qual os sentidos de um texto são construídos se faz
indispensável para uma aprendizagem efetiva dos seus educados. A leitura
não é só um processo de decodificação de símbolos linguísticos, mas também
de fato, interpretar e compreender o que se lê e é também um processo
interativo. Há tempos pensou-se que leitura fosse uma decodificação de
símbolos. Para que se consiga uma leitura sólida e prazerosa, é importante que
a criança compreenda a função da leitura e, especialmente, o porquê de ela
querer aprender. Segundo Kleiman (2002):

“muitos fatores envolvidos na dificuldade que um principiante


encontra para chegar a ler é que os textos são muitas vezes difíceis
para eles”.

O que torna a leitura muitas vezes difícil é a falta de compreensão


do léxico, o texto que pode não ter sido bem elaborado ou até mesmo a falta de
conhecimento prévio do assunto o qual está lendo. Como já foi dito
anteriormente, letramento está relacionado com as práticas sociais e de
conhecimento sobre leitura e escrita. Quando alguém sabe ler, mas, não
compreende sequer textos curtos subentende-se que essa pessoa tem um
nível baixo de letramento e pode ser apenas alfabetizada, na medida em que
ele aprende a lidar com diferentes materiais de leitura e de escrita mais letrado
ele se torna.
Se o leitor é capaz de ler, por exemplo: bula de remédio, rótulo de
embalagens, ler tirinhas, produzir bilhetes então ele tem um nível de letramento
suficiente para seu dia-a-dia. Os caixas eletrônicos possuem uma linguagem
chamada de letramento digital e requer a compreensão, caso contrário a
pessoa não conseguirá utilizá-lo.

3.3 CONCEPÇÕES DE LEITURA

De acordo com os estudos de FISHER (2006), ele pode perceber


que Sócrates acreditava que os livros, os objetos em si, não o seu conteúdo –
eram na verdade, uma barreira à aprendizagem. Para ele havia apenas uma
interpretação “apropriada” de um texto, no qual essa interpretação só poderia
ser feita por pessoas treinadas no âmbito intelectual. Ele exigia do texto um
caráter unidimensional da oralidade, que nas gerações seguintes viria a ser
transformado em multidimensional pelo leitor interativo. Ao invés de reconhecer
essa evolução na leitura Sócrates repudiou a escrita como um todo.
Essa atitude não era uma acusação da leitura, nem uma defesa da sociedade
oral. Ela foi uma crítica à inadequação da escrita grega da época.
Sócrates estava certo, as práticas primitivas da escrita de sua época davam
margem a ambiguidade o que prejudicava a comunicação. Ele queria que a
clareza autoral da oralidade fosse mantida. Platão discípulo e biógrafo de
Sócrates acreditavam na teoria de seu mestre, assim rejeitando a escrita
apenas para lutar por sua causa que era o uso “adequado” da escrita. Suas
diversas obras comprovam um meio para modelar o próprio pensamento.

4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finaliza-se, portanto, que a leitura está pautada com seus vários


procedimentos e táticas assim como, a relação com os sentidos emocional,
sensorial, racional e também com o processo sensorial e mental. A leitura
abrange o leitor numa relação de comunicação de conhecimentos e formulação
de questionamentos. A leitura se faz presente no cotidiano de cada leitor
podendo ela ser por mero prazer ou até mesmo para adquirir conhecimentos
diversos. Ninguém pode ensinar verdadeiramente se não ensina alguma coisa
que seja verdadeira ou válida os seus próprios olhos.

Esta noção de valor intrínseco da coisa ensinada, tão difícil de definir


e de justificar quanto de refutar ou rejeitar, está no próprio centro daquilo que
constitui a especificidade da intenção docente como projeto de comunicação
formadora. E a função central da educação de teor reconstrutivo político é
desfazer a condição de massa de manobra, como bem queria Paulo Freire.

Diante de tantos problemas encontrados na sala de aula, é preciso


mudar a metodologia, criar situações de aprendizagem, além de propiciar
condições para que os alunos saibam atuar na sociedade através da
linguagem, uma das maneiras de atuar é através da leitura de mundo. Daí mais
um desafio ao educador, promover situações envolvendo a leitura com
atividades motivadoras, no sentido de cativar o aluno para o ato de escrever,
levando-o a libertação.

5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

________ Leitura: ensino e pesquisa. 2 ed. Campinas: Pontes, 2004.


MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
Aires: PAIDOS,1966.
BACHA, Magdala Lisboa. Leitura na primeira série. 2. Ed. Rio de Janeiro: Ao
livro técnico, 1975.
BARTHES, Roland. Elementos de semiologia / Tradução de IzídioBlikstein.
16. Ed. SãoPaulo:Cultrix, 2006.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5 ed.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.
clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
COELHO, M. T. e ASSUNÇÃO, J. E. Problemas de Aprendizagem. São Paulo:
Ática, 1997.
COOB (In Coelho, 1996 p. 435) Desenvolvimento de Aprendizagem. Buenos
CRESWELL, John W. Projeto de Pesquisa: métodos qualitativos,
quantitativo e misto / Tradução Luciano de Oliveira da Rocha. 2 ed. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
FERNANDEZ, A. A inteligência aprisionada: Abordagem psicopedagógica
FERRERO, e TEBEROSKY, A psicogênese da linguagem escrita. Porto
Alegre: Arte Medica 1985.
FERRERO, E. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1986. Fonte
de SP,1982 p.19-21.
FISHER, Steven R. História da Leitura. Tradução: Cláudia Freire. São Paulo:
Editora UNESP, 2006.
FONSECA, V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1995.
GANÉ, R.M. Como se realiza a aprendizagem. Rio de Janeiro: livros técnicos
e científicos, 1ª Ed.1975.
GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnica de redação: O que é preciso
para bem escrever. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
GARCIA, J.N. Manual das dificuldades de aprendizagem – Linguagem,
leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
GUERRA, L.B. A criança com dificuldades de aprendizagem. Rio de
Janeiro: Enelivros, 2002.
IBGE, Senso demográfico mapa do analfabetismo no Brasil. Brasília:
JOSÉ, E. A. e COELHO, M. T. Problemas de aprendizagem. São Paulo:
Editora Ática, 2002.
JOUVE, Vincent. A Leitura. Tradução: Brigitte Hervor. São Paulo: Editora
UNESP, 2002.
KLEIMAN, Angela. Texto e Leitor: Aspectos Cognitivos da Leitura. 8 ed.
Campinas: Pontes, 2002.
MEC/INEP, 2003.
MORAES, A.M.P. Distúrbios de Aprendizagem: Uma abordagem
psicopedagógica. São Paulo: EDUCON, 1997.

S-ar putea să vă placă și