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Edgard Armond

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Edgard Pereira Armond (Guaratinguetá, 14 de junho de 1894 — São Edgard Armond
Paulo, 29 de novembro de 1982)[1] foi um militar, maçom, professor e
Nome Edgard Pereira Armond
espírita brasileiro. completo
Nascimento 14 de junho de 1894
Responsável pela implantação da Federação Espírita do Estado de São
Guaratinguetá, São
Paulo (FEESP) onde colaborou por mais de três décadas, sistematizou o Paulo
estudo da Doutrina em termos evangélicos e estabeleceu cursos para
Morte 29 de novembro de
auxiliar o desenvolvimento de médiuns. Em 1973, a Aliança Espírita 1982 (88 anos)
Evangélica nasceu sob sua inspiração. Foi, também, pioneiro do São Paulo, São
movimento de unificação, tendo lançado a ideia de criação da União das
Paulo
Sociedades Espíritas (USE). Foi também o idealizador para o projeto do Nacionalidade brasileiro
traçado primitivo do trecho de Serra da Rodovia dos Tamoios.[2] Ocupação Professor, militar,
médium
Principais Fundação da Federação
trabalhos Espírita do Estado de
Índice São Paulo

Biografia
Magnum opus Os Exilados da Capela
(1949)
Antecedentes familiares e juventude
A carreira militar Carreira musical
A abertura da estrada de Paraibuna a São Sebastião Editora(s) FEB
Da vivência espiritualista à militância espírita
Obra
Bibliografia
Ver também
Referências

Biografia

Antecedentes familiares e juventude


Filho de Henrique Ferreira Armond e de Leonor Pereira de Souza Armond, ambos de Minas Gerais, os antepassados da família
remontam a fidalgos franceses huguenotes, expatriados durante as perseguições religiosas motivadas por Catarina de Médicis a
partir da Noite de São Bartolomeu (Paris, 24 de agosto de 1572).[3] Nesse período, os Armond refugiaram-se em Amsterdã, nos
Países Baixos, dedicando se ao comércio, transferindo-se depois para a ilha da Madeira e dali para o Brasil, em meados do século
XVIII, fixando-se em uma sesmaria recebida da Coroa Portuguesa, entre Juiz de Fora e Barbacena, onde estabeleceram a
primitiva Fazenda dos Moinhos.

Em Guaratinguetá fez os cursos primário e secundário, transferindo-se para São Paulo em 1912 e, no mesmo ano, para o Rio de
Janeiro, ingressando no comércio e, ao mesmo tempo, prosseguindo os seus estudos.
A carreira militar
Em 1914, ao eclodir a Primeira Guerra Mundial, retornou para São Paulo, alistando-se na Força Pública do Estado de São Paulo,
como Praça de Pré. Segundo registro no Almanaque da Biblioteca da Polícia Militar do Estado de São Paulo, antiga Força
Pública, Armond alistou-se no dia 10 de maio de 1915. Em 1916, ingressou na Escola de Oficiais, como 1° Sargento, saindo
aspirante em 1918, casando-se no ano seguinte com Nancy de Menezes, filha do Marechal de Exército Manoel Félix de Menezes.

Comandou destacamentos em Santos, São João da Boa Vista e Amparo, vindo a fixar-se na Capital. Como 2° Tenente, organizou
e foi nomeado diretor da Biblioteca da Força Pública, sendo, no mesmo período, nomeado professor de História, Geografia e
Geometria na Escola de Oficiais da antiga Força Pública.

Participou de vários movimentos militares, atuando nos movimentos tenentistas de 1922 e de 1924 onde integrou a tropa de
ocupação nas fronteiras com a Argentina e o Paraguai até 1925.

Na Revolução de 1930, como Capitão, serviu no Estado Maior, voltando a exercer o magistério militar na Escola de Oficiais e no
Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, lecionando Administração e Legislação Militar.

A abertura da estrada de Paraibuna a São Sebastião


No início de 1931, após ter realizado estudos, apresentou um projeto para a abertura de uma estrada de rodagem entre Paraibuna e
São Sebastião, ligando o Planalto Central e o Sul de Minas Gerais ao litoral Norte paulista, então escassamente povoado. Como
não se tratava de tarefa de atribuição da Corporação, o projeto conheceu grandes embaraços até à sua aprovação final, quando lhe
coube a direção do empreendimento. Entretanto, sem que houvesse recursos disponíveis, utilizou praças da própria Força, prestes
a serem desincorporados. Os trabalhos iniciaram-se em abril desse mesmo ano, no alto da serra de Caraguatatuba, com 15
soldados, tendo se estendido até à eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932.

Durante esse conflito, Armond assumiu o comando da defesa do litoral entre a divisa com o Estado do Rio de Janeiro até Santos,
com a missão adicional de monitorar os movimentos da Armada, que mantinha diversos navios de guerra nas águas da ilha de
São Sebastião. Organizou e comandou tropas inicialmente em Paraibuna e Caraguatatuba e, logo depois, no Sul do Estado, nas
cidades de Itaí, Taquari e Avaré. Com o fim do conflito, foi nomeado Chefe de Polícia do Estado de São Paulo, vindo a compor a
Casa Militar do Governador Militar do Estado, General Waldomiro Lima. Sessenta dias após nomeado, pediu demissão dessa
função, para prosseguir os trabalhos de construção da rodovia que iniciara. Foi assim nomeado comandante de um Batalhão de
Sapadores criado especialmente para esse fim. Esta nova etapa de trabalho estendeu-se até agosto de 1934, quando foi
interrompida por ordem superior, entregando a rodovia em estado adiantado ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER),
com trânsito a veículos carroçáveis no trecho entre Paraibuna e Caraguatatuba.

De volta à cidade de São Paulo, assumiu o subcomando da Escola de Oficiais (1934). Organizou em seguida a Inspetoria
Administrativa da Força e, por conveniência da organização, fez o concurso para o quadro de Administração da Força Pública,
vindo a ser classificado como Tenente Coronel, na chefia do Serviço de Intendência e Transporte, cargo que exerceu até 1938,
quando sofreu um acidente grave. Permaneceu nessa chefia até 1939, quando foi transferido para o Quartel General. Tendo
solicitado a sua reforma, foi julgado inválido para o serviço militar, dando baixa no início de 1940. Nesta fase redigiu o "Tratado
de Topografia Ligeira (2 v.)" e "Guerra Cisplatina" (Discursos).

Da vivência espiritualista à militância espírita


Edgard Armond conhecia bem o espiritualismo em geral. Desde 1910, em sua cidade natal, iniciara estudos sobre religiões e
filosofias, demorando-se nos conhecimentos orientais.

Em 1921, enquanto comandante na cidade de Amparo, aceitou um convite para ingressar na Maçonaria, que deixou de freqüentá-
la alguns anos mais tarde, no grau de Mestre.
De regresso à cidade de São Paulo, manteve contato com líderes esoteristas, ocultistas e espiritualistas, entre os quais
Krishnamurti, Krum Heler, Jinarajadasa, Raul Silva (sobrinho de Batuíra) e o famoso médium de efeitos físicos, Carmine
Mirabelli.

Em 1932, trabalhou ao lado do famoso médium Dr. Luiz Parigot de Souza, do Paraná.

Em 1936, a convite de Silvino Canuto de Abreu, integrou o grupo de estudos e práticas espiritistas que funcionou na residência
deste. Entre os seus participantes, encontravam-se o Dr. Carlos Gomes de Souza Shalders e Antônio Carlos Cardoso, ambos
diretores da Escola Politécnica, tendo o grupo trabalhado com o Sr. Ramalho, médium de incorporação e uma única vez com
Linda Gazzera, conhecida médium de efeitos físicos que atuara na Europa, com Charles Richet e outros investigadores. O grupo
também promovia visitas a outros grupos particulares que se dedicavam à prática de trabalhos mediúnicos de efeitos físicos, nos
arredores da capital, todos incentivados pelos resultados obtidos pela família Prado em Belém do Pará.

A conversão de Armond ao Espiritismo deu-se após sofrer um grave incidente automobilístico, em 28 de junho de 1938, onde
quebrou ambos os joelhos. Após diversas cirurgias, ficou quase sem poder andar durante seis meses, passando, em seguida, a usar
muletas, com grande redução de movimentos. Solicitou então a baixa do serviço militar, que lhe foi negada por não ter o tempo
legal de serviço ativo e por ainda caberem outros tratamentos. Como insistisse, obteve um ano de afastamento e, em seguida, a
reforma solicitada (1940).

Nessa fase de convalescença, já estava desenvolvendo trabalhos de cooperação espírita, auxiliando amigos a preparar palestras e
conferências. Já lera, a essa altura, grande parte da literatura espírita então disponível e, num domingo à tarde, em 1939, passando
pela rua do Carmo, notou uma aglomeração à porta da Associação das Classes Laboriosas. Curioso, foi informado que ali estava
se realizando uma comemoração de Allan Kardec. Entrou e presenciou parte do evento, ali reconhecendo alguns líderes espíritas
amigos, como, por exemplo, João Batista Pereira, Lameira de Andrade, Américo Montagnini, estando também presente o
médium Chico Xavier, que apenas iniciava sua tarefa mediúnica. Nessa reunião recebeu um livreto intitulado "Palavras do
Infinito", pelo espírito de Humberto de Campos (depois Irmão X), contendo mensagens avulsas de entidades desencarnadas,
distribuído pela recém-formada Federação Espírita do Estado de São Paulo. Esse opúsculo aumentou fortemente seu interesse
pela Doutrina.

Nesse mesmo ano, passando pela Rua Maria Paula, para onde a Federação havia se mudado há poucos dias, percebendo à entrada
uma placa com a inscrição "Casa dos Espíritas do Brasil", entrou, sendo recebido por João dos Santos e por este apresentado a
outros ali presentes, com os quais conversou alguns momentos, sendo convidado a colaborar com as atividades, o que aceitou.
Dias depois, recebeu um memorando assinado por Américo Montagnini, presidente recém-eleito, comunicando haver sido eleito
para o cargo de secretário geral da Federação.

Como a Federação apenas se instalara naquele prédio, adaptado para sede própria, nada encontrou organizado ou em
funcionamento regular, estando tudo por fazer, em todos os setores. João Batista Pereira, na eleição então realizada, deixara a
presidência para Américo Montagnini e sob a denominação de Casa dos Espíritas do Brasil se fundiram a Sociedade Espírita São
Pedro e São Paulo, até então dirigida pelo Dr. Augusto Militão Pacheco, a Sociedade de Metapsíquica de São Paulo dirigida pelo
Dr. Shalders (desdobramento do grupo de estudos de 1936), e a própria Federação Espírita do Estado de São Paulo.

Em 1944, atendendo a projeto da Secretaria Geral da Casa dos Espíritas do Brasil, Armond fundou, com Pedro de Camargo
"Vinícius" e Marta Cajado de Oliveira, o periódico "O Semeador", para difusão das ideias doutrinárias e o movimento geral da
Casa. Nele, sob diversos pseudônimos, Armond colaborou ininterruptamente até fevereiro de 1972, alcançando um total de
quatrocentos e vinte e cinco artigos. Além do periódico, para incrementar a difusão da Doutrina e prestigiar a Casa, propôs ainda
a criação de um programa intitulado "Hora Espírita", que passou a ser veiculado na Rádio Tupi, semanalmente, aos domingos,
sob a direção de João Rodrigues Montemor.

Em 1947, Armond fundou a União Social Espírita (USE), posteriormente denominada de União das Sociedades Espíritas, com a
finalidade de fortalecer o movimento Espírita do Estado de São Paulo e unificar as suas práticas religiosas.
Em 1950, Armond criou as Escola de Aprendizes do Evangelho, cursos de Espiritismo previstos por Allan Kardec, em "Obras
Póstumas", tarefa já tentada anteriormente pelo Dr. Bezerra de Menezes, no Rio de Janeiro, no início do século.
Complementarmente instituiu também as Escolas de Médiuns, visando a melhoria do intercâmbio com o plano espiritual.

Em 1967, por motivos de doença, Armond solicitou o próprio afastamento da administração da Federação, embora tenha
continuado a colaborar à distância no setor da publicidade, da organização de centros e organizações espíritas, inclusive em países
estrangeiros.

Em 1973, em uma reunião em sua residência, Armond, com alguns companheiros, fundou a Aliança Espírita Evangélica. A partir
de 1980 assessorou a formação do Setor III da Fraternidade dos Discípulos de Jesus, que reúne diversos Grupos Espíritas.

Faleceu no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, tendo sido sepultado no Cemitério de Vila Mariana, na mesma cidade.

Obra
1942 - "Contribuições ao Estudo da Mediunidade"
1943 - "Mediunidade de Prova"
1944 (Maio) - "Desenvolvimento Mediúnico"
1944 (Junho) - "Missão Social dos Médiuns"
1949 - "Os Exilados da Capela"
1950 - "Passes e Radiações"
1956 - "Mediunidade"
1962 - "Na Cortina do Tempo"
1974 - O Redentor

Bibliografia
ARMOND, Ismael. Edgard Armond, meu pai. São Paulo: Editora Aliança, 2001. 208p. ISBN 8570080514
ARMOND, Ismael. Edgard Armond: um Trabalhador da Seara Espírita. São Paulo: Editora Aliança, 2002. 108p.
ISBN 8570080646
Jornal espírita "O Trevo". São Paulo: Editora e Distribuidora Aliança, nºs. 106 (Dezembro de 1982), 305 a 312,
344 e 356.

Ver também
História do espiritismo no Brasil

Referências
1. «Edgard Armond» (http://www.caminhosluz.com.br/detalhe_bio.asp?txt=4573). Caminhos de Luz. Consultado em
18 de abril de 2016
2. «2 – A RODOVIA DOS TAMOIOS E A FORÇA PÚBLICA – Coronel Oscar Pinheiro» (http://www.coroneloscarpin
heiro.com.br/a-rodovia-dos-tamoios-e-a-forca-publica/). www.coroneloscarpinheiro.com.br. Consultado em 29 de
novembro de 2018
3. «São Bartolomeu : O Massacre em nome de Deus» (http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/sao_bartolo
meu__o_massacre_em_nome_de_deus.html). História Viva. Consultado em 18 de abril de 2016

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