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Social
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
INTRODUÇÃO
Para clarificar essa afirmação, Araújo (2008, p. 2) ressalta que quanto à história
da Psicologia Social e seus principais representantes, a mesma [...] aparece em
1908, com a publicação de “Social Psychology”, de Edward Ross e “An
Introduction to Social Psychology” de William McDougall. Ross, de orientação
sociológica, fazia referência a conceitos como mente coletiva, costumes
sociais, opiniões sociais e conflitos. McDougall referia que as características
sociais e o comportamento se baseavam na natureza biológica, idéia em que
a psicologia social se apoiou em seu desenvolvimento.
Uma importante etapa para a Psicologia Social no Brasil foi inaugurada com a
regulamentação da profissão de psicólogo no ano de 1962, pela Lei nº4. 119,
de 27 de agosto do referido ano (PARIGUIM, 1972). Desse modo, ocorreu a
implantação de cursos de graduação para a formação de profissionais, de
maneira mais notória, a partir do ano de 1964. De acordo com Araújo (2008),
houve o desenvolvimento da produção psicossocial nas faculdades de
psicologia, com maior veemência a partir dessa data, em especial naquilo que
tange disciplinas, como “Dinâmica de Grupo e Relações Humanas”, “Seleção e
Orientação Profissional” e “Psicologia da Indústria”, além, é claro, da
obrigatoriedade da “Psicologia Social”.
• intelectual;
• afetivo;
• cognitivo;
• abrange o mundo imaginário e o aspecto das fantasias da criança.
Imaginemos que nossa atuação será para com crianças que estudam na
Educação Infantil, que comungam uma faixa etária de quatro anos de idade,
aproximadamente. Uma excelente tática de trabalho grupal é a contação de
histórias. Essa técnica pode auxiliar na melhoria de aspectos referentes ao
grupo, em especial naquilo que tange a interação entre as crianças, questão
esta que é diretamente ligada a nossa temática central de trabalho: Relações
Humanas.
• O bairro de Marcelo.
• A rua de Marcelo.
• A escola de Marcelo.
• A família de Marcelo.
Por meio desses títulos, posso intervir com a criança a partir da forma pela
qual a mesma se expressa. “Será que somos claros quando falamos com
alguém?”; “Será que dizemos realmente o que gostaríamos de dizer?”.
Questões assim levam a criança a um processo de reflexão acerca de sua
própria comunicação, fazendo-a se conscientizar sobre a importância da sua
atitude em relação às demais crianças.
Para nos auxiliar na discussão dessa questão, Dalalibera (2001) afirma que na
sociedade atual tem-se percebido que, de maneira geral, a vida em família
não traz o sentimento de pertença e de segurança que a criança espera ao
chegar ao seio familiar.
Para Delalibera (2001, p. 170) é plausível considerar evidente [...] que um lugar
onde as crianças precisam passar tanto tempo deveria ser um lugar
prazenteiro, um lugar para experenciar e aprender no sentido mais amplo.
Parece que temos necessidade de forçar o desenvolvimento de aptidões da
leitura, escrita e aritmética, mas prestamos muito pouca atenção ao fato de
que, a menos que passemos a atender as necessidades psicológicas e
emocionais das crianças, estamos ajudando a criar e a manter uma sociedade
que não valoriza as pessoas.
Oaklander (1980) afirma que uma vez que as crianças passam grande parte do
tempo na escola parece lógico que todas as pessoas que trabalham com
crianças fora do ambiente escolar devam dedicar tempo a descobrir como são
as escolas atualmente para as crianças.
Nossas próprias experiências escolares, se não foram esquecidas, podem ter
sido muito diferentes.
Estudos mostram que a criança passa um tempo muito maior hoje na escola
que há dez anos.
Precisa [...] estar consciente da mesma, deve ainda compreender que a raiva é
um sentimento natural e normal; ser ajudada a escolher conscientemente
como expressar a sua raiva, seja falando diretamente ou manifestando-a de
uma outra maneira.
Burow & Scherpp (1985, p. 59) complementam essa ideia de ser humano a ser
valorizado enquanto um ser total dentro da escola, pontuando que [...] o
organismo do ser humano forma uma unidade. Corpo, alma, mente estão
numa situação de influências recíprocas e não são, por conseguinte,
separáveis ou hierarquizáveis. De modo análogo a unidade corpo-alma-mente
é possível se falar da unidade sentir-pensar-agir (ou fazer).
Essa integração pode não ser fácil de ser observada à primeira vista. Mas
defendemos que esse olhar para a totalidade humana necessita ser investido,
tanto nas famílias quanto nas escolas, priorizando sempre a criança em
processo de desenvolvimento e de assimilação da realidade externa a ela.
Auxiliando a identificação da criança para a parte emocional, na identificação
da raiva, do medo, da agressividade, dentre outras, estamos ajudando a
criança a saber, o que sente, em que momento sente, e como agir a partir
dessa sensação.
Baseado no texto The Palace Thief, de Ethan Canin, O Clube do Imperador traz
a história de William Hundert, docente dedicado e apaixonado pelo seu
trabalho. William vê a sua vida pacata e controlada totalmente mudada
quando Sedgewick Bell, um aluno, inicia seus estudos na escola. O que
começa como uma terrível guerra de egos, entre aluno e professor, acaba se
transformando em uma amizade entre ambos, a qual terá reflexos na vida
dessas duas pessoas por longos anos (GAZOLA, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse caminho foi trilhado tendo como foco a discussão central de que o
homem é um ser relacional, que tem a sua formação humana atrelada ao
relacionamento entre os pares, num contexto social e cultural determinados
historicamente.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
Cada faixa etária traz algumas características que lhe são próprias. Em cada
período há uma maneira da criança perceber, compreender e atuar sobre o
mundo. Nós educadores precisamos estar atentos quanto a esse fato, para
que não designemos como um “problema”, algo que é particular da fase pela
qual a criança está passando.
Jean Piaget era de origem suíça, muito inteligente, já aos sete anos
demonstrava curiosidades na área científica, aos dez anos publicou um artigo
sobre um Pardal Branco e aos 11 anos de idade tornou-se assessor do Museu
de História Natural Local de sua cidade, Neuchâtel (SANDRO, 2005).
Nessa fase o ser humano já é capaz de lidar com conceitos como: liberdade e
justiça, pois há o domínio dos processos de abstração e de generalização. Na
idade adulta, não surge nenhuma nova estrutura mental. O indivíduo caminha
para então, segundo Brotherhood & Gallo (2009), um aumento do
desenvolvimento cognitivo, o que possibilita maior compreensão acerca dos
problemas e na forma de ser e estar no mundo enquanto um ser humano que
estuda, trabalha e estabelece relações.
A cada novo período iniciado, significa afirmar que houve uma acomodação
de informações realizadas pelo sistema cognitivo do ser humano para a
adaptação desses conhecimentos no processo de desenvolvimento. Ao nos
pautarmos em Sandro (2005, p. 50) podemos compreender que para Piaget
“[...] a estrutura cognitiva vai construindo-se a aprimorandose paulatinamente
e concomitantemente à construção de novos conhecimentos, através da
busca natural do homem por adaptar-se ao meio ambiente”.
A partir desses conhecimentos deixados pelo estudioso, o sistema
educacional foi se apropriando de suas ideias para organizar as teorias de
aprendizagem e a forma de intervenção para com o aluno no meio escolar.
Sigmund Freud
• Inconsciente.
• Pré-consciente.
• Consciente.
Para Bock, Teixeira e Furtado (1999), essas três instâncias podem ser
rapidamente definidas da seguinte maneira: o Inconsciente: exprime o
“conjunto de conteúdos não presentes no campo visual da consciência”. É
constituído pelos conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas
pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas. Esses conteúdos
podem ter sido conscientes em algum momento, e ter sidos reprimidos, isto é,
“foram para o inconsciente”. O inconsciente é um sistema do aparelho
psíquico regido por leis próprias de funcionamento. É atemporal: não existem
noções de passado e presente.
O Pré-consciente: refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos
acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência naquele
momento, mas no momento seguinte pode estar.
Contudo, para nós da área da educação, a maior contribuição que Freud nos
deixou foi à descoberta da sexualidade infantil. A partir de suas investigações
na prática clínica sobre causas e funcionamentos das neuroses, descobriu que
a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referia-se a conflitos de
ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida.
• Fase oral.
• Fase anal.
• Fase fálica.
• Complexo de Édipo.
Título: Três ensaios sobre teoria da sexualidade. In: Obras psicológicas
completas.
Autor: Sigmund Freud.
Editora: Imago, 1996.
Delimita dessa maneira por acreditar que o processo de desenvolvimento
psicossexual tem uma função sexual ligada à sobrevivência humana. Na Fase
oral, a zona de erotização é a boca, a criança descobre o mundo colocando
objetos que encontra na boca, é como se ela estivesse experimentando o
mundo.
Aymard Sartre (1905 – 1980), mostra o conflito interior no qual viveu Freud
enquanto tentava compreender o obscuro inconsciente de seus pacientes.
Você sabia que muitos dos escritos de Vigotsky ainda não foram traduzidos
nem mesmo para o idioma espanhol?
Algumas vezes foi reconhecido com medalhas por seu empenho nos estudos.
Cursou Direito, História e Filosofia. Segundo Luria (1988, p. 22), era possível
identificar em Vigotsky sua [...] grande competência para realizar análises
psicológicas, fruto das influências que recebeu dos estudiosos soviéticos
interessados no efeito da linguagem sobre os processos de pensamento.
A psicologia foi um dos caminhos mais trilhados por Vigotsky, autor esse que
também se dedicou a estudar a formação docente, assim como compreender
o processo de aprendizagem e de desenvolvimento em crianças cegas,
surdocegas e com retardo mental. Tais estudos foram um estímulo para
ajudar crianças com deficiência a buscar alternativas para que o
SUGESTÕES DE VIDEOS
Você já reparou na alegria dos pais quando a criança começa seu processo de
silabação?
De acordo com cada época e sociedade são criadas novas formas de relação
com a vida material, surgindo, também, novas formas de sobrevivência,
gerando relações sociais responsáveis pela manutenção das relações de
produção. Entendemos, assim, que a linguagem é a forma desenvolvida pelo
homem para organizar e sustentar essas relações.
Você imaginava que a linguagem era a responsável por tantas funções que
diariamente
utilizamos? Não é incrível percebermos a amplitude desse subitem que
estamos estudando?
Faça o teste: tente imaginar algo que não remeta a utilização de palavras.
Difícil não?
Agora, chamo a sua atenção para outro ponto muito importante para a
continuidade das discussões sobre nosso tema central: Relações Humanas.
Você sabia que a Psicologia da Educação está intrinsecamente ligada a essa
área?
O que é PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO?
O que essa temática está fazendo dentro da área que trata sobre as Relações
Humanas na escola?
Esses laboratórios foram criados com o intuito de, por meio de testes e
experimentos laboratoriais, realizados pela Psicologia, buscar-se a
compreensão das dificuldades e crescimentos relacionados, de maneira mais
restrita à infância, mas abrangendo também o período da adolescência.
Por isso as informações trazidas até aqui auxiliam o entendimento de que nós,
educadores, precisamos estar atentos ao nosso ambiente de trabalho e ao
público que o compõe, primordialmente naquilo que tange a formação do
nosso aluno.
Nesse sentido, Guaglia (2009, p. 19) afirma que “[...] cabe ao primeiro mediar e
ajudar os mais jovens a se introduzirem no universo cultural da sua sociedade,
confiando em sua competência para ensinar e naquela das crianças se
apropriarem do conhecimento já elaborado”.
SUGESTÕES DE VIDEOS
Título: Ao mestre com carinho (To Sir, With Love -1966 – EUA) Este é um filme
que choca, nos mostrando a luta de um homem para mudar uma situação
quase sem esperanças em um bairro pobre na Inglaterra dos anos 1960.
Sidney Poitier é um engenheiro desempregado que encontra uma vaga como
professor, ao chegar ao trabalho, descobre que enfrentará alunos
indisciplinados e desordeiros (ARCA DO VELHO, 2010). Ao assistir esse filme,
reflita e discuta sobre a função docente naquilo que tange o processo de
ensino e a orientação dos alunos na rotina de uma escola.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
“Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas
gerações.
Albert Einstein
Convido você, então, a pensar sobre essa historicidade naquilo que diz
respeito à educação, ou melhor, ao processo educacional brasileiro. É
possível?
Você percebe como nosso país demorou a instaurar uma lei de diretrizes na
área educacional?
Parece que, de maneira geral, o lugar da valorização do ser humano foi cedido
para a utilização de máquinas que ensinam a fazer e qualificam para o
mercado de trabalho. Discuta isso com os colegas, qual era afinal o lugar do
ser humano no processo educacional?
Saviani (1994) acrescenta que foi criado, nos meios educacionais, um clima de
pessimismo e desânimo, o que levou os educadores a considerarem os seus
esforços em prol da educação inúteis, pois além de não apresentarem
nenhuma proposta pedagógica, combatiam qualquer projeto elaborado.
Nesse momento, acreditava-se que para mudar a escola, a sociedade
precisaria mudar, pois não a compreendia a escola como uma fonte de
transformação da consciência das pessoas.
Saviani (1994) explica que esta pedagogia de base marxista analisa a escola
inserida em um contexto social determinado, estando em suas mãos a
transformação ou a manutenção social. Assim, a escola é entendida como
produto e produtora da sociedade, cabendo a ela trabalhar pela humanização
dos indivíduos. A escola, nesta perspectiva, tem como função a transmissão-
assimilação dos conhecimentos produzidos pela humanidade.
Educação Infantil.
O JOGO E A BRINCADEIRA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA – O
EXERCÍCIO DA INTERAÇÃO HUMANA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infantil é tratada numa seção específica da LDB 9394/96, seção II,
do Capítulo II, que se refere à Educação Básica, tendo expresso nos seguintes
artigos:
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em
seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade.
Quando se refere à temática dos jogos, Vigotsky (1979) afirma que a criança
pequena é muito limitada, pois sua percepção não está separada das
atividades motivacional e motora. No jogo as crianças começam a agir
independente daquilo que conseguem ver, pois a ação acaba ensinando a
criança a controlar seu comportamento.
Suas ações são regidas pelas ideias e pensamentos assim, segundo Rego
(1995, p. 33),
Vigotsky afirma que a brincadeira fornece um estágio de transição em direção
à representação, desde que um objeto pode ser um pivô da separação entre
um significado e um objeto real, pois [...] os jogos nem sempre podem ser
uma atividade prazerosa, porque existem muitas atividades que proporcionam
à criança maiores experiências de prazer, como é o caso, muito concreto, de
sugar uma “teta”; em segundo lugar, porque entende que existem
O autor relata que os brinquedos podem ser considerados uma relação mais
íntima com a criança. Não possuem regras, estimula a representação, a
expressão de imagens que se referem à realidade, proporciona reproduções
(dia a dia, natureza e construções humanas, realidade social). O brinquedo
tem como principal objetivo proporcionar a criança a substituição de objetos
reais que possa manipulá-los.
Nesse sentido, Palangana (1994, p. 39) considera naquilo que tange a
brincadeira e os jogos na infância, como:
O mesmo estudioso (1984, p. 85) pontua que nem sempre o jogo pode ser
satisfatório, pois o mesmo necessita de esforço e do próprio desprazer na
busca pelos seus objetivos, pois “[...] o lúdico influencia enormemente o
desenvolvimento da criança, é com os jogos que a criança aprende a agir, sua
curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o
desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração”.
Kishimoto (2007) complementa essa ideia ao pontuar que os jogos possuem
características importantes e fundamentais, nos quais podemos citar: a ação
da própria realidade sobre o jogo, proporciona prazer, estimula os aspectos
corporais, cognitivos, mentais e sociais, a criança muitas vezes brinca com
naturalidade, liberdade e espontaneidade, não se preocupa com os
resultados, apenas quer brincar e se divertir. Leal (2003, p. 49) nos auxilia na
compreensão desse pensamento ao afirmar que: [...] a brincadeira possibilita a
investigação e a aprendizagem sobre as pessoas e as coisas do mundo.
Através do contato com seu próprio corpo, com as coisas do seu ambiente,
com a interação com outras crianças e adultos, as crianças vão desenvolvendo
a capacidade afetiva, a sensibilidade e a auto-estima, o raciocínio, o
pensamento e a linguagem. Kishimoto (2007) afirma que quando o docente
faz uso do jogo, ele consegue estimular o aluno no desenvolvimento da sua
aprendizagem, na construção do conhecimento, pois ele está sendo usado de
forma lúdica e educativa, há o prazer, a diversão e a motivação, assim como a
contribuição e estímulo ao processo de aprendizagem, pois, “[...] o ambiente é
a condição para a brincadeira e, por conseguinte, ele a condiciona, assim
podemos concluir que a brincadeira é uma forma imaginária da criança
descobrir outros mundos, direcionando-se a um universo inexistente”
(KISHIMOTO, 2007, p. 68).
A brincadeira também possibilita a criança desenvolver um canal de
comunicação, diálogo com o mundo dos adultos, intensificando a autoestima
e a confiança, “[...] onde o valor do brinquedo para criança pode ser medido
pela intensidade do desafio que representa para ela” (CUNHA, 2007, p. 33).
Quando a criança brinca de faz de conta, ela não imita a realidade, mas é uma
forma de sair dela, também possibilita a criança expressar os seus desejos,
conflitos e suas frustrações, pois este tipo de brincadeira segundo Cunha
(2007, p. 49), “[...] é uma das formas de brincar mais fundamentais para um
desenvolvimento infantil e saudável”.
Quando a criança brinca sozinha ela mergulha na sua própria fantasia, possui
mais concentração, atenção, brinca mais concentrada por mais tempo,
despertando na criança mais interesse na brincadeira, consegue adquirir
hábitos favorecendo a qualidade da brincadeira
(CUNHA, 2007).
Mas quando brinca com outras crianças, ela aumenta seu estímulo e a sua
forma de criticar, às vezes apenas estar do lado de outra criança, para ela já
está brincando, “[...] brincar com outras crianças faz com que ela aprenda a
viver socialmente, respeitando regras, cumprindo normas, esperando a sua
vez e interagindo de uma forma mais organizada” (CUNHA, 2007, p.24).
Nesse sentido, é possível afirmar que é por meio dos jogos e das brincadeiras
que a criança explora o meio em que ela vive e aprende sobre os aspectos da
cultura humana. É, também, pelas brincadeiras que a criança internaliza regras
e papéis sociais e passa a ter condições de viver em sociedade.
Atenção!!!
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Plano de Estudo
Tais dúvidas têm permeado a rotina de pais que muitas vezes chegam, ao
atender a um chamado da escola, dizendo não saber o que fazer para que
ocorra uma mudança de comportamento, haja vista que, muitas vezes, nem
mesmo têm a consciência sobre as relações que são estabelecidas no seio
familiar.
Os pais que nasceram até a década de 1960, segundo Silva (1978), pertencem
a uma geração denominada convencionalista, que cresceu com pouco ou sem
diálogo, com uma liberdade mais restrita e muitas vezes com uma capacidade
reduzida de escolher a sua própria carreira ou mesmo o seu próprio
casamento. De repente, essa geração torna-se pai e mãe, e, na busca de
poupar a prole da restrição vivida, acabaram escolhendo a opção por uma
educação dita mais “liberal”, mais livre e voltada para o centro da família: a
criança.
Pontuamos, aqui, que a tarefa dos pais é realmente difícil, pois exige reflexão,
dedicação, ponderação e, sobretudo, personalidade, pois os pais educadores
devem, antes de qualquer coisa, ter em mente que são um modelo de
referência para o filho, em especial, naquilo que tange a postura, o
posicionamento e o comportamento.
O tempo mais curto para com os filhos denota a dificuldade que os pais têm
em dizer “não” ou limitar a criança, pois o período em que estão juntos
resume-se, muitas vezes, aos domingos, feriados e a parte da noite.
Mas, essa dinâmica leva a pensar no papel social da mulher, onde a mãe é
vista como dona de casa e profissional. Nas últimas três décadas a tradicional
divisão de papéis entre homem e a mulher sofreu grandes transformações.
Com isso, a clássica divisão de tarefas pai/provedor; mãe/rainha do lar foi
modificada. Agora, a mãe é sócia do pai na tarefa de arcar com as despesas
da família (TIBA, 1996).
Segundo Tiba (1996), os filhos se sentem amados pelo interesse que os pais
demonstram mesmo não estando com eles o dia inteiro, e, também, seguros
quando os pais tomam atitudes repreensivas ou aprovativas, porque nelas
encontram referências. O pai precisa proporcionar segurança ao filho,
demonstrando que está próximo e atento às ações que a criança toma.
Até os cinco anos de idade, os pais são os modelos prioritários que a criança
quer e deseja seguir. É muito comum perguntar a um menino nessa idade:
Então, qual o motivo da dificuldade dos pais em lidarem com essa postura?
É por isso que há a necessidade da imposição de limites por parte dos pais, os
quais, na família, são os educadores. Mas, existe uma grande diferença entre
os limites a serem colocados hoje e àqueles impostos há alguns anos atrás.
Ao colocar um limite, exercendo a sua autoridade, o pai não precisa abrir mão
do carinho. Até mesmo um castigo muito duro pode ser imposto de forma
carinhosa e respeitosa, sem abuso de poder. “Tapa de mãe que o filho sabe
merecer nunca machuca. Tapa de mãe que o filho sabe merecer e não vem
deseduca” (TIBA, 1996, p. 169). Assim sendo, disciplina e autoridade são peças
fundamentais para uma boa educação dos filhos.
Contudo, verificamos que essa não é a tônica nos dias de hoje, havendo aí a
necessidade de auxílio para a compreensão dessa questão.
O adolescente precoce, por volta dos dez anos, sente uma grande
necessidade de ser respeitado na busca desesperada de identidade, de
ideologia, de vocação e de objetos de amor que irão nortear sua
personalidade. Segue ainda, nessa fase, um período de profunda
dependência, que segundo Aberastury (1981, p. 21),“[...] precisam dos pais
tanto ou mais do que quando eram bebês e essa necessidade de dependência
pode ser seguida imediatamente de uma necessidade de independência”.
González (2005) ressalta que os pais têm, e devem, corrigir seus filhos
adolescentes quando necessário, mas a forma deve ser diferenciada, pois a
crítica e a correção devem combinarse com o uso frequente de elogios, isso
significa observar aquilo que o filho faz bem feito e reconhecer seu esforço; a
crítica deve ser serena e bem ponderada, sem precipitações.
Não se deve tentar atacar todos os defeitos de uma só vez. Será necessário
corrigir pouco a pouco, e a sós, já que corrigir em público pode parecer uma
humilhação. Sem fazer comparações com os irmãos, com os primos ou outras
pessoas, pois ele é um sujeito único e também tem suas virtudes; deve-se ser
prudente e não julgar sem escutar os argumentos do jovem. Como nas leis, o
bem deve ser suposto e o mal deve ser provado; não há nada mais negativo
do que usar frases do tipo "Você NUNCA me escuta", "SEMPRE está
aborrecido", "NUNCA entende nada". Além de negativas, não são corretas. A
correção deve ser específica e concreta: sem exageros, sem generalizações,
sem mostrar uma "lista de defeitos" na primeira ocasião (GONZÁLES, 2005).
O PROFESSOR
Nesse sentido, para fazer parte do gênero humano o homem necessita ser
educado. O adolescente, para agir humanamente diante dos objetos de seu
meio, deve desenvolver em si a faculdade de seu uso. E esta faculdade só
pode acontecer a partir da mediação dos adultos, da escola, da sociedade
(POSSIDÔNIO, 2007).
Para que isso ocorra, ele precisa ter clareza do que ensina com metas e
objetivos claros, observando sempre o contexto social e cultural de sua turma.
Com uma visão mais abrangente sobre seu público, o professor pode incutir a
necessidade de avanços para com a cientificidade e o compromisso com a
realidade social que permeia o alunado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
INTRODUÇÃO
Então, nos deparamos com uma temática que tem estado em voga na
atualidade (embora sua ocorrência seja antiga), que é o fenômeno do
bullying. Entender essa questão é a nossa principal meta nesta unidade, visto
que nas escolas a proliferação da violência praticada pelos bullies tem sido
mais evidenciada.
Fenômeno bullying
Observamos a impossibilidade do ser humano viver sozinho, isolado, sem
amigos. As relações humanas estabelecidas no contato social entre iguais
auxiliam, não somente, no processo de desenvolvimento, mas também, na
formação da personalidade do indivíduo. Por isso, a interação social ocorrida
nas dependências da escola é importante para o crescimento pessoal do
aluno (OHUSCHI; GUAGLIA, 2009).
Ressaltamos que o bullying sempre existiu nas escolas, “[...] porém há pouco
mais de 30 anos é que começou a ser estudado com parâmetros científicos,
como fenômeno psicossocial e recebeu um nome específico” (FANTE; PEDRA,
2008).
O termo bullying é de origem inglesa e tem sido utilizado para descrever atos
de violência, física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticado por um
indivíduo ou por um grupo de indivíduos, que tem por objetivo a agressão a
um sujeito incapaz de se defender (DREYER, 2010).
Silva (2010, pp. 23-24) ressalta que embora haja essa diferenciação,
dificilmente a vítima recebe apenas um tipo de maus tratos. Ela complementa
essa afirmação acrescentando que os agressores normalmente atacam em
bando, pois a noção da atuação em grupo garante mais força no momento do
ataque e da coação. A autora estabelece cinco eixos amplos para o ataque às
vítimas: 1) verbal; 2) físico e material; 3) psicológico e moral; 4) sexual; e 5)
virtual.
O eixo dois abrange: bater, chutar, espancar, empurrar, ferir, beliscar, roubar,
furtar ou destruir os pertences da vítima, atirar objetos contra a vítima.
No eixo três, temos as ações de: irritar, humilhar e ridicularizar, excluir, isolar,
ignorar, desprezar ou fazer pouco caso, discriminar, aterrorizar ou ameaçar,
chantagear ou intimidar, tiranizar, dominar, perseguir, difamar, passar bilhetes
entre os colegas de caráter ofensivo; fazer intrigas, fofocas ou mexericos (mais
comum entre as meninas).
O quinto e último eixo, diz respeito ao bullying virtual, que ocorre pelos meios
tecnológicos de comunicação (celular e internet), com a disseminação de
calúnias e difamações, é o ciberbullying.
Essas ações deixam sequelas que acompanham o ser humano por toda a sua
vida. É muito comum ouvirmos depoimentos dolorosos de algumas pessoas
sobre a fase em que frequentavam a escola. Dentre as sequelas temos a dor e
a angústia vivenciadas pela vítima. Tais atitudes de violência sofridas na
infância, na adolescência, na fase da juventude deixam marcas e traumas na
vida ser humano adulto, marcas essas que o mesmo apresenta dificuldades
em lidar. Essa ação perversa contra o outro é definida por Baltazar (2009),
como uma falta de responsabilidade para com o coletivo, para com o
semelhante, para com o social.
Você sabia que nas escolas públicas o bullying é mais comum entre os
meninos?
Nesse sentido, pensamos a questão do bullying como algo que está para
além dos muros da escola. Essa agressão encontra-se entre vizinhos, no
ambiente de trabalho, ou seja, encontra-se em locais em que existam relações
humanas estabelecidas.
Você sabia que nas escolas particulares o bullying é mais comum entre as
meninas?
Assim sendo, concordamos com Saviani (1994) quando ele defende uma
escola que recebe influências do meio social, mas que também atua e
intervém nesse meio social. Por isso, pensamos que para compreender a
temática proposta para nosso estudo, necessitamos compreender a dinâmica
imposta pela sociedade e como essa dinâmica chega até a escola.
LEITURA COMPLEMENTAR
Só de Sacanagem
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas,
cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que
reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para
cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na
bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é
certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a
qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao
culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do
meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo
mundo rouba” e vou dizer:
“Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu
irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e
receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre,
ético e o escambau.”
Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que
veio de Portugal”. Eu direi:
Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que
não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o
final!
SUGESTÃO DE VIDEO
Leslie Burke (Anna Sophia Robb), que vence uma corrida que deveria ser
apenas para garotos. Logo Jess e Leslie tornam-se grandes amigos e, juntos,
criam o reino secreto de Terabítia, um lugar mágico onde apenas é possível
chegar se pendurando em uma velha corda, que fica sobre um riacho perto de
suas casas. Lá eles lutam contra
CINEMA, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
ADORO CINEMA. Ponte para Terabítia. Disponível em: . Acesso em: 28 de out.
de 2010.
BOCK, Ana Mercês Bahia; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi; FURTADO, Odair.
Psicologias
CESUMAR, 2009.
FACCI, M.G.D. “Professora, é verdade que ler e escrever é uma coisa fácil?” –
Reflexões em torno do processo ensino-aprendizagem na perspectiva
vigotskiana. In: FACCI, M.G.D.,