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Instituições e Cultura: Desenvolvimento Econômico

e Economia da Estratégia
Gabriel Guimarães Marini
FEA-USP – Administração – Economia das Organizações N 44

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO


Nos estudos econômicos, o debate sobre a fonte primordial dos incentivos para Por meio da substituição de variáveis já citada, pode-se realizar uma leitura do
as decisões individuais e para o desenvolvimento suscitou, dentre várias modelo de Williamson (1985) ampliando sua abrangência, passando de uma
hipóteses, duas especialmente relevantes. De um lado, a do novo relação entre dois atores econômicos mediados pela especificidade de um ativo
institucionalismo, escola nascida dos estudos de Coase (1937) sobre os custos para uma relação ampla, em que a especificidade se torna um problema caso
de transação, que culminou recentemente na popular análise do haja desconfiança entre o comprador do ativo e o seu produtor. Em resumo, a
desenvolvimento de Acemoglu e Robinson (2012) e nos modelos propostos por soma da curva de custos burocráticos ∆C à de custos de produção ∆G atinge
Williamson (1985) sobre otimização de fronteiras verticais. De outro, a da zero num ponto ótimo t^ do índice de confiança t. Compreende-se que, em
escola culturalista, cuja fonte mais óbvia é Weber (2014), teve seu fôlego locais com maior confiança, faz mais sentido a desverticalização, da mesma
renovado, nos anos 1990, com Fukuyama (1995), Peyrefitte (1999) e Sowell forma que, no modelo original, a desverticalização fazia sentido no caso do
(1994, 1996 e 1998), e, nos anos 2000, por meio de uma série de estudos de ativo não ser específico.
caráter econômico-estatístico.
OBJETIVOS
O presente trabalho pretende, por meio de uma releitura do modelo de
Williamson (1985), aproximar as duas referidas escolas de análise econômica,
substituindo a variável índice de especificidade do ativo, do modelo
williamsoniano, por um índice de confiança. Esta troca permite a criação de um
modelo heurístico de tomada de decisões estratégicas de quatro quadrantes,
baseado em informações sobre a complexidade econômica e a confiança social
da região a ser analisada, sugerindo delimitações verticais mais interessantes e,
por conseguinte, estruturas organizacionais mais cabíveis, para uma dada
realidade socioeconômica e histórica representada no gráfico quadripartido.
METODOLOGIA
Em termos históricos, sociedades subdesenvolvidas, com baixa confiança
Por meio de uma pesquisa bibliográfica, o histórico das posições de cada uma social, tornam-se economias complexas por meio da intervenção estatal ou por
das duas escolas foi delineado. Das leituras críticas das diversas fontes teóricas, monopólios estrangeiros, sendo inóspitas para organizações locais
por métodos tanto dedutivos quanto indutivos, foram obtidos os insumos para verticalmente lassas. Já as economias de alta confiança se desenvolvem num
a criação dos modelos propostos. sentido mais natural, permitindo a desverticalização, ainda que tais economias
possam descambar para uma posição burocratizante caso haja degradação do
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
capital social, o que torna organizações econômicas descentralizadas e
Desde Coase (1937), os custos de transação surgiram como justificação parcerias dependentes da confiança mútua economicamente problemáticas.
intelectualmente aceitável para a existência das instituições e organizações. As
aplicações de North e Thomas (1973) de tal constructo na leitura da história da
C om ple xid a de

IV - Economia Desenvolvida em
Ec on ôm ica

industrialização criou um ramo intelectual relevante que preconiza a primazia Degradação / Economia Desenvolvida III - Economia Desenvolvida
A lta

Burocratizada
dos direitos de propriedade no surgimento da revolução industrial. Tal ramo,
aproximada à ciência política, teve seu ápice com Acemoglu e Robinson (2012),
C o m p lex ida d e
Eco nô m ic a

que, por meio de uma definição rígida de “instituição”, fecharam


B a ixa

I - Economia Subdesenvolvida II - Economia em Take Off


completamente as portas para as hipóteses socioculturais do desenvolvimento
econômico, favorecendo uma leitura histórica e política.
Baixo Capital Social Espontâneo Alto Capital Social Espontâneo
Entretanto, continuadores do espírito da obra de Weber (2014), como
Fukuyama (1995) e Peyreffite (1999) acabam indicando, textualmente ou nas Assim como os modelos de Ghemawat (2001) e Hofstede (2001) são usados em
entrelinhas, que os custos de transação são decorrentes de um fator social por internacionalização de firmas, este modelo pode auxiliar nas decisões de
excelência: o nível de confiança espontânea de um determinado povo. Já Sowell desenho organizacional e gestão de limites verticais localmente, regionalmente
(1994, 1996 e 1998) destaca, nos agrupamentos étnicos, nas migrações e nas e internacionalmente.
conquistas, importantes meios de transmissão de características culturais e Futuramente, como uma continuação da pesquisa, estes modelos iniciais
comportamentais. Tais posições são corroboradas, grosso modo, por diversos podem ser estatisticamente validados. A aproximação teórica apresentada pode
estudos econômicos, como, por exemplo, o de Barro e McClerly (2002), que ser realizada tendo em mente outras teorias da microeconomia aplicada à
encontrou uma influência da variável religiosidade no crescimento econômico, estratégia, como, por exemplo, a teoria de custos de influência, de Milgrom e
o de Guiso, Sapienza e Zingales (2003), que encontrou correlações entre Roberts, e a teoria GHM (BESANKO et al, 2012).
religiosidade e atitudes potencialmente favoráveis ao crescimento econômico e, REFERÊNCIAS
por fim, o de Guiso, Sapienza e Zingales (2005), que correlacionou a ausência de ACEMOGLU, Daron, ROBINSON, James. Por que as nações fracassam: as origens do poder, da prosperidade e da pobreza. Rio de Janeiro:
confiança e a falta de apetite por investimentos em ativos de risco. Elsevier, 2012.
BARRO, Robert, MCCLEARY, Cathy. Religion and Political Economy in an International Panel. NBER Working Paper No. 8931, Maio de 2002.
O fundamento dos custos de transação encontrado na confiança social - ou, BESANKO, David, DRANOVE, David, SHANLAY, Mark, SCHAEFER, Scott. A Economia da Estratégia, 5a Edição. Porto Alegre: Editora Bookman,
2012.
mais precisamente, na sua ausência - permite uma aproximação das duas FUKUYAMA, Francis. Trust: The social virtues and the creation of prosperity. Londres: Hamish Hamilton, 1995.
teorias, por meio de uma valorização de variáveis socioculturais em relação às GUISO, Luigi, SAPIENZA, Paola, ZINGALES, Luigi. People’s Opium? Religion and Economic Attitudes. NBER Working Paper No. 9237, Outubro de
2002.
abstrações de segundo grau– já que a especificidade do ativo surge como um ______________________________________. Trusting The Stock Market. NBER Working Paper No. 11648, Setembro de 2005.

construto derivado dos custos de transação. Tal aproximação pode ser realizada GHEMAWAT, Panjak. Distance Still Matters: The Hard Reality of Global Expansion. Harvard Business Review, Setembro de 2001.
HOFSTEDE, Geert. Culture´s Consequences: Comparing Values, Behaviours, Institutions, and Organizations Across Nations, Second Edition.
por uma simples modificação de variáveis e, daí, justifica-se a criação de um Califórnia: Sage Publications, 2001.
NORTH, Douglass C., THOMAS, Robert P. The Rise of the Western World: A New Economic History. Nova Iorque: Cambridge University Press,
pequeno modelo heurístico de duas variáveis, que pode ser utilizado para 1973.
analisar a relação entre macroambiente e empresa, à moda de uma série de PEYREFITTE, Alain. A Sociedade de Confiança: Ensaio sobre as origens e a natureza do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999.
SOWELL, Thomas. Race and Culture: A World View. Nova Iorque: Basic Books, 1994.
outros modelos comumente usados por gestores no mercado e por ________________. Migrations and Culture: A World View. Nova Iorque: Basic Books, 1996.
especialistas na academia. Em outras palavras, conceitualmente, a confiança ________________. Conquest and Cultures: An International History. Nova Iorque: Basic Books, 1998.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martim Claret, 2014.
como variável torna o modelo mais simples, abrangente e prático. WILLIAMSON, Oliver E. The Economic Institutions of Capitalism: Firms, Markets, Relational Contracting. Londres: The Free Press, 1985.

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