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2019
DA COMPETÊNCIA INTERNA
CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
Distribuição pelos vários órgãos jurisdicionais, conforme atribuições e limites definidos em lei;
A jurisdição é una, porquanto manifestação do poder estatal. No entanto, para que haja melhor administração há a
separação de seu exercício aos vários órgãos estatais.
É o âmbito dentro do qual o juiz pode exercer a jurisdição; é a MEDIDA DA JURISDIÇÃO, ou também o LIMITE DE
EXERCICIO DE UM PODER.
JOSÉ JOAQUIM GOMES CANOTILHO: “Por competência entender-se-á o poder de ação e de atuação atribuído
aos vários órgãos e agentes constitucionais com o fim de prosseguirem as tarefas de que são constitucional ou
legalmente incumbidos. A competência envolve, por conseguinte, a atribuição de determinadas tarefas bem como os
meios de ação (poderes) necessários para a sua prossecução. Além disso, a competência delimita o quadro jurídico
de atuação de uma unidade organizatória relativamente a outra.”
A Constituição já distribui a competência em todo o Poder judiciário Federal (STF, STJ e justiças Federais: justiça
Militar, Eleitoral, Trabalhista e Federal Comum), A competência da justiça Estadual é residual.
Há um meio alternativo de solução A jurisdição estatal decorre do monopólio do Estado para impor regras aos
De conflito extrajudicial que é a particulares, consoante o princípio da inafastabilidade do controle judicial
vontade das partes em afastar o (art. 5º, XXXV, da CF), enquanto a jurisdição arbitral emana da vontade dos
juízo originalmente competente contratantes, conforme dispõe art. 42 do NCPC. (STJ, 2ª Seção, AgInt no CC
da decisão. 153.498/RJ, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 23/05/2018, publicado em
14/06/2018)
LIMITE DE COMPETENCIA JURISDICIONAL O juízo não pode extrapolar os poderes ou capacidades que lhes
são atribuídos. E sua decisão, desse modo, deverá se ater sobre o que pode ou não decidir por lei.
2. REGRA DE PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO: É necessário que se determine, in concreto, qual o juízo que será
o competente para o processamento e o julgamento da causa.
Se houver mais de uma vara, a petição inicial há de ser distribuída; caso contrário, o seu registro é o fato que
fixa a competência.
A competência fixada pelo registro ou pela distribuição da petição inicial, permanecerá até a prolação da decisão.
É sistema de estabilidade do processo. Neste sentido quando há o registro ou distribuição, firmando a
competência do juízo, nenhuma modificação do estado de fato (ex. domicílio do réu) ou de direito (ex. ampliação
do teto da competência do órgão em razão do valor da causa) superveniente poderá alterá-la.
EXCEÇÕES Há fatos supervenientes à propositura da demanda que impõem a redistribuição da causa, quebrando
a perpetuação da jurisdição.
a) SUPRESSÃO DO ÓRGÃO JUDICIÁRIO - por exemplo, a extinção de uma vara ou de uma comarca. Exemplo
da prof: A Comarca de Dourados abrange Dourados, Itaum, Panambi, São Pedro, Indápolis, Vila Vargas, Laguna
Caarapã. São 7 Varas Cíveis, 1 Vara da Infância e Adolescência e 4 Varas Criminais.
SÚMULA VINCULANTE Nº. 22: A JUSTIÇA DO TRABALHO É COMPETENTE PARA PROCESSAR E JULGAR AS
AÇÕES DE INDENIZAÇAO POR DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE
TRABALHO PROPOSTAS POR EMPREGADO CONTRA EMPREGADOR, INCLUSIVE AQUELAS QUE AINDA NAO
POSSUÍAM SENTENÇA DE MÉRITO EM PRIMEIRO GRAU QUANDO DA PROMULGAÇAO DA EMENDA
CONSTITUCIONAL Nº 45/04. Antigamente era a vara cível.
3. CLASSIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
3.1. COMPETENCIA DO FORO (TERRITORIAL) E COMPETENCIA DO JUÍZO: Foro é o local onde o órgão
jurisdicional exerce as suas funções, isto é, local onde se exerce o poder jurisdicional (No mesmo local, conforme as
leis e organização judiciária, podem funcionar vários juízes com atribuições iguais ou diversas). Ex.: Art. 51. É
competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União.
Assim, para uma mesma causa, verifica-se primeiro qual o foro competente, depois o juízo, que é a vara, o cartório,
a unidade administrativa. A competência do juízo é matéria pertinente às leis de organização judiciária. A competência
de foro é regulada pelo CPC.
A) ORIGINÁRIA: A competência originária é aquela atribuída ao órgão jurisdicional para conhecer da causa em
primeiro lugar; pode ser atribuída tanto ao juízo singular, em primeiro grau, o que é a regra, como ao tribunal,
excepcionalmente (ação rescisória e mandado de segurança contra ato judicial, por exemplo). (PRIMEIRA OU
SEGUNDA INSTANCIA)
B) DERIVADA: A competência derivada ou recursal é atribuída ao órgão jurisdicional destinado a rever a decisão
já proferida; normalmente, atribui-se a competência derivada ao tribunal (COLEGIALIDADE DOS TRIBUNAIS) ,
mas há casos em que o próprio magistrado de primeira instância possui competência recursal, como acontece com os
embargos infringentes de alçada, cabíveis na forma do art. 34 da Lei de Execução Fiscal (Lei n. 6.830/1980), que
serão julgados pelo mesmo juízo prolator da sentença.
DIFERENÇAS
ABSOLUTA RELATIVA
Atendimento ao interesse público Busca atender interesse particular. EXEMPLO: eleição
de foro, competência territorial (regra é relativa).
Pode ser alegada em qualquer momento, por Art. 63. As partes podem modificar a competência em
qualquer das partes, e pode ser reconhecida ex officio razão do valor e do território, elegendo foro onde será
pelo JUÍZO (Art. 64, §1º, CPC). Pode ser alegada como proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
preliminar de contestação do réu. § 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar
de instrumento escrito e aludir expressamente a
determinado negócio jurídico.
É defeito grave, e pode ser desconstituído ainda APÓS A incompetência relativa SÓ PODE SER ARGUIDA
dois anos do transito em julgado por meio de ação PELO RÉU NA CONTESTAÇÃO, SOB PENA DE
rescisória. Art. 966, II, CPC. PRECLUSÃO. O JUIZ NÃO PODE DECLARAR DE
OFÍCIO.
A regra não pode ser alterada pela vontade das partes, Súmula n. 33, STJ. “A incompetência relativa não pode
e não admite negócio jurídico processual que altere ser declarada de ofício.”
sua competência.
EXEMPLOS: competência em razão da matéria, da As partes podem modificar de forma voluntaria a regra
pessoa e funcional. de competência, por meio do foro de eleição, ou pela
alegação da incompetência relativa (Art. 65, caput,
CPC)
A decisão sobre a alegação de incompetência deve ser
proferida IMEDIATAMENTE após a manifestação da
parte. Art. 64, § 2º Após manifestação da parte
contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de
incompetência.
a) A incompetência (absoluta ou relativa) é defeito processual que, em regra, não leva à extinção do processo. A
incompetência gera a remessa dos autos ao juízo competente. (art. 64, § 3º, CPC).
EXCEÇÃO Alegação de incompetência nos juizados Especiais (inciso lll do art. 51 da Lei n. 9.099/1995) e a
incompetência internacional (arts. 21 e 23 do CPC):
Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: (...) III - quando for
reconhecida a incompetência territorial;
b) A decisão sobre a alegação de incompetência deverá ser proferida imediatamente após a manifestação da outra
parte (art. 64, § 2º, CPC).
c) A incompetência (absoluta ou relativa) não gera a automática invalidação dos atos decisórios praticados.
Nada obstante reconhecida a incompetência, preserva-se a eficácia da decisão proferida pelo' juízo incompetente,
até ulterior determinação do juízo competente.
3.4. COMPETENCIA CONCORRENTE (FORUM SHOPPING): Há situações em que existem vários foros em
princípio competentes para o conhecimento e julgamento de uma demanda; são os foros concorrentes. Pode haver
duas ou três opções de competência, ou até mais.
O autor, diante dessas opções, exercita aquilo que já se denominou de FORUM SHOPPING: a escolha do foro
pelo demandante.
É compreensível que, havendo vários foros competentes, o autor escolha aquele que acredita ser o mais
favorável aos seus interesses. No entanto essa escolha não pode ficar imune à vedação ao abuso do direito,
que é exatamente o exercício do direito contrário à boa-fé.
A existência de foros concorrentes significa que todos eles são igualmente competentes para, em tese, julgar um
determinado tipo de demanda. Essa circunstância, porém, não impede que se controle in concreto o exercício do
direito de escolha do foro que, se se revelar abusivo, deverá ser rechaçado pelo órgão jurisdicional, que sempre
tem a competência de julgar a própria competência.
EXEMPLOS:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.§ 1º O autor
pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade,
vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
Art. 53. É competente o foro: (...) V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano
sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
3.5. COMPETENCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA: a competência em razão da matéria é determinada pela natureza
da relação jurídica controvertida, definida pelo fato jurídico que lhe dá causa.
Assim, é a causa de pedir, que contém a afirmação do direito discutido, o dado a ser levado em consideração
para a identificação do juízo competente. É com base neste critério que as varas de família, cível, penal etc, são
criadas.
As competências material e pessoal são exemplos de competência absoluta.
EXEMPLOS:
3.6. COMPETENCIA EM RAZÃO DA PESSOA: a fixação da competência tendo em conta as partes envolvidas
(rationae personae).
EXEMPLOS: O principal exemplo de competência em razão da pessoa é o da vara privativa da Fazenda Pública,
criada para processar e julgar causas que envolvam entes públicos. Há casos de competência de tribunal
determinada em razão da pessoa, como prerrogativa do exercício de algumas funções (mandado de segurança
contra ato do Presidente da República é da competência do STF, por exemplo: art. 102, I, "d", CF /1988).
AUXÍLIO ACIDENTE
AUXÍLIO DOENÇA POR ACIDENTE DE TRABALHO
CF/88, Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I – as causas em que a União, entidade
autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho;
Súmula 501 do Supremo Tribunal Federal: “Compete à Justiça ordinária estadual o processo e o julgamento, em
ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas
autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista.”
Súmula 15 Superior Tribunal de Justiça: “Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios decorrentes
de acidente do trabalho.”
CPC
Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele
intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de
atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: I - de recuperação
judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho. Súmula
150 do STJ: “Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas”.
3.8. COMPETENCIA EM RAZÃO DO VALOR DA CAUSA: O valor da causa é definido a partir do valor do pedido,
um dos elementos da demanda.
EXEMPLO: competência dos juizados Especiais Federais (Até 60 Salários Mínimos); Juizado Especial da Lei
n. 9.099/95 (Até 40 Salários Mínimos)
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento
das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não
exceda a quarenta vezes o salário mínimo; § 3º A opção pelo procedimento previsto nesta
Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido neste artigo,
excetuada a hipótese de conciliação.
Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida
nesta
IMPORTANTE O art. 63 do CPC permite a modificação da competência em razão do valor da causa. Seria,
portanto, um exemplo de competência relativa. É por isso que o sujeito pode optar por demandar ou não perante o
juizado Especial Cível, no caso de urna demanda cujo valor é inferior ao do teto dos juizados Especiais.
No entanto, se o juízo somente tiver competência para julgar causas até cem salários-mínimos, se ele
conhece e julga uma causa cujo valor é cento e dez salários-mínimos, há incompetência absoluta. Assim, abaixo
do limite imposto pela lei, está-se diante de uma competência relativa; acima do limite, de competência
absoluta.
3.9. COMPETENCIA TERRITORIAL: A competência territorial é a regra que determina em que território a causa
deve ser processada. É o critério que distribui a competência em razão do lugar. (EM REGRA, É COMPETENCIA
RELATIVA).
REGRA GERAL DOMICÍLIO DO RÉU para as demandas pessoais e demandas reais imobiliárias.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será
proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no
foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será
proposta em qualquer foro.
FOROS ESPECIAIS
A) RELAÇÕES DE CONSUMO – CDC (Lei n. 8.078/1990): determina que o foro competente para a discussão das
relações de consumo é o do domicílio do autor-consumidor (art. 101, I, do CDC).
É regra que beneficia o consumidor, mas não se trata de regra de competência absoluta, dela podendo abrir
mão o beneficiário, elegendo o foro da regra geral (domicílio do demandado). (COMPETENCIA RELATIVA);
Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa
aos direitos assegurados ao idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório
de:
I – acesso às ações e serviços de saúde;
II – atendimento especializado ao idoso portador de deficiência ou com limitação
incapacitante;
III – atendimento especializado ao idoso portador de doença infecto-contagiosa;
IV – serviço de assistência social visando ao amparo do idoso.
Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros
interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios do idoso,
protegidos em lei.
Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio do
idoso, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as
competências da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais
Superiores.
C) AÇÕES REAIS IMOBILIÁRIAS/BENS IMÓVEIS: competente será o juízo da situação da coisa, forum rei
sitae. Art. 47, CPC.
Há dois foros concorrentes: o domicilio do réu ou foro de eleição, cabendo a escolha do autor. § 1º O autor pode
optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade,
vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
No entanto, essa escolha não será possível nos casos de demandas que versem sobre direito de propriedade,
vizinhança, servidão, posse, nunciação de obra nova, divisão e demarcação de terras (art. 47, §§ 1º e 2º, CPC).
Nesses casos, a competência é territorial absoluta. § 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de
situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.
Trata-se de competência relativa. Quando o espólio for réu em litígios sobre direito de propriedade,
vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova, o foro é de
competência do domicílio da coisa, e não o do autor da herança, pois aquele prevalece sobre esse.
Nas ações em que o ausente for réu, o foro será o do seu último domicílio (art. 49 do CPC), também
competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias, caso
haja sucessão definitiva.
OUTROS
Nas ações contra incapaz, competente será o foro do domicílio do seu representante (art. 50, CPC; art.
76, par. ún. Código Civil)
As causas em que Estado ou o Distrito Federal for autor serão propostas no foro de domicílio do réu. Art. 51,
CPC.
Sendo réu o Estado ou o Distrito Federal, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal. Art. 52.
Parágrafo único.
Competência do foro para ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento de
dissolução de união estável. Art. 53, I, CPC.
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
1) Assinale a alternativa correta, no que diz respeito à matéria de competência, de acordo com o Código de
Processo Civil de 2015:
a) A ação fundada em direito real sobre bem móvel tem como regra geral a distribuição no foro de domicílio da coisa.
b) Havendo dois ou mais réus com diferentes domicílios, o autor pode distribuir a ação fundada em direito pessoal em
qualquer foro do país.
c) A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de seu domicílio e a ação em que o ausente for réu será
proposta no foro de seu último domicílio.
d) É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor a União, Estado ou o Distrito Federal.
e) As regras de competência territorial têm natureza absoluta.
2) Sobre competência interna no Novo Código de Processo Civil analise as afirmativas a seguir e marque (V)
para as VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.
( ) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será sempre proposta no foro de domicilio
do réu.
( ) A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de
domicilio do réu.
( ) Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
( ) A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicilio de seu representante ou assistente.
Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.
A) F – V – V – V.
B) F – F – V – F.
C) V – F – F – V.
D) V – V – V – F
E) F – V – F – F.
3) Proprietário de imóvel situado em Vilhena, tendo sido informado de que o mesmo fora invadido por uma
pessoa, intentou ação de reintegração de posse em desfavor da mesma.
A petição inicial, distribuída na Comarca de Porto Velho, onde o autor é domiciliado, recebeu juízo positivo de
admissibilidade. Uma vez citado, deve o réu
A) suscitar o vício da incompetência relativa, como preliminar de contestação.
B) suscitar o vício da incompetência relativa, pela via da exceção.
C) suscitar o vício da incompetência absoluta, como preliminar de contestação.
D) suscitar o vício da incompetência absoluta, pela via da exceção.
E) abster-se de suscitar o tema da competência, pois a ação foi proposta no foro correto.
5) Considerando as regras do atual Código de Processo de Civil acerca das competências e da formação do
processo, julgue os seguintes itens. Em regra, as demandas devem ser distribuídas aos órgãos jurisdicionais
de acordo com critérios de competência, observando-se os princípios do juiz natural e da perpetuação da
jurisdição, os quais compõem o sistema de estabilidade do processo.
C) Certo
E) Errado
6) Com referência às normas fundamentais do processo civil, julgue os itens a seguir. Não cabe ao Estado
promover a solução consensual de conflitos: ela depende unicamente de iniciativa privada e deverá ser
realizada entre os jurisdicionados.
C) Certo
E) Errado
7) Joaquim, com dezesseis anos de idade, assistido por sua mãe, Silvana, domiciliada em São Bernardo do
Campo-SP, celebrou, no Rio de Janeiro-RJ, com Fabrísio, domiciliado em Macapá-AP, contrato de compra e
venda de um relógio, pelo preço de R$ 3.000,00. Operou-se, então, a tradição do bem, mas,
injustificadamente, não se realizou o pagamento. Assim, considerando que não houve eleição de foro,
Fabrísio deverá propor contra Joaquim ação de cobrança do preço no foro da comarca de
A) São Bernardo do Campo-SP ou Macapá-AP, à sua escolha.
B) Rio de Janeiro-RJ.
C) Macapá-AP.
D) São Bernardo do Campo-SP.
E) São Bernardo do Campo-SP, Macapá-AP ou Rio de Janeiro-RJ, à sua escolha.
RESPOSTAS:
1 EXPLICAÇÃO: Não basta que a ação seja apenas sobre imóvel (como a de despejo, p. ex.). Para incidir o foro
especial, é necessário que verse sobre direito real (reivindicatória, divisória, usucapião etc.). A competência em
questão é territorial e, por isso, naturalmente relativa (art. 63). Mas torna-se excepcionalmente absoluta e
inderrogável quando o litígio versar sobre “direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de
terras e de nunciação de obra nova” (art. 47, § 1º).