Sunteți pe pagina 1din 3

Marco Costa

Quando nos dirigimos para a maternidade naquela noite, estávamos longe de imaginar
o que iria acontecer no dia seguinte.

Naquele dia 23 de Maio de 2010…

E a espécie de montanha-russa de emoções, difíceis de descrever com exactidão, que


iríamos viver nesse dia.

Nada nos tinha preparado para tal.

E tudo aconteceu como uma avalanche.

Embora o nosso cérebro tenha uma forma de nos proteger e nos dissesse que aquilo
não estava a acontecer.

Nesse dia 23 de Maio de 2010, nasceu o nosso filhote David.

Quem é pai (ou mãe), sabe qual o impacto que tem na sua vida o nascimento de um
filho.

Nós também sabíamos que o nascimento deste filho seria algo que mudaria as nossas
vidas.

Só não imaginávamos o quanto.

É que, passados alguns minutos do seu nascimento, percebemos que algo não estava
bem.

O nosso filhote não estava a mexer-se como é suposto um bebé mexer-se.

E, passado algum tempo, levaram-no para a Neonatologia para ficar lá internado.

Esteve lá durante 10 dias até ter sido autorizado a ir para casa, para junto de nós e do
seu mano mais velho (com 6 anos, na altura).

Ainda hoje me é difícil descrever o que vivemos nesses dias.

E tudo o que vivemos depois, durante quase quatro anos e meio em que o nosso
Davidinho esteve connosco.

Todas as lutas, todas as “discussões” com os médicos para tentar perceber o que se
passava, todas as vezes que rimos, todos os sustos que apanhámos, todas as
situações que não compreendíamos e ninguém nos conseguia explicar e todas as
vezes que chorámos e nos sentimos completamente impotentes…

Mas, acima de tudo, todo o amor que pudemos viver ao cuidar deste nosso filhote,
sem esquecer o outro, claro.
E todo o amor que pudemos experimentar das pessoas que nos estavam mais
próximas e de outras que, mesmo estando longe, sempre rezaram por nós.

Graças a Deus, nunca nos sentimos sozinhos e sempre nos sentimos acompanhados
pelos nossos familiares e amigos mais próximos e, sobretudo, pelo próprio Deus.

No dia 7 de Outubro de 2014, o Davidinho fechou os olhos e descansou desta vida


curta mas intensa, abrindo os olhos para uma vida em que não há doenças, nem dor,
nem lágrimas.

E a nossa vida mudou novamente naquele dia.

Mas já não éramos as mesmas pessoas.

Todos os que vivemos mais intensamente estes anos, ficámos profundamente


marcados por tudo isto.

E, durante largos meses, estive a tentar recuperar física e mentalmente daqueles anos
de intenso desgaste.

Tentando perceber o que iria fazer da minha vida profissional.

E a quê iria dedicar o meu tempo e a minha energia.

Sabia bem o que não queria fazer mas não sabia exactamente o que queria fazer.

Já te aconteceu?

Lembro-me bem desses primeiros tempos e de qual era o meu verdadeiro desafio…

Acreditar que o amanhã poderia ser melhor.

E, sobretudo, que a nossa vida não tinha acabado e ainda havia muito para viver!

Demorei bastante tempo até perceber que aquilo que eu queria fazer na vida passava
por inspirar os outros a fazer mais e melhor.

E contribuir com tudo o que pudesse para que tivessem mais sucesso no seu negócio
(e também na sua vida).

Mas porque é que estou a partilhar estas coisas tão íntimas contigo?

Porque acredito que o nosso desafio não é o cliente que temos à nossa frente.

Nem dominar as melhores técnicas de venda.

Nem dominar as novas tecnologias e aprender como promover o nosso negócio.

Nem nada do que esteja ligado ao nosso negócio.

O nosso verdadeiro desafio é viver como se a nossa vida não tivesse já acabado.
Não deixar que as coisas menos boas que nos aconteceram no passado (e todos
tivemos a nossa dose de problemas e tribulações), impeçam de vivermos plenamente
o hoje.

Não nos deixarmos paralisar por algum acontecimento passado, por mais difícil que
tenha sido.

Mas viver o dia de hoje com uma renovada esperança de que as coisas vão ser
melhores.

E ter fé.

Acreditar que a magia da vida é muito poderosa.

E que o melhor ainda está para vir.

Que, quando queremos algo e nos dedicamos com todo o nosso ser, não há nada que
não possamos alcançar.

Mesmo que demore algum tempo a lá chegar.

E pareça que todos estão a ir mais depressa que nós.

Não interessa.

Esta é a nossa vida, não é uma corrida.

Um abraço e tem um dia excelente,

Marco Paulo Costa

S-ar putea să vă placă și