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1) Descreva o funcionamento de lista aberta no Brasil.

Quais seus principais efeitos de acordo com


Nicolau? E em que medida eles se reproduzem na arena parlamentar? Qual a visão de Figueiredo e
Limongi sobre este ponto? Explique
Sob o regime proporcional de lista aberta, cada candidato, apesar de vinculado a uma legenda,
tem uma candidatura independente, recebendo diretamente os votos de seus eleitores.
Nicolau divide em 5 passos o método de funcionamento de lista aberta no Brasil. De acordo com
o autor, o primeiro passo consiste na desconsideração dos votos nulos e em branco, que não são válidos
no processo de distribuição de cadeiras. Em segundo lugar, somam-se os votos nominais aos votos de
legenda do partido/coligação, visto que, antes das eleições, estes elaboram uma nominata (lista única da
coligação) em que os partidos são beneficiados igualmente pelos votos, sejam eles em candidatos ou
partidos específicos. Na terceira etapa, calcula-se o quociente eleitoral que os partidos/coligações
precisam atingir para ocupar cadeiras e elimina-se o voto de alguns partidos. O cálculo de cláusula de
barreira depende do número de eleitores que compareceram, anularam e deixaram seu voto em branco
(total de votos válidos dividido pelo número de cadeiras disponíveis em uma circunscrição eleitoral) e,
portanto, não se pode prevê-lo. Assim, o partido/coligação precisará atingir essa porcentagem obtida
dos votos válidos para eleger um deputado. É importante observar que estados que possuem maior
bancada, dispõem de um menor quociente. Ao final, os votos destinados a partidos que não conseguiram
atingir a barreira, são desconsiderados e, diferentemente do senso comum, esse número de votos
desperdiçados é menor do que esperado. O quarto passo equivale a distribuição das cadeiras entre os
partidos que ultrapassaram a cláusula de barreira, realizada por uma fórmula matemática. Por fim, o
preenchimento das cadeiras pelos candidatos segue a regra majoritária: os mais votados dentro da lista
as ocuparão.
Nicolau alega que a “lista aberta”, apesar das críticas, elege, em sua grande maioria, os
representantes mais votados pela população. Ademais, sua métrica é eficiente ao garantir representação
da nominata, sempre havendo algum grau de discrepância entre o número de votos dos deputados
eleitos. Uma curiosidade apontada pelo autor é que, apesar do mandato dos deputados federais
responderem a nível nacional, a orientação prevista por lei deve ser discutida na esfera estadual.
Além disso, a “lista aberta” tende a estimular as campanhas centradas no candidato. Como os
candidatos têm que obter votos individuais, é natural que reforcem suas reputações pessoais gerando
uma disputa “intrapartidária”, afetando, também, o partido político. Críticos defendem que essas
reputações individuais acarretam na diminuição do impacto dos partidos políticos na arena parlamentar.
Figueiredo e Limongi têm questionado esse consenso, baseando-se nos efeitos da centralização decisória
no Congresso e nos poderes de legislar do presidente brasileiro. De uma forma geral, esta segunda
variante afirma que o comportamento dos parlamentares no Congresso Nacional não é indicativo de
fraqueza ou fragmentação do nosso sistema partidário. Tal posição é defendida em evidências de que os
parlamentares brasileiros têm se comportado de forma consistentemente coesa e disciplinada de acordo
com a indicação dos seus respectivos líderes partidários.

2) Considere a interpretação do estudo da professora Arretche sobre a dinâmica federativa brasileira


(3 pts)
Conclusão – Arretche:
Este artigo examinou [e contradiz] um argumento extremamente difundido acerca do modelo de
federalismo adotado no Brasil: as escolhas constitucionais de 1988 teriam criado uma ordem institucional
que enfraquece a União porque garante poder de veto a estados menos populosos sobrerrepresentados
no Congresso, em particular no Senado. As regras eleitorais - em particular, a sobrerrepresentação - não
apenas feririam princípios igualitários de representação como também converteriam minorias
populacionais em maiorias parlamentares. Em qualquer dos casos, favoreceriam minorias em detrimento
dos interesses gerais.
Ao optar pela desproporcionalidade na distribuição das cadeiras dos estados no Senado, os
constituintes de 1988 repetiram uma fórmula que é adotada pela maior parte das Câmaras Altas
existentes no mundo. Entretanto, o Brasil se destaca por ter adotado uma fórmula de altíssima
desproporção. O fato é que essa fórmula impede que uma minoria de estados mais populosos exerça o
veto sobre a maioria de estados menos populosos.
A despeito do poder residual dos estados, a União tem amplos poderes legislativos, o que
permite que a regulamentação de qualquer matéria de interesse nacional seja apresentada ao Congresso
Nacional. No Senado, que é de fato uma arena de veto, o comportamento parlamentar dos senadores é
partidário e disciplinado, pois a disciplina partidária prevalece sobre a coesão das bancadas regionais. Sob
tais condições, os partidos têm condições de inibir tendências inerentemente limitadoras do federalismo.
Por fim, não é fato que a aprovação de matérias de interesse federativo exija aprovação em uma
multiplicidade de arenas decisórias por supermaiorias, ainda que esse atributo seja assumido - sem a
devida demonstração empírica - como inerente ao federalismo em parte expressiva dos estudos
comparados. O fato é que no Brasil matérias de interesse federativo não têm tramitação especial;
adotamos a fórmula menos exigente de emendamento constitucional no leque de escolhas possíveis ao
mesmo tempo que matérias de interesse federativo podem ser aprovadas sob a forma de legislação
complementar [maioria simples] ou mesmo lei ordinária. Essas escolhas reduzem os custos de formação
das maiorias necessárias para aprovação de matérias no Congresso ao mesmo tempo que dificultam as
estratégias de veto.
Assim, combinada às instituições do federalismo brasileiro - o potencial poder de veto do Senado,
o amplo campo de competências legislativas da União, o comportamento partidário dos senadores e a
inexistência da exigência de supermaiorias -, a fórmula da desproporção na representação das unidades
constituintes não implica constrangimentos à maioria. Na verdade, aproxima o Brasil das fórmulas que
favorecem a autoridade do governo central.

3) Como interpreta a afirmação de Fernando Guarnieri e Fernando Limongi de que "a armação de
amplas coligações partidárias assegurou a montagem em 1994 e a preservação nas eleições seguintes
de um verdadeiro duopólio"? Responda levando em conta casos, exemplos e fatos descritos pelos
autores (3 pts)
Nos últimos 16 anos o país se encontrava em conformidade com um padrão eleitoral que repetia
sua estrutura, com eventuais mudanças periféricas. Tal ideia é proveniente dos estudos realizados por
Limongi e Guarnieri, os quais se propuseram a descrever as movimentações eleitorais do país após e
redemocratização, na obra “Duverger nos trópicos: coordenação e estabilidade nas eleições brasileiras
pós-redemocratização”.
A armação das amplas coligações partidárias comandadas por PT e PSDB assegurou a
continuidade do duopólio estabelecido em 1994. Segundo os autores, a partir das eleições de 1994 criou-
se um ambiente de competição política bastante estável e previsível no Brasil. Dois partidos tomaram o
protagonismo eleitoral, PT e PSDB, os quais desde 1994 obtiveram conjuntamente nas eleições
presidenciais uma votação total que chegou até 90%, considerando-se apenas os votos válidos.
De 2002 até 2014, período com dois partidos fortes e protagonistas, verificou-se que a
distribuição de votos se dava, via de regra, entre PT e PSDB e, em escala menor, na terceira via (ao
“desafiante”, ou seja, o terceiro partido que em geral entra na disputa como forma de tentar quebrar o
duopólio das forças mais expressivas na corrida eleitoral). Esta, no entanto, dizem Guarnieri e Limongi,
mostrou-se um ator político poucas vezes capaz de concretizar efetivas mudanças eleitorais. Exemplo
disso é o fato de que nunca um mesmo partido ocupou a terceira maior votação presidencial em duas
eleições consecutivas - Marina Silva, por exemplo, ocupou essa posição em 2010 e 2014, mas em partidos
diferentes - algo que explicita o caráter eminentemente momentâneo e pouco resiliente desse agente
político nos últimos anos de eleições no país.
Apesar das disputas eleitorais acirradas nos pleitos presidenciais de Dilma Rousseff, as eleições
de 2010 atestam a tese de Guarnieri e Limongi sobre um duopólio, com uma tendência nítida da
prevalência dos interesses do ex-presidente e de seu partido. O sucesso popular alcançado por Lula da
Silva em seus governos, permitiu a continuidade do projeto petista que, mesmo após situações críticas
como no caso da crise do Mensalão, ilustrada pelos autores, conseguiu prosseguir no principal posto de
comando do país.

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