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Para se instaurar uma CPI, é necessário que seja colocada em votação e que
tenha a aprovação de, no mínimo, um terço dos parlamentares, fora outros
requisitos exigidos na legislação. Quando a comissão envolve as duas casas,
Senado e Câmara, é chamada de CPMI (Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito).
Geralmente, a CPI tem um tempo determinado de 120 dias, que pode ser
estendido. O relatório final das investigações é de responsabilidade exclusiva
do relator, escolhido por votação. Após o mesmo ser aprovado pela Comissão,
é encaminhado para o Ministério Público, órgão responsável por tomar as
providências necessárias e encaminhar o caso para o Judiciário.
Vale ressaltar que o objetivo de uma CPI é unicamente investigar, não é de sua
competência, aplicar penas. Entretanto, a comissão dispõe de certos poderes
de investigação semelhantes ao de uma autoridade judicial, podendo inclusive,
solicitar quebra de sigilo bancário; requisitar informações e documentos
sigilosos; ouvir testemunhas, sob pena de condução coercitiva; etc. Todavia,
esses poderes não são idênticos aos dos magistrados, visto que a comissão
não pode efetuar prisões, quebra de sigilo telefônico, nem ordenar busca
domiciliar.
A CPI pode ser criada no âmbito de cada uma das Casas, por requerimento de
um terço dos respectivos parlamentares, ou do Congresso Nacional, por
requerimento de um terço dos senadores e um terço dos deputados. A CPI
pode convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas, requisitar documentos
e determinar diligências, entre outras medidas. Ao final dos trabalhos, a
comissão envia à Mesa, para conhecimento do Plenário, relatório e conclusões.
O relatório poderá concluir pela apresentação de projeto de lei e, se for o caso,
suas conclusões serão remetidas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilização civil e criminal dos infratores.