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Introdução
De início ela já chama a atenção que a sociedade (todas pessoas e classes) da nova
Espanha recorreu “amplamente ao crédito”. Estas transações econômicas eram baseadas
nos créditos, ao ponto que vários setores do mercado tinham sua produção e
funcionamento a medida em que o crédito era disponibilizado. P. 11.
Pessoas de classes mais abastadas tinham uma certa exigência em suas roupas, morada,
transporte, doações e mesmo a participação em festividades e isto de alguma forma fazia
com que eles recorressem ao crédito para manter isto. Este crédito muitas vezes foi acima
do que podiam pagar. P. 12.
A falta de pagamento do crédito, principalmente nas classes mais baixas, era sem dúvidas
um problema. Para estes últimos as confrarias e as irmandades desempenhavam um papel
importante para o empréstimo. Vale ressaltar que estes empréstimos muitas vezes
possibilitou um investimento em suas funções. P. 13.
Ela ressalta que a Igreja era composta por várias instituições e que estas tinham certa
autonomia na administração de seus recursos. Estes recursos econômicos da igreja não
eram administrados de forma centralizada. P. 19.
Padre também desenvolviam funções e profissões no período colonial. Podiam ser
advogados, médicos, contadores e tradutores. P. 20.
As principais formas de obter renda da igreja eram por meio de: dízimos, salários
burocráticos, pagamento de tarifas, doação de bens de fundação, as contribuições dos
membros, esmolas, as obras de pias e capelanias, e mesmo o investimento dos capitais.
P. 21.
Ela ressalta a importância das confrarias. P. 27.
As esmolas, embora pequenas, eram doadas por todos e de forma frequente. Portanto,
tinham sua importância para a formação do caixa da instituição. P. 28.
Todos na sociedade doavam, mesmo que flores, velas, pequenas quantidades de dinheiro
ou de encomenda de missas. P. 32.
Lembrar que eram doações que desempenhavam uma função de salvação. P. 39.
O endividamento das pessoas acabou fazendo com que muitas propriedades acabassem
indo para a Igreja, já que o pagamento muitas vezes foi feito por meio dessas
propriedades. P. 49.
Os empréstimos mútuos eram proibidos. A usura era alvo de críticas e de severos castigos.
P. 51.
Uma forma de contrato chamada “censo consignativo era ‘um contrato por el cual uma
persona vende a otra por cantidad determinada el derecho de percibir ciertos réditos
anuales, consignándolos sobre alguna finca propia, cuyo pleno domínio se reservaba, que
dejaría de satisfacer cuando el vendedor le devolviera la suma recibida” p. 57- 58.
A utilização deste censo consignativo para empréstimos em dinheiro. P. 58.
Um credor e um devedor faziam um contrato para o empréstimo que era garantido pela
“imposição de um censo consignativo (em seu sentido de gravamento[?]) sobre uma
propriedade pertencente ao censuário, o devedor”. Podiam também serem garantidas
pelos fiadores em alguns casos. p. 58.
“La fianza se daba a través del compromisso que asumián los fiadores de responder
mediantes sus bienes y sus negócios por el pago de los réditos y la devolución del
principal” p. 65.
Ela traz vários exemplos de empréstimos às várias classes sociais. Comerciantes eram os
que mais acabavam tendo crédito para o empréstimo. P. 143.
Ela ressalta que embora estas instituições administrassem valores menores, em conjunto
elas tinham uma participação no mercado creditício fundamental e que tinha um impacto.
P. 146.
Falta de liquidez eram um problema generalizados. Sua explicação, segundo a autora, era
“em primer término, la mayoría de los habitantes estaba afectada por la inestabilidad
económica de la Nueva España. Las crisis agrícolas ocasionaban estragos a os produtores.
Em la minería, años Buenos eran sucedidos por años malos debido al agotamiento de las
minas, al alto costo de los insumos y al exterior pero aun éste se veia afectado por el
contrabando, los desajustes entre la oferta y la demanda y la fluctuación de los precios.”
P. 148.
“Em segundo término, para las famílias acomodadas el gasto solía ser elevado, em virtude
de que debían cumplir las exigências de la posición que imponía la sociedade. Estas
famílias contribuían al sostenimiento del clero y de las instituciones de beneficencia y
tenían que mantener a los membros que no desempeãnban atividades productivas, como
las mujeres, los clérigos, las monjas, los enfermos y los niños. Así, destinaban uma parte
importante de sus ingresos a limosnas, obras pías, pensiones y dotes.” 148- 149.
A falta de liquidez também se dava pelo “mal uso que se deu ao dinheiro obtido mediante
ao crédito”. Nem todos pegavam empréstimos para investir nas produções, mas também
para fazer caridades, para pagar dívidas, para comprar artigos suntuários. P. 149.
Venda de propriedades rurais eram mais difíceis e às vezes demorava para receber ou não
recebiam o suficiente pelo empréstimo feito. P. 153.
As instituições religiosas favoreciam um amplo leque social com seu crédito, sua única
exigência era que o credor pudesse garantir o emprestado. P. 164.
Comerciante utilizaram bastante o crédito. 43,85% dos empréstimos eram deles. E sua
garantia de receber ocorria quase sempre por meio dos fiadores. P.165.
Maioria dos empréstimos ocorreu por questões comerciais. 52,63%, seguidos por
pagamentos de dívidas. P. 171
Ela ressalta que muitas vezes a pessoa entrava num circulo vicioso em que fazia dívida
para pagar as dívidas e nunca mais saia disso. P. 177.
No depósito irregular a alcabala não era obrigada então ficava mais barata. P.181.
A adoção aos depósitos irregulares que ajudou no investimento e na forma mais frequente
de crédito disponível. P. 182.