Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
,.--.'7~
....... .
Para regularidade do nosso expediente, sensível, vós que sois o coração do universo
só agora podemos fazer a distribuição gra- Fa1·delar e jogar, eis no que deve occupar-se
tendes ainda p1eõentes todos os soffrimentos
tui ta aos nossos assignantes, da estampa a actividade de todo bom cidadão e bom guarda
d'aquell ~s que se viram em um instante pri-
que publicamos da cataf:'trophe da barca nacional.
vados do aurimo de um pai, das caricias ma.ter-
«Terceira» . F ardelar de tudo e de todos; jogar com
Os que desejarem possuir mais de um nas, das santas consolações de uma esposa, do
tudo e com todos, f!'m excepc;ão· mesmo dos
exemplar, terão a bondade de juntar ao a:ffecto filial, de paternaes cuidados, de todas
bicho::~ engaiolados no Jardim Zoologico.
pedido a respectiva importa ncia, em moeda essas emoções que constituem a ftJiicidade nest.a
Felizes e privilegiados bichos, que monopo-
corrente ou em sellos do correio. vida tão cheia de disillusões e desenganos, de
lisaes presentemente o cu1to de tados os habi-
O preço de cada exemplar é de um mil dores e infortunios onde ao lado de cada uma
reis devendo as cartas ser registradas. tantes desta Sebasüanopolis, que em v6s põe
rosa brotam mil espinhos .
todos os dias a sua esperanc:a e a sua fé, sem
N ófl homers somos o pensamento que lucta,
que se agita e no combate de hoj e esquece facil- excepçâo do proprio Apostolo, que systemati-
camente pára no porco o se u cheque diario.
Aproveitamos a opp ortunidade para mente as dóres de houtem. Vós sois o senti·
declarar aos nossos assignantes que, por menta que chora e d e ,G_.ada lagrima faz uma es- Por honra vosE'a, já fostes distinguidos
ab::; olnta falta de tempo, não nos foi possí- trella para illuminar o céu negro de todas as com o rétrato a oleo, e nllo está longe o dia de
vel a i nda cl!:l.r este num~ro co m os melhora- m iserias, de todas as aillicções. De vós deve serdes alvo da marcha ao flambeau x ,
m e ntos que pretendemos introduzir, pelo partir a iniciativa para que não sejam esqueci- Agora, para serdes campletamente felizee só vos
qu ~ pedimos desculpa. faltam duas co'sas: sustento e aceio."
das as indirectas victimas da horrível catastro-
N. B. - Todas as pessoa'; que tiverem Mas como poderão estes ser vos dados, se
phe, aquellas que viram abrir-se o abysmo da
de nos e nviar d inh eir o, em cartas regis- nesse philantropico jogo com que felic itaf:'s esta
tra das, pedem-n' o fazer sem o menor receio miseria , entre o abysmo ardente do incendio e
o abysmo frio do mar. Organisai vós uma festa, . população premiaes com 20$000 a qu em, para
da «torra ção>> c1esinfectante, graças ao visitar-vos, faz o sac1·iflcio de despender dez
pudido q~1e fizemos iL illustre commissào um espetaculo em beneficio d'essas victimas,
tostões na acquisiçao do respectivo bHbete de
sanitaria . fuzei com que as palmas que coroam os vôos da
ingresso?
O seg·uro morreu de velho . arte se mudem em obolos caridosoa, suavíssimos
Desta maneira nã0 poderá haver receita que
A ADMINISTRAÇÃO balsamos para essas agonias.
chegue para cobrir o progressivo de:ficit que vos
Si é certo, como diz um grande poeta, que
privado sustento e do aceio, e o vosso exicio
quando Deus quer fazer o bem, toma uma es-
l\to oe J ,\NEm0 1 c.! de Fcvct•c iro de \ SOS trella_ no espaço e torna·fe inevitavel, se a prefeitura municipal,
" forma d'ella um sentimento dando conveniente intnpretaçlto ao contract<~
FOI-SE no coração da mulhe1· ». que võs autborisa a zoologica jogatina, não vier
em VOS!"O auxilio permittindo que, em vez de
dai a esse sentimento a sua primitiva origem e
que os seus raios sidereos l evem as consolações um bilhete de ing resso a quem vos visita, vós
possaes vender francamente bilhetes de poules
M
A RECE afinal terminado o trisf e perio- ao~ lares enlutados.
dn Je arruaças, aberto no tranquillo de- Tudo esperamos de vós, nós, q ue vós nao a quanto papalvo queira. ir d espejar o seu di-
c L:rso da vida burgueza desta pacata cidade dizemos o 8exo que encanta, mas sim o sexo nheiro nas gavetas do vosoo Book ·Ma7ter,
Ai ,Hla bem, porque a causa ia fic:..ndo feia, que ama. 86 a!lsim podereis ter cs.me {t ufa, a des·
e a ge nte pacifica era obrigada a desistir do A caridade é uma forma do amor. peito da carestia crescente e tolerada deste ar-
seu halntua l passeio pela r ua do Ouvidor. tigo alimer ticio de primeira necessidade.
D. Mavro.
Curioso por indole e por principio , tivemos Se tal conseguirdes contae com a minha
occasiào de observar muito de perto os grupos freguezia.
A' força de muito parafusar, jà eu consegui
que, rellnidos em determinados lugares, solta-
vam v iv.ls! e m on·a s 1 a isto e aqui!lo, a estes FARDELIOES descobrir o meio de joga rpela certa, ganhando
sempre.
e uquelles; e, francamente, níto vimos o enthu- o Para isso basta só que eu obtenha poder, !i
siao;mo q ue desperta a defeza d~ uma boa
Pois senhores, as coisas jâforam peiore> lo hora de liquidar-~e o joguinbo, deitar uma
causa.
'rivemos mesmo a impressão de estat·mos que vao indo, e o meu illustre compadre D. olhade!.la para os livrinhos dos talões dos bilhe·
assistindo a uma dessas vaias monumentaes . Quixano chega bem a proposito ·para poder tes . Em bicho de talao eflg?tado ou quasi esgo-
muito ft·equentes pelo Carnaval. da1· á sua exaltada imaginação o mais maravi- tado não caio na asneira de arriBClll' nem um
A policia interveio, a bem da ordem e dis- lho&o alimento que já.mais foi lido ou relatado nikel.
so resultou haver lucta, na qual se deram al- em novellas de cavalleria. Naquelles, cujos talõe11 estiverem q oasi in-
gans ferimentos larnentaveis. E bem inspirado andou sua mercê em ter tactos, n'esses sim 1 canego Eem receio, porq~e
E' de crer, porem, á. vista da condrmnação didgido os estropeantes rassos do seu incom- são esses os que vão para o quadro que lá está
geral infl.igida a esse!'! actos vergonhosos, que paravel Rocinante· para estas p1nagens, onde pendurado no jardim.
os .seus protagonistas vao cuida1· de outra vida, nllo faltam moinhos de vento, elmos de Mam- O vosso Cavanelias é muito fino e escolhe
aproveitando melhor a veia trocista de que são bl'ino, e até Ilhas Baratarias a conquistar, para sempre para pôr lí:L no quadro o bicho em qus
dot-ados. premio e gloria do seu taga1·ella e anafado es- poucos ou nenhuns per.sam.
Assim o desejamos por amor do bom no- cudeüo Sancho Pansa. Mas si elle é alho, eu tambem de ce bolla.
me que devemos ter no convivia das na!,lões Chronista ou commentador loquaz, como não tenh<> nada.
civilisadas. todos ~s barbeiros, meus collegas, de tudo quan- O meu patricia Sancho Pansa, como quer
DON QU I X OTE 3
,o.")· o:n. ,. 1~:~ ~J IL :;:,~:: qL~. :.:9f.ki~,;~~~,,; P~ -~ C/1-;V c-tJ [OI y Í 0<. 1 -
(ot pt.. Co!Y~Cl · Oi.'ot(j\...4~ Co1-,1. Dfltft O C-eu.., j iAs t- oc1?1 ~1-t/-r:. p CS01.
YetYYef-~ oi e. 111111 ct ·v e~ • . ; COL 11'')1'1
iyyjl-ettJl o , CliCCi1.DOV. fJO'I'
C '1'11. 't l h o..,. 1· o i cn i 11 o(cx 01 pof;cíOf.es.
jJ() -r s -e "' L- Vt ·n o
oLo ThcSOIII>O ~5D ...Sotn~~-te.s
1. os ;,"~te,.,olentes tntn'l· cLtYe<.Õ Vc.tYYe·r os
b 0 ~~ - 1'11 0t h 5
. .
110fo
(9
[QJYC;{ctY~
e_ l I o 9ue. 1LOS
,.,.,.,_ v01~·)·e.-r
r(1~, esr~r.~·D(y ~ue..
01. J<J~etl-.11{).(
DL•
't.oDlolJ' .cOt.
p~·t[·t.ih.tY~
I •
OON QUIXOTE 7
··,, .
··. . .
. .
>~·
O COI.pihxõ r.>Le.fr~qotc~ AIA~~.d-o de Clll.dilho, ÇOYI'11111>t'lHLc;o·d·t. olot: CoT· ve~(( \':)o,- f-~t~. ~ 111 r.; ~
" ft j 'Yl d e. !J 6 '' t O . t j"~ ' J O pl, O . e>l O CU 1(
O C O 11 c C ol í t?l O c.t O J H V O· tf O S O l ~ Y ot S J't t i Y O s ' ~ IA. L rx. :r .si IH f i c oo· '-'ll-'~1.
sOti\·OJ olt>t 1'11tl1·fe ~11t J2J ; ole Mcn~o tú n94--:11.0 p·~l·ro d-o 'Fllo -ol~JÇ()HY\"0.