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MANUAL CONFORMAÇÃO
MERCADOS DE SEGUROS E
MERCADOS FINANCEIROS
Objetivos Gerais:
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MANUAL DE MERCADOS DE SEGUROS E MERCADOS FINANCEIROS
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
1. Mercado Segurador e Ressegurador ...................................................................................... 4
1.1 Mercado Segurador ............................................................................................................... 4
1.1.1 -Outras figuras associadas a empresas de seguros ....................................................... 4
1.2.- Mercado Ressegurador........................................................................................................ 5
1.3.- Funcionamento e interação dos Mercados Segurador e Ressegurador ............................. 8
1.4.- A evolução do mercado de Seguros em Portugal.............................................................. 10
2. MERCADOS FINANCEIROS RELEVANTES ............................................................................... 12
2.1. – O que são Mercados Financeiros ..................................................................................... 12
2.2. –Funcionamento dos Mercados Financeiros ...................................................................... 13
2.3. Um pouco da evolução dos Mercados Financeiros ............................................................ 15
2.4. – Mercado de Capitais ........................................................................................................ 15
2.5. – Mercado Monetário ......................................................................................................... 17
2.6. Mercado de Crédito ............................................................................................................ 18
2.7.- Mercado Cambial............................................................................................................... 22
2.8.- Mercado de Derivados: de Opções e de Futuros (*F2) ..................................................... 24
NOTAS:........................................................................................................................................... 26
BIOGRAFIA: .................................................................................................................................... 28
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INTRODUÇÃO
Os riscos identificados para serem objeto de seguros devem permitir o seu tratamento
estatisco, ou seja, devem ser numerosos, e homogéneos para se poderem enquadrar na
lei dos grandes números.
Esses fluxos financeiros exigem uma gestão rigorosa de curto e médio prazo, tendo
presente o ciclo médio de transformação dos prémios recebidos em sinistros pagos.
Torna se, portanto, premente uma forte articulação da tesouraria das empresas de
Seguros e de Resseguros com os Mercados Financeiros e a sua boa compreensão por
parte dos diversos players envolvidos é fundamental para a confiança das Pessoas,
empresas e instituições como pilares da indústria.
Palavras Chave: seguro, contrato de seguro, lei dos grandes números, empresas de
seguros, empresas de resseguros, mercados financeiros, mercado de capitais, mercado
monetário, mercado cambial, mercado de crédito, mercado de derivados
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Para que exista mercado e o mesmo funcione nesta área necessitamos que exista oferta
e procura e respetivos agentes económicos.
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De uma forma prática, o Resseguro é designado por seguro das empresas seguradoras.
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grandes riscos) ou por parte (caso de uma carteira de seguros de um determinado ramo
ou de vários), em troca dos prémios originais (aceites pelas empresas de resseguros).
Um exemplo típico para Resseguro será o caso de uma Cª de aviação, onde em caso de
um desastre aéreo, o seu impacto u de desaparecimento, independentemente da sua
capacidade estar a ser cumprida (Pleno).
Outros casos são os grandes sinistros ambientais como tufões, derrames de petróleo ou
até terramotos e tsunamis.
Análise do circuito:
Tomador do Seguro- paga prémio pelo risco transferido para a empresa de seguros –
assume o risco transferido e paga sinistros que possam vir a ocorrer.
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Empresa de resseguros– líquida á empresa de seguros os sinistros que esta tenha pago
aos seus segurados/beneficiários/terceiros no âmbito dos riscos incluídos nas
coberturas da(s) apólices resseguradas.
Empresa de resseguros – transfere ou não, parte dos prémios para outra empresa de
resseguros (cedência)
Empresa de resseguros – reverte parte dos prémios para a empresa de seguros cedente
(retrocessão)
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Quota-Parte (ou surplus share treaty) – neste típico contrato de resseguro proporcional
(ou pro-rata) a parte cedida pela empresa de seguros depende da dimensão e tipo de
risco. Aqui a empresa de seguros decide quanto quer reter de cada layer. Estamos
perante uma retenção de múltiplos layers. Os diversos layers estão repartidos.
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Os ativos financeiros devem ser ajustados face às tipologias das diferentes Provisões
constituídas a saber:
• Provisões para Riscos ainda não encerrados, á data do seu cálculo (IBNER)
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Podemos assim perceber que as Provisões que incidem sobre o passado, são
responsabilidades, e, portanto, situam se no Passivo do Balanço das empresas de
seguros e de resseguros. (*7)
As Provisões que dizem respeito ao futuro, são contabilizadas no Ativo das empresas de
seguros e de resseguros.
A evolução dos prémios não vida – tendo uma trajetória que acompanha o período de
intervenção financeira externa em Portugal (2011-2014) somente retoma o crescimento
em 2015.
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Os prémios vida sofrem uma inflexão muito mais acentuada dado serem
maioritariamente angariados por Bancos e refletirem o fim das operações de
capitalização institucionais com a sua passagem a liquidez direta em muitos casos e a
necessidade de as famílias utilizarem nomeadamente parte dos produtos de PPR para
financiarem diversas necessidades como pagamentos de hipotecas e de desemprego.
• Produtos estruturados
• Ações
• Fundos de investimento
• Imobiliário
• Numerário e depósitos
• Derivados
• Hipotecas e empréstimos
• Outros
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Isto significa que o acesso a estes mercados está suportado por plataformas eletrónicas,
e aos mesmos o acesso não é direto, mas passa antes um broker devidamente
credenciado junto desse mercado (broker de bolsa, banco de investimento...)
Quando quero comprar ou vender ações ou obrigações ou opções ou futuros, etc. dou
uma ordem de compra ou de venda que é canalizada para o mercado ou via um Banco
ou via um Broker independente acreditado nesse mercado, ou conectado a uma
entidade acreditada diretamente.
Se por exemplo quero comprar ações de uma Companhia Chinesa cotada em Shanghai,
preciso que o meu Banco, contacte um broker acreditado em Shanghai, ou uma sua filial
acreditada nessa praça.
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uma ação, uma obrigação, etc. do qual não podem ser separados, porque o
preço de mercado está sempre relacionado com o valor financeiro desse ativo.
Não são hoje compagináveis com a presença dos pregões e dos leilões abertos dos
diversos representantes ao vivo num determinado local, tal como ocorreram nas mais
diversas praças financeiras até ao início do seculo XXI.
Por outro lado, existem pessoas ou empresas ou instituições que necessitam de capital
para as suas operações, ou para a gestão das responsabilidades assumidas.
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Ideias a reter:
1. Oferta e Procura
2. Excedentes e deficits
3. Organização de Mercado
4. Confiança nas regras definidas
Para os Mercados Financeiros funcionarem além de investidores, precisamos de Bancos,
Brokers, Fundos de Investimento, Sociedades Gestoras, etc. – são os diversos agentes de
Mercado.
Também aqui entram outros reguladores que a montante e/ou a jusante do “palco do
negócio” interagem com o Mercado, como o Banco de Portugal, ou a ASF, além de
outras entidades Governamentais e Internacionais.
Lembramos que existem Códigos, Leis, Decretos Leis e Normas Regulamentares que
suportam de forma clara toda a atividade.
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Em 1813, a Casa Rothschild coloca títulos de divida no mercado para financiar as guerras
Napoleónicas
Durante o seculo XIX, a forte expansão económica acelerada pela Revolução Industrial e
o aparecimento das sociedades anonimas dão um grande impulso ao mercado de ações.
Ainda no mesmo século se desenvolve o Mercado de Futuros de forma moderna, a
partir de Chicago (COT – Chicago Board of Trade)
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Risco de Capital: Risco de o montante a receber pelo investidor vir a ser inferior
ao capital investido
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Risco de Taxa de Juro: O valor de uma obrigação depende dos níveis das taxas de
juro de mercado. As obrigações podem ser de taxa de juro fixa ou variável.
Risco de Capital: Risco de o montante a receber pelo investidor vir a ser inferior
ao capital investido.
Risco de Crédito: Tem origem na possibilidade de uma das partes poder estar
relutante ou incapaz de cumprir as suas obrigações contratuais.
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Atentemos no gráfico abaixo, apresentado pelo Dra. Carla Soares do Banco de Portugal
na Revista de Estudos Económicos (2019) subordinado ao título “Mercado de crédito da
área do euro: quem contribuiu para a recuperação recente? “
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GRÁ FICO 1: Empréstimos bancários na área do euro e por grupos de países | Taxa de variação anual,
percentagem
O risco de crédito surge sempre que um credor está exposto a perda de um mutuário,
de contraparte, ou um devedor que não cumpra sua obrigação de dívida, previamente
aceite e contratada.
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Escalão de crédito
Anos
Até 1 milhão de euros Mais de 1 milhão de
Total
(inclusive) euros
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Tipo de finalidade
Anos
Crédito à Crédito para consumo e
Total
habitação outros fins
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Deste modo verificamos que o rácio de equilíbrio á vista (spot) de uma taxa de câmbio
de uma divisa face a outra, mudará a prazo por um conjunto de expectativas
económicas estimadas e refletida na taxa de juro dessa mesma divisa a prazo (forward).
Assim o Mercado Forward – caracteriza se pelo cumprimento de obrigações contratuais,
a ocorrer num dado momento no futuro previamente acordado, portanto um mercado
bilateral, com caracter informal.
→ Políticas Económicas
→ Fluxos Comerciais
→ Os Bancos Centrais
Bloomberg
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Importa ter presente que a evolução da teoria da diversificação das carteiras, passamos
aos modelos fundamentais aos mercados de Derivados (fórmula de Black- Scholes) e os
Opções.
Mercado de Futuros:
O mercado de Futuros, teve a sua génese (moderna, dado que há vá aos primórdios
gregos e aí encontre o seu embrião) nos agricultores Americanos que pretendiam
acautelar o risco de oscilação dos preços das suas colheitas, de modo a poderem fazer
face às despesas que suportavam antes das mesmas.
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Mercado de Opções:
Por detrás dos mercados de Opções estão os contratos de opções, que se caracterizam
por:
NOTA: Tal como nos contratos de futuros, ou nos negócios de forward, o contrato de
opções tem como objetivo fundamental permitir que aos agentes económicos, fixar no
presente, o preço de uma transação que só se concretizará no futuro. Deste modo com
um derivado (futuro, opção, etc.) estão a diversificar o risco intrínseco de um ativo
subjacente e a reduzi-lo de uma forma mais barata.
Quer isto dizer que o comprador da opção (que pagou o prémio) se no momento de
exercer a opção, vir que no mercado spot o bem se transaciona a um preço mais
favorável, não exercerá a opção., ou seja apenas perde o prémio pago. Se no momento
de exercer a opção o mercado spot for menos favorável, o comprador da opção,
procede ao seu exercício, contabilizando os ganhos inerentes. (*F3)
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OBS: a teoria das opções, antes de ser alocada para a teoria financeira, foi cerca de 73
anos antes, desenvolvida para ser aplicada ao negócio dos seguros, pelo francês Louis
Bachelier. (*F4) no âmbito da sua tese de doutoramento apresentada na Universidade
de Sorbonne (Paris)
NOTAS:
*3- A assunção do risco pode ser efetuada por uma Seguradora, ou por várias
Seguradoras em conjunto. Nesta última situação estamos a falar de Cosseguro (art.º 62
a 70 da LCS 72/2008 de 16/4/2008).Todavia importa clarificar que na regularização de
sinistros não há solidariedade entre as diversas cosseguradoras, isto é cada seguradora
só está vinculada a prestar ao credor a sua parte na prestação e a cada um dos credores
só pode exigir do devedor ou devedores a parte que lhe cabe – João Valente Martins in
Contrato de Seguro – Noções praticas (2ª edição)- Quid Juris Editora (2011) – pág. 49
*4 – o conceito de stop-loss também pode ser usado por uma apólice, onde se refere
que o segurador assumirá os pagamentos verificados acima de determinado montante.
É bastante usado nos EUA para as apólices de saúde onde num plafond global de
consumos agregados (das diversas coberturas) deixa de ser pago pela seguradora,
quando se atinge o montante máximo de gastos acordado.
Pode se ver um exemplo a partir do site do “The Spencer James Group Inc.”
https://www.spencerjamesgroup.com/what-is-stop-loss-insurance
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Treaty reinsurance”
https://www.munichre.com/site/mram/get/documents_E96160999/mram/assetpool.m
r_america/PDFs/3_Publications/reinsurance_basic_guide.pdf
https://eiopa.europa.eu/Publications/Guidelines/TP_Final_document_EN.pdf
https://eiopa.europa.eu/Publications/Consultations/EIOPA-BoS-19-
465_CP_Opinion_2020_review.pdf
Os instrumentos de que falaremos dão origem a mercados específicos como vemos tais
como futuros, opções, swaps, forwards.
Muitos derivados não são comercializados em mercado organizado (Bolsas) mas usados
por Instituições (Bancos de Investimento, Fundos, etc.) para hedging (cobertura de
risco) ou para especulação de preços do ativo subjacente.
*F3 - Os contratos de opções são normalmente de prazos curos (até um ano). São
bastante usados para reduzir os riscos de queda nos mercados de ativos como ações ou
obrigações, quando os respetivos investidores estão preocupados com as correções de
preços nas semanas próximas. Nesses casos os investidores compram uma opção de
venda (put option) para cobrir o período que falta até ao vencimento de uma obrigação,
ou da data de venda de uma ação (essencialmente quando estão alavancadas em
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crédito ou tem inerente por exemplo os direitos de participação numa assembleia geral,
o recebimento de um dividendo, etc.)
https://www.youtube.com/watch?v=43bk2a6CPr8
BIOGRAFIA:
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