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PETIÇÃO INICIAL

Para elaborar uma petição inicial pelo procedimento


comum, lembre-se de seguir o roteiro do art. 319 do Código
de Processo Civil. Em síntese, deve conter:

JUSTIÇA GRATUITA
AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU
CONCILIAÇÃO Prevista no art. 98 e seguintes do Código de Processo
Civil, compreende tanto a pessoa natural como a
jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de
recursos para pagar as custas processuais e honorários
advocatícios.
ATENÇÃO: A assistência do requerente por advogado
particular não impede a concessão da gratuidade da
justiça (Art. 99, §4º, CPC).
RECURSO: Contra a decisão que indeferir a
gratuidade ou a que acolher o pedido de sua revogação
caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão
for resolvida em sentença, contra qual caberá apelação
(art. 101, caput + 1.015, V do CPC).
CONTESTAÇÃO
A contestação é a forma de defesa do Réu em um
processo de conhecimento. Lembre-se do ônus da
impugnação específica, ou seja, todos os fatos e pedidos
do Autor devem ser contestados pelo Réu (art. 336 e 341,
CPC), sob pena de presunção de veracidade dos fatos.

ATENÇÃO: O ônus da impugnação específica não é


aplicável ao defensor público, ao advogado dativo e ao
curador especial (art. 341, parágrafo único, do CPC).

PRAZO: O prazo para contestação é de 15 dias úteis


(art. 335, caput, c/ c 219, CPC), cuidado com as hipóteses
de prazo em dobro. Fique atento: se for peça processual,
lembre-se de abrir um tópico para demonstrar a
tempestividade e indique também os art. 219, 224, 230 e
231 do CPC.

PRELIMINARES: As preliminares de contestação estão


previstas no art. 337 do CPC. Lembre-se de alegá-las antes
do mérito e incluir nos pedidos.

PEDIDOS: Não esqueça que na contestação o Réu


deverá requerer a improcedência dos pedidos formulados RECONVENÇÃO
pelo Autor na petição inicial.
A reconvenção ocorre quando o Réu se vale do
ANOTAÇÕES: mesmo processo para buscar não apenas a
improcedência do pedido do autor, mas uma pretensão,
ou seja, um contra-ataque ao autor.

ATENÇÃO: a desistência da ação ou a ocorrência de


causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não
obsta ao prosseguimento do processo quanto à
reconvenção (art. 343, §2º, do CPC).

Com o advento do Código de Processo de 2015, a


reconvenção passa a ser alegada na própria contestação,
consoante previsão do art. 343, caput, do CPC. Mas
atenção: o réu pode propor reconvenção
independentemente de oferecer contestação!
PROCESSO DE EXECUÇÃO EFEITO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO: Em regra, os
embargos à execução não terão efeito suspensivo,
O título executivo deve representar uma obrigação contudo, poderá ser requerido se demonstrado os
líquida, certa e exigível! Verifique o rol dos títulos requisitos para a concessão da tutela provisória e desde
executivos previstos no art. 784 do CPC e caso a peça que a execução já esteja garantida (art. 919, caput c/c
processual seja uma ação de execução, observar o art. 798 §1º, do CPC).
do CPC, pois constam requisitos específicos!
FRAUDE À EXECUÇÃO
EMBARGOS À EXECUÇÃO X
FRAUDE CONTRA CREDORES
Meio adequado para defesa do executado na ação
fundada em título executivo extrajudicial. Trata-se de uma FRAUDE À EXECUÇÃO: Caracterizada quando o
petição inicial que segue os requisitos do art. 319 do devedor se desfaz de seu patrimônio após a ciência da
Código de Processo Civil e deve ser distribuída por ação de execução ou após a averbação prevista no art.
dependência aos autos da execução. Atenção para os art. 828 do Código de Processo Civil. O pedido de
914 e seguintes do Código de Processo Civil. reconhecimento da fraude à execução é realizado
PRAZO: os embargos serão oferecidos no prazo de 15 através de petição nos próprios autos da ação de
(quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do art. execução.
231 do CPC. OBSERVÇÃO: conforme previsão do §1º do FRAUDE CONTRA CREDORES: É um defeito do
art. 915 do Código de Processo Civil, fique atento: quando negócio jurídico previsto no art. 158 a 165 do Código
houver mais de um executado, o prazo para cada um deles Civil. A ação adequada para atacar a fraude contra
embargar conta-se a partir da juntada do respectivo credores é a Ação Pauliana / Ação revocatória.
comprovante de citação, SALVO no caso de cônjuges e de
companheiros, quando será contado a partir da juntada do ANOTAÇÕES:
último.

PARCELAMENTO: no prazo dos embargos,


reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o
depósito de trinta por cento do valor da execução,
acrescido de custas e honorários de advogado, o
executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar
o restante em até 06 (seis) parcelas mensais, acrescidas
de correção monetária e juros de um por cento ao mês.

MATÉRIAS DE DEFESA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO:


fique ligado no art. 917 do CPC se a peça processual for
embargos à execução, pois ali estão elencadas as possíveis
matérias de defesa!
➢ A doação pode ser revogada por duas razões:
ingratidão do donatário e descumprimento de encargo.
DIREITO CIVIL – CONTRATOS
➢ O comodato é o empréstimo de uso de bens
➢ Não pode ser objeto de contratação a herança de infungíveis. Não é transferida a propriedade do bem para o
pessoa viva. Caso isso aconteça, o contrato é nulo (e não comodatário.
anulável). ➢ O mútuo é o empréstimo de consumo de bens
➢ Um contrato reputa-se celebrado no lugar onde ele fungíveis. A propriedade do bem é transferida para o
foi proposto. mutuário.
➢ Os dois lados da relação contratual podem ➢ O contrato de empreitada pode ser somente de
estabelecer que querem desfazer o contrato: o chamado mão-de-obra (empreitada de lavor) ou de mão-de-obra e
distrato, que também é conhecido por resilição bilateral. materiais (empreitada global). Se ocorrer diminuição no
➢ Quando há inadimplemento, é possível que a parte preço da mão-de-obra ou preço dos materiais, superior a
lesada opte entre pedir a resolução do contrato mais perdas 10% do contratado, poderá o dono da obra, pedir uma
e danos ou então pedir o cumprimento mais perdas e danos. redução de preço ao empreiteiro.
No entanto, caso o devedor já tenha cumprido grande parte ➢ No contrato de mandato é possível que o
do contrato, poderá ser aplicada a teoria do adimplemento mandatário seja alguém entre 16 e 18 anos, ou seja,
substancial, em que não é possível que seja pedida a relativamente incapaz. Seria uma exceção, prevista no artigo
resolução mais perdas e danos e sim, somente, o 666 do CC, que traz tal possibilidade.
cumprimento mais perdas e danos. OBSERVAÇÃO: Segundo ➢ A obrigação do corretor, no contrato de
o STJ a teoria do adimplemento substancial não se aplica a corretagem, é de meio de não de resultado. No entanto, se
contratos de veículos alienados fiduciariamente. havendo cláusula escrita de exclusividade na corretagem e
➢ A venda de ascendente para descendente será outra pessoa realizar a venda (o próprio proprietário, por
válida, desde que o cônjuge de quem vendeu, bem como exemplo) ainda assim será devida comissão ao corretor.
demais descendentes tenham expressamente consentido.
Caso não tenha havido o consentimento, a venda será
passível de anulação.
➢ É possível a compra e venda entre pessoas casadas,
desde que o objeto do contrato seja um bem excluído da
comunhão.
DIREITO CIVIL PARTE GERAL EMANCIPAÇÃO

a) Emancipação voluntária: Ocorre pela concessão dos


pais – mediante escritura pública, independentemente de
homologação judicial, devendo o filho ter 16 anos
completos. Necessidade de Registro no Cartório de
Registro Civil.

b) Emancipação judicial: É a emancipação concedida


pelo juiz nos casos em que o menor está sob tutela, sendo
ouvido o tutor, se o menos contar com 16 anos completos.
A emancipação judicial também pode ser utilizada no caso
de divergência entre os genitores no tocante à
emancipação. Necessidade de Registro no Cartório de
Registro Civil.

c) Emancipação legal: Advém da disposição legal. Trata-


se dos casos previstos nos incisos II, III, IV e V do art. 5º do
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES: são absolutamente Código Civil.
incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os
menos de 16 anos. Desta forma, o ato só poderá ser
praticado pelo representante legal do absolutamente
ANOTAÇÕES:
incapaz, sob pena de nulidade do ato, nos termos do art.
166, I, do Código Civil.

RELATIVAMENTE INCAPAZES: são incapazes,


relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
os maiores de dezesseis e menores de 18 anos; os ébrios
habituais e os viciados em tóxico; aqueles que, por causa
transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade; os pródigos. A incapacidade relativa permite
que o incapaz realize o ato, desde que esteja assistido
pelo representante legal.

RELACIONANDO COM A REGRA PROCESSUAL: O art.


71 do CPC/15 dispõe que o incapaz será representado ou
assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma
da lei.

CUIDADO! Nas qualificações das peças, observar essa


situação.
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS CASAMENTO
JURÍDICOS

ERRO: a própria pessoa se engana. Previsão legal: art.


138 a 144 do Código Civil.

DOLO: é provocado por terceiro e não pelo sujeito


enganado. Trata-se de um artifício malicioso pelo qual uma
das partes, visando prejudicar o outro, induz-lhe a
celebração do negócio jurídico. Previsão legal: 145 a 150 do
Código Civil.

COAÇÃO: pressão física ou moral exercida sobre o


negociante obrigando-o a assumir uma obrigação que não
deseja. A coação física gera a nulidade do negócio jurídica,
enquanto a coação moral ou psicológica gera a anulabilidade
do negócio jurídico. Previsão legal: 151 a 155 do Código Civil.
REGIME DE BENS
LESÃO: premente necessidade ou inexperiência
(elemento subjetivo) + onerosidade excessiva (elemento
objetivo). Previsão legal: art. 157 do Código Civil.
Regime de comunhão parcial de bens – Regime legal
ESTADO DE PERIGO: situação de perigo conhecida pela
dispositivo: não havendo convenção de regime, ou sendo
parte (elemento subjetivo) + onerosidade excessiva
nula ou ineficaz, aplica-se o regime de comunhão parcial de
(elemento objetivo). O negócio jurídico eivado pelo estado
bens, na forma do art. 1.640 do Código Civil. Regra: não
de perigo é anulável (art. 171, II + 178, II do Código Civil).
exige pacto antenupcial. Atentar às incomunicabilidades
Fundamento legal: art. 156 do Código Civil.
neste regime – art. 1.659, Código Civil.
FRAUDE A CREDORES: devedor que desfalca o patrimônio
Separação obrigatória de bens – Regime legal
com intenção de prejudicar os credores.
obrigatório: esse regime de bens não exige pacto
Art. 158 = quando o devedor praticar atos de disposição antenupcial pois é uma imposição legal, na forma do art.
gratuita ou remissão de dívidas e tornar-se insolvente. 1.641 do Código Civil. É aplicável às pessoas que contraírem
casamento com a inobservância das causas suspensivas da
Art. 159 = quando o devedor já insolvente, pratica atos de
celebração do casamento, aos maiores de 70 anos e
disposição onerosa."
àqueles que dependerem de suprimento ou autorização
Previsão legal: art. 158 a 165 do Código Civil. judicial para casar.

SIMULAÇÃO: declaração enganosa de vontade + praticar ATENÇÃO: aplicação da súmula 377 do STF.
negócio diferente do pretendido. Previsão legal: art. 167 do
Código Civil. Tratar-se de hipótese de nulidade!
Regime de comunhão universal de bens: Exigência de
BEM DE FAMÍLIA
pacto antenupcial. Atenção para os bens que não se
comunicam neste regime – verificar art. 1.668 do Código Civil
e dar atenção especial aos frutos, visto que mesmo que de
bens incomunicáveis, os frutos se comunicam, desde que
vencidos na constância do casamento, na forma do art. 1.669
do Código Civil.

Regime de participação final nos aquestos: Necessidade


de pacto antenupcial. Durante o casamento, pode-se dizer
que há separação total de bens, contudo, no caso da
dissolução da sociedade conjugal, o regime fica próximo da
comunhão parcial, visto que casa cônjuge terá direito a uma
participação naqueles bens adquiridos com a sua
colaboração. Excluem-se da soma dos patrimônios os bens
previstos no art. 1.674 do Código Civil.

Regime de separação de bens: Exigência de pacto


ALIMENTOS
antenupcial. Separação absoluta de patrimônios. Os Observar Lei nº 5.478/68 + art. 1.694 a 1.710 do CC
cônjuges têm liberdade para alienar e gravar com ônus real
seus bens (art. 1.687 e 1.647, caput, CC); Características: personalíssimo, recíproco, periódico,
incessível, irrenunciável, imprescritível, impenhorável,
ATENÇÃO: Exigência de outorga uxória (da esposa) ou incompensável e irrestituível.
marital (do marido) - EXCETO no regime de separação
absoluta de bens (art. 1.647 do CC): a) Alienar ou gravar de Observar trinômio: possibilidade, necessidade,
ônus reais bens móveis; b) Pleitear, como autor ou réu, proporcionalidade.
acerca desses bens ou direitos; c) prestar fiança ou aval; d) ATENÇÃO: O prazo para executar alimentos já fixados é
fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou de dois anos, contudo, CUIDADO: art. 198, I, do CC: não corre
dos que possam integrar futura meação. prescrição contra o absolutamente incapaz. Art. 197, II, do
CC: Não corre prescrição entre ascendentes e descendentes
ANOTAÇÕES:
durante o poder familiar.

EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS: A exoneração de


alimentos não é automática: necessária decisão judicial.

ALIMENTOS GRAVÍDICOS: Lei nº 11.804/2008. A


legitimidade ativa é da gestante. Importante: após o
nascimento, os alimentos gravídicos ficam convertidos em
pensão alimentícia em favor do menor até que uma das
partes solicite a sua revisão – art. 6º, parágrafo único, da Lei
11.804/2008. Contestação: prazo de 05 dias, conforme art.
7º da Lei 11.804/2008.
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO SUCESSÃO LEGÍTIMA

RENÚNCIA DA HERANÇA

➢ Incompatível com a representação;


➢ Parte do herdeiro renunciante acresce ao herdeiro de
mesma classe (filhos do renunciante não herdam);
➢ Renúncia só pode ser feita após o óbito – art. 426 do
CC;
➢ Não admissível renúncia parcial da herança.
CÓDIGO DE DEFESA A Lei também determinou algumas EQUIPARAÇÕES:
DO CONSUMIDOR art. 2º, parágrafo único, do CDC (coletividade de pessoas);
art. 17 do CDC (vítimas dos acidentes de consumo) e art. 29
CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO DE do CDC (vítimas de práticas comerciais).
CONSUMO

Ao solucionar uma questão da prova de 2ª Fase em


Direito Civil, a primeira medida é identificar se trata-se ou
não de uma relação de consumo. Configurando uma relação
de consumo, o Código de Defesa do Consumidor deve ser
aplicado prioritariamente. A relação será de consumo
quando presentes um fornecedor e um consumidor (ou
equiparado).

DISTINÇÃO ENTRE VÍCIO E FATO

A responsabilidade civil nas relações de consumo se


subdivide em responsabilidade pelos fatos dos produtos ou
serviços (artigos 12/17 do CDC) e responsabilidade pelos
vícios dos produtos ou serviços (artigos 18/25 do CDC).

FATOS DOS PRODUTOS OU SERVIÇOS correspondem


As pessoas jurídicas e os profissionais (que adquirem para
aos danos causados aos consumidores ou equiparados em
produzir outros produtos ou serviços) não se enquadram
decorrência de defeitos nesses produtos ou serviços. São
perfeitamente no conceito de “destinatárias finais”, pois
aquelas situações que comprometem a segurança do
embora utilizem os produtos ou serviços, os incorporam aos
consumidor (física, psíquica ou patrimonial). O prejuízo
produtos e serviços que fornecem (economicamente não há
extrapola o valor do próprio produto ou serviço defeituoso.
uma destinação final). A jurisprudência atualmente
consolidada afirma que se essas pessoas jurídicas ou
A pretensão à reparação pelos danos causados por
profissionais forem vulneráveis (principalmente quando
fato do produto ou do serviço prescreve em cinco anos (art.
estão utilizando produtos e serviços fora da sua área de
27 do CDC).
atuação – atividade meio) podem ser equiparadas a
consumidoras.
VÍCIOS NOS PRODUTOS OU SERVIÇOS correspondem a GARANTIA ESTENDIDA: É um seguro, que o
deficiências na qualidade ou quantidade dos mesmos. O consumidor pode ou não contratar. Se ele quiser uma
prejuízo do consumidor em caso de vícios não ultrapassa o garantia especial, paga o valor estipulado e recebe o
valor do próprio produto ou serviço. prazo correspondente de garantia. O CDC não menciona
Em regra (ressalvadas as situações do art. 18, § 3º, do a garantia estendida. O consumidor deve ser informado
CDC), uma vez identificado o vício, o fornecedor (qualquer amplamente sobre essa garantia.
um deles, já que a responsabilidade é solidária) tem o prazo
de até 30 dias para sanar o vício, substituindo as partes GARANTIA CONTRATUAL COMPLEMENTAR À
viciadas. LEGAL: Art. 50. A garantia contratual é complementar à
Só após esse prazo o consumidor pode escolher entre legal e será conferida mediante termo escrito.
uma das alternativas do art. 18, §1º, do CDC. A reclamação
pelos vícios submete-se ao prazo decadencial previsto no art.
26 do CDC.

GARANTIA NO DIREITO DO CONSUMIDOR

GARANTIA LEGAL: Art. 24. A garantia legal de adequação


do produto ou serviço independe de termo expresso, vedada
a exoneração contratual do fornecedor.
Como o artigo não menciona prazo, a jurisprudência
mais recente tem utilizado uma expectativa mínima de
durabilidade.
Dessa forma, se o produto apresenta um problema, sem
que o consumidor tenha dado causa a ele, em um período no ANOTAÇÕES:
qual ele ainda deveria funcionar plenamente (considerando
uma expectativa legítima de durabilidade), presume-se vício
oculto: Art. 26, § 3°, do CDC: “Tratando-se de vício oculto, o
prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar
evidenciado o defeito”.
Assim, a partir da constatação do vício, considerando
um produto durável, o consumidor tem até 90 dia para
reclamar (art. 26, CDC).

GARANTIA CONTRATUAL: É aquela "de fábrica" que é


uma liberalidade do fornecedor. Quando você vai na loja o
vendedor diz "essa TV tem um ano de garantia". É a garantia
que consta em um "termo de garantia" e o fornecedor
estipula os limites dela.
RESPONSABILIDADE CIVIL
A partir de tais pressupostos podemos definir como ato
Inexiste consenso doutrinário sobre a identificação ilícito em sentido amplo aquele contrário à lei ou ao direito
precisa e/ou denominação dos elementos ou pressupostos (causar dano injusto a outra pessoa); já o dano é o prejuízo
da responsabilidade civil. No entanto, é inquestionável para (moral ou material – coletivo ou individual, estético ou a
qualquer teoria doutrinária que a responsabilidade civil não perda de uma chance) experimentado pela vítima; nexo de
prescinde de dano, nexo de causalidade e ato/fato/atividade causalidade é o vínculo lógico entre determinada conduta
relacionado(a) ao causador ou responsável. Doutrinadores antijurídica do agente e o dano experimentado pela vítima;
contemporâneos, mais atentos a crescente incidência de por fim, a culpabilidade é um juízo de censura à conduta do
atividades de risco e da consequente responsabilização agente, de reprovabilidade pelo direito, decorrente de
objetiva, inserem o requisito culpa como elemento apenas dolo, negligência, imprudência ou imperícia.
da responsabilidade subjetiva. A responsabilização objetiva tem os mesmos
pressupostos, exceto a culpabilidade. Diz-se que a
responsabilidade objetiva se dá independentemente de
culpa.

O artigo 927 disciplina as duas espécies de


responsabilidade civil:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

O ato ilícito em sentido estrito, que irá fundamentar a


responsabilidade subjetiva, encontra-se definido no art.
186 do CC:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.

O artigo 187 dispõe sobre o abuso de direito:


Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um
direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes.
O artigo 188 afasta a ilicitude do ato em algumas Os artigos do título "responsabilidade civil" também
circunstâncias. Alguns autores denominam “causas de esclarecem diversas situações (é mais provável que as
justificação” outros excludentes de antijuridicidade. perguntas sobre responsabilidade sejam sobre eles). Os
artigos 929, 930, 931, 933, 936, 937 e 938 do CC tratam da
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: responsabilidade objetiva.
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular
de um direito reconhecido; QUAIS ARTIGOS QUE DEVO ANALISAR
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a PARA COMPREENDER A RELAÇÃO DA
pessoa, a fim de remover perigo iminente.
RESPONSABILIDADE CRIMINAL COM A
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo
somente quando as circunstâncias o tornarem RESPONSABILIDADE CIVIL?
absolutamente necessário, não excedendo os limites do
indispensável para a remoção do perigo.

CUIDADO: independentemente da excludente de


ilicitude, o dano causado em estado de necessidade pode
gerar o dever de indenizar (artigos 929 e 930).

NAS RELAÇÕES DE DIREITO CIVIL, COMO


IDENTIFICAR SE A RESPONSABILIDADE É
OBJETIVA OU SUBJETIVA?

Comece sua análise pelo art. 927 do Código Civil. O caput A responsabilidade civil é independente da criminal,
remete ao art. 186 do CC (que menciona culpa) e trata da exceto quando a materialidade e a autoria já estiverem
responsabilidade subjetiva. O parágrafo único afirma que a categoricamente decididas no juízo criminal, neste caso
responsabilidade se dará independentemente de culpa essa decisão faz coisa julgada no juízo cível.
quando a lei determinar ou quando a atividade for de risco
(responsabilidade objetiva). Assim você já identifica a SÚMULAS STJ SOBRE
responsabilidade subjetiva por exclusão: Quando a lei não
DANO MORAL PRESUMIDO
determinar que ela é objetiva ou quando não se tratar de
atividade de risco, será subjetiva.
SÚMULA 388: A simples devolução indevida de cheque
Se a pergunta for sobre o direito das obrigações ou
caracteriza dano moral.
contratos, verifique o artigo correspondente. Nesses temas
o CC faz referência a exigência ou não de culpa, como nos
SÚMULA 403: Independe de prova do prejuízo a
artigos 239 e 667, por exemplo.
indenização pela publicação não autorizada de imagem de
Se for sobre negócios jurídicos disciplinados por lei pessoa com fins econômicos ou comerciais.
específica, olhe o que diz a lei (como o direito do consumidor,
por exemplo).
As AÇÕES REIVINDICATÓRIAS e a AÇÃO DE IMISSÃO DE
DIREITO CIVIL POSSE são ações petitórias, ou seja, que buscam a posse
inicial; já as ações de reintegração de posse, manutenção
OBRIGAÇÕES divisíveis e indivisíveis não são solidárias: de posse e interdito proibitório, são AÇÕES POSSESSÓRIAS
e visam proteger ou recuperar posse existente/anterior.
para ter solidariedade é necessário estar previsto no
contrato ou na lei – art. 265 do Código Civil.
Os DIREITOS REAIS sobre coisas alheias gravam o bem
Em caso de NOVAÇÃO, somente quem firmar o novo do nu proprietário, com a retirada de sua posse direta,
instrumento está obrigado ao seu cumprimento, sendo porém mantendo posse indireta, suficientemente capaz
exonerados os devedores ou fiadores do pacto inicial essa de viabilizar a proteção possessória.
(objeto da novação e quitado com a mesma).
A “espécie’’ de USUCAPIÃO é determinada a partir dos
Há diferenças entra a CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO requisitos do caso concreto (ou elencados no enunciado da
prevista como regra geral (art. 334 e ss do CC + art. 539 e questão): observar conforme a previsão do respectivo
ss do CPC) em relação à consignação em pagamento da Lei artigo se todos eles (os requisitos) foram atendidos. A
8.245/91: esta aplica as normas da lei especial (das fundamentação será, então, pelo artigo em questão, em
especial 1.238 a 1.244 do Código Civil.
locações), em especial o prazo reduzido de depósito, tendo
aplicação subsidiária das regras do CC e do CPC.
É possível agregar, à posse do atual possuidor, a posse
O VALOR DA CAUSA, NAS AÇÕES LOCATIVAS, é de 12 de seu antecessor, para fins de cômputo do prazo de
prescrição aquisitiva ad usucapionem, conforme art. 1.243
vezes a locação, conforme art. 58, III, da lei 8245, salvo no
caso do art. 47, II da referida lei (que será de 3 vezes o valor do CC, desde que sejam ambas de modo manso, pacífico,
do locativo). sem oposição e ininterruptas.

A CLÁUSULA PENAL tem natureza indenizatória (e ANOTAÇÕES


contratual, evidentemente). Justamente por isso, o valor
da mesma é o limitador da indenização,
independentemente dos danos apurados, podendo ser
reduzida em caso em desproporcionalidade – art. 413 do
CC. Para ser ampliado o valor, necessário ser permitido, no
contrato, indenização suplementar, nos termos do art. 416,
parágrafo único do CC.

Tanto nas ARRAS confirmatórias como nas


assecuratórias há perda do valor de arras em caso de
inadimplemento ou arrependimento, conforme o caso. Nas
confirmatórias, porém, é possível exigir a execução do
negócio pela parte adversa.
Nos contratos com ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, além do
disposto em lei especial (Lei 9.514/97 + dec. Lei 911/69),
atenderão aos requisitos do art. 1.361 e ss do CC).

Na ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE VEÍCULOS, o


STJ tem afastado a aplicação da teoria do
adimplemento substancial – dec. Lei
911/69.

Na ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE IMÓVEL, há prazo de 30


No DIREITO DE VIZINHANÇA, o código civil prevê a
dias para 1ª venda e mais 15 dias para 2ª venda, após a
possibilidade de uso regular da propriedade, não podendo
consolidação da propriedade, independentemente da
a mesma ser utilizada de modo anormal (art. 1.277 do CC),
retomada de posse do bem (art. 26 e art. 27, ambos da
podendo ser realizado o corte de árvores e raízes no limite
Lei 9.514/97).
da divisa (art. 1.283 do CC), podendo ser solicitada a
passagem forçada em situações especiais e de modo
No DIREITO DE SUPERFÍCIE, há possibilidade de
temporário (art. 1.285 do CC), devendo ser tolerada,
cobrança de valores em parcela única ou periódicos ao nu
mediante indenização, passagem de cabos e tubulações
proprietário, porém é vedada a cobrança de valores por
(art. 1.286 do CC), bem como ser tolerado o recebimento
conta da transmissão do direito de superfície (art. 1.370
de águas (art. 1.288 do CC), além de ser exercido o direito
+ art. 1.372 do CC).
de solicitação de tapagem (art. 1.297 do CC) e de
construção, com limitações (art. 1.299 do CC).
A SERVIDÃO grava o imóvel serviente em favor do
prédio dominante, podendo ser protegida (art. 1.383 do
No CONDOMÍNIO, há responsabilidade conjunta dos
CC) e usucapida (art. 1.379 do CC), mas também removida
condôminos pela manutenção e despesas do bem (art.
(art. 1.384 do CC) ou limitada (art. 1.385 do CC).
1.315 do CC), além do direito de proteção (art. 1.314 + art.
1.228 do CC).
Os DIREITOS DE USUFRUTO (art. 1.390 do CC), uso (art.
1.412 do CC) e habitação (art. 1.414 do CC), limitam a
No CONDOMÍNIO EDILÍCIO a proteção é da parte
propriedade, podendo ter prazo determinado ou
de propriedade exclusiva, por cada condômino e,
indeterminado, mas se extinguem com a morte do
quanto às áreas comuns, a todos, mas
beneficiário (art. 1.410 do CC), e correspondem à fruição
prioritariamente pelo síndico (art. 1.331 + 1.348
de posse direta pelo beneficiário, remanescendo a posse
do CC).
indireta ao nu proprietário.
Há possibilidade de instituição de condomínio de lotes –
A promessa de compra e venda garante direito real de
art. 1.358-A do CC.
aquisição ao promitente comprador (art. 1.417 do CC),
podendo exigir a adjudicação compulsória do bem (art.
1.418 do CC).
É nula a cláusula que prevê à CREDOR ANTICRÉTICO, ANOTAÇÕES
pignoratício ou hipotecário a ficar com o bem (art. 1.428
do CC), mas o devedor poderá dar a coisa em pagamento
da dívida. O penhor geral tem como principal
característica a posse do bem com o credor (art. 1.431 do
CC), mas nos penhores especiais a posse direta
permanece com o devedor (v.g. art. 1.441 do CC).

A HIPOTECA, incidente sobre imóveis e equiparados


(art. 1.473 do CC), compreende garantia com preferência,
acompanha o bem mesmo diante de venda. Tem, assim,
por característica a possibilidade de venda do bem (sendo
nula cláusula contrária – art. 1.475 do CC), mas com
possibilidade de estipulação de vencimento antecipado
em caso de alienação (art. 1.475, § único, do CC).

A ANTICRESE envolve a possibilidade de transferência


da fruição de bem ao credor para, com frutos e
rendimentos, efetuar a liquidação de determinada dívida
(art. 1506 do CC), cabendo à uma das partes a
administração desses frutos ou rendimentos, com
prestação de contas à outra (art. 1.507 do CC).

O DIREITO DE LAJE corresponde à concessão de direito


real de construção sobre ou sob construção já existente
(art. 1510-A do CC), aproveitando-se a estrutura do
imóvel, com matrícula independente e obrigações
conjuntas de manutenção das estruturas comuns (art.
1.510-C do CC).

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