Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Apresentação do Autor
O autor nos fala que os pensamentos revolucionários foi um dos grandes impulsores
pra que houvesse a revolução, mas ele nos fala que esse pensamento chegou de forma
diferente pra camponeses, artesãos e burgueses. Com a crise econômica, os miseráveis
se multiplicando cada vez mais,os camponeses se preocupavam e se sentiam ameaçado
com o rumo que o país estava tomando, e não viram outra saída a organizar um complô
contra saída a aristocracia. No final de julho de 1789 os camponeses forçaram pra que
as milícias se unissem e fossem lutar na revolução, o mesmo aconteceu entre os
burgueses que organizaram as milícias camponesas contra a aristocracia. Com toda essa
revolução das massas rurais e da cidade unidas por causa da fome fez com que desde
fins de julho do mesmo ano, o antigo Regime caísse, com isso a burguesia começou a
comandar o novo governo e a rebelião das massas. As primeiras ações após a derrubada
do antigo regime foi a, supervisão de impostos, municipalizou o país e liberou as
autonomias locais.
Soboul ainda diz que com tantas lutas dentro do país,os impostos não eram mais
pagos pela população, a crise econômica só fazia aumentar principalmente por conta de
colheitas mal sucedidas, tudo isso fez com que o tesouro nacional acabasse se
esvaziando e obrigando o país a fazer compra no exterior e que regulasse o consumo
populacional. França agora estava estagnada, a economia fragilizada, a ausência de
produção de massas só faziam piorar a situação. A solução foi a cassação de 49
departamentos do governo, 177 deputados onde a pratica da hipocrisias se encontrava
ali afinal, mas só isso não bastava.
Portanto, o autor pretende tirar a Revolução do seu pedestal mítico e devolve-la as
suas realidades complexas. A revolução Francesa, abordada por Soboul em seu texto,
parte de premissas metodológicas oriundas do Marxismo Clássico segundo a qual é a
partir da emergência da classe burguesa, aproveitando-se da falência do Antigo Regime,
e dos movimentos de luta populares, que assume o poder e torna o Capitalismo
hegemônico nas formações econômico sociais, submetendo a seus interesses toda a
produção material. É o processo de transformação capitalista da sociedade e sua
subordinação às exigências do capital. Este processo engendra, também, a construção de
um Estado, de instituições políticas, adequados aos interesses da burguesia. Ele ocorre
em dois momentos distintos. No primeiro, de longa duração, com mudanças sociais e
econômicas; em outro momento, na curta duração, a partir de mudanças políticas e
institucionais, em que participam movimentos paralelos e antagônicos: um da
burguesia, e outro, mais radical, dos pobres e explorados da cidade e do campo.
conjunto da sociedade. O movimento da burguesia limita-se à mudança política e
jurídica para estabelecer a igualdade entre os setores proprietários, o fim das restrições
feudais à realização de negócios, a unificação do Estado nacional. Alcançado esses
objetivos, os políticos e ideólogos empreendem um enorme esforço para regulamentar o
jogo político-eleitoral de forma a manter o formalismo jurídico da consulta popular e
limitar a expressão institucional da vontade popular. O parlamento não foi uma criação
das massas revolucionárias, como a Comuna de Paris[7], em 1871, ou os sovietes, na
revolução russa. O movimento da burguesia é paralelo ao levante plebeu e camponês, e
se beneficia dele. Os artesãos, pequenos comerciantes, pequenos patrões, os
trabalhadores assalariados das cidades, por um lado, e os camponeses por outro, lutam
pelo fim de todos os privilégios, não apenas os da aristocracia. Exigem a igualdade entre
os homens, a democratização do Estado e da política, e a instauração de um governo
voltado para o bem comum.