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BIOMECÂNICA APLICADA (1ª aula teórica)

Mário Augusto Pires Vaz


Gab. L 311; gmavaz@fe.up.pt; Ext 1718

DEMEGI - Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial

Laboratório de Óptica e Mecânica Experimental

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A NECESSIDADE DA BIOMECÂNICA OCUPACIONAL

QUAL É A MELHOR FORMA ? http://www.working-well.org/pmice.html

Mão confortavelmente sobre o rato que deverá ter dimensões compatíveis com as da mão do utilizador;
Ratos em que durante a sua operação a mão fique ligeiramente rodada são preferíveis.
O rato deverá minimizar a operação isolada de um dedo ou a repetição de um movimento que possam
sobrecarregar os pequenos músculos da mão..
Evitar trackballs que requeiram uma sobre ocupação do polegar.

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BIOMECÂNICA – ramo interdisciplinar da Bioengenharia e da Engenharia
Biomédica. Aplicação dos conceitos da mecânica clássica ao estudo
de sistemas biológicos e fisiológicos

KINESIOLOGIA - técnica que permite, por teste muscular, identificar


desequilíbrios físicos, mentais, emocionais, energéticos, psíquicos,
estruturais e nutricionais, de corpos subtis e corrigi-los.

ANTROPOMETRIA - parte da Antropologia física que estuda as dimensões


do corpo humano.

Estudo e optimização do desempenho humano na realização de tarefas


de manipulação e posturas assumidas durante o trabalho.

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ESTÁTICA – intensidade e natureza das forças desenvolvidas nas
articulações e músculos.

DINÂMICA – análise do movimento, análise da marcha, e análise de


síntese dos movimentos em actividades desportivas.

MECÂNICA DOS SÓLIDOS – desenvolvimento das equações constitutivas


para caracterização dos tecidos biológicos e avaliar o seu
comportamento sob a acção de diferentes condições de carga

MECÂNICA DOS FLUIDOS – estudo do escoamento de fluidos orgânicos,


circulação sanguínea, escoamento do ar nos pulmões e movimento dos
fluidos lubrificantes das articulações.

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BIOMECÂNICA

A investigação em Biomecânica tem como principal objectivo aumentar


o conhecimento à cerca do comportamento de uma estrutura viva
complexa – o corpo humano.

Estudos experimentais;

determinação das propriedades mecânicas dos tecidos

Análise de modelos;

modelos de simulação da influência ambiental no comportamento de elementos

Investigação aplicada, estudos teóricos.

criação de modelos teóricos e das suas equações características para simular o


comportamento de sistemas vivos

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BIOMECÂNICA

Biomecânica do Estudos dos padrões de movimento e das suas alterações motivadas pela
Desenvolvimento interacção do sujeito com o meio envolvente ao longo do desenvolvimento
ontogenético (fases de transformação do indivíduo após a fecundação do
óvulo).

Biomecânica do Desporto Estudo das técnicas desportivas procurando a maximização da sua


eficiência e, redução dos riscos de lesão.

Biomecânica Reabilitativa Estudo dos padrões de movimento em sujeitos lesionados ou portadores de


deficiências com vista a sua reabilitação funcional.

Biomecânica Ocupacional Estudo da interacção do trabalhador com seu meio de trabalho, no


domínio antropométrico, mecânico e restantes aspectos do envolvimento.

Biomecânica nas Artes Estudo da eficiência das técnicas artísticas (dança, música, teatro, etc.).

(Adrian e Cooper, 1995)

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Quantidades escalares:
massa, energia, potência, trabalho mecânico, temperatura,...

Quantidades vectoriais:
Força, momento, velocidade, aceleração,... r
F
Tensores:
• ordem zero – escalares
• 1ª ordem – vectores
• 2ª ordem – tensões, deformações  1 1 
 ε xx 2
γ xy γ xz
2 
 1 
[ε ] =  1 γ yx ε yy γ yz 
2 2 
1 γ 1
γ zy ε zz 
 2 zx 2 

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Força:
é uma interacção entre dois corpos ou entre um corpo e a sua
envolvente com capacidade para alterar o seu estado de movimento.
As forças podem também provocar deformação.
r r
F = m.a Unidades SI (Newton, N)
Momento:
A capacidade de uma ou várias forças para gerar um movimento de
rotação é medida pelo seu momento
r
Mo
r r
M o = OP × F o r
F
OP
O momento é uma quantidade vectorial que resulta do produto vectorial
entre os vectores força e de posição. O momento depende do ponto onde é P
calculado, polo do momento, mas não é alterado se a força for deslocada
ao longo da sua recta de suporte.
Unidades SI (N x m, N m)
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MÚSCULOS

Músculo cardíaco

Involuntários ou lisos

Não são controlados de forma voluntária


e encontram-se no interior dos órgãos;
vasos sanguíneos, estômago, pulmões,...

Voluntários ou estriados

São controlados conscientemente e integram o sistema músculo-


esquelético. São responsáveis pelos movimentos e estão ligados ao
esqueleto pelos tendões

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PRINCIPAIS MÚSCULOS DO CORPO HUMANO

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SISTEMA NERVOSO

Todos os músculos são controlados


pelo sistema nervoso; cérebro e
espinal medula

O sistema de controlo do sistema


motor é realizado separadamente

Cada movimento movimenta mais


do que um músculo pelo que é
necessário um sistema de controlo
e coordenação

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PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES

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GERAÇÃO DE MOVIMENTO

Flexão do membro superior

omoplata

Bíceps

Triceps

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CONTROLO E COORDENAÇÃO (ex: swing – golf)

Movimentos que ao longo da sua realização vão envolvendo vários


músculos. Estudo de síntese com vista à sua optimização

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OPTIMIZAÇÃO

Correcta gestão da energia aumentando a eficiência do movimento

Sergei Bubka em 1993


saltou 6,15 m o que equivale POSIÇÃO DO CG DURANTE O SALTO
a saltar para o 2º andar

Durante a corrida o saltador acumula energia cinética. Ao flectir a vara acumula alguma dessa energia sob
a forma de energia potencial elástica da vara. A vara devolve a maior parte da energia acumulada
ajudando o atleta a obter a máxima energia potencial gravítica.

Um bom saltador deverá enrolar-se durante o salto por forma a que o centro de gravidade esteja sempre
abaixo da pega e assim menos energia será consumida na parte inicial do salto

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PRODUÇÃO DE ENERGIA

A energia é fornecida pela degradação


da glicose nas fibras musculares.

Ao decompor-se dá origem ao acido


láctico com formação de compostos
intermédios.

Reacção controlada por enzimas.

O glicogénio é renovado pelo fluxo


sanguíneo.

O ácido láctico é removido no sangue


venoso.

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FADIGA

Caracteriza-se pela sensação de cansaço


e dores musculares.

Acumulação de acido láctico e a dilatação dos músculos motivada


por um maior fluxo sanguíneo.

O treino reduz o cansaço para a mesma actividade.

Com a fadiga aumenta o número de músculos envolvidos numa


actividade. (ex: crispação dos maxilares durante a corrida)

Factores que contribuem para uma menor irrigação facilitam a fadiga.

Descanso – intervalos breves e frequentes melhor do que intervalos mais


longos e espaçados.

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OPTIMIZAÇÃO DE UMA TAREFA

A postura mais apropriada para uma dada tarefa é aquela que permite
realizá-la com o mínimo esforço muscular.

As partes do corpo envolvidas devem ser utilizadas na posição de maior


vantagem mecânica.

O trabalho muscular dinâmico, desde que dentro de limites de esforço


razoáveis, é quase sempre benéfico.

A excessiva repetição de um movimento rápido e vigoroso é muitas


vezes prejudicial.

A tensão muscular e inflamação raramente são causadas por um


esforço isolado, os efeitos da lesão são cumulativos.

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SISTEMAS DE ALAVANCAS

Alavanca de 1ª classe

Resistência Articulação Força


(Carga) (A) (músculo)

R F
RA FA

RA – braço da resistência
FA – braço da força

FA>RA existe vantagem mecânica


P
Fm

Articulação
Exemplo: Atlanto-occipital

Observação prolongada ao microscópio, cabeça curvada para


a frente durante longos períodos. Dores no pescoço motivadas
por uma contracção muscular prolongada

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SISTEMAS DE ALAVANCAS

Alavanca de 2ª classe
(pouco vulgares no corpo humano)

Força Resistência
(músculo) (Carga)
Articulação
F R (A)
RA Articulação
FA têmporo-mandibular

RA – braço da resistência Fm R
FA – braço da força

Como FA>RA existe sempre vantagem mecânica

Bruxismo - termo de Odontologia ("bruxos", da língua grega, ranger os dentes) ou manter os maxilares
cerrados continuamente. Produz mecanismos de deformação ou destruição das estruturas de sustentação
dos dentes e com repercussões nas articulações têmporo-mandibulares. Durante o cerramento normal dos
maxilares, uma pessoa pode desenvolver uma força de até 80 quilos.

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SISTEMAS DE ALAVANCAS

Alavanca de 3ª classe
Força
(músculo)
Resistência
Articulação
F (Carga)
(A)
R
FA
RA

RA – braço da resistência
FA – braço da força

Como FA<RA nunca existe vantagem mecânica

Existem vários exemplos deste tipo de alavanca no corpo humano. Neste


caso nunca existe vantagem mecânica mas a amplitude e a velocidade
dos movimentos são optimizadas.
http://www.ipb.pt/~barbosa/biomecanica/biomecanica.htm

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FORÇAS E MOMENTOS DE FORÇAS

F1 r l r
F1 = 2 F2
l1 F2

l1 l2

Para haver equilíbrio F1.l1 = F2.l2


Neste caso a alavanca aumenta o deslocamento

A máxima eficiência do
remador ocorre quando o
α remo está perpendicular ao
barco.

Componente que
gera momento
Fsenα
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FORÇAS E MOMENTOS DE FORÇAS

A aplicação de uma força a uma alavanca gera uma tendência


rotacional designada por momento.
Os momentos gerados por contracção muscular realizam trabalho
mecânico.

O movimento é gerado em torno de uma articulação, eixo de rotação.

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FORÇAS E MOMENTOS DE FORÇAS

O momento pode ser dinâmico, com movimento


F × FA > R × RA Trabalho positivo
ou
F × FA < R × RA Trabalho negativo
Ou estático F × FA = R × RA

Trabalho – mede a energia e é obtido do produto escalar da força pelo


deslocamento. Quando a força e o deslocamento têm o mesmo sentido o
trabalho é positivo. Unidades (Joule – J; Nxm)

O conhecimento dos momentos produzidos em certas tarefas é importante


para avaliação das tensões causadas no sistema músculo-esquelético.

Estas tensões deverão ser comparadas com os limites recomendados para


avaliar novos postos de trabalho

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FORÇAS E MOMENTOS DE FORÇAS

O momento dinâmico, com movimento

O momento varia ciclicamente com a variação do braço

http://www.thaitriathlon.org

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FORÇAS E MOMENTOS DE FORÇAS
r
Mo
F  x
r  x   r r
F =  Fy ; OP =  y  M o = OP × F o OP r
F
F  z braço θ
 z   P

 M ox   L   Fx   x   Fy .z − Fz . y 
r          
M o = M oy  = M  =  Fy  ×  y  =  Fz .x − Fx .z 
 M z   N   F   z   F . y − F .x 
 o     z    x y 

r
M o = OP F senθ = F × braço

O momento de uma força é produto da intensidade dessa força pela distância entre o seu ponto de
aplicação e o eixo de rotação, medida na perpendicular (braço do momento).
Se deslocarmos uma força ao longo da sua recta de suporte o seu momento não se altera.

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y
EXEMPLO
Sabendo que o braço se encontra em equilíbrio com a carga
representada calcule a força exercida pelo bíceps.
F
A força resistente resulta da acção do peso

R = m.g = 5kg × 9,8m / s 2 = 49 N

pelo equilíbrio de momentos na articulação

F × 0,02m = 49 N × 0,3m O x

0,3
F= × 49 = 735 N Desvantagem mecânica 2 cm

0,02 y
30 cm
em termos vectoriais G
r r
∑ M o = 0; OA × F = OG × R;
0,02  0  0,3  0   0   0 
            Massa 5 kg
 0  ×  Fy  =  y  × 49;  0 = 0 
 0  0  0  0 − 0,02 F  − 0,3 × 49
         y  

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