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LICENCIATURA EM MÚSICA
BELÉM
2019
DESAFIOS DO ENSINO DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Palavras-chave: Ensino da música, música, educação musical, Educação Infantil. Formatted: Indent: Left: 0.49"
1. INTRODUÇÃO
Dentre os componentes curriculares obrigatórios da educação básica, consta o
ensino da arte, que corresponde as linguagens e expressões das artes visuais, teatro, dança
e música formalizado na lei 11.769 de 08 de 2008 que aborda a música como conteúdo
obrigatório, mas não exclusivo, Desde 1854 o ensino da musica tem feito parte do
currículo escolar e vem até os nossos dias compondo leis que subsidiam a educação. Não
obstante, a música como disciplina e linguagem expressiva ao não se separar do ensino de
arte no currículo escolar encerra-se como opção remota totalmente refém da capacitação
do professor generalista de arte. Ao analisar documentos ao longo da história de nosso país,
já dispusemos de legislações mais objetivas o ensino de música. Forçando nossas crianças
no fim das contas optar por apenas uma expressão artística em seu aprendizado escolar.
(PIRES; PILLOTTO ; SCHREIBER, 2017)
Posto que na atualidade o debate das políticas públicas artísticas estejam em
expansão, no contexto escolar o ensino de música dispõe de certa representatividade
acadêmica. Logo, o ambiente escolar trata de um espaço complexo, diversificado, que
congrega vários tipos de sujeitos, universos, culturas e valores que por sua vez estão
altamente relacionados com a linguagem musical. Desta forma o papel do professor e da
disciplina de música é indispensável no desenvolvimento de conteúdos fundamentais para
a formação dos aprendizes. Contudo, a sociedade em geral tem a tarefa de compartilhar,
socializar e cultivar música, cultura e arte como um todo para democraticamente favorecer
o potencial em formação da educação básica.( QUEIROZ; MARINHO,2009)
Por conta de tamanha grandeza territorial, se faz necessário considerar que o ensino
de música inicia-se em diferentes momentos da história do país, registros e documentos alegam
que no estado Amazonas o inicio da educação musical data o século XVII, sendo que na Bahia em
1549 a música era objeto de aprendizado para catequização, por ocasião da vinda dos jesuítas para
o primeiro governo geral, no Rio de Janeiro corresponde ao período colonial, também tendo a
música como instrumento de evangelização do nativo indígena. É fato que a presença dos ciclos
econômicos das diferentes regiões brasileiras impulsionou o crescimento e a urbanização das
cidades, o que por sua vez influenciou diretamente na produção artística musical de cada época e
lugar. Promovendo assim o espaço da música em ambiente de aprendizado. (SOUZA 2014)
Por Compreender a realidade da educação básica musical que sustentada por leis tem se
desenvolvido ainda que longe de sua plenitude, conclui-se que há um longo caminho a percorrer.
Os debates, análises e discussões realizadas em torno do assunto graças a academia tem ajudado
na persistência e desenvolvimento de proposições para o ensino de música, por mais que haja
necessidade de leis mais objetivas que contemplem a educação musical, conhecer a trajetória
histórica e observar as legislações presentes são de fundamental importância para se buscar um
cenário de Educação ideal. (SILVA 2012)
A lei 5692/71 decretou que o ensino de música agora faria parte de um agrupamento de
disciplinas artísticas como Visuais, Teatro, Música e Dança, sendo ministrada por um único
professor generalista. O país vivia tempos de ditadura militar em que o professor de artes em sua
licenciatura não era tão bem preparado para a interdisciplinaridade proposta nas leis. O que
resultou na predominância das Artes Visuais. Mais a frente, a LDB 9394, de 20 de dezembro de
1996, agora dava maior autonomia as instituições as disciplinas artísticas seriam ofertadas
respeitando o regionalismo e a diversidade cultural. logo a música seria apresentada como
apreciação e entretenimento. Tal LDB em 2008 seria alterada trazendo a obrigatoriedade do ensino
de música na educação básica (QUEIROZ, PENNA 2012)
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Desde 1854 o ensino da música tem feito parte do currículo escolar e vem até os nossos
dias compondo leis que subsidiam a educação. Não obstante, a música como disciplina e
linguagem expressiva ao não se separar do ensino de arte no currículo escolar encerra-se como
opção remota totalmente refém da capacitação do professor generalista de arte. Ao analisar
documentos ao longo da história de nosso país, já dispusemos de legislações mais objetivas o
ensino de música como o Canto Orfeônico. São poucos os espaços e geralmente restringem-se a
educação privada, privilégio de poucos. O debate em torno do assunto precisa cada vez mais se
intensificar, afim de uma mudança de realidade em pró de tantas benefícios e contribuições à
respeito de um fazer musical na sociedade em que vivemos. (PIRES; PILLOTTO ; SCHREIBER,
2017)
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A música, nas diversas formas, gêneros, culturas e lugares, acompanha desde muito tempo
a história da humanidade. No Brasil a música principalmente a de origem popular tem uma notável
importância para a formação da identidade do Brasileiro, nas mais diversas classes sociais e
manifestações religiosas que se estabelecem no cultivo de relações entre sociedade e cultura. Por
sua vez, a música também colabora para que funções motoras e intelectuais se desenvolvam com
maior eficiência e desta feita evidencia-se que a música não se trata apenas de objeto de
entretenimento e lazer, tendo contribuído na terapia de doenças psicológicas além de ajudar
crianças com suas perspectivas intelectuais, motoras, linguísticas, psicomotoras e
expressivas.(GODOI, 2011)
A plenitude dos benefícios relacionados ao ensino das artes está sujeitada a relevância dada
aos processos de ensino e aprendizagem e ao ambiente que cerca o indivíduo. Todavia, as
constantes transformações da sociedade cobram que continuamente os processos educacionais se
aperfeiçoem e adaptem-se como consequência natural das novas realidades sociais constituídas.
Tão logo, compreender as mudanças sociais e culturais colabora para a elucidação de quais são os
desafios educacionais presentes e como a academia, legislações e ativistas devem responder aos
problemas da educação e o que se propor no diálogo com o poder público. (ESTEIREIRO 2014)
A lei 11.769 de 2008 que contempla a música como disciplina obrigatória nas escolas ainda
que ministrada por um professor generalista teve sua data limite de implantação em 2012, contudo,
a falta de clareza legislativa, carência de qualificação profissional dos professores de artes que
atendam a demanda e orçamentos enxutos e contingenciados são algumas das barreiras aparentes
no desenvolvimento da pedagogia musical, além da perspectiva reducionista de que a música é
uma atividade apenas para o entretenimento, culmina na falta do devido respeito e seriedade com
que as artes devem ser tratadas. Acrescenta-se também a colaboração entre família e escola na
construção do conhecimento, ajudando, cobrando e partilhando culturas e conhecimentos, que
fazem demasiada falta nos atuais dias. E por fim, a ausência de senso estético, somado ao consumo
excessivo de baixa cultura, tem cooperado para o crescimento do número de analfabetos funcionais
refletindo nos baixos índices educacionais que o país se encontra. (SILVA 2012)
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desta feita, após o levantamento de circunstâncias e adversidades que geraram o
presente cenário da educação musical infantil no Brasil e por sua vez, a forma com que as
políticas educacionais e grande parte dos brasileiros, consideram a subjetividade das artes
um saber um tanto quanto supérfluo, o presente artigo indicou-nos que apesar de toda
riqueza cultural e musical do Brasil, o ensino da mesma está longe de um mundo ideal. Há
muito a se fazer, entre tanto assim como os fatores resultantes do atual quadro foram
diversos, a mudança também necessitará de que se parta de uma diversidade de árias
importantes pra o desenvolvimento humano. Um trabalho onde todos tem importância vital
afim de que as futuras gerações possam colher dos benefícios da música para a vida do ser
humano. Commented [U2]: Espaçamento entre linhas de 1,5cm.
Não há.
REFERÊNCIAS
BOMENY, H . “Tempos modernos, tempos de Sociologia“. 2 ed.: Editora do Brasil, São Paulo, 2013
SOUZA J. Sobre as várias histórias da educação musical no Brasil Departamento de Artes, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (Porto Alegre/RS) REVISTA DA ABEM . Londrina, 2014
TEIXEIRA N C : Ensinar Música nas escolas Estaduais de SP: Dificuldades frente ao currículo de Arte (Dissertação de
Mestrado,. PROGEPE/UNINOVE, São Paulo, 2015
JÚNIOR W L O Ensino do Canto Orfeônico NA Escola Secundária Brasileira (décadas de 1930 e 1940) 1 Instituto
Federal Catarinense (IFC) Revista HISTEDBR On-line, , n.42, p. 279-295, Campinas,2011
QUEIROZ L R S Música na escola: aspectos históricos da legislação nacional e perspectivas atuais a partir da
Lei 11.769/2008. Universidade Federal da Paraíba (UFPB) REVISTA DA ABEM Londrina , 2012
QUEIROZ L R S , PENNA M .Políticas públicas para a Educação Básica e suas implicações para o ensino de
música Educação, , v. 37, n. 1, p. 91-106, Santa Maria ,2012
GODOI. L R ,A Importância da Música na Educação Infantil; Universidade Estadual de Londrina. Londrina 2011
ESTEIREIRO, P . Problemas Centrais da Educação Artística: Reflexões sobre a Atualidade e Desafios para o
Futuro. Revista Portuguesa de Educação Artística ED , Lisboa, 2014