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09/04/2018

Espécies:
Como podem ser diferenciadas?
Conceitos de espécie

Professor Fabrício R Santos


fsantos@icb.ufmg.br
Departamento de Biologia Geral, UFMG

Espécies Espécies

 A categoria mais fundamental da


classificação biológica.
 Não há um conceito universal de espécies
que pode ser usado par definir, delimitar,
identificar e caracterizar todas as
espécies.
 Há muitos Conceitos de Espécies
(múltiplas formas de pensar e definir
espécies).

Beija-flores da Costa Rica

Sistemática e taxonomia Regras Taxonômicas


• International Code of Zoological Nomenclature:
• Sistemática: o relacionamento evolutivo (padrão de http://www.iczn.org/iczn/
ancestralidade comum) entre grupos de organismos
que permite sua classificação hierárquica. • International Code of Botanical Nomenclature:
• Taxonomia: dar nomes aos grupos de organismos e http://www.bgbm.fu-berlin.de/iapt/nomenclature/code/
colocá-los nas categorias nomeadas.
Ambas são atualizadas periodicamente

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Espécies e Evolução Biológica Critérios para um conceito de espécie


Espécies deveriam ser as menores unidades evolutivamente Universalidade (generalidade)
independentes! ✓ Monismo: existe uma única maneira de dividir o mundo vivo em grupos de indivíduos que
são organizados por uma única hierarquia de leis.
✓ Pluralismo: não há uma visão unificada da natureza; seres vivos são vistos como uma
Mas qual critério pode ser rigorosamente aplicado? perspectiva de um conjunto de variações sem limites muito claros.

• Morfoespécies Aplicabilidade (operabilidade)


✓ Espécies devem ser definidas levando em conta todos dados disponíveis.
• Espécies Biológicas
Significância teórica (explicação)
• Espécies Filogenéticas ✓ Espécies e seus carácteres proveem evidências para chegar a uma explicação teórica seu
existência.
• ESU (Unidades Evolutivas Significativas)

Desafios para classificação de espécies O Conceito Biológico de Espécies


• Pensamento tipológico x populacional; • Uma espécie é um grupo de
populações intercruzantes:
• Nomes baseados na aparência x nomes baseados – com identidades genéticas únicas e que
são reprodutivamente isoladas de outras
nos processos de compartilhamento de genes e
populações.
ancestralidade comum:
• Isolamento reprodutivo permite à
– Conceito Fenético de espécies
espécie evoluir independentemente
– Conceito Biológico de espécies Peixe-esquilo
de outras espécies. Sargocentron
xantherythrum

Algumas Definições Conceitos de espécies atuais


Os conceitos “pré-Darwinistas” de espécies eram todos
Espécies Biológicas Um grupo de populações naturais intercruzantes que acasalam e tipológicos e essencialistas (ex: Linnaeus, etc)
reproduzem entre si, e que está isolado reprodutivamente de outros
grupos. Número de conceitos atualmente em uso
✓ Mayden (1997) identificou mais de 24 conceitos de espécies diferentes.
O menor grupo de indivíduos que compartilham mecanismos ✓ Muitos destes conceitos compartilham várias ideias de classificação.
Espécies Coesas
intrínsecos coesivos (ex: habilidade de intercruzamento, nicho etc)
i. Conceito de Agamoespécies; xv. Conceito não dimensional de espécies
ii. Conceito Biológico de espécies xvi. Conceito Fenético de espécies
iii. Conceito Cladístico de espécies xvii. Conceito Filogenético de espécies
Uma linhagem que ocupa uma zona adaptativa diferente daquela de iv. Conceito de espécies coesas (versão diagnosticável)
Espécies Ecológicas v. Conceito Composto de espécies xv. Conceito Filogenético de espécies
outras linhagens na sua área de distribuição e que evolui vi. Conceito Ecológico de espécies (versão monofilética)
separadamente de todas as linhagens fora desta distribuição. vii. Unidade Evolutiva Significativa xv. Conceito Filogenético de espécies
viii. Conceito Evolucionário de espécies (versão diagnosticável e monofilética)
ix. Conceito de Concordância Genealógica xx. Conceito Politético de espécies
x. Conceito Genético de espécies xxi. Conceito de Reconhecimento de espécies
Uma única linhagem de populações ancestrais-descendentes que é xi. Conceito de Agrupamento Genotípico xxii. Conceito de Competição Reprodutiva
Espécies Evolutivas xii. Conceito Hennigiano de espécies xxiii. Conceito Sucessional de espécies
distinta de outras linhagens e que tem sua própria tendência xiii. Conceito Internodal de espécies xxiv. Conceito Taxonômico de espécies
evolutiva e contingência histórica. xiv. Conceito Morfológico de espécies

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Tipos de Conceitos de Espécie Conceito Tipológico (Fenético) de Espécies


Conceitos baseados em similaridade • Indivíduos de uma espécie são mais parecidos entre si do que
Similaridade geral e/ou interrupções na distribuição dos
carácteres
com outros grupos de indivíduos de outras espécies.
(Morfológico, Tipológico/Fenotípico, Taxonômico...)
• Vantagens
Conceitos Evolutivos – Pode ser aplicado a todos os organismos
Comprometidos teoricamente com as ideias evolutivas
(ancestralidade comum) – Não requer conhecimento sobre comportamento reprodutivo ou
(Biológico, Ecológico, Evolutivo, Reconhecimento, filogenias
Coesão...)
• Desvantagens
Conceitos Filogenéticos
Baseados nas análises filogenéticas e considera
– Definição de “mais parecidos” é arbitrária;
também a ancestralidade comum – Caracteres podem não ser ecologicamente importantes.
(Cladístico, Filogenético, Hennigiano,...)
– Espécies fósseis ou raras podem ser “crípticas”

Conceito Biológico de Espécie (CBE) “Para aqueles que adotam o Conceito Biológico de Espécie, espécies não são mais
consideradas classes (tipos naturais) que podem ser definidos, mas ao contrário, são
"espécies são grupos de populações naturais intercruzantes que são particularidades concretas na visão do biólogo que podem ser descritas e delimitadas,
reprodutivamente isolados de outros grupos" (Mayr 1969) mas não definidas.
Problemas:
O status de espécie é uma propriedade de populações, não de indivíduos. Uma
1. hibridização, principalmente em nível significativo;
população não perde seu status de espécie quando um indivíduo pertencendo a esta,
2. organismos assexuados, partenogenéticos, auto-fecundantes, fósseis etc; hibridiza com um indivíduo de outra espécie.
3. difícil de aplicar a populações alopátricas, exceto quando se usa a expressão
'potencialmente intercruzantes‘ — mas isto enfraquece a utilidade do conceito. A palavra intercruzamento indica uma propensão; uma população isolada espacial ou
cronologicamente, por certo, não está intercruzando com outras populações, mas pode
estar propensa a fazê-lo quando este isolamento extrínseco é terminado.”

Ernst Mayr (2000)

Theridion grallator (uma só espécie de acordo com CBE)

Conceito Biológico de Espécies (CBE) Conceito Genotípico de espécies (CGE)


Ernst Mayr (1942) - “definição dos livros textos de biologia”
Grupo de populações reprodutivamente isolado “Uma espécie é um grupo característico de indivíduos que possui poucos
intermediários ou nenhum quando em contato com outros grupos.” (Mallet 1995)

• Vantagens • Vantagens:
– Relacionado à independência evolutiva, um elemento para a diversificação; – admite baixos níveis de hibridização interespecífica
– Para alguns grupos de espécies é um critério claro e testável. – não há qualquer menção sobre o mecanismo de especiação
• Desvantagens
– Irrelevante para espécies assexuadas
• Problema:
– Não pode ser aplicado a “espécies” fósseis/extintas
• não pode ser aplicado a populações alopátricas
– Isolamento geográfico não permite testar o intercruzamento, por isto se
considera a inclusão do termo “potencialmente intercruzante”
– Dificilmente pode ser aplicado a populações alopátricas

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Conceito Filogenético de espécies (CFE)


“O menor agrupamento diagnosticável
de um conjunto de organismos dentro
do qual há um padrão parental de
ancestrais e descendentes." Muitos grupos
(Cracraft 1983) monofiléticos
Cada grupo monofilético
Problemas: seria uma espécie?
1. confunde história dos caracteres com
história dos organismos .
2. classificações mudam com mais dados.
3. cria uma “inflação” taxonômica.
Útil para alguns grupos taxonômicos cujas espécies têm pouca
hibridização e são monofiléticas nas sequências de DNA

Especiação e identificação molecular Caracteres discriminantes (autapomórficos)


COI Barcodes em 16 spp
de espécies em Thamnophilidae 000000011111122222222222333333444
001123500344801345566779001569011
581495647106502451769253681928436

Thamnophilus caerulescens CACAAAACAACAAACCCAACAAAGCCCATAAAA


Thamnophilus ambiguus .................G.T...A.........
Thamnophilus pelzelni ....G..............T...A....C....
Thamnophilus doliatus ............G.....GT...A.T.C.....
Herpsilochmus atricapillus .TT.............T..A.C.A.A...C...
Sakesphorus cristatus T..................AG..ATA.......
Dsythamnus_mentalis .....GG............A...A.A......G
Dsythamnus plumbeus .G.........G..T....A..GA.A.......
Drymophila ochropyga ..............A....A...A.A.......
Drymophila ferruginea ..............T..C.A...A.AA......
Drymophila squamata ........G..........G...A.AT......
Myrmeciza loricata ............C......A...A.A.......
Rhopornis ardesiaca ..............T....A...T.AT...T..
Pyriglena leucoptera .........G.........A...T.A.....G.
Formicivora serrana .......T.....GT....A...A.AT......
Taraba major ...G......T....T...A...A.A.......
Sítios discriminantes

B0665
99

Árvore filogenética D. ochropyga


Conceitos de espécies são importantes
B0663
B0655
99 B0653

com sequências de B0654


B0656
D. ferruginea
99 B0369
COI em 16 spp de B0367
B0368
R. ardesiaca Exemplo 1: as listas de espécies ameaçadas
99 B0609
Thamnophilidae B0317
B0647 D. squamata
99 B0329
B0326
B0335
P. leucoptera
✓ Agrupadores (lumpers) reconhecem espécies largamente distribuídas, as
99
B0658
B0644 M. loricata
quais são improváveis de serem consideradas ameaçadas;
B0657
99 B0677
B0678 T. major
B0291
B0646 ✓ Divisores (splitters) reconhecem mais espécies de distribuição restrita, as
99
B0292
B0290
D. plumbeus quais são mais prováveis de serem consideradas ameaçadas.
99 B0680
B0643 F. serrana
B0660
99 B0281
D. mentalis
Todas spp de 99
B0285
B1189
B1301 H. atricapillus
de acordo com CBE 99
B1188
B1296
S. cristatus Exemplo 2: estimando a biodiversidade
B1186
são também spp B1303

✓O uso de diferentes conceitos de espécies leva a comparações impróprias e equivocadas;


99 B0525
T. doliatus
de acordo com o conceito 90
99
B0524
B0515
T. caerulescens
✓Táxons superiores (famílias, ordens etc) geralmente não são comparáveis, mas espécies deveriam
99 B0511

filogenético 82
90 B0513
B0528
99 B0535
T. ambiguus ser, já que são consideradas as unidades de conservação, e atualmente também são utilizadas para
de spp, pois todas são 91
99
B0562
B1148 ressaltar a riqueza em biodiversidade (valor) de cada bioma e país.
T. pelzelni
monofiléticas. B1147
B1150

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Conceitos de espécies são importantes Faz alguma diferença na prática sobre


O conceito de espécie utilizado pode afetar: qual conceito de espécies é usado?
i. o status de conservação específico de populações estudadas;
ii. estimativas de diversidade de espécies;
iii.a análise histórica destas unidades chamadas de espécies; Em algumas situações sim.
iv. a compreensão de padrões de fluxo gênico dentre e entre estas unidades;
v. delineamento de áreas de endemismo;
Ex: o uso do Conceito Filogenético de Espécies (CFE)
vi. a caracterização demográfica de tais unidades;
vii.decisões para conservação ex-situ (cativeiro); geralmente resulta em mais espécies reconhecidas do que
viii.
quais unidades irão receber proteção de instrumentos locais, nacionais e utilizando o Conceito Biológico de Espécies (CBE) ou outros
internacionais. conceitos relacionados (populacionais/evolutivos).
ix. estudos de interações e ecossistemas que dependem do número e diversidade
de espécies.

Comparação entre conceitos de espécies Especiação e filogenia


Avifauna residente da África Sub-Sahariana:
• Espécies Biológicas: 1572
• Espécies Filogenéticas: 2098

Houve 33% de aumento no número de espécies


(CFE>CBE), mas padrões de endemismo e diversidade
foram pouco afetados.

Dillon e Fjeldså (2005) Ecography 28(5):682

Isolamento geográfico impede a reprodução entre populações alopátricas

Isolamento Reprodutivo

Quando duas populações de organismos relacionados


possuem isolamento reprodutivo completo entre elas, a
imensa maioria dos taxonomistas/sistematas vai considerá-las
como espécies distintas.

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Espécies diferentes de esquilos do Grand Canyon (EUA) Ocorreu especiação durante o isolamento geográfico? (de acordo com CBE)

Especiação geralmente Aparecimento de barreiras reprodutivas


envolve separação geográfica
Acasalamentos podem ser prevenidos por:
▪ Uma barreira geográfica extrínseca – Barreiras de Pré-acasalamento
(o Vale Central) separou as • Ecológicas
populações/subespécies da
• Comportamentais
salamandra Ensatina.
– Barreiras de Pós-acasalamento, Pré-zigóticas
▪ Esta espécie apresenta distribuição • Mecânicas
em anel, na qual suas populações • Gaméticas
extremas (mais diferenciadas) estão – Pós-zigóticas
isoladas reprodutivamente, mas
• Inviabilidade dos híbridos, esterilidade
participam da dinâmica de fluxo
gênico entre todas subespécies. • Redução do sucesso reprodutivo dos híbridos
• Poliploidização em plantas
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Barreiras Reprodutivas Barreiras Reprodutivas


Isolamento por Isolamento Isolamento Isolamento
Isolamento Viabilidade Fertilidade Menor viabilidade
habitat temporal comportamental mecânico
gamético ou cromossômico reduzida reduzida ou fertilidade em
do híbrido do híbrido híbridos >F1
Indivíduos de
de diferentes Acasalamento Fertilização Prole
espécies viável

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Barreiras reprodutivas em Passeriformes Barreiras ecológicas (adaptações divergentes)


Isolamento reprodutivo entre espécies de Mimulus é devido a adaptações a
diferentes polinizadores (abelhas ou aves)

Diferentes mecanismos de isolamento reprodutivo


existem entre muitas espécies de Passeriformes.

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Barreiras pré-acasalamento Isolamento temporal (sazonal)

Barreiras
comportamentais
Várias espécies de
anuros possuem
períodos
diferentes de
acasalamento

Padrões de canto diferencial em espécies de neurópteros.


Isolamento etológico por diferenças na atração do parceiro.

Barreiras mecânicas levando ao isolamento reprodutivo Isolamento pré-zigótico, mecânico

Estruturas reprodutivas
diferenciadas promovem
barreiras mecânicas à
reprodução entre
espécies.
O acasalamento de libélulas demanda
o acoplamento de várias estruturas.

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cabeça Barreiras comportamentais ligadas à Seleção Sexual


acrossomo
cauda

“pescoço”

Isolamento gamético
Algumas barreiras reprodutivas
surgem no reconhecimento
óvulo-espermatozoide para Atobá de pé-azul
formação do zigoto. executando a corte
óvulo para uma fêmea

Seleção sexual – isolamento comportamental entre espécies de ciclídeos


Barreiras comportamentais ligadas à Seleção Sexual Escolha de parceiros em duas espécies de ciclídeos do Lago Victoria (África)

Pundamilia nyererei
vermelho

Pundamilia pundamilia
azul

Escolha do Sem escolha Seehausen e van Alphen (1998) Behavioral Ecology and Sociobiology 42: 1-8.

Três espécies crípticas de papa-moscas (Empidonax sp) são muito similares, parceiro do parceiro
mas são isoladas reprodutivamente pelos cantos e preferências distintos.

A escolha das fêmeas por machos com diferentes cores depende da incidência
de luz branca. Com luz monocromática não há “escolha do parceiro”.

Isolamento ecológico Isolamento genético (cromossômico)


(por hábitat) Barreiras reprodutivas pós-zigóticas “instantâneas”
• Isolamento reprodutivo pode aparecer quando aparecem devido a mecanismos cromossômicos
espécies ocupam diferentes hábitats.
Autopoliploidia (poliploidia dentro da espécie)
• Uma barreira pré-zigótica ecológica pode aparecer
no início da separação dos táxons (espécies) que Alopoliploidia (hibridização seguida de poliploidia)
Leão
ocupam hábitats diferentes. Panthera leo • Estima-se que ocorreu entre 4 e 10% das especiações em
• Por exemplo, leões e tigres ocupavam diferentes dicotiledôneas e monocotiledôneas
hábitats dentro da mesma área geográfica. • A barreira reprodutiva aparece imediatamente. Ex tetraploides (4N)
• Atualmente, são duas espécies que formam passam a gerar gametas diploides (2N), incompatíveis com os
híbridos em cativeiro com muitos problemas de gametas parentais que são haploides (N). Este mecanismo leva a
fertilidade) e esterilidade da prole (barreiras pós- uma “especiação instantânea” em simpatria, com a geração de uma
zigóticas). população poliploide isolada reprodutivamente da parental.
Tigre
Panthera tigris

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Hugo de Vries e suas prímulas (especiação por poliploidização)


Autopoliploidização em plantas

Espécies de prímulas estudadas pelo botânico Hugo de Vries


Barreiras pós-zigóticas
Hibridização inter-específica

Esterilidade do
Barreiras pós-zigóticas híbrido

•Mortalidade do zigoto
Jumento meiose meiose
Égua
•Inviabilidade ou esterilidade do
híbrido F1
fertilização
•Valor adaptativo reduzido na F2 ou >F2

Mula

Burros e mulas normalmente não se Desbalanço cromossômico


reproduzem devido à incompatibilidade contribui para a esterilidade
cromossômica (esterilidade da F1) nos híbridos entre espécies de
cavalos e jumentos (asnos).
meiose

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