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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO GESTÃO DE ENSINO DA EDUCAÇÃO


BÁSICA (PPGEEB)

PROFESSOR ORIENTADOR: DR. JOSE CARLOS DE MELO

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL: reflexões teórico-


práticas na construção de identidade e saberes docentes das professoras numa
escola da educação Infantil.

São Mateus do Maranhão


2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO GESTÃO DE ENSINO DA EDUCAÇÃO


BÁSICA (PPGEEB)

PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A) JOSE CARLOS DE MELONOME

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL: reflexões teórico-


práticas na construção de identidade e saberes docentes das professoras numa
escola da Educação Infantil.

Anteprojeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-


Graduação em Gestão de Ensino da Educação Básica como
etapa obrigatória do processo seletivo de acesso ao Mestrado
Profissional Gestão de Ensino da Educação Básica.
Orientanda: Gladys Limoeny Romeu Nunes

São Mateus do Maranhão-MA


2019
SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 4

2 CARACTERIZAÇÃO E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA ............... 7

3 OBJETIVO................................................................................................................ 9

3.1 Geral .................................................................................................................. 9

3.2 Específicos ......................................................................................................... 9

4 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 10

5 METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................... 13

5.1 Tipo de estudo ................................................................................................. 13

6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 16
4

1 JUSTIFICATIVA

Considerando a história da educação no Brasil e seu caminho percorrido desde


das escolas de formação de professores no ano de 1835, denominadas escolas
normais até ao título de pedagogo em 2006, percebe-se algumas mudanças desde o
nome a natureza do curso.
A lei nº 9.394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) no
art. 62 admite, como formação mínima para o exercício do magistério na Educação
Infantil e nos primeiros anos do Ensino fundamental, cursos oferecidos em nível
médio, na modalidade normal. Embora ter elevado a Educação Infantil como primeira
etapa da Educação Básica, diante do exposto e da exigência mínima de formação a
nível médio, acredita-se que não contribua para uma melhoria na formação e na
prática pedagógica e não atende às necessidades educativas da Educação Infantil
dado à necessidade do tripé interrelacionado de pesquisa / ensino / e extensão não
garantido a essa etapa de ensino. Observa-se, portanto, que a Educação Infantil no
Brasil vem caminhando lentamente e que ainda precisa de um olhar voltado para a
qualificação e valorização do profissional.

Pensar em educação pressupõe pensar a formação docente e a prática


pedagógica com qualidade. Para tanto se faz necessário entender a formação
do professor para o desenvolvimento dos saberes docentes, o que exige
qualificação, valorização profissional e políticas públicas e governamentais
adequadas, considerando o lócus de trabalho do professor. (BANDEIRA, p.
02, 2006).

De certa forma, o repensar a concepção da formação dos professores, que


até a pouco tempo objetivava a capacitação destes, através da transmissão
do conhecimento afim de que ‘aprendesse’ a atuar eficazmente na sala de
aula, vem sendo substituído pela abordagem de analisar a prática que este
professor vem desenvolvendo, enfatizando a temática do saber docente e a
busca de uma base de conhecimento para os professores, considerando os
saberes da experiência ( NUNES, 2001 p. 38 ).

Face ao exposto não podemos negar a relevância e a importância de discutirmos


a formação dos professores acerca da Identidade profissional e saberes docentes, a
presente pesquisa permeada de reflexões sobre saberes, que constituem um dos
aspectos da construção da identidade do professor da Educação Infantil em sua
formação.
Se assumirmos o postulado de que os professores são atores competentes
sujeitos ativos, deveremos admitir que a prática deles não é somente um espaço de
5

aplicação de saberes provenientes da teoria, mas um espaço de produção de saberes


específicos oriundos dessa mesma pratica. (TARDIF 200, p. 234).
Neste trabalho, defendemos as ideias de Tardif, segundo o qual acreditamos na
necessidade do professor em fundamentar sua prática nos saberes da docência, em
diálogo com os desafios do cotidiano os quais sustentam e possibilitam o
desenvolvimento da identidade de um profissional reflexivo, crítico e pesquisador,
considerando ensino como uma prática social. É necessário portanto compreender
que a identidade do professor, é um processo dinâmico, conflituoso e contínuo, social
e político que é estabelecido pelas relações entre alunos, com a família e com as
pessoas pelas quais convive no cotidiano, e nessas relações o professor constrói
saberes que fundamentam suas ações.
Nesse sentindo a presente proposta pretende abordar e refletir, identidade e
saberes docentes no intuito que a pesquisa possa contribuir para a análise dos
saberes docentes sobre a perspectiva de construção da identidade dos professores
da educação infantil na formação desses profissionais, com uma abordagem focada
nos saberes com referencial teórico-metodológico que favoreça para a construção da
identidade e saberes docentes na sua formação enquanto educador.
O interesse na construção desse objeto de pesquisa estrutura-se através das
constantes inquietações ao vivenciar a prática docente na educação Infantil. Tais
práticas foram como professora da Pré-escola em São Mateus-MA e coordenadora
do Programa Brinquedoteca da creche da Educação Infantil da rede Municipal da
cidade de Bacabal, no período de 2006 a 2017.
As inquietações partiram das dificuldades enfrentadas no contexto escolar,
acredita-se que umas das causas, são que, atualmente no município de são Mateus-
MA a realidade de algumas escolas da Educação Infantil, é a prática desses
professores formados em áreas afins e outros sem Formação Normal, supondo assim,
que devido a isto ocasiona-se as dificuldades vivenciadas pelas educadoras, desata-
se: a elaboração e planejamento de atividades, avaliação, dentre outros aspectos.
Assim, tendo como aporte teórico-metodológico as contribuições de Freire
(1996); Nóvoa (1992,1997); NUNES (2001), TARDIF (2002); PIMENTA (1992) dentre
outros, nos levam a entender que a teoria não de se distanciar da prática, interligadas
de modo que a teoria seja vivenciada em conformidade com a prática. Aborda-se esta
temática por considerarmos sua importância no contexto social e educacional.
Destaca-se a importância do processo de analisar, identificar e caracterizar os
6

saberes que constituíram o professor e sua contribuição na organização e gestão do


trabalho docente e em face da heterogeneidade do ambiente escolar, é necessário
analisar de que forma esses saberes se revelam e como são mobilizados sobre a
perspectiva de construção da identidade profissional. Esta pesquisa será importante
para compreendermos o processo de construção da identidade e dos saberes
docentes na formação do professor que são as bases necessárias para uma atividade
docente mais significativa e interativa. Justificamos, ainda, a necessidade do professor
formalizar os saberes docentes próprios, para utilizar em sua prática.
7

2 CARACTERIZAÇÃO E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

O “Bom Professor”. Ao falarmos do “Bom professor” vem logo em mente as


indagações, o que o leva a ser bom? Segundo Nóvoa (2011) o profissional docente
na atualidade precisa ter o conhecimento, a cultura profissional, o tato pedagógico, o
trabalho em equipe e o compromisso social. Como podemos perceber o bom
professor vai além da sua formação acadêmica, é uma formação integral e humana,
que se consolida, através da interação das duas dimensões, saberes profissionais e
saberes pessoais.
Sendo assim, os saberes da formação profissionais se constituem pelo o
convívio com a família, com os colegas da docência, com pessoas do seu cotidiano e
conflitos do dia a dia e se re(elabora). Tendo em vista esses saberes são elementos
que se mobilizam nos espaços sociais e culturais de formação, delimitamos aqui pela
instituição escolar onde se fundamentam e se constrói a identidade profissional do
estudo em questão.
Diante desse cenário e espaço, a escola atravessa o sujeito com sua identidade
profissional que ensina pelo o currículo, mas que também, mobiliza saberes e que ali
se desenvolvem as práticas nas representações culturais dos sujeitos, refletem
concepções de valores, comportamentos e mostram o caráter político da escola e de
como elas nos imprime uma identidade. E nesse contexto é que nos propomos a
investigar, analisar, identificar e caracterizar os saberes sobre a perspectivas da
concepção da identidade profissional, que será realizada numa escola da rede
municipal de ensino de São Mateus do Maranhão-MA, com 10 professoras da
Educação Infantil.
No Brasil por muito tempo o professor de educação infantil era visto como um
mero cuidador assistido pela concepção Assistencialista que tradicionalmente
direcionou os trabalhos desses nas creches.” [...] pessoas sem qualificação
profissional especifica fossem recrutadas para cuidar das crianças e interagir com
elas”. (OLIVEIRA 2002, p. 23). O autor aponta a falta de qualificação profissional, que
contribuem para uma problematização da formação docente no âmbito da Educação
infantil.
Se assumirmos o postulado de que os professores são atores competentes,
sujeitos ativos, deveremos admitir que a prática deles não é somente um espaço de
8

aplicação de saberes provenientes da teoria, mas um espaço de produção de saberes


específicos oriundos dessa mesma prática (2002, p. 234).
Na realidade concreta, na medida em que interagi com colegas de diferentes
formações na licenciatura, e a partir de vários aspectos relacionados ao contexto
escolar, deu-se a necessidade de problematizar do ponto de vista acadêmico algumas
indagações: Qual formação do professor que atua na Educação Infantil no universo
de estudo a que anteriormente destaquei? Existem conhecimentos básicos
acadêmicos que esses professores necessitam para qualificação, contudo, quais
dificuldades enfrentadas nos espaços de atuação o impedem de irem além dos muros
das salas de aula? Se uma (ou várias) identidade existe, quais os marcadores teóricos
e práticos poderíamos levar em consideração para minimizar as lacunas vivenciadas
por esses professores no quesito qualificação?
Diante desse cenário, é que nos propomos a investigar a temática, na tentativa
de responder a tal problema levantamos as seguintes questões:
Qual formação do professor que atua na Educação Infantil no universo de estudo
a que anteriormente destaquei?
Existem conhecimentos básicos acadêmicos que esses professores necessitam
para qualificação, contudo, quais dificuldades enfrentadas nos espaços de atuação o
impedem de irem além dos muros das salas de aula?
Se uma (ou várias) identidade existe, quais os marcadores teóricos e práticos
poderíamos levar em consideração para minimizar as lacunas vivenciadas por esses
professores no quesito qualificação?
9

3 OBJETIVO

3.1 Geral
Construir um produto pedagógico com o foco identidade e saberes docentes para
orientações das professoras na Pré-escola da educação infantil.

3.2 Específicos
Identificar os tipos de saberes que são assimilados pelas professoras em sua
formação e que são mobilizadas na prática pedagógica;
Caracterizar os saberes docentes e sua relação com a prática pedagógica dos
professores;
Elaborar um site de orientações pedagógicas, que possa contribuir com novas
concepções acerca da formação de professores, saberes docentes e identidade
profissional.
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4 REFERENCIAL TEÓRICO

Iniciaremos este estudo com um breve contexto atual em relação das política
educacionais por compreender que suas concepções mudaram com relação à
formação inicial, saberes docentes, prática pedagógica e o próprio processo de ensino
e aprendizagem, tendo como pressupostos a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – LDB nº 9394/96, as Diretrizes Curriculares Nacionais para
Formação do Professor da Educação Básica – DCNFPE Básica de 2002 e as
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia – DCN Pedagogia de 2006
articularemos estas Leis para melhor entendermos a história da formação do
pedagogo, a profissionalização docente, conquistas, avanços e conflitos.
Após muitas discussões dos educadores e entidades organizadas contra as
indefinições do Curso de Pedagogia, foi aprovada a LDB n.9.394/96. A identidade do
pedagogo, mais uma vez, não estava esclarecida, esta questão voltou a ser
rediscutida, pois especifica com clareza a atuação e a instituição formadora. O Art.62
introduz os Institutos Superiores de Educação (ISE) como um dos locais possíveis,
além das universidades, de formação de professores.
Para Scheibe (2002), a mesma LDB que determinou a formação em nível
superior de todos os professores, contraditoriamente, criou os ISE e os seus cursos
normais superiores como locais para essa formação. Nas circunstâncias hierárquicas
em que isso se coloca, pode significar uma desvalorização profissional deveu-se
exatamente pelo fato do não fomento destes Institutos em atividades de
pesquisa/ensino e extensão. Isso é um problema muito sério nas licenciaturas e
sobretudo nestes Institutos.
A educação tem sido objeto de estudo, discursão, e interesse de várias
pesquisas, que nas últimas décadas trouxeram para o âmbito de ensino muitas
contribuições e no centro dessas discussões o professor é visto como sujeito ativo e
sua formação é o motivo de vários questionamentos. Segundo Nunes (2001 p. 38) a
formação docente deve ser voltada para análise das práticas enfatizando os saberes
docentes como elo em busca da base de conhecimento para os professores, levando
em consideração os saberes.
No Brasil, Freire (1996 p. 22) afirma: a reflexão crítica sobre a prática se torna
uma exigência da relação teoria/prática. Dessa forma, percebe-se a preocupação do
autor em apontar a necessidade de reflexão sobre a prática docente ao indicar que
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ensinar exige profissionalização, seriedade, ao tempo em que salienta que a teoria


deve permear o trabalho dos professores.
Os saberes profissionais são diversificados, podendo ser adquiridos de várias
fontes, as quais os profissionais convivem no seu cotidiano, e não necessariamente
da graduação.

Os saberes profissionais dos professores parecem ser, portanto, plurais,


compósitos, heterogêneos, pois trazem à tona, no próprio exercício do
trabalho, conhecimentos e manifestações do saber-fazer e do saber-se,
bastante diversificados e provenientes de fontes variadas, as quais podemos
supor também que sejam de natureza diferente. (TARDIF, p.61. 2002).

Em sua tese de doutorado intitulada “Saberes docentes e formação de


professores: um breve panorama da pesquisa brasileira” Nunes (2001), pontua que
as pesquisas sobre formação e profissão docente apontam para uma revisão da
compreensão da prática pedagógica do professor, que é tomado como mobilizador de
saberes profissionais. Considera-se, assim, que este, em sua trajetória, constrói e
reconstrói seus conhecimentos conforme a necessidade de utilização dos mesmos,
suas experiências seus percursos formativos e profissionais.
Ainda de acordo com Nunes (2001) em trabalho de tese publicado na Revista
Educação & Sociedade, as pesquisas sobre formação de professores têm destacado
a importância de se analisar a questão da prática pedagógica como algo relevante,
opondo-se assim às abordagens que procuravam separar formação e prática
cotidiana. Na realidade brasileira, embora ainda de uma forma um tanto “tímida”, é a
partir da década de 1990 que se buscam novos enfoques e paradigmas para
compreender a prática pedagógica e os saberes pedagógicos e epistemológicos
relativos ao conteúdo escolar a ser ensinado/aprendido. Neste período, inicia-se o
desenvolvimento de pesquisas que, considerando a complexidade da prática
pedagógica e dos saberes docentes, buscam resgatar o papel do professor,
destacando a importância de se pensar a formação numa abordagem que vá além da
acadêmica, envolvendo o desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional da
profissão docente.
A fim de repensar a formação inicial e contínua a partir da análise das práticas
pedagógicas, Pimenta (1999) desenvolve uma pesquisa a partir de sua prática com
alunos de licenciatura e destaca a importância da mobilização dos saberes da
experiência para a construção da identidade profissional do professor. Neste sentido,
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são identificados três tipos de saberes da docência: a) da experiência, que seria


aquele aprendido pelo professor desde quando aluno, com os professores
significativos etc., assim como o que é produzido na prática num processo de reflexão
e troca com os colegas; b) do conhecimento, que abrange a revisão da função da
escola na transmissão dos conhecimentos e as suas especialidades num contexto
contemporâneo e c) dos saberes pedagógicos, aquele que abrange a questão do
conhecimento juntamente com o saber da experiência e dos conteúdos específicos e
que será construído a partir das necessidades pedagógicas reais. A autora enfatiza
ainda a importância de que a fragmentação entre os diferentes saberes seja superada,
considerando a prática social como objetivo central, possibilitando, assim, uma
ressignificação dos saberes na formação dos professores.
Outra pesquisa é o trabalho desenvolvido por Caldeira (1995), que se
interessava em investigar os saberes implícitos construídos e apropriados pelo
professor em sua prática durante sua trajetória profissional e pessoal. Partindo dessa
suposição (de que o docente se apropria e produz saberes na atividade escolar), a
autora procurou descrever e analisar a prática docente de uma professora do ensino
fundamental e a reconstrução do processo de constituição do seu saber. Ressalta a
importância de considerar o estudo da prática docente como processo informal,
dinâmico, complexo e carregado de valores. Recorrendo ao estudo de Tardif et al.
(1991), considera os diversos tipos de saberes (das disciplinas, curriculares,
profissionais e da experiência) como integrantes da prática docente, sendo que a
diferença estaria na relação do professor com cada um deles.
Assim sendo o trabalho terá como foco compreender e refletir sobre a
importância acerca dos saberes docentes, assim como na construção da identidade
profissional, de modo que, com a pesquisa possamos analisar e identificar como
esses saberes estão sendo mobilizados na prática e na formação docente.
13

5 METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia em um trabalho de pesquisa científica consiste no


detalhamento criterioso de todas as etapas de realização do estudo. A
metodologia “é um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados
pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do
conhecimento, de uma maneira sistemática” (RODRIGUES, 2007).

Nessa concepção, a metodologia deste trabalho obedece aos padrões e normas


exigidos e a um processo sistemático que se inicia com a escolha do tema,
identificação da situação problema de estudo, elaboração das questões norteadoras,
determinação dos objetivos, escolha do método e seus instrumentos de pesquisa e,
principalmente de fundamentação teórica consistente com amparo num referencial
bibliográfico específico.

5.1 Tipo de estudo

Trata-se de um estudo de caso a ser realizado na pré-escola da educação Infantil


Ayrton sena na cidade de São Mateus do maranhão, com 10 professoras da educação
infantil, utilizaremos a abordagem qualitativa e a pesquisa de natureza exploratório-
descritiva.
A pesquisa descritiva procura observar, registrar, analisar, classificar e
interpretar os fatos ou fenômenos (variáveis), sem que o pesquisador interfira neles
ou os manipule. Este tipo de pesquisa tem como objetivo fundamental a descrição das
características de determinada população ou fenômeno.
A pesquisa exploratória é vista como o primeiro passo na construção de um
trabalho científico, este tipo de pesquisa tem por finalidade proporcionar maiores
informações sobre determinado assunto. A opção pela abordagem qualificativa de
natureza descritiva se fundamenta no fato que a mesmas se harmoniza-se com a
natureza da investigação dinâmica da pesquisa e com o aporte teórico selecionados,
o estudo combinará pesquisa bibliográfica e de campo.

Na pesquisa com abordagem qualitativa o pesquisador será o agente da


investigação e, através das técnicas de observação e entrevistas fará a
análise dos aspectos observados para cumprir com o objetivo da
investigação, dando maior importância aos valores, significados e atitudes,
levando em consideração sua capacidade de intuição e subjetivismo
(MINAYO, 2004).
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A pesquisa bibliografia em livros, artigos, dissertações, teses, anais de eventos


científicos e informações disponibilizadas pela internet irá fundamentar o trabalho.
Essa base servira como apoio e irá possibilitar uma revisão de trabalhos já produzidos
sobre a temática, situando-nos historicamente, nos atualizando e possibilitando-nos
uma ampla visão da formação docente no Brasil, compreendendo o contexto em que
se efetivam suas praticas docentes e ainda proporcionara o aprofundamento do aporte
teórico.
A amostra delimitada o estudo do caso, constitui-se de 10 professoras da
educação infantil, no município de São Mateus do Maranhão-MA, no período de 2020
a 2021. Com instrumento de coleta de dados, utilizaremos o questionário simples: será
utilizado de forma a obter dados significativos e objetivos e sua elaboração levará em
conta aspectos relacionados à formação dos professores e os saberes docentes
mobilizados no seu cotidiano, a partir de questionamentos simples, com linguagem
clara que facilite a compreensão e respostas dos investigados. Sabe-se que nem
sempre o questionário é o instrumento de pesquisa mais utilizado na pesquisa
levando-se em consideração as limitações de respostas dos investigados, entretanto,
ainda continua sendo um instrumento de recolha e avaliação de dados muito
importante na pesquisa científica, especialmente nas ciências da educação.
Observação simples: que durante o período da pesquisa serão definidos, pelo
pesquisador e o orientador da pesquisa, os sujeitos, o cenário, comportamento social,
assim como a forma, tempo e instrumento de registro da observação, valorizando a
observação como técnica de coleta de informações. Essa observação será feita
diretamente pelo pesquisador e levará em consideração os dados ofertados pelos
informantes. Outra forma de coleta de dados para essa investigação será a entrevista
semiestruturada. Na entrevista, os depoimentos serão gravados através de
equipamentos eletrônicos e transcritos na íntegra, a linguagem oral dará forma à
linguagem escrita buscando assim informações para coleta dos dados e apresentando
o termo de consentimento livre e esclarecido de acordo com a resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde que regulamenta a pesquisa envolvendo seres
humanos. As técnicas serão selecionadas e aplicadas na pesquisa de campo.
Alves-Mazzotti e Gewandsznajder (1999) afirmam que a entrevista pode ser a
principal técnica de coleta de dados ou pode ser parte integrante da observação
participante. Aponta, ainda, que a escolha da entrevista semiestruturada tem respaldo
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em suas próprias características, em que o entrevistador faz perguntas específicas,


mas também deixa que o entrevistado responda em seus próprios termos.
O instrumento de coleta de dados consta um roteiro com perguntas norteadoras,
fundamentado em tópicos relevantes fornecidos pelo quadro teórico, aplicadas aos
sujeitos de estudo através de entrevistas semiestruturadas.
Na realização do processo de recolha de informações, algumas técnicas serão
utilizadas como mais viáveis. A priori, serão definidas como técnicas de coleta de
dados.
As informações adquiridas através dos questionários e entrevistas aplicados aos
professores da educação infantil serão analisadas objetivando compreender os
saberes docentes da formação inicial mobilizados pelos professores na elaboração do
eixo orientador e reflexivo de sua prática pedagógica nos anos iniciais do ensino
fundamental. A eficácia dessas análises comprovará se os objetivos do presente
trabalho científico serão alcançados ou não.
Os dados obtidos com a realização da pesquisa receberão tratamento
estatístico. Em um primeiro momento os questionários serão enumerados e revisados.
As respostas serão agrupadas conforme a frequência. Em seguida, os dados
serão digitados e processados. Para tratamento das respostas dos questionários, será
realizada uma verificação da adequação das respostas no que diz respeito à
coerência.
Os dados coletados com a aplicação da entrevista terão um tratamento
qualitativo no sentido de que se possa retratar as ideias e opiniões dos entrevistados
em consonância às orientações de estudo sobre pesquisa com abordagem qualitativa.
Esse tipo de tratamento exige que durante a análise dos dados sejam realizadas
leituras sucessivas dos depoimentos, buscando uma compreensão das informações
das participantes da pesquisa. Como se trata de um estudo com abordagem
qualitativa, busca-se obter o máximo de informações que subsidiem a pesquisa e
possibilitem uma relação direta com a temática em questão e com os seus referenciais
teóricos.
Em outro momento, com as informações, dados e as experiencias vivenciadas
no campo de pesquisa, construiremos um site de Orientações Pedagógicas de
Educação tendo como foco a temática da pesquisa e todo o seu processo com
finalidade de compartilhar experiências e instrumentalizar.
16

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES-MAZZOTTI, A. J. GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e


sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira (1999).

BANDEIRA, Ilda Maria Martins. Formação de professores e práticas reflexivas.


Disponível em www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/.../GT1_13_2006.PDF >
Acesso em 14 de 0utubro de 2019.

BRASIL. Constituição da República Federal do Brasil. Brasília, 1988.


BRASIL. Ministério da educação e do Desporto. Por uma Política de Formação
Profissional de Educação infantil. Brasília, DF, 1994.
Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 130, p. 63-97, jan./abr. 2007.

CALDEIRA, A. M. S. A apropriação do saber docente e a prática cotidiana. São


Paulo: Cortez, 1995.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.


7ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MINAYO, M. C. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. Rio de


Janeiro: Abrasco, 2004.

NÓVOA, A. (Org.). Vidas de Professores. Porto: Porto Editora, 1997.

NUNES, Célia Maria Fernandes. Saberes docentes e formação de professores: um


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Janeiro: PUC, 2001.

NÓVOA, A. Formação de professores e formação docente. In:______ (org). Os


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NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: Os professores e sua


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TARDIF, Maurice. Saberes docente e formação profissional. Petrópolis. Rio de


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