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Os arquétipos exercem uma enorme influência nas nossas emoções e, claro, nas nossas ações.
Não importa se isso acontece de forma inconsciente (a maioria das vezes) ou consciente, nem se
desejamos ou não essa interferência. Ela simplesmente acontece!
Caso você esteja se perguntando o que são arquétipos, são representações, modelos ideais de um
conceito que já estão formados em nossa mente.
Um bom exemplo para se explicar o que são arquétipos são os significados que atribuímos aos
animais.
Imagens;
Símbolos;
Sons;
Cheiros;
Comportamentos.
Caso um produto seja associado a um arquétipo, quem recebe o estímulo automaticamente fará a
conexão entre os dois, o que é chamado de neuroassociação.
Toda informação contida naquele arquétipo será transferida para o produto, seja isso intencional ou
não.
Se você já foi em alguma feira de automóveis deve ter reparado que do lado de cada carro exposto,
especialmente os mais luxuosos e caros, há sempre uma modelo apresentando o produto.
Essa associação não é nada casual: a intenção é enviar uma mensagem para o subconsciente do
público da feira, que em sua grande maioria são homens, que ao comprarem aquele carro poderão
conquistar a mulher dos seus sonhos.
A fórmula de associação entre arquétipos e produtos funciona não só para induzir desejos de
consumo, mas também são utilizados para induzir comportamentos nas mais diversas
áreas como:
Treinamento de pessoas;
Entretenimento;
Construção de marcas.
Conhecer um pouco mais sobre os arquétipos pode ajudar você a:
E muito mais!
Você achou o tema do artigo de hoje interessante? Então continue lendo para saber mais sobre:
Os 12 arquétipos de Jung
Só lembrar dos arquétipos dos deuses gregos, romanos e egípcios, por exemplo. Um arquétipo para
representar a beleza, o outro a força, poder, inteligência e por aí vai.
Certamente esses arquétipos são usados ainda hoje e as mesmas associações são feitas a eles.
E como sempre, seu uso fica no limite entre a persuasão e a manipulação, dependendo da ética de
quem conhece e faz uso desses símbolos.
E sim, isso não é lenda urbana. Elas existem e são usadas sutilmente para reforçar conceitos, como
fez a marca americana de fast food KFC, do ano de 2008, em um comercial de TV.
Se você olhar com um pouco mais de atenção irá perceber que notas de 1 dólar estão sutilmente
representadas na alface do sanduíche, para reforçar a ideia de que o produto é barato e custa menos
de 1 dólar.
Dificilmente alguém notaria essa pequena inserção em um comercial de 30 segundos, mas a
mensagem é registrada pelo inconsciente.
O que não significa que ela não poderia ser percebida conscientemente (como foi), mas sim que a
maioria dos espectadores não iriam prestar tanta atenção assim.
De uma maneira ou de outra, a mensagem que a marca queria passar através dessa imagem foi
captada por quem assistiu.
A inserção de marcas em filmes, séries com a intenção de fazer associações positivas a produtos
também é uma forma de passar uma mensagem subliminar.
Você pode até não perceber, enquanto assiste ao jogo no domingo à tarde, você está recebendo
estímulos e associações nada casuais o tempo todo.
Vamos dizer que seu time faz um gol e as câmeras da TV filmam a comemoração e a alegria do
momento. No fundo da imagem, você vê banners das marcas, que estão nas laterais do campo.
Automaticamente, seu inconsciente registra o sentimento de alegria trazido pelo momento do gol e
da comemoração com com a marca que está sendo exibida.
Tudo isso sem que você sequer perceba!
O estudo consistia em colocar uma música francesa para tocar na loja em um dia e no outro uma
música alemã, sempre de forma alternada.
O resultado foi extremamente interessante: no dia que a música francesa era tocada, os vinhos
franceses eram os produtos mais vendidos. E quando a música era de origem alemã, os vinhos mais
vendidos também!
Certamente os clientes que estavam na loja ouviram a música que estava tocando, mesmo que não
tenham prestado a atenção a ela. No entanto, pouquíssimos relataram terem sido
(conscientemente) influenciados pela música na hora de escolher a nacionalidade da sua bebida.
E claro, esse tipo de ação funciona muito melhor para influenciar o comportamento do
consumidor quando essas estratégias de marketing não são percebidas claramente pelo
público. Se forem estímulos visuais, (nosso sentido mais aguçado) ou auditivos, funcionam ainda
melhor.
O impacto causado por um arquétipo associado a uma marca é bastante impressionante, como foi
atestado em um estudo feito em 2008 pela Universidade de Duke, no Canadá.
Os resultados mostraram que uma exposição de apenas 30 milissegundos do logo da Apple, fez com
que as pessoas participantes tivessem ideias mais criativas do que aquelas que foram expostas ao
logo da IBM.
Justamente porque a Apple é conhecida por seus produtos disruptivos e está associada ao arquétipo
do Criador, que vou detalhar mais para frente.
Através desse estudo é possível identificar claramente o arquétipo associado a cada uma
dessas marcas e como eles estão fortemente presentes no inconsciente coletivo.
O conceito do inconsciente foi criado/descoberto por Freud. Porém, ele acreditava que essa parte da
nossa mente seria formada apenas por conteúdos reprimidos ou esquecidos.
Como um baú onde você guarda suas coisas velhas que não usa mais.
Seria o seu espaço individual e lá estariam só seus sentimentos e pensamentos ignorados pela mente
consciente.
Ele afirmava que essa parte individual do inconsciente seria apenas uma camada
superficial que estaria recobrindo uma camada muito mais profunda. Essa camada escondida seria
um registro de informações universais e não individuais.
O conteúdo registrado nessa área da mente seria comum para todos os seres humanos, independente
de religião, cultura, gênero, idade, nacionalidade ou qualquer outra característica.
É uma espécie de conhecimento comum a todos os seres humanos, assim como a capacidade de
controlar a respiração, batimentos cardíacos e etc. Todos nascem com essa habilidade, independente
de terem aprendido ou não. E não precisamos pensar para executar nenhuma delas.
No entanto, os arquétipos não são sempre inconscientes. Uma forma bastante conhecida de
expressão dos arquétipos são os contos de fada, que são conhecimentos coletivos transmitidos ao
longo de gerações.
A reação que ocorre em nosso organismo não acontece em apenas uma interação com um arquétipo.
De acordo com Dr Eric J. Nestler, diretor do Friedman Brain Institute, em Nova York, é preciso
usar a repetição para provocar os estímulos.
Por esse motivo que as pessoas precisam, em média, ver um anúncio 6 vezes ou ter vários pontos de
contato com uma marca ou produto. Um arquétipo não levará ninguém a tomar uma decisão ou agir
com uma única exposição a ele.
Além disso, nem todo arquétipo irá produzir uma reação positiva ou gerar o desejo de compra.
Os arquétipos podem ser usados de forma positiva ou negativa e estão presentes nas mais diversas
aplicações cotidianas.
Por exemplo, se você pretende criar o logotipo para a sua empresa, precisa conhecer melhor os
arquétipos para não passar a mensagem errada para seu público.
Ao usar a psicologia das cores, apostar na tipografia adequada e palavras persuasivas, você está
usando arquétipos e induzindo respostas emocionais nas pessoas que entram em contato seja com
seu site e sua identidade visual ou até mesmo com você.
Sim, você também vive e representa arquétipos. A questão é: quais deles você deseja realmente
para a sua vida?
E mais: existe um arquétipo para todo tipo de necessidade, ou seja, você só vai conseguir atingir as
pessoas que se identificam com o arquétipo que você escolheu para você, para sua marca e seu
negócio.
Por isso a importância de conhecer seu nicho de mercado e segmentar seu público para saber quais
dos arquétipos sua marca irá personificar.
O número de arquétipos existente é bastante extenso, então vamos falar somente daqueles mais
conhecidos e usados pelas empresas para construir a personalidade de suas marcas: os 12
arquétipos de Jung.
Os 12 arquétipos de Jung
Durante seu estudo sobre inconsciente coletivo, Jung definiu 12 arquétipos junto com suas
motivações, conjunto de valores e características e acreditava que todo ser humano se encaixaria
dentro dessas 12 opções com um único arquétipo dominante.
Os 12 arquétipos de Jung são:
O Inocente: deseja ser feliz acima de tudo e acredita em um mundo melhor onde todos podem
ser quem desejam.
O Cara Comum: possui o desejo de pertencer ao grupo, sendo igual aos demais e por isso não
expõem aquilo que realmente pensam e sentem.
O Herói: acredita que com vontade, dedicação e coragem é possível conquistar qualquer coisa
e, portanto, não mede esforços para isso.
O Cuidador: tem o grande desejo de ajudar outras pessoas como faria consigo mesmo e teme
por momentos difíceis não por si mas pelos outros.
O Explorador: liberdade é o valor mais importante para esse arquétipo que procura fugir do
tédio e sempre experimentar algo novo.
O Rebelde: gosta de quebrar regras, chamar atenção para si e é fiel a seus próprios valores e
não aqueles considerados certos pelos outros.
O Amante: seu foco está em relacionar-se com outras pessoas e teme ficar sozinho, valorizando
assim a beleza e o romance.
O Tolo: aposta no humor e na ideia de viver o momento, aproveitar ao máximo sem se importar
com o que as outras pessoas vão pensar.
O Sábio: deseja entender o mundo através do estudo e da auto reflexão, é metódico e detalhista
e acredita que a verdade é libertadora.
O Mágico: busca a visão das leis fundamentais do universo misturando conhecimentos ocultos,
religião, ciência e tecnologia para fazer acontecer.
O Governante: seu maior desejo é exercer o poder, não importa a esfera de atuação, é
responsável e gosta de ter o controle.
Somos motivados por esses impulsos todos os dias e tomamos decisões com base na necessidade que
se mostra mais urgente no momento.
Se você tem segurança demais em sua vida, o tédio toma conta e o desejo da busca por desafios
maiores aparece porque a necessidade do equilíbrio é a maior de todas elas.
Os arquétipos, que são as representações ideais dessas necessidades, e que muitas vezes servem de
ponte entre produtos e a motivação do consumidor ao oferecem soluções com significado e propósito.
O Criador
O Governante
O Cuidador
As marcas que usam esses 3 tipos de arquétipo auxiliam as pessoas a preservar a ordem e a
estabilidade ao mesmo tempo que lidam com mudanças.
Cara Comum
O Amante
O Tolo
Eles não estão preocupados em causar um impacto no mundo, mas sim com a impressão que vão
causar nas outras pessoas.
As marcas que usam esses arquétipos ajudam os consumidores a se conectarem com outras pessoas.
O Herói
O Rebelde
O Mágico
São os arquétipos ideais para quem quer criar ou vender produtos que trazem mudanças
significativas para a maneira como as coisas são feitas no presente.
O Inocente
O Explorador
O Sábio
A ação dos consumidores pode ser motivada por todas essas necessidades, ou pelo menos algumas
delas, ao mesmo tempo. Cabe a você definir quais delas seu produto ou serviço visa resolver para
escolher o arquétipo ideal para a sua marca.
Como resultado disso, a junção entre ciência e marketing, o neuromarketing vem sendo cada
vez mais aplicado pelas grandes empresas multinacionais.
Os 12 arquétipos de Jung (vamos falar mais deles no próximo artigo) são muito utilizados na área de
marketing, para persuadir consumidores, para segmentar mercados e criar personas.
Entender o arquétipo dominante do público-alvo não só ajuda as marcas a entenderem sua visão de
mundo seu público e a venderem mais.