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PARECER TÉCNICO

ANÁLISE DE PATOLOGIAS EM RESIDÊNCIA


RUA QUATÁ, nº 250
JARDIM SAN REMO
LONDRINA/PR

Proprietário
OSMAR ROSA DE OLIVEIRA

Elaboração
RABELO&SECCO LTDA
ENGª CIVIL MARIA CLARICE DE OLIVEIRA RABELO MORENO
CREA-PR 10510/D
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ÍNDICE

1 DO OBJETO Pág. 3

2 DO OBJETIVO Pág. 3

3 LOCALIZAÇÃO Pág. 3

4 SÍNTESE DO TRABALHO Pág. 7

5 DESCRIÇÃO DOS DADOS LEVANTADOS NO LOCAL Pág. 7

5.1 IMÓVEL 01 Pág. 8

5.2 IMÓVEL 02 Pág. 16

5.3 IMÓVEL 03 Pág. 17

6 ANÁLISE DOS FATOS Pág. 23

6.1 INFORMAÇÕES DO PROPRIETÁRIO IMÓVEL 01 Pág. 23

6.2 INFORMAÇÕES DOS REPRESENTANTES DO IMÓVEL 02 Pág. 23

6.3 INFORMAÇÕES DOS PROPRIETÁRIOS IMÓVEL 03 Pág. 23

6.4 SINISTRO Pág. 24

I IMÓVEL 01 -HISTÓRICO Pág. 38

II IMÓVEL 02-HISTÓRICO Pág. 39

III IMÓVEL 03- HISTÓRICO Pág. 40

7 CONCLUSÕES DOS DADOS OBTIDOS Pág. 40

8 RECOMENDAÇÃO PARA RECUPERAÇÃO Pág. 42

9 ENCERRAMENTO Pág. 42
3

1. OBJETO

O objeto do presente Parecer Técnico refere a uma residência em


alvenaria de tijolos e estrutura de concreto armado localizada na Rua Quatá
nº 250, Londrina/PR, de propriedade do Sr. OSMAR ROSA DE OLIVEIRA.

Também faz parte deste trabalho analisar os aspectos relativos ao muro


de arrimo executado sob a parede dos fundos da residência do Sr. Osmar, na
propriedade do Sr. EDSON CHAVES FILHO, sendo esta residência localizada
na Rua Uberlândia nº 443 e a influência no ocorrido, exercida pelo Lote 1A da
Quadra XIX do Jardim San Remo, de propriedade da Construtora VECTRA.

2. OBJETIVO

O presente trabalho técnico é analisar e esclarecer as razões e consequências


da queda do muro de arrimo existente no terreno do Sr. Edson Chaves Filho
e exposição e quebra das fundações da parede do Sr. Osmar Rosa de Oliveira.

3. LOCALIZAÇÃO

O imóvel analisado está localizado no Jardim San Remo, Lote 2 da Quadra


XIX, Rua Quatá nº 250, em Londrina/PR. Para melhor compreensão deste
trabalho, este imóvel será chamado de “IMÓVEL 01”.

O imóvel vizinho da lateral direita com a residência analisada, localizado na


Quadra XIX, Lote 1A do Jardim Sam Remo, conforme croquis e imagens
expostos nas páginas a seguir. Para melhor compreensão deste trabalho, este
imóvel será chamado de “IMÓVEL 02”.

O imóvel vizinho de fundos com a residência analisada, localizado na Quadra


XIX, Lote 17 do Jardim Sam Remo e Lote 8 da Quadra 14 do Parque Alvorada,
conforme croquis e imagens expostos nas páginas a seguir. Para melhor
compreensão deste trabalho, este imóvel será chamado de “IMÓVEL 03”.
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Figura 01 - Imagem de satélite do aplicativo Google Earth, de 04/05/2017, que identifica a


posição dos imóveis analisados em relação ao centro da cidade de Londrina, (Catedral
Metropolitana), com distância em linha reta de aproximadamente 3 km.

As imagens 03, 04 e 05, mostram, respectivamente, as fachadas dos imóveis


01, 02 e 03. As fotos foram tiradas na data da vistoria.

IMÓVEL 02

IMÓVEL 01

Figura 02 -Imagem de satélite extraída do aplicativo Google Earth - da fachada do Imóvel do


Imóvel 01 e parte do muro frontal do Imóvel 02. Data: 05/05/201.
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IMÓVEL 02

Figura 03 -Imagem de satélite extraída do aplicativo Google Earth- da fachada do Imóvel


do Imóvel 02 frente para Rua Quatá. Data 05/05/2017

Figura 04 - Imagem de satélite extraída do aplicativo Google Earth- da fachada do Imóvel


do Imóvel 03 frente para Rua Uberlândia. Data 05/05/2017.
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Figura 05 -Imagem de satélite extraída do aplicativo Google Earth- com indicação dos limites
dos terrenos do imóvel 01 (em vermelho), imóvel 02 (em amarelo) e imóvel 03 (em verde).
Data 05/05/2017

Os lotes encontram-se no limite dos bairros Jardim Sam Remo e Parque


Alvorada, como mostra a imagem 06.

Ambos possuem os seguintes equipamentos comunitários:

• Pavimentação asfáltica
• Drenagem águas pluviais
• Iluminação pública e energia fornecidas pela COPEL
• Água potável e esgoto fornecidos pela SANEPAR
• Coleta de Lixo
• Transporte coletivo urbano
• Concessionárias de TV à cabo e telefone
• Escolas públicas
• Fácil acesso à UEL- Universidade Estadual de Londrina e Faculdades
particulares;
• Comércio varejista e supermercados
• Posto de saúde
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4. SÍNTESE DO TRABALHO

Com as chuvas intensas no mês de janeiro deste ano de 2018, o muro de


contenção existente na parte posterior do Imóvel 03, na divisa com os Imóveis
01 e 02 desabou, carregando parte das fundações da edícula que fica do
Imóvel 01 e parte do muro de divisa do imóvel 02. Os destroços do muro e
parte da terra que nele estava apoiada caíram sobre um gazebo com estrutura
de madeira, existente no Imóvel 03, conforme figuras 20 e 24.

O proprietário do Imóvel 01, Sr. Osmar Rosa de Oliveira, contratou esta


signatária a fim de que elaborasse este PARECER TÉCNICO visando determinar
as causas do sinistro ocorrido em sua casa. Após uma análise inicial,
orientamos o Sr. OSMAR e sua família a não se utilizar das dependências
afetadas, opinião compartilhada com a Defesa Civil da Prefeitura de Londrina,
que também examinou o local e emitiu parecer, conforme informações do Sr.
Osmar.

Durante as diligências no local do ocorrido, também estiveram presentes o


engenheiro Gabriel Sperandio, representante da Construtora Vectra,
proprietária do Imóvel 02. O engenheiro Gabriel forneceu fotos tiradas do dia
do fato, 12 de janeiro de 2017, exibidas nas páginas seguintes. O engenheiro
afirmou que o imóvel 02 está no momento tal qual o adquiriram. Forneceram
também a matrícula do imóvel 02, de nº 86927, figura 17.

A proprietária do Imóvel 03, Sra. Helena Chaves informou que ela e seu
esposo, o Sr. Edson Chaves Filho, moradores no Imóvel 03, estavam em
viagem no dia do sinistro, tendo sido alertada por seu genro. Afirma
preocupação para resolver logo por estar com o muro aberto, sendo o Imóvel
02 um lote vazio, falta segurança. O Sr. Edson Chaves Filho informou que
mora no local há mais de 40 anos, tendo adquirido o imóvel ainda em
construção, tendo-o finalizado. Forneceu cópia do carimbo do projeto da casa
e edícula existente, edificados apenas no Lote 17 da quadra 19 do Jardim Sam
Remo.

5. DESCRIÇÃO DOS DADOS LEVANTADOS NO LOCAL

Os terrenos dos imóveis descritos neste trabalho estão representados na


figura 06, do mapa obtido no site do IPPUL, chamado oficialmente de
“cadernão de mapas”.
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Figura 06 - No “cadernão” do IPPUL, localizando a planta da quadra 19 (XIX), Jardim Sam


Remo, e a quadra 17 (XVII) do Parque Guanabara, loteamento limítrofe, e os lotes
demarcados, sendo o imóvel 01 com linha vermelha, o imóvel 02 com linha amarela e o
imóvel 03 com linha azul. Observar que o imóvel 03 possui metade do lote no Jardim Sam
Remo e metade no Parque Alvorada, conforme planta fornecida pelo site do IPPUL, no
endereço http://www1.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/ Storage/ippul/mapas
/mapa_municipio/7_4_alterado.pdf

5.1. IMÓVEL 01

5.1.1. Terreno
Lote 02 da Quadra 19 (XIX) do Jardim Sam Remo, com
benfeitorias.
Área: 275,00 m2
Formato: retangular
Topografia: em declive de 3,80m na divisa com Imóvel 03.
Medidas: 11,00 m de frente para Rua Quatá, 25,00 m na lateral
esquerda confrontando com o lote 03 da quadra 19; 11,00 m nos
fundos confrontando com Lote 17 da quadra 19; 25,00 m na
lateral direita confrontando com lote 01A da quadra 19.
Topografia: em declive acentuado no sentido da frente para os
fundos com inclinação média de 15%.
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5.1.2. Benfeitorias
Conforme diligências efetuadas no Setor de Cadastros da
Prefeitura Municipal de Londrina, foram constatadas as seguintes
aprovações de projetos:
a) a aprovação de uma edícula de alvenaria, figuras 07 e 08,
com 44,07 m2, com Alvará de Construção nº C-1.074, em
17 de agosto de 1978, em nome de Paulo Sérgio Cintra,
que consta a informação que “Este alvará é em substituição
ao alvará de licença SUOV-C- 706/74”, porém não existe o
croqui e alvará de 1974. O Termo de Conclusão (Habite-se)
figura 09, datado de 22 de agosto de 1978, após 5 dias,
portanto a edificação inicial é datada de 1974.
Esta construção foi executada no nível natural do terreno-
ver figuras16 e 17. Todas as paredes externas da edícula
estão nas divisas com os lotes vizinhos.

b) Em 17 de agosto de 1982 foi expedido o Alvará de Licença


de construção nº 169/82 de mais 37,88 m2, figura 10, em
nome de Paulo Sérgio Cintra. Não foi encontrado o projeto
arquitetônico ou responsável técnico referente a este
Alvará.
Em 11 de outubro de 1990 o Sr Osmar forneceu uma foto
que consta dois telhados de cobertura de fibrocimento, ou,
na época, provável de cimento amianto, que existia as
telhas de 4 mm, figura 11.

c) Na figura 12 tem a aprovação de uma garagem de 9,45 m2


em 27 de junho de 1991, conforme figura 12. Não existe
um Alvará de construção ou habite-se no arquivo da
Prefeitura.
d) Em 19 de setembro de 1994 foi expedido o Alvará de
Licença de construção de mais 65,32 m2, figuras 14 e 15,
em nome do Sr Osmar Rosa de Oliveira, tendo como autor
do projeto e execução o arquiteto Jorge G.F. Gameiro.

Na Prefeitura de Londrina constam 147,27 m² construídos.


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Figura 07- Reprodução fotográfica do Alvará de Licença do departamento arquivos da


Prefeitura de Londrina da primeira edificação do Imóvel 01, propriedade à época de Paulo
Sérgio Cintra, com 44,07 m², edificada em 11 de agosto 1978, porém consta no Alvará que
é uma substituição do Alvará de 1974, não encontrado nos arquivos nem projeto nem o Alvará
nº 706/74. Considera-se, então, que o primeiro Alvará é de 1974, pois o Termo de Conclusão
da obra (Habite-se) data de 22 de agosto de 1978, figura 09, portanto com diferença de 5
dias.
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Divisa Imóvel 02 DIVISA LOTE 03


QUADRA XIX

DIVISA IMÓVEL 03

Figura 08- Reprodução fotográfica da planta depositada na Prefeitura de Londrina da


primeira edificação do Imóvel 01, com 44,07 m2, edificada em 1974 e modificado
projeto em 1978.
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Figura 09 - Reprodução fotográfica do Termo de Visto de Conclusão (Habite-se)


depositado na Prefeitura de Londrina da primeira edificação do Imóvel 01, com 44,07
m2, em 22 de agosto de 1974.

Figura 10 - Reprodução fotográfica do Alvará de Construção depositado na Prefeitura


de Londrina, em nome do proprietário à época, Paulo Sérgio Cintra, com data de 29
de janeiro de 1982, referente a ampliação do Imóvel 01, com 37,88 m². Não consta
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nome do Responsável Técnico pela execução nem do nome do responsável pelo projeto
arquitetônico. Não consta o projeto referente a este Alvará.

Figura 11 - Reprodução fotográfica do Termo de Visto de Conclusão (Habite-se)


depositado na Prefeitura de Londrina do Imóvel 01, com 37,88 m², datado de 02 de
fevereiro de 1982.

Primeira cobertura
Segunda cobertura

Figura 12 - Foto fornecida pelo Sr. Osmar, datada de 11 de outubro de 1990.Observa-


se que a cobertura era de telha de cimento amianto, de 4,00 mm, padrão para a época.
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DIVISA IMÓVEL 03

DIVISA LOTE 03 DIVISA IMÓVEL 02


QUADRA XIX

Figura 13 - Reprodução fotográfica do croqui de ampliação de área de garagem do


Imóvel 01, de 9,45 m², datado de 27 de junho de 1991, e que faz parte do arquivo da
Prefeitura de Londrina. Não existem registros de alvará de licença nem o responsável
pelo projeto e execução.
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Figura 14 - Reprodução fotográfica do alvará de licença, que tem como proprietário o


Sr Osmar Rosa de Oliveira, datado de 19 de setembro de 1994, para construção de
65,32 m² no imóvel 01, e como responsável técnico arquiteto Jorge G. F. Gameiro.

Figura 15 - Reprodução fotográfica do projeto de 65,32 m², considerando paredes em


azul existentes, em amarelo a demolir e em vermelho a construir.
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Figura 16- Reprodução fotográfica do carimbo do projeto aprovado na Prefeitura do arquivo


do Sr. Osmar Rosa de Oliveira de 1998.

5.2. IMÓVEL 02

5.2.1. Terreno

Lote 01 da Quadra 19 (XIX) do Jardim Sam Remo, conforme Matrícula,


fornecida pela construtora Vectra, figura 17.
Área: 500,00 m².
Formato: retangular
17

Medidas: 20,00 m de frente para Rua Quatá, 25,00 m na lateral esquerda


confrontando com o lote 02 da quadra 19 do Jardim San Remo; 20,00 m
nos fundos confrontando com Lote 17 da quadra 19 do Jardim San Remo e
os lotes 08 e 09 e parte lote 10 da Quadra 17 do Parque Alvorada, 25,00 m
na lateral direita confrontando com lote 07A da quadra 17 do Parque
Alvorada.
Topografia: em declive acentuado, com desnível de 4,00 m.

Figura 17 - Reprodução fotográfica da 1ª página da Matrícula 86.927 do Imóvel 02,


fornecida pela proprietária Construtora VECTRA. Utilizado para dados de área do terreno.

5.2.2. Benfeitorias
O terreno está vazio. Possui na frente um muro de alvenaria com um portão
de ferro, como mostra figura 03. Nos fundos também um muro de alvenaria
de tijolos de barro. Na lateral esquerda, a residência do Imóvel 01 faz o
fechamento do lote. A lateral esquerda não tem fechamento.

5.3 IMÓVEL 03

5.3.1 Terreno

O proprietário do Imóvel 03, Sr. Edson Chaves Filho forneceu cópia do


carimbo do projeto aprovado na Prefeitura de Londrina. Este terreno é uma
junção do Lote 17 da Quadra 19 (XIX) do Jardim Sam Remo, e do Lote 08
18

da Quadra 17 do Parque Alvorada, conforme figura 18, abaixo. Neste


trabalho vai ser referido apenas o Lote 17 da Quadra 19, que confronta com
o muro sinistrado, pois os terrenos não foram unificados e fica de acordo
com o projeto aprovado, figuras 18 e 19.

Área: 626,75 m2
Formato: irregular
Medidas: 12,94 m de frente para Rua Uberlândia; 25,00 m na lateral direita
confrontando com o lote 16 da quadra 19 do Jardim San Remo; 25,00 m
nos fundos confrontando com Lote 02 da quadra 19 e Lote 01A do Jardim
San Remo; à esquerda confronta o Lote 08 da Quadra 17 do Parque
Alvorada conforme Figuras 05 e 06.
Topografia: O terreno está tem um desnível em relação à Rua Uberlândia
em torno de 1,00 m, acima do nível da caçada.

5.3.2 Benfeitorias

O Imóvel 03 é composto por 2 lotes e 2 escrituras. No caso, o sinistro


ocorreu no Lote 17 da Quadra 19 do Jardim San Remo, que será reportado
neste Trabalho.

Nos arquivos da Prefeitura de Londrina não há nenhum documento que


comprove a edificação no lote, mas o proprietário, Sr. Edson Chaves Filho
forneceu cópia do carimbo do projeto aprovado, datada de 09 de outubro
de 1978, com 211,14 m² e ainda da aprovação de uma edícula datada em
18 de dezembro de1978 com 42,07m.

O croqui, figura 19, mostra a localização esquemática da residência e da


dependência, que estão edificadas fora do alinhamento do muro que
desmoronou. Apenas a piscina e um gazebo, que desmoronou no sinistro,
estão construídos no alinhamento do muro sinistrado, conforme fotos
abaixo.

Os cortes esquemáticos, figuras 21 e 22, mostram os desníveis do terreno


em relação ao Imóvel 01 e em relação ao imóvel 02.
19

Figura 18 - Reprodução fotográfica do carimbo do projeto aprovado fornecido pelo


proprietário do Imóvel 03. Na Prefeitura de Londrina não existe este arquivo.
20

Figura 19 - Reprodução fotográfica do carimbo do projeto aprovado fornecido pelo


proprietário da edícula do Imóvel 03. Na Prefeitura de Londrina não existe este arquivo.
21

Figura 20 - Croqui esquemático da planta dos Imóveis 01, 02 e 03 com linha esquemática
dos cortes AA e BB, figuras 21 e 22, respectivamente.
22

Figura 21 - Croqui esquemático do corte do terreno do Imóvel 01 e do Imóvel 03.


Ponto A - nível da Rua Quatá: 0,00. (frente do Imóvel 01);
Ponto B – nível do fundo do Imóvel 01: -3,90m (divisa com Imóvel 03);
Ponto C – nível do fundo do Imóvel 03: -7,90m (divisa com Imóvel 01);
Ponto D – nível da frente do Imóvel 03: -8,30m (Rua Uberlândia). Considerando o nível no
nível natural do terreno.

Figura 22 - - Croqui esquemático do corte do terreno do Imóvel 02 e do Imóvel 03.


Ponto A - nível da Rua Quatá: 0,00. (frente do Imóvel 02);
Ponto B – nível do fundo do Imóvel 01: -3,70m (divisa com Imóvel 03);
Ponto C – nível do fundo do Imóvel 03: -7,40m (divisa com Imóvel 02);
Ponto D – nível da frente do Imóvel 03: -8,60m (Rua Uberlândia).
O Imóvel 02 não sofreu modificações e está em seu nível natural. O muro de tijolos comum
sinistrado foi executado dentro do imóvel 03. O Imóvel 02 possui nesta divisa entre os dois
imóveis um muro de alvenaria de tijolos simples, em torno de 1,80m executado próximo ao
nível natural do terreno e que desmoronou com a queda do muro de tijolos comum do Imóvel
03.
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6 ANÁLISE DOS FATOS

6.1 Informações do proprietário Imóvel 01

Foram feitas as diligências a pedido do Sr. Osmar para determinar a causa


do sinistro e verificação da melhor forma de recuperação da edificação da
sua residência.

Sr. Osmar afirmou ter adquirido o imóvel em 1989, e que no local existia
apenas a edificação dos fundos (dependência) e uma garagem. Apresentou
uma foto, datada de 11 de outubro de 1990, figura 12, na qual pode-se
verificar a cobertura de telhas de fibrocimento. Informou que a construção
foi feita em etapas, e que à época, quando decidiram ampliar a construção
junto à divisa com o Imóvel 02, contrataram o engenheiro Jorge Gameiro
para projeto e orientação técnica. Posteriormente substituíram as telhas de
fibrocimento da cobertura da construção dos fundos por telhas de barro,
em torno de 2011, tal qual está atualmente.

6.2 Informações dos representantes do Imóvel 02

O engenheiro Gabriel Sperandio, representando a Vectra Construtora,


estava presente na primeira vistoria e forneceu as fotos que registrou na
data do sinistro, figuras 23 a 26.

Posteriormente o engenheiro Márcio André Giocondo, também


representando a Construtora Vectra, forneceu a cópia da Matrícula 86.927,
pertencente ao Imóvel 02. Esclareceu que este imóvel foi adquirido em
permuta e que o adquiriram no estado em que se encontra, e que não
promoveram nele qualquer intervenção após sua aquisição, ocorrida em
27/09/2014.

6.3 Informações dos proprietários Imóvel 03

Na data da vistoria inicial, a Sra. Helena Chaves informou que na data do


sinistro ela e seu esposo se encontravam em viagem.

Esta signatária, em contato telefônico com o esposo da Sra. Helena, Sr.


Edson Chaves Filho, obteve a informação que o casal reside no local há
24

muito tempo, algo em torno de 40 anos, e que quando adquiriu o imóvel,


as obras de construção já haviam sido iniciadas, tendo ele apenas efetuado
a finalização. Na oportunidade edificou também uma dependência e depois
a piscina.

Afirmou não se lembrar se o muro de tijolos comum nos fundos do Imóvel


01 já estava pronto. Apresentou a esta signatária uma cópia do carimbo do
projeto arquitetônico aprovado na Prefeitura, figura 17, e uma cópia do
projeto da dependência, também aprovado pela Prefeitura, figura 18.

Informou que, após o ocorrido, notificou via extrajudicial a Vectra


Construtora, por entender que o que causou o desabamento do muro foi a
água acumulada no terreno do Imóvel 02, a ela pertencente, porém
afirmou, leigo no assunto que é, que aguada o resultado deste parecer
técnico para entender a real causa do ocorrido.

6.4 Sinistro

Abaixo os registros fotográficos do local do desabamento do muro


executado no imóvel 03, que fazia contenção de terras pelo corte executado
no terreno, divisa com os imóveis 01 e 02.

Imóvel 02

Imóvel 01

Imóvel 03

Figura 23 - Foto fornecida pelo engenheiro Gabriel Sperandiu da Vectra Construtora no dia
seguinte ao sinistro.
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Imóvel 02
Imóvel 03
Imóvel 03
Gazebo desmoronado

Figura 24 - Foto fornecida pelo engenheiro Gabriel Sperandio da Vectra Construtora no dia
seguinte ao sinistro. Desmoronamento total do gazebo construído no Imóvel 03.

Estaca original Imóvel 01


Pilarete de reforço

Tubulação de águas pluviais


Imóvel 01

Estaca do Imóvel 01
Que ruiu.

Figura 25 - Foto fornecida pelo engenheiro Gabriel Sperandio da Vectra Construtora no dia
seguinte ao sinistro. Vê-se que a estaca do canto da residência ruiu totalmente. Uma outra,
que permaneceu em pé, rasa para os padrões atuais. Ficou exposta a tubulação de
escoamento de águas pluviais do Imóvel 01, que passa pelo imóvel 09 da quadra 17 do
Parque Alvorada.
26

É possível verificar os pilaretes de apoio executados provavelmente quando foi feito o corte
do terreno no Imóvel 3 para execução do muro de arrimo.

Figura 26 - Foto do local do muro de arrimo sinistrado do Imóvel 03 com a parede e fundações
do Imóvel 01. Nota-se que o muro de arrimo termina na divisa do Imóvel 01. O muro de
arrimo da divisa com o Lote 03 da Quadra 19 foi executado em outra etapa.

Figura 27 - Foto do sinistro registrada de dentro do Imóvel 02, mostrando o desmoronamento


do muro de divisa simples, executado acima do muro de arrimo do Imóvel 03.
27

H=4,00 m

Figura 28 - Foto do sinistro que mostra a estrutura do muro de arrimo, de tijolos tipo comum,
assentados “1vez”, ou seja, no sentido mais largo, e com “amarração”, a segunda camada os
tijolos são assentados no sentido contrário. A altura do muro é de 4,00 m em média.

Figura 29 - Foto da queda dos muros do Imóvel 02 e 03, e base da residência do Imóvel
01. É possível observar a ampliação do “oitão” da residência, para atuais 2,00m a fim de
acomodar a nova estrutura do telhado, para utilização de telhas de barro.
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Nível do piso interno

Alvenaria de embasamento
Pilarete de apoio

Pilarete de apoio

Estaca original – Imóvel 01

Figura 30 - Foram executados provavelmente na época da execução do muro pilaretes de


apoio entre as estacas, o que fortificou as fundações e motivo do não desabamento da
residência. As estacas originais moldadas “in loco” são muito rasas.

Figura 31- Tubulação de águas pluviais do Imóvel 01 passando pelo Imóvel 02.
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Enchimento terreno
Com entulho

Estaca original, rasa

Figura 32 – Para a execução da primeira etapa da obra do Imóvel 01, foi utilizado entulho
para o nivelamento. O entulho é um material que, pela sua difícil compactação, possui muitos
“vazios’, e absorve mais água, o que fragiliza a edificação. Além disso, o solo da nossa região
é bastante vulnerável à ação da água, e quando encharcado, apresenta alto nível de
deformação. Somando-se a isso a pouca profundidade das estacas, moldadas “in loco”,
reforçam a fragilidade da fundação. Não fossem os pilaretes de apoio, na certa a edificação
teria ruído.
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Niível do muro do Imóvel 03

Muro do Imóvel 02

Nível do Terreno do
Imóvel 02

Figura 33 – O nível do muro do Imóvel 03 foi executado no nível do terreno natural do imóvel
02. O muro do Imóvel 02 provavelmente foi executado a posteriori, porém não existe
nenhuma comprovação da época em que foi executado.

Muro do Imóvel 03

Estaca do muro do imóvel 02

Figura 34 - Foto mostra o perfil do muro do Imóvel 03 e as estacas do imóvel 02.


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Muro do Imóvel 02

Nível do terreno – Imóvel 02

Muro do Imóvel 03

Indício de escoamento de água pluvial

Figura 35 - Muro Imóvel 03, Muro do Imóvel 02, nível terreno natural do imóvel 0. Há marcas
de escoamento de água pluvial do Imóvel 02.
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Cerca elétrica desativada – Imóvel 03

Indício de escoamento de água pluvial


do Imóvel 02, por sobre o muro do Imóvel 03.

Figura 36 - Cerca elétrica desativada sobre o muro do Imóvel 03. Há indícios que a água
oriunda do Imóvel 02 escoava por entre os dois muros, ou seja, por cima do muro do Imóvel
03.

Figura 37 – Parede lateral direita do imóvel 01 - Trinca 45º, característica de recalques


diferenciais.
33

Figura 38 - Pontilhado azul - trinca a 45º: recalques de fundação. Pontilhado vermelho -


trinca horizontal: rebaixamento do baldrame, suporte da alvenaria.

Figura 39 – Aspecto da parte da residência que fica na divisa com o Imóvel 03, afetada pelo
sinistro, vista da garagem. As telhas de barro substituíram as telhas de cimento amianto,
figura 12, em 2011. O Imóvel 01 não possui área permeável, e as calhas e condutores
canalizam as águas pluviais através do Imóvel 02 e provavelmente escoa para as galerias da
Rua Uberlândia pelo no Lote 09 da Quadra 17, que é Parque Alvorada.
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Figura 40 - Trinca na residência do Imóvel 01, resultante do sinistro, pela retirada de


parte das fundações e apoio de terra natural.

Figura 41- Trincas na residência do Imóvel 01, resultante do sinistro.


35

Figura 42 - Trinca na residência do Imóvel 01, localizada na junção da primeira edificação


(1974) com a edificação de 1994.

Figura 43 - Trinca no entorno poço de luz - parede vizinha ao Imóvel 3.


36

Figura 44 - Mesmo local, em outra perspectiva. Recalque diferencial de fundação.

Figura 45- Trinca interna depósito-Imóvel 02.


37

Figura 46 - Trinca sobre a porta do banheiro, acima da estaca do canto que divide os 3
imóveis, levada pela terra quando do sinistro.

Figura 78 - Trinca na parede da cozinha da edificação de fundos Imóvel 01. Com a queda do
muro, apenas os pilaretes estão suportando a carga das fundações. Com o recalque da
fundação e a redistribuição das cargas, as paredes de alvenaria que não suportaram o esforço
resultante.
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I. IMÓVEL 01 – Histórico

A edificação da dependência no Imóvel 01 ocorreu por volta de 1974.


Ela possuía 44,07 m², conforme Alvará de Construção, figura 07. Esta
edificação se estende pelos 11,00 metros da divisa do Imóvel 01 com o
Imóvel 03.

Na Prefeitura não há qualquer informação acerca da responsabilidade


técnica do projeto ou da execução desta obra. Verifica-se, pelo registro
fotográfico obtido com Sr Osmar, figura 11, que a cobertura era leve,
com telhas de cimento amianto de 4 mm, comum à época. A estrutura
de madeira deste tipo de telha é bem simples, e como já dito, leve.

Posteriormente, quando o Sr. OSMAR efetuou a ampliação, optou por


utilizar telhas de barro na área ampliada, permanecendo a dependência
com o telhado em cimento amianto. Não soube precisar datas, mas
colocou telhas de barro na primeira edificação em 2011.

A ausência de projetos e de documentos relativos à execução prejudica


a análise comparativa entre o projetado e o executado. Pelos registros
fotográficos obtidos do local após o desabamento, algumas conclusões
podem ser tiradas:

1) As fundações originais, figuras 21 e 23, são estacas rasas do tipo


“moldada in loco”, com profundidade que varia de 1,5 a 2,00 m do
nível natural do terreno. Observa-se que foi utilizado entulho de
construção para auxiliar no preenchimento do nível do terreno,
figura 31.

2) Observa-se também que pilaretes foram utilizados de maneira a


auxiliar a fundação original, figuras 24 e 29. Estes pilaretes foram
acrescentados após a construção da dependência, quando da
retirada de terra para execução do muro que divide o Imóvel 01 do
Imóvel 03. Pelas características apresentadas, estes pilaretes foram
moldados em formas de madeira, enquanto a fundação da
dependência do Sr. OSMAR foi apoiada originalmente em brocas.
Pode-se observar também que esses pilaretes tinham forma de
madeira em 3 das suas 4 faces, confirmando a tese de que foram
executados quando da retirada de terra para nivelamento do Imóvel
03. Conclui-se que, após a retirada da terra, observada a pouca
39

profundidade das estacas existentes, optou-se por executar os


pilaretes em auxílio às mesmas.

3) Quando da substituição das telhas da dependência, de cimento


amianto por telhas de barro, foi necessário redimensionar o “oitão”,
já que este tipo de telhado trabalha com uma inclinação maior. Além
disso, o madeiramento precisou ser reforçado, devido ao maior peso
que se lhe impunha. Além do “oitão”, a parede da divisa também
precisou ser levantada, justamente em virtude do aumento do
ângulo do telhado. Tudo isso fez com que as cargas agora incidentes
sobre as estacas originais fossem maiores, figura 28.

4) Na área interna da residência, 1ª etapa, na parede que divisa com


Imóvel 03, existem trincas surgidas pelo recalque sofrido com a
queda do muro do Imóvel 03, conforme figuras 39 a 47. A área que
foi edificada em 1994, não sofreu nenhum problema de trincas,
exceto no encontro das duas edificações, onde surgiram trincas pela
solidarização da obra, figuras 41 e 42.

5) Pelo estado físico aparente, pode-se afirmar que existe risco


iminente de desabamento, já que não há elementos de pesquisa do
histórico da obra, como projetos de fundação, por exemplo.

II. IMÓVEL 02 - Histórico

O terreno aqui referido como Imóvel 02 não possui benfeitorias e


está com o seu nível natural preservado. Quando foi levantado o
muro dos fundos, aparentemente o muro do terreno aqui chamado
Imóvel 03 já estava lá. A base deste muro está no mesmo nível do
topo do muro levantado pelo Sr. Edson, conforme figuras 32 a 34.
Sobre o muro do Imóvel 03 existe uma cerca elétrica desativada,
figura 35.

Existe manchas de escoamento de água no muro do Imóvel 03,


indício de que pode ter havido transbordamento da água acumulada
nos fundos do Imóvel 02, passando por cima do antigo muro e
caindo em um gramado na área deo quintal do Imóvel 03, próximo
à piscina, sem que causasse maiores transtornos aos moradores.
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O muro dos fundos, levantando pelo proprietário do Imóvel 02


possui estacas profundas, como pode ser observado nas figuras 33,
34 e 35. Suas pontas estão abaixo do nível do terreno do Imóvel 03.

O executor deste muro deveria ter previsto o acúmulo de água nos


fundos do imóvel 02, pela topografia íngreme do terreno, instalando
no muro elementos vazados que permitissem o escoamento dessa
água, evitando seu acúmulo e consequente pressão sobre essas
estruturas. Caso tenha implementado essa solução, ela foi
subdimensionada.

III. IMÓVEL 03 - Histórico

O muro de contenção existente nos fundos do Imóvel 03, na divisa


com o Imóvel 01 e Imóvel 02, foi construído com tijolos de barro
tipo “comum” em camadas duplas, dispostas uma em sentido
longitudinal e outra no sentido transversal. Ele possui altura de 4,00
metros, conforme figura 27.

Pelo que se pode deduzir pelos destroços, a sua estrutura possui


apenas uma viga de concreto, porém não foi efetuado o teste de
esclerometria para determinar sua resistência.

Esse muro foi ao chão por cerca de 60% da extensão que divide com
o Imóvel 02, e praticamente o mesmo percentual com o Imóvel 01,
sendo que o restante está irremediavelmente comprometido,
conforme figuras 29. O seu desmoronamento também levou ao
chão um gazebo que existia ao lado da piscina, no mesmo Imóvel
03, conforme figuras 22 a 35.

7 CONCLUSÕES DOS DADOS OBTIDOS

A partir dos documentos e informações coletados, mais as fotos de imagem


do aplicativo GOOGLE EARTH, pode-se concluir:

I. 1974 - Execução da obra existente nos fundos do Imóvel 01, com


44,07 m². A parte posterior dessa edícula divisa em toda a sua
41

extensão com o Imóvel 03. Inicialmente era uma edificação que não
possuía laje de concreto, coberta com telhas de cimento amianto de
4,00 mm. As fundações foram feitas manualmente, muito rasas.

II. 1978 - Execução da residência do Imóvel 03, com alvará datado de


09 de outubro de 1978 e uma edícula datada de 18 de dezembro de
1978. O terreno de ambas sofreu um corte de aproximadamente 4,00
metros junto à divisa com o Imóvel 01 e Imóvel 02, figura 20. O Sr.
Edson Chaves Filho, proprietário do Imóvel 03, não se recorda se
quando adquiriu o imóvel se o muro já estava executado ou não.

III. COLAPSO DO MURO - o desmoronamento teve como causa o


acúmulo de água pluvial na parte posterior do Imóvel 02, cuja
topografia é em acentuado declive, conforme croqui figura 22. Como
também existe um leve declive lateral em direção ao Imóvel 01 e 03,
a água acumula neste local. O muro de contenção sofreu um
sobrecarga desta água vindo a ruir e levando consigo a terra que até
então nele estava apoiada.

IV. Ao edificar o muro de divisa do Imóvel 02 com o Imóvel 03, o


responsável técnico deveria ter considerado uma extravasão das
águas pluviais, pois na situação anterior à construção, o muro do
Imóvel 03, que tem seu topo no nível do fundo do Imóvel 02,
permitia a passagem da água por sobre ele. Há sinais inequívocos
que isso acontecia, conforme mostram as figuras 35 e 36.

V. Com o colapso do muro de contenção do Imóvel 03, as estacas do


Imóvel 01 ficaram expostas, tendo inclusive uma delas literalmente
ido ao chão, junto com a terra que a envolvia, justamente onde os 3
imóveis fazem divisa.

VI. Quando foi feito o corte no terreno do Imóvel 03 na divisa com o


Imóvel 01, o construtor observou a pouca profundidade das estacas
da edícula do Imóvel 01. Providenciou então um reforço da base
dessa edícula com alguns pilaretes, intercalados com as estacas
existentes. Graças a eles a edícula do Imóvel 01 ainda está em pé.

VII. Existe risco iminente de desabamento da edificação dos fundos do


Imóvel 01, e a mesma não deve ser de forma alguma utilizada, já
que está praticamente sem fundação. Em caso de intervenção no
42

local aconselha-se fazê-lo com profissionais qualificados e com


experiência na recuperação desse tipo de patologia.

8 – RECOMENDAÇÃO PARA RECUPERAÇÃO

Para a recuperação dos imóveis é necessário um projeto estrutural para


restabelecer a estabilidade da residência danificada do Imóvel 01, feito por
profissional capacitado.

Deve ser elaborado um projeto com as servidões de passagem com as


respectivas caixas de passagem bem estanques, uma servidão para água
pluvial e uma servidão para esgoto para o Imóvel 02. Para o Imóvel 01, o
Sr. Osmar declara que a servidão de esgoto já existe e funciona bem, e a
servidão de água pluvial passa pelo imóvel vizinho ao Imóvel 03. Porém
deve ser testado estes sistemas pois provavelmente foram danificados
com o sinistro, e recupera-los ou refazê-los, conforme a melhor técnica.

Deve ser previsto, ao fazer os projetos, um sistema de drenagem no muro


de arrimo, garantindo sua estanqueidade e durabilidade.

A execução dos serviços necessários deve ser supervisionada por


profissional de engenharia devidamente capacitado.

9 – ENCERRAMENTO

Este PARECER TÉCNICO composto de 42 (quarenta e duas) páginas no


anverso e ART-Anotação de Resp. Técnica anexa, somente deve ser
utilizado para os fins que foi contratado.

Londrina, 09 de fevereiro de 2018

MARIA CLARICE DE OLIVEIRA RABELO MORENO

Engª Civil CREA/PR 10.510-D


Membro da Câmara de Avaliações e Perícias do CREA-PR
Membro da Câmara de Avaliações e Perícias do CEAL

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