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Prefeitura Municipal de Salvador do Estado da Bahia

SALVADOR-BA
Técnico de Nível Médio I – Atendimento
Edital nº 08, de 06 de Julho de 2017
JL045-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Prefeitura Municipal de Salvador do Estado da Bahia

Cargo: Técnico de Nível Médio I – Atendimento

(Baseado no Edital nº 08, de 06 de Julho de 2017)

• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico-Matemático
• Noções de Informática
• Conhecimentos Específicos

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira

Capa
Natália Maio

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Leitura, compreensão e interpretação de textos...................................................................................................................................................01


Estruturação do texto e dos parágrafos....................................................................................................................................................................06
Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais.............................................................18
Significação contextual de palavras e expressões................................................................................................................................................22
Equivalência e transformação de estruturas...........................................................................................................................................................24
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação...........................................................................................................................................27
Emprego de tempos e modos verbais.......................................................................................................................................................................34
Pontuação...............................................................................................................................................................................................................................47
Estrutura e formação de palavras................................................................................................................................................................................50
Funções das classes de palavras...................................................................................................................................................................................56
Flexão nominal e verbal....................................................................................................................................................................................................69
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação.................................................................................................................................72
Concordância nominal e verbal....................................................................................................................................................................................81
Regência nominal e verbal..............................................................................................................................................................................................86
Ortografia oficial..................................................................................................................................................................................................................92
Acentuação gráfica.............................................................................................................................................................................................................95

Raciocínio Lógico-Matemático

Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; dedução de novas informa-
ções das relações fornecidas e avaliação das condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações........... 01
Compreensão e análise da lógica de uma situação, utilizando as funções intelectuais: raciocínio verbal, raciocínio matemá-
tico, raciocínio sequencial, orientação espacial e temporal, formação de conceitos, discriminação de elementos. .............15
Operações com conjuntos. .................................................................................................................................................................................. 30
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais........................................................................... 36

Noções de Informática

Dispositivos de entrada e saída e de armazenamento de dados. Impressoras, teclado, mouse, disco rígido, pendrives,
scanner, plotter, discos ópticos.....................................................................................................................................................................................01
Noções do ambiente Windows.....................................................................................................................................................................................24
MSOffice (Word, Excel, Powerpoint, Outlook)........................................................................................................................................................32
Conceitos relacionados à Internet; correio eletrônico........................................................................................................................................98
Noções de sistemas operacionais............................................................................................................................................................................. 110
Ícones, atalhos de teclado, pastas, tipos de arquivos, localização, criação, cópia e remoção de arquivos, cópias de arquivos
para outros dispositivos, ajuda do Windows, lixeira, remoção e recuperação de arquivos e de pastas, cópias de segurança/
backup, uso dos recursos............................................................................................................................................................................................. 110

Conhecimentos Específicos

A organização social da conversação - Análise de situações de conversação da vida cotidiana e profissional de aten-
dente. As sequências conversacionais. As fórmulas de cortesia. Os processos de explicação e convencimento........ 01
As variedades da língua: a língua culta e a coloquial........................................................................................................................... 04
As características da fala em oposição à escrita. A variedade vocabular e sua aplicação em diversas situações comu-
nicativas.................................................................................................................................................................................................................. 05
Correspondência e atos oficiais: princípios da redação oficial, emprego dos pronomes de tratamento, níveis hierár-
quicos de tratamento, modelos de atos oficiais..................................................................................................................................... 22
Análise de processos administrativos: recebimento, conferência e distribuição....................................................................... 43
Ética no exercício da função pública........................................................................................................................................................... 48
LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura, compreensão e interpretação de textos...................................................................................................................................................01


Estruturação do texto e dos parágrafos....................................................................................................................................................................06
Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais.............................................................18
Significação contextual de palavras e expressões................................................................................................................................................22
Equivalência e transformação de estruturas............................................................................................................................................................24
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação...........................................................................................................................................27
Emprego de tempos e modos verbais.......................................................................................................................................................................34
Pontuação...............................................................................................................................................................................................................................47
Estrutura e formação de palavras.................................................................................................................................................................................50
Funções das classes de palavras...................................................................................................................................................................................56
Flexão nominal e verbal....................................................................................................................................................................................................69
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação.................................................................................................................................72
Concordância nominal e verbal....................................................................................................................................................................................81
Regência nominal e verbal..............................................................................................................................................................................................86
Ortografia oficial..................................................................................................................................................................................................................92
Acentuação gráfica.............................................................................................................................................................................................................95
LÍNGUA PORTUGUESA

- Capacidade de observação e de síntese e


LEITURA, COMPREENSÃO E - Capacidade de raciocínio.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.
Interpretar X compreender

Interpretar significa
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a
- Através do texto, infere-se que...
preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui
- É possível deduzir que...
alguns detalhes que poderão ajudar no momento de respon-
der às questões relacionadas a textos. - O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relaciona-
das entre si, formando um todo significativo capaz de produzir Compreender significa
interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está
). escrito.
- o texto diz que...
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em - é sugerido pelo autor que...
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a - o narrador afirma...
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interliga-
ção dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento Erros de interpretação
entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de
seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de
um significado diferente daquele inicial. erros de interpretação. Os mais frequentes são:
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contex-
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências to, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por co-
diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse nhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
tipo de recurso denomina-se intertexto.
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção ape-
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma inter- nas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de
pretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimen-
partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamenta- to do tema desenvolvido.
ções, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclare-
cimento das questões apresentadas na prova.
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrá-
rias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
e, consequentemente, errando a questão.
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais
de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de
o tempo). concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de autor diz e nada mais.
diferenças entre as situações do texto.
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que re-
uma realidade, opinando a respeito. laciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundá- outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um prono-
rias em um só parágrafo. me relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que
já foi dito.
Condições básicas para interpretar
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-
Fazem-se necessários: dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros lite- pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo;
rários, estrutura do texto), leitura e prática; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do tex- que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por
to) e semântico; isso a necessidade de adequação ao antecedente.
Observação – na semântica (significado das palavras) in- Os pronomes relativos são muito importantes na interpre-
cluem--se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, tação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão.
sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um
outros. pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:

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LÍNGUA PORTUGUESA

- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, Texto para a questão 2:


mas depende das condições da frase.
- qual (neutro) idem ao anterior. DA DISCRIÇÃO
- quem (pessoa) Mário Quintana
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o Não te abras com teu amigo
objeto possuído. Que ele um outro amigo tem.
- como (modo) E o amigo do teu amigo
- onde (lugar) Possui amigos também...
quando (tempo) (http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade)
quanto (montante)
2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMUNI-
Exemplo: TÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o poema, é
Falou tudo QUANTO queria (correto) correto afirmar que
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria apa- (A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade é
recer o demonstrativo O ). algo ruim.
(B) amigo que não guarda segredos não merece respeito.
Dicas para melhorar a interpretação de textos (C) o melhor amigo é aquele que não possui outros ami-
gos.
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do as-
(D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado.
sunto;
(E) entre amigos, não devem existir segredos.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
leitura; 3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SECRE-
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo TARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITENCIÁRIO –
menos duas vezes; VUNESP/2013) Leia o poema para responder à questão.
- Inferir;
- Voltar ao texto quantas vezes precisar; Casamento
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do au-
tor; Há mulheres que dizem:
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor com- Meu marido, se quiser pescar, pesque,
preensão; mas que limpe os peixes.
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
questão; ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
Fonte: ele fala coisas como “este foi difícil”
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- “prateou no ar dando rabanadas”
gues/como-interpretar-textos e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
QUESTÕES atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - vamos dormir.
ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O con- Coisas prateadas espocam:
texto em que se encontra a passagem – Se deixou de bajular somos noivo e noiva.
os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e ra- (Adélia Prado, Poesia Reunida)
inhas do 20 (2.º parágrafo) – leva a concluir, corretamente, que
a menção a A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que
(A) príncipes e princesas constitui uma referência em sen- (A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não
tido não literal. gostam que os maridos frequentem pescarias, pois acham di-
(B) reis e rainhas constitui uma referência em sentido não fícil limpar os peixes.
literal. (B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres
(C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma refe- que não gostam de limpar os peixes, embora valorizem os es-
rência em sentido não literal. barrões de cotovelos na cozinha.
(D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma refe- (C) há mulheres casadas que não gostam de ficar sozinhas
rência em sentido literal. com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os peixes.
(E) reis e rainhas constitui uma referência em sentido literal. (D) as mulheres que amam valorizam os momentos mais
simples do cotidiano vividos com a pessoa amada.
(E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite,
para limpar, abrir e salgar o peixe.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18
- ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, considere o estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.
texto abaixo. (...) CERTO ( ) ERRADO

A marca da solidão 7-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINIS-


Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de pa- TRAÇÃO – AOCP/2010) “A carga foi desviada e a viatura, com
ralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de São
pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penum- Paulo.”
bra na tarde quente. Pela leitura do fragmento acima, é correto afirmar que, em
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro sua estrutura sintática, houve supressão da expressão
de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedri- a) vigilantes.
nhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plan- b) carga.
tas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de
c) viatura.
parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da
d) foi.
solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
e) desviada.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janei-
ro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
reduzido no qual o menino detém sua atenção é — Carta para o 9.326!!!
(A) fresta. Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está em
(B) marca. branco, e um outro pergunta:
(C) alma. — Quem te mandou essa carta?
(D) solidão. — Minha irmã.
(E) penumbra. — Mas por que não está escrito nada?
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
5-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012) Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adap-
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a to- tações).
talidade do universo, toda a sociedade, a história, a concepção O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto acima
de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se decorre
estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma A) da identificação numérica atribuída ao louco.
maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em todos os seus B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a carta
níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo. no hospício.
C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Re- carta.
nascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Huci- D) da explicação dada pelo louco para a carta em branco.
tec, 1987, p. 73 (com adaptações). E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.

Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual 9-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
“O riso”. Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica:
(...) CERTO ( ) ERRADO — Por favor, quero falar com o dr. Pedro.
— O senhor tem hora?
6-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010) O sujeito olha para o relógio e diz:
Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atingiu — Sim. São duas e meia.
pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge uma ex- — Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente.
plicação oficial satisfatória para o corte abrupto e generalizado — O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me
de energia no final de 2009. paga o aluguel do consultório...
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adap-
(ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa estatal Fur- tações).
nas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de 900 km que
separam Itaipu de São Paulo. No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de inves- homem para saber se ele
timentos e também erros operacionais conspiraram para pro- A) verificou o horário de chegada e está sob os cuidados
duzir a mais séria falha do sistema de geração e distribuição de do dr. Pedro.
energia do país desde o traumático racionamento de 2001. B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o pagamen-
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações). to do aluguel.
C) tem relógio e sabe esperar.
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do D) marcou consulta e está calmo.
texto acima apresentado, julgue os próximos itens. E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cuidados
do dr. Pedro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO DA (B) o líder é o elemento essencial dentro de uma organi-
FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Atenção: As zação, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta ou
questões de números 10 a 13 referem-se ao texto abaixo. objetivo.
Liderança é uma palavra frequentemente associada a feitos (C) pode não haver condições de liderança em algumas
e realizações de grandes personagens da história e da vida so- equipes, caso não se estabeleçam atividades específicas para
cial ou, então, a uma dimensão mágica, em que algumas pou- cada um de seus membros.
cas pessoas teriam habilidades inatas ou o dom de transformar- (D) a liderança é um dom que independe da participação
se em grandes líderes, capazes de influenciar outras e, assim, dos componentes de uma equipe em um ambiente de traba-
obter e manter o poder. lho.
Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a maio-
ria das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos desenvolver 12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO
consideravelmente as suas capacidades de liderança. DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da liderança
Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns que só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo)
No contexto, inter-relação significa
aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjunto, for-
(A) o respeito que os membros de uma equipe devem de-
mam uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias algumas
monstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por resulta-
habilidades, mas elas podem ser aprendidas tanto através das rem em benefício de todo o grupo.
experiências da vida, quanto da formação voltada para essa fi- (B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um gru-
nalidade. po devidamente orientado pelo líder e aqueles propostos pela
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; en- organização a que prestam serviço.
volve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades para (C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em equipe,
serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, que re- de modo que os mais capacitados colaborem com os de me-
querem a interação cooperativa dos membros envolvidos. Não nor capacidade.
pressupõe proximidade física ou temporal: pode-se ter a mente (D) a criação de interesses mútuos entre membros de uma
e/ou o comportamento influenciado por um escritor ou por um equipe e de respeito às metas que devem ser alcançadas por
líder religioso que nunca se viu ou que viveu noutra época. [...] todos.
Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação do 13-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO
poder de influência do líder, implica dizer que parte desse poder DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe proximi-
encontra-se no próprio grupo. É nessa premissa que se funda- dade física ou temporal ... (4º parágrafo)
menta a maioria das teorias contemporâneas sobre liderança. A afirmativa acima quer dizer, com outras palavras, que
Daí definirem liderança como a arte de usar o poder que (A) a presença física de um líder natural é fundamental para
existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para fazerem o que seus ensinamentos possam ser divulgados e aceitos.
que se requer delas, da maneira mais efetiva e humana possível. (B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sempre
[...] se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de autores
(Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza Pinto. diversos.
Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na Adminis- (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo
tração pública do Estado de São Paulo, org. Lais Macedo de se houver distância no tempo e no espaço entre aquele que
Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão, Secretaria de Gestão pú- influencia e aquele que é influenciado.
blica, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. 290 e 292, com adap- (D) as influências recebidas devem ser bem analisadas e
tações) postas em prática em seu devido tempo e na ocasião mais
propícia.
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO 14-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV
DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o texto, PROJETOS/2010)
liderança
(A) é a habilidade de chefiar outras pessoas que não pode Painel do leitor (Carta do leitor)
ser desenvolvida por aqueles que somente executam tarefas Resgate no Chile
em seu ambiente de trabalho.
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de heróis Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de sal-
da história da humanidade, que realizaram grandes feitos e se vamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de
tornaram poderosos através deles. uma mina de cobre e ouro no Chile.
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até mes- Um a um os mineiros soterrados foram içados com suces-
mo adquirida, de conseguir resultados desejáveis daqueles so, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando
que constituem a equipe de trabalho. seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os gru- técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofere-
pos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá mobilizar
ceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário
esses grupos em torno de seus objetivos pessoais.
que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e
dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimen-
11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO
DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa claro que to, desceram na mina para ajudar no salvamento.
(A) a importância do líder baseia-se na valorização de todo (Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel
o grupo em torno da realização de um objetivo comum. do leitor – 17/10/2010)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex- (A) repulsivo e populoso.


pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor (B) sombrio e desabitado.
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem ser (C) comercial e movimentado.
encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: (D) bucólico e sossegado.
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” (E) opressivo e agitado.
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma mina
de cobre e ouro no Chile.” 18-) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSUL-
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” PLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à questão.
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desce-
ram na mina...”

(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VU-


NESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às ques-
tões de números 15 a 17.

Férias na Ilha do Nanja

Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as ma-


las nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz,
pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras*
– sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as fissuras, (Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1.
as pedras soltas e as barreiras... Porto Alegre: L&PM, 1976. p. 95.)
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto
trabalho; de tanta luta com os motoristas da contramão; enfim, A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunista mi-
cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande neiro mais conhecido como Caulos. É correto afirmar que o
cidade, isto que já está sendo a negação da própria vida. tema apresentado é
E eu vou para a Ilha do Nanja. (A) a oposição entre o modo de pensar e agir.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as (B) a rapidez da comunicação na Era da Informática.
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce (C) a comunicação e sua importância na vida das pessoas.
como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo (D) a massificação do pensamento na sociedade moderna.
os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a
namorar um moço na outra janela de outra ilha. Resolução
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adap-
tado) 1-)
Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas” do sé-
*fissuras: fendas, rachaduras culo 20 são as personalidades da mídia, os “famosos” e “famo-
sas”. Quanto a príncipes e princesas do século 19, esses eram
15-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – da corte, literalmente.
VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a maneira
como se preparam para suas férias, a autora mostra que seus RESPOSTA: “B”.
amigos estão
(A) serenos.
2-)
(B) descuidados.
Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informação
(C) apreensivos.
contida na alternativa: revelar segredos para o amigo pode ser
(D) indiferentes.
(E) relaxados. arriscado.

16-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – RESPOSTA: “D”.


VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar que,
assim como seus amigos, a autora viaja para 3-)
(A) visitar um lugar totalmente desconhecido. Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a autora
(B) escapar do lugar em que está. narra um momento simples, mas que é prazeroso ao casal.
(C) reencontrar familiares queridos.
(D) praticar esportes radicais. RESPOSTA: “D”.
(E) dedicar-se ao trabalho.
4-)
17-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, Com palavras do próprio texto responderemos: o mundo
“à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um cabe numa fresta.
bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará para
um lugar RESPOSTA: “A”.

5
LÍNGUA PORTUGUESA

5-) 12-)
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a seriedade; Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresentadas, a
ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos relacionam- que está coerente com o sentido dado à palavra “inter-relação”
se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. é: “a criação de interesses mútuos entre membros de uma
equipe e de respeito às metas que devem ser alcançadas por
RESPOSTA: “CERTO”. todos”.

6-) RESPOSTA: “D”.


Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por “o 13-)
qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (oração su- Não pressupõe proximidade física ou temporal = o apren-
bordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula, temos dizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se houver dis-
uma adjetiva explicativa (generaliza a informação da oração tância no tempo e no espaço entre aquele que influencia e
principal. A construção seria: “do apagão, que atingiu pelo me- aquele que é influenciado.
nos 1800 cidades em 18 estados do país”); quando não há,
temos uma adjetiva restritiva (restringe, delimita a informação RESPOSTA: “C”.
– como no caso do exercício).
14-)
RESPOSTA: “CERTO’. Em todas as alternativas há expressões que representam
a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da Terra / Não
7-) se pode esquecer / gesto humanitário que só enobrece / de-
“A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, aban- monstrando coragem e desprendimento.
donada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Trata-se da
figura de linguagem (de construção ou sintaxe) “zeugma”, que RESPOSTA: “B”.
consiste na omissão de um termo já citado anteriormente (di-
ferente da elipse, que o termo não é citado, mas facilmente 15-)
identificado). No enunciado temos a narração de que a carga “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
foi desviada e de que a viatura foi abandonada. fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre
as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar nessas
RESPOSTA: “D”. coisas, certamente, deixa-os apreensivos.

8-) RESPOSTA: “C”.


Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais 16-)
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah, Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da
porque nós brigamos e não estamos nos falando”. própria autora!

RESPOSTA: “D”. RESPOSTA: “B”.

9-) 17-)
“O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se o Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
senhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele marcou
horário e se é paciente do Dr. Pedro. RESPOSTA: “D”.

RESPOSTA: “E”. 18-)


Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta
10-) observar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”.
Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar à
conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter-rela- RESPOSTA: “A”.
ção; envolve duas ou mais pessoas e a existência de necessida-
des para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados,
que requerem a interação cooperativa dos membros envolvi-
dos = equipe ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS
PARÁGRAFOS.
RESPOSTA: “C”.

11-)
O texto deixa claro que a importância do líder baseia-se Para escrever um texto, necessitamos de técnicas que
na valorização de todo o grupo em torno da realização de um implicam no domínio de capacidades linguísticas. Temos
objetivo comum. dois momentos: o de formular pensamentos (o que se quer
dizer) e o de expressá-los por escrito (o escrever propria-
RESPOSTA: “A”. mente dito).

6
LÍNGUA PORTUGUESA

Fazer um texto, seja ele de que tipo for, não significa A vivência de quem descreve também influencia na
apenas escrever de forma correta, mas sim, organizar ideias hora de transmitir a impressão alcançada sobre determina-
sobre determinado assunto. do objeto, pessoa, animal, cena, ambiente, emoção vivida
E para expressarmos por escrito, existem alguns mo- ou sentimento.
delos de expressão escrita: Descrição – Narração – Dis- Exemplos:
sertação
(I) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redon-
da. Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho.
Descrição
Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores,
pequenas surpresas entre os cipós. Todo o jardim triturado
- expõe características dos seres ou das coisas, apre- pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha
senta uma visão; o meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zu-
- é um tipo de texto figurativo; nido de abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais,
- retrato de pessoas, ambientes, objetos; grande demais.”
- predomínio de atributos; (extraído de “Amor”, Laços de Família, Clarice Lis-
- uso de verbos de ligação; pector)
- frequente emprego de metáforas, comparações e
outras figuras de linguagem; (II) Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole,
- tem como resultado a imagem física ou psicológica. aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas
em reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cin-
Narração quenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fa-
zer logo com o cérebro. Reunia a isso grande medo ao pai.
Era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente estava
- expõe um fato, relaciona mudanças de situação,
alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes.
aponta antes, durante e depois dos acontecimentos (ge- O mestre era mais severo com ele do que conosco.
ralmente); (Machado de Assis. “Conto de escola”. Contos.
- é um tipo de texto sequencial; 3ed. São Paulo, Ática, 1974, págs. 3132.)
- relato de fatos;
- presença de narrador, personagens, enredo, cenário, Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do profes-
tempo; sor da escola que o escritor frequentava.
- apresentação de um conflito; Deve-se notar:
- uso de verbos de ação;
- geralmente, é mesclada de descrições; - que todas as frases expõem ocorrências simultâneas
- o diálogo direto é frequente. (ao mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo
que os outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Rai-
Dissertação mundo tinha grande medo ao pai);
- por isso, não existe uma ocorrência que possa ser
considerada cronologicamente anterior a outra do ponto
- expõe um tema, explica, avalia, classifica, analisa; de vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na
- é um tipo de texto argumentativo. escola é cronologicamente anterior a retirar-se dela; no ní-
- defesa de um argumento: vel do relato, porém, a ordem dessas duas ocorrências é
a) apresentação de uma tese que será defendida, indiferente: o que o escritor quer é explicitar uma caracte-
b) desenvolvimento ou argumentação, rística do menino, e não traçar a cronologia de suas ações);
c) fechamento; - ainda que se fale de ações (como entrava, retirava-se),
- predomínio da linguagem objetiva; todas elas estão no pretérito imperfeito, que indica conco-
- prevalece a denotação. mitância em relação a um marco temporal instalado no tex-
to (no caso, o ano de 1840, em que o escritor frequentava
Descrição a escola da rua da Costa) e, portanto, não denota nenhuma
transformação de estado;
É a representação com palavras de um objeto, lugar, - se invertêssemos a sequência dos enunciados, não
correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológi-
situação ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais
ca poderíamos mesmo colocar o último período em pri-
particulares ou individuais do que se descreve. É qualquer meiro lugar e ler o texto do fim para o começo: O mestre
elemento que seja apreendido pelos sentidos e transfor- era mais severo com ele do que conosco. Entrava na escola
mado, com palavras, em imagens. depois do pai e retirava-se antes...
Sempre que se expõe com detalhes um objeto, uma
pessoa ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da Evidentemente, quando se diz que a ordem dos enun-
descrição. Não é necessário que seja perfeita, uma vez que ciados pode ser invertida, está-se pensando apenas na
o ponto de vista do observador varia de acordo com seu ordem cronológica, pois, como veremos adiante, a ordem
grau de percepção. Dessa forma, o que será importante ser em que os elementos são descritos produz determinados
analisado para um, não será para outro. efeitos de sentido.

7
LÍNGUA PORTUGUESA

Quando alteramos a ordem dos enunciados, precisa- Para transformar uma descrição numa narração, basta-
mos fazer certas modificações no texto, pois este contém ria introduzir um enunciado que indicasse a passagem de
anafóricos (palavras que retomam o que foi dito antes, um estado anterior para um posterior. No caso do texto II
como ele, os, aquele, etc. ou catafóricos (palavras que anun- inicial, para transformá-lo em narração, bastaria dizer: Reu-
ciam o que vai ser dito, como este, etc.), que podem perder nia a isso grande medo do pai. Mais tarde, libertouse desse
sua função e assim não ser compreendidos. Se tomarmos medo...
uma descrição como Características Linguísticas:
As flores manifestavam todo o seu esplendor. O Sol
fazia-as brilhar, ao invertermos a ordem das frases, preci-
O enunciado narrativo, por ter a representação de um
samos fazer algumas alterações, para que o texto possa ser
acontecimento, fazer transformador, é marcado pela tem-
compreendido: O Sol fazia as flores brilhar. Elas mani-
festavam todo o seu esplendor. Como, na versão original, poralidade, na relação situação inicial e situação final, en-
o pronome oblíquo as é um anafórico que retoma flores, quanto que o enunciado descritivo, não tendo transforma-
se alterarmos a ordem das frases ele perderá o sentido. Por ção, é atemporal.
isso, precisamos mudar a palavra flores para a primeira fra- Na dimensão linguística, destacam-se marcas sintá-
se e retomá-la com o anafórico elas na segunda. tico-semânticas encontradas no texto que vão facilitar a
Por todas essas características, diz-se que o fragmento compreensão:
do conto de Machado é descritivo. Descrição é o tipo de - Predominância de verbos de estado, situação ou in-
texto em que se expõem características de seres concretos dicadores de propriedades, atitudes, qualidades, usados
(pessoas, objetos, situações, etc.) consideradas fora da rela- principalmente no presente e no imperfeito do indicativo
ção de anterioridade e de posterioridade. (ser, estar, haver, situar-se, existir, ficar).
- Ênfase na adjetivação para melhor caracterizar o que
Características: é descrito; Exemplo:
- Ao fazer a descrição enumeramos características,
comparações e inúmeros elementos sensoriais; “Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço
- As personagens podem ser caracterizadas física e psi- entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no quei-
cologicamente, ou pelas ações; xo ia-se alargando até à calva, vasta e polida, um pouco
- A descrição pode ser considerada um dos elementos amolgado no alto; tingia os cabelos que de uma orelha à
constitutivos da dissertação e da argumentação; outra lhe faziam colar por trás da nuca - e aquele preto
- é impossível separar narração de descrição; lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não
- O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes, tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto, caído aos cantos
mas sim a capacidade de observação que deve revelar da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras.
aquele que a realiza. Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito
- Utilizam, preferencialmente, verbos de ligação. Exem- despegadas do crânio.”
plo: “(...) Ângela tinha cerca de vinte anos; parecia mais ve- (Eça de Queiroz - O Primo Basílio)
lha pelo desenvolvimento das proporções. Grande, carnuda,
sanguínea e fogosa, era um desses exemplares excessivos
- Emprego de figuras (metáforas, metonímias, compa-
do sexo que parecem conformados expressamente para
esposas da multidão (...)” (Raul Pompéia – O Ateneu) rações, sinestesias). Exemplo:
- Como na descrição o que se reproduz é simultâneo,
não existe relação de anterioridade e posterioridade entre “Era o Sr. Lemos um velho de pequena estatura, não
seus enunciados. muito gordo, mas rolho e bojudo como um vaso chinês.
- Devem-se evitar os verbos e, se isso não for possível, Apesar de seu corpo rechonchudo, tinha certa vivacidade
que se usem então as formas nominais, o presente e o pre- buliçosa e saltitante que lhe dava petulância de rapaz e ca-
térito imperfeito do indicativo, dando-se sempre preferên- sava perfeitamente com os olhinhos de azougue.”
cia aos verbos que indiquem estado ou fenômeno. (José de Alencar - Senhora)
- Todavia deve predominar o emprego das compara-
ções, dos adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido - Uso de advérbios de localização espacial. Exemplo:
ao texto.
“Até os onze anos, eu morei numa casa, uma casa velha,
A característica fundamental de um texto descritivo é
e essa casa era assim: na frente, uma grade de ferro; depois
essa inexistência de progressão temporal. Pode-se apresen-
você entrava tinha um jardinzinho; no final tinha uma esca-
tar, numa descrição, até mesmo ação ou movimento, desde
que eles sejam sempre simultâneos, não indicando progres- dinha que devia ter uns cinco degraus; aí você entrava na
são de uma situação anterior para outra posterior. Tanto é sala da frente; dali tinha um corredor comprido de onde
que uma das marcas linguísticas da descrição é o predo- saíam três portas; no final do corredor tinha a cozinha, de-
mínio de verbos no presente ou no pretérito imperfeito do pois tinha uma escadinha que ia dar no quintal e atrás ain-
indicativo: o primeiro expressa concomitância em relação da tinha um galpão, que era o lugar da bagunça...”
ao momento da fala; o segundo, em relação a um marco (Entrevista gravada para o Projeto NURC/RJ)
temporal pretérito instalado no texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Recursos: tanto, ela não é indiferente do ponto de vista dos efeitos


de sentido: descrever de cima para baixo ou viceversa, do
- Usar impressões cromáticas (cores) e sensações tér- detalhe para o todo ou do todo para o detalhe cria efeitos
micas. Ex: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor de sentido distintos.
alegre do sol. Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”,
de Bocage:
- Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exa-
tas, concretas. Ex: As criaturas humanas transpareciam um Magro, de olhos azuis, carão moreno,
céu sereno, uma pureza de cristal. bem servido de pés, meão de altura,
triste de facha, o mesmo de figura,
- As sensações de movimento e cor embelezam o po- nariz alto no meio, e não pequeno.
der da natureza e a figura do homem. Ex: Era um verde
transparente que deslumbrava e enlouquecia qualquer um. Incapaz de assistir num só terreno,
- A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez mais propenso ao furor do que à ternura;
do texto. Ex: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O bebendo em níveas mãos por taça escura
pessoal, muito crente. de zelos infernais letal veneno.
A descrição pode ser apresentada sob duas formas: Obras de Bocage. Porto, Lello & Irmão,
1968, pág. 497.
Descrição Objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a
passagem são apresentadas como realmente são, concre- O poeta descreve-se das características físicas para as
tamente. Ex: “Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70kg. Aparência características morais. Se fizesse o inverso, o sentido não
atlética, ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos ne- seria o mesmo, pois as características físicas perderiam
gros, cabelos negros e lisos”. qualquer relevo.
Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento. O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a vi-
Exemplo: “ A casa velha era enorme, toda em largura, com sualizar uma cena. É como traçar com palavras o retrato de
porta central que se alcançava por três degraus de pedra um objeto, lugar, pessoa etc., apontando suas característi-
e quatro janelas de guilhotina para cada lado. Era feita de cas exteriores, facilmente identificáveis (descrição objetiva),
ou suas características psicológicas e até emocionais (des-
pau-a-pique barreado, dentro de uma estrutura de cantos
crição subjetiva).
e apoios de madeira-de-lei. Telhado de quatro águas. Pin-
Uma descrição deve privilegiar o uso frequente de ad-
tada de roxo-claro. Devia ser mais velha que Juiz de Fora,
jetivos, também denominado adjetivação. Para facilitar o
provavelmente sede de alguma fazenda que tivesse ficado,
aprendizado desta técnica, sugere-se que o concursando,
capricho da sorte, na linha de passagem da variante do Ca-
após escrever seu texto, sublinhe todos os substantivos,
minho Novo que veio a ser a Rua Principal, depois a Rua
acrescentando antes ou depois deste um adjetivo ou uma
Direita – sobre a qual ela se punha um pouco de esguelha
locução adjetiva.
e fugindo ligeiramente do alinhamento (...).” (Pedro Nava
– Baú de Ossos) Descrição de objetos constituídos de uma só parte:
Descrição Subjetiva: quando há maior participação - Introdução: observações de caráter geral referentes à
da emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a pai- procedência ou localização do objeto descrito.
sagem são transfigurados pela emoção de quem escreve, - Desenvolvimento: detalhes (lª parte) formato (com-
podendo opinar ou expressar seus sentimentos. Ex: “Nas paração com figuras geométricas e com objetos semelhan-
ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao homem. tes); dimensões (largura, comprimento, altura, diâmetro
Não só as condecorações gritavam-lhe no peito como uma etc.)
couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um - Desenvolvimento: detalhes (2ª parte) material, peso,
anúncio; os gestos, calmos, soberanos, calmos, eram de um cor/brilho, textura.
rei...” (“O Ateneu”, Raul Pompéia) - Conclusão: observações de caráter geral referentes a
“(...) Quando conheceu Joca Ramiro, então achou outra sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o
esperança maior: para ele, Joca Ramiro era único homem, objeto como um todo.
par-de-frança, capaz de tomar conta deste sertão nosso,
mandando por lei, de sobregoverno.” (Guimarães Rosa – Descrição de objetos constituídos por várias partes:
Grande Sertão: Veredas)
- Introdução: observações de caráter geral referentes à
Os efeitos de sentido criados pela disposição dos ele- procedência ou localização do objeto descrito.
mentos descritivos: - Desenvolvimento: enumeração e rápidos comentá-
rios das partes que compõem o objeto, associados à expli-
Como se disse anteriormente, do ponto de vista da cação de como as partes se agrupam para formar o todo.
progressão temporal, a ordem dos enunciados na descri- - Desenvolvimento: detalhes do objeto visto como um
ção é indiferente, uma vez que eles indicam propriedades todo (externamente) formato, dimensões, material, peso,
ou características que ocorrem simultaneamente. No en- textura, cor e brilho.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Conclusão: observações de caráter geral referentes a Conforme o objetivo a alcançar, a descrição pode ser
sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o não-literária ou literária. Na descrição não-literária, há
objeto em sua totalidade. maior preocupação com a exatidão dos detalhes e a pre-
cisão vocabular. Por ser objetiva, há predominância da de-
Descrição de ambientes: notação.
- Introdução: comentário de caráter geral. Textos descritivos não-literários: A descrição técnica
- Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura glo-
é um tipo de descrição objetiva: ela recria o objeto usan-
bal do ambiente: paredes, janelas, portas, chão, teto, lumi-
nosidade e aroma (se houver). do uma linguagem científica, precisa. Esse tipo de texto é
- Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a usado para descrever aparelhos, o seu funcionamento, as
objetos lá existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, peças que os compõem, para descrever experiências, pro-
esculturas ou quaisquer outros objetos. cessos, etc.
- Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira Exemplo:
no ambiente.
Folheto de propaganda de carro
Descrição de paisagens: Conforto interno - É impossível falar de conforto sem
incluir o espaço interno. Os seus interiores são amplos,
- Introdução: comentário sobre sua localização ou acomodando tranquilamente passageiros e bagagens. O
qualquer outra referência de caráter geral. Passat e o Passat Variant possuem direção hidráulica e ar
- Desenvolvimento: observação do plano de fundo (ex- condicionado de elevada capacidade, proporcionando a
plicação do que se vê ao longe).
climatização perfeita do ambiente.
- Desenvolvimento: observação dos elementos mais
próximos do observador explicação detalhada dos ele- Porta-malas - O compartimento de bagagens possui
mentos que compõem a paisagem, de acordo com deter- capacidade de 465 litros, que pode ser ampliada para até
minada ordem. 1500 litros, com o encosto do banco traseiro rebaixado.
- Conclusão: comentários de caráter geral, concluin- Tanque - O tanque de combustível é confeccionado em
do acerca da impressão que a paisagem causa em quem plástico reciclável e posicionado entre as rodas traseiras,
a contempla. para evitar a deformação em caso de colisão.
Textos descritivos literários: Na descrição literária
Descrição de pessoas (I): predomina o aspecto subjetivo, com ênfase no conjunto
de associações conotativas que podem ser exploradas a
- Introdução: primeira impressão ou abordagem de partir de descrições de pessoas; cenários, paisagens, espa-
qualquer aspecto de caráter geral. ço; ambientes; situações e coisas. Vale lembrar que textos
- Desenvolvimento: características físicas (altura, peso, descritivos também podem ocorrer tanto em prosa como
cor da pele, idade, cabelos, olhos, nariz, boca, voz, roupas).
em verso.
- Desenvolvimento: características psicológicas (perso-
nalidade, temperamento, caráter, preferências, inclinações,
postura, objetivos). Narração
- Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de
caráter geral. A Narração é um tipo de texto que relata uma história
real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto
Descrição de pessoas (II): narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo
e em um espaço, organizados por uma narração feita por
- Introdução: primeira impressão ou abordagem de um narrador. É uma série de fatos situados em um espa-
qualquer aspecto de caráter geral. ço e no tempo, tendo mudança de um estado para outro,
- Desenvolvimento: análise das características físicas, segundo relações de sequencialidade e causalidade, e não
associadas às características psicológicas (1ª parte). simultâneos como na descrição. Expressa as relações entre
- Desenvolvimento: análise das características físicas, os indivíduos, os conflitos e as ligações afetivas entre es-
associadas às características psicológicas (2ª parte). ses indivíduos e o mundo, utilizando situações que contêm
- Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de
essa vivência.
caráter geral.
Todas as vezes que uma história é contada (é narrada),
A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e
É uma estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais com quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narra-
predominam. Porque toda técnica descritiva implica con- ção predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de
templação e apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o ações; assim sendo, a maioria dos verbos que compõem
redator, ao descrever, precisa possuir certo grau de sensi- esse tipo de texto são os verbos de ação. O conjunto de
bilidade. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história
interior em suas telas, o autor de uma descrição focaliza que é contada nesse tipo de texto recebe o nome de en-
cenas ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade. redo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

As ações contidas no texto narrativo são praticadas Esses elementos estruturais combinam-se e articulam-
pelas personagens, que são justamente as pessoas en- se de tal forma, que não é possível compreendê-los iso-
volvidas no episódio que está sendo contado. As persona- ladamente, como simples exemplos de uma narração. Há
gens são identificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos uma relação de implicação mútua entre eles, para garantir
substantivos próprios. coerência e verossimilhança à história narrada.
Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mes- Quanto aos elementos da narrativa, esses não estão,
mo sem querer) ele acaba contando “onde” (em que lugar)  obrigatoriamente sempre presentes no discurso, exceto as
as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. personagens ou o fato a ser narrado.
O lugar onde ocorre uma ação ou ações  é chamado de
Exemplo:
espaço, representado no texto pelos advérbios de lugar.
Além de contar onde, o narrador também pode es- Porquinho-da-índia
clarecer “quando” ocorreram as ações da história. Esse
elemento da narrativa é o tempo, representado no texto Quando eu tinha seis anos
narrativo através dos tempos verbais, mas principalmente Ganhei um porquinho-da-índía.
pelos advérbios de tempo. É o tempo que ordena as ações Que dor de coração me dava
no texto narrativo: é ele que indica ao leitor “como” o fato Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
narrado aconteceu. Levava ele pra sala
A história contada, por isso, passa por uma introdução Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
(parte inicial da história, também chamada de prólogo), Ele não gostava:
pelo desenvolvimento do enredo (é a história propria- Queria era estar debaixo do fogão.
mente dita, o meio, o “miolo” da narrativa, também cha- Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
mada de trama) e termina com a conclusão da história (é o O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namo-
final ou epílogo). Aquele que conta a história é o narrador,  rada.
que pode ser pessoal (narra em 1ª pessoa: Eu...) ou impes- Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. 4ª ed. Rio
soal (narra em 3ª pessoa: Ele...). de Janeiro, José Olympio, 1973, pág. 110.
Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por ver-
Observe que, no texto acima, há um conjunto de trans-
bos de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de
formações de situação: ganhar um porquinho-da-índia é
lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens, passar da situação de não ter o animalzinho para a de tê
que são os agentes do texto, ou seja, aquelas pessoas que -lo; levá-lo para a sala ou para outros lugares é passar da
fazem as ações expressas pelos verbos, formando uma situação de ele estar debaixo do fogão para a de estar em
rede: a própria história contada. outros lugares; ele não gostava: “queria era estar debaixo
Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que do fogão” implica a volta à situação anterior; “não fazia
conta a história. caso nenhum das minhas ternurinhas” dá a entender que
Elementos Estruturais (I): o menino passava de uma situação de não ser terno com
- Enredo: desenrolar dos acontecimentos. o animalzinho para uma situação de ser; no último verso
- Personagens: são seres que se movimentam, se re- tem-se a passagem da situação de não ter namorada para
lacionam e dão lugar à trama que se estabelece na ação. a de ter.
Revelam-se por meio de características físicas ou psicológi- Verifica-se, pois, que nesse texto há um grande con-
cas. Os personagens podem ser lineares (previsíveis), com- junto de mudanças de situação. É isso que define o que se
plexos, tipos sociais (trabalhador, estudante, burguês etc.) chama o componente narrativo do texto, ou seja, narrativa
ou tipos humanos (o medroso, o tímido, o avarento etc.), é uma mudança de estado pela ação de alguma persona-
heróis ou antiheróis, protagonistas ou antagonistas. gem, é uma transformação de situação. Mesmo que essa
- Narrador: é quem conta a história. personagem não apareça no texto, ela está logicamente
- Espaço: local da ação. Pode ser físico ou psicológico. implícita. Assim, por exemplo, se o menino ganhou um por-
- Tempo: época em que se passa a ação. Cronológico: quinho-da-índia, é porque alguém lhe deu o animalzinho.
o tempo convencional (horas, dias, meses); Psicológico: o Assim, há basicamente, dois tipos de mudança: aquele
tempo interior, subjetivo. em que alguém recebe alguma coisa (o menino passou a
ter o porquinho-da-índia) e aquele alguém perde alguma
Elementos Estruturais (II): coisa (o porquinho perdia, a cada vez que o menino o le-
vava para outro lugar, o espaço confortável de debaixo do
Personagens - Quem? Protagonista/Antagonista fogão). Assim, temos dois tipos de narrativas: de aquisição
Acontecimento - O quê? Fato e de privação.
Tempo - Quando? Época em que ocorreu o fato
Espaço - Onde? Lugar onde ocorreu o fato Existem três tipos de foco narrativo:
Modo - Como? De que forma ocorreu o fato
Causa - Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato - Narrador-personagem: é aquele que conta a his-
tória na qual é participante. Nesse caso ele é narrador e
Resultado - previsível ou imprevisível.
Final - Fechado ou Aberto. personagem ao mesmo tempo, a história é contada em 1ª
pessoa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Narrador-observador: é aquele que conta a história Esse gaúcho desabotinado levou a existência inteira a
como alguém que observa tudo que acontece e transmite cruzar os campos da fronteira; à luz do Sol, no desmaiado
ao leitor, a história é contada em 3ª pessoa. da Lua, na escuridão das noites, na cerração das madruga-
- Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o das...; ainda que chovesse reunimo-nos acolherados ou que
enredo e as personagens, revelando seus pensamentos e ventasse como por alma de padre, nunca errou vau, nunca
sentimentos íntimos. Narra em 3ª pessoa e sua voz, muitas perdeu atalho, nunca desandou cruzada!...
vezes, aparece misturada com pensamentos dos persona- (...)
gens (discurso indireto livre). Aqui há poucos – coitado! – pousei no arranchamento
dele. Casado ou doutro jeito, afamilhado. Não no víamos
Estrutura: desde muito tempo. (...)
Fiquei verdeando, à espera, e fui dando um ajutório na
- Apresentação: é a parte do texto em que são apre- matança dos leitões e no tiramento dos assados com couro.
sentados alguns personagens e expostas algumas circuns- (J. Simões Lopes Neto – Contrabandista)
tâncias da história, como o momento e o lugar onde a ação
se desenvolverá. - Em 3ª pessoa:
- Complicação: é a parte do texto em que se inicia pro-
priamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem, Onisciente: não há um eu que conta; é uma terceira
conduzindo ao clímax. pessoa. Exemplo:
- Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge
seu momento crítico, tornando o desfecho inevitável. “Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a fanta-
- Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas siaram de borboleta. Por isso não pôde defender-se. E saiu à
ações dos personagens. rua com ar menos carnavalesco deste mundo, morrendo de
vergonha da malha de cetim, das asas e das antenas e, mais
Tipos de Personagens: ainda, da cara à mostra, sem máscara piedosa para disfarçar
o sentimento impreciso de ridículo.”
Os personagens têm muita importância na constru- (Ilka Laurito. Sal do Lírico)
ção de um texto narrativo, são elementos vitais. Podem ser
principais ou secundários, conforme o papel que desem- Narrador Objetivo: não se envolve, conta a história
penham no enredo, podem ser apresentados direta ou in- como sendo vista por uma câmara ou filmadora. Exemplo:
diretamente.
A apresentação direta acontece quando o personagem Festa
aparece de forma clara no texto, retratando suas caracterís-
ticas físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se Atrás do balcão, o rapaz de cabeça pelada e avental
dá quando os personagens aparecem aos poucos e o leitor olha o crioulão de roupa limpa e remendada, acompanhado
vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo, de dois meninos de tênis branco, um mais velho e outro
ou seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e do mais novo, mas ambos com menos de dez anos.
modo como vai fazendo. Os três atravessam o salão, cuidadosamente, mas reso-
lutamente, e se dirigem para o cômodo dos fundos, onde
- Em 1ª pessoa: há seis mesas desertas.
O rapaz de cabeça pelada vai ver o que eles querem. O
Personagem Principal: há um “eu” participante que homem pergunta em quanto fica uma cerveja, dois guara-
conta a história e é o protagonista. nás e dois pãezinhos.
__ Duzentos e vinte.
Exemplo: O preto concentra-se, aritmético, e confirma o pedido.
__Que tal o pão com molho? – sugere o rapaz.
“Parei na varanda, ia tonto, atordoado, as pernas bam- __ Como?
bas, o coração parecendo querer sair-me pela boca fora. __ Passar o pão no molho da almôndega. Fica muito mais
Não me atrevia a descer à chácara, e passar ao quintal vi- gostoso.
zinho. Comecei a andar de um lado para outro, estacando O homem olha para os meninos.
para amparar-me, e andava outra vez e estacava.” __ O preço é o mesmo – informa o rapaz.
(Machado de Assis. Dom Casmurro) __ Está certo.
Os três sentam-se numa das mesas, de forma canhes-
Observador: é como se dissesse: É verdade, pode acre- tra, como se o estivessem fazendo pela primeira vez na vida.
ditar, eu estava lá e vi. Exemplo: O rapaz de cabeça pelada traz as bebidas e os copos e,
em seguida, num pratinho, os dois pães com meia almôn-
“Batia nos noventa anos o corpo magro, mas sempre dega cada um. O homem e (mais do que ele) os meninos
teso do Jango Jorge, um que foi capitão duma maloca de olham para dentro dos pães, enquanto o rapaz cúmplice se
contrabandista que fez cancha nos banhados do Ibirocaí. retira.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Os meninos aguardam que a mão adulta leve solene uma coisa errada. (Nos bondes, àquela hora da noite, po-
o copo de cerveja até a boca, depois cada um prova o seu deriam roubá-lo, sem que percebesse; e depois?... Que é
guaraná e morde o primeiro bocado do pão. que diria a Paraná?)
O homem toma a cerveja em pequenos goles, obser- Andando. Paraná mandara-lhe não ficar observando as
vando criteriosamente o menino mais velho e o menino vitrines, os prédios, as coisas. Como fazia nos dias comuns.
mais novo absorvidos com o sanduíche e a bebida. Ia firme e esforçando-se para não pensar em nada, nem
Eles não têm pressa. O grande homem e seus dois me- olhar muito para nada.
ninos. E permanecem para sempre, humanos e indestrutí- __ Olho vivo – como dizia Paraná.
veis, sentados naquela mesa. Devagar, muita atenção nos autos, na travessia das
(Wander Piroli) ruas. Ele ia pelas beiradas. Quando em quando, assomava
um guarda nas esquinas. O seu coraçãozinho se apertava.
Tipos de Discurso: Na estação da Sorocabana perguntou as horas a uma
mulher. Sempre ficam mulheres vagabundeando por ali, à
Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamen- noite. Pelo jardim, pelos escuros da Alameda Cleveland. Ela
te para o personagem, sem a sua interferência. Exemplo: lhe deu, ele seguiu. Ignorava a exatidão de seus cálculos,
mas provavelmente faltava mais ou menos uma hora para
Caso de Desquite chegar em casa. Os bondes passavam.
(João Antônio – Malagueta, Perus e Bacanaço)
__ Vexame de incomodar o doutor (a mão trêmula na
boca). Veja, doutor, este velho caducando. Bisavô, um neto Discurso Indireto-Livre: ocorre uma fusão entre a fala
casado. Agora com mania de mulher. Todo velho é sem- do personagem e a fala do narrador. É um recurso relati-
vergonha. vamente recente. Surgiu com romancistas inovadores do
__ Dobre a língua, mulher. O hominho é muito bom. Só século XX. Exemplo:
não me pise, fico uma jararaca.
__ Se quer sair de casa, doutor, pague uma pensão.
A Morte da Porta-Estandarte
__ Essa aí tem filho emancipado. Criei um por um, está
bom? Ela não contribuiu com nada, doutor. Só deu de ma-
Que ninguém o incomode agora. Larguem os seus bra-
mar no primeiro mês.
ços. Rosinha está dormindo. Não acordem Rosinha. Não é
__Você desempregado, quem é que fazia roça?
preciso segurá-lo, que ele não está bêbado... O céu baixou,
__ Isso naquele tempo. O hominho aqui se espalhava.
se abriu... Esse temporal assim é bom, porque Rosinha não
Fui jogado na estrada, doutor. Desde onze anos estou no
mundo sem ninguém por mim. O céu lá em cima, noite e sai. Tenham paciência... Largar Rosinha ali, ele não larga
dia o hominho aqui na carroça. Sempre o mais sacrificado, não... Não! E esses tambores? Ui! Que venham... É guer-
está bom? ra... ele vai se espalhar... Por que não está malhando em
__ Se ficar doente, Severino, quem é que o atende? sua cabeça?... (...) Ele vai tirar Rosinha da cama... Ele está
__ O doutor já viu urubu comer defunto? Ninguém dormindo, Rosinha... Fugir com ela, para o fundo do País...
morre só. Sempre tem um cristão que enterra o pobre. Abraçá-la no alto de uma colina...
__ Na sua idade, sem os cuidados de uma mulher... (Aníbal Machado)
__ Eu arranjo.
__ Só a troco de dinheiro elas querem você. Agora tem Sequência Narrativa:
dois cavalos. A carroça e os dois cavalos, o que há de me-
lhor. Vai me deixar sem nada? Uma narrativa não tem uma única mudança, mas várias:
__ Você tinha a mula e a potranca. A mula vendeu e a uma coordena-se a outra, uma implica a outra, uma subor-
potranca, deixou morrer. Tenho culpa? Só quero paz, um dina-se a outra.
prato de comida e roupa lavada. A narrativa típica tem quatro mudanças de situação:
__ Para onde foi a lavadeira? - uma em que uma personagem passa a ter um que-
__ Quem? rer ou um dever (um desejo ou uma necessidade de fazer
__ A mulata. algo);
(...) - uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma
(Dalton Trevisan – A guerra Conjugal) competência para fazer algo);
Discurso Indireto: o narrador conta o que o persona- - uma em que a personagem executa aquilo que queria
gem diz, sem lhe passar diretamente a palavra. Exemplo: ou devia fazer (é a mudança principal da narrativa);
- uma em que se constata que uma transformação se
Frio deu e em que se podem atribuir prêmios ou castigos às
personagens (geralmente os prêmios são para os bons, e
O menino tinha só dez anos. os castigos, para os maus).
Quase meia hora andando. No começo pensou num Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se
bonde. Mas lembrou-se do embrulhinho branco e bem fei- pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata
to que trazia, afastou a idéia como se estivesse fazendo a realização de uma mudança é porque ela se verificou, e
ela efetua-se porque quem a realiza pode, sabe, quer ou

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LÍNGUA PORTUGUESA

deve fazê-la. Tomemos, por exemplo, o ato de comprar um Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O aspec-
apartamento: quando se assina a escritura, realiza-se o ato to narrativo apresenta, até certo ponto, alguma subjetivi-
de compra; para isso, é necessário poder (ter dinheiro) e dade, porquanto a criação e o colorido do contexto estão
querer ou dever comprar (respectivamente, querer deixar em função da individualidade e do estilo do narrador. De-
de pagar aluguel ou ter necessidade de mudar, por ter sido pendendo do enfoque do redator, a narração terá diver-
despejado, por exemplo). sas abordagens. Assim é de grande importância saber se
Algumas mudanças são necessárias para que outras se o relato é feito em primeira pessoa ou terceira pessoa. No
deem. Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar primeiro caso, há a participação do narrador; segundo, há
um bambu ou outro instrumento para derrubá-la. Para ter uma inferência do último através da onipresença e onis-
um carro, é preciso antes conseguir o dinheiro. ciência.
Quanto à temporalidade, não há rigor na ordenação
Narrativa e Narração dos acontecimentos: esses podem oscilar no tempo, trans-
gredindo o aspecto linear e constituindo o que se deno-
Existe alguma diferença entre as duas? Sim. A narrativi- mina “flashback”. O narrador que usa essa técnica (carac-
dade é um componente narrativo que pode existir em tex- terística comum no cinema moderno) demonstra maior
tos que não são narrações. A narrativa é a transformação criatividade e originalidade, podendo observar as ações
de situações. Por exemplo, quando se diz “Depois da aboli- ziguezagueando no tempo e no espaço.
ção, incentivou-se a imigração de europeus”, temos um tex-
to dissertativo, que, no entanto, apresenta um componente Exemplo - Personagens
narrativo, pois contém uma mudança de situação: do não
incentivo ao incentivo da imigração européia. “Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O Dr.
Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de Amâncio não viu a mulher chegar.
texto, o que é narração? Não quer que se carpa o quintal, moço?
A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três carac- Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça, a face
terísticas:
escalavrada. Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa
- é um conjunto de transformações de situação (o texto
do passado, os olhos).”
de Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”, como vimos,
(Kiefer, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre:
preenche essa condição);
- é um texto figurativo, isto é, opera com personagens Mercado Aberto, p. 5O)
e fatos concretos (o texto “Porquinho-da-índia” preenche
também esse requisito); Exemplo - Espaço
- as mudanças relatadas estão organizadas de maneira
tal que, entre elas, existe sempre uma relação de anterio- Considerarei longamente meu pequeno deserto, a re-
ridade e posterioridade (no texto “Porquinho-da-índia” o dondeza escura e uniforme dos seixos. Seria o leito seco
fato de ganhar o animal é anterior ao de ele estar debaixo de algum rio. Não havia, em todo o caso, como negar-lhe
do fogão, que por sua vez é anterior ao de o menino levá a insipidez.”
-lo para a sala, que por seu turno é anterior ao de o porqui- (Linda, Ieda. As amazonas segundo tio Hermann.
nho-da-índia voltar ao fogão). Porto Alegre: Movimento, 1981, p. 51)

Essa relação de anterioridade e posterioridade é sem- Exemplo - Tempo


pre pertinente num texto narrativo, mesmo que a sequên-
cia linear da temporalidade apareça alterada. Assim, por “Sete da manhã. Honorato Madeira acorda e lembrase:
exemplo, no romance machadiano Memórias póstumas de a mulher lhe pediu que a chamasse cedo.”
Brás Cubas, quando o narrador começa contando sua mor- (Veríssimo, Érico. Caminhos Cruzados. p.4)
te para em seguida relatar sua vida, a sequência temporal
foi modificada. No entanto, o leitor reconstitui, ao longo da Tipologia da Narrativa Ficcional:
leitura, as relações de anterioridade e de posterioridade.
Resumindo: na narração, as três características expli- - Romance
cadas acima (transformação de situações, figuratividade e - Conto
relações de anterioridade e posterioridade entre os episó- - Crônica
dios relatados) devem estar presentes conjuntamente. Um - Fábula
texto que tenha só uma ou duas dessas características não - Lenda
é uma narração. - Parábola
Esquema que pode facilitar a elaboração de seu texto - Anedota
narrativo: - Poema Épico

- Introdução: citar o fato, o tempo e o lugar, ou seja, o Tipologia da Narrativa Não-Ficcional:


que aconteceu, quando e onde.
- Desenvolvimento: causa do fato e apresentação dos - Memorialismo
personagens. - Notícias
- Desenvolvimento: detalhes do fato. - Relatos
- Conclusão: consequências do fato. - História da Civilização
Caracterização Formal: Apresentação da Narrativa:

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LÍNGUA PORTUGUESA

- visual: texto escrito; legendas + desenhos (história em Características:


quadrinhos) e desenhos.
- auditiva: narrativas radiofonizadas; fitas gravadas e - ao contrário do texto narrativo e do descritivo, ele é
discos. temático;
- audiovisual: cinema; teatro e narrativas televisiona- - como o texto narrativo, ele mostra mudanças de si-
das. tuação;

Dissertação - ao contrário do texto narrativo, nele as relações de


anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm
A dissertação é uma exposição, discussão ou interpre- maior importância o que importa são suas relações lógi-
tação de uma determinada ideia. É, sobretudo, analisar al- cas: analogia, pertinência, causalidade, coexistência, cor-
gum tema. Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, respondência, implicação, etc.
raciocínio, clareza, coerência, objetividade na exposição, - a estética e a gramática são comuns a todos os tipos
um planejamento de trabalho e uma habilidade de expres- de redação. Já a estrutura, o conteúdo e a estilística pos-
são. suem características próprias a cada tipo de texto.
É em função da capacidade crítica que se questionam  
pontos da realidade social, histórica e psicológica do mun- São partes da dissertação: Introdução / Desenvolvi-
do e dos semelhantes. Vemos também, que a dissertação mento / Conclusão.
no seu significado diz respeito a um tipo de texto em que
a exposição de uma ideia, através de argumentos, é feita Introdução: em que se apresenta o assunto; se apre-
com a finalidade de desenvolver um conteúdo científico, senta a ideia principal, sem, no entanto, antecipar seu de-
doutrinário ou artístico. senvolvimento. Tipos:
Exemplo:
- Divisão: quando há dois ou mais termos a serem dis-
cutidos. Ex: “Cada criatura humana traz duas almas consi-
Há três métodos pelos quais pode um homem chegar
go: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de
a ser primeiro-ministro. O primeiro é saber, com prudência,
fora para dentro...”
como servir-se de uma pessoa, de uma filha ou de uma
- Alusão Histórica: um fato passado que se relaciona
irmã; o segundo, como trair ou solapar os predecessores; e
a um fato presente. Ex: “A crise econômica que teve início
o terceiro, como clamar, com zelo furioso, contra a corrup-
no começo dos anos 80, com os conhecidos altos índices
ção da corte. Mas um príncipe discreto prefere nomear os
de inflação que a década colecionou, agravou vários dos
que se valem do último desses métodos, pois os tais faná-
históricos problemas sociais do país. Entre eles, a violência,
ticos sempre se revelam os mais obsequiosos e subservien- principalmente a urbana, cuja escalada tem sido facilmente
tes à vontade e às paixões do amo. Tendo à sua disposição identificada pela população brasileira.”
todos os cargos, conservam-se no poder esses ministros - Proposição: o autor explicita seus objetivos.
subordinando a maioria do senado, ou grande conselho, - Convite: proposta ao leitor para que participe de al-
e, afinal, por via de um expediente chamado anistia (cuja guma coisa apresentada no texto. Ex: Você quer estar “na
natureza lhe expliquei), garantem-se contra futuras pres- sua”? Quer se sentir seguro, ter o sucesso pretendido? Não
tações de contas e retiram-se da vida pública carregados entre pelo cano! Faça parte desse time de vencedores des-
com os despojos da nação. de a escolha desse momento!
Jonathan Swift. Viagens de Gulliver. - Contestação: contestar uma idéia ou uma situação.
São Paulo, Abril Cultural, 1979, p. 234235. Ex: “É importante que o cidadão saiba que portar arma de
fogo não é a solução no combate à insegurança.”
Esse texto explica os três métodos pelos quais um ho- - Características: caracterização de espaços ou aspec-
mem chega a ser primeiro-ministro, aconselha o príncipe tos.
discreto a escolhê-lo entre os que clamam contra a corrup- - Estatísticas: apresentação de dados estatísticos. Ex:
ção na corte e justifica esse conselho. “Em 1982, eram 15,8 milhões os domicílios brasileiros com
Observe-se que: televisores. Hoje, são 34 milhões (o sexto maior parque
- o texto é temático, pois analisa e interpreta a realida- de aparelhos receptores instalados do mundo). Ao todo,
de com conceitos abstratos e genéricos (não se fala de um existem no país 257 emissoras (aquelas capazes de gerar
homem particular e do que faz para chegar a ser primeiro- programas) e 2.624 repetidoras (que apenas retransmitem
ministro, mas do homem em geral e de todos os métodos sinais recebidos). (...)”
para atingir o poder); - Declaração Inicial: emitir um conceito sobre um fato.
- existe mudança de situação no texto (por exemplo, a - Citação: opinião de alguém de destaque sobre o as-
mudança de atitude dos que clamam contra a corrupção da sunto do texto. Ex: “A principal característica do déspota
corte no momento em que se tornam primeiros-ministros); encontra-se no fato de ser ele o autor único e exclusivo das
- a progressão temporal dos enunciados não tem im- normas e das regras que definem a vida familiar, isto é, o
portância, pois o que importa é a relação de implicação espaço privado. Seu poder, escreve Aristóteles, é arbitrário,
(clamar contra a corrupção da corte implica ser corrupto pois decorre exclusivamente de sua vontade, de seu prazer
depois da nomeação para primeiro-ministro). e de suas necessidades.”

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Definição: desenvolve-se pela explicação dos termos A tendência do mundo contemporâneo é tornar todo
que compõem o texto. o trabalho automático, devido à evolução tecnológica e a
- Interrogação: questionamento. Ex: “Volta e meia se necessidade de qualificação cada vez maior, o que provoca
faz a pergunta de praxe: afinal de contas, todo esse entu- o desemprego.
siasmo pelo futebol não é uma prova de alienação?” Outro fator que também leva ao desemprego de um
- Suspense: alguma informação que faça aumentar a sem número de trabalhadores é a contenção de despesas,
curiosidade do leitor. de gastos. (B)
- Comparação: social e geográfica. Segundo a Constituição, “preocupada” com essa cri-
- Enumeração: enumerar as informações. Ex: “Ação à se social que provém dessa automatização e qualificação,
distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, obriga que seja feita uma lei, em que será dada absoluta
triunfo das massas, Holocausto: através das metáforas e garantia aos trabalhadores, de que, mesmo que as empre-
das realidades que marcaram esses 100 últimos anos, apa- sas sejam automatizadas, não perderão eles seu mercado
rece a verdadeira doença do século...”
de trabalho. (C)
- Narração: narrar um fato.
Não é uma utopia?!
Um exemplo vivo são os bóias-frias que trabalham na
Desenvolvimento: é a argumentação da ideia inicial,
de forma organizada e progressiva. É a parte maior e mais colheita da cana de açúcar que devido ao avanço tecnoló-
importante do texto. Podem ser desenvolvidos de várias gico e a lei do governador Geraldo Alkmin, defendendo o
formas: meio ambiente, proibindo a queima da cana de açúcar para
a colheita e substituindo-os então pelas máquinas, desem-
- Trajetória Histórica: cultura geral é o que se prova prega milhares deles. (D)
com este tipo de abordagem. Em troca os sindicatos dos trabalhadores rurais dão
- Definição: não basta citar, mas é preciso desdobrar cursos de cabeleireiro, marcenaria, eletricista, para não
a idéia principal ao máximo, esclarecendo o conceito ou a perderem o mercado de trabalho, aumentando, com isso, a
definição. classe de trabalhos informais.
- Comparação: estabelecer analogias, confrontar si- Como ficam então aqueles trabalhadores que passa-
tuações distintas. ram à vida estudando, se especializando, para se diferen-
- Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta ciarem e ainda estão desempregados?, como vimos no úl-
pontos favoráveis e desfavoráveis.
timo concurso da prefeitura do Rio de Janeiro para “gari”,
- Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato
havia até advogado na fila de inscrição. (E)
ou descrever uma cena.
- Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados es- Já que a Constituição dita seu valor ao social que todos
tatísticos. têm o direito de trabalho, cabe aos governantes desse país,
- Hipótese: antecipa uma previsão, apontando para que almeja um futuro brilhante, deter, com urgência esse
prováveis resultados. processo de desníveis gritantes e criar soluções eficazes
- Interrogação: Toda sucessão de interrogações deve para combater a crise generalizada (F), pois a uma nação
apresentar questionamento e reflexão. doente, miserável e desigual, não compete a tão sonhada
- Refutação: questiona-se praticamente tudo: concei- modernidade. (G)
tos, valores, juízos.
- Causa e Consequência: estruturar o texto através dos 1º Parágrafo – Introdução
porquês de uma determinada situação.
- Oposição: abordar um assunto de forma dialética. A. Tema: Desemprego no Brasil.
- Exemplificação: dar exemplos. Contextualização: decorrência de um processo histó-
rico problemático.
Conclusão: é uma avaliação final do assunto, um fe-
chamento integrado de tudo que se argumentou. Para ela
convergem todas as ideias anteriormente desenvolvidas. 2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento

- Conclusão Fechada: recupera a ideia da tese. B. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que
- Conclusão Aberta: levanta uma hipótese, projeta um remetem a uma análise do tema em questão.
pensamento ou faz uma proposta, incentivando a reflexão C. Argumento 2: Considerações a respeito de outro
de quem lê. dado da realidade.
D. Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade
Exemplo: de quem propõe soluções.
E. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição.
Direito de Trabalho
7º Parágrafo: Conclusão
Com a queda do feudalismo no século XV, nasce um
F. Uma possível solução é apresentada.
novo modelo econômico: o capitalismo, que até o século
XX agia por meio da inclusão de trabalhadores e hoje pas- G. O texto conclui que desigualdade não se casa com
sou a agir por meio da exclusão. (A) modernidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA

É bom lembrarmos que é praticamente impossível opi- - O diálogo entre pais e filhos parece estar em crise
nar sobre o que não se conhece. A leitura de bons textos atualmente.
é um dos recursos que permite uma segurança maior no - O problema dos sem-terra preocupa cada vez mais a
momento de dissertar sobre algum assunto. Debater e pes- sociedade brasileira.
quisar são atitudes que favorecem o senso crítico, essencial
no desenvolvimento de um texto dissertativo. O parágrafo pode processar-se de diferentes maneiras:

Ainda temos: Enumeração: Caracteriza-se pela exposição de uma


série de coisas, uma a uma. Presta-se bem à indicação de
Tema: compreende o assunto proposto para discussão, características, funções, processos, situações, sempre ofe-
o assunto que vai ser abordado.
recendo o complemente necessário à afirmação estabele-
Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo
cida na frase nuclear. Pode-se enumerar, seguindo-se os
discutido.
Argumentação: é um conjunto de procedimentos lin- critérios de importância, preferência, classificação ou alea-
guísticos com os quais a pessoa que escreve sustenta suas toriamente.
opiniões, de forma a torná-las aceitáveis pelo leitor. É for- Exemplo:
necer argumentos, ou seja, razões a favor ou contra uma
determinada tese. 1- O adolescente moderno está se tornando obeso por
várias causas: alimentação inadequada, falta de exercícios
Estes assuntos serão vistos com mais afinco posterior- sistemáticos e demasiada permanência diante de compu-
mente. tadores e aparelhos de Televisão.

Alguns pontos essenciais desse tipo de texto são: 2- Devido à expansão das igrejas evangélicas, é gran-
de o número de emissoras que dedicam parte da sua pro-
- toda dissertação é uma demonstração, daí a necessi- gramação à veiculação de programas religiosos de crenças
dade de pleno domínio do assunto e habilidade de argu- variadas.
mentação;
- em consequência disso, impõem-se à fidelidade ao 3-
tema; - A Santa Missa em seu lar.
- a coerência é tida como regra de ouro da dissertação;
- Terço Bizantino.
- impõem-se sempre o raciocínio lógico;
- Despertar da Fé.
- a linguagem deve ser objetiva, denotativa; qualquer
- Palavra de Vida.
ambiguidade pode ser um ponto vulnerável na demonstra-
ção do que se quer expor. Deve ser clara, precisa, natural, - Igreja da Graça no Lar.
original, nobre, correta gramaticalmente. O discurso deve
ser impessoal (evitar-se o uso da primeira pessoa). 4-
- Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o
O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apre- governo brasileiro diante de tantos desmatamentos, dese-
sentar: uma frase contendo a ideia principal (frase nuclear) quilíbrios sociológicos e poluição.
e uma ou mais frases que explicitem tal ideia. - Existem várias razões que levam um homem a enve-
Exemplo: “A televisão mostra uma realidade idealizada redar pelos caminhos do crime.
(ideia central) porque oculta os problemas sociais realmen- - A gravidez na adolescência é um problema seríssimo,
te graves. (ideia secundária)”. porque pode trazer muitas consequências indesejáveis.
Vejamos: - O lazer é uma necessidade do cidadão para a sua
Ideia central: A poluição atmosférica deve ser comba- sobrevivência no mundo atual e vários são os tipos de lazer.
tida urgentemente. - O Novo Código Nacional de trânsito divide as faltas
em várias categorias.
Desenvolvimento: A poluição atmosférica deve ser
combatida urgentemente, pois a alta concentração de ele-
Comparação: A frase nuclear pode-se desenvolver
mentos tóxicos põe em risco a vida de milhares de pessoas,
através da comparação, que confronta ideias, fatos, fenô-
sobretudo daquelas que sofrem de problemas respirató-
menos e apresenta-lhes a semelhança ou dessemelhança.
rios:
Exemplo:
- A propaganda intensiva de cigarros e bebidas tem
levado muita gente ao vício. “A juventude é uma infatigável aspiração de felicida-
- A televisão é um dos mais eficazes meios de comuni- de; a velhice, pelo contrário, é dominada por um vago e
cação criados pelo homem. persistente sentimento de dor, porque já estamos nos con-
- A violência tem aumentado assustadoramente nas ci- vencendo de que a felicidade é uma ilusão, que só o sofri-
dades e hoje parece claro que esse problema não pode ser mento é real”.
resolvido apenas pela polícia. (Arthur Schopenhauer)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Causa e Consequência: A frase nuclear, muitas vezes, A estrutura do texto dissertativo constitui-se de:
encontra no seu desenvolvimento um segmento causal
(fato motivador) e, em outras situações, um segmento indi- Introdução: deve conter a ideia principal a ser desen-
cando consequências (fatos decorrentes). volvida (geralmente um ou dois parágrafos). É a abertura
Exemplos: do texto, por isso é fundamental. Deve ser clara e chamar
a atenção para dois itens básicos: os objetivos do texto e o
- O homem, dia a dia, perde a dimensão de humanida- plano do desenvolvimento. Contém a proposição do tema,
de que abriga em si, porque os seus olhos teimam apenas seus limites, ângulo de análise e a hipótese ou a tese a ser
em ver as coisas imediatistas e lucrativas que o rodeiam. defendida.
Desenvolvimento: exposição de elementos que vão
- O espírito competitivo foi excessivamente exerci- fundamentar a ideia principal que pode vir especificada
do entre nós, de modo que hoje somos obrigados a viver através da argumentação, de pormenores, da ilustração,
numa sociedade fria e inamistosa. da causa e da consequência, das definições, dos dados es-
tatísticos, da ordenação cronológica, da interrogação e da
Tempo e Espaço: Muitos parágrafos dissertativos mar- citação. No desenvolvimento são usados tantos parágrafos
cam temporal e espacialmente a evolução de ideias, pro- quantos forem necessários para a completa exposição da
cessos. ideia. E esses parágrafos podem ser estruturados das cinco
Exemplos: maneiras expostas acima.
Conclusão: é a retomada da ideia principal, que agora
Tempo - A comunicação de massas é resultado de uma deve aparecer de forma muito mais convincente, uma vez
lenta evolução. Primeiro, o homem aprendeu a grunhir. De- que já foi fundamentada durante o desenvolvimento da
pois deu um significado a cada grunhido. Muito depois, dissertação (um parágrafo).
inventou a escrita e só muitos séculos mais tarde é que Deve, pois, conter de forma sintética, o objetivo pro-
passou à comunicação de massa. posto na instrução, a confirmação da hipótese ou da tese,
Espaço - O solo é influenciado pelo clima. Nos climas acrescida da argumentação básica empregada no desen-
úmidos, os solos são profundos. Existe nessas regiões uma volvimento.
forte decomposição de rochas, isto é, uma forte transfor-
mação da rocha em terra pela umidade e calor. Nas regiões
temperadas e ainda nas mais frias, a camada do solo é pou- ARTICULAÇÃO DO TEXTO: PRONOMES
co profunda. (Melhem Adas) E EXPRESSÕES REFERENCIAIS, NEXOS,
OPERADORES SEQUENCIAIS.
Explicitação: Num parágrafo dissertativo pode-se
conceituar, exemplificar e aclarar as ideias para torná-las
mais compreensíveis. Não basta conhecer o conteúdo das partes de um tra-
Exemplo: “Artéria é um vaso que leva sangue prove- balho: introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de
niente do coração para irrigar os tecidos. Exceto no cordão saber o que se deve (e o que não se deve) escrever em cada
umbilical e na ligação entre os pulmões e o coração, todas parte constituinte do texto, é preciso saber escrever obe-
as artérias contém sangue vermelho-vivo, recém oxigena- decendo às normas de coerência e coesão. Antes de mais
do. Na artéria pulmonar, porém, corre sangue venoso, mais nada, é necessário definir os termos: coerência diz respeito
escuro e desoxigenado, que o coração remete para os pul- à articulação do texto, à compatibilidade das ideias, à lógi-
mões para receber oxigênio e liberar gás carbônico”. ca do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão referese à expres-
são linguística, ao nível gramatical, às estruturas frasais e ao
Antes de se iniciar a elaboração de uma dissertação, emprego do vocabulário.
deve delimitar-se o tema que será desenvolvido e que po- Coerência e coesão relacionamse com o processo de
derá ser enfocado sob diversos aspectos. Se, por exemplo, produção e compreensão do texto, a coesão contribui para
o tema é a questão indígena, ela poderá ser desenvolvida a a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta
partir das seguintes ideias: coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente
coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em
- A violência contra os povos indígenas é uma constan- outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem
te na história do Brasil. construído, com frases bem estruturadas, vocabulário cor-
- O surgimento de várias entidades de defesa das po- reto, mas apresentar ideias disparatadas, sem nexo, sem
pulações indígenas. uma sequência lógica: há coesão, mas não coerência. Por
- A visão idealizada que o europeu ainda tem do índio outro lado, um texto pode apresentar ideias coerentes e
brasileiro. bem encadeadas, sem que no plano da expressão, as es-
- A invasão da Amazônia e a perda da cultura indígena. truturas frasais sejam gramaticalmente aceitáveis: há coe-
rência, mas não coesão.
Depois de delimitar o tema que você vai desenvolver, Na obra de Oswald de Andrade, por exemplo, encon-
deve fazer a estruturação do texto. tramse textos coerentes sem coesão, ou textos coesos, mas
sem coerência. Em Carlos Drummond de Andrade, há inú-

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LÍNGUA PORTUGUESA

meros exemplos de textos coerentes, sem coesão grama- A respeito das relações entre coerência e coesão, Gui-
tical no plano sintático. A linguagem literária admite essas marães (1990, p. 42) diz:
liberdades, o que não vem ao caso, pois na linguagem aca-
dêmica, referencial, a obediência às normas de coerência e “O exposto autorizanos a seguinte conclusão: ainda que
coesão são obrigatórias. Ainda assim, para melhor esclare- distinguiveis (a coesão diz respeito aos modos de interco-
cimento do assunto, apresentamse exemplos de coerência nexão dos componentes textuais, a coerência referese aos
sem coesão e coesão sem coerência: modos como os elementos subjacentes à superfície textual
tecem a rede do sentido), tratase de dois aspectos de um
“Cidadezinha Qualquer” mesmo fenômeno a coesão funcionando como efeito da
coerência, ambas cúmplices no processamento da articula-
ção do texto.”
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela
pomar amor cantar: hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem ori-
gem nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo
Um homem vai devagar de cada pessoa, aliada à competência linguística, que per-
Um cachorro vai devagar. mitirá a expressão das ideias percebidas e organizadas, no
Um burro vai devagar processo de codificação referido na página... Deduzse daí
que é difícil, senão impossível, ensinar coerência textual,
Devagar.. as janelas olham. intimamente ligada à visão de mundo, à origem das ideias
Eta vida besta, meu Deus.” no pensamento. A coesão, porém, referese à expressão lin-
(Andrade, 1973, p. 67) guística, aos processos sintáticos e gramaticais do texto.

Apesar da aparente falta de nexo, percebese nitida- O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão:
mente a descrição de uma cidadezinha do interior: a paisa-
gem rural, o estilo de vida sossegado, o hábito de bisbilho- Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de
tar, de vigiar das janelas tudo o que se passa lá fora... um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa ade-
quada relação semântica, que se manifesta na compatibi-
lidade entre as ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa
No plano sintático, a primeira estrofe contém apenas
com coisa” ou “uma coisa bate com outra”).
frases ou sintagmas nominais (cantar pode ser verbo ou
substantivo os meu cantares = as minhas canções); as de- Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo
mais, não apresentam coesão uma frase não se relaciona do texto, numa linha de sequência e com os quais se es-
com outra, mas, pela forma de apresentação, colaboram tabelece um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo
para a coerência do texto. coesivo se faz via gramática, fala-se em coesão gramatical.
Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical.
“Do outro lado da parede”
Meu laço de botina. Coerência
Recebi a tua comunicação, escrita do beiral da viragem - assenta-se no plano cognitivo,da inteligibilidade do
sempieterna. Foi um tiro no alvo do coração, se bem que ele texto;
já esteja treinado. - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão
A culpa de tudo quem temna é esse bandido desse coro- conceitual;
nel do Exército Brasileiro que nos inflicitou. - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o
Reflete antes de te matares! Reflete Joaninha. Principal- todo, com o aspecto global do texto;
mente se ainda é tempo! És uma tarada. - estabelece relações de conteúdo entre palavras e fra-
Quando te conheci, Chez Hippolyte querias falecer dia e ses.
noite. Enfim, adeus.
Coesão
Nunca te esquecerei. Never more! Como dizem os cor-
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
vos.” João da Slavonia
- situa-se na superfície do texto, estabele conexão se-
(Andrade, O., 1971, p. 201202) quencial;
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as
Embora as frases sejam sintaticamente coesas, notase partes componentes do texto;
que, neste texto, não há coerência, não se observa uma li- - Estabelece relações entre os vocábulos no interior das
nha lógica de raciocínio na expressão das ideias. Percebese frases.
vagamente que a personagem João Slavonia teria recebido
uma mensagem de Joaninha (Recebi a tua comunicação), Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibili-
ameaçando cometer suicídio (Reflete antes de te matares!). dade ou compreensão do texto. Um texto bem redigido
A última frase contém uma alusão ao poema “O corvo”, de tem parágrafos bem estruturados e articulados pelo enca-
Edgar Alan Poe. deamento das ideias neles contidas. As estruturas frasais

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LÍNGUA PORTUGUESA

devem ser coerentes e gramaticalmente corretas, no que Exemplos:


respeita à sintaxe. O vocabulário precisa ser adequado e
essa adequação só se consegue pelo conhecimento dos “Coação aos meios de comunicação” tem o sentido de
significados possíveis de cada palavra. Talvez os erros mais atuar contra os meios de comunicação; os meios de comuni-
comuns de redaçao sejam devidos à impropriedade do vo- cação sofrem a ação verbal, são coagidos.
cabulário e ao mau emprego dos conectivos (conjunções, “Coação dos meios de comunicação” significa que os
que têm por função ligar uma frase ou período a outro). Eis meios de comunicação é que exercem a ação de coagir.
alguns exemplos de impropriedade do vocabulário, colhi-
dos em redações sobre censura e os meios de comunicação “Estar inteirada com os fatos” significa participação,
e outras. interação.
“Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento
“Nosso direito é frisado na Constituição.” dos fatos, estar informada.
Nosso direito é assegurado pela Constituição.
“Ir de encontro” significa divergir, não concordar.
“Estabelecer os limites as quais a programação deveria “Ir ao encontro” quer dizer concordar.
estar exposta.”
Estabelecer os limites aos quais a programação deve- “Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de
ria estar sujeita. ideias” significa a liberdade não é ameaça;
“Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de
“A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.” ideias”, isto é, a liberdade fica ameaçada.
A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias sensa-
cionalistas ou punir os meios de comunicação que veicu- “A princípio” indica um fato anterior (A princípio, ela
lam tais notícias. aceitava as desculpas que Mário lhe dava, mas depois dei-
xou de acreditar nele).
“Retomada das rédeas da programação.” “Em princípio” indica um fato de certeza provisória (Em
Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no princípio, faremos a reunião na quartafeira quer dizer que a
que diz respeito a programação. reunião será na quarta-feira, se todos concordarem, se hou-
ver possibilidade, porém admite a ideia de mudar a data).
“Os meios de comunicação estão sendo apelativos, vul- “Por princípio” indica crença ou convicção (Por princípio,
garizando e deteriorando indivíduos.” sou contra o racismo).
Os meios de comunicação estão recorrendo a expe-
dientes grosseiros vulgarizando o nível dos programas e
Quanto à regência verbal, convém sempre consultar
desrespeitando os telespectadores.
um dicionário de verbos e regimes, pois muitos verbos ad-
mitem duas ou três regências diferentes; cada uma, porém,
“A discussão deste assunto é inerente à sociedade.”
tem um significado específico. Lembrese, a propósito, de
A discussão deste assunto é tarefa da sociedade
que as dúvidas sobre o emprego da crase decorrem do fato
(compete à sociedade).
“Na verdade, daquele autor eles pegaram apenas a de considerarse crase como sinal de acentuação apenas,
nomenclatura...” quando o problema referese à regencia nominal e verbal.
Na verdade, daquele autor eles adotaram (utilizaram) Exemplos:
apenas a nomenclatura...
O verbo assistir admite duas regências:
“A ordem e forma de apresentação dos elementos das assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar as-
referências bibliográficas são mostradas na NBR 6023 da sistência (O médico assiste o doente):
ABNT” Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti ao
(são regulamentadas pela NBR 6023 da ABNT). jogo da seleção).

O emprego de vocabulário inadequado prejudica mui- Inteirar o/a (transitivo direto) significa completar (Intei-
tas vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redi- rei o dinheiro do presente).
gir, empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo Inteirar do (transitivo direto e indireto), significa infor-
enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conheci- mar alguém de..., tomar ou dar conhecimento de algo para
mentos linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o alguém (Quero inteirála dos fatos ocorridos...).
significado de determinada palavra, mas não sabe empre-
gála adequadamente, isso ocorre frequentemente com o
Pedir o (transitivo direto) significa solicitar, pleitear
emprego dos conectivos (preposições e conjunções). Não
(Pedi o jornal do dia).
basta saber que as preposições ligam nomes ou sintagmas
nominais no interior das frases e que as conjunções ligam Pedir que contém uma ordem (A professora pediu
frases dentro do período; é necessário empregar adequa- que fizessem silêncio).
damente tanto umas como outras. É bem verdade que, na Pedir para pedir permissão (Pediu para sair da clas-
maioria das vezes, o emprego inadequado dos conectivos se); significa também pedir em favor de alguém (A Diretora
remete aos problemas de regência verbal e nominal. pediu ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos,

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LÍNGUA PORTUGUESA

pedir algo a alguém (para si): (Pediu ao colega para aju- “A folha pode estar amarrada num cesto de lixo mas o
dálo); pode significar ainda exigir, reclamar (Os professores disco repete sempre a mesma música.”
pedem aumento de salário). A primeira frase não tem sentido e a segunda não se
relaciona com a primeira. O conectivo “mas” deveria sugerir
O mau emprego dos pronomes relativos também pode ideia de oposição, o que não ocorre no exemplo anterior.
levar à falta de coesão gramatical. Frequentemente, empre- Não se percebe relação entre “ o disco repete sempre a mes-
gase no qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo da ma música” e a primeira frase.
clareza do texto; outras vezes, o emprego é desnecessário
ou inadequado. Barbosa e Amaral (colaboradora) (1988, p. “Mas, ao abrir a porta, era apenas o correio no qual viera
157) apresentam os seguintes exemplos: trazerme uma encomenda.”
Observase o emprego de no qual por o qual, melhor
“Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para ainda ficaria que, simplesmente: era apenas o correio que
mim no qual estava sem remetente”. (Chegou com um en- viera trazerme uma encomenda.
velope que (o qual) estava sem remetente).
Por outro lado, não mereceram comentários nem apa-
“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da receram nos jornais boas redações como a que se segue:
sensibilidade...”
Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade “A vida hoje me cumprimentou, mandoume minha fo-
delas (palavras cheias de sensibilidade). tografia de garoto, com olhos em expectativa admirando
o mundo. Este mundo sem respostas para os meus dezoito
“Dentro do envelope havia apenas um papel em bran- anos. Mundo carta sem remetente, carta interrogativa para
co onde atribui muitos significados”: havia apenas um pa- moço que aguarda o futuro, saboreando o fruto do amanhã.
pel em branco ao qual atribui muitos significados (onde sig- Recebi um disco, também, cuja música tem a sonoridade
nifica lugar no qual). de passos marchando para o futuro, ao som de melodias de
cirandas esquecidas do meninomoço de outrora, e do mo-
“Havia recebido um envelope em meu nome e que não çohomem de hoje, que completa dezoito anos.
portava destinatário, apesar que em seu conteúdo havia Sou agora a certeza de uma resposta à carta sem reme-
uma folha em branco. ( .. )” tente que me comunica a vida. Vejo, na fotografia de mim
Não se emprega apesar que, mas apesar de. E mais: mesmo, o homem que enfrentará a vida, que colherá com
apesar de não ligar corretamente as duas frases, não faz seu amor à luta e com seu espírito ambicioso, os frutos do
sentido, as frases deveriam ser coordenadas por e: não por-
destino.
tava destinatário e em seu interior havia uma folha ou: ha-
E a música dos passosfuturos na cadência do menino
via recebido um envelope em meu nome, que não portava
que deixou de ser, está o ritmo da vitória sobre as dificulda-
destinatário, cujo conteúdo era uma folha em branco.
des, a minha consagração futura do homem, que vencerá
o destino e será uma afirmação dentro da sociedade.” C. G.
Essas e outras frases foram observadas em redações,
Exemplo de: (Fonseca, 1981, p. 178)
quando foi proposto o seguinte tema:
Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação
“Imagine a seguinte situação:
hoje você está completando dezoito anos. das frases, aconselhase levar em conta as seguintes suges-
Nesta data, você recebe pelo correio uma folha de papel tões para o emprego correto dos articuladores sintáticos
em branco, num envelope em seu nome, sem indicação do (conjunções, preposições, locuções prepositivas e locuções
remetente. conjuntivas).
Além disso, você ganha de presente um retrato seu e um Para dar ideia de oposição ou contradição, a articula-
disco. Reflita sobre essa situação. ção sintática se faz por meio de conjunções adversativas:
A partir da reflexão feita, redija um texto em prosa, sem mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto (nunca
ultrapassar o espaço reservado para redação no caderno de no entretanto).
respostas.” Podem também ser empregadas as conjunções con-
cessivas e locuções prepositivas para introduzir a ideia de
Como de costume, muito se comentou, até nos jornais oposição aliada à concessão: embora, ou muito embora,
da época, a falta de coerência, as frases sem clareza, pelo apesar de, ainda que, conquanto, posto que, a despeito de,
mau emprego dos conectivos, como as seguintes: não obstante.
A articulação sintática de causa pode ser feita por meio
“Primeiramente achei gozado aqueles dois presentes, de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como,
pois concluo que nunca deveria esquecer minha infância.” por isso que, visto que, uma vez que, já que. Também podem
Há falta de nexo entre as duas frases, pois uma não é ser empregadas as preposições e locuções prepositivas:
conclusão da outra, nem ao menos estão relacionadas e por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em
gozado deveria ser substituído por engraçado ou estranho. consequência de, por motivo de, por razões de.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O principal articulador sintático de condição é o “se”: Se outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta,
o time ganhar esse jogo, será campeão. Podese também ex- literária, científica ou poética (orador e tribuno, oculista e
pressar condição pelo emprego dos conectivos: caso, con- oftalmologista, cinzento e cinéreo).
tanto que, desde que, a menos que, a não ser que. A contribuição Greco-latina é responsável pela existên-
O emprego da preposição “para” é a maneira mais co- cia, em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos.
mum de expressar finalidade. “É necessário baixar as taxas Exemplos:
de juros para que a economia se estabilize” ou para a eco- - Adversário e antagonista.
nomia se estabilizar. “Teresa vai estudar bastante para fazer - Translúcido e diáfano.
boa prova.” Há outros articuladores que expressam finalida- - Semicírculo e hemiciclo.
de: afim de, com o propósito de, na finalidade de, com a in- - Contraveneno e antídoto.
tenção de, com o objetivo de, com o fito de, com o intuito de. - Moral e ética.
A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio - Colóquio e diálogo.
dos articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, - Transformação e metamorfose.
pois, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. - Oposição e antítese.
Para introduzir mais um argumento a favor de determinada
conclusão empregase ainda. Os articuladores aliás, além do O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se si-
mais, além disso, além de tudo, introduzem um argumento
nonímia, palavra que também designa o emprego de sinô-
decisivo, cabal, apresentado como un acréscimo, para justi-
nimos.
ficar de forma incontestável o argumento contrário.
Para introduzir esclarecimentos, retificações ou desen-
Antônimos: são palavras de significação oposta. Exem-
volvimento do que foi dito empregamse os articuladores:
isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção plos:
aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o desenvolvimen- - Ordem e anarquia.
to do discurso, pois acrescenta uma informação nova, um - Soberba e humildade.
dado novo, e se não acrescentar nada, é pura repetição e - Louvar e censurar.
deve ser evitada. - Mal e bem.
Alguns articuladores servem para estabelecer uma gra-
dação entre os correspondentes de determinada escala. No A antonímia pode originar-se de um prefixo de senti-
alto dessa escala achamse: mesmo, até, até mesmo; outros do oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, sim-
situamse no plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no pático/antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia,
mínimo. explícito/implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, co-
munista/anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/
pós-nupcial.

SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE Homônimos: são palavras que têm a mesma pronún-


PALAVRAS E EXPRESSÕES. cia, e às vezes a mesma grafia, mas significação diferente.
Exemplos:
- São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
- Aço (substantivo) e asso (verbo).
Significação das Palavras
Só o contexto é que determina a significação dos ho-
Quanto à significação, as palavras são divididas nas se- mônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade,
guintes categorias: por isso é considerada uma deficiência dos idiomas.
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspec-
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproxima- to fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
do. Exemplo:
- Alfabeto, abecedário. Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e dife-
- Brado, grito, clamor.
rentes no timbre ou na intensidade das vogais.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
- Rego (substantivo) e rego (verbo).
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
- Colher (verbo) e colher (substantivo).
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinô-
nimo pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, - Apoio (verbo) e apoio (substantivo).
os sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, - Para (verbo parar) e para (preposição).
por matizes de significação e certas propriedades que o - Providência (substantivo) e providencia (verbo).
escritor não pode desconhecer. Com efeito, estes têm sen- - Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
tido mais amplo, aqueles, mais restrito (animal e quadrúpe- - Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de
de); uns são próprios da fala corrente, desataviada, vulgar, per+o).

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Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e di- - Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado).
ferentes na escrita. - As águas pingavam da torneira, (sentido próprio).
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). - As horas iam pingando lentamente, (sentido figu-
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emen- rado).
dar).
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato Denotação e Conotação: Observe as palavras em
de consertar). destaque nos seguintes exemplos:
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). - Comprei uma correntinha de ouro.
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (ace- - Fulano nadava em ouro.
lerar). No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou de-
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo se- signa simplesmente o conhecido metal precioso, tem sen-
lar). tido próprio, real, denotativo.
- Censo (recenseamento) e senso ( juízo). No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas,
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
poder, glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo,
- Paço (palácio) e passo (andar).
possui várias conotações (ideias associadas, sentimentos,
- Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo).
evocações que irradiam da palavra).
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cas-
sar = anular).
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e Exercícios
sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo).
01. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens .......
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pro- nos erros do passado.
núncia. a) eminente, deflagração, incidiram
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). b) iminente, deflagração, reincidiram
- Cedo (verbo), cedo (advérbio). c) eminente, conflagração, reincidiram
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). d) preste, conflaglação, incidiram
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). e) prestes, flagração, recindiram
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir). 02. “Durante a ........ solene era ........ o desinteresse do
mestre diante da ....... demonstrada pelo político”.
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pro- a) seção - fragrante - incipiência
núncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, b) sessão - flagrante - insipiência
tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, céti- c) sessão - fragrante - incipiência
co e séptico, prescrever e proscrever, descrição e discrição, d) cessão - flagrante - incipiência
infligir (aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, sede e) seção - flagrante - insipiência
(vontade de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e
cumprimento, deferir (conceder, dar deferimento) e diferir 03. Na ..... plenária estudou-se a ..... de direitos terri-
(ser diferente, divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retifi- toriais a ..... .
car (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: a) sessão - cessão - estrangeiros
soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). b) seção - cessão - estrangeiros
c) secção - sessão - extrangeiros
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma signifi- d) sessão - seção - estrangeiros
cação. A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia.
e) seção - sessão - estrangeiros
Exemplos:
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar
04. Há uma alternativa errada. Assinale-a:
as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande
a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem
curral de gado.
- Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; política.
dó. b) A catástrofe torna-se iminente.
- Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo c) Sua ascensão foi rápida.
ao véu do palato. d) Ascenderam o fogo rapidamente.
Podemos citar ainda, como exemplos de palavras po- e) Reacendeu o fogo do entusiasmo.
lissêmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que
têm dezenas de acepções. 05. Há uma alternativa errada. Assinale-a:
a) cozer = cozinhar; coser = costurar
Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras po- b) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no país
dem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido fi- c) comprimento = medida; cumprimento = saudação
gurado. Exemplos: d) consertar = arrumar; concertar = harmonizar
- Construí um muro de pedra. (sentido próprio). e) chácara = sítio; xácara = verso

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LÍNGUA PORTUGUESA

06. Assinale o item em que a palavra destacada está Discurso Direto


incorretamente aplicada:
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. “Longe do olhos...”
b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros. - Meu pai! Disse João Aguiar com um tom de ressentimento
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. que fez pasmar o comendador.
d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. - Que é? Perguntou este.
e) A cessão de terras compete ao Estado. João Aguiar não respondeu. O comendador arrugou a testa
e interrogou o roto mudo do filho. Não leu, mais adivinhou al-
07. O ...... do prefeito foi ..... ontem. guma coisa desastrosa; desastrosa, entenda-se, para os cálculos
conjunto-políticos ou políticos-conjugais, como melhor nome
a) mandado - caçado
haja.
b) mandato - cassado
- Dar-se-á caso que... começou a dizer comendador.
c) mandato - caçado - Que eu namore? Interrompeu galhofeiramente o filho.
d) mandado - casçado Machado de Assis. Contos. 26ª Ed. São Paulo, Ática, 2002,
e) mandado - cassado p. 43.
08. Marque a alternativa cujas palavras preenchem cor- O narrador introduz a fala das personagens, um pai e um
retamente as respectivas lacunas, na frase seguinte: “Neces- filho, e, em seguida, como quem passa a palavra a elas e as
sitando ...... o número do cartão do PIS, ...... a data de meu deixa falar. Vemos que as partes introdutórias pertencem ao
nascimento.” narrador (por exemplo, disse João Aguiar com um tom de
a) ratificar, proscrevi ressentimento que faz pasmar o comendador) e as falas, às
b) prescrever, discriminei personagens, (por exemplo, Meu pai!).
c) descriminar, retifiquei O discurso direto é o expediente de citação do discurso
d) proscrever, prescrevi alheio pela qual o narrador introduz o discurso do outro e,
e) retificar, ratifiquei depois, reproduz literalmente a fala dele.
As marcas do discurso são:
09. “A ......... científica do povo levou-o a .... de feiticeiros os
..... em astronomia.” - A fala das personagens é, de princípio, anunciada por
a) insipiência tachar expertos um verbo (disse e interrompeu no caso do filho e pergun-
b) insipiência taxar expertos tou e começou a dizer no caso do pai) denominado “ver-
c) incipiência taxar espertos bo de dizer” (como recrutar, retorquir, afirmar, obtem-perar
d) incipiência tachar espertos declarar e outros do mesmo tipo), que pode vir antes, no
e) insipiência taxar espertos meio ou depois da fala das personagens (no nosso caso,
veio depois);
10. Na oração: Em sua vida, nunca teve muito ......, apre- - A fala das personagens aparece nitidamente separada
sentava-se sempre ...... no ..... de tarefas ...... . As palavras ade- da fala do narrador, por aspas, dois pontos, travessão ou
quadas para preenchimento das lacunas são: vírgula;
a) censo - lasso - cumprimento - eminentes
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as pala-
b) senso - lasso - cumprimento - iminentes
vras que indicam espaço e tempo (por exemplo, pronomes
c) senso - laço - comprimento - iminentes
demonstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usa-
d) senso - laço - cumprimento - eminentes
dos em relação à pessoa da personagem, ao momento em
e) censo - lasso - comprimento - iminentes
que ela fala diz “eu”, o espaço em que ela se encontra é o
aqui e o tempo em que fala é o agora.
Respostas: (01.B)(02.B)(03.A)(04.D)(05.B)(06.C)(07.B)(08.E)
(09.A)(10.B)
Discurso Indireto

Observemos um fragmento do mesmo conto de Ma-


EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE chado de Assis:
ESTRUTURAS. “Um dia, Serafina recebeu uma carta de Tavares dizendo-
lhe que não voltaria mais à casa de seu pai, por este lhe haver
mostrado má cara nas últimas vezes que ele lá estivera.”
Idem. Ibidem, p. 48.
Num texto, as personagens falam, conversam entre si, ex- Nesse caso o narrador para citar que Tavares disse a
põem ideias. Quando o narrador conta o que elas disseram, Serafina, usa o outro procedimento: não reproduz literal-
insere na narrativa uma fala que não é de sua autoria, cita o mente as palavras de Tavares, mas comunica, com suas pa-
discurso alheio. Há três maneiras principais de reproduzir a lavras, o que a personagem diz. A fala de Tavares não chega
fala das personagens: o discurso direto, o discurso indireto e ao leitor diretamente, mas por via indireta, isto é, por meio
o discurso indireto livre. das palavras do narrador. Por essa razão, esse expediente é
chamado discurso indireto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

As principais marcas do discurso indireto são: Pedro disse lá em Paris: - Aqui eu me sinto bem.

- As falas das personagens também vem introduzidas Eu (pessoa do discurso citado que não se encontra no
por um verbo de dizer; discurso citante) converte-se em ele; aqui (espaço do dis-
- As falas das personagens constituem oração subordi- curso citado que é diferente do lugar em que foi proferido
nada substantiva objetiva direta do verbo de dizer e, por- o discurso citante) transforma-se em lá:
tanto, são separadas da fala do narrador por uma partícula
introdutória normalmente “que” ou “se”; - Pedro disse que lá ele se sentia bem.
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as pa-
lavras que indicam espaço e tempo (como pronomes de- Se a pessoa do discurso citado, isto é, da fala da per-
monstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados sonagem (eu, tu, ele) tem um correspondente no discurso
e relação a narrador, ao momento em que ele fala e ao citante, ela ocupa o estatuto que tem nesse último.
espaço em que está. Maria declarou-me: - Eu te amo.

Passagem do Discurso Direto para o Discurso Indi- O “te” do discurso citado corresponde ao “me” do ci-
reto tante. Por isso, “te” passa a “me”:

Pedro disse: - Maria declarou-me que me amava.


- Eu estarei aqui amanhã.
No que se refere aos tempos, o mais comum é o que o
No discurso direto, o personagem Pedro diz “eu”; o verbo de dizer esteja no presente ou no pretérito perfeito.
“aqui” é o lugar em que a personagem está; “amanhã” é o Quando o verbo de dizer estiver no presente e o da fala
dia seguinte ao que ele fala. Se passarmos essa frase para o da personagem estiver no presente, pretérito ou futuro do
discurso indireto ficará assim: presente, os tempos mantêm-se na passagem do discur-
so direto para o indireto. Se o verbo de dizer estiver no
Pedro disse que estaria lá no dia seguinte. pretérito perfeito, as alterações que ocorrerão na fala da
personagem são as seguintes:
No discurso indireto, o “eu” passa a ele porque á alguém
de quem o narrador fala; estaria é futuro do pretérito: é um Discurso Direto – Discurso Indireto
tempo relacionado ao pretérito da fala do narrador (disse), Presente – Pretérito Imperfeito
e não ao presente da fala do personagem, como estarei; lá Pretérito Perfeito – Pretérito mais-que-perfeito
é o espaço em que a personagem (e não o narrador) havia Futuro do Presente – Futuro do Pretérito
de estar; no dia seguinte é o dia que vem após o momento Joaquim disse: - Compro tudo isso.
da fala da personagem designada por ele. - Joaquim disse que comprava tudo isso.
Na passagem do discurso direto para o indireto, deve-
se observar as frases que no discurso direto tem as formas Joaquim disse: - Comprei tudo isso.
interrogativas, exclamativa ou imperativa convertem-se, no - Joaquim disse que comprara tudo isso.
discurso indireto, em orações declarativas.
Joaquim disse: - Comprarei tudo isso.
Ela me perguntou: quem está ai? - Joaquim disse que compraria tudo isso.
Ela me perguntou quem estava lá.
Discurso Indireto Livre
As interjeições e os vocativos do discurso direto desa-
parecem no discurso indireto ou tem seu valor semântico “(...) No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao
explicitado, isto é, traduz-se o significado que elas expres- fechar o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória,
sam. como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e ob-
teve a explicação habitual: a diferença era proveniente de
O papagaio disse: Oh! Lá vem a raposa. juros.
O papagaio disse admirado (explicitação do valor se- Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto,
mântico da interjeição oh!) que ao longe vinha a raposa. sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mu-
lher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do
Se o discurso citado (fala da personagem) comporta branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estri-
um “eu” ou um “tu” que não se encontram entre as pessoas bos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que
do discurso citante (fala do narrador), eles são convertidos era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar
num “ele”, se o discurso citado contém um “aqui” não cor- como negro e nunca arranjar carta de alforria!
responde ao lugar em que foi proferido o discurso citante, Graciliano Ramos. Vidas secas.
ele é convertido num “lá”. 28ª Ed. São Paulo, Martins, 1971, p. 136.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Nesse texto, duas vozes estão misturadas: a do nar- seja, o que ele reproduziu é autêntico. É como se ouvisse a
rador e a de Fabiano. Não há indicadores que delimitem pessoa citada com suas próprias palavras e, portanto, com
muito bem onde começa a fala do narrador e onde se inicia a mesma carga de subjetividade.
a da personagem. Não se tem dúvida de que o período Essa modalidade de citação permite, por exemplo, que
inicial está traduzido a fala do narrador. A bem verdade, até se use variante linguística da personagem como forma de
não se conformou (início do segundo parágrafo), é a voz fornecer pistas para caracterizá-la. Sirva de exemplo o tre-
do narrador que está comandando a narrativa. Na oração cho que segue, um diálogo entre personagens do meio ru-
devia haver engano, já começa haver uma mistura de vo- ral, um farmacêutico e um agricultor, cuja fala é transcrita
zes: sob o ponto de vista das marcas gramaticais, não há em discurso direto pelo narrador:
nenhuma pista para se concluir, que a voz de Fabiano é que
esteja sendo citada; sob o ponto de vista do significado, Um velho brônzeo apontou, em farrapos, à janela aber-
porém, pode-se pensar numa reclamação atribuída a ele. ta o azul.
Tomemos agora esse trecho: “Ele era bruto, sim senhor, - Como vai, Elesbão?
via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha mio- - Sua bênção...
lo. Com certeza havia um erro no papel do branco.” - Cheio de doenças?
Pelo conteúdo de verdade é pelo modo de dizer, tudo - Sim sinhô.
nos induz a vislumbrar aí a voz de Fabiano ecoando por - De dores, de dificuldades?
meio do discurso do narrador. É como se o narrador, sem - Sim sinhô.
abandonar as marcas linguísticas próprias de sua fala, es- - De desgraças...
tivesse incorporando as reclamações e suspeitas da per- O farmacêutico riu com um tímpano desmesurado.
sonagem, a cuja linguagem pertencem expressões do tipo Você é o Brasil. Depois Indagou:
bruto, sim senhor e a mulher tinha miolo. Até a repetição - O que você eu Elesbão?
de palavras e uma certa entonação presumivelmente excla- - To precisando de uns dinheirinho e duns gênor. Meu
mativa confirmam essa inferência. arroizinho tá bão, tá encanando bem. Preciso de uns manti-
Para perceber melhor o que é o discurso indireto livre, mento pra coiêta. O sinhô pode me arranjá com Nhô Salim.
confrontemos uma frase do texto com a correspondente Depois eu vendo o arroiz pra ele mermo.
em discurso direito e indireto: - Você é sério, Elesbão?
- Sô sim sinhô!
- Discurso Indireto Livre - Quanto é que você deve pro Nhô Salim?
Estava direito aquilo? - Um tiquinho.
Oswaldo de Andrade. Marco Zero.
- Discurso Direto 2ª Ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1974,
Fabiano perguntou: - Esta direito isto? p. 7-8.

- Discurso Indireto Quanto ao discurso indireto, pode ser de dois tipos, e


Fabiano perguntou se aquilo estava direito cada um deles cria um efeito de sentido diverso.
Essa forma de citação do discurso alheio tem caracte-
rísticas próprias que são tanto do discurso direto quanto - Discurso Indireto que analisa o conteúdo: elimina
do indireto. As características do discurso indireto livre são: os elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso
direto, assim como as interrogações, exclamações ou for-
- Não há verbos de dizer anunciando as falas das per- mas imperativas, por isso produz um efeito de sentido de
sonagens; objetividade analítica. Com efeito, nele o narrador revela so-
- Estas não são introduzidas por partículas como “que” mente o conteúdo do discurso da personagem, e não o modo
e “se” nem separadas por sinais de pontuação; como ela diz. Com isso estabelece uma distância entre sua
- O discurso indireto livre contém, como o discurso posição e a da personagem, abrindo caminho para a réplica
direto, orações interrogativas, imperativas e exclamativas, e o comentário. Esse tipo de discurso indireto despersonaliza
bem como interjeições e outros elementos expressivos; discurso citado em nome de uma objetividade analítica. Cria,
- Os pronomes pessoais e demonstrativos, as palavras assim, a impressão de que o narrador analisa o discurso cita-
indicadoras de espaço e de tempo são usados da mesma do de maneira racional e isenta de envolvimento emocional.
forma que no discurso indireto. Por isso, o verbo estar, do O discurso indireto, nesse caso, não se interessa pela indivi-
exemplo acima, ocorre no pretérito imperfeito, e não no dualidade do falante no modo como ele diz as coisas. Por isso
presente (está), como no discurso direto. Da mesma forma é a forma preferida nos textos de natureza filosófica, científica,
o pronome demonstrativo ocorre na forma aquilo, como política, etc., quando se expõe as opiniões dos outros com
finalidade de criticá-las, rejeitá-las ou acolhê-las.
no discurso indireto.
- Discurso Indireto que analisa a expressão: serve para
Funções dos diferentes modos de citar o discurso do destacar mais o modo de dizer do que o que se diz; por exem-
outro plo, as palavras típicas do vocabulário da personagem citada,
a sua maneira de pronunciá-las, etc. Nesse caso, as palavras
O discurso direto cria um efeito de sentido de verda- ou expressões ressaltadas aparecem entre aspas. Veja-se este
de. Isso porque o leito ou ouvinte tem a impressão de que exemplo. De Eça de Queirós:
quem cita preservou a integridade do discurso citado, ou

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LÍNGUA PORTUGUESA

...descobrira de repente, uma manhã, eu não devia trair Existe uma maneira prática de saber quantas orações
Amaro, “porque era papá do seu Carlinhos”. E disse-o ao abade; há num período: é contar os verbos ou locuções verbais.
fez corar os sessenta e quatro anos do bom velho (...). Num período haverá tantas orações quantos forem os ver-
O crime do Padre Amaro. bos ou as locuções verbais nele existentes. Exemplos:
Porto, Lello e Irmão, s.d., vol. I, p. 314. Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
Imagine-se ainda que uma pessoa, querendo denunciar a Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
forma deselegante com que fora atendida por um represen- oração)
tante de uma empresa, tenha dito o seguinte: Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas lo-
cuções verbais, duas orações)
A certa altura, ele me respondeu que, se eu não estivesse Há três tipos de período composto: por coordenação,
satisfeito, que fosse reclamar “para o bispo” e que ele já não por subordinação e por coordenação e subordinação ao
estava “nem aí” com “tipinhos” como eu. mesmo tempo (também chamada de misto).
Em ambos os casos, as aspas são utilizadas para dar des-
Período Composto por Coordenação. Orações Coor-
taque a certas formas de dizer típicas das personagens cita-
das e para mostrar o modo como o narrador as interpreta. denadas
No exemplo de Eça de Queirós, “porque era o papá de seu
Carlinhos” contem uma expressão da personagem Amélia e Considere, por exemplo, este período composto:
mostra certa dose de ironia e malícia do narrador.
No segundo exemplo, as aspas destacam a insatisfação Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os
do narrador com a deselegância e o desprezo do funcionário tempos de infância.
para com os clientes. 1ª oração: Passeamos pela praia
O discurso indireto livre fica a meio caminho da subjetivi- 2ª oração: brincamos
dade e da objetividade. Tem muitas funções. Por exemplo, dá 3ª oração: recordamos os tempos de infância
verossimilhança a um texto que pretende manifestar pensa- As três orações que compõem esse período têm sen-
mentos, desejos, enfim, a vida interior de uma personagem. tido próprio e não mantêm entre si nenhuma dependên-
Em síntese, demonstra um envolvimento tal do narra- cia sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro,
dor com a personagem, que as vozes de ambos se misturam uma relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não
como se eles fossem um só ou, falando de outro modo, como depende da outra sintaticamente.
se o narrador tivesse vestido completamente a máscara da As orações independentes de um período são chama-
personagem, aproximando-a do leitor sem a marca da sua das de orações coordenadas (OC), e o período formado
intermediação. só de orações coordenadas é chamado de período com-
Veja-se como, neste trecho: “O tímido José”, de Antônio posto por coordenação.
de Alcântara Machado, o narrador, valendo-se do discurso As orações coordenadas são classificadas em assindé-
indireto livre, leva o leitor a partilhar do constrangimento da ticas e sindéticas.
personagem, simulando estar contaminado por ele:
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA)
(...) Mais depressa não podia andar. Garoar, garoava sem- quando não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
pre. Mas ali o nevoeiro já não era tanto felizmente. Decidiu. Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
Iria indo no caminho da Lapa. Se encontrasse a mulher bem. OCA OCA OCA
Se não encontrasse paciência. Não iria procurar. Iria é para
casa. Afinal de contas era mesmo um trouxa. Quando podia “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado
não quis. Agora que era difícil queria. de Assis)
Laranja-da-china. In: Novelas Paulistanas. “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
1ª Ed. Belo Horizonte, Itatiaia/ São Paulo, Edusp, (Antônio Olavo Pereira)
1998, p. 184. “O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.”
(Coelho Neto)

- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quan-


SINTAXE: PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E
do vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
SUBORDINAÇÃO. O homem saiu do carro / e entrou na casa.
OCA OCS
Período: Toda frase com uma ou mais orações consti- As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
tui um período, que se encerra com ponto de exclamação, acordo com o sentido expresso pelas conjunções coorde-
ponto de interrogação ou com reticências. nativas que as introduzem. Pode ser:
O período é simples quando só traz uma oração, cha-
mada absoluta; o período é composto quando traz mais - Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem,
de uma oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período não só... mas também, não só... mas ainda.
simples, oração absoluta.); Quero que você aprenda. (Pe- Saí da escola / e fui à lanchonete.
ríodo composto.) OCA OCS Aditiva

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma Observe que a 2ª oração é introduzida por uma con-
conjunção que expressa idéia de acréscimo ou adição com junção que expressa idéia de explicação, de justificativa em
referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção relação à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coor-
coordenativa aditiva. denativa explicativa.

A doença vem a cavalo e volta a pé. Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã.
As pessoas não se mexiam nem falavam. “A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico
“Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até Veríssimo)
nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.” “Qualquer que seja a tua infância, conquista-a, que te
(Machado de Assis) abençôo.” (Fernando Sabino)
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, O cavalo estava cansado, pois arfava muito.
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
Estudei bastante / mas não passei no teste. Exercícios
OCA OCS Adversativa
01. Relacione as orações coordenadas por meio de
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunções:
conjunção que expressa idéia de oposição à oração ante- a) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões sur-
rior, ou seja, por uma conjunção coordenativa adversativa. giram.
b) Não durma sem cobertor. A noite está fria.
A espada vence, mas não convence. c) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los.
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)
Tens razão, contudo não te exaltes. Respostas:
Havia muito serviço, entretanto ninguém trabalhava. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões sur-
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: por- giram.
tanto, por isso, pois, logo. Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.
Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gra- Quero desculpar-me, mais consigo encontrá-los.
tidão. 02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o
marulhar das ondas...” a partícula como expressa uma ideia
OCA OCS Conclusiva
de:
a) causa
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
b) explicação
conjunção que expressa idéia de conclusão de um fato
c) conclusão
enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção
d) proporção
coordenativa conclusiva.
e) comparação
Vives mentindo; logo, não mereces fé. Resposta: E
Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade. A conjunção como exercer a função comparativa. Os
Raimundo é homem são, portanto deve trabalhar. amplos bocejos ouvidos são comparados à força do maru-
lhar das ondas.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou-
,ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer. 03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, ora-
Seja mais educado / ou retire-se da reunião! ção sublinhada pode indicar uma ideia de:
OCA OCS Alternativa a) concessão
b) oposição
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma c) condição
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou d) lugar
escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma e) consequência
conjunção coordenativa alternativa.
Resposta: C
Venha agora ou perderá a vez. A condição necessária para procurar emprego é entrar
“Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.” (Macha- na faculdade.
do de Assis) 04. Assinale a sequência de conjunções que estabele-
“Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará cem, entre as orações de cada item, uma correta relação
preço muito caro.” (Renato Inácio da Silva) de sentido.
“A louca ora o acariciava, ora o rasgava frenetica-
mente.” (Luís Jardim) 1. Correu demais, ... caiu.
2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, 3. A matéria perece, ... a alma é imortal.
porque, pois, porquanto. 4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens
Vamos andar depressa / que estamos atrasados. com detalhes.
OCA OCS Explicativa 5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma na-
b) por isso, porque, mas, portanto, que ção equilibrada precisa ter. Aliás, é ingenuidade imaginar
c) logo, porém, pois, porque, mas que a vontade de distribuir renda passe pelo empobreci-
d) porém, pois, logo, todavia, porque mento da elite. É também ocioso pensar que nós, de tal
e) entretanto, que, porque, pois, portanto elite, temos riqueza suficiente para distribuir. Faço sempre,
para meu desânimo, a soma do faturamento das nossas
Resposta: B mil maiores e melhores empresas, e chego a um número
Por isso – conjunção conclusiva. menor do que o faturamento de apenas duas empresas
Porque – conjunção explicativa. japonesas. Digamos, a Mitsubishi e mais um pouquinho.
Mas – conjunção adversativa. Sejamos francos. Em termos mundiais somos irrelevantes
Portanto – conjunção conclusiva. como potência econômica, mas o mesmo tempo extrema-
Que – conjunção explicativa. mente representativos como população.”
(“Discurso de Semler aos empresários”, Folha de São
05. Reúna as três orações em um período composto Paulo)
por coordenação, usando conjunções adequadas.
Os dias já eram quentes. Dentre os períodos transcritos do texto acima, um é
A água do mar ainda estava fria. composto por coordenação e contém uma oração coorde-
As praias permaneciam desertas. nada sindética adversativa. Assinalar a alternativa corres-
pondente a este período:
Resposta: Os dias já eram quentes, mas a água do mar a) A frustração cresce e a desesperança não cede.
ainda estava fria, por isso as praias permaneciam desertas. b) O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica
06. No período “Penso, logo existo”, oração em des- pungente ou a autoabsorvição.
taque é: c) É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos
a) coordenada sindética conclusiva riqueza suficiente para distribuir.
b) coordenada sindética aditiva d) Sejamos francos.
c) coordenada sindética alternativa e) Em termos mundiais somos irrelevantes como po-
d) coordenada sindética adversativa tência econômica, mas ao mesmo tempo extremamente
e) n.d.a representativos como população.
Resposta E
Resposta: A
Período Composto por Subordinação
07. Por definição, oração coordenada que seja despro-
vida de conectivo é denominada assindética. Observando Observe os termos destacados em cada uma destas
os períodos seguintes: orações:
I- Não caía um galho, não balançava uma folha. Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
II- O filho chegou, a filha saiu, mas a mãe nem notou. Todos querem sua participação. (objeto direto)
III- O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram a Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial
prova. Acabara o exame. de causa)

Nota-se que existe coordenação assindética em: Veja, agora, como podemos transformar esses termos
a) I apenas em orações com a mesma função sintática:
b) II apenas Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordina-
c) III apenas da com função de adjunto adnominal)
d) I e III Todos querem / que você participe. (oração subordi-
e) nenhum deles nada com função de objeto direto)
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração su-
Resposta: D bordinada com função de adjunto adverbial de causa)

08. “Vivemos mais uma grave crise, repetitiva dentro do Em todos esses períodos, a segunda oração exerce
ciclo de graves crises que ocupa a energia desta nação. A uma certa função sintática em relação à primeira, sendo,
frustração cresce e a desesperança não cede. Empresários portanto, subordinada a ela. Quando um período é cons-
empurrados à condição de liderança oficial se reúnem, em tituído de pelo menos um conjunto de duas orações em
eventos como este, para lamentar o estado de coisas. O que uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da
que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungen- outra (principal), ele é classificado como período compos-
te ou a autoabsorvição? to por subordinação. As orações subordinadas são classi-
É da história do mundo que as elites nunca introdu- ficadas de acordo com a função que exercem: adverbiais,
ziram mudanças que favorecessem a sociedade como um substantivas e adjetivas.
todo. Estaríamos nos enganando se achássemos que es-
tas lideranças empresariais aqui reunidas teriam motivação

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LÍNGUA PORTUGUESA

Orações Subordinadas Adverbiais - Temporais: Acrescentam uma circunstância de tem-


po ao que foi expresso na oração principal. Conjunções:
As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aque- quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois
las que exercem a função de adjunto adverbial da oração que, mal (=assim que).
principal (OP). São classificadas de acordo com a conjunção Ele saiu da sala / assim que eu cheguei.
subordinativa que as introduz: OP OSA Temporal

- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na Formiga, quando quer se perder, cria asas.
oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), “Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
pois que, visto que. esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)
Não fui à escola / porque fiquei doente.
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.”
OP OSA Causal
(Marquês de Maricá)
O tambor soa porque é oco. Enquanto foi rico, todos o procuravam.
Como não me atendessem, repreendi-os severamen-
te. - Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. foi enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de fim de que, porque (=para que), que.
Sousa) Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para OP OSA Final
a ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjun-
ções: se, contanto que, a menos que, a não ser que, desde “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
que. (Marquês de Maricá)
Irei à sua casa / se não chover. Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
OP OSA Condicional “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que
= para que)
Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos “Instara muito comigo não deixasse de freqüentar as
ofensores. recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
Se o conhecesses, não o condenarias. para que não deixasse)
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drum-
mond de Andrade)
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi
A cápsula do satélite será recuperada, caso a expe-
riência tenha êxito. enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que,
como (= porque), pois que, visto que.
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. OP OSA Consecutiva
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por
mais que, mesmo que. Fazia tanto frio que meus dedos estavam endureci-
Ela saiu à noite / embora estivesse doente. dos.
OP OSA Concessiva “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.”
(José J. Veiga)
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia
que ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. mais.
Embora não possuísse informações seguras, ainda As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
assim arriscou uma opinião. prolongar minha viagem.
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo
quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos cri- - Comparativas: Expressam ideia de comparação
tiquem. com referência à oração principal. Conjunções: como, as-
Por mais que gritasse, não me ouviram.
sim como, tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que
- Conformativas: Expressam a conformidade de um (combinado com menos ou mais).
fato com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), Ela é bonita / como a mãe.
segundo. OP OSA Comparativa
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.
OP OSA Conformativa A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o
ferro.” (Marquês de Maricá)
O homem age conforme pensa. Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vie-
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. ram.
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de in- Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu
formação. à luz daquele olhar.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: As orações comparativas nem sempre apresen- - depois de expressões na voz passiva, como sabe-se,
tam claramente o verbo, como no exemplo acima, em que conta-se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade.
está subentendido o verbo ser (como a mãe é). - depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e
- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relacio- seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos
na proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. participem da reunião.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que,
quanto mais, quanto menos. É necessário que você colabore. (= Sua colaboração
Quanto mais reclamava / menos atenção recebia. é necessária.)
OSA Proporcional OP Parece que a situação melhorou.
Aconteceu que não o encontrei em casa.
Importa que saibas isso bem.
À medida que se vive, mais se aprende.
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
- Oração Subordinada Substantiva Completiva No-
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
minal: É aquela que exerce a função de complemento
diminuindo.
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estou
convencido de sua inocência. (complemento nominal)
Orações Subordinadas Substantivas
Estou convencido / de que ele é inocente.
OP OSS Completiva Nominal
As orações subordinadas substantivas (OSS) são
aquelas que, num período, exercem funções sintáticas pró-
prias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à
conjunções integrantes que e se. Elas podem ser: prisão dele.)
Estava ansioso por que voltasses.
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: Sê grato a quem te ensina.
É aquela que exerce a função de objeto direto do verbo “Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão
da oração principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. cedo.” (Graciliano Ramos)
(objeto direto)
O grupo quer / que você ajude. - Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É
OP OSS Objetiva Direta aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da
oração principal, vindo sempre depois do verbo ser. Obser-
O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= ve: O importante é sua felicidade. (predicativo)
O mestre exigia a presença de todos.) O importante é / que você seja feliz.
Mariana esperou que o marido voltasse. OP OSS Predicativa
Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.
O fiscal verificou se tudo estava em ordem. Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.)
Minha esperança era que ele desistisse.
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indire- Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
ta: É aquela que exerce a função de objeto indireto do ver- Não sou quem você pensa.
bo da oração principal. Observe: Necessito de sua ajuda.
(objeto indireto) - Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É
Necessito / de que você me ajude. aquela que exerce a função de aposto de um termo da
OP OSS Objetiva Indireta oração principal. Observe: Ele tinha um sonho: a união de
todos em benefício do país. (aposto)
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho Ele tinha um sonho / que todos se unissem em bene-
à sua viagem.) fício do país.
Aconselha-o a que trabalhe mais. OP OSS Apositiva
Daremos o prêmio a quem o merecer.
Lembre-se de que a vida é breve. Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo
uma coisa: a sua felicidade)
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
aquela que exerce a função de sujeito do verbo da oração “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio
principal. Observe: É importante sua colaboração. (sujeito) disto: de que virias a morrer...” (Osmã Lins)
É importante / que você colabore. “Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum
OP OSS Subjetiva motivo oculto?” (Machado de Assis)

A oração subjetiva geralmente vem: As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de


- depois de um verbo de ligação + predicativo, em dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercala-
construções do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, das à oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho
etc. Ex.: É certo que ele voltará amanhã. recuperasse a saúde, tornou-se realidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observação: Além das conjunções integrantes que e se, - Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês.
as orações substantivas podem ser introduzidas por outros (infinitivo)
conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos: - Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)
Não sei quando ele chegou. - Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiá-
Diga-me como resolver esse problema. rio. (particípio)

Orações Subordinadas Adjetivas As orações subordinadas que apresentam o verbo


numa das formas nominais são chamadas de reduzidas.
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a Para classificar a oração que está sob a forma reduzida,
função de adjunto adnominal de algum termo da oração devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colo-
principal. Observe como podemos transformar um adjunto camos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao
adnominal em oração subordinada adjetiva: sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo
Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal) ou subjuntivo, conforme o caso. A oração reduzida terá a
Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada mesma classificação da oração desenvolvida.
adjetiva)
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
As orações subordinadas adjetivas são sempre introdu-
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de
zidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.)
e podem ser classificadas em: inglês.
OSA Temporal
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial
quando restringem ou especificam o sentido da palavra a temporal, reduzida de infinitivo.
que se referem. Exemplo:
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. Precisando de ajuda, telefone-me.
OP OSA Restritiva Se precisar de ajuda, / telefone-me.
OSA Condicional
Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar es- Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial
pecifica o sentido do substantivo cantor, indicando que o condicional, reduzida de gerúndio.
público não aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que
ganhou o 1º lugar. Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para
Pedra que rola não cria limo. o vestiário.
Os animais que se alimentam de carne chamam-se OSA Temporal
carnívoros. Acabado o treino: oração subordinada adverbial tem-
Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas pá- poral, reduzida de particípio.
ginas escreveram.
“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário Observações:
Mariano)
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicati- de desenvolvimento. Há casos também de orações reduzi-
vas quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a das fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
que se referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa
mas sem restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo: cidade.
O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou - O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem
um novo livro. orações reduzidas quando fazem parte de uma locução
OP OSA Explicativa OP verbal. Exemplos:
Preciso terminar este exercício.
Deus, que é nosso pai, nos salvará. Ele está jantando na sala.
Valério, que nasceu rico, acabou na miséria. Essa casa foi construída por meu pai.
Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho. - Uma oração coordenada também pode vir sob a for-
Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assal- ma reduzida. Exemplo:
tado. O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa.
Orações Reduzidas (oração coordenada sindética aditiva)
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida
Observe que as orações subordinadas eram sempre de gerúndio.
introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e
apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do Qual é a diferença entre as orações coordenadas ex-
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há plicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas
outras que se apresentam com o verbo numa das formas podem ser iniciadas por que e porque? Às vezes não é fá-
nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:

32
LÍNGUA PORTUGUESA

cil estabelecer a diferença entre explicativas e causais, mas 05. A palavra “se” é conjunção integrante (por introdu-
como o próprio nome indica, as causais sempre trazem a zir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual
causa de algo que se revela na oração principal, que traz o das orações seguintes?
efeito. a) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) en- b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
tre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas c) O aluno fez-se passar por doutor.
vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adver-
d) Precisa-se de operários.
bial causal. Essa noção de causa e efeito não existe no pe-
ríodo composto por coordenação. Exemplo: Rosa chorou e) Não sei se o vinho está bom.
porque levou uma surra. Está claro que a oração iniciada
pela conjunção é causal, visto que a surra foi sem dúvida 06. “Lembro-me de que ele só usava camisas bran-
a causa do choro, que é efeito. Rosa chorou, porque seus cas.” A oração sublinhada é:
olhos estão vermelhos. a) subordinada substantiva completiva nominal
O período agora é composto por coordenação, pois a b) subordinada substantiva objetiva indireta
oração iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo c) subordinada substantiva predicativa
que se revelou na coordena anterior. Não existe aí relação d) subordinada substantiva subjetiva
de causa e efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem ver- e) subordinada substantiva objetiva direta
melhos não é causa de ela ter chorado.

Ela fala / como falaria / se entendesse do assun- 07. Na passagem: “O receio é substituído pelo pavor,
to. pelo respeito, pela emoção que emudece e paralisa.” Os
OP OSA Comparativa SA Condicional termos sublinhados são:
a) complementos nominais; orações subordinadas ad-
Exercícios verbiais concessivas, coordenadas entre si
b) adjuntos adnominais; orações subordinadas adver-
01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que biais comparativas
estava para ser mãe”, a oração destacada é: c) agentes da passiva; orações subordinadas adjetivas,
a) subordinada substantiva objetiva indireta coordenadas entre si
b) subordinada substantiva completiva nominal d) objetos diretos; orações subordinadas adjetivas,
c) subordinada substantiva predicativa coordenadas entre si
d) coordenada sindética conclusiva e) objetos indiretos; orações subordinadas adverbiais
e) coordenada sindética explicativa
comparativas
02. A segunda oração do período? “Não sei no que
pensas” , é classificada como: 08. Neste período “não bate para cortar” , a oração
a) substantiva objetiva direta “para cortar” em relação a “não bate” , é:
b) substantiva completiva nominal a) a causa
c) adjetiva restritiva b) o modo
d) coordenada explicativa c) a consequência
e) substantiva objetiva indireta d) a explicação
e) a finalidade
03. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventa-
da. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido 09. Em todos os períodos há orações subordinadas
na realidade.” A oração sublinhada é: substantivas, exceto em:
a) adverbial conformativa a) O fato era que a escravatura do Santa Fé não andava
b) adjetiva
nas festas do Pilar, não vivia no coco como a do Santa Rosa.
c) adverbial consecutiva
b) Não lhe tocara no assunto, mas teve vontade de to-
d) adverbial proporcional
e) adverbial causal mar o trem e ir valer-se do presidente.
c) Um dia aquele Lula faria o mesmo com a sua filha,
04. No seguinte grupo de orações destacadas: faria o mesmo com o engenho que ele fundara com o suor
1. É bom que você venha. de seu rosto.
2. Chegados que fomos, entramos na escola. d) O oficial perguntou de onde vinha, e se não sabia
3. Não esqueças que é falível. notícias de Antônio Silvino.
e) Era difícil para o ladrão procurar os engenhos da vár-
Temos orações subordinadas, respectivamente: zea, ou meter-se para os lados de Goiana
a) objetiva direta, adverbial temporal, subjetiva
b) subjetiva, objetiva direta, objetiva direta 10. Em - “Há enganos que nos deleitam”, a oração gri-
c) objetiva direta, subjetiva, adverbial temporal fada é:
d) subjetiva, adverbial temporal, objetiva direta a) substantiva subjetiva
e) predicativa, objetiva direta, objetiva indireta b) substantiva objetiva direta

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LÍNGUA PORTUGUESA

c) substantiva completiva nominal Classificação dos Verbos


d) substantiva apositiva Classificam-se em:
e) adjetiva restritiva - Regulares: são aqueles que possuem as desinências nor-
mais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações
Respostas: (01-B) (02-E) (03-A) (04-D) (05-E) (06-B) no radical: canto cantei cantarei cantava cantasse.
(07-C) (08-E) (09-C) (10-E) - Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações
no radical ou nas desinências: faço fiz farei fizesse.
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pes-
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. soais:
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normal-
mente, são usados na terceira pessoa do singular. Os principais
verbos impessoais são:
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, nú- ** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se
mero, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros proces- ou fazer (em orações temporais).
sos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); ocorrência Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
(nascer); desejo (querer). Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
seus possíveis significados. Observe que palavras como cor- Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
rida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de
alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, ** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem. Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci.
Estrutura das Formas Verbais Estava frio naquele dia.
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apre-
sentar os seguintes elementos: ** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significado são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal-hu-
fal-) morado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado.
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado,
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r deixa de ser impessoal para ser pessoal.
São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar), 2ª Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
- Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I - (partir). Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
- Desinência modo-temporal: é o elemento que designa Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: ** São impessoais, ainda:
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tem-
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) po: Já passa das seis.
- Desinência número-pessoal: é o elemento que designa 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de,
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
plural): 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem,
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos,
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados então, pessoais.
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de
a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de “ser possível”. Por exemplo:
haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas Não deu para chegar mais cedo.
do verbo: põe, pões, põem, etc. Dá para me arrumar uns trocados?

Formas Rizotônicas e Arrizotônicas * Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos A fruta amadureceu.
com facilidade que nas formas rizotônicas o acento tônico cai As frutas amadureceram.
no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como ver-
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas bos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu
sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos. bastante.

Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes


de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, cacare-
jar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo

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LÍNGUA PORTUGUESA

Os principais verbos unipessoais são:


1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.):
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.

* Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que prova-
velmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.

- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais
repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da
informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.

- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma ocor-
rer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio
irregular). Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Anexar Anexado Anexo


Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Imprimir Imprimido Impresso


Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais, ides, fui,
foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar as moscas.


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo


Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito
sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo


Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

36
LÍNGUA PORTUGUESA

ESTAR - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pes-
soa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido
do verbo (reflexivos essenciais). Veja:

37
LÍNGUA PORTUGUESA

- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com Formas Nominais


os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abs-
ter-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender- Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas
se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Ob-
de ter estado lá. serve:
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) - Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de
tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de subs-
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do tantivo. Por exemplo:
verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula inte- Viver é lutar. (= vida é luta)
grante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia
reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo. O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (for-
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e res- ma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
pectivos pronomes): É preciso ler este livro.
Eu me arrependo Era preciso ter lido este livro.
Tu te arrependes
Ele se arrepende - Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pes-
Nós nos arrependemos soas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta
Vós vos arrependeis desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas de-
Eles se arrependem mais, flexiona-se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre- 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indi- colocação.
retos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se - Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou
penteava. advérbio. Por exemplo:
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advér-
exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: bio)
Maria penteou-me.
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de adje-
tivo)
Observações:
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em cur-
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
so; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
sintática.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronomi-
nais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os prono-
- Particípio: quando não é empregado na formação dos
mes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito,
tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
exercem funções sintáticas. Por exemplo:
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto
grau. Por exemplo:
direto) - 1ª pessoa do singular
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Modos Verbais Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhu-
ma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três para representar a escola.
modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sempre Tempos Verbais
estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez Tomando-se como referência o momento em que se fala,
eu estude amanhã. a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda agora, Veja:
menino. 1. Tempos do Indicativo
- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.

38
LÍNGUA PORTUGUESA

- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente termi-
nado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele estudou
as lições ontem à noite.
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha estudado as lições
quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples).
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele estudará
as lições amanhã.
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se eu tivesse di-
nheiro, viajaria nas férias.

2. Tempos do Subjuntivo
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogo.

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo:
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier à loja,
levará as encomendas.

Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
levará as encomendas.

Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal (1ª/2ª e 3ª conj.) Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

39
LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Imperfeito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do indicativo
pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obten-
do-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número e pessoa
correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

40
LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se,
assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa corres-
pondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do
plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo

Eu canto --- Que eu cante


Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

Observações:

- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido ou
conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

41
LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Verbo A) puder.


B) poderia.
01. (Agente Polícia Vunesp 2013) Considere o trecho a se- C) pôde.
guir. D) poderá.
É comum que objetos ___________ esquecidos em locais públi- E) pudesse.
cos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pessoas
_____________ a atenção voltada para seus pertences, conservan- 06. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alternativa em
do-os junto ao corpo. que todos os verbos estão empregados de acordo com a nor-
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva- ma-padrão.
mente, as lacunas do texto. (A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da im-
(A) sejam … mantesse pressão definitiva.
(B) sejam … mantivessem (B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em si-
(C) sejam … mantém lêncio.
(D) seja … mantivessem (C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a trabalhar
no feriado.
(E) seja … mantêm
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a requera a
02. (Escrevente TJ SP Vunesp 2012-adap.) Na frase –… os
seu superior.
níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas
sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque 07. (Papiloscopista Policial Vunesp 2013-adap.) Assinale a
expressa ação alternativa que substitui, corretamente e sem alterar o sentido
(A) concluída. da frase, a expressão destacada em – Se a criança se perder,
(B) atemporal. quem encontrá-la verá na pulseira instruções para que envie
(C) contínua. uma mensagem eletrônica ao grupo ou acione o código na
(D) hipotética. internet.
(E) futura. (A) Caso a criança se havia perdido…
(B) Caso a criança perdeu…
03. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013-adap.) Sem querer es- (C) Caso a criança se perca…
tereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas in- (D) Caso a criança estivera perdida…
terações sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta (E) Caso a criança se perda…
“débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de 08. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013-adap.).
(A) considerar ao acaso, sem premeditação. Assinale a alternativa em que o verbo destacado está no tempo
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela. futuro.
(C) adotar como referência de qualidade. A) Os consumidores são assediados pelo marketing …
(D) julgar de acordo com normas legais. B) … somente eles podem decidir se irão ou não comprar.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessida-
des”…
04. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alternativa D) … de onde vem o produto…?
contendo a frase do texto na qual a expressão verbal destacada E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas…
exprime possibilidade.
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema 09. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a
alternativa em que a concordância das formas verbais desta-
capaz de disponibilizar um grande número de obras literárias...
cadas se dá em conformidade com a norma-padrão da língua.
(B) Funcionando como um imenso sistema de informação
(A) Chegou, para ajudar a família, vários amigos e vizinhos.
e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo
(B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter
virtual. acontecido com a criança.
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por asso- (C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já esta-
ciação, e não mais por sequências fixas previamente estabele- vam preocupados.
cidas. (D) Era duas horas da tarde, quando a criança foi encon-
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse concei- trada.
to está ligado a uma nova concepção de textualidade... (E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a crian-
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar ça se perdeu mesmo assim.
toda a literatura do mundo...
10. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP
05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO SOL- – 2013-adap.). Leia as frases a seguir.
DADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O cresci- I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira
mento econômico, se associado à ampliação do emprego, PODE no animal.
melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”, se passarmos II. Existiam muitos ferimentos no boi.
o verbo destacado para o futuro do pretérito do indicativo, te- III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida mo-
remos a forma: vimentada.

42
LÍNGUA PORTUGUESA

Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este 9-)


pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente: (A) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos e vizi-
A) Existia – Haviam – Existiam nhos.
B) Existiam – Havia – Existiam (B) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter acon-
C) Existiam – Haviam – Existiam tecido com a criança.
D) Existiam – Havia – Existia (D) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi encon-
E) Existia – Havia – Existia trada.
(E) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a
GABARITO criança se perdeu mesmo assim.
01. B 02. C 03. E 04. B 05. B
06. A 07. C 08. B 09. C 10. D 10-) I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de
madeira no animal.
RESOLUÇÃO II. Existiam muitos ferimentos no boi.
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida mo-
1-) É comum que objetos sejam esquecidos em locais vimentada.
públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as Haver – sentido de existir= invariável, impessoal;
pessoas mantivessem a atenção voltada para seus pertences, existir = variável. Portanto, temos:
conservando-os junto ao corpo. I – Existiam onze pessoas...
II – Havia muitos ferimentos...
III – Existia muita gente...
2-) os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando
quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em des-
Verbos irregulares são verbos que sofrem alterações em
taque expressa ação contínua (= não concluída) seu radical ou em suas desinências, afastando-se do modelo
a que pertencem.
3-) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata- No português, para verificar se um verbo sofre alterações,
se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, basta conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito do indica-
diante da pergunta “débito ou crédito?”. tivo. Ex: faço – fiz, trago – trouxe, posso - pude.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de classi- Não é considerada irregularidade a alteração gráfica do
ficar segundo ideias preconcebidas. radical de certos verbos para conservação da regularidade fô-
nica. Ex: embarcar – embarco, fingir – finjo.
4-) (B) Funcionando como um imenso sistema de infor-
mação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme Exemplo de conjugação do verbo “dar” no presente do
arquivo virtual. = verbo no futuro do pretérito indicativo:
Eu dou
5-) Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do Tu dás
Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós podería- Ele dá
mos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é cres- Nós damos
cimento econômico (singular), portanto, terceira pessoa do Vós dais
singular (ele) = poderia. Eles dão

6-) Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se do


(B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em original “dar” durante a conjugação, sendo considerado verbo
silêncio. irregular.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a traba- Exemplo: Conjugação do verbo valer:
lhar no feriado.
(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga... Modo Indicativo
Presente
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a requeira
eu valho
a seu superior.
tu vales
ele vale
7-) Caso a criança se perca…(perda = substantivo: Houve nós valemos
uma grande perda salarial...) vós valeis
eles valem
8-)
A) Os consumidores são assediados pelo marketing = pre- Pretérito Perfeito do Indicativo
sente eu vali
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessida- tu valeste
des”… = pretérito do Subjuntivo ele valeu
D) … de onde vem o produto…? = presente nós valemos
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = pre- vós valestes
térito perfeito eles valeram

43
LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Imperfeito do Indicativo Futuro do Subjuntivo


eu valia quando eu valer
tu valias quando tu valeres
ele valia quando ele valer
nós valíamos quando nós valermos
vós valíeis quando vós valerdes
eles valiam quando eles valerem

Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo Imperativo


eu valera Imperativo Afirmativo
tu valeras --
ele valera vale tu
nós valêramos valha ele
vós valêreis valhamos nós
eles valeram valei vós
valham eles
Futuro do Presente do Indicativo
eu valerei Imperativo Negativo
tu valerás --
ele valerá não valhas tu
nós valeremos não valha ele
vós valereis não valhamos nós
eles valerão não valhais vós
não valham eles
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu valeria Infinitivo
tu valerias Infinitivo Pessoal
ele valeria por valer eu
nós valeríamos por valeres tu
vós valeríeis por valer ele
eles valeriam por valermos nós
por valerdes vós
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo por valerem eles
eu tinha valido
tu tinhas valido Infinitivo Impessoal = valer
ele tinha valido Particípio = Valido
nós tínhamos valido
vós tínheis valido Acompanhe abaixo uma lista com os principais verbos ir-
eles tinham valido regulares:
Dizer
Gerúndio do verbo valer = valendo Presente do indicativo: Digo, dizes, diz, dizemos, dizeis,
dizem.
Modo Subjuntivo
Presente Pretérito perfeito do indicativo: Disse, disseste, disse, dis-
que eu valha semos, dissestes, disseram.
que tu valhas
que ele valha Futuro do presente do indicativo: Direi, dirás, dirá, dire-
que nós valhamos mos, direis, dirão.
que vós valhais
que eles valham Fazer
Presente do indicativo: Faço, fazes, faz, fazemos, fazeis,
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo fazem.
se eu valesse
se tu valesses Pretérito perfeito do indicativo: Fiz, fizeste, fez, fizemos,
se ele valesse fizestes, fizeram.
se nós valêssemos
se vós valêsseis Futuro do presente do indicativo: Farei, farás, fará, fare-
se eles valessem mos, fareis, farão.

44
LÍNGUA PORTUGUESA

Ir - Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e


Presente do indicativo: Vou, vais, vai, vamos, ides, vão. paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:
O menino feriu-se.
Pretérito perfeito do indicativo: Fui, foste, foi, fomos, fos-
tes, foram. Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a
noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Futuro do presente do indicativo: Irei, irás, irá, iremos,
ireis, irão. Formação da Voz Passiva
Futuro do subjuntivo: For, fores, for, formos, fordes, forem.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analí-
Querer tico e sintético.
Presente do indicativo: Quero, queres, quer, queremos,
1- Voz Passiva Analítica
quereis, querem.
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do
verbo principal. Por exemplo:
Pretérito perfeito do indicativo: Quis, quiseste, quis, qui-
A escola será pintada.
semos, quisestes, quiseram. O trabalho é feito por ele.
Presente do subjuntivo: Queira, queiras, queira, queira- Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da
mos, queirais, queiram. preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposi-
ção de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
Ver - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja
Presente do indicativo: Vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem. explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER),
Pretérito perfeito do indicativo: Vi, viste, viu, vimos, vis- pois o particípio é invariável. Observe a transformação das fra-
tes, viram. ses seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
Futuro do presente do indicativo:Verei, verás, verá, vere- O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
mos, vereis, verão.
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
Futuro do subjuntivo: Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)

Vir c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)


Presente do indicativo: Venho, vens, vem, vimos, vindes, O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
vêm.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o
Pretérito perfeito do indicativo: Vim, vieste, veio, viemos, mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Obser-
viestes, vieram. ve a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
Futuro do presente do indicativo: Virei, virás, virá, vire- As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
mos, vireis, virão.
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva ana-
lítica com outros verbos que podem eventualmente funcio-
Futuro do subjuntivo: Vier, vieres, vier, viermos, vierdes,
nar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou marcada pela
vierem. doença.
Vozes do Verbo 2- Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por
indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. exemplo:
São três as vozes verbais: Abriram-se as inscrições para o concurso.
- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação Destruiu-se o velho prédio da escola.
expressa pelo verbo. Por exemplo: Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva
Ele fez o trabalho. sintética.
sujeito agente ação objeto (paciente)
Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz latina
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com
expressa pelo verbo. Por exemplo: o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado
O trabalho foi feito por ele. de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida
sujeito paciente ação agente da passiva pelo sujeito. Na voz passiva temos dois elementos que nem
sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.

45
LÍNGUA PORTUGUESA

Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva 02. (FCC-COPERGÁS – Auxiliar Técnico Administrativo -
2011) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. Trans-
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substan- pondo- -se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
cialmente o sentido da frase. resultante será:
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa) (A) era abatido. (B) fora abatido.
Sujeito da Ativa objeto Direto (C) abatera-se. (D) foi abatido.
(E) tinha abatido
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
Sujeito da Passiva Agente da Passiva 03. (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o ... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo como tais.
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Ob- Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passará
serve mais exemplos: a ser, corretamente,
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. (A) perceba.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos (B) foi percebido.
mestres. (C) tenham percebido.
- Eu o acompanharei. (D) devam perceber.
Ele será acompanhado por mim. (E) estava percebendo.

Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não 04. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM ESPE-
haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: Prejudi- CIALIDADE – FCC/2012) As ruas estavam ocupadas pela mul-
caram-me. / Fui prejudicado. tidão...
A forma verbal resultante da transposição da frase acima
Saiba que: para a voz ativa é:
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexi- (A) ocupava-se.
vos, são chamados neutros. (B) ocupavam.
O vinho é bom. (C) ocupou.
Aqui chove muito. (D) ocupa.
(E) ocupava.
- Há formas passivas com sentido ativo:
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) 05. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) A
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) frase que NÃO admite transposição para a voz passiva está em:
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) (A) Quando Rodolfo surgiu...
(B) ... adquiriu as impressoras...
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo: (C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa.
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) (D) ... acolheu-o como patrono.
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) (E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do Recife ...

- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido ci- 06. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) O
rúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito engajamento moral e político não chegou a constituir um deslo-
é paciente. camento da atenção intelectual de Said ...
Chamo-me Luís. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma
Batizei-me na Igreja do Carmo. verbal resultante é:
Operou-se de hérnia. a) se constituiu.
Vacinaram-se contra a gripe. b) chegou a ser constituído.
c) teria chegado a constituir.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ d) chega a se constituir.
morf54.php e) chegaria a ser constituído.

Questões sobre Vozes dos Verbos 07. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CI-
VIL – FCC/2014 - ADAPTADA) ...’sertanejo’ indicava indistinta-
01. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINIS- mente as músicas produzidas no interior do país...
TRAÇÃO – AOCP/2010) Em “Os dados foram divulgados ontem Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma
pelo Instituto Sou da Paz.”, a expressão destacada é verbal resultante será:
(A) adjunto adnominal. (A) vinham indicadas.
(B) sujeito paciente. (B) era indicado.
(C) objeto indireto. (C) eram indicadas.
(D) complemento nominal. (D) tinha indicado.
(E) agente da passiva. (E) foi indicada.

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LÍNGUA PORTUGUESA

08. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PRO- 6-) O engajamento moral e político não chegou a constituir
CON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012 - adaptada) um deslocamento da atenção intelectual de Said = dois verbos
Um exemplo de construção na voz passiva está em: na voz ativa, mas com presença de preposição e, um deles, no
(A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” infinitivo, então o verbo auxiliar “ser” ficará no infinitivo (na voz
(B) “o consumidor pode solicitar a devolução do dinheiro” passiva) e o verbo principal (constituir) ficará no particípio: Um
(C) “enviar o brinquedo por sedex” deslocamento da atenção intelectual de Said não chegou a ser
(D) “A empresa também é obrigada pelo Código de Defesa constituído pelo engajamento...
do Consumidor”
(E) “A empresa fez campanha para recolher” 7-)’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzi-
das no interior do país.
09. (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010) Trans- As músicas produzidas no país eram indicadas pelo serta-
pondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde vim a nejo, indistintamente.
entender a tradução completa, a forma verbal resultante será:
(A) veio a ser entendida.
(B) teria entendido. 8-)
(C) fora entendida. (A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” = voz ativa
(D) terá sido entendida. (B) “o consumidor pode solicitar a devolução do dinheiro”
(E) tê-la-ia entendido. = voz ativa
(C) “enviar o brinquedo por sedex” = voz ativa
10. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL (D) “A empresa também é obrigada pelo Código de Defesa
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011 - ADAPTADA) do Consumidor” = voz passiva
... ele empreende, de maneira quase clandestina, a série Mu- (E) “A empresa fez campanha para recolher” = voz ativa
lheres.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma 9-)Mais tarde vim a entender a tradução completa...
verbal resultante será: A tradução completa veio a ser entendida por mim.
(A) foi empreendida. 10-) ele empreende, de maneira quase clandestina, a série
(B) são empreendidos. Mulheres.
(C) foi empreendido. A série de mulheres é empreendida por ele, de maneira
(D) é empreendida. quase clandestina.
(E) são empreendidas.

GABARITO
PONTUAÇÃO.
01. E 02. D 03. A 04. E 05. A
06. B 07. C 08. D 09. A 10. D

RESOLUÇÃO Os sinais de pontuação são marcações gráficas que ser-


vem para compor a coesão e a coerência textual, além de res-
1-) No enunciado temos uma oração com a voz passiva do saltar especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as
verbo. Transformando-a em ativa, teremos: “O Instituto Sou da principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo
Paz divulgou dados”. Nessa, “Instituto Sou da Paz” funciona uso da língua portuguesa.
como sujeito da oração, ou seja, na passiva sua função é a de
agente da passiva. O sujeito paciente é “os dados”. Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
2-) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. = Ele - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
foi abatido... se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
3-) ... valores e princípios que sejam percebidos pela socie- - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
dade como tais = dois verbos na voz passiva, então teremos
um na ativa: que a sociedade perceba os valores e princípios... 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.

4-) As ruas estavam ocupadas pela multidão = dois verbos Ponto e Vírgula ( ; )
na passiva, um verbo na ativa: 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma im-
A multidão ocupava as ruas. portância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
5-) a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de
B = as impressoras foram adquiridas... nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
C = família numerosa é sustentada...
D – foi acolhido como patrono... 2- Separa partes de frases que já estão separadas por vír-
E – a primeira grande folhetaria do Recife foi montada... gulas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, montanhas, - entre o verbo e seus objetos.
frio e cobertor. O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
V.T.D.I. O.D. O.I.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos,
decreto de lei, etc. Usa-se a vírgula:
- Ir ao supermercado; - Para marcar intercalação:
- Pegar as crianças na escola; a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundân-
- Caminhada na praia; cia, vem caindo de preço.
- Reunião com amigos. b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão pro-
duzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
Dois pontos c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias
1- Antes de uma citação não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem
abrir mão dos lucros altos.
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
- Para marcar inversão:
2- Antes de um aposto
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): De-
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tar- pois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
de e calor à noite. b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pes-
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento quisadores, não lhes destinaram verba alguma.
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
rotina de sempre. de 1982.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos
4- Em frases de estilo direto em enumeração):
Maria perguntou: Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
- Por que você não toma uma decisão? A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
Ponto de Exclamação - Para marcar elipse (omissão) do verbo:
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
súplica, etc. - Para isolar:
- Sim! Claro que eu quero me casar com você! - o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira,
2- Depois de interjeições ou vocativos possui um trânsito caótico.
- Ai! Que susto! - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
- João! Há quanto tempo!
Fontes: http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
Ponto de Interrogação http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula.htm
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo) Questões sobre Pontuação

Reticências 01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alternativa


1- Indica que palavras foram suprimidas. em que a pontuação está corretamente empregada, de acordo
- Comprei lápis, canetas, cadernos... com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embo-
2- Indica interrupção violenta da frase. ra, experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, pro-
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” curou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida (B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embo-
- Este mal... pega doutor? ra experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, pro-
curou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
- Deixa, depois, o coração falar... (C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embo-
ra experimentasse a sensação de violar uma intimidade, pro-
Vírgula curou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
Não se usa vírgula (D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, em-
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam- bora experimentasse a sensação de violar uma intimidade,
se diretamente entre si: procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo
- entre sujeito e predicado. que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
Todos os alunos da sala foram advertidos. (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embo-
Sujeito predicado ra, experimentasse a sensação de violar uma intimidade, pro-
curou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.

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LÍNGUA PORTUGUESA

02. (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013 - ADAPTA- centros de descarte de garrafas PET(D) destinadas depois para
DA) Jogadores de futebol de diversos times entraram em campo reciclagem(E) o programa possibilitará o retorno das bicicletas
em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do Campeonato pela saúde das crianças e transformação das comunidades em
Nacional em apoio à campanha que visa 4 reduzir o número lugares melhores para se viver.
de pessoas que não possuem o nome do pai em sua certidão de (Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
nascimento. (...) a) A
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai b) B
em sua certidão de nascimento” não é antecedida por vírgula c) C
porque tem natureza restritiva. d) D
( ) Certo ( ) Errado e) E

03.(BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BNDES/2012) 07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – VU-
Em que período a vírgula pode ser retirada, mantendo-se o NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da
sentido e a obediência à norma-padrão? pontuação.
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas cir-
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes? cunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada.
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepa- (B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, porque
ra para o evento. você está junto; com os outros motoristas cujos comporta-
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimora- mentos, são desconhecidos.
mento do desportista. (C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem ser
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: uma extensão de nossa personalidade.
judô, natação e canoagem. (D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; aumentar
os níveis de estresse em alguns motoristas.
04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012) As- (E) Os congestionamentos e o número de motoristas na
sinale a alternativa em que a pontuação está correta. rua, são as principais causas da ira de trânsito.
a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem!
b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da transação. 08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
c) Maria, você trouxe os documentos? – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FUMARC/2013)
d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema. “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo econômico e a
e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimenta- nossa geração foi escolhida para este vexame, você aí desse ta-
ção estranha. manho pedindo esmola e eu aqui sem nada para te dizer, agora
afasta que abriu o sinal.”
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). As- No período acima, as vírgulas foram empregadas em “Pa-
sinale a alternativa em que a frase mantém-se correta após o ciência, minha filha, este é [...]”, para separar
acréscimo das vírgulas. (A) aposto.
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pul- (B) vocativo.
seira instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao (C) adjunto adverbial.
grupo ou acione o código na internet. (D) expressão explicativa.
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o
código foi acionado. 09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O período
recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a corretamente pontuado é:
criança foi encontrada. (A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência em
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega pri- condições hostis nem sempre conseguem agradar, aos espec-
meiro às, areias do Guarujá. tadores.
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre
de quem a encontrou e informar um ponto de referência si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história
ficcional.
06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013) Para (C) A história de heroísmo e de determinação que nem
que o fragmento abaixo seja coerente e gramaticalmente cor- sempre, é convincente, se passa em um cenário marcado, pelo
reto, é necessário inserir sinais de pontuação. Assinale a po- frio.
sição em que não deve ser usado o sinal de ponto, e sim a (D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr ris-
vírgula, para que sejam respeitadas as regras gramaticais. Des- cos iminentes que comprometem, a sobrevivência.
considere os ajustes nas letras iniciais minúsculas. (E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a liber-
O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de dade, nada poderia parecer, realmente intransponível.
bambu para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A) o pro-
grama desenvolve ainda oficinas e cursos para as crianças utili- GABARITO
zarem a bicicleta de forma segura e correta(B) os alunos ajudam
a traçar ciclorrotas e participam de atividades sobre cidadania 01. C 02. C 03. D 04. C 05. E
e reciclagem(C) as escolas participantes se tornam também 06. D 07. A 08. B 09.B

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LÍNGUA PORTUGUESA

RESOLUÇÃO (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados


, (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem dizendo
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas que a criança foi encontrada.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, em- (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) chega
bora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma intimi- primeiro às , (X) areias do Guarujá.
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. 6-)
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa e, O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de
embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma intimi- bambu para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A). O
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar programa desenvolve ainda oficinas e cursos para as crianças
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. utilizarem a bicicleta de forma segura e correta(B). Os alunos
ajudam a traçar ciclorrotas e participam de atividades sobre
(D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa e,
cidadania e reciclagem(C). As escolas participantes se tornam
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade,
também centros de descarte de garrafas PET(D), destinadas de-
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar pois para reciclagem(E). O programa possibilitará o retorno das
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. bicicletas pela saúde das crianças e transformação das comuni-
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embo- dades em lugares melhores para se viver.
ra , (X) experimentasse a sensação de violar uma intimidade, A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posição
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar (D), pois antecipa um termo explicativo.
algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas:
2-) A oração restringe o grupo que participará da campa- (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas cir-
nha (apenas os que não têm o nome do pai na certidão de cunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada.
nascimento). Se colocarmos uma vírgula, a oração tornar-se-á (B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse, por-
“explicativa”, generalizando a informação, o que dará a enten- que você está junto; (X) com os outros motoristas cujos com-
der que TODAS as pessoa não têm o nome do pai na certidão. portamentos, (X) são desconhecidos.
RESPOSTA: “CERTO”. (C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros po-
dem ser uma extensão de nossa personalidade.
3-) (D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X) au-
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. mentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
(E) Os congestionamentos e o número de motoristas na
= mantê-la (termo deslocado)
rua, (X) são as principais causas da ira de trânsito.
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes?
8-) Paciência, minha filha, este é... = é o termo usado para
= mantê-la (vocativo) se dirigir ao interlocutor, ou seja, é um vocativo.
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara
para o evento. 9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão inade-
= mantê-la (explicação) quadas ou faltantes:
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimora- (A) Os filmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência
mento do desportista. em condições hostis nem sempre conseguem agradar, (X) aos
= pode retirá-la (advérbio de tempo) espectadores.
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre
natação e canoagem. si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história
= mantê-la (enumeração) ficcional.
(C) A história de heroísmo e de determinação (X) que nem
sempre, (X) é convincente, se passa em um cenário marcado,
4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou faltante: (X) pelo frio.
a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem! (D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é correr
b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da transa- riscos iminentes (X) que comprometem, (X) a sobrevivência.
ção. (E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar a
c) Maria, você trouxe os documentos? liberdade, nada poderia parecer, (X) realmente intransponível.
d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema.
e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma movi-
mentação estranha.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS.
5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inadequa-
das
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá na Estudar a estrutura é conhecer os elementos formado-
pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem eletrô- res das palavras. Assim, compreendemos melhor o signifi-
cado de cada uma delas. As palavras podem ser divididas
nica ao grupo ou acione o código na internet.
em unidades menores, a que damos o nome de elementos
(B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os pais de
mórficos ou morfemas.
onde o código foi acionado.

50
LÍNGUA PORTUGUESA

Vamos analisar a palavra “cachorrinhas”. Nessa palavra Desinências: são os elementos terminais indicativos
observamos facilmente a existência de quatro elementos. das flexões das palavras. Existem dois tipos:
São eles: - Desinências Nominais: indicam as flexões de gêne-
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, ro (masculino e feminino) e de número (singular e plural)
aquele que contém o significado. dos nomes. Exemplos: aluno-o / aluno-s; alun-a / aluna-s.
inh - indica que a palavra é um diminutivo Só podemos falar em desinências nominais de gêne-
a - indica que a palavra é feminina ros e de números em palavras que admitem tais flexões,
s - indica que a palavra se encontra no plural como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo,
telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo.
de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência
Existem palavras que não comportam divisão em unidades
nominal de número.
menores, tais como: mar, sol, lua, etc. São elementos mór-
ficos:
- Raiz, Radical, Tema: elementos básicos e significa- - Desinências Verbais: indicam as flexões de número
tivos e pessoa e de modo e tempo dos verbos. A desinência
- Afixos (Prefixos, Sufixos), Desinência, Vogal Te- “-o”, presente em “am-o”, é uma desinência número pes-
mática: elementos modificadores da significação dos pri- soal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do
meiros singular; “-va”, de “ama-va”, é desinência modo-temporal:
- Vogal de Ligação, Consoante de Ligação: elemen- caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do in-
tos de ligação ou eufônicos. dicativo, na 1ª conjugação.

Raiz: É o elemento originário e irredutível em que se Vogal Temática: é a vogal que se junta ao radical, pre-
concentra a significação das palavras, consideradas do ân- parando-o para receber as desinências. Nos verbos, distin-
gulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum guem-se três vogais temáticas:
às palavras da mesma família etimológica. Exemplo: Raiz - Caracteriza os verbos da 1ª conjugação: buscar, bus-
noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral cavas, etc.
de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, - Caracteriza os verbos da 2ª conjugação: romper, rom-
as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo,
pemos, etc.
etc.
- Caracteriza os verbos da 3ª conjugação: proibir, proi-
birá, etc.
Uma raiz pode sofrer alterações: at-o; at-or; at-ivo; aç
-ão; ac-ionar;
Tema: é o grupo formado pelo radical mais vogal te-
Radical: mática. Nos verbos citados acima, os temas são: busca-,
rompe-, proibi-
Observe o seguinte grupo de palavras: livr-o; livr-inho;
livr-eiro; livr-eco. Você reparou que há um elemento co- Vogais e Consoantes de Ligação: As vogais e con-
mum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr serve soantes de ligação são morfemas que surgem por motivos
de base para o significado? Esse elemento é chamado de eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a
radical (ou semantema). Elemento básico e significativo das pronúncia de uma determinada palavra. Exemplos: pari-
palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. siense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i); gas
É encontrado através do despojo dos elementos secundá- -ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira,
rios (quando houver) da palavra. Exemplo: cert-o; cert-eza; cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc.
in-cert-eza.
Formação das Palavras: existem dois processos bá-
Afixos: são elementos secundários (geralmente sem sicos pelos quais se formam as palavras: a Derivação e a
vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para Composição. A diferença entre ambos consiste basica-
formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do mente em que, no processo de derivação, partimos sempre
morfema “-mente”, por exemplo, cria uma nova palavra a de um único radical, enquanto no processo de composição
partir de “certo”: certamente, advérbio de modo. De ma- sempre haverá mais de um radical.
neira semelhante, o acréscimo dos morfemas “a-” e “-ar”
à forma “cert-” cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar Derivação: é o processo pelo qual se obtém uma pa-
são morfemas capazes de operar mudança de classe gra- lavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente,
matical na palavra a que são anexados. chamada primitiva. Exemplo: Mar (marítimo, marinheiro,
Quando são colocados antes do radical, como aconte- marujo); terra (enterrar, terreiro, aterrar). Observamos que
ce com “a-”, os afixos recebem o nome de prefixos. Quan- «mar» e «terra» não se formam de nenhuma outra palavra,
do, como “-ar”, surgem depois do radical, os afixos são mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por
chamados de sufixos. Exemplo: in-at-ivo; em-pobr-ecer; meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e
inter-nacion-al. terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. 

51
LÍNGUA PORTUGUESA

Tipos de Derivação Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo in-


dicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não
- Derivação Prefixal ou Prefixação: resulta do acrés- ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto.
cimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significa- Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao
do alterado: crer- descrer; ler- reler; capaz- incapaz. verbo ancorar.
- Derivação Sufixal ou Sufixação: resulta de acrésci-
mo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração Por derivação regressiva, formam-se basicamente
de significado ou mudança de classe gramatical: alfabetiza- substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome
ção. No exemplo, o sufixo -ção transforma em substantivo de substantivos deverbais. Note que na linguagem popu-
o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do subs- lar, são frequentes os exemplos de palavras formadas por
tantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar. derivação regressiva. o portuga (de português); o boteco
A derivação sufixal pode ser: (de botequim); o comuna (de comunista); agito (de agitar);
Nominal, formando substantivos e adjetivos: papel – amasso (de amassar); chego (de chegar)
papelaria; riso – risonho. O processo normal é criar um verbo a partir de um
Verbal, formando verbos: atual - atualizar. substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em
Adverbial, formando advérbios de modo: feliz – feliz- sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.
mente.
- Derivação Imprópria: A derivação imprópria ocorre
- Derivação Parassintética ou Parassíntese: Ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acrésci-
quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâ- mo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical.
neo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da Neste processo:
parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) Os adjetivos passam a substantivos: Os bons serão
e verbos. Considere o adjetivo “triste”. Do radical “trist-” contemplados.
formamos o verbo entristecer através da junção simultâ- Os particípios passam a substantivos ou adjetivos:
nea do prefixo  “en-” e do sufixo “-ecer”. A presença de Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma Os infinitivos passam a substantivos: O andar de Ro-
nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras berta era fascinante; O badalar dos sinos soou na cidade-
“entriste”, nem “tristecer”. Exemplos: zinha.
emudecer Os substantivos passam a adjetivos: O funcionário fan-
mudo – palavra inicial tasma foi despedido; O menino prodígio resolveu o pro-
e – prefixo blema.
mud – radical Os adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que
ecer – sufixo ninguém escutasse.
Palavras invariáveis passam a substantivos: Não enten-
desalmado do o porquê disso tudo.
alma – palavra inicial Substantivos próprios tornam-se comuns: Aquele
des – prefixo coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)
alm – radical
ado – sufixo Os processos de derivação vistos anteriormente fazem
parte da Morfologia porque implicam alterações na forma
Não devemos confundir derivação parassintética, em das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basica-
que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente mente com seu significado, o que acaba caracterizando um
simultâneo, com casos como os das palavras desvaloriza- processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo
ção e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acopla- pelo qual é denominada “imprópria”.
dos em sequência: desvalorização provém de desvalorizar,
que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor. Composição: é o processo que forma palavras com-
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por postas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem
parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de dois tipos:
“propriar” ou de “expróprio”, pois tais palavras não exis-
tem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo - Composição por Justaposição: ao juntarmos duas
acréscimo concomitante de prefixo e sufixo. ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética:
- Derivação Regressiva: ocorre derivação regressiva passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor. Em «giras-
quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas sol» houve uma alteração na grafia (acréscimo de um «s»)
por redução: comprar (verbo), compra (substantivo); beijar justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.
(verbo), beijo (substantivo).
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um ver- - Composição por Aglutinação: ao unirmos dois ou
bo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou
orientação: mais de seus elementos fonéticos: embora (em boa hora);
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, fidalgo (filho de algo - referindo-se a família nobre); hi-
e o verbo palavra primitiva. drelétrico (hidro + elétrico); planalto (plano alto). Ao agluti-
- Se o nome denota algum objeto ou substância, veri- narem-se, os componentes subordinam-se a um só acento
fica-se o contrário. tônico, o do último componente.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Redução: algumas palavras apresentam, ao lado de hemi-: metade, meio: hemisfério, hemistíquio, hemi-
sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por plégico.
automóvel; cine - por cinema; micro - por microcomputa- hiper-: posição superior, excesso: hipertensão, hipér-
dor; Zé - por José. Como exemplo de redução ou simpli- bole, hipertrofia.
ficação de palavras, podem ser citadas também as siglas, hipo-: posição inferior, escassez: hipocrisia, hipótese,
muito frequentes na comunicação atual. hipodérmico.
meta-: mudança, sucessão: metamorfose, metáfora,
- Hibridismo: ocorre hibridismo na palavra em cuja metacarpo.
formação entram elementos de línguas diferentes: auto para-: proximidade, semelhança, intensidade: paralelo,
(grego) + móvel (latim). parasita, paradoxo, paradigma.
peri-: movimento ou posição em torno de: periferia,
- Onomatopeia: numerosas palavras devem sua ori- peripécia, período, periscópio.
gem a uma tendência constante da fala humana para imi- pro-: posição em frente, anterioridade: prólogo, prog-
tar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são nóstico, profeta, programa.
vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as pros-: adjunção, em adição a: prosélito, prosódia.
vozes dos seres: miau, zumzum, piar, tinir, urrar, chocalhar, proto-: início, começo, anterioridade: proto-história,
cocoricar, etc. protótipo, protomártir.
Prefixos: os prefixos são morfemas que se colocam poli-: multiplicidade: polissílabo, polissíndeto, politeís-
antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o mo.
sentido; raramente esses morfemas produzem mudança sin-, sim-: simultaneidade, companhia: síntese, sinfo-
de classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras nia, simpatia, sinopse.
portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em tele-: distância, afastamento: televisão, telepatia, telé-
que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, grafo.
como vocábulos autônomos.  Alguns prefixos foram pou-
co ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, Prefixos de Origem Latina
tiveram grande vitalidade na formação de novas palavras:
a- , contra- , des- , em-  (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , a-, ab-, abs-: afastamento, separação: aversão, abuso,
super- , anti-.
abstinência, abstração.
a-, ad-: aproximação, movimento para junto: adjun-
Prefixos de Origem Grega
to,advogado, advir, aposto.
ante-: anterioridade, procedência: antebraço, antessa-
a-, an-: afastamento, privação, negação, insuficiência,
la, anteontem, antever.
carência: anônimo, amoral, ateu, afônico.
ambi-: duplicidade: ambidestro, ambiente, ambiguida-
ana-: inversão, mudança, repetição: analogia, análise,
de, ambivalente.
anagrama, anacrônico.
anfi-: em redor, em torno, de um e outro lado, duplici- ben(e)-, bem-: bem, excelência de fato ou ação: bene-
dade: anfiteatro, anfíbio, anfibologia. fício, bendito.
anti-: oposição, ação contrária: antídoto, antipatia, an- bis-, bi-:  repetição, duas vezes: bisneto, bimestral, bi-
tagonista, antítese. savô, biscoito.
apo-: afastamento, separação: apoteose, apóstolo, circu(m)-: movimento em torno: circunferência, cir-
apocalipse, apologia. cunscrito, circulação.
arqui-, arce-: superioridade hierárquica, primazia, ex- cis-: posição aquém: cisalpino, cisplatino, cisandino.
cesso: arquiduque, arquétipo, arcebispo, arquimilionário. co-, con-, com-: companhia, concomitância: colégio,
cata-: movimento de cima para baixo: cataplasma, ca- cooperativa, condutor.
tálogo, catarata. contra-: oposição: contrapeso, contrapor, contradizer.
di-:  duplicidade: dissílabo, ditongo, dilema. de-: movimento de cima para baixo, separação, nega-
dia-: movimento através de, afastamento: diálogo, dia- ção: decapitar, decair, depor.
gonal, diafragma, diagrama. de(s)-, di(s)-: negação, ação contrária, separação: des-
dis-: dificuldade, privação: dispneia, disenteria, dispep- ventura, discórdia, discussão.
sia, disfasia. e-, es-, ex-: movimento para fora: excêntrico, evasão,
ec-, ex-, exo-, ecto-: movimento para fora: eclipse, exportação, expelir.
êxodo, ectoderma, exorcismo. en-, em-, in-: movimento para dentro, passagem para
en-, em-, e-:  posição interior, movimento para dentro: um estado ou forma, revestimento: imergir, enterrar, embe-
encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo. ber, injetar, importar.
endo-: movimento para dentro: endovenoso, endocar- extra-: posição exterior, excesso: extradição, extraordi-
po, endosmose. nário, extraviar.
epi-: posição superior, movimento para: epiderme, epí- i-, in-, im-: sentido contrário, privação, negação: ilegal,
logo, epidemia, epitáfio. impossível, improdutivo.
eu-: excelência, perfeição, bondade: eufemismo, eufo- inter-, entre-: posição intermediária: internacional, in-
ria, eucaristia, eufonia. terplanetário.

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LÍNGUA PORTUGUESA

intra-: posição interior: intramuscular, intravenoso, in- Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciên-
traverbal. cia:
intro-: movimento para dentro: introduzir, introvertido, -ite - bronquite, hepatite (inflamação), amotite (fós-
introspectivo. seis).
justa-: posição ao lado: justapor, justalinear. -oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores).
ob-, o-: posição em frente, oposição: obstruir, ofuscar, -ato, eto, Ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais), granito
ocupar, obstáculo. (pedra).
per-: movimento através: percorrer, perplexo, perfurar, -ina - cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais).
perverter. -ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto).
pos-: posterioridade: pospor, posterior, pós-graduado. -ema - morfema, fonema, semema, semantema (ciên-
pre-: anterioridade: prefácio, prever, prefixo, preliminar. cia linguística).
pro-: movimento para frente: progresso, promover, -io - sódio, potássio, selênio (corpos simples)
prosseguir, projeção.
Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas fi-
re-: repetição, reciprocidade: rever, reduzir, rebater, rea-
tar. losóficas, sistemas políticos: - ismo: budismo, kantismo,
retro-: movimento para trás: retrospectiva, retrocesso, comunismo.
retroagir, retrógrado.
so-, sob-, sub-, su-: movimento de baixo para cima, Sufixos Formadores de Adjetivos
inferioridade: soterrar, sobpor, subestimar.
super-, supra-, sobre-: posição superior, excesso: su- - de substantivos: -aco – maníaco; -ado – barbado;
percílio, supérfluo. -áceo(a) - herbáceo, liláceas; -aico – prosaico; -al – anual;
soto-, sota-: posição inferior: soto-mestre, sota-voga, -ar – escolar; -ário - diário, ordinário; -ático – problemá-
soto-pôr. tico; -az – mordaz; -engo – mulherengo; -ento – cruento;
trans-, tras-, tres-, tra-: movimento para além, movi-
-eo – róseo; -esco – pitoresco; -este – agreste; -estre –
mento através: transatlântico, tresnoitar, tradição.
ultra-: posição além do limite, excesso: ultrapassar, ul- terrestre; -enho – ferrenho; -eno – terreno; -ício – ali-
trarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta. mentício; -ico – geométrico; -il – febril; -ino – cristalino;
vice-, vis-: em lugar de: vice-presidente, visconde, vi- -ivo – lucrativo; -onho – tristonho; -oso – bondoso; -udo
ce-almirante. – barrigudo.
- de verbos:
Sufixos: são elementos (isoladamente insignificativos) -(a)(e)(i)nte: ação, qualidade, estado – semelhante,
que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua doente, seguinte.
principal característica é a mudança de classe gramatical -(á)(í)vel: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação
que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o – louvável, perecível, punível.
significado de um verbo num contexto em que se deve -io, -(t)ivo: ação referência, modo de ser – tardio, afir-
usar um substantivo, por exemplo. Como o sufixo é coloca-
mativo, pensativo.
do depois do radical, a ele são incorporadas as desinências
que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois -(d)iço, -(t)ício: possibilidade de praticar ou sofrer uma
grupos de sufixos formadores de substantivos extrema- ação, referência – movediço, quebradiço, factício.
mente importantes para o funcionamento da língua. São -(d)ouro,-(t)ório: ação, pertinência – casadouro, prepa-
os que formam nomes de ação e os que formam nomes ratório.
de agente.
Sufixos Adverbiais: Na Língua Portuguesa, existe ape-
Sufixos que formam nomes de ação: -ada – caminha- nas um único sufixo adverbial: É o sufixo “-mente”, derivado
da; -ança – mudança; -ância – abundância; -ção – emoção; do substantivo feminino latino mens, mentis que pode sig-
-dão – solidão; -ença – presença; -ez(a) – sensatez, beleza; nificar “a mente, o espírito, o intento”.Este sufixo juntou-se
-ismo – civismo; -mento – casamento; -são – compreen-
a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias,
são; -tude – amplitude; -ura – formatura.
especialmente a de modo. Exemplos: altiva-mente, bra-
Sufixos que formam nomes de agente: -ário(a) – se- va-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente,
cretário; -eiro(a) – ferreiro; -ista – manobrista; -or – luta- pia-mente. Já os advérbios que se derivam de adjetivos ter-
dor; -nte – feirante. minados em –ês (burgues-mente, portugues-mente, etc.)
não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora
Sufixos que formam nomes de lugar, depositório: uniformes. Exemplos: cabrito montês / cabrita montês.
-aria – churrascaria; -ário – herbanário; -eiro – açucareiro;
-or – corredor; -tério – cemitério; -tório – dormitório. Sufixos Verbais: Os sufixos verbais agregam-se, via de
regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar
Sufixos que formam nomes indicadores de abun- novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua formam-
dância, aglomeração, coleção: -aço – ricaço; -ada – pa-
se pelo acréscimo da terminação-ar. Exemplos: esqui-ar;
pelada; -agem – folhagem; -al – capinzal; -ame – gentame;
-ario(a) - casario, infantaria; -edo – arvoredo; -eria – cor- radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)
reria; -io – mulherio; -ume – negrume. portugues-ar.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1


ação. b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6
-ar: cruzar, analisar, limpar c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6
-ear: guerrear, golear d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6
-entar: afugentar, amamentar e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6
-ficar: dignificar, liquidificar
-izar: finalizar, organizar 06. Indique a palavra que foge ao processo de forma-
ção de chapechape:
Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação re- a) zunzum
petida. b) reco-reco
Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer c) toque-toque
ou causar. d) tlim-tlim
Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pou- e) vivido
co intensa.
07. Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de
Exercícios derivação imprópria?
a) Às sete horas da manhã começou o trabalho princi-
01. Assinale a opção em que todas as palavras se for- pal: a votação.
mam pelo mesmo processo: b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto
a) ajoelhar / antebraço / assinatura secreto... Bobagens, bobagens!
b) atraso / embarque / pesca c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições con-
c) o jota / o sim / o tropeço tinuariam sendo uma farsa!
d) entrega / estupidez / sobreviver d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se en-
e) antepor / exportação / sanguessuga tenderam.
e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de
02. A palavra “aguardente” formou-se por: raiva.
a) hibridismo
b) aglutinação 08. Assinale a série de palavras em que todas são for-
c) justaposição madas por parassíntese:
d) parassíntese a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer
e) derivação regressiva b) solução, passional, corrupção, visionário
c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente
03. Que item contém somente palavras formadas por d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide
justaposição? e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo
a) desagradável – complemente 09. As palavras couve-flor, planalto e aguardente são
b) vaga-lume - pé-de-cabra formadas por:
c) encruzilhada – estremeceu a) derivação
d) supersticiosa – valiosas b) onomatopeia
e) desatarraxou – estremeceu c) hibridismo
d) composição
04. “Sarampo” é: e) prefixação
a) forma primitiva
b) formado por derivação parassintética 10. Assinale a alternativa em que uma das palavras não
c) formado por derivação regressiva é formada por prefixação:
d) formado por derivação imprópria a) readquirir, predestinado, propor
e) formado por onomatopéia b) irregular, amoral, demover
c) remeter, conter, antegozar
05. Numere as palavras da primeira coluna conforme d) irrestrito, antípoda, prever
os processos de formação numerados à direita. Em segui- e) dever, deter, antever
da, marque a alternativa que corresponde à sequência nu-
mérica encontrada: Respostas: 1-B / 2-B / 3-B / 4-C / 5-E / 6-E / 7-D / 8-A
( ) aguardente     1) justaposição / 9-D / 10-E /
( ) casamento     2) aglutinação
( ) portuário         3) parassíntese
( ) pontapé         4) derivação sufixal
( ) os contras     5) derivação imprópria
( ) submarino     6) derivação prefixal
( ) hipótese

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LÍNGUA PORTUGUESA

Flexão dos adjetivos


FUNÇÕES DAS CLASSES DE PALAVRAS.
O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos


Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou carac-
terística do ser e se relaciona com o substantivo. Os adjetivos concordam com o substantivo a que se refe-
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, perce- rem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substan-
bemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser tivos, classificam-se em:
colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça
bondosa, pessoa bondosa. Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino
Já com a palavra bondade, embora expresse uma quali- e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e má,
dade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem judeu e judia.
bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no femini-
não é adjetivo, mas substantivo. no somente o último elemento. Por exemplo: o moço norte-a-
mericano, a moça norte-americana.
Morfossintaxe do Adjetivo: Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função den- Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino
tro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do ob- Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no fe-
jeto). minino. Por exemplo: conflito político-social e desavença políti-
co-social.
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
Número dos Adjetivos
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Obser-
ve alguns deles:
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com
Estados e cidades brasileiros:
Alagoas alagoano as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos
Amapá amapaense simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins
Aracaju aracajuano ou aracajuense boa e boas
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
Brasília brasiliense de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
Cabo Frio cabo-friense qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,
Campinas campineiro ou campinense ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é ori-
ginalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando um
Adjetivo Pátrio Composto elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável.
Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro ele- Veja outros exemplos:
mento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Motos vinho (mas: motos verdes)
Observe alguns exemplos: Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas Adjetivo Composto
América américo- / Companhia américo-africana
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmen-
China sino- / Acordos sino-japoneses te, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último ele-
Espanha hispano- / Mercado hispano-português mento concorda com o substantivo a que se refere; os demais
Europa euro- / Negociações euro-americanas ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetiva-
Grécia greco- / Filmes greco-romanos
do, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto;
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto intei-
ro ficará invariável. Por exemplo:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Camisas rosa-claro. Superlativo


Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros. O superlativo expressa qualidades num grau muito eleva-
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. do ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um
ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se
adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre inva-
nas formas:
riáveis.
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O se-
os dois elementos flexionados. cretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
Grau do Adjetivo sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensi- benéfico beneficentíssimo
dade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o bom boníssimo ou ótimo
comparativo e o superlativo. comum comuníssimo
cruel crudelíssimo
Comparativo difícil dificílimo
doce dulcíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída fácil facílimo
fiel fidelíssimo
a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas

ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de su- Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um
perioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade relação pode ser:
No comparativo de igualdade, o segundo termo da com- De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
paração é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.

Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Superiori- Note bem:
dade Analítico 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., ante-
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma postos ao adjetivo.
é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais... 2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas
que”. formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de ori-
gem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Superio- adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por
ridade Sintético exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é
constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssi-
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superio- mo: pobríssimo, agilíssimo.
ridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom / 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssi-
melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, grande/maior, mo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as for-
baixo/inferior. mas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradá-
Observe que: vel hiato i-í.
a) As formas menor e pior são comparativos de superiori-
dade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectiva- O advérbio, assim como muitas outras palavras existentes
mente. na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo,
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximida-
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas de, contiguidade. Essa proximidade faz referência ao processo
entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar verbal, no sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as cir-
as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande e mais cunstâncias em que esse processo se desenvolve.
pequeno. Por exemplo: O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele- de caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele
mentos. não é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois tam-
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas bém modifica o adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns
qualidades de um mesmo elemento. exemplos:
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto, você
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Inferio- está até bem informado.
ridade Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo
Sou menos passivo (do) que tolerante. alheio, representando uma qualidade, característica.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O artista canta muito mal. Locução adverbial


Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica
outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pu- É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
demos verificar que se tratava de somente uma palavra funcio- Exemplo:
nando como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
por mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
ocupar tal função. Temos aí o que chamamos de locução ad-
verbial, representada por algumas expressões, tais como: às Há locuções adverbiais que possuem advérbios cor-
vezes, sem dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras. respondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu
Dependendo das circunstâncias expressas pelos advérbios, apressadamente.
eles se classificam em distintas categorias, uma vez expressas
por: Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, são flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis.
às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, A única flexão propriamente dita que existe na categoria dos
desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a fren- advérbios é a de grau:
te, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe -
terminam em -”mente”: calmamente, tristemente, propositada- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - in-
mente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalo- constitucionalissimamente, etc.;
samente, bondosamente, generosamente Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - perti-
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em ex- nho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho.
cesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão, Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo,
tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou
muito, por completo. indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o
gênero e o número dos substantivos.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, ama-
nhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, Classificação dos Artigos
nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, breve, Artigos Definidos: determinam os substantivos de manei-
constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, ra precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de ma-
manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, neira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei um
a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje animal.
em dia
Combinação dos Artigos
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aon- É muito presente a combinação dos artigos definidos e in-
de, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, definidos com preposições. Veja a forma assumida por essas
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, combinações:
à distancia de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda,
ao lado, em volta Preposições Artigos
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de o, os
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum a ao, aos
de do, dos
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavelmen- em no, nos
te, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe por (per) pelo, pelos
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efeti- a, as um, uns uma, umas
vamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavel- à, às - -
mente (=sem dúvida). da, das dum, duns duma, dumas
na, nas num, nuns numa, numas
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somen- pela, pelas - -
te, simplesmente, só, unicamente - As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também por crase.

de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente Constatemos as circunstâncias em que os artigos se


manifestam:
de designação: Eis
de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quando? - Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do nu-
(tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade), para meral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar das
quê? (finalidade) olimpíadas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do A existência é uma poesia.


artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bah- Uma existência é a poesia.
ia...
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode in- dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo:
dicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as ami-
guinhas.
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a
ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do
artigo: O Pedro é o xodó da família. Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no amiguinhas
plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, os Incas,
Os Astecas... Cada informação está estruturada em torno de um verbo:
segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mos-
para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o arti- trou 3ª oração: quando viu as amiguinhas.
go), o pronome assume a noção de qualquer. A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
(qualquer classe)
Observe: Gosto de natação e de futebol.
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facul-
tativo: Nessa frase as expressões de natação, de futebol são par-
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. tes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está
ligando termos de uma mesma oração.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia
de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns Morfossintaxe da Conjunção
vinte anos.
- O artigo também é usado para substantivar palavras As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem
oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de propriamente uma função sintática: são conectivos.
tudo isso. Classificação
- Conjunções Coordenativas
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo - Conjunções Subordinativas
cujo (e flexões).
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Conjunções coordenativas
Este é o autor cuja obra conheço.

- Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no senti- Dividem-se em:
do de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme), a menos - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gosto
que venham especificadas. de cantar e de dançar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas tam-
Eles estavam em casa. bém, não só...como também.
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra. - ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição,
Os marinheiros permanecem na terra dos anões. de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo,
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata- todavia, no entanto, entretanto.
mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa ex-
celência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O Es- Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...
tado de S. Paulo. quer, já...já.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações.
Morfossintaxe Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (de-
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas re- pois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
lações com o substantivo. Assim, nas orações da língua por- - EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É
tuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal do melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
substantivo a que se refere. Tal função independe da função Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes
exercida pelo substantivo: do verbo), porquanto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Conjunções subordinativas a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa


ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
- CAUSAIS b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que
uma vez que, como (= porque). vêm marcadas por vírgula.
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração
- COMPARATIVAS Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será ex-
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão... plicativa.
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo impera-
como, mais...do que, menos...do que.
tivo)
Ela fala mais que um papagaio.
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cida-
- CONCESSIVAS de porque não havia cemitério no local.”
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mes- a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
mo que, apesar de, se bem que. (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo verbo
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é colocá-la
fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. no início do período, introduzida pela conjunção como - o que
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de es- não ocorre com a CS Explicativa.
tar cansada) Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os
Apesar de ter chovido fui ao cinema. mortos em outra cidade.
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente de-
- CONFORMATIVAS pendentes uma da outra.
Principais conjunções conformativas: como, segundo, con-
forme, consoante Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
Cada um colhe conforme semeia. sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o in-
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformi- terlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que,
dade. para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas
mais elaboradas. Observe o exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
- CONSECUTIVAS
Expressam uma ideia de consequência. No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”, sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia ter dito:
“tão”, “tamanho”). - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma
Falou tanto que ficou rouco. palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
As sentenças da língua costumam se organizar de forma
- FINAIS lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os dis-
Expressam ideia de finalidade, objetivo. tribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições,
Todos trabalham para que possam sobreviver. por outro lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de pala-
(=para que), vras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos
de uma sentença. Veja os exemplos:
- PROPORCIONAIS Bravo! Bis!
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi muito
mais, ao passo que, à proporção que. bom! Repitam!”
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = sentença
(sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”
- TEMPORAIS
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que
não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro,
que. um estado da alma decorrente de uma situação particular, um
Quando eu sair, vou passar na locadora. momento ou um contexto específico. Exemplos:
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
Diferença entre orações causais e explicativas ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
(OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos depa-
ramos com a dúvida de como distinguir uma oração causal de O significado das interjeições está vinculado à maneira
uma explicativa. Veja os exemplos: como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto
atropelado”: de enunciação. Exemplos:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chaman- - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
do! Ei, espere!” Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me,
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão Deus!
em um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por fa- - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
vor, faça silêncio!” - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é,
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! não sofrem variação em gênero, número e grau como os no-
puxa: interjeição; tom da fala: decepção mes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz
como os verbos. No entanto, em uso específico, algumas in-
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: terjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tris- caso, que não se trata de um processo natural dessa classe
teza, dor, etc. de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva
Você faz o que no Brasil? permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
Eu? Eu negocio com madeiras.
Ah, deve ser muito interessante. Locução Interjetiva
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma ex-
2) Sintetizar uma frase apelativa pressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bolas!
Cuidado! Saia da minha frente. Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa!
Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá!
As interjeições podem ser formadas por: Muito bem!
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
- palavras: Oba!, Olá!, Claro! Observações:
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora - As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por
bolas! exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! = Peço-lhe
que me desculpe.
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da
entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que - Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu
uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo: tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramati-
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrarieda- cais podem aparecer como interjeições.
de) Viva! Basta! (Verbos)
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) Fora! Francamente! (Advérbios)

Classificação das Interjeições - A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase”


porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.: Socorro!,
Comumente, as interjeições expressam sentido de: Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto!
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Aten-
ção!, Olha!, Alerta! - Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas,
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô! que exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bumba! Zás!
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! - Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza,
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca! etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fa-
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa! zemos depois do “ó” vocativo.
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! - Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de
- Desculpa: Perdão! palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! Obriga-
Eh! dinho!
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!,
Ora! Interjeições, leitura e produção de textos
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!,
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Usadas com muita frequência na língua falada informal,
Putz! quando empregadas na língua escrita, as interjeições costu-
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, mam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade.
Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora! Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais

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LÍNGUA PORTUGUESA

do falante - como a escassez de vocabulário, o temperamen- Flexão dos numerais


to agressivo ou dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos
textos narrativos - particularmente nos diálogos - que comu- Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma,
mente se faz uso das interjeições com o objetivo de caracte- dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
rizar personagens e, também, graças à sua natureza sintética, em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc.
agilizar as falas. Natureza sintética e conteúdo mais emocional Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número: mi-
do que racional fazem das interjeições presença constante nos lhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
textos publicitários.
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ primeiro segundo milésimo
morf89.php primeira segunda milésima
primeiros segundos milésimos
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numé- primeiras segundas milésimas
ricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em
determinada sequência. Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam
em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e conse-
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. guiram o triplo de produção.
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais fle-
Eu quero café duplo, e você? xionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas
...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] do medicamento.
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e núme-
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência ro. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças
de “fila”] partes

Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dú-
números indicam em relação aos seres. Assim, quando a ex- zia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
pressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos
numerais, mas sim de algarismos. numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a É o que ocorre em frases como:
ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras “Me empresta duzentinho...”
consideradas numerais porque denotam quantidade, propor- É artigo de primeiríssima qualidade!
ção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segun-
ambos(as), novena. da divisão de futebol)

Classificação dos Numerais Emprego dos Numerais

Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: *Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes
um, dois, cem mil, etc. em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois
dada: primeiro, segundo, centésimo, etc. do substantivo:
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divi-
são dos seres: meio, terço, dois quintos, etc. Ordinais Cardinais
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Leitura dos Numerais
Separando os números em centenas, de trás para frente, *Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no até nono e o cardinal de dez em diante:
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e
vinte e seis. *Ambos/ambas são considerados numerais. Significam
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são lar-
gamente empregados para retomar pares de seres aos quais
já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importân-
cia da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente há
uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura da língua, pois
estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra, de,
desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante, exceto,
fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas: abaixo
de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto
a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em
gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Esse processo de junção de uma preposição com outra pa- Dicas sobre preposição
lavra pode se dar a partir de dois processos:
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pes-
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. soal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja um
preposição a + artigos definidos o, os artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá para deter-
a + o = ao miná-lo como um substantivo singular e feminino.
preposição a + advérbio onde A dona da casa não quis nos atender.
a + onde = aonde Como posso fazer a Joana concordar comigo?
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois ter-
Preposição + Artigos mos e estabelece relação de subordinação entre eles.
De + o(s) = do(s) Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
De + a(s) = da(s) Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar
De + um = dum
um tratamento adequado.
De + uns = duns
De + uma = duma
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar
De + umas = dumas
e/ou a função de um substantivo.
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s) Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como
Em + um = num parte da família
Em + uma = numa Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. /
Em + uns = nuns Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
Em + umas = numas
A + à(s) = à(s) 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio
Por + o = pelo(s) das preposições:
Por + a = pela(s) Destino = Irei para casa.
Modo = Chegou em casa aos gritos.
Preposição + Pronomes Lugar = Vou ficar em casa;
De + ele(s) = dele(s) Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
De + ela(s) = dela(s) Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
De + este(s) = deste(s) Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
De + esta(s) = desta(s) Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o trata-
De + esse(s) = desse(s) mento.
De + essa(s) = dessa(s) Instrumento = Escreveu a lápis.
De + aquele(s) = daquele(s) Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + aquela(s) = daquela(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + isto = disto Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + isso = disso Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + aquilo = daquilo Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + aqui = daqui Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + aí = daí Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + ali = dali Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + outro = doutro(s) Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + outra = doutra(s)
Em + este(s) = neste(s) Fonte:
Em + esta(s) = nesta(s) http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s) Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
Em + aquela(s) = naquela(s) tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
Em + isto = nisto denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos,
Em + isso = nisso os substantivos também nomeiam:
Em + aquilo = naquilo
A + aquele(s) = àquele(s) -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
A + aquela(s) = àquela(s) -sentimentos: raiva, amor...
A + aquilo = àquilo -estados: alegria, tristeza...
-qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria...

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LÍNGUA PORTUGUESA

Morfossintaxe do substantivo Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser ob-
servada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifes-
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua tar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto di- Os substantivos abstratos designam estados, qualidades,
reto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraí-
como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como dos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), rapidez
núcleo do predicativo do sujeito, do objeto ou como núcleo (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).
do vocativo. Também encontramos substantivos como nú-
cleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quan- 3 - Substantivos Coletivos
do essas funções são desempenhadas por grupos de palavras.
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra
Classificação dos Substantivos abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
1- Substantivos Comuns e Próprios Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com
muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessá-
toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade rio repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra
(em oposição aos bairros). abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade. (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma es-
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. pécie (abelhas).
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma
mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, homem, O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona. Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espé- espécie.
cie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma Substantivo coletivo Conjunto de:
particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. assembleia pessoas reunidas
alcateia lobos
2 - Substantivos Concretos e Abstratos acervo livros
antologia trechos literários selecionados
LÂMPADA MALA arquipélago ilhas
banda músicos
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com exis- bando desordeiros ou malfeitores
tência própria, que são independentes de outros seres. São banca examinadores
substantivos concretos. batalhão soldados
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que cacho frutas
existe, independentemente de outros seres. cáfila camelos
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo cancioneiro canções, poesias líricas
real e do mundo imaginário. colmeia abelhas
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Bra- chusma gente, pessoas
sília, etc. concílio bispos
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, congresso parlamentares, cientistas.
etc. elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
Observe agora: enxoval roupas
Beleza exposta falange soldados, anjos
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. fauna animais de uma região
feixe lenha, capim
O substantivo beleza designa uma qualidade. flora vegetais de uma região
frota navios mercantes, ônibus
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que de- girândola fogos de artifício
pendem de outros para se manifestar ou existir. horda bandidos, invasores

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LÍNGUA PORTUGUESA

junta médicos, bois, credores, examinadores Flexão dos substantivos


júri jurados
legião soldados, anjos, demônios O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
leva presos, recrutas quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exem-
malta malfeitores ou desordeiros plo, pode sofrer variações para indicar:
manada búfalos, bois, elefantes, Plural: meninos Feminino: menina
matilha cães de raça Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho
molho chaves, verduras
multidão pessoas em geral Flexão de Gênero
ninhada pintos
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois
penca bananas, chaves
gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculi-
pinacoteca pinturas, quadros
no os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os,
quadrilha ladrões, bandidos um, uns. Veja estes títulos de filmes:
ramalhete flores O velho e o mar
rebanho ovelhas Um Natal inesquecível
récua bestas de carga, cavalgadura Os reis da praia
repertório peças teatrais, obras musicais
réstia alhos ou cebolas Pertencem ao gênero feminino os substantivos que po-
romanceiro poesias narrativas dem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
revoada pássaros A história sem fim
sínodo párocos Uma cidade sem passado
talha lenha As tartarugas ninjas
tropa muares, soldados Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
turma estudantes, trabalhadores
vara porcos Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relaciona-
Formação dos Substantivos do ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para
o masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata,
homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Substantivos Simples e Compostos
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o
radical. É um substantivo simples. feminino. Classificam-se em:
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a cobra
Substantivo Simples: é aquele formado por um único ele- macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.
mento. - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas:
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja ago- a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo,
ra: O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos o indivíduo.
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto. - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas
por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a doente, o
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou artista e a artista.
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados em
Substantivos Primitivos e Derivados ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o
Meu limão meu limoeiro, sintoma, o teorema.
meu pé de jacarandá... - Existem certos substantivos que, variando de gênero, va-
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de riam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e a rádio
(estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhu-
ma outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno - alu-
limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. na.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra masculino: freguês - freguesa
palavra. - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de
três formas:

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LÍNGUA PORTUGUESA

- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa A distinção de gênero pode ser feita através da análise do
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo: o
-troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem - uma
jovem; artista famoso - artista famosa; repórter francês - repór-
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sul- ter francesa
tana
- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois
- Substantivos terminados em -or: gêneros.
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada prefe-
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz rência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens os per-
sonagens dos contos de carochinha.
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul - b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: O
consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque - duque- problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a
sa / conde - condessa / profeta - profetisa personagem.
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo foto-
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e final gráfico Ana Belmonte.
por -a: elefante - elefanta Observe o gênero dos substantivos seguintes:

- Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó (pena),
no feminino: bode – cabra / boi - vaca o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o maracajá, o
clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o procla-
- Substantivos que formam o feminino de maneira espe- ma, o pernoite, o púbis.
cial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: czar
– czarina réu - ré Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a ca-
taplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, a cal,
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Epicenos:
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. - São geralmente masculinos os substantivos de origem
grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilograma, o
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o telefonema, o
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o eczema, o edema,
para indicar o masculino e o feminino.
o magma, o estigma, o axioma, o tracoma, o hematoma.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessida-
de de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
A cobra macho picou o marinheiro. Gênero dos Nomes de Cidades:
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Sobrecomuns: Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
Entregue as crianças à natureza.
A histórica Ouro Preto.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculi- A dinâmica São Paulo.
no, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo A acolhedora Porto Alegre.
nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos se- Uma Londres imensa e triste.
res a que se refere a palavra. Veja: Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Gênero e Significação:

Outros substantivos sobrecomuns: Muitos substantivos têm uma significação no masculino e


a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à frente
criatura. da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em con-
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de Mar- junto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando
cela faleceu um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite
ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do
Comuns de Dois Gêneros: corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato de
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos
de combustão), o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez vermelha, canto em coro), a coral (cobra venenosa), o crisma
que a palavra motorista é um substantivo uniforme. (óleo sagrado, usado na administração da crisma e de outros

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LÍNGUA PORTUGUESA

sacramentos), a crisma (sacramento da confirmação), o cura Plural dos Substantivos Compostos


(pároco), a cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente),
a estepe (vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que guia -A formação do plural dos substantivos compostos de-
outras), a guia (documento, pena grande das asas das aves), o pende da forma como são grafados, do tipo de palavras que
grama (unidade de peso), a grama (relva), o caixa (funcioná- formam o composto e da relação que estabelecem entre si.
rio da caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamentos), o lente Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os
(professor), a lente (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral substantivos simples: aguardente/aguardentes, girassol/gi-
(honestidade, bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce rassóis, pontapé/pontapés, malmequer/malmequeres.
o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como loco- O plural dos substantivos compostos cujos elementos são
motiva a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discus-
pala (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, ante- sões. Algumas orientações são dadas a seguir:
paro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o
voga (remador), a voga (moda, popularidade). - Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
Flexão de Número do Substantivo substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
Em português, há dois números gramaticais: o singular, numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que indica
mais de um ser ou grupo de seres. A característica do plural - Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
é o “s” final. formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
Plural dos Substantivos Simples palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
-falantes
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – ímãs;
hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - cânones. - Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
formados de:
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
“ns”: homem - homens.
colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
vapor e cavalos-vapor
pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
substantivo + substantivo que funciona como determinan-
Atenção: O plural de caráter é caracteres. te do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
anterior:
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se palavra-chave - palavras-chave, bomba-relógio - bom-
no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; caracol – bas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba, homem-rã - ho-
caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. mens-rã, peixe- -espada - peixes-espada.

- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-ro-
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. lhas
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas ma- - Casos Especiais
neiras: répteis ou reptis (pouco usada). o louva-a-deus e os louva-a-deus
- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas o bem-te-vi e os bem-te-vis
maneiras: o bem-me-quer e os bem-me-queres
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acrésci- o joão-ninguém e os joões-ninguém.
mo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: Plural das Palavras Substantivadas
o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras clas-
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de ses gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plu-
três maneiras. ral, as flexões próprias dos substantivos.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações Pese bem os prós e os contras.
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães O aluno errou na prova dos noves.
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.

- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z”
látex - os látex. não variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos seis
e alguns dez.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Diminutivos Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
acrescenta-se o sufixo diminutivo. molho (ó) = feixe (molho de lenha).
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
animai(s) + zinhos = animaizinhos Particularidades sobre o Número dos Substantivos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos - Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o norte,
farói(s) + zinhos = faroizinhos o leste, o oeste, a fé, etc.
tren(s) + zinhos = trenzinhos - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, as
colhere(s) + zinhas = colherezinhas espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
flore(s) + zinhas = florezinhas - Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do sin-
mão(s) + zinhas = mãozinhas
gular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, bom
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nome) e honras (homenagem, títulos).
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com
funi(s) + zinhos = funizinhos
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos sentido de plural:
pai(s) + zinhos = paizinhos Aqui morreu muito negro.
pé(s) + zinhos = pezinhos Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas im-
pé(s) + zitos = pezitos provisadas.

Plural dos Nomes Próprios Personativos Flexão de Grau do Substantivo

Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as
que a terminação preste-se à flexão. variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
Os Napoleões também são derrotados. - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
As Raquéis e Esteres. normal. Por exemplo: casa

Plural dos Substantivos Estrangeiros - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do


ser. Classifica-se em:
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es- Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador
de aumento. Por exemplo: casarão.
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo
com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os jipes, os - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do
esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os ré- ser. Pode ser:
quiens. Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
Observe o exemplo: indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Este jogador faz gols toda vez que joga.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
de diminuição. Por exemplo: casinha.
Plural com Mudança de Timbre

Certos substantivos formam o plural com mudança de tim-


bre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético FLEXÃO NOMINAL E VERBAL.
chamado metafonia (plural metafônico).

Singular Plural Flexão Nominal


corpo (ô) corpos (ó)
esforço esforços Flexão de número: Os nomes (substantivo, adjetivo
fogo fogos etc.), de modo geral, admitem a flexão de número: singular
forno fornos e plural: animal – animais.
fosso fossos - Na maioria das vezes, acrescenta-se S: ponte –
imposto impostos pontes; bonito – bonitos.
olho olhos
- Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES:
osso (ô) ossos (ó)
éter – éteres; avestruz – avestruzes. O pronome qualquer
ovo ovos
poço poços faz o plural no meio: quaisquer
porto portos - Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se
posto postos ES: ananás – ananases. As paroxítonas e as proparoxítonas
tijolo tijolos são invariáveis: o pires − os pires, o ônibus − os ônibus

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Palavras terminadas em IL: Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos.
átono: trocam IL por EIS: fóssil – fósseis. É uma situação polêmica: mangas-espada (preferível) ou
tônico: trocam L por S: funil – funis. mangas-espadas. Quando dizemos (e isso vai ocorrer ou-
tras vezes) que é uma situação polêmica, discutível, con-
- Palavras terminadas em EL: vém ter em mente que a questão do concurso deve ser
átono: plural em EIS: nível – níveis. resolvida por eliminação, ou seja, analisando bem as outras
tônico: plural em ÉIS: carretel – carretéis. opções.

- Palavras terminadas em X são invariáveis: o clímax - Apenas o último elemento varia. Quando os ele-
− os clímax. mentos são adjetivos: hispano-americano − hispano-ame-
ricanos. A exceção é surdo-mudo, em que os dois adjeti-
- Há palavras cuja sílaba tônica avança: júnior − junio- vos se flexionam: surdos-mudos. Nos compostos em que
res; caráter – caracteres. A palavra aparecem os adjetivos grão, grã e bel: grão-duque − grão-
Caracteres é plural tanto de caractere quanto de cará- duques; grã-cruz − grã-cruzes; bel-prazer − bel-prazeres.
Quando o composto é formado por verbo ou qualquer
ter.
elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais
substantivo ou adjetivo: arranha-céu − arranha-céus; sem-
- Palavras terminadas em ão fazem o plural em ãos, pre-viva − sempre-vivas; super-homem − super-homens.
ães e ões. Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos
Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões. (representam sons): reco-reco − reco-recos; pingue-pon-
Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. gue − pingue-pongues; bem-te-vi − bem-te-vis.
Os paroxítonos, como os dois últimos, sempre fazem o plu- Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver algu-
ral em ãos. ma alteração nos elementos, ou seja, não serem iguais. Se
Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, ale- forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no
mães. plural: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas
Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos,
anões/anãos. - Nenhum elemento varia. Quando há verbo mais
Em ões ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/guar- palavra invariável: O cola-tudo – os cola-tudo. Quando há
diães, cirugiões/cirurgiães. dois verbos de sentido oposto: o perde-ganha – os perde-
Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermi- ganha. Nas frases substantivas (frases que se transformam
tões/ermitãos/ermitães em substantivos): O maria-vai-com-as-outras − os maria-
vai-com-as-outras.
- Plural dos diminutivos com a letra z. Coloca-se a
- São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha,
palavra no plural, corta-se o s e acrescenta-se zinhos (ou zi-
sem-teto e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris.
nhas): coraçãozinho – corações – coraçõe – coraçõezinhos. Admitem mais de um plural: pai-nosso − pais-nossos ou
pai-nossos; padre-nosso − padres-nossos ou padre-nos-
- Plural com metafonia (ô - ó). Algumas palavras, sos; terra-nova − terras-novas ou terra-novas; salvo-con-
quando vão ao plural, abrem o timbre da vogal “o”, outras duto − salvos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate
não. Com metafonia singular (ô) plural (ó): coro-coros; cor- − xeques-mates ou xeques-mate; fruta-pão − frutas-pães
vo-corvos; destroço-destroços. Sem metafonia singular (ô) ou frutas-pão; guarda-marinha − guardas-marinhas ou
plural (ô): adorno-adornos; bolso-bolsos; transtorno-trans- guardas-marinha. Casos especiais: palavras que não se en-
tornos. caixam nas regras: o bem-me-quer − os bem-me-queres;
o joão-ninguém − os joões-ninguém; o lugar-tenente − os
- Casos especiais: aval, avales e avaiscal − cales e cais- lugar-tenentes; o mapa-múndi − os mapas-múndi.
cós − coses e cós – fel, feles e féis – mal e males – cônsul
e cônsules. Flexão de Gênero: Os substantivos e as palavras que
o acompanham na frase admitem a flexão de gênero: mas-
- Os dois elementos variam. Quando os compostos culino e feminino: Meu amigo diretor recebeu o primeiro
são formados por substantivo mais palavra variável (adjeti- salário. Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação.
vo, substantivo, numeral, pronome): amor-perfeito − amo- A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras.
res-perfeitos; couve-flor − couves-flores; segunda-feira −
- Com a troca de o ou e por a: lobo – loba; mestre –
segundas-feiras. mestra.
- Só o primeiro elemento varia. Quando há preposição - Por meio de diferentes sufixos nominais de gêne-
no composto, mesmo que oculta: pé-de-moleque − pés- ro, muitas vezes com alterações do radical: ateu – atéia;
de-moleque; cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor). bispo – episcopisa; conde – condessa; duque – duquesa;
Quando o segundo substantivo determina o primeiro (fim frade – freira; ilhéu – ilhoa; judeu – judia; marajá – marani;
ou semelhança): banana-maçã − bananas-maçã (seme- monje – monja; pigmeu – pigmeia; píton – pitonisa; sandeu
lhante a maçã); navio-escola − navios-escola (a finalidade – sandia; sultão – sultana.
é a escola).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, Flexão Verbal


ou seja, possuem uma única forma para masculino e femi-
nino. Podem ser: As flexões verbais são expressas por meio dos tempos,
Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo modo e pessoa da seguinte forma: O tempo indica o mo-
designar os dois sexos: a pessoa, o cônjuge, a testemunha. mento em que ocorre o processo verbal; O modo indica a
Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, po- atitude do falante (dúvida, certeza, impossibilidade, pedi-
dendo então ser masculinos ou femininos: o estudante − a do, imposição, etc.); A pessoa marca na forma do verbo a
estudante, o cientista − a cientista, o patriota − a patriota. pessoa gramatical do sujeito.
Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os Tempos: Há tempos do presente, do passado (pretéri-
animais: O jacaré, a cobra, o polvo to) e do futuro.

O feminino de elefante é elefanta , e não elefoa. Aliá Modo


é correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta.
Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado epi- Modo Indicativo: Indica uma certeza relativa do falan-
ceno. É algo discutível. te com referência ao que o verbo exprime; pode ocorrer no
Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas tempo presente, passado ou futuro:
costumam trocar: champanha aguardente, dó, alface, eclip-
se, calformicida, cataplasma, grama (peso), grafite, milhar
libido, plasma, soprano, musse, suéter, preá, telefonema. Presente: Processo simultâneo ao ato da fala, fato cor-
Existem substantivos que admitem os dois gêneros: riqueiro, habitual: Compro livros nesta livraria. Usa-se tam-
diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc. bém o presente com o valor de passado, passado histórico
(nos contos, narrativas)
Flexão de Grau:
Tempos do Pretérito (passado): Exprimem processos
Grau do substantivo anteriores ao ato da fala. São eles:
- Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração. - Pretérito Imperfeito: Exprime um processo habitual,
- Aumentativo: Sintético: chapelão. Analítico: cha- ou com duração no tempo: Naquela época eu cantava
péu grande, chapéu enorme etc. como um pássaro.
- Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. Analítico: cha- - Pretérito Perfeito: Exprime uma ação acabada: Paulo
péu pequeno, chapéu reduzido etc. Um grau é sintético quebrou meu violão de estimação.
quando formado por sufixo; analítico, por meio de outras - Pretérito Mais-que-Perfeito: Exprime um processo
palavras. anterior a um processo acabado: Embora tivera deixado a
escola, ele nunca deixou de estudar.
Grau do adjetivo
- Normal ou Positivo: João é forte. Tempos do Futuro: Indicam processos que irão acon-
- Comparativo: de superioridade: João é mais forte tecer:
- Futuro do Presente: Exprime um processo que ainda
que André. (ou do que); de inferioridade: João é menos
não aconteceu: Farei essa viagem no fim do ano.
forte que André. (ou do que); de igualdade: João é tão
- Futuro do Pretérito: Exprime um processo posterior
forte quanto André. (ou como)
a um processo que já passou: Eu faria essa viagem se não
- Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo;
tivesse comprado o carro.
analítico: João é muito forte (bastante forte, forte demais
etc.); Relativo: de superioridade: João é o mais forte da
Modo Subjuntivo: Expressa incerteza, possibilidade ou
turma; de inferioridade: João é o menos forte da turma.
dúvida em relação ao processo verbal e não está ligado
O grau superlativo absoluto corresponde a um aumen- com a noção de tempo. Há três tempos: presente, imperfei-
to do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, to e futuro. Quero que voltes para mim; Não pise na gra-
érrimo ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, ma; É possível que ele seja honesto; Espero que ele fique
bastante, demasiadamente, enorme etc. As palavras maior, contente; Duvido que ele seja o culpado; Procuro alguém
menor, melhor, e pior constituem sempre graus de superio- que seja meu companheiro para sempre; Ainda que ele
ridade: O carro é menor que o ônibus; menor (mais peque- queira, não lhe será concedida a vaga; Se eu fosse bailari-
no): comparativo de superioridade. Ele é o pior do grupo; na, estaria na Rússia; Quando eu tiver dinheiro, irei para as
pior (mais mau): superlativo relativo de superioridade. praias do nordeste.
Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem
apresentar dúvidas. acre – acérrimo, amargo – amaríssimo; Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem, pedido
amigo – amicíssimo; antigo – antiqüíssimo; cruel – crudelís- ou solicitação: Vai e não voltes mais.
simo; doce – dulcíssimo; fácil – facílimo; feroz – ferocíssimo;
fiel – fidelíssimo; geral – generalíssimo; humilde – humíli- Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três
mo; magro – macérrimo; negro – nigérrimo; pobre – pau- pessoas: Singular: eu , tu , ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas.
pérrimo; sagrado – sacratíssimo; sério – seriíssimo; soberbo No português brasileiro é comum o uso do pronome de
– superbíssimo. tratamento você (s) em lugar do tu e vós.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Exercícios 09. Assinale a alternativa em que a flexão do substanti-


vo composto está errada:
01. Assinale o par de vocábulos que formam o plural a) os pés-de-chumbo
como órfão e mata-burro, respectivamente: b) os corre-corre
a) cristão / guarda-roupa c) as públicas-formas
b) questão / abaixo-assinado d) os cavalos-vapor
c) alemão / beija-flor e) os vaivéns
d) tabelião / sexta-feira
10. Aponte a alternativa em que haja erro quanto à fle-
e) cidadão / salário-família
xão do nome composto:
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora
02. Relativamente à concordância dos adjetivos com- b) tico-ticos, salários-família, obras-primas
postos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas
errada. Qual? d) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló
a) saia amarelo-ouro e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças
b) papel amarelo-ouro
c) caixa vermelho-sangue Respostas: 1-A / 2-D / 3-C / 4-D / 5-E / 6-E / 7-A / 8-A
d) caixa vermelha-sangue / 9-B / 10-E /
e) caixas vermelho-sangue

03. Indique a frase correta: PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE


a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes. TRATAMENTO E COLOCAÇÃO.
b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas.
c) O ladrão forçou a porta com dois pés-de-cabra.
d) Godofredo almoçou duas couves-flor.
e) Alfredo e Radagásio são dois gentilhomens. Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a
ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o de
04. Flexão incorreta: alguma forma.
a) os cidadãos
b) os açúcares A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
c) os cônsules [substituição do nome]
d) os tóraxes A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
e) os fósseis
[referência ao nome]
Essa moça morava nos meus sonhos!
05. Mesma pronúncia de “bolos”:
[qualificação do nome]
a) tijolos
b) caroços
Grande parte dos pronomes não possuem significados fi-
c) olhos
d) fornos xos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de
e) rostos um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata
daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no
06. Não varia no plural: ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogati-
a) tique-taque vos e indefinidos, os demais pronomes têm por função princi-
b) guarda-comida pal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar,
c) beija-flor indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtu-
d) para-lama de dessa característica, os pronomes apresentam uma forma
e) cola-tudo específica para cada pessoa do discurso.

07. Está mal flexionado o adjetivo na alternativa: Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
a) Tecidos verde-olivas [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
b) Festas cívico-religiosas Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
c) Guardas noturnos luso-brasileiros [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
d) Ternos azul-marinho A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
e) Vários porta-estandartes [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se
fala]
08. Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do
que verdade”, temos grau: Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variá-
a) comparativo de superioridade veis em gênero (masculino ou feminino) e em número (sin-
b) superlativo absoluto sintético gular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do
c) comparativo de igualdade pronome seja coerente em termos de gênero e número (fe-
d) superlativo relativo nômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando
e) superlativo por meio de acréscimo de sufixo este se apresenta ausente no enunciado.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nossa Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma va-
escola neste ano. riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância a função diversa que eles desempenham na oração: prono-
adequada] me reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o
[neste: pronome que determina “ano” = concordância ade- complemento da oração.
quada] Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordân- acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tô-
cia inadequada] nicos.
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, de-
monstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. Pronome Oblíquo Átono
Pronomes Pessoais São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são
precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca:
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
Ele me deu um presente.
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve as-
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim confi-
sume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”,
gurado:
“você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”,
“eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de - 1ª pessoa do singular (eu): me
quem fala. - 2ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do - 1ª pessoa do plural (nós): nos
caso oblíquo. - 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
Pronome Reto

Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, Observações:


exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se apre-
Nós lhe ofertamos flores. senta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pro-
nome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal a função de objeto indireto na oração.
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
o quadro dos pronomes retos é assim configurado: diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como ob-
- 1ª pessoa do singular: eu jetos diretos.
- 2ª pessoa do singular: tu Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-
- 3ª pessoa do singular: ele, ela se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como
- 1ª pessoa do plural: nós mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo,
- 2ª pessoa do plural: vós no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso
- 3ª pessoa do plural: eles, elas dessas formas nos exemplos que seguem:
- Trouxeste o pacote?
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi ele
- Não contaram a novidade a vocês?
na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”, co-
- Não, no-la contaram.
muns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados No português do Brasil, essas combinações não são usa-
os pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encon- das; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito
trei-a na praça”, “Trouxeram-me até aqui”. raro.

Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas espe-
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias for- ciais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo
mas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la
do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos boa viagem. ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.
(Nós) Por exemplo:
fiz + o = fi-lo
Pronome Oblíquo fazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-la
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na senten-
ça, exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assu-
indireto) ou complemento nominal. me as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) viram + o: viram-no

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LÍNGUA PORTUGUESA

repõe + os = repõe-nos O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:


retém + a: retém-na - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
tem + as = tem-nas Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
Pronome Oblíquo Tônico
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por Assim tu te prejudicas.
preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por Conhece a ti mesmo.
esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto
indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte. - 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim confi- Guilherme já se preparou.
gurado: Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
Lavamo-nos no rio.
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco - 2ª pessoa do plural (vós): vos.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas Vós vos beneficiastes com a esta conquista.

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.


Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico Eles se conheceram.
são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais Elas deram a si um dia de folga.
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes A Segunda Pessoa Indireta
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando
pronomes costumam ser usados desta forma: utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlo-
Não há mais nada entre mim e ti. cutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na tercei-
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. ra pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
Não há nenhuma acusação contra mim. que podem ser observados no quadro seguinte:
Não vá sem mim.

Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de


surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma
oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo
pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, de-
verá ser do caso reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.

- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes


originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco
e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente
exercem a função de adjunto adverbial de companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por
“com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são re-
forçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos,
ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notí-
cias.
Ele disse que iria com nós três.

Pronome Reflexivo

São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem


como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da ora-
ção. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa
pelo verbo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) acerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no trata-
mento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil;
em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem
litúrgica, ultraformal ou literária.

Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação à
pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratarmos um
deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para
poder ocupar o cargo que ocupa.

- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa.
Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a
pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não poderemos
usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)

Pronomes Possessivos

São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

NÚMERO PESSOA PRONOME


singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)

Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o ob-
jeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observações: - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou in-


variáveis, observe:
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, seu José. Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e pude-
Podem ter outros empregos, como: rem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
te indiquei.)
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 anos.
- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas que o
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá procuraram ontem.
seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram o
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o problema.
pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência trouxe
sua mensagem? - semelhante(s): Não compre semelhante livro.

4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo - tal, tais: Tal era a solução para o problema.
concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e ano-
Note que:
tações. - Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em cons-
truções redundantes, com finalidade expressiva, para salientar
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí- algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa é que dera
quos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe os em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar das belezas bra-
passos. (= Vou seguir seus passos.) sileiras, isso é que é sorte!

Pronomes Demonstrativos - O pronome demonstrativo neutro ou pode representar


um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explici- aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou apos-
to: O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
tar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no - Para evitar a repetição de um verbo anteriormente ex-
tempo ou discurso. presso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer,
No espaço: chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as ve-
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o car- zes de): Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.
ro está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro - Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa men-
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa cionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro
que fala. lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos;
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o car- aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele ca-
sado]
ro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica:
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto A menina foi a tal que ameaçou o professor?
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita
de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o pri- - Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com
meiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso, nis-
relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. so, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar in-
formações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universida- Pronomes Indefinidos
de destinatária).
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantida-
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que de indeterminada.
envia a mensagem). Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plan-
No tempo: tadas.
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refe-
re ao ano presente. Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa de
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma impre-
a um passado próximo. cisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou
se referindo a um passado distante. não se quer revelar. Classificam-se em:

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São pessoas quaisquer.
eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, ou-
trem, quem, tudo. Pronomes Relativos
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é. São aqueles que representam nomes já mencionados
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade as orações subordinadas adjetivas.
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). O racismo é um sistema que afirma a superioridade de
Cada povo tem seus costumes. um grupo racial sobre outros.
Certas pessoas exercem várias profissões. (afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros
= oração subordinada adjetiva).
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema”
ora pronomes indefinidos adjetivos:
e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sis-
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
tema” é antecedente do pronome relativo que.
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
demonstrativo o, a, os, as.
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. Não sei o que você está querendo dizer.
Menos palavras e mais ações. Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem ex-
Alguns se contentam pouco. presso.
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va- Quem casa, quer casa.
riáveis e invariáveis. Observe:
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, Observe:
tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais,
vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne- cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas.
nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, Note que:
outras, quantas. - O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituí-
algo, cada. do por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antece-
dente for um substantivo.
São locuções pronominais indefinidas: O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as
(que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, quais)
uma ou outra, etc.
Cada um escolheu o vinho desejado. - O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
Indefinidos Sistemáticos verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem
ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, per-
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza
cebemos que existem alguns grupos que criam oposição
ou depois de determinadas preposições: Regressando de São
de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sen-
Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado.
tido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido
negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmati- (O uso de “que”, neste caso, geraria ambiguidade.)
va, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa; Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvi-
alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e algo/nada, das? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
que se referem à coisa; certo, que particulariza, e qualquer,
que generaliza. - O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se
Essas oposições de sentido são muito importantes na refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas poeta, que era a sua vocação natural.
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os - O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente,
pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais,
de que fazem parte: das quais.
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
prático. (antecedente) (consequente)

77
LÍNGUA PORTUGUESA

- “Quanto” é pronome relativo quando tem por anteceden- Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exer-
te um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: cem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto.
Emprestei tantos quantos foram necessários. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercen-
(antecedente) do função de complemento, e, consequentemente, é do caso
Ele fez tudo quanto havia falado. oblíquo.
(antecedente) Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, o
pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a se-
- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre gunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia
precedido de preposição. ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
É um professor a quem muito devemos.
(preposição) Importante: Em observação à segunda oração, o emprego
do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intran-
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antece- sitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes,
dente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa depois ou entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso
onde morava foi assaltada. “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio.
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou Eu desejo lhe perguntar algo.
em que. Eu estou perguntando-lhe algo.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
exterior. Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, di-
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as pala- ferentemente dos segundos que são sempre precedidos de
vras: preposição.
- como (= pelo qual): Não me parece correto o modo como - Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu
você agiu semana passada. estava fazendo.
- quando (= em que): Bons eram os tempos quando podía- - Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o
mos jogar videogame.
que eu estava fazendo.
- Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
A colocação pronominal é a posição que os pronomes
numa só frase.
pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao ver-
O futebol é um esporte.
bo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se,
O povo gosta muito deste esporte.
o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na
- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode oração em relação ao verbo:
ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente 1. próclise: pronome antes do verbo
que conversava, (que) ria, (que) fumava. 2. ênclise: pronome depois do verbo
3. mesóclise: pronome no meio do verbo
Pronomes Interrogativos
Próclise
São usados na formulação de perguntas, sejam elas dire-
tas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, refe- A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
rem- -se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. - Palavras com sentido negativo:
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), Nada me faz querer sair dessa cama.
quanto (e variações). Não se trata de nenhuma novidade.
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas pre- - Advérbios:
feres. Nesta casa se fala alemão.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos Naquele dia me falaram que a professora não veio.
passageiros desembarcaram.
- Pronomes relativos:
Sobre os pronomes: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de
sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando - Pronomes indefinidos:
desempenha função de complemento. Vamos entender, pri- Quem me disse isso?
meiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
função exerce. Observe as orações:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. - Pronomes demonstrativos:
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe Isso me deixa muito feliz!
ajudar. Aquilo me incentivou a mudar de atitude!

78
LÍNGUA PORTUGUESA

- Preposição seguida de gerúndio: Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, refe-


Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais rem- -se, respectivamente, a
indicado à pesquisa escolar. (A) dúvidas e preços.
(B) dúvidas e insumos básicos.
- Conjunção subordinativa: (C) companhias e insumos básicos.
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. (D) companhias e preços do carbono e da água.
(E) políticas de crescimento e preços adequados.
Ênclise
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- adap.).
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho grifado está
aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ên- corretamente substituído por um pronome em:
clise vai acontecer quando: A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo
- O verbo estiver no imperativo afirmativo: B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-lhes
Amem-se uns aos outros. desalentado
Sigam-me e não terão derrotas. C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de
conhecê-lo?
- O verbo iniciar a oração: D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
Diga-lhe que está tudo bem. parecia ser-lhe
Chamaram-me para ser sócio. E) incomodaram o general... − incomodaram-no

- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da prepo- 03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). A
sição “a”: substituição do elemento grifado pelo pronome correspon-
Naquele instante os dois passaram a odiar-se. dente, com os necessários ajustes, foi realizada de modo IN-
Passaram a cumprimentar-se mutuamente. CORRETO em:
- O verbo estiver no gerúndio: A) mostrando o rio= mostrando-o.
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocu-
B) como escolher sítio= como escolhê-lo.
pada.
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes.
Despediu-se, beijando-me a face.
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada
lhes acrescentariam.
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas.
Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no mes-
mo instante.
04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a al-
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
ternativa em que o pronome destacado está posicionado de
Mesóclise acordo com a norma-padrão da língua.
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta.
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no (B) A menina tinha distanciado-se muito da família.
futuro do presente ou no futuro do pretérito: (C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se (D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
realizará) (E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança.
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma pro-
posta a você) 05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alternativa
cujo emprego do pronome está em conformidade com a nor-
Questões sobre Pronome ma padrão da língua.
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012). (B) Nos falaram que a diplomacia americana está abalada.
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não (C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
está claro até onde pode realmente chegar uma política basea- (D) Conformado, se rendeu às punições.
da em melhorar a eficiência sem preços adequados para o car- (E) Todos querem que combata-se a corrupção.
bono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade
que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água 06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale a al-
faça em si diferença, as companhias não podem suportar ter de ternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo
pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, com a norma-padrão da língua portuguesa.
sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar pre- (A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que
ços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma eles sejam sempre trazidos junto ao corpo.
maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. E (B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação
sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
será a segunda opção. (C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) restituir um objeto à pessoa que o perdeu.

79
LÍNGUA PORTUGUESA

(D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que RESOLUÇÃO


abrisse a bolsa que encontrara.
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten- 1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro,
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos. não está claro até onde pode realmente chegar uma política
baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados para
07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013). o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra.
Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ- É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbo-
tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______ pra- no e da água faça em si diferença, as companhias não po-
zo. dem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares
Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta e por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto,
respectivamente, considerando a norma culta da língua. elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém
A) a que … acaba … à B) com que … acabam … à encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada-
C) de que … acabam … a D) em que … acaba … a mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas
E) dos quais … acaba … à de crescimento verde sempre será a segunda opção.

08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013- 2-)


adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e respecti- A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los
vamente, as lacunas do trecho. B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os de-
______alguns anos, num programa de televisão, uma jovem salentado
fazia referência______ violência______ o brasileiro estava sujeito C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de
de forma cômica. conhecê-las ?
A) Fazem... a ... de que B) Faz ...a ... que D) ...não parecia ser um importante industrial... − não pa-
C) Fazem ...à ... com que D) Faz ...à ... que recia sê-lo
E) Faz ...à ... a que
3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las
09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
4-)
As sereias então devoravam impiedosamente os tripulan-
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta.
tes.
(B) A menina tinha se distanciado muito da família.
... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça...
(C) A garota disse que se perdeu dos pais.
... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifa-
5-)
dos acima foram corretamente substituídos por um pronome,
(A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos.
na ordem dada, em:
(B) Falaram-nos que a diplomacia americana está abalada.
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
(D) Conformado, rendeu-se às punições.
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes
(E) Todos querem que se combata a corrupção.
(C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes
(D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
(E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los 6-)
(B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação de
10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013- ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos es- (C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos
tabelecimentos felizmente comprovam os acontecimentos, e restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
testemunhas vão ajudar a polícia na investigação. – de acordo (D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que
com a norma-padrão, os pronomes que substituem, correta- abrisse a bolsa que encontrara.
mente, os termos em destaque são: (E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma ten-
A) os comprovam … ajudá-la. dência natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
B) os comprovam …ajudar-la. 7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram pro-
C) os comprovam … ajudar-lhe. dutos de que não necessitam e acabam tendo de pagar
D) lhes comprovam … ajudar-lhe. tudo a prazo.
E) lhes comprovam … ajudá-la.
8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma jo-
GABARITO vem fazia referência à violência a que o brasileiro estava
sujeito de forma cômica.
01. C 02. E 03. C 04. D 05. C Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular
06. A 07. C 08. E 09. A 10. A
9-)
devoravam - verbo terminado em “m” = pronome oblíquo
no/na (fizeram-na, colocaram-no)

80
LÍNGUA PORTUGUESA

impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto; “lhe” Observação:


é para objeto indireto - No caso da referida expressão aparecer repetida ou asso-
convencer - verbo transitivo direto = pede objeto direto; ciada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, neces-
“lhe” é para objeto indireto sariamente, deverá permanecer no plural:
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na
campanha de doação de alimentos.
10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimen- Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
tos felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas de formatura.
vão ajudar a polícia na investigação.
felizmente os comprovam ... ajudá-la 6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos
(advérbio) que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos
que atuaram na Copa América.

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL. 7) Em casos relativos à concordância com locuções prono-


minais, representadas por “algum de nós, qual de vós, quais de
vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos ater-
mos a duas questões básicas:
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos re- - No caso de o primeiro pronome estar expresso no plu-
ferindo à relação de dependência estabelecida entre um termo ral, o verbo poderá com ele concordar, como poderá também
e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agen- concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o recebere-
tes principais desse processo são representados pelo sujeito, mos. / Alguns de nós o receberão.
que no caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual - Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso
desempenha a função de subordinado. no singular, o verbo permanecerá, também, no singular: Al-
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza- gum de nós o receberá.
se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “nú-
mero e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: 8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo prono-
O aluno chegou atrasado. Temos que o verbo apresenta-se na me “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singu-
terceira pessoa do singular, pois faz referência a um sujeito, as- lar ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:
sim também expresso (ele). Como poderíamos também dizer: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / Fomos nós
os alunos chegaram atrasados. quem contamos toda a verdade para ela.

Casos referentes a sujeito simples 9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela pa-
lavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que ante-
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o cede essa palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as
núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado. decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.

2) Nos casos referentes a sujeito representado por subs- 10) No caso de o sujeito aparecer representado por expres-
tantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do sin- sões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o
gular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcenta-
Observação: gem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria.
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adno- / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
minal no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá
ir para o plural: Observações:
- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de porcen-
Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
tagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram a
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
decisão da diretoria 50% dos funcionários.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin-
3) Quando o sujeito é representado por expressões par-
gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.
titivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de de-
metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto pode
terminantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os 50%
concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o
dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar. A
maioria dos alunos resolveram ficar.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por
pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões
terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas Majestades
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo
gostaram das homenagens. Vossa Majestade agradeceu o con-
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de
vite.
mil candidatos se inscreveram no concurso.
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo
5) Em casos em que o sujeito é representado pela expres-
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos
são “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de um
candidato se inscreveu no concurso de piadas. que os determinam:

81
LÍNGUA PORTUGUESA

- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural mas-
ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo culino ou concorda com o substantivo mais próximo.
também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás Cubas - Ela tem pai e mãe louros.
é uma criação de Machado de Assis. - Ela tem pai e mãe loura.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente
permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência para o plural.
mundial. - O homem e o menino estavam perdidos.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos
é uma potência mundial. b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais
Casos referentes a sujeito composto próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco.
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gra-
maticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: con-
relacionado a dois pressupostos básicos:
corda com o mais próximo ou vai para o plural.
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as Estavam feridos o pai e os filhos.
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. Estava ferido o pai e os filhos.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na
2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são primos. c) Um substantivo e mais de um adjetivo
- antecede todos os adjetivos com um artigo.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer ante- Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
posto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois
filhos compareceram ao evento. - coloca o substantivo no plural.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo,
este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou per- d) Pronomes de tratamento
manecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus dois - sempre concordam com a 3ª pessoa.
filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. Vossa Santidade esteve no Brasil.

4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: - Concordam com o substantivo a que se referem.
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do As cartas estão anexas.
mundo. A bebida está inclusa.
Precisamos de nomes próprios.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinôni- Obrigado, disse o rapaz.
mas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo po-
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
derá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória, - Após essas expressões o substantivo fica sempre no sin-
minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. gular e o adjetivo no plural.
/ Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de Renato advogou um e outro caso fáceis.
meu esforço. Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos de- g) É bom, é necessário, é proibido
mais termos da oração para que concordem em gênero e - Essas expressões não variam se o sujeito não vier prece-
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o dido de artigo ou outro determinante.
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos Canja é bom. / A canja é boa.
também o verbo, que se flexionará à sua maneira. É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
concordam em gênero e número com o substantivo. é proibida.
- A pequena criança é uma gracinha.
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático. h) Muito, pouco, caro
- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Comi muitas frutas durante a viagem.
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra
Pouco arroz é suficiente para mim.
geral mostrada acima. Os sapatos estavam caros.
a) Um adjetivo após vários substantivos
- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural - Como advérbios: são invariáveis.
ou concorda com o substantivo mais próximo. Comi muito durante a viagem.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui. Comprei caro os sapatos.

82
LÍNGUA PORTUGUESA

i) Mesmo, bastante (D) As instituições fundamentais de um regime democrá-


- Como advérbios: invariáveis tico não pode estar subordinado às ordens indiscriminadas de
Preciso mesmo da sua ajuda. um único poder central.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para
o momento eleitoral, que expõem as diferentes opiniões exis-
- Como pronomes: seguem a regra geral. tentes na sociedade.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. 02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de concor-
dância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em:
j) Menos, alerta A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitu-
- Em todas as ocasiões são invariáveis. ra, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento
Preciso de menos comida para perder peso. intelectual, estão na capacidade de criação do autor, mediante
Estamos alerta para com suas chamadas. palavras, sua matéria-prima.
B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre
k) Tal Qual
delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor ao
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com
o consequente. ultrapassar os limites da época em que vivem seus autores,
As garotas são vaidosas tais qual a tia. gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhe
permitem criar todo um mundo de ficção, em que persona-
l) Possível gens se transformam em seres vivos a acompanhar os leitores,
- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “me- numa verdadeira interação com a realidade.
lhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expres- D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor
sões. somente se realiza plenamente caso haja afinidade de ideias
A mais possível das alternativas é a que você expôs. entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. intelectual deste último e o prazer da leitura.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que constitui
da cidade. leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo
que ultrapassa os limites de tempo e de época.
m) Meio
- Como advérbio: invariável. 03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para res-
Estou meio (um pouco) insegura. ponder à questão.
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
- Como numeral: segue a regra geral. está claro até onde pode realmente chegar uma política basea-
Comi meia (metade) laranja pela manhã. da em melhorar a eficiência sem preços adequados para o car-
bono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade
n) Só que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água
- apenas, somente (advérbio): invariável. em si ___________diferença, as companhias não podem suportar
Só consegui comprar uma passagem. ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de
carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a
- sozinho (adjetivo): variável.
usar preços- -sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até
Estiveram sós durante horas.
agora uma maneira de quantificar adequadamente os insumos
básicos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde
Fonte:
sempre ___________ a segunda opção.
http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-ver- (Carta Capital, 27.06.2012.
bal.htm Adaptado)
Questões sobre Concordância Nominal e Verbal
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as
lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectiva-
01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A concor-
mente, com:
dância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:
(A) Restam… faça… será (B) Resta… faz… será
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
que determinam as escolhas dos governantes, para conferir (C) Restam… faz... serão (D) Restam… façam… serão
legitimidade a suas decisões. (E) Resta… fazem… será
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem
ser embasados na percepção dos valores e princípios que re- 04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alternativa
gem a prática política. em que o trecho
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira
regime democrático, em que se respeita tanto as liberdades de quantificar adequadamente os insumos básicos.– está corre-
individuais quanto as coletivas. tamente reescrito, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.

83
LÍNGUA PORTUGUESA

(A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até 08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos Observam-se corretamente as regras de concordância verbal
básicos. e nominal em:
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como en-
até agora uma maneira adequada de os insumos básicos ser tre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas às
quantificados. mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias de hoje.
(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até b) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony
agora uma maneira adequada para que os insumos básicos se- Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões polêmicas
jam quantificado.
de seu tempo, não estão apenas nos livros que escreveram.
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
até agora uma maneira adequada para que os insumos bási- c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre ára-
cos seja quantificado. bes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimen-
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou to, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo menos de
até agora uma maneira adequada de se quantificarem os in- terem alguma trégua.
sumos básicos. d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a ver-
dade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto
05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO - relativa, costumam encontrar muito mais detratores que ad-
VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto: miradores.
I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota negati- e) No final do século XX já não se via muitos intelectuais e
va... escritores como Edward Said, que não apenas era notícia pelos
II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classifica- livros que publicavam como pelas posições que corajosamen-
ção do continente americano (2,0)... te assumiam.
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e II, a
concordância segue as mesmas regras, na ordem dos exem- 09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
plos, em: O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propostas
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o próximo para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural, está
ano. Será que alguém tem opinião diferente da maioria?
em:
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas.
Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha. (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas)
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase to- (B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do planeta)
dos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O con-
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas tam- sumo mundial de barris de petróleo)
bém existem umas que não merecem nossa atenção. (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. custo da matéria-prima... (Constantes aumentos)
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços
06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) mundiais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas)
Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de pe-
regrinação. 10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assinale
O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural a alternativa em que a concordância das formas verbais desta-
caso o segmento grifado seja substituído por: cadas está de acordo com a norma-padrão da língua.
(A) Há folheteiros que (A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higieniza-
(B) A maior parte dos folheteiros ção subterrânea.
(C) O folheteiro e sua família (B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os traba-
(D) O grosso dos folheteiros lhadores da área de limpeza.
(E) Cada um dos folheteiros
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos
07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) de se contrair alguma doença.
Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em: (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete
(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel sem da manhã, eu já estava fazendo meu serviço.
preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, co-
criações poéticas tão originais. meçou a adotar medidas mais rigorosas para a proteção de
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atri- seus funcionários.
buído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas
melhores universidades do país. GABARITO
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a 01. A 02. A 03. A 04. E 05. A
situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mes- 06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C
mos requizessem o respeito que faziam por merecer.
(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e a RESOLUÇÃO
pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser re-
sultado do puro e simples desconhecimento. 1-) Fiz os acertos entre parênteses:
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os problemas (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de repre- que determinam as escolhas dos governantes, para conferir
sentatividade. legitimidade a suas decisões.

84
LÍNGUA PORTUGUESA

(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem 5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
(deve) ser embasados (embasada) na percepção dos valores e aos itens:
princípios que regem a prática política. (A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém tem
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um verda- (singular)
deiro regime democrático, em que se respeita (respeitam) tan- (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
to as liberdades individuais quanto as coletivas. (C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quiseram
(D) As instituições fundamentais de um regime democrá- (plural)
tico não pode (podem) estar subordinado (subordinadas) às (D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem umas
ordens indiscriminadas de um único poder central. (plural)
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) voltados (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas as
(voltado) para o momento eleitoral, que expõem (expõe) as formas estão no plural)
diferentes opiniões existentes na sociedade. 6-)
A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto “fo-
2-) lheterios”)
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitu- B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional)
ra, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto)
intelectual, estão na capacidade de criação do autor, mediante D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional)
palavras, sua matéria-prima. = correta
E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular
B) Obras que se consideram clássicas na literatura sempre
delineiam novos caminhos, pois são capazes de encantar o lei-
7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta:
tor ao ultrapassarem os limites da época em que vivem seus
autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima. (A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a considerar o
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhes cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir
permite criar todo um mundo de ficção, em que personagens dessas criações poéticas tão originais.
se transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, (B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atri-
numa verdadeira interação com a realidade. buído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas
D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor melhores universidades do país.
somente se realizam plenamente caso haja afinidade de ideias (C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a si-
entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento tuação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos
intelectual deste último e o prazer da leitura. requizessem (requeressem) o respeito que faziam por merecer.
E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que cons- (D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desvalo-
tituem leitura obrigatória e se tornam referências por seu con- rização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só
teúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época. pode (podem) ser resultado do puro e simples desconheci-
mento.
3-) _Restam___dúvidas (E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que os
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta
em si __faça __diferença de representatividade.
a maioria das políticas de crescimento verde sempre ____
será_____ a segunda opção. 8-) Fiz as correções entre parênteses:
Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como en-
no plural quanto no singular. Nas alternativas não há “restam/ tre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas às
faça/serão”, portanto a A é que apresenta as opções adequa- mais humildes, são (é) cada vez mais comuns (comum) nos
das. dias de hoje.
b) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony
4-) Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões polêmicas
(A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
de seu tempo, não estão (está) apenas nos livros que escreve-
até agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos
ram.
básicos.
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre ára-
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou
bes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimen-
até agora uma maneira adequada de os insumos básicos se-
rem quantificados. to, estejam (esteja) próximos (próximo) de serem (ser) resolvi-
(C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou dos (resolvido) ou pelo menos de terem (ter) alguma trégua.
até agora uma maneira adequada para que os insumos bási- d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a ver-
cos sejam quantificados. dade, ainda que conscientes de que esta é até certo ponto
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou relativa, costumam encontrar muito mais detratores que ad-
até agora uma maneira adequada para que os insumos bási- miradores.
cos sejam quantificados. e) No final do século XX já não se via (viam) muitos inte-
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou lectuais e escritores como Edward Said, que não apenas era
até agora uma maneira adequada de se quantificarem os insu- (eram) notícia pelos livros que publicavam como pelas posi-
mos básicos. = correta ções que corajosamente assumiam.

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LÍNGUA PORTUGUESA

9-) Cheguei ao metrô.


(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = “há” Cheguei no metrô.
permaneceria no singular
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do planeta) No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
= “sabe” permaneceria no singular caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Che-
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O con- guei no metrô”, popularmente usada a fim de indicar o lugar a
sumo mundial de barris de petróleo) = “dá” permaneceria no que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente.
singular Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
custo da matéria-prima... Constantes aumentos) = “reflete” Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de
passaria para “refletem-se” acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
mundiais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas) formas em frases distintas.
= “pressiona” permaneceria no singular
Verbos Intransitivos
10-) Fiz as correções:
(A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular) Os verbos intransitivos não possuem complemento. É im-
(B) Ainda existe muitas pessoas = existem portante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete - Chegar, Ir
da manhã = eram Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, co- de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar
meçou = começaram destino ou direção são: a, para.
Fui ao teatro.
Adjunto Adverbial de Lugar
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.
Ricardo foi para a Espanha.
Adjunto Adverbial de Lugar
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que - Comparecer
ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em
Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando ou a.
frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último
desejado, que sejam corretas e claras. jogo.
Regência Verbal Verbos Transitivos Diretos
Termo Regente: VERBO
Os verbos transitivos diretos são complementados por ob-
jetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para o
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses
os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,
e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assu-
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa ca-
mir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em
pacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecer-
-r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas
mos as diversas significações que um verbo pode assumir com
a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe: em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complemen-
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, con- tos verbais, objetos indiretos.
tentar. São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar,
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar agrado abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, ado-
ou prazer”, satisfazer. rar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, con-
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de denar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar,
“agradar a alguém”. humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar,
socorrer, suportar, ver, visitar.
Saiba que: Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como
O conhecimento do uso adequado das preposições é um o verbo amar:
dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e Amo aquele rapaz. / Amo-o.
também nominal). As preposições são capazes de modificar Amo aquela moça. / Amo-a.
completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os Amam aquele rapaz. / Amam-no.
exemplos: Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.

86
LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adno- particular cuidado. Observe:
minais). Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Verbos Transitivos Indiretos Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.

Os verbos transitivos indiretos são complementados por Informar


objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que Informe os novos preços aos clientes.
podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as preços)
como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os
objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pro- - Na utilização de pronomes como complementos, veja as
nomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar construções:
dos pronomes átonos lhe, lhes. Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre
- Consistir - Tem complemento introduzido pela preposi- eles)
ção “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais
para todos.
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
introduzidos pela preposição “a”: Comparar
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
Eles desobedeceram às leis do trânsito. preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento in-
- Responder - Tem complemento introduzido pela preposi- direto.
ção “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a quem” Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma crian-
ou “ao que” se responde. ça.
Respondi ao meu patrão. Pedir
Respondemos às perguntas. Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na for-
Respondeu-lhe à altura. ma de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
Pedi-lhe favores.
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto Objeto Indireto Objeto Direto
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
analítica. Veja: Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
O questionário foi respondido corretamente. Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. Objetiva Direta

- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos Saiba que:


introduzidos pela preposição “com”. - A construção “pedir para”, muito comum na linguagem
Antipatizo com aquela apresentadora. cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver
para uma minoria privilegiada. subentendida.
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanha- ir entregar-lhe os catálogos em casa).
dos de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque,
- A construção “dizer para”, também muito usada popular-
nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar. São verbos que
mente, é igualmente considerada incorreta.
apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indire-
to relacionado a pessoas. Veja os exemplos:
Preferir
Agradeço aos ouvintes a audiência.
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto
Objeto Indireto Objeto Direto
introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Paguei o débito ao cobrador. Prefiro trem a ônibus.
Objeto Direto Objeto Indireto

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LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem CHAMAR
termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solici-
milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente tar a atenção ou a presença de.
no próprio verbo (pre). Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá
-la.
Mudança de Transitividade X Mudança de Significado Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.

- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apre-


Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivida-
sentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo
de, apresentam mudança de significado. O conhecimento das preposicionado ou não.
diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico A torcida chamou o jogador mercenário.
muito importante, pois além de permitir a correta interpreta- A torcida chamou ao jogador mercenário.
ção de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a A torcida chamou o jogador de mercenário.
quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão: A torcida chamou ao jogador de mercenário.

AGRADAR CUSTAR
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, - Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor
acariciar. ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: Frutas e
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada verduras não deveriam custar muito.
quando o revê.
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláu-
transitivo indireto.
dia não perde oportunidade de agradá-lo.
Muito custa viver tão longe da família.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado Verbo Oração Subordinada Substantiva
a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido Subjetiva
pela preposição “a”. Intransitivo Reduzida de Infinitivo
O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou. Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela
atitude.
ASPIRAR Objeto Oração Subordinada Substantiva
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o Subjetiva
ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Indireto Reduzida de Infinitivo
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que
como ambição: Aspirávamos a melhores condições de vida.
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pes-
(Aspirávamos a elas) soa. Observe:
Custei para entender o problema.
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- Forma correta: Custou-me entender o problema.
soa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas
“lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”. Veja IMPLICAR
o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a ela) a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes im-
plicavam um firme propósito.
ASSISTIR b) Ter como consequência, trazer como consequência,
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar acarretar, provocar: Liberdade de escolha implica amadureci-
assistência a, auxiliar. Por exemplo: mento político de um povo.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. - Como transitivo direto e indireto, significa comprometer,
envolver: Implicaram aquele jornalista em questões econômi-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, cas.
estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Assistimos ao documentário.
indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
Não assisti às últimas sessões. não trabalhasse arduamente.
Essa lei assiste ao inquilino.
PROCEDER
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in- - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, agir.
introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa conturba- Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de ad-
da cidade. junto adverbial de modo.

88
LÍNGUA PORTUGUESA

As afirmações da testemunha procediam, não havia como O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e in-
refutá-las. direto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma
Você procede muito mal. coisa).

- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição” SIMPATIZAR


de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido pela pre- Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não simpa-
posição “a”) é transitivo indireto. tizei com os jurados.
O avião procede de Maceió.
Procedeu-se aos exames. NAMORAR
O delegado procederá ao inquérito. É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Maria
namora João.
QUERER
Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter von-
tade de, cobiçar.
OBEDECER
Querem melhor atendimento.
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a
Queremos um país melhor.
preposição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, es- Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser
timar, amar. usado na voz passiva: A fila não foi obedecida.
Quero muito aos meus amigos.
Ele quer bem à linda menina. VER
Despede-se o filho que muito lhe quer. É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o
filme.
VISAR
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, Regência Nominal
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo. É o nome da relação existente entre um nome (substantivo,
O gerente não quis visar o cheque. adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa
relação é sempre intermediada por uma preposição. No estu-
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como ob- do da regência nominal, é preciso levar em conta que vários
jetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos
O ensino deve sempre visar ao progresso social. de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa,
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar pú- nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Obser-
blico. ve o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes:
todos regem complementos introduzidos pela preposição a.
ESQUECER – LEMBRAR Veja:
- Lembrar algo – esquecer algo Obedecer a algo/ a alguém.
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal) Obediente a algo/ a alguém.

No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exi- Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da
preposição ou preposições que os regem. Observe-os aten-
gem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
tamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes
No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada


passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração
de sentido. É uma construção muito rara na língua contem-
porânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto
brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exem-
plo, fez uso dessa construção várias vezes.
- Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)

89
LÍNGUA PORTUGUESA

Substantivos

Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de


Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralela-
mente a; relativa a; relativamente a.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

Questões sobre Regência Nominal e Verbal

01. (Administrador – FCC – 2013-adap.).


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
A) ...astros que ficam tão distantes ...
B) ...que a astronomia é uma das ciências ...
C) ...que nos proporcionou um espírito ...
D) ...cuja importância ninguém ignora ...
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013-adap.).


... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos do sueco.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de complementos que o grifado acima está empregado em:
A) ...que existe uma coisa chamada exército...
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro...
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.).


... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:

90
LÍNGUA PORTUGUESA

A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a ex- (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se perdi-
tremos de sutileza. do de sua família.
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado (E) A família toda se organizou para realizar a procura à ga-
nos troncos mais robustos. rotinha.
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorien-
tam, não raro, quem... 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale a alter-
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na nativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do
serra de Tunuí... texto, de acordo com as regras de regência.
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já assi-
gentio, mestre e colaborador... nalavam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal e
a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a mí-
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... dia pode exercer sobre os jovens.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o A) dos … na B) nos … entre a
da frase acima se encontra em: C) aos … para a D) sobre os … pela
A) A palavra direito, em português, vem de directum, do E) pelos … sob a
verbo latino dirigere...
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das so- 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Pú-
blicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão da lín-
ciedades...
gua, assinale a alternativa em que os trechos destacados estão
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela
corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
justiça.
A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações dez mil tomadas.
da justiça... B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver um
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o senti- homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
mento de justiça. C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar
logotipos e negociar.
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alternativa D) O taxista levou o autor a indagar no número de toma-
em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de das do edifício.
junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparas-
pontuação. se a um prédio na marginal.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais 09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). Assinale
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em a alternativa que substitui a expressão destacada na frase, con-
outros. forme as regras de regência da norma-padrão da língua e sem
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapida- alteração de sentido.
mente seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de direi-
seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, tos dos trabalhadores domésticos.
do que em outros. A) da
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapida- B) na
mente seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço C) pela
seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do D) sob a
que em outros. E) sobre a
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço GABARITO
seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo
01. D 02. D 03. A 04. A 05. D
– do que em outros.
06. A 07. C 08. A 09. C
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais RESOLUÇÃO
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
outros. 1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras
ciências ...
06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a al- Facilitar – verbo transitivo direto
ternativa correta quanto à regência dos termos em destaque. A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de ligação
(A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a res- B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo de
ponsabilidade pelo problema. ligação
(B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter se C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo transitivo
perdido. direto e indireto
(C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro =
um índio na porta do prédio. verbo transitivo indireto

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos 8-)
filhos do sueco. B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de haver
Pedir = verbo transitivo direto e indireto um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = transitivo C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em criar
direto logotipos e negociar.
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de
ligação tomadas do edifício.
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia... E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparas-
=verbo intransitivo se em um prédio na marginal.
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi-
mento. =transitivo direto 9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada em direitos dos trabalhadores domésticos.
partes desiguais...
Constar = verbo intransitivo
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado
nos troncos mais robustos. =ligação ORTOGRAFIA OFICIAL.
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorien-
tam, não raro, quem... =transitivo direto
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na
serra de Tunuí... = transitivo direto A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo sig-
Lidar = transitivo indireto nificados diferentes. Essas palavras são chamadas de homôni-
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das so- mas (canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, sig-
ciedades... =transitivo direto nifica música vocal). As palavras homônimas dividem-se em
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela homógrafas, quando têm a mesma grafia (gosto, substantivo
justiça. =ligação e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas,
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações quando têm o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimen-
da justiça... =transitivo direto e indireto to durante o andar).
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o senti-
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se
mento de justiça. =transitivo direto
observar as seguintes regras:
5-) A correção do item deve respeitar as regras de pontuação
também. Assinalei apenas os desvios quanto à regência (pon- O fonema s:
tuação encontra-se em tópico específico)
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substanti-
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pontuação) vadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto à e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender
pontuação) - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir
mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer -
seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do discurso / sentir - sensível / consentir - consensual
que em outros.
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados
6-) dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com
(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por ter se verbos terminados por tir ou meter: agredir - agressivo / impri-
perdido. mir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder
(C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de um - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir -
índio na porta do prédio. opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se perdido *quando o prefixo termina com vogal que se junta com a
de sua família. palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimétrico /
(E) A família toda se organizou para realizar a procura pela re + surgir - ressurgir
garotinha. *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos:
ficasse, falasse
7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se reportou já
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem cor- Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos de
poral e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
origem árabe: cetim, açucena, açúcar
A pesquisa faz um alerta para a influência negativa que
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
a mídia pode exercer sobre os jovens.
çara, caçula, cachaça, cacique

92
LÍNGUA PORTUGUESA

*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: O fonema ch:
barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança,
carapuça, dentuço Escreve-se com X e não com CH:
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - *as palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi,
detenção / ater - atenção / reter - retenção muxoxo, xucro.
*após ditongos: foice, coice, traição *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J): xampu,
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): mar- lagartixa.
te - marciano / infrator - infração / absorto - absorção *depois de ditongo: frouxo, feixe.
*depois de “en”: enxurrada, enxoval.
O fonema z:
Observação: Exceção: quando a palavra de origem não
Escreve-se com S e não com Z: derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substan-
Escreve-se com CH e não com X:
tivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, freguesa,
*as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi,
freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc. mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
fose. As letras e e i:
*as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui- *os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com
seste. “i”, só o ditongo interno cãibra.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados em *os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são es-
“d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / critos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos
difundir - difusão com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Lui- - atenção para as palavras que mudam de sentido quando
sinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (superfície), ária
*após ditongos: coisa, pausa, pouso (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina com à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé),
“s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar pião (brinquedo).

Escreve-se com Z e não com S: Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/


*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: ortografia
macio - maciez / rico - riqueza
Questões sobre Ortografia
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem
não termine com s): final - finalizar / concreto - concretizar 01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre as
*como consoante de ligação se o radical não terminar com frases que seguem, a única correta é:
s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - la- a) Ele se esqueceu de que?
pisinho b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo
entre os presentes.
O fonema j: c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas.
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos
Escreve-se com G e não com J: funcionários.
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso. e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
*estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas 02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alternati-
exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. va cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a
norma- -padrão.
Observação: Exceção: pajem (A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, lití- (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
gio, relógio, refúgio.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
*os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
*depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir.
*depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado 03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
com j: ágil, agente. Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar
Escreve-se com J e não com G: os usuários sobre o festival Sounderground.
*as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. Prezado Usuário
*as palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, ________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô,
manjerona. ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, começa o
*as palavras terminada com aje: aje, ultraje. Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos
que tocam em estações do metrô.

93
LÍNGUA PORTUGUESA

Confira o dia e a estação em que os artistas se apresenta- A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios, por
rão e divirta-se! isso posso me queixar com razão.
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preen- B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultra-
cher as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões passarmos os infortúnios da vida.
A) A fim ...a partir ... as B) A fim ...à partir ... às C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que
C) A fim ...a partir ... às D) Afim ...a partir ... às vermos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa vida.
E) Afim ...à partir ... as D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento, princi-
palmente daqueles que procuram viver com dignidade e sim-
04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2011) plicidade.
As palavras estão corretamente grafadas na seguinte frase: E) As dificuldades por que passamos certamente nos fa-
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a zem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos
aeroportos.
09.Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta:
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneida-
A) Porque essa cara?
de, mas nada que ponha em cheque sua reputação de pessoa
B) Não vou porque não quero.
cortês.
C) Mas por quê?
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de
descançar após o almoço sob a frondoza árvore do pátio. D) Você saiu por quê?
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa mágoa
pode estar sendo o grande impecilho na superação dessa sua 10-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉCNICO FO-
crise. RENSE - CESPE/2013 - adaptada) Uma variante igualmente
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta quan- correta do termo “autópsia” é autopsia.
tia, mas não quiz ser taxado de conivente na concessão de ( ) Certo
privilégios ilegítimos. ( ) Errado
05.Em qual das alternativas a frase está corretamente es-
crita? GABARITO
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa.
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança. 01.E 02. D 03. C 04. A 05. B
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. 06. E 07. C 08. E 09. A 10. C
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
RESOLUÇÃO
06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU-
NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas ela 1-)
cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o verbo (A) Ele se esqueceu de que? = quê?
no tempo futuro. (B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para dis-
(A) Mas elas cresceram... tribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
(B) Mas elas cresciam... (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos exces-
(C) Mas elas cresçam... sivos nas críticas.
(D) Mas elas crescem... (D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindica-
(E) Mas elas crescerão... ções dos funcionários.
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
07. (IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM – CCI] – VU-
NESP/2011 - ADAPTADA) Assinale a alternativa em que o tre- 2-)
cho – O teste decisivo e derradeiro para ele, cidadão ansioso e (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães
sofredor...– está escrito corretamente no plural. (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. =
(A) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadãos an- cidadãos
sioso e sofredores... (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. =
(B) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães an- certidões
sioso e sofredores... (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus
(C) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadãos an-
siosos e sofredores... 3-) Prezado Usuário
(D) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadões an- A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô,
sioso e sofredores... a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa o Sou-
(E) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães an- nderground, festival internacional que prestigia os músicos que
siosos e sofredores... tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão
08. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011) e divirta-se!
Assinale a alternativa em que a frase NÃO contraria a norma A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; antes
culta:
de horas: há crase

94
LÍNGUA PORTUGUESA

4-) Fiz a correção entre parênteses:


(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos
aeroportos.
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua espon-
taneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) sua repu- A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras
tação de pessoa cortês. estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de algumas particularidades, às quais devemos estar atentos,
descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza (frondo- procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, con-
sa) árvore do pátio. sequentemente, colocando-as em prática na linguagem escrita.
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência dessa À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática
mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empecilho) na de redigir, automaticamente aprimoramos essas competências,
superação dessa sua crise. e logo nos adequamos à forma padrão.
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção dessa
alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de conivente na Regras básicas – Acentuação tônica
concessão de privilégios ilegítimos.
A acentuação tônica implica na intensidade com que são
5-) pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de for-
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. ma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As de-
= mendigo/caderneta/poupança mais, como são pronunciadas com menos intensidade, são
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. denominadas de átonas.
= mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa. De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
=mendigo/depositou/caderneta/poupança como:
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas elas
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a últi-
crescerão...
ma sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na
7-) Como os itens apresentam o mesmo texto, a alternativa
correta já indica onde estão as inadequações nos demais itens. penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível
8-) Fiz as correções entre parênteses:
A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infortú- Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica está
nios, por isso posso me queixar com razão. na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano –
B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes para médico – ônibus
ultrapassarmos os infortúnios da vida.
C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que Como podemos observar, os vocábulos possuem mais de
vermos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sí-
vida. laba somente: são os chamados monossílabos que, quando
D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto sofri- pronunciados, apresentam certa diferenciação quanto à inten-
mento, principalmente daqueles que procuram viver com dig- sidade.
nidade e simplicidade. Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos
E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) passa- em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos
mos certamente nos fazem mais fortes e preparados para os observar no exemplo a seguir:
infortúnios da vida.
“Sei que não vai dar em nada,
9-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome Seus segredos sei de cor”.
está longe do ponto de interrogação.
Os monossílabos classificam-se como tônicos; os demais,
10-) autopsia s.f., autópsia s.f.; cf. autopsia como átonos (que, em, de).
(fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/
start.htm?sid=23) Os acentos
RESPOSTA: “CERTO”.
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», «u» e
sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras represen-
tam as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público,
parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade,
timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos)

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LÍNGUA PORTUGUESA

acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompa-
“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tâmara – nhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú
Atlântico – pêssego – supôs – país – Luís
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles Observação importante:
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hia-
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras to quando vierem depois de ditongo: Ex.:
derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Antes Agora
Müller) bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais Sauípe Sauipe
nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi aboli-
Regras fundamentais: do. Ex.:
Antes Agora
Palavras oxítonas: crêem creem
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, lêem leem
“em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – ar- vôo voo
mazém(s) enjôo enjoo
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, segui- - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acen-
dos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há
to como antes: CRER, DAR, LER e VER.
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, segui-
das de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
Repare:
1-) O menino crê em você
Paroxítonas:
Os meninos creem em você.
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
2-) Elza lê bem!
- i, is : táxi – lápis – júri
Todas leem bem!
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
Esperamos que os garotos deem o recado!
- ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos 4-) Rubens vê tudo!
-- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Eles veem tudo!
Repare que essa palavra apresenta as terminações das paroxí-
tonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), * Cuidado! Há o verbo vir:
R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! Ele vem à tarde!
Eles vêm à tarde!
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de
“s”: água – pônei – mágoa – jóquei Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru-im, con-
Regras especiais: tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz

Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos aber-


tos), que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
com a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxí- seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
tonas.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma pa- precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
lavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentua-
dos. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu. As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz,
com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”
Antes Agora não serão mais acentuadas. Ex.:
assembléia assembleia
idéia ideia Antes Depois
geléia geleia apazigúe (apaziguar) apazigue
jibóia jiboia averigúe (averiguar) averigue
apóia (verbo apoiar) apoia argúi (arguir) argui
paranóico paranoico

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LÍNGUA PORTUGUESA

Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do 04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo vir) – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a afirmativa
em que se aplica a mesma regra de acentuação.
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, re- A) tevê – pôde – vê
ter, deter, abster. B) únicas – histórias – saudáveis
ele contém – eles contêm C) indivíduo – séria – noticiários
ele obtém – eles obtêm D) diário – máximo – satélite
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm 05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012)
Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acento grá-
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes fico tem justificativas gramaticais diferentes.
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (...) CERTO ( ) ERRADO
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções,
como: 06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012)
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do preté- Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem acen-
rito perfeito do modo indicativo) ainda continua sendo acen- to gráfico com base na mesma regra de acentuação gráfica.
tuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular (...) CERTO ( ) ERRADO
do presente do indicativo). Ex:
Ela pode fazer isso agora. 07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CESGRAN-
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... RIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mesmas regras
de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, respectivamente,
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da pre- são
posição por. a) trajetória, inútil, café e baú.
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colo- b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
car”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; c) necessário, túnel, infindáveis e só.
nos outros casos, “por” preposição. Ex: d) médio, nível, raízes e você.
Faço isso por você. e) éter, hífen, propôs e saída.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acentuados
Questões sobre Acentuação Gráfica graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica os vocábulos
01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – VU- A) também e coincidência.
NESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras são B) quilômetros e tivéssemos.
acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que justifi- C) jogá-la e incrível.
cam, respectivamente, as acentuações de: década, relógios, D) Escócia e nós.
suíços. E) correspondência e três.
(A) flexíveis, cartório, tênis. 09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012)
(B) inferência, provável, saída. As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a
(C) óbvio, após, países. mesma regra de acentuação gráfica.
(D) islâmico, cenário, propôs. (...) CERTO ( ) ERRADO
(E) república, empresária, graúda.
GABARITO
02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - 01. E 02. D 03. E 04. C 05. E
ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Assinale 06. C 07. D 08. B 09. E
a alternativa com as palavras acentuadas segundo as regras de
acentuação, respectivamente, de intercâmbio e antropológi- RESOLUÇÃO
co.
(A) Distúrbio e acórdão. 1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona termi-
(B) Máquina e jiló. nada em ditongo / suíços = regra do hiato
(C) Alvará e Vândalo. (A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em diton-
(D) Consciência e características. go / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida de “s”)
(E) Órgão e órfãs. (B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / pro-
vável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do hiato
03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE – TÉC- (C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após =
NICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As palavras oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
“conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de acordo com (D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona termi-
a mesma regra de acentuação gráfica. nada em ditongo / propôs = oxítona terminada em “o” + “s”
( ) CERTO ( ) ERRADO (E) república = proparoxítona / empresária = paroxítona
terminada em ditongo / graúda = regra do hiato

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, primeiro Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaústre =
temos que classificar as palavras do enunciado quanto à posi- regra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i + s”; sofá =
ção de sua sílaba tônica: oxítona terminada em “a”.
Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; Antropo- c) necessário, túnel, infindáveis e só.
lógico = proparoxítona (todas são acentuadas). Agora, vamos Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel =
à análise dos itens apresentados: paroxítona terminada em “l’; infindáveis = paroxítona termina-
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; acórdão da em “i + s”; só = monossílaba terminada em “o”.
= paroxítona terminada em “ão” d) médio, nível, raízes e você.
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada em Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = paroxí-
“o” tona terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será = oxítona
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = propa- terminada em “a”.
roxítona e) éter, hífen, propôs e saída.
(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo; carac- Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona ter-
terísticas = proparoxítona minada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”; saída
= regra do hiato.
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em “ão” e
“ã”, respectivamente.
8-)
A) também e coincidência.
3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato; ca-
Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência =
lúnia = paroxítona terminada em ditongo; injúria = paroxítona paroxítona terminada em ditongo
terminada em ditongo. B) quilômetros e tivéssemos.
RESPOSTA: “ERRADO”. Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparoxítona
C) jogá-la e incrível.
4-) Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona terminada
A) tevê – pôde – vê em “l’
Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito perfeito D) Escócia e nós.
do Indicativo) = acento diferencial (que ainda prevalece após Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós = monos-
o Novo Acordo Ortográfico) para diferenciar de “pode” – pre- sílaba terminada em “o + s”
sente do Indicativo; vê = monossílaba terminada em “e” E) correspondência e três.
B) únicas – histórias – saudáveis Correspondência = paroxítona terminada em ditongo; três
Únicas = proparoxítona; história = paroxítona terminada = monossílaba terminada em “e + s”
em ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em ditongo.
C) indivíduo – séria – noticiários 9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monossílaba
Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria = pa- terminada em “o”; céu = monossílaba terminada em ditongo
roxítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona ter- aberto “éu”.
minada em ditongo. RESPOSTA: “ERRADO”.
D) diário – máximo – satélite
Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo = pro- EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
paroxítona; satélite = proparoxítona.
5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxítona. 1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/
Ambas são acentuadas pela mesma regra (antepenúltima síla- SP – ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a al-
ba é tônica, “mais forte”). ternativa correta quanto à concordância, de acordo
RESPOSTA: “ERRADO”. com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade
6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diária = social está no centro dos debates atuais.
paroxítona terminada em ditongo; paciência = paroxítona ter- (B) Políticos, economistas e teóricos diverge em re-
minada em ditongo. Os três vocábulos são acentuados devido lação aos efeitos da desigualdade social.
à mesma regra. (C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
RESPOSTA: “CERTO”. mais pobres é um fenômeno crescente.
7-) Vamos classificar as palavras do enunciado: (D) A má distribuição de riquezas tem sido muito
criticado por alguns teóricos.
1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo
(E) Os debates relacionado à distribuição de rique-
2-) razoável = paroxítona terminada em “l’
zas não são de exclusividade dos economistas.
3-) países = regra do hiato
4-) será = oxítona terminada em “a” Realizei a correção nos itens:
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so-
a) trajetória, inútil, café e baú. cial está = estão
Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil = pa- (B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver-
roxítona terminada em “l’; café = oxítona terminada em “e” gem
b) exercício, balaústre, níveis e sofá.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos c) Não se compara aos vexames dos homens-placa
mais pobres é um fenômeno crescente. a exposição pública a que se submetem os guardadores
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti- de carros.
cado = criticada d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
(E) Os debates relacionado = relacionados propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma de-
monstração de mau gosto.
RESPOSTA: “C”. e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados
em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles ve-
2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Se- lhos carros-placa.
guindo a norma-padrão da língua portuguesa, a frase
– Um levantamento mostrou que os adolescentes ame- Fiz as correções entre parênteses:
ricanos consomem em média 357 calorias diárias dessa a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu-
fonte. – recebe o acréscimo correto das vírgulas em: gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri-
(A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes mida a visibilidade social.
americanos consomem em média 357 calorias, diárias b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime)
o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô-
dessa fonte.
nicos, como “compro ouro”.
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
americanos consomem, em média 357 calorias diárias
exposição pública a que se submetem os guardadores de
dessa fonte. carros.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros-
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias -placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma
dessa fonte. demonstração de mau gosto.
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in-
americanos, consomem em média 357 calorias diárias teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da-
dessa fonte. queles velhos carros-placa.
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
americanos, consomem em média 357 calorias diárias, RESPOSTA: “C”.
dessa fonte.
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo
ou faltante: a mesma regra que distribuídos.
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes (A) sócio
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X) (B) sofrê-lo
diárias dessa fonte. (C) lúcidos
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes (D) constituí
americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias (E) órfãos
dessa fonte.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes Distribuímos = regra do hiato
americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des- (A) sócio = paroxítona terminada em ditongo
sa fonte. (B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome
(D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes oblíquo. Nunca!)
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias (C) lúcidos = proparoxítona
(D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui”
diárias dessa fonte.
– oxítona: cons-ti-tui)
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
diárias, (X) dessa fonte. RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “C”. 5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012)
A concordância verbal está plenamente observada na
3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – frase:
FCC/2011) Estão plenamente observadas as normas de (A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e
concordância verbal na frase: materialistas, o posicionamento de alguns religiosos
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível e parlamentares acerca da educação religiosa nas es-
nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a colas públicas.
visibilidade social. (B) Sempre deverão haver bons motivos, junto
b) As duas tábuas em que se comprimem o famige- àqueles que são contra a obrigatoriedade do ensino
rado homem-placa carregam ditos que soam irônicos, religioso, para se reservar essa prática a setores da ini-
como “compro ouro”. ciativa privada.

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LÍNGUA PORTUGUESA

(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do ... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
texto, contra os que votam a favor do ensino religioso dade como tais = dois verbos na voz passiva, então teremos
na escola pública, consistem nos altos custos econô- um na ativa: que a sociedade perceba os valores e princí-
micos que acarretarão tal medida. pios...
(D) O número de templos em atividade na cidade
de São Paulo vêm gradativamente aumentando, em RESPOSTA: “A”
proporção maior do que ocorrem com o número de
escolas públicas. 8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação concordância verbal e nominal está inteiramente correta
como a regulação natural do mercado sinalizam para na frase:
as inconveniências que adviriam da adoção do ensino (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va-
religioso nas escolas públicas. lores que determinam as escolhas dos governantes, para
conferir legitimidade a suas decisões.
(A) Provocam = provoca (o posicionamento)
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
(B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá ha-
vem ser embasados na percepção dos valores e princí-
ver
pios que regem a prática política.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda-
pública, consistem = consiste. deiro regime democrático, em que se respeita tanto as
(D) O número de templos em atividade na cidade de liberdades individuais quanto as coletivas.
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor- (D) As instituições fundamentais de um regime de-
ção maior do que ocorrem = ocorre mocrático não pode estar subordinado às ordens indis-
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como criminadas de um único poder central.
a regulação natural do mercado sinalizam para as incon- (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados
veniências que adviriam da adoção do ensino religioso para o momento eleitoral, que expõem as diferentes
nas escolas públicas. opiniões existentes na sociedade.
Fiz os acertos entre parênteses:
RESPOSTA: “E”. (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
que determinam as escolhas dos governantes, para conferir
6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) legitimidade a suas decisões.
Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú- (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem
blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos valores
(A) embaixadores. e princípios que regem a prática política.
(B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais. (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
(C) prefeitos municipais. dadeiro regime democrático, em que se respeita (respeitam)
(D) presidentes das Câmaras de Vereadores. tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
(E) vereadores. (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
crático não pode (podem) estar subordinado (subordinadas)
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa às ordens indiscriminadas de um único poder central.
Senhoria (abreviado V. Sa.) para vereadores (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
está correto, sim. Numa Câmara de Vereado- tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
res só se usa Vossa Excelência para o seu presi-
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
dente, de acordo com o Manual de Redação da
Presidência da República (1991).
RESPOSTA: “A”.
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-
-tropece-detail.php?id=393)
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
RESPOSTA: “E”. frase que admite transposição para a voz passiva é:
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) grado.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so- (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
ciedade como tais. grande diversidade de fenômenos.
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socie-
passará a ser, corretamente, dade, a própria sociedade e seu instrumento de unifica-
(A) perceba. ção.
(B) foi percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
(C) tenham percebido. vida (...).
(D) devam perceber. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludi-
(E) estava percebendo. do e da falsa consciência.

100
LÍNGUA PORTUGUESA

(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra- ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui
do. sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo desta-
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma cado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos
grande diversidade de fenômenos. a forma:
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e A) puder.
explicada pelo conceito... B) poderia.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda- C) pôde.
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. D) poderá.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da E) pudesse.
vida (...).
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
e da falsa consciência. Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode-
ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é
RESPOSTA: “B”. crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
soa do singular (ele) = poderia.
10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
RESPOSTA: “B”.
vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
ambiental Geraldo Motta.
Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli- 13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011)
nhados devem sofrer as seguintes alterações: Entre as frases que seguem, a única correta é:
(A) entrar − vira a) Ele se esqueceu de que?
(B) entrava − tinha visto b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para dis-
(C) entrasse − veria tribui-lo entre os presentes.
(D) entraria − veria c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas
(E) entrava − teria visto críticas.
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindica-
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve- ções dos funcionários.
ria = entrasse / veria. e) Não sei por que ele mereceria minha conside-
ração.
RESPOSTA: “C”.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) (B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
A pontuação está inteiramente adequada na frase: distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex-
crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a cessivos nas críticas.
ver com as de ontem. (D) O juíz ( juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi-
b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que cações dos funcionários.
as crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, (E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
com as de ontem.
c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que RESPOSTA: “E”.
as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
com as de ontem. 14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINIS-
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que
TRATIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as fra-
as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver
ses do texto:
com as de ontem.
I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota ne-
e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que
gativa...
as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver
com as de ontem. II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior clas-
sificação do continente americano (2,0)...
Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta- Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases
ção da alternativa correta indica quais são as inadequações I e II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem
nas demais. dos exemplos, em:
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o
RESPOSTA: “E”. próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente
da maioria?
12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas ju-
ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) ninas. Vêm pessoas de muito longe para brincar de qua-
No trecho: “O crescimento econômico, se associado à drilha.

101
LÍNGUA PORTUGUESA

(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir
Quase todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia. conscientemente, a oferta de produtos supérfluos cres-
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, cia.
mas também existem umas que não merecem nossa
atenção. Fiz as correções necessárias:
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o plane-
ta não resistiu = resistirá
Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
aos itens: poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida,
tem (singular) o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse dis-
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) torções patológicas, não haverá = haveria
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise- (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado
ram (plural) tão eficientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam (ou
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem teriam ficado)
umas (plural) (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia =
as formas estão no plural) crescerá

RESPOSTA: “A”. RESPOSTA: “B”.

15-) (CETESB/SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO - 17-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁ-


RIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa que preen-
RECURSOS HUMANOS - VUNESP/2013 - ADAPTADA)
che adequadamente e de acordo com a norma culta a
Considere as orações: … sabíamos respeitar os mais
lacuna da frase: Quando um candidato trêmulo ______ eu
velhos! / E quando eles falavam nós calávamos a boca!
lhe faria a pergunta mais deliciosa de todas.
Alterando apenas o tempo dos verbos destacados
(A) entrasse
para o tempo presente, sem qualquer outro ajuste,
(B) entraria
tem-se, de acordo com a norma-padrão da língua por-
(C) entrava
tuguesa:
(D) entrar
(A) … soubemos respeitar os mais velhos! / E quan-
(E) entrou
do eles falaram nós calamos a boca!
(B) … saberíamos respeitar os mais velhos! / E quan- O verbo “faria” está no futuro do pretérito, ou seja, in-
do eles falassem nós calaríamos a boca! dica que é uma ação que, para acontecer, depende de ou-
(C) … soubéssemos respeitar os mais velhos! / E tra. Exemplo: Quando um candidato entrasse, eu faria / Se
quando eles falassem nós calaríamos a boca! ele entrar, eu farei / Caso ele entre, eu faço...
(D) … saberemos respeitar os mais velhos! / E quan-
do eles falarem nós calaremos a boca! RESPOSTA: “A”.
(E) … sabemos respeitar os mais velhos! / E quando
eles falam nós calamos a boca!

No presente: nós sabemos / eles falam.

RESPOSTA: “E”.

16-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINIS-


TRATIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas
verbais está correta em:
(A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o
planeta não resistiu.
(B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto
poder de consumo, o planeta em breve sofrerá um co-
lapso.
(C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebi-
da, o do jogo, o do sexo e o do consumo não conheces-
se distorções patológicas, não haverá vícios.
(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tor-
nado tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão
baratas.

102
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; dedução de novas informa-
ções das relações fornecidas e avaliação das condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações........... 01
Compreensão e análise da lógica de uma situação, utilizando as funções intelectuais: raciocínio verbal, raciocínio matemá-
tico, raciocínio sequencial, orientação espacial e temporal, formação de conceitos, discriminação de elementos. .............15
Operações com conjuntos. ................................................................................................................................................................................. 30
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais........................................................................... 36
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

As  proposições compostas são assim caracterizadas


ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES por apresentarem mais de uma proposição conectadas pe-
ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS, los conectivos lógicos. São indicadas pelas letras maiúscu-
las: P, Q, R, S, T...
LUGARES, OBJETOS OU EVENTOS
Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando
FICTÍCIOS; DEDUZIR NOVAS que a proposição composta Q é formada pelas proposi-
INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES ções simples r, s e t.
FORNECIDAS E AVALIAR AS CONDIÇÕES Exemplo:
USADAS PARA ESTABELECER A ESTRUTURA Proposições simples:
DAQUELAS RELAÇÕES. p: Meu nome é Raissa 
q: São Paulo é a maior cidade brasileira 
r: 2+2=5 
Estruturas lógicas s: O número 9 é ímpar 
t: O número 13 é primo
1. Proposição
Proposição ou sentença é um termo utilizado para ex- Proposições compostas 
primir ideias, através de um conjunto de palavras ou sím- P: O número 12 é divisível por 3 e 6 é o dobro de 12. 
bolos. Este conjunto descreve o conteúdo dessa ideia. Q: A raiz quadrada de 9 é 3 e 24 é múltiplo de 3. 
São exemplos de proposições: R(s, t): O número 9 é ímpar e o número 13 é primo.
p: Pedro é médico.
q: 5 > 8 6. Tabela-Verdade
r: Luíza foi ao cinema ontem à noite. A tabela-verdade é usada para determinar o valor lógi-
co de uma proposição composta, sendo que os valores das
2. Princípios fundamentais da lógica proposições simples já são conhecidos. Pois o valor lógico
Princípio da Identidade: A é A. Uma coisa é o que é. da proposição composta depende do valor lógico da pro-
O que é, é; e o que não é, não é. Esta formulação remonta posição simples. 
a Parménides de Eleia. A seguir vamos compreender como se constrói essas
Principio da não contradição: Uma proposição não tabelas-verdade partindo da árvore das possibilidades dos
pode ser verdadeira e falsa, ao mesmo tempo. valores lógicos das preposições simples, e mais adiante ve-
Principio do terceiro excluído: Uma alternativa só remos como determinar o valor lógico de uma proposição
pode ser verdadeira ou falsa. composta.

3. Valor lógico  Proposição composta do tipo P(p, q)


Considerando os princípios citados acima, uma propo-
sição é classificada como verdadeira ou falsa.
Sendo assim o valor lógico será:
- a verdade (V), quando se trata de uma proposição
verdadeira.
- a  falsidade  (F), quando se trata de uma proposição
falsa.

4. Conectivos lógicos 
Conectivos lógicos são palavras usadas para conectar Proposição composta do tipo P(p, q, r)
as proposições formando novas sentenças.
Os principais conectivos lógicos são: 

~ não
∧ e
V Ou
→  se…então
Proposição composta do tipo P(p, q, r, s) 
↔ se e somente se
A tabela-verdade possui 24  = 16 linhas e é formada
igualmente as anteriores.
5. Proposições simples e compostas
As  proposições simples  são assim caracterizadas por
apresentarem apenas uma ideia. São indicadas pelas letras
minúsculas: p, q, r, s, t...

1
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Proposição composta do tipo P(p1, p2, p3,..., pn) p = 9 < 6 


q = 3 é par
A tabela-verdade possui 2n  linhas e é formada igual- p Λ q: 9 < 6 e 3 é par 
mente as anteriores.
P q pΛq
7. O conectivo não e a negação
O conectivo não e a negação de uma proposição p é F F F
outra proposição que tem como valor lógico V se p for fal-
sa e F se p é verdadeira. O símbolo ~p (não p) representa a
negação de p com a seguinte tabela-verdade:  9. O conectivo ou e a disjunção
O conectivo ou  e a disjunção de duas proposi-
ções p e q  é outra proposição que tem como valor lógi-
P ~P co  V  se alguma das proposições for verdadeira  e F se as
V F duas forem falsas. O símbolo p ∨ q (p ou q) representa a
F V disjunção, com a seguinte tabela-verdade: 

Exemplo: P q pVq
V V V
p = 7 é ímpar 
~p = 7 não é ímpar  V F V
F V V
P ~P F F F
V F
Exemplo:
q = 24 é múltiplo de 5 
~q = 24 não é múltiplo de 5  p = 2 é par 
q = o céu é rosa 
p ν q = 2 é par ou o céu é rosa 
q ~q
F V P q pVq
8. O conectivo e e a conjunção V F V
O conectivo e e a conjunção de duas proposi-
ções  p  e q  é outra proposição que tem como valor lógi- 10. O conectivo se… então… e a condicional
co V  se p e q forem verdadeiras, e F  em outros casos. O A condicional se p então q é outra proposição que tem
símbolo p Λ q (p e q) representa a conjunção, com a se- como valor lógico F se p é verdadeira e q é falsa. O símbo-
guinte tabela-verdade:  lo p → q representa a condicional, com a seguinte tabela-
verdade: 
P q pΛq
P q p→q
V V V
V V V
V F F
V F F
F V F
F V V
F F F
F F V
Exemplo
Exemplo:
p = 2 é par  P: 7 + 2 = 9 
q = o céu é rosa Q: 9 – 7 = 2 
p Λ q = 2 é par e o céu é rosa  p → q: Se 7 + 2 = 9 então 9 – 7 = 2 

P q pΛq P q p→q
V F F V V V

2
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

p = 7 + 5 < 4 
q = 2 é um número primo 
p → q: Se 7 + 5 < 4 então 2 é um número primo. 

P q p→q
F V V

p = 24 é múltiplo de 3 q = 3 é par 


p → q: Se 24 é múltiplo de 3 então 3 é par. 

P q p→q
V F F
p = 25 é múltiplo de 2 
q = 12 < 3 
p → q: Se 25 é múltiplo de 2 então 2 < 3. 

P q p→q
F F V

11. O conectivo se e somente se e a bicondicional


A bicondicional p se e somente se q é outra proposição que tem como valor lógico V se p e q forem ambas verdadeiras
ou ambas falsas, e F nos outros casos. 
O símbolo     representa a bicondicional, com a seguinte tabela-verdade: 

P q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

Exemplo
p = 24 é múltiplo de 3 
q = 6 é ímpar  
= 24 é múltiplo de 3 se, e somente se, 6 é ímpar. 

P q p↔q
V F F

12. Tabela-Verdade de uma proposição composta

Exemplo
Veja como se procede a construção de uma tabela-verdade da proposição composta P(p, q) = ((p ⋁ q) → (~p)) → (p ⋀
q), onde p e q são duas proposições simples.
Resolução
Uma tabela-verdade de uma proposição do tipo P(p, q) possui 24 = 4 linhas, logo: 

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V          
V F          
F V          
F F          

Agora veja passo a passo a determinação dos valores lógicos de P.

3
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

a) Valores lógicos de p ν q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V        
V F V        
F V V        
F F F        

b) Valores lógicos de ~P

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F      
V F V F      
F V V V      
F F F V      

c) Valores lógicos de (p V p)→(~p)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F    
V F V F F    
F V V V V    
F F F V V    

d) Valores lógicos de p Λ q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V  
V F V F F F  
F V V V V F  
F F F V V F  

e) Valores lógicos de ((p V p)→(~p))→(p Λ q)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V V
V F V F F F V
F V V V V F F
F F F V V F F

4
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

13. Tautologia Exemplo:


Uma proposição composta formada por duas ou mais Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente
proposições p, q, r, ... será dita uma Tautologia se ela for do Brasil
sempre verdadeira, independentemente dos valores lógi- Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda
cos das proposições p, q, r, ... que a compõem. de “~p” e o conetivo de “^”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguin-
Exemplos: te forma: p ^ ~p
• Gabriela passou no concurso do INSS ou Gabriela
não passou no concurso do INSS Exemplo
• Não é verdade que o professor Zambeli parece com A proposição  (p Λ q) Λ (p Λ q)  é uma contradição,
o Zé gotinha ou o professor Zambeli parece com o Zé go- pois o seu valor lógico é sempre F conforme a tabela-ver-
tinha. dade. Que significa que uma proposição não pode ser falsa
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos e verdadeira ao mesmo tempo, isto é, o princípio da não
uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos enten- contradição.
der isso melhor.
Exemplo: p ~P q Λ (~q)
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai
para segunda divisão V F F
F V F
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda
de “~p” e o conetivo de “V” 15. Contingência
Assim podemos representar a “frase” acima da seguin- Quando uma proposição não é tautológica nem contra
te forma: p V ~p válida, a chamamos de contingência ou proposição contin-
gente ou proposição indeterminada.
Exemplo A contingência ocorre quando há tanto valores V como
A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu F na última coluna da tabela-verdade de uma proposição.
valor lógico é sempre V, conforme a tabela-verdade.  Exemplos: P∧Q , P∨Q , P→Q ...

16. Implicação lógica


p ~P pVq
Definição
V F V A proposição P implica a proposição Q, quando a con-
F V V dicional P → Q for uma tautologia.
O símbolo P ⇒ Q (P implica Q) representa a implica-
Exemplo ção lógica. 
A proposição (p Λ q) → (p  q) é uma tautologia, pois a
última coluna da tabela-verdade só possui V.  Diferenciação dos símbolos → e ⇒
O símbolo  →  representa uma operação matemática
p q pΛq p↔q (p Λ q)→(p↔q) entre as proposições P e Q que tem como resultado a pro-
posição P → Q, com valor lógico V ou F.
V V V V V O símbolo  ⇒  representa a não ocorrência de  VF na
V F F F V tabela-verdade de P → Q, ou ainda que o valor lógico da
F V F F V condicional P → Q será sempre V, ou então que P → Q é
uma tautologia. 
F F F V V
Exemplo
14. Contradição A tabela-verdade da condicional (p Λ q) → (p ↔ q) será: 
Uma proposição composta formada por duas ou mais
proposições p, q, r, ... será dita uma contradição se ela for
sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das p q pΛq P↔Q (p Λ q)→(P↔Q)
proposições p, q, r, ... que a compõem V V V V V
Exemplos:
• O Zorra total é uma porcaria e Zorra total não é uma V F F F V
porcaria
• Suelen mora em Petrópolis e Suelen não mora em F V F F V
Petrópolis F F F V V
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos
uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos en- Portanto,  (p Λ q)  → (p  ↔ q)  é uma tautologia, por
tender isso melhor. isso (p Λ q) ⇒ (p ↔q)

5
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

17. Equivalência lógica 4. p ou q = q ou p


Ex: O carro é branco ou azul = O carro é azul ou branco
Definição
Há equivalência entre as proposições  P e Q  somen- 5. p ↔ q = q ↔ p
te quando a bicondicional  P  ↔  Q  for uma tautologia ou Ex: Amo se e somente se vivo = Vivo se e somente se amo.
quando P e Q tiverem a mesma tabela-verdade. P ⇔ Q (P
é equivalente a Q) é o símbolo que representa a equiva- 6. p ↔ q = (pq) e (qp)
lência lógica.  Ex: Amo se e somente se vivo = Se amo então vivo, e
se vivo então amo
Diferenciação dos símbolos ↔ e ⇔ Para facilitar a memorização, veja a tabela abaixo:
O símbolo ↔ representa uma operação entre as propo-
sições P e Q, que tem como resultado uma nova proposi-
ção P ↔ Q com valor lógico V ou F.
O símbolo  ⇔  representa a não ocorrência de VF e
de FV na tabela-verdade P ↔ Q, ou ainda que o valor lógi-
co de P ↔ Q é sempre V, ou então P ↔ Q é uma tautologia.

Exemplo
A tabela da bicondicional (p → q) ↔ (~q → ~p) será: 

p q ~q ~p p→q ~q→~p (p→q)↔(~q→~p)


V V F F V V V
V F V F F F V Equivalências da Condicional

F V F V V V V As duas equivalências que se seguem são de funda-


F F V V V V V mental importância. Estas equivalências podem ser veri-
ficadas, ou seja, demonstradas, por meio da comparação
Portanto,  p  →  q  é equivalente a  ~q  →  ~p, pois estas entre as tabelas-verdade. Fica como exercício para casa
proposições possuem a mesma tabela-verdade ou a bicon- estas demonstrações. As equivalências da condicional são
dicional (p → q) ↔ (~q → ~p) é uma tautologia. as seguintes:
Veja a representação:
(p → q) ⇔ (~q → ~p) 1) Se p então q = Se não q então não p.
Ex: Se chove então me molho = Se não me molho en-
EQUIVALÊNCIAS LOGICAS NOTÁVEIS tão não chove

Dizemos que duas proposições são logicamente equi- 2) Se p então q = Não p ou q.


valentes (ou simplesmente equivalentes) quando os resul- Ex: Se estudo então passo no concurso = Não estudo
tados de suas tabelas-verdade são idênticos. ou passo no concurso
Uma consequência prática da equivalência lógica é que Colocando estes resultados em uma tabela, para aju-
ao trocar uma dada proposição por qualquer outra que lhe dar a memorização, teremos:
seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira de
dizê-la.
A equivalência lógica entre duas proposições, p e q,
pode ser representada simbolicamente como: p q, ou sim-
plesmente por p = q.
Começaremos com a descrição de algumas equivalên-
Equivalências com o Símbolo da Negação
cias lógicas básicas.
Este tipo de equivalência já foi estudado. Trata-se, tão so-
mente, das negações das proposições compostas! Lembremos:
Equivalências Básicas

1. p e p = p
Ex: André é inocente e inocente = André é inocente

2. p ou p = p
Ex: Ana foi ao cinema ou ao cinema = Ana foi ao cinema

3. p e q = q e p
Ex: O cavalo é forte e veloz = O cavalo é veloz e forte

6
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

É possível que surja alguma dúvida em relação a úl- Tautologia é uma proposição composta cujo resultado
tima linha da tabela acima. Porém, basta lembrarmos do é sempre verdadeiro para todas as atribuições que se têm,
que foi aprendido: independentemente dessas atribuições.
p↔q = (pq) e (qp) Rodrigo, posso estar errada, mas ao construir a tabela-
verdade com a proposição que você propôs não vamos ter
(Obs: a BICONDICIONAL tem esse nome: porque equi- uma tautologia, mas uma contingência.
vale a duas condicionais!) A proposição a ser utilizada aqui seria a seguinte: P v
Para negar a bicondicional, teremos na verdade que ~(P ^ ~Q), que, ao construirmos a tabela-verdade ficaria
negar a sua conjunção equivalente. da seguinte forma:
E para negar uma conjunção, já sabemos, nega-se as
duas partes e troca-se o E por OU. Fica para casa a de- P Q ~Q (P/\~Q) ~(P/\~Q) P V ~(P/\~Q)
monstração da negação da bicondicional. Ok?
V V F F V V
Outras equivalências V F V V F V
Algumas outras equivalências que podem ser relevan- F V F F V V
tes são as seguintes:
F F V F V V
1) p e (p ou q) = p
Ex: Paulo é dentista, e Paulo é dentista ou Pedro é mé- 2. (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC /2012)
dico = Paulo é dentista A negação lógica da proposição: “Pedro é o mais velho
da classe ou Jorge é o mais novo da classe” é
2) p ou (p e q) = p A) Pedro não è o mais novo da classe ou Jorge não é o
Ex: Paulo é dentista, ou Paulo é dentista e Pedro é mé- mais velho da classe.
dico = Paulo é dentista B) Pedro é o mais velho da classe e Jorge não é o mais
novo da classe.
Por meio das tabelas-verdade estas equivalências po- C) Pedro não é o mais velho da classe e Jorge não é o
dem ser facilmente demonstradas. mais novo da classe.
Para auxiliar nossa memorização, criaremos a tabela D) Pedro não é o mais novo da classe e Jorge não é o
seguinte: mais velho da classe.
E) Pedro é o mais novo da classe ou Jorge é o mais
novo da classe.

p v q= Pedro é o mais velho da classe ou Jorge é o mais


novo da classe.
~p=Pedro não é o mais velho da classe.
~q=Jorge não é o mais novo da classe.
NEGAÇAO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS ~(p v q)=~p v ~q= Pedro não é o mais velho da classe
ou Jorge não é o mais novo da classe.

3. (PC-MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012)


Em frente à casa onde moram João e Maria, a prefeitu-
ra está fazendo uma obra na rua. Se o operário liga a brita-
deira, João sai de casa e Maria não ouve a televisão. Certo
dia, depois do almoço, Maria ouve a televisão.
Pode-se concluir, logicamente, que
A) João saiu de casa.
Questoes comentadas: B) João não saiu de casa.
C) O operário ligou a britadeira.
1. (PROCERGS - Técnico de Nível Médio - Técnico em D) O operário não ligou a britadeira.
Segurança do Trabalho - FUNDATEC/2012) A proposição E) O operário ligou a britadeira e João saiu de casa.
“João comprou um carro novo ou não é verdade que João “Se o operário liga a britadeira, João sai de casa e Ma-
comprou um carro novo e não fez a viagem de férias.” é: ria não ouve a televisão”, logo se Maria ouve a televisão, a
A) um paradoxo. britadeira não pode estar ligada.
B) um silogismo.
C) uma tautologia. (TJ-AC - Técnico Judiciário - Informática - CESPE/2012)
D) uma contradição. Em decisão proferida acerca da prisão de um réu, de-
E) uma contingência. pois de constatado pagamento de pensão alimentícia, o
magistrado determinou: “O réu deve ser imediatamente
solto, se por outro motivo não estiver preso”.

7
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Considerando que a determinação judicial correspon- 8. (Polícia Civil/SP - Investigador – VUNESP/2014) Um


de a uma proposição e que a decisão judicial será conside- antropólogo estadunidense chega ao Brasil para aperfei-
rada descumprida se, e somente se, a proposição corres- çoar seu conhecimento da língua portuguesa. Durante sua
pondente for falsa, julgue os itens seguintes. estadia em nosso país, ele fica muito intrigado com a frase
“não vou fazer coisa nenhuma”, bastante utilizada em nos-
4. Se o réu permanecer preso, mesmo não havendo sa linguagem coloquial. A dúvida dele surge porque
outro motivo para estar preso, então, a decisão judicial terá A) a conjunção presente na frase evidencia seu signi-
sido descumprida. ficado.
A) Certo B) o significado da frase não leva em conta a dupla
B) Errado negação.
A decisão judicial é “O réu deve ser imediatamente sol- C) a implicação presente na frase altera seu significado.
to, se por outro motivo não estiver preso”, logo se o réu D) o significado da frase não leva em conta a disjunção.
continuar preso sem outro motivo para estar preso, será E) a negação presente na frase evidencia seu signifi-
descumprida a decisão judicial. cado.
~(~p) é equivalente a p
5. Se o réu for imediatamente solto, mesmo havendo Logo, uma dupla negação é equivalente a afirmar.
outro motivo para permanecer preso, então, a decisão ju- RESPOSTA: “B”.
dicial terá sido descumprida.
A) Certo 9. (Receita Federal do Brasil – Analista Tributário -
B) Errado ESAF/2012) A negação da proposição “se Paulo estuda, en-
tão Marta é atleta” é logicamente equivalente à proposição:
P = se houver outro motivo A) Paulo não estuda e Marta não é atleta.
Q = será solto B) Paulo estuda e Marta não é atleta.
A decisão foi: Se não P então Q, logo VV = V C) Paulo estuda ou Marta não é atleta.
A questão afirma: Se P então Q, logo FV = V D) se Paulo não estuda, então Marta não é atleta.
Não contrariou, iria contrariar se a questão resultasse E) Paulo não estuda ou Marta não é atleta.
V+F=F
A negação de uma condicional do tipo: “Se A, então B”
6. As proposições “Se o réu não estiver preso por outro (AB) será da forma:
motivo, deve ser imediatamente solto” e “Se o réu não for ~(A B) A^ ~B
imediatamente solto, então, ele está preso por outro moti- Ou seja, para negarmos uma proposição composta re-
vo” são logicamente equivalentes. presentada por uma condicional, devemos confirmar sua
primeira parte (“A”), trocar o conectivo condicional (“”) pelo
A) Certo conectivo conjunção (“^”) e negarmos sua segunda parte
B) Errado (“~ B”). Assim, teremos:
RESPOSTA: “B”.
O réu não estiver preso por outro motivo = ~P
Deve ser imediatamente solto = S 10. (ANVISA - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - CE-
Se o réu não estiver preso por outro motivo, deve ser TRO/2012) Se Viviane não dança, Márcia não canta. Logo,
imediatamente solto=P S A) Viviane dançar é condição suficiente para Márcia
Se o réu não for imediatamente solto, então, ele está cantar.
preso por outro motivo = ~SP B) Viviane não dançar é condição necessária para Már-
De acordo com a regra de equivalência (A B) = (~B ~A) cia não cantar.
a questão está correta. C) Viviane dançar é condição necessária para Márcia
cantar.
7. A negação da proposição relativa à decisão judicial D) Viviane não dançar é condição suficiente para Már-
estará corretamente representada por “O réu não deve ser cia cantar.
imediatamente solto, mesmo não estando preso por outro E) Viviane dançar é condição necessária para Márcia
motivo”. não cantar.
A) Certo
B) Errado Inicialmente, reescreveremos a condicional dada na
forma de condição suficiente e condição necessária:
“O réu deve ser imediatamente solto, se por outro “Se Viviane não dança, Márcia não canta”
motivo não estiver preso” está no texto, assim: 1ª possibilidade: Viviane não dançar é condição su-
P = “Por outro motivo não estiver preso” ficiente para Márcia não cantar. Não há RESPOSTA: para
Q = “O réu deve ser imediatamente solto” essa possibilidade.
PQ, a negação ~(P Q) = P e ~Q 2ª possibilidade: Márcia não cantar é condição neces-
P e ~Q = Por outro motivo estiver preso o réu não deve sária para Viviane não dançar.. Não há RESPOSTA: para
ser imediatamente solto” essa possibilidade.

8
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Não havendo RESPOSTA: , modificaremos a condicio- P Q ¬Q P→(¬Q)


nal inicial, transformando-a em outra condicional equiva-
lente, nesse caso utilizaremos o conceito da contrapositiva V V F F
ou contra posição: pq ~q ~p V F V V
“Se Viviane não dança, Márcia não canta” “Se Márcia F V F V
canta, Viviane dança”
Transformando, a condicional “Se Márcia canta, Vivia-
F F V V
ne dança” na forma de condição suficiente e condição ne-
cessária, obteremos as seguintes possibilidades: Observando-se a 3 linha da tabela-verdade acima,
1ª possibilidade: Márcia cantar é condição suficiente ―Q‖ e ―P ® (¬ Q) são, simultaneamente, V se, e somente
para Viviane dançar. Não há RESPOSTA: para essa possi- se, ―P‖ for F.
bilidade. Resposta: CERTO.
2ª possibilidade: Viviane dançar é condição necessária
para Márcia cantar. 13. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) A
RESPOSTA: “C”. proposição [PvQ]Q é uma tautologia.
( )Certo ( ) Errado
11. (BRDE - ANALISTA DE SISTEMAS - AOCP/2012)
Considere a sentença: “Se Ana é professora, então Camila Construindo a tabela-verdade da proposição compos-
é médica.” A proposição equivalente a esta sentença é ta: [P Ú Q] ® Q, teremos como solução:
A) Ana não é professora ou Camila é médica.
B) Se Ana é médica, então Camila é professora. P Q Pv Q (Pv Q)→Q (p^~q)↔(~p v q)
C) Se Camila é médica, então Ana é professora. V V V V→V V
D) Se Ana é professora, então Camila não é médica.
V→F
E) Se Ana não é professora, então Camila não é mé-
V F V F
dica. F V V V→V V
Existem duas equivalências particulares em relação a F F F F→F V
uma condicional do tipo “Se A, então B”.
P(P;Q) = VFVV
1ª) Pela contrapositiva ou contraposição: “Se A, então Portanto, essa proposição composta é uma contingên-
B” é equivalente a “Se ~B, então ~A” cia ou indeterminação lógica.
“Se Ana é professora, então Camila é médica.” Será Resposta: ERRADO.
equivalente a:
“Se Camila não é médica, então Ana não é professora.” 14. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) Se
P for F e P v Q for V, então Q é V.
2ª) Pela Teoria da Involução ou Dupla Negação: “Se A, ( )Certo ( ) Errado
então B” é equivalente a “~A ou B”
“Se Ana é professora, então Camila é médica.” Será Lembramos que uma disjunção simples, na forma:
equivalente a: “P vQ”, será verdadeira (V) se, pelo menos, uma de suas
“Ana não é professora ou Camila é médica.” partes for verdadeira (V). Nesse caso, se “P” for falsa e
Ficaremos, então, com a segunda equivalência, já que “PvQ” for verdadeira, então “Q” será, necessariamente,
esta configura no gabarito. verdadeira.
RESPOSTA: “A”. Resposta: CERTO.

(PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) Consi- (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013)


derando que P e Q representem proposições conhecidas e P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é
que V e F representem, respectivamente, os valores verda- alta.
deiro e falso, julgue os próximos itens. (374 a 376) P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz.
P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.
12. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) (PC/ P4: Há criminosos livres.
DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) As proposições C: Portanto a criminalidade é alta.
Q e P (¬ Q) são, simultaneamente, V se, e somente se, P Considerando o argumento apresentado acima, em
for F. que P1, P2, P3 e P4 são as premissas e C, a conclusão, jul-
( )Certo ( ) Errado gue os itens subsequentes. (377 e 378)

Observando a tabela-verdade da proposição compos-


ta “P (¬ Q)”, em função dos valores lógicos de “P” e “Q”,
temos:

9
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

15. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) O


argumento apresentado é um argumento válido.
( )Certo ( ) Errado

Verificaremos se as verdades das premissas P1, P2, P3


e P4 sustentam a verdade da conclusão. Nesse caso, de-
vemos considerar que todas as premissas são, necessaria-
mente, verdadeiras.
P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta.
(V)
P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz. (V)
P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.
(V) Considerando-se como verdadeira (V) a 1ª parte da
P4: Há criminosos livres. (V) condicional em P1, então, deveremos considerar também
Portanto, se a premissa P4 – proposição simples – é ver- como verdadeira (V), sua 2ª parte, pois uma verdade sem-
dadeira (V), então a 2ª parte da condicional representada pre implica em outra verdade.
pela premissa P3 será considerada falsa (F). Então, veja: Considerando a proposição simples ―a criminalidade
é alta‖ como verdadeira (V), logo a conclusão desse argu-
mento é, de fato, verdadeira (V), o que torna esse argumen-
to válido.
Resposta: CERTO.
16. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) A
negação da proposição P1 pode ser escrita como “Se a im-
punidade não é alta, então a criminalidade não é alta”.
( )Certo ( ) Errado

Sabendo-se que a condicional P3 é verdadeira e co- Seja P1 representada simbolicamente, por:


nhecendo-se o valor lógico de sua 2ª parte como falsa (F), A impunidade não é alta(p) então a criminalidade não
então o valor lógico de sua 1ª parte nunca poderá ser ver- é alta(q)
dadeiro (V). Assim, a proposição simples ―a justiça é eficaz‖ A negação de uma condicional é dada por:
será considerada falsa (F). ~(pq)
Se a proposição simples ―a justiça é eficaz‖ é conside- Logo, sua negação será dada por: ~P1 a impunidade é
rada falsa (F), então a 2ª parte da disjunção simples repre- alta e a criminalidade não é alta.
sentada pela premissa P2, também, será falsa (F). Resposta:ERRADO.

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

ARGUMENTO

Argumento é uma relação que associa um conjunto de


proposições (p1, p2, p3,... pn), chamadas premissas ou hipó-
teses, e uma proposição C chamada conclusão. Esta relação
é tal que a estrutura lógica das premissas acarretam ou tem
como consequência a proposição C (conclusão).
O argumento pode ser representado da seguinte forma:

Sendo verdadeira (V) a premissa P2 (disjunção simples)


e conhecendo-se o valor lógico de uma das partes como
falsa (F), então o valor lógico da outra parte deverá ser, ne-
cessariamente, verdadeira (V). Lembramos que, uma disjun-
ção simples será considerada verdadeira (V), quando, pelo
menos, uma de suas partes for verdadeira (V).

Sendo verdadeira (V) a proposição simples ―a impu-


nidade é alta‖, então, confirmaremos também como ver-
dadeira (V), a 1ª parte da condicional representada pela
premissa P1.

10
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

EXEMPLOS: EXEMPLO:
1. Todos os cariocas são alegres. O Flamengo é um bom time de futebol.
    Todas as pessoas alegres vão à praia O Palmeiras é um bom time de futebol.
    Todos os cariocas vão à praia. O Vasco é um bom time de futebol.
2. Todos os cientistas são loucos. O Cruzeiro é um bom time de futebol.
    Einstein é cientista. Todos os times brasileiros de futebol são bons.
    Einstein é louco! Note que não podemos afirmar que todos os times
brasileiros são bons sabendo apenas que 4 deles são bons.
Nestes exemplos temos o famoso silogismo categórico
de forma típica ou simplesmente silogismo. Os silogismos Exemplo: (FCC)  Considere que as seguintes afirma-
são os argumentos que têm somente duas premissas e mais ções são verdadeiras:
a conclusão, e utilizam os termos: todo, nenhum e algum, “Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.”
em sua estrutura. “Existem crianças que são inteligentes.”
Assim sendo, certamente é verdade que:
ANALOGIAS (A) Alguma criança inteligente não gosta de passear
no Metrô de São Paulo.
A analogia é uma das melhores formas para utilizar o (B) Alguma criança que gosta de passear no Metrô de
raciocínio. Nesse tipo de raciocínio usa-se a comparação São Paulo é inteligente.
de uma situação conhecida com uma desconhecida. Uma (C) Alguma criança não inteligente não gosta de pas-
analogia depende de três situações: sear no Metrô de São Paulo.
• os fundamentos precisam ser verdadeiros e im- (D) Toda criança que gosta de passear no Metrô de
portantes; São Paulo é inteligente.
• a quantidade de elementos parecidos entre as (E) Toda criança inteligente não gosta de passear no
situações deve ser significativo; Metrô de São Paulo.
• não pode existir conflitos marcantes.
SOLUÇÃO:
INFERÊNCIAS Representando as proposições na forma de conjuntos
(diagramas lógicos – ver artigo sobre diagramas lógicos)
A indução está relacionada a diversos casos pequenos teremos:
que chegam a uma conclusão geral. Nesse sentido pode- “Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.”
mos definir também a indução fraca e a indução forte. Essa “Existem crianças que são inteligentes.”
indução forte ocorre quando não existe grandes chances de
que um caso discorde da premissa geral. Já a fraca refere-se
a falta de sustentabilidade de um conceito ou conclusão.

DEDUÇÕES

ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS


Os argumentos podem ser classificados em dois ti-
pos: Dedutivos e Indutivos.

1) O argumento será DEDUTIVO quando suas premis- Pelo gráfico, observamos claramente que se todas as
sas fornecerem informações suficientes para comprovar a crianças gostam de passear no metrô e existem crianças
veracidade da conclusão, isto é, o argumento é dedutivo inteligentes, então alguma criança que gosta de passear
quando a conclusão é completamente derivada das pre- no Metrô de São Paulo é inteligente. Logo, a alternativa
missas. correta é a opção B.

EXEMPLO: CONCLUSÕES
Todo ser humano têm mãe.
Todos os homens são humanos. VALIDADE DE UM ARGUMENTO
Todos os homens têm mãe. Uma proposição é verdadeira ou falsa. No caso de
um argumento dedutivo diremos que ele é válido ou in-
2) O argumento será INDUTIVO quando suas premis- válido. Atente-se para o fato que todos os  argumentos
sas não fornecerem o “apoio completo” para ratificar as indutivos  são  inválidos, portanto não há de se falar em
conclusões. Portanto, nos argumentos indutivos, a conclu- validade de argumentos indutivos.
são possui informações que ultrapassam as fornecidas nas A validade é uma propriedade dos argumentos que
premissas. Sendo assim, não se aplica, então, a definição depende apenas da forma (estrutura lógica) das suas pro-
de argumentos válidos ou não válidos para argumentos posições (premissas e conclusões) e não do seu conteúdo.
indutivos.

11
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Argumento Válido SOLUÇÃO:


Um argumento será válido quando a sua conclusão é Representando as premissas do enunciado na forma
uma consequência obrigatória de suas premissas. Em ou- de diagramas lógicos (ver artigo sobre diagramas lógicos),
tras palavras, podemos dizer que quando um argumento obteremos:
é válido, a verdade de suas premissas deve garantir a ver- Premissas:
dade da conclusão do argumento. Isso significa que, se o “Se Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é
argumento é válido, jamais poderemos chegar a uma con- suspeita” = “Toda pessoa que comete um crime perfeito
clusão falsa quando as premissas forem verdadeiras. não é suspeita”. 
“Ana não cometeu um crime perfeito”.
Exemplo: (CESPE) Suponha um argumento no qual as  Conclusão:
premissas sejam as proposições I e II abaixo. “Ana é suspeita”. (Não se “desenha” a conclusão, ape-
I - Se uma mulher está desempregada, então, ela é in- nas as premissas!)
feliz.
II - Se uma mulher é infeliz, então, ela vive pouco.
Nesse caso, se a conclusão for a proposição “Mulhe-
res desempregadas vivem pouco”, tem-se um argumento
correto.

SOLUÇÃO:
Se representarmos na forma de diagramas lógicos (ver
artigo sobre diagramas lógicos), para facilitar a resolução,
teremos:
   I - Se uma mulher está desempregada, então, ela é
infeliz. = Toda mulher desempregada é infeliz.
   II - Se uma mulher é infeliz, então, ela vive pouco. =
Toda mulher infeliz vive pouco. O fato do enunciado ter falado apenas que “Ana não
cometeu um crime perfeito”, não nos diz se ela é suspeita
ou não. Por isso temos duas possibilidades (ver bonecos).
Logo, a questão está errada, pois não podemos afirmar,
com certeza, que Ana é suspeita. Logo, o argumento é in-
válido.

EXERCICIOS:

(TJ-AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Bási-


cos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) (10 a 13)

Considerando que as proposições lógicas sejam re-


presentadas por letras maiúsculas, julgue os próximos
Com isso, qualquer mulher que esteja no conjunto das itens, relativos a lógica proposicional e de argumenta-
desempregadas (ver boneco), automaticamente estará no ção.
conjunto das mulheres que vivem pouco. Portanto, se a
conclusão for a proposição “Mulheres desempregadas vi- 1. A expressão é uma tautologia.
vem pouco”, tem-se um argumento correto (correto = vá- A) Certo
lido!). B) Errado

Argumento Inválido Resposta: B.


Dizemos que um argumento é inválido, quando a ver- Fazendo a tabela verdade:
dade das premissas não é suficiente para garantir a verda-
de da conclusão, ou seja, quando a conclusão não é uma P Q P→Q (P→Q) V P [(P→Q) V P]→Q
consequência obrigatória das premissas.
V V V V V
Exemplo: (CESPE) É válido o seguinte argumento: Se V F F V V
Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é suspeita, F V V V V
mas (e) Ana não cometeu um crime perfeito, então Ana é
suspeita. F F F F F

Portanto não é uma tautologia.

12
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

2. As proposições “Luiz joga basquete porque Luiz é Resposta: A.


alto” e “Luiz não é alto porque Luiz não joga basquete” Fazendo a tabela verdade:
são logicamente equivalentes.
A) Certo P Q R (P→Q)^(~R)
B) Errado
V V V F
Resposta: A. V V F V
São equivalentes por que “Luiz não é alto porque Luiz V F V F
não joga basquete” nega as duas partes da proposição, a
deixando equivalente a primeira. V F F F
F V V F
3. A sentença “A justiça e a lei nem sempre andam F V F V
pelos mesmos caminhos” pode ser representada sim-
bolicamente por PΛQ, em que as proposições P e Q são F F V F
convenientemente escolhidas. F F F V
A) Certo
B) Errado TJ-AC - Técnico Judiciário - Informática - CES-
PE/2012)
Resposta: B.
Não, pois ^ representa o conectivo “e”, e o “e” é usado
para unir A justiça E a lei, e “A justiça” não pode ser con-
siderada uma proposição, pois não pode ser considerada
verdadeira ou falsa.

4. Considere que a tabela abaixo representa as


primeiras colunas da tabela-verdade da proposição

Logo, a coluna abaixo representa a última coluna


dessa tabela-verdade.
Com base na situação descrita acima, julgue o item
a seguir.

5. O argumento cujas premissas correspondem às


quatro afirmações do jornalista e cuja conclusão é “Pe-
dro não disputará a eleição presidencial da República”
é um argumento válido.
A) Certo
B) Errado

Resposta: A.
Argumento válido é aquele que pode ser concluído a
partir das premissas, considerando que as premissas são
verdadeiras então tenho que:
A) Certo Se João for eleito prefeito ele disputará a presidência;
B) Errado

13
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Se João disputar a presidência então Pedro não vai disputar;


Se João não for eleito prefeito se tornará presidente do partido e não apoiará a candidatura de Pedro à presidência;
Se o presidente do partido não apoiar Pedro ele não disputará a presidência.

(PRF - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - CESPE/2012)


Um jovem, visando ganhar um novo smartphone no dia das crianças, apresentou à sua mãe a seguinte argu-
mentação: “Mãe, se tenho 25 anos, moro com você e papai, dou despesas a vocês e dependo de mesada, então eu
não ajo como um homem da minha idade. Se estou há 7 anos na faculdade e não tenho capacidade para assumir
minhas responsabilidades, então não tenho um mínimo de maturidade. Se não ajo como um homem da minha
idade, sou tratado como criança. Se não tenho um mínimo de maturidade, sou tratado como criança. Logo, se sou
tratado como criança, mereço ganhar um novo smartphone no dia das crianças”.
Com base nessa argumentação, julgue os itens a seguir..

6. A proposição “Se estou há 7 anos na faculdade e não tenho capacidade para assumir minhas responsabilida-
des, então não tenho um mínimo de maturidade” é equivalente a “Se eu tenho um mínimo de maturidade, então
não estou há 7 anos na faculdade e tenho capacidade para assumir minhas responsabilidades”.
A) Certo
B) Errado

Resposta: B.
Equivalência de Condicional: P -> Q = ~ Q -> ~ P 
Negação de Proposição: ~ (P ^ Q)  =  ~ P v ~ Q 

P Q R ¬P ¬Q ¬R P^¬Q (P^¬Q) → ¬R ¬P^Q R→ (¬P^Q)


V V V F F F F V F F
V V F F F V F V F V
V F V F V F V F F F
V F F F V V V V F V
F V V V F F F V V V
F V F V F V F V V V
F F V V V F F V F F
F F F V V V F V F V

Portanto não são equivalentes.

7. Considere as seguintes proposições: “Tenho 25 anos”, “Moro com você e papai”, “Dou despesas a vocês” e
“Dependo de mesada”. Se alguma dessas proposições for falsa, também será falsa a proposição “Se tenho 25 anos,
moro com você e papai, dou despesas a vocês e dependo de mesada, então eu não ajo como um homem da minha
idade”.
A) Certo
B) Errado

Resposta: A.
(A^B^C^D) E
Ora, se A ou B ou C ou D estiver falsa como afirma o enunciado, logo torna a primeira parte da condicional falsa, (visto
que trata-se da conjunção) tornando- a primeira parte da condicional falsa, logo toda a proposição se torna verdadeira.

8. A proposição “Se não ajo como um homem da minha idade, sou tratado como criança, e se não tenho um
mínimo de maturidade, sou tratado como criança” é equivalente a “Se não ajo como um homem da minha idade ou
não tenho um mínimo de maturidade, sou tratado como criança”.
A) Certo
B) Errado

Resposta: A.
A = Se não ajo como um homem da minha idade,
B = sou tratado como criança,
C= se não tenho um mínimo de maturidade

14
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

A B C ~A  ~C (~A → B) (~C → B) (~A v ~ C) (~A→ B) ^ (~ C→ B) (~A v ~ C)→ B


V V V F F V V F V V
V V F F V V V V V V
V F V F F V V F V V
V F F F V V F V F F
F V V V F V V V V V
F V F V V V V V V V
F F V V F F V V F F
F F F V V F F V F F

De acordo com a tabela verdade são equivalentes.

COMPREENSÃO E ANÁLISE DA LÓGICA DE


UMA SITUAÇÃO, UTILIZANDO AS FUNÇÕES
INTELECTUAIS: RACIOCÍNIO VERBAL,
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO, RACIOCÍNIO
SEQUENCIAL, ORIENTAÇÃO ESPACIAL E
TEMPORAL, FORMAÇÃO DE CONCEITOS,
DISCRIMINAÇÃO DE ELEMENTOS.

Raciocínio Lógico Matemático

Os estudos matemáticos ligados aos fundamentos lógicos contribuem no desenvolvimento cognitivo dos estudantes,
induzindo a organização do pensamento e das ideias, na formação de conceitos básicos, assimilação de regras matemáti-
cas, construção de fórmulas e expressões aritméticas e algébricas. É de extrema importância que em matemática utilize-se
atividades envolvendo lógica, no intuito de despertar o raciocínio, fazendo com que se utilize do potencial na busca por
soluções dos problemas matemáticos desenvolvidos e baseados nos conceitos lógicos.
A lógica está presente em diversos ramos da matemática, como a probabilidade, os problemas de contagem, as pro-
gressões aritméticas e geométricas, as sequências numéricas, equações, funções, análise de gráficos entre outros. Os fun-
damentos lógicos contribuem na resolução ordenada de equações, na percepção do valor da razão de uma sequência, na
elucidação de problemas aritméticos e algébricos e na fixação de conteúdos complexos.
A utilização das atividades lógicas contribui na formação de indivíduos capazes de criar ferramentas e mecanismos
responsáveis pela obtenção de resultados em Matemática. O sucesso na Matemática está diretamente conectado à curiosi-
dade, pesquisa, deduções, experimentos, visão detalhada, senso crítico e organizacional e todas essas características estão
ligadas ao desenvolvimento lógico.

Raciocínio Lógico Dedutivo

A dedução é uma inferência que parte do universal para o mais particular. Assim considera-se que um raciocínio lógico
é dedutivo quando, de uma ou mais premissas, se conclui uma proposição que é conclusão lógica da(s) premissa(s). A de-
dução é um raciocínio de tipo mediato, sendo o silogismo uma das suas formas clássicas. Iniciaremos com a compreensão
das sequências lógicas, onde devemos deduzir, ou até induzir, qual a lei de formação das figuras, letras, símbolos ou nú-
meros, a partir da observação dos termos dados.

15
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Humor Lógico

Orientações Espacial e Temporal

Orientação espacial e temporal verifica a capacidade de abstração no espaço e no tempo. Costuma ser cobrado em
questões sobre a disposições de dominós, dados, baralhos, amontoados de cubos com símbolos especificados em suas
faces, montagem de figuras com subfiguras, figuras fractais, dentre outras. Inclui também as famosas sequências de figuras
nas quais se pede a próxima. Serve para verificar a capacidade do candidato em resolver problemas com base em estímulos
visuais.

Raciocínio Verbal

O raciocínio é o conjunto de atividades mentais que consiste na associação de ideias de acordo com determinadas
regras. No caso do raciocínio verbal, trata-se da capacidade de raciocinar com conteúdos verbais, estabelecendo entre eles
princípios de classificação, ordenação, relação e significados. Ao contrário daquilo que se possa pensar, o raciocínio verbal
é uma capacidade intelectual que tende a ser pouco desenvolvida pela maioria das pessoas. No nível escolar, por exemplo,
disciplinas como as línguas centram-se em objetivos como a ortografia ou a gramática, mas não estimulam/incentivam à
aprendizagem dos métodos de expressão necessários para que os alunos possam fazer um uso mais completo da lingua-
gem.
Por outro lado, o auge dos computadores e das consolas de jogos de vídeo faz com que as crianças costumem jogar de
forma individual, isto é, sozinhas (ou com outras crianças que não se encontrem fisicamente com elas), pelo que não é feito
um uso intensivo da linguagem. Uma terceira causa que se pode aqui mencionar para explicar o fraco raciocínio verbal é o
fato de jantar em frente à televisão. Desta forma, perde-se o diálogo no seio da família e a arte de conversar.
Entre os exercícios recomendados pelos especialistas para desenvolver o raciocínio verbal, encontram-se as analogias
verbais, os exercícios para completar orações, a ordem de frases e os jogos onde se devem excluir certos conceitos de um
grupo. Outras propostas implicam que sigam/respeitem certas instruções, corrijam a palavra inadequada (o intruso) de uma
frase ou procurem/descubram antônimos e sinônimos de uma mesma palavra.

Lógica Sequencial

Lógica Sequencial

O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e mental. Neste, o intelecto humano utiliza uma ou mais proposições,
para concluir através de mecanismos de comparações e abstrações, quais são os dados que levam às respostas verdadeiras,
falsas ou prováveis. Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o desenvolvimento do método matemático, este considerado
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de dados empíricos. Logo, resumidamente o raciocínio pode ser
considerado também um dos integrantes dos mecanismos dos processos cognitivos superiores da formação de conceitos
e da solução de problemas, sendo parte do pensamento.

Sequências Lógicas

As sequências podem ser formadas por números, letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer
uma sequência, o importante é que existam pelo menos três elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto
algumas séries necessitam de mais elementos para definir sua lógica. Algumas sequências são bastante conhecidas e todo
aluno que estuda lógica deve conhecê-las, tais como as progressões aritméticas e geométricas, a série de Fibonacci, os
números primos e os quadrados perfeitos.

16
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Sequência de Números Sequência de Pessoas


Na série a seguir, temos sempre um homem seguido
Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um de duas mulheres, ou seja, aqueles que estão em uma
mesmo número. posição múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e
a posição dos braços sempre alterna, ficando para cima em
uma posição múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...). Sendo assim,
a sequência se repete a cada seis termos, tornando possível
determinar quem estará em qualquer posição.

Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente


um mesmo número.

Sequência de Figuras

Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão


Incremento em Progressão: O valor somado é que está visto na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer
em progressão. rotações, como nos exemplos a seguir.

Série de Fibonacci: Cada termo é igual a soma dos dois


anteriores.

1 1 2 3 5 8 13
Sequência de Fibonacci
Números Primos: Naturais que possuem apenas dois
divisores naturais.
O matemático Leonardo Pisa, conhecido como
Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica: (1,
2 3 5 7 11 13 17
1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei
de formação simples: cada elemento, a partir do terceiro, é
Quadrados Perfeitos: Números naturais cujas raízes são obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1
naturais. = 3, 3 + 2 = 5 e assim por diante. Desde o século XIII, muitos
matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao
1 4 9 16 25 36 49 estudo da sequência que foi proposta, e foram encontradas
inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento de
Sequência de Letras modelos explicativos de fenômenos naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de
As sequências de letras podem estar associadas a uma Fibonacci e entenda porque ela é conhecida como uma
série de números ou não. Em geral, devemos escrever das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados
todo o alfabeto (observando se deve, ou não, contar com de lado 1, podemos obter um retângulo de lados 2 e 1.
k, y e w) e circular as letras dadas para entender a lógica Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado 2,
proposta. obtemos um novo retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora
um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo 5 x 3.
ACFJOU Observe a figura a seguir e veja que os lados dos quadrados
que adicionamos para determinar os retângulos formam a
Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses sequência de Fibonacci.
números estão em progressão.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU

B1 2F H4 8L N16 32R T64

Nesse caso, associou-se letras e números (potências de


2), alternando a ordem. As letras saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1
posições.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRST

17
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de As figuras a seguir possuem números que representam
circunferência inscrito em cada quadrado, encontraremos uma sequência lógica. Veja os exemplos:
uma espiral formada pela concordância de arcos cujos
raios são os elementos da sequência de Fibonacci. Exemplo 1

O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre A sequência numérica proposta envolve multiplicações
arquiteto grego Fidias. A fachada principal do edifício, hoje por 4.
em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado 6 x 4 = 24
de lado igual à altura. Essa forma sempre foi considerada 24 x 4 = 96
satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções 96 x 4 = 384
sendo chamada retângulo áureo ou retângulo de ouro. 384 x 4 = 1536

Exemplo 2

Como os dois retângulos indicados na figura são


semelhantes temos: (1). A diferença entre os números vai aumentando 1
unidade.
13 – 10 = 3
Como: b = y – a (2). 17 – 13 = 4
Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0. 22 – 17 = 5
28 – 22 = 6
Resolvendo a equação: 35 – 28 = 7

em que não convém. Exemplo 3

Logo:

Esse número é conhecido como número de ouro e


pode ser representado por:

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor


lado for igual a é chamado retângulo áureo como o caso
da fachada do Partenon.

18
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Multiplicar os números sempre por 3. A carta que está oculta é:


1x3=3
3x3=9 (A) (B) (C)
9 x 3 = 27
27 x 3 = 81
81 x 3 = 243
243 x 3 = 729
729 x 3 = 2187

Exemplo 4 (D) (E)

02. Considere que a sequência de figuras foi construída


segundo um certo critério.

A diferença entre os números vai aumentando 2


unidades.
24 – 22 = 2
28 – 24 = 4 Se tal critério for mantido, para obter as figuras
34 – 28 = 6 subsequentes, o total de pontos da figura de número 15
42 – 34 = 8 deverá ser:
52 – 42 = 10 (A) 69
64 – 52 = 12 (B) 67
78 – 64 = 14 (C) 65
(D) 63
QUESTÕES (E) 61
03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000,
01. Observe atentamente a disposição das cartas em 990, 970, 940, 900, 850, ...
cada linha do esquema seguinte: (A) 800
(B) 790
(C) 780
(D) 770

04. Na sequência lógica de números representados nos


hexágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um
deles que pode ser:

(A) 76
(B) 10
(C) 20
(D) 78

19
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos Admitindo-se que a regra de formação das figuras
de fósforo constrói uma sequência de quadrados conforme seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a
indicado abaixo: figura que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é:

.............
(A) (B)
1° 2° 3°

Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura?


(A) 20 palitos
(B) 25 palitos
(C) 28 palitos
(D) 22 palitos
(C) (D)

06. Ana fez diversas planificações de um cubo e


escreveu em cada um, números de 1 a 6. Ao montar o cubo,
ela deseja que a soma dos números marcados nas faces
opostas seja 7. A única alternativa cuja figura representa a
planificação desse cubo tal como deseja Ana é: (E)

(A) (B)

09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual
é o próximo número?
(C) (D) (A) 20
(B) 21
(C) 100
(D) 200

10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo


número?
(E) (A) 4
(B) 20
(C) 31
(D) 21

11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados


07. As figuras da sequência dada são formadas por segundo determinado critério.
partes iguais de um círculo. LACRAÇÃO → cal
AMOSTRA → soma
LAVRAR → ?

Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá


ocupar o lugar do ponto de interrogação é:
Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16 (A) alar
círculos completos na: (B) rala
(A) 36ª figura (C) ralar
(B) 48ª figura (D) larva
(C) 72ª figura (E) arval
(D) 80ª figura
(E) 96ª figura

08. Analise a sequência a seguir:

20
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas, 14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas
linha a linha, segundo determinado padrão. em forma de triângulo, segundo determinado critério.

Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui Considerando que na ordem alfabética usada são
corretamente o ponto de interrogação é: excluídas as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui
corretamente o ponto de interrogação é:
(A) P
(B) O
(C) N
(D) M
(A) (B)

(C)
(E) L

15. Considere que a sequência seguinte é formada pela


sucessão natural dos números inteiros e positivos, sem que
os algarismos sejam separados.
(D)
(E) 1234567891011121314151617181920...

13. Observe que na sucessão seguinte os números O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa
foram colocados obedecendo a uma lei de formação. sequência é:
(A) 9
(B) 8
(C) 6
(D) 3
(E) 1

16. Em cada linha abaixo, as três figuras foram


Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais desenhadas de acordo com determinado padrão.
que X + Y é igual a:
(A) 40
(B) 42
(C) 44
(D) 46
(E) 48

21
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Segundo esse mesmo padrão, a figura que deve 20. Considere a sequência abaixo:
substituir o ponto de interrogação é:
BBB BXB XXB
XBX XBX XBX
BBB BXB BXX
(A) (B) O padrão que completa a sequência é:

(A) (B) (C)


XXX XXB XXX
XXX XBX XXX
(C) (D) XXX BXX XXB

(D) (E)
XXX XXX
XBX XBX
(E) XXX BXX

17. Observe que, na sucessão de figuras abaixo, os 21. Na série de Fibonacci, cada termo a partir do
números que foram colocados nos dois primeiros triângulos terceiro é igual à soma de seus dois termos precedentes.
obedecem a um mesmo critério. Sabendo-se que os dois primeiros termos, por definição,
são 0 e 1, o sexto termo da série é:
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6

Para que o mesmo critério seja mantido no triângulo 22. Nosso código secreto usa o alfabeto A B C D E F G
da direita, o número que deverá substituir o ponto de H I J L M N O P Q R S T U V X Z. Do seguinte modo: cada
interrogação é: letra é substituída pela letra que ocupa a quarta posição
(A) 32 depois dela. Então, o “A” vira “E”, o “B” vira “F”, o “C” vira
(B) 36 “G” e assim por diante. O código é “circular”, de modo que
(C) 38 o “U” vira “A” e assim por diante. Recebi uma mensagem
(D) 42 em código que dizia: BSA HI EDAP. Decifrei o código e li:
(E) 46 (A) FAZ AS DUAS;
(B) DIA DO LOBO;
18. Considere a seguinte sequência infinita de (C) RIO ME QUER;
números: 3, 12, 27, __, 75, 108,... O número que preenche (D) VIM DA LOJA;
adequadamente a quarta posição dessa sequência é: (E) VOU DE AZUL.
(A) 36,
(B) 40, 23. A sentença “Social está para laicos assim como
(C) 42, 231678 está para...” é melhor completada por:
(D) 44, (A) 326187;
(E) 48 (B) 876132;
(C) 286731;
19. Observando a sequência (1, , , , , ...) o (D) 827361;
próximo numero será: (E) 218763.

(A) 24. A sentença “Salta está para Atlas assim como 25435
está para...” é melhor completada pelo seguinte número:
(A) 53452;
(B) (B) 23455;
(C) 34552;
(C) (D) 43525;
(E) 53542.
(D)

22
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

25. Repare que com um número de 5 algarismos,


respeitada a ordem dada, podem-se criar 4 números de dois
algarismos. Por exemplo: de 34.712, podem-se criar o 34,
o 47, o 71 e o 12. Procura-se um número de 5 algarismos
formado pelos algarismos 4, 5, 6, 7 e 8, sem repetição. Veja
abaixo alguns números desse tipo e, ao lado de cada um
deles, a quantidade de números de dois algarismos que esse
número tem em comum com o número procurado.

Número Quantidade de números de Excluídas do alfabeto as letras K, W e Y e fazendo cada


dado 2 algarismos em comum letra restante corresponder ordenadamente aos números
inteiros de 1 a 23 (ou seja, A = 1, B = 2, C = 3,..., Z = 23),
48.765 1 a soma dos números que correspondem às letras que
86.547 0 compõem o nome do animal é:
87.465 2 (A) 37
(B) 39
48.675
(C) 45
1
(D) 49
O número procurado é:
(E) 51
(A) 87456
(B) 68745
Nas questões 29 e 30, observe que há uma relação
(C) 56874
entre o primeiro e o segundo grupos de letras. A mesma
(D) 58746
relação deverá existir entre o terceiro grupo e um dos cinco
(E) 46875
grupos que aparecem nas alternativas, ou seja, aquele que
26. Considere que os símbolos ♦ e ♣ que aparecem substitui corretamente o ponto de interrogação. Considere
no quadro seguinte, substituem as operações que devem que a ordem alfabética adotada é a oficial e exclui as letras
ser efetuadas em cada linha, a fim de se obter o resultado K, W e Y.
correspondente, que se encontra na coluna da extrema direita.
29. CASA: LATA: LOBO: ?
(A) SOCO
36 ♦ 4 ♣ 5 = 14 (B) TOCO
48 ♦ 6 ♣ 9 = 17 (C) TOMO
54 ♦ 9 ♣ 7 = ? (D) VOLO
(E) VOTO
Para que o resultado da terceira linha seja o correto, o
ponto de interrogação deverá ser substituído pelo número: 30. ABCA: DEFD: HIJH: ?
(A) 16 (A) IJLI
(B) 15 (B) JLMJ
(C) 14 (C) LMNL
(D) 13 (D) FGHF
(E) 12 (E) EFGE

27. Segundo determinado critério, foi construída a


sucessão seguinte, em que cada termo é composto de um 31. Os termos da sucessão seguinte foram obtidos
número seguido de uma letra: A1 – E2 – B3 – F4 – C5 – G6 – .... considerando uma lei de formação (0, 1, 3, 4, 12, 123,...).
Considerando que no alfabeto usado são excluídas as letras Segundo essa lei, o décimo terceiro termo dessa sequência
K, Y e W, então, de acordo com o critério estabelecido, a letra é um número:
que deverá anteceder o número 12 é: (A) Menor que 200.
(A) J (B) Compreendido entre 200 e 400.
(B) L (C) Compreendido entre 500 e 700.
(C) M (D) Compreendido entre 700 e 1.000.
(D) N (E) Maior que 1.000.
(E) O
Para responder às questões de números 32 e 33, você
28. Os nomes de quatro animais – MARÁ, PERU, TATU deve observar que, em cada um dos dois primeiros pares
e URSO – devem ser escritos nas linhas da tabela abaixo, de de palavras dadas, a palavra da direita foi obtida da palavra
modo que cada uma das suas respectivas letras ocupe um da esquerda segundo determinado critério. Você deve
quadrinho e, na diagonal sombreada, possa ser lido o descobrir esse critério e usá-lo para encontrar a palavra
nome de um novo animal. que deve ser colocada no lugar do ponto de interrogação.

23
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

32. Ardoroso → rodo 40. Reposicione dois palitos e obtenha uma figura com
Dinamizar → mina cinco quadrados iguais.
Maratona → ?

(A) mana
(B) toma
(C) tona
(D) tora
(E) rato

33. Arborizado → azar


Asteroide → dias
Articular → ?
(A) luar
(B) arar 41. Observe as multiplicações a seguir:
(C) lira 12.345.679 × 18 = 222.222.222
(D) luta 12.345.679 × 27 = 333.333.333
(E) rara ... ...
12.345.679 × 54 = 666.666.666
34. Preste atenção nesta sequência lógica e identifique Para obter 999.999.999 devemos multiplicar 12.345.679
quais os números que estão faltando: 1, 1, 2, __, 5, 8, __,21, por quanto?
34, 55, __, 144, __...
42. Esta casinha está de frente para a estrada de terra.
35. Uma lesma encontra-se no fundo de um poço seco Mova dois palitos e faça com que fique de frente para a
de 10 metros de profundidade e quer sair de lá. Durante o estrada asfaltada.
dia, ela consegue subir 2 metros pela parede; mas à noite,
enquanto dorme, escorrega 1 metro. Depois de quantos
dias ela consegue chegar à saída do poço?

36. Quantas vezes você usa o algarismo 9 para numerar


as páginas de um livro de 100 páginas?

37. Quantos quadrados existem na figura abaixo?

43. Remova dois palitos e deixe a figura com dois


quadrados.

38. Retire três palitos e obtenha apenas três quadrados.

44. As cartas de um baralho foram agrupadas em pares,


segundo uma relação lógica. Qual é a carta que está faltando,
sabendo que K vale 13, Q vale 12, J vale 11 e A vale 1?

39. Qual será o próximo símbolo da sequência abaixo?

24
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

45. Mova um palito e obtenha um quadrado perfeito. Respostas

01. Resposta: “A”.


A diferença entre os números estampados nas cartas
1 e 2, em cada linha, tem como resultado o valor da 3ª
carta e, além disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta,
dentro das opções dadas só pode ser a da opção (A).

02. Resposta “D”.


Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de
simetria, tem-se:
46. Qual o valor da pedra que deve ser colocada em Na figura 1: 01 ponto de cada lado  02 pontos no
cima de todas estas para completar a sequência abaixo? total.
Na figura 2: 02 pontos de cada lado  04 pontos no
total.
Na figura 3: 03 pontos de cada lado  06 pontos no
total.
Na figura 4: 04 pontos de cada lado  08 pontos no
total.
Na figura n: n pontos de cada lado  2.n pontos no
total.

Em particular:
Na figura 15: 15 pontos de cada lado  30 pontos no
47. Mova três palitos nesta figura para obter cinco total.
triângulos.
Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de
simetria, tem-se:
Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo  04 pontos no
total.
Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo  06 pontos no
total.
Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo  08 pontos no
total.
48. Tente dispor 6 moedas em 3 fileiras de modo que Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo  10 pontos no
em cada fileira fiquem apenas 3 moedas. total.
Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo  2.(n+1)
pontos no total.

Em particular:
49. Reposicione três palitos e obtenha cinco quadrados. Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo  32 pontos
no total. Incluindo o ponto central, que ainda não foi
considerado, temos para total de pontos da figura 15: Total
de pontos = 30 + 32 + 1 = 63 pontos.

03. Resposta “B”.


Nessa sequência, observamos que a diferença: entre
1000 e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o 970 e 940 é 30,
entre 940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre
850 e o próximo número é 60, dessa forma concluímos que
50. Mude a posição de quatro palitos e obtenha cinco o próximo número é 790, pois: 850 – 790 = 60.
triângulos.
04. Resposta “D”
Nessa sequência lógica, observamos que a diferença:
entre 24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e 28 é 6, entre
42 e 34 é 8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto
entre o próximo número e 64 é 14, dessa forma concluímos
que o próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14.

25
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

05. Resposta “D”. 12. Resposta “C”.


Observe a tabela: Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas
por quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já há cabeças
Figuras 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª com círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura
que está faltando é um quadrado. As mãos das figuras
7 16
estão levantadas, em linha reta ou abaixadas. Assim, a
Nº de Palitos 4 10 13 19 22
figura que falta deve ter as mãos levantadas (é o que
Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de
ocorre em todas as alternativas). As figuras apresentam
palitos das três primeiras figuras. Feito isto, basta perceber
as 2 pernas ou abaixadas, ou 1 perna levantada para
que cada figura a partir da segunda tem a quantidade
a esquerda ou 1 levantada para a direita. Nesse caso,
de palitos da figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta
forma, fica fácil preencher o restante da tabela e determinar a figura que está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna
a quantidade de palitos da 7ª figura. levantada para a esquerda. Logo, a figura tem a cabeça
quadrada, as mãos levantadas e a perna erguida para a
06. Resposta “A”. esquerda.
Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter
a planificação de um lado, pois o 4 estaria do lado oposto 13. Resposta “A”.
ao 6, somando 10 unidades. Na figura apresentada na Existem duas leis distintas para a formação: uma
letra “C”, da mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao para a parte superior e outra para a parte inferior. Na
3, somando 8, não formando um lado. Na figura da letra parte superior, tem-se que: do 1º termo para o 2º termo,
“D”, o 2 estaria em face oposta ao 4, não determinando ocorreu uma multiplicação por 2; já do 2º termo para o
um lado. Já na figura apresentada na letra “E”, o 1 não 3º, houve uma subtração de 3 unidades. Com isso, X é
estaria em face oposta ao número 6, impossibilitando, igual a 5 multiplicado por 2, ou seja, X = 10. Na parte
portanto, a obtenção de um lado. Logo, podemos concluir inferior, tem-se: do 1º termo para o 2º termo ocorreu uma
que a planificação apresentada na letra “A” é a única para multiplicação por 3; já do 2º termo para o 3º, houve uma
representar um lado. subtração de 2 unidades. Assim, Y é igual a 10 multiplicado
por 3, isto é, Y = 30. Logo, X + Y = 10 + 30 = 40.
07. Resposta “B”.
Como na 3ª figura completou-se um círculo, para 14. Resposta “A”.
completar 16 círculos é suficiente multiplicar 3 por 16 : 3 . A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade
16 = 48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos. direita do triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita para
a esquerda; continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as
08. Resposta “B”. linhas pares na ordem inversa – pela 4ª linha até a 2ª linha.
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Na 2ª linha, então, as letras são, da direita para a esquerda,
Assim, continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A “M”, “N”, “O”, e a letra que substitui corretamente o ponto
figura de número 277 ocupa, então, a mesma posição das
de interrogação é a letra “P”.
figuras que representam número 5n + 2, com n N. Ou seja,
a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é representada
15. Resposta “B”.
pela letra “B”.
A sequência de números apresentada representa a
09. Resposta “D”. lista dos números naturais. Mas essa lista contém todos
A regularidade que obedece a sequência acima não se os algarismos dos números, sem ocorrer a separação.
dá por padrões numéricos e sim pela letra que inicia cada Por exemplo: 101112 representam os números 10, 11
número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito, e 12. Com isso, do número 1 até o número 9 existem 9
Dezenove, ... Enfim, o próximo só pode iniciar também com algarismos. Do número 10 até o número 99 existem: 2 x
“D”: Duzentos. 90 = 180 algarismos. Do número 100 até o número 124
existem: 3 x 25 = 75 algarismos. E do número 124 até o
10. Resposta “C”. número 128 existem mais 12 algarismos. Somando todos
Esta sequência é regida pela inicial de cada número. os valores, tem-se: 9 + 180 + 75 + 12 = 276 algarismos.
Três, Treze, Trinta,... O próximo só pode ser o número Trinta Logo, conclui-se que o algarismo que ocupa a 276ª
e um, pois ele inicia com a letra “T”. posição é o número 8, que aparece no número 128.

11. Resposta “E”. 16. Resposta “D”.


Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras Na 1ª linha, internamente, a 1ª figura possui 2
letras da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem invertida. Da “orelhas”, a 2ª figura possui 1 “orelha” no lado esquerdo
mesma forma, na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da e a 3ª figura possui 1 “orelha” no lado direito. Esse fato
palavra AMOSTRA, pelas 4 primeira letras invertidas. Com acontece, também, na 2ª linha, mas na parte de cima e na
isso, da palavra LAVRAR, ao se retirarem as 5 primeiras parte de baixo, internamente em relação às figuras. Assim,
letras, na ordem invertida, obtém-se ARVAL. na 3ª linha ocorrerá essa regra, mas em ordem inversa: é

26
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

a 3ª figura da 3ª linha que terá 2 “orelhas” internas, uma 22. Resposta “E”.
em cima e outra em baixo. Como as 2 primeiras figuras A questão nos informa que ao se escrever alguma
da 3ª linha não possuem “orelhas” externas, a 3ª figura mensagem, cada letra será substituída pela letra que ocupa
também não terá orelhas externas. Portanto, a figura que a quarta posição, além disso, nos informa que o código é
deve substituir o ponto de interrogação é a 4ª. “circular”, de modo que a letra “U” vira “A”. Para decifrarmos,
temos que perceber a posição do emissor e do receptor. O
17. Resposta “B”. emissor ao escrever a mensagem conta quatro letras à frente
No 1º triângulo, o número que está no interior do para representar a letra que realmente deseja, enquanto
triângulo dividido pelo número que está abaixo é igual à que o receptor, deve fazer o contrário, contar quatro letras
diferença entre o número que está à direita e o número atrás para decifrar cada letra do código. No caso, nos foi
que está à esquerda do triângulo: 40 5 21 13 8. dada a frase para ser decifrada, vê-se, pois, que, na questão,
A mesma regra acontece no 2º triângulo: 42 ÷ 7 = 23 ocupamos a posição de receptores. Vejamos a mensagem:
- 17 = 6. BSA HI EDAP. Cada letra da mensagem representa a quarta
Assim, a mesma regra deve existir no 3º triângulo: letra anterior de modo que:
VxzaB: B na verdade é V;
? ÷ 3 = 19 - 7
OpqrS: S na verdade é O;
? ÷ 3 = 12
UvxzA: A na verdade é U;
? = 12 x 3 = 36.
DefgH: H na verdade é D;
EfghI: I na verdade é E;
18. Resposta “E”. AbcdE: E na verdade é A;
Verifique os intervalos entre os números que foram ZabcD: D na verdade é Z;
fornecidos. Dado os números 3, 12, 27, __, 75, 108, obteve- UvxaA: A na verdade é U;
se os seguintes 9, 15, __, __, 33 intervalos. Observe que 3x3, LmnoP: P na verdade é L;
3x5, 3x7, 3x9, 3x11. Logo 3x7 = 21 e 3x 9 = 27. Então: 21 +
27 = 48. 23. Resposta “B”.
A questão nos traz duas palavras que têm relação
19. Resposta “B”. uma com a outra e, em seguida, nos traz uma sequência
Observe que o numerador é fixo, mas o denominador numérica. É perguntado qual sequência numérica tem a
é formado pela sequência: mesma ralação com a sequência numérica fornecida, de
maneira que, a relação entre as palavras e a sequência
Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto numérica é a mesma. Observando as duas palavras dadas,
podemos perceber facilmente que têm cada uma 6 letras
3x4= 4x5= 5x6= e que as letras de uma se repete na outra em uma ordem
1 1x2=2 2x3=6
12 20 30 diferente. Tal ordem, nada mais é, do que a primeira palavra
de trás para frente, de maneira que SOCIAL vira LAICOS.
20. Resposta “D”. Fazendo o mesmo com a sequência numérica fornecida,
O que de início devemos observar nesta questão é a temos: 231678 viram 876132, sendo esta a resposta.
quantidade de B e de X em cada figura. Vejamos:
BBB BXB XXB 24. Resposta “A”.
XBX XBX XBX A questão nos traz duas palavras que têm relação
BBB BXB BXX uma com a outra, e em seguida, nos traz uma sequência
7B e 2X 5B e 4X 3B e 6X numérica. Foi perguntado qual a sequência numérica que
tem relação com a já dada de maneira que a relação entre
Vê-se, que os “B” estão diminuindo de 2 em 2 e que as palavras e a sequência numérica é a mesma. Observando
os “X” estão aumentando de 2 em 2; notem também que as duas palavras dadas podemos perceber facilmente que
os “B” estão sendo retirados um na parte de cima e um tem cada uma 6 letras e que as letras de uma se repete
na parte de baixo e os “X” da mesma forma, só que não na outra em uma ordem diferente. Essa ordem diferente
estão sendo retirados, estão, sim, sendo colocados. Logo nada mais é, do que a primeira palavra de trás para frente,
a 4ª figura é: de maneira que SALTA vira ATLAS. Fazendo o mesmo com
XXX a sequência numérica fornecida temos: 25435 vira 53452,
XBX sendo esta a resposta.
XXX
25. Resposta “E”.
1B e 8X
Pelo número 86.547, tem-se que 86, 65, 54 e 47 não
acontecem no número procurado. Do número 48.675, as
21. Resposta “D”.
opções 48, 86 e 67 não estão em nenhum dos números
Montando a série de Fibonacci temos: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, apresentados nas alternativas. Portanto, nesse número a
13, 21, 34... A resposta da questão é a alternativa “D”, pois coincidência se dá no número 75. Como o único número
como a questão nos diz, cada termo a partir do terceiro é apresentado nas alternativas que possui a sequência 75 é
igual à soma de seus dois termos precedentes. 2 + 3 = 5 46.875, tem-se, então, o número procurado.

27
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

26. Resposta “D”. 31. Resposta “E”.


O primeiro símbolo representa a divisão e o 2º símbolo Do 1º termo para o 2º termo, ocorreu um acréscimo
representa a soma. Portanto, na 1ª linha, tem-se: 36 ÷ 4 de 1 unidade. Do 2º termo para o 3º termo, ocorreu a
+ 5 = 9 + 5 = 14. Na 2ª linha, tem-se: 48 ÷ 6 + 9 = 8 + multiplicação do termo anterior por 3. E assim por diante,
9 = 17. Com isso, na 3ª linha, ter-se-á: 54 ÷ 9 + 7 = 6 até que para o 7º termo temos 13 . 3 = 39. 8º termo = 39 +
+ 7 = 13. Logo, podemos concluir então que o ponto de 1 = 40. 9º termo = 40 . 3 = 120. 10º termo = 120 + 1 = 121.
interrogação deverá ser substituído pelo número 13. 11º termo = 121 . 3 = 363. 12º termo = 363 + 1 = 364. 13º
termo = 364 . 3 = 1.092. Portanto, podemos concluir que
27. Resposta “A”. o 13º termo da sequência é um número maior que 1.000.
As letras que acompanham os números ímpares
formam a sequência normal do alfabeto. Já a sequência 32. Resposta “D”.
que acompanha os números pares inicia-se pela letra “E”, Da palavra “ardoroso”, retiram-se as sílabas “do” e
e continua de acordo com a sequência normal do alfabeto: “ro” e inverteu-se a ordem, definindo-se a palavra “rodo”.
2ª letra: E, 4ª letra: F, 6ª letra: G, 8ª letra: H, 10ª letra: I e 12ª Da mesma forma, da palavra “dinamizar”, retiram-se as
letra: J. sílabas “na” e “mi”, definindo-se a palavra “mina”. Com
isso, podemos concluir que da palavra “maratona”. Deve-
28. Resposta “D”. se retirar as sílabas “ra” e “to”, criando-se a palavra “tora”.
Escrevendo os nomes dos animais apresentados na
lista – MARÁ, PERU, TATU e URSO, na seguinte ordem: 33. Resposta “A”.
PERU, MARÁ, TATU e URSO, obtém-se na tabela: Na primeira sequência, a palavra “azar” é obtida pelas
letras “a” e “z” em sequência, mas em ordem invertida.
Já as letras “a” e “r” são as 2 primeiras letras da palavra
P E R U “arborizado”. A palavra “dias” foi obtida da mesma forma:
As letras “d” e “i” são obtidas em sequência, mas em ordem
invertida. As letras “a” e “s” são as 2 primeiras letras da
M A R A

T A T U palavra “asteroides”. Com isso, para a palavras “articular”,


considerando as letras “i” e “u”, que estão na ordem
U R S O invertida, e as 2 primeiras letras, obtém-se a palavra “luar”.

34. O nome da sequência é Sequência de Fibonacci.


O nome do animal é PATO. Considerando a ordem do
O número que vem é sempre a soma dos dois números
alfabeto, tem-se: P = 15, A = 1, T = 19 e 0 = 14. Somando
imediatamente atrás dele. A sequência correta é: 1, 1, 2, 3,
esses valores, obtém-se: 15 + 1 + 19 + 14 = 49.
5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233...
35.
29. Resposta “B”.
Na 1ª e na 2ª sequências, as vogais são as mesmas:
letra “A”. Portanto, as vogais da 4ª sequência de letras Dia Subida Descida
deverão ser as mesmas da 3ª sequência de letras: “O”. 1º 2m 1m
A 3ª letra da 2ª sequência é a próxima letra do alfabeto
2º 3m 2m
depois da 3ª letra da 1ª sequência de letras. Portanto, na 4ª
sequência de letras, a 3ª letra é a próxima letra depois de 3º 4m 3m
“B”, ou seja, a letra “C”. Em relação à primeira letra, tem-se 4º 5m 4m
uma diferença de 7 letras entre a 1ª letra da 1ª sequência
5º 6m 5m
e a 1ª letra da 2ª sequência. Portanto, entre a 1ª letra da
3ª sequência e a 1ª letra da 4ª sequência, deve ocorrer o 6º 7m 6m
mesmo fato. Com isso, a 1ª letra da 4ª sequência é a letra 7º 8m 7m
“T”. Logo, a 4ª sequência de letras é: T, O, C, O, ou seja,
8º 9m 8m
TOCO.
9º 10m ----
30. Resposta “C”.
Na 1ª sequência de letras, ocorrem as 3 primeiras Portanto, depois de 9 dias ela chegará na saída do
letras do alfabeto e, em seguida, volta-se para a 1ª letra poço.
da sequência. Na 2ª sequência, continua-se da 3ª letra
da sequência anterior, formando-se DEF, voltando-se 36. 09 – 19 – 29 – 39 – 49 – 59 – 69 – 79 – 89 – 90 –
novamente, para a 1ª letra desta sequência: D. Com isto, 91 – 92 – 93 – 94 – 95 – 96 – 97 – 98 – 99. Portanto, são
na 3ª sequência, têm-se as letras HIJ, voltando-se para a 1ª necessários 20 algarismos.
letra desta sequência: H. Com isto, a 4ª sequência iniciará
pela letra L, continuando por M e N, voltando para a letra L.
Logo, a 4ª sequência da letra é: LMNL.

28
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

37. 42.

= 16

= 09

43.

= 04

44. Sendo A = 1, J = 11, Q = 12 e K = 13, a soma de


cada par de cartas é igual a 14 e o naipe de paus sempre
=01 forma par com o naipe de espadas. Portanto, a carta que
está faltando é o 6 de espadas.
Portanto, há 16 + 9 + 4 + 1 = 30 quadrados.
45. Quadrado perfeito em matemática, sobretudo na
38. aritmética e na teoria dos números, é um número inteiro
não negativo que pode ser expresso como o quadrado de
um outro número inteiro. Ex: 1, 4, 9...
No exercício 2 elevado a 2 = 4

39. Os símbolos são como números em frente ao


espelho. Assim, o próximo símbolo será 88.
46. Observe que:
40.

3 6 18 72 360 2160 15120


x2 x3 x4 x5 x6 x7

Portanto, a próxima pedra terá que ter o valor: 15.120


x 8 = 120.960

47.
41.
12.345.679 × (2×9) = 222.222.222
12.345.679 × (3×9) = 333.333.333
... ...
12.345.679 × (4×9) = 666.666.666
Portanto, para obter 999.999.999 devemos multiplicar
12.345.679 por (9x9) = 81

29
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

48. Em Geometria, por exemplo, os pontos são indicados


por letras maiúsculas e as retas (que são conjuntos de
pontos) por letras minúsculas.
Outro conceito fundamental é o de relação de
pertinência que nos dá um relacionamento entre um
elemento e um conjunto.

Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos


x∈ A
Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.

49. Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos


x∉ A
Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.

Como representar um conjunto

Pela designação de seus elementos: Escrevemos os


elementos entre chaves, separando os por vírgula.

Exemplos
50.
- {3, 6, 7, 8} indica o conjunto formado pelos elementos
3, 6, 7 e 8.
{a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos
a, b e m.
{1; {2; 3}; {3}} indica o conjunto cujos elementos são 1,
{2; 3} e {3}.

Pela propriedade de seus elementos: Conhecida


uma propriedade P que caracteriza os elementos de um
conjunto A, este fica bem determinado.
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS. P termo “propriedade P que caracteriza os elementos
de um conjunto A” significa que, dado um elemento x
qualquer temos:
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem
Conjuntos a propriedade P é indicado por:
{x, tal que x tem a propriedade P}
É uma reunião, agrupamento de pessoas, seres ou ob-
jetos. Dá a ideia de coleção. Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou |
ou ainda :, podemos indicar o mesmo conjunto por:
Conjuntos Primitivos {x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda,
{x : x tem a propriedade P}
Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são
primitivos, ou seja, não são definidos. Exemplos
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma
porção de livros são todos exemplos de conjuntos. - { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u}
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm - {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo
elementos. Um elemento de um conjunto pode ser uma que {0, 1, 2, 3}
banana, um peixe ou um livro. Convém frisar que um - {x : x em um número inteiro e x2 = x } é o mesmo que
conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro {0, 1}
conjunto.
Por exemplo, uma reta é um conjunto de pontos; um Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-
feixe de retas é um conjunto onde cada elemento (reta) é Euler consiste em representar o conjunto através de um
também conjunto (de pontos). “círculo” de tal forma que seus elementos e somente eles
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras estejam no “círculo”.
maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras
minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa
obrigatoriedade.

30
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Exemplos A relação de pertinência ( ∈ ) estabelece um


- Se A = {a, e, i, o, u} então relacionamento entre um elemento e um conjunto e,
portanto, é diferente da relação de inclusão.
Simbolicamente
x ∈ A ⇔ {x} ⊂ A
x ∉ A ⇔ {x} ⊄ A

Igualdade

Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B


e indicamos por A = B se, e somente se, A é subconjunto de
- Se B = {0, 1, 2, 3 }, então B e B é também subconjunto de A.
Simbolicamente: A = B ⇔ A ⊂ B e B ⊂ A
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais
equivale, segundo a definição, a demonstrar que A ⊂ B
e B ⊂ A.
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e
somente se, possuem os mesmos elementos.
Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B. Portanto
A ≠ B se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não
Conjunto Vazio é subconjunto de A. Simbolicamente: A ≠ B ⇔ A ⊄ B ou
B⊄A
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.
Representa-se pela letra do alfabeto norueguês 0/ ou, Exemplos
simplesmente { }.
Simbolicamente: ∀ x, x ∉ 0/ - {2,4} = {4,2}, pois {2,4} ⊂ {4,2} e {4,2} ⊂ {2,4}. Isto nos
mostra que a ordem dos elementos de um conjunto não
Exemplos deve ser levada em consideração. Em outras palavras, um
conjunto fica determinado pelos elementos que o mesmo
- 0/ = {x : x é um número inteiro e 3x = 1} possui e não pela ordem em que esses elementos são
- 0/ = {x | x é um número natural e 3 – x = 4} descritos.
- 0/ = {x | x ≠ x} - {2,2,2,4} = {2,4}, pois {2,2,2,4} ⊂ {2,4} e {2,4} ⊂
{2,2,2,4}. Isto nos mostra que a repetição de elementos é
Subconjunto desnecessária.
- {a,a} = {a}
Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A é - {a,b = {a} ⇔ a= b
também elemento de B, dizemos que A é um subconjunto - {1,2} = {x,y} ⇔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1)
de B ou A é a parte de B ou, ainda, A está contido em B e
indicamos por A ⊂ B. Conjunto das partes
Simbolicamente: A ⊂ B ⇔ ( ∀ x)(x ∈ ∀ ⇒ x ∈ B)
Dado um conjunto A podemos construir um novo
Portanto, A ⊄ B significa que A não é um subconjunto conjunto formado por todos os subconjuntos (partes) de A.
de B ou A não é parte de B ou, ainda, A não está contido Esse novo conjunto chama-se conjunto dos subconjuntos
em B. (ou das partes) de A e é indicado por P(A).
Por outro lado, A ⊄ B se, e somente se, existe, pelo Simbolicamente: P(A)={X | X ⊂ A} ou X ⊂ P(A) ⇔ X ⊂ A
menos, um elemento de A que não é elemento de B.
Simbolicamente: A ⊄ B ⇔ ( ∃ x)(x ∈ A e x ∉ B) Exemplos

Exemplos a) = {2, 4, 6}
P(A) = { 0/ , {2}, {4}, {6}, {2,4}, {2,6}, {4,6}, A}
- {2 . 4} ⊂ {2, 3, 4}, pois 2 ∈ {2, 3, 4} e 4 ∈ {2, 3, 4}
- {2, 3, 4} ⊄ {2, 4}, pois 3 ∉ {2, 4} b) = {3,5}
- {5, 6} ⊂ {5, 6}, pois 5 ∈ {5, 6} e 6 ∈ {5, 6} P(B) = { 0/ , {3}, {5}, B}

Inclusão e pertinência c) = {8}


P(C) = { 0/ , C}
A definição de subconjunto estabelece um
relacionamento entre dois conjuntos e recebe o nome de d) = 0/
relação de inclusão ( ⊂ ). P(D) = { 0/ }

31
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Propriedades Número de Elementos da União e da Intersecção de


Seja A um conjunto qualquer e 0/ o conjunto vazio. Conjuntos
Valem as seguintes propriedades
Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura
abaixo, podemos estabelecer uma relação entre os
0/ ≠( 0/ ) 0/ ∉ 0/ 0/ ⊂ 0/ 0/ ∈ { 0/ } respectivos números de elementos.
0/ ⊂ A ⇔ 0/ ∈ P(A) A ⊂ A ⇔ A ∈ P(A)

Se A tem n elementos então A possui 2n subconjuntos


e, portanto, P(A) possui 2n elementos.

União de conjuntos
A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto
formado por todos os elementos que pertencem a A ou a
B. Representa-se por A ∪ B.
Simbolicamente: A 4 ∉BN = {X | X ∈ A ou X ∈ B}

Note que ao subtrairmos os elementos comuns


evitamos que eles sejam contados duas vezes.

Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo
um deles estiver contido no outro, ainda assim a relação
dada será verdadeira.
Exemplos b) Podemos ampliar a relação do número de elementos
- {2,3} ∪ {4,5,6}={2,3,4,5,6} para três ou mais conjuntos com a mesma eficiência.
- {2,3,4} ∪ {3,4,5}={2,3,4,5} Observe o diagrama e comprove.
- {2,3} ∪ {1,2,3,4}={1,2,3,4}
- {a,b} ∪ φ {a,b}

Intersecção de conjuntos

A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado


por todos os elementos que pertencem, simultaneamente,
a A e a B. Representa-se por A ∩ B. Simbolicamente: A ∩ B
= {X | X ∈ A ou X ∈ B}

Exemplos Subtração
- {2,3,4} ∩ {3,5}={3}
- {1,2,3} ∩ {2,3,4}={2,3} A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto
- {2,3} ∩ {1,2,3,5}={2,3} formado por todos os elementos que pertencem a A e não
- {2,4} ∩ {3,5,7}= φ pertencem a B. Representa-se por A – B. Simbolicamente:
A – B = {X | X ∈ A e X ∉ B}
Observação: Se A ∩ B= φ , dizemos que A e B são
conjuntos disjuntos.

32
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

O conjunto A – B é também chamado de conjunto


complementar de B em relação a A, representado por CAB.
Simbolicamente: CAB = A - B{X | X ∈ A e X ∉ B}

Exemplos

- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}
CAB = A – B = {1,3} e CBA = B – A = φ

- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}
CAB = A – B = {1} e CBA = B – A = {14}

- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}
CAB = A – B = {0,2,4} e CBA = B – A = {1,3,5} Sejam:
Observações: Alguns autores preferem utilizar o A o conjunto dos meninos ruivos e n(A) = x
conceito de completar de B em relação a A somente nos B o conjunto das meninas ruivas e n(B) = 9
casos em que B ⊂ A. C o conjunto dos meninos não ruivos e n(C) = 13
- Se B ⊂ A representa-se por B o conjunto D o conjunto das meninas não ruivas e n(D) = y
complementar de B em relação a A. Simbolicamente: B ⊂ A De acordo com o enunciado temos:
⇔ B = A – B = CAB`
n( B ∪ D) = n( B ) + n( D) = 9 + y = 42 ⇔ y = 33

n( A ∪ D) = n( A) + n( B) = x + 9 = 24 ⇔ x = 15

Assim sendo
a) O número total de crianças da escola é:
n( A ∪ B ∪ C ∪ D ) = n( A) + n( B ) + n(C ) + n( D ) = 15 + 9 + 13 + 33 = 70
b) O número de crianças que são meninas ou são
ruivas é:
Exemplos
n[( A ∪ B ) ∪ ( B ∪ D )] = n( A) + n( B ) + n( D ) = 15 + 9 + 33 = 57
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:
a) A = {2, 3, 4} ⇒ A = {0, 1, 5, 6}
b) B = {3, 4, 5, 6 } ⇒ B = {0, 1, 2} Questões
c) C = φ ⇒ C = S
1 – (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD-
Número de elementos de um conjunto MINISTRATIVO – FCC/2014) Dos 43 vereadores de uma
cidade, 13 dele não se inscreveram nas comissões de Edu-
Sendo X um conjunto com um número finito de cação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos vereadores
elementos, representa-se por n(X) o número de elementos se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se
de X. Sendo, ainda, A e B dois conjuntos quaisquer, com inscreveram apenas nas comissões de Educação e Saúde e
número finito de elementos temos: oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
n(A ∪ B)=n(A)+n(B)-n(A ∩ B) Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu
A ∩ B= φ ⇒ n(A ∪ B)=n(A)+n(B) em apenas uma dessas comissões. O número de vereado-
n(A -B)=n(A)-n(A ∩ B) res inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
B ⊂ A ⇒ n(A-B)=n(A)-n(B) A) 15.
B) 21.
Resolução de Problemas C) 18.
D) 27.
Exemplo: E) 16.

Numa escola mista existem 42 meninas, 24 crianças rui- 2 – (TJ-SC) Num grupo de motoristas, há 28 que diri-
vas, 13 meninos não ruivos e 9 meninas ruivas. Pergunta-se gem automóvel, 12 que dirigem motocicleta e 8 que diri-
a) quantas crianças existem na escola? gem automóveis e motocicleta. Quantos motoristas há no
b) quantas crianças são meninas ou são ruivas grupo?
A) 16 motoristas
B) 32 motoristas
C) 48 motoristas
D) 36 motoristas

33
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

3 – (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) 6 - (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM


Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos SAÚDE NM – AOCP/2014) Considere dois conjuntos A e
15 deles também estão aptos para classificar processos e B, sabendo que A ∩ B = {3}, A ∪ B = {0; 1; 2; 3; 5} e A – B
os demais estão aptos para atender ao público. Há outros = {1 ; 2}, assinale a alternativa que apresenta o conjunto B.
11 técnicos que estão aptos para atender ao público, mas A) {1; 2; 3}
não são capazes de arquivar documentos. Dentre esses B) {0; 3}
últimos técnicos mencionados, 4 deles também são capa- C) {0; 1; 2; 3; 5}
zes de classificar processos. Sabe-se que aqueles que clas- D) {3; 5}
sificam processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando E) {0; 3; 5}
que todos os técnicos que executam essas três tarefas fo-
ram citados anteriormente, eles somam um total de 7 – (Agente Administrativo) Em uma cidade existem
A) 58. duas empresas de transporte coletivo, A e B. Exatamente
B) 65. 70% dos estudantes desta cidade utilizam a Empresa A e
C) 76. 50% a Empresa B. Sabendo que todo estudante da cidade
D) 53. é usuário de pelo menos uma das empresas, qual o % deles
E) 95. que utilizam as duas empresas?
A) 20%
4 – (METRÔ/SP – OFICIAL LOGISTICA –ALMOXARI- B) 25%
FADO I – FCC/2014) O diagrama indica a distribuição de atletas C) 27%
da delegação de um país nos jogos universitários por medalha D) 33%
conquistada. Sabe-se que esse país conquistou medalhas apenas E) 35%
em modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da
delegação desse país que ganhou uma ou mais medalhas não ga- 8 – (METRÔ/SP – ENGENHEIRO SEGURANÇA DO
nhou mais de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). TRABALHO – FCC/2014) Uma pesquisa, com 200 pessoas,
De acordo com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do
desse país ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro. Metrô de uma cidade. Verificou-se que 92 pessoas utilizam a
linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam
a linha C. Utilizam as linhas A e B um total de 38 pessoas, as
linhas A e C um total de 42 pessoas e as linhas B e C um total
de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam dessas linhas.
Desta maneira, conclui-se corretamente que o número de
entrevistados que utilizam as linhas A e B e C é igual a
A) 50.
B) 26.
C) 56.
D) 10.
E) 18.

9 – TJ/RS – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁ-


RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Observando-se,
A análise adequada do diagrama permite concluir cor- durante certo período, o trabalho de 24 desenhistas do Tri-
retamente que o número de medalhas conquistadas por bunal de Justiça, verificou-se que 16 executaram desenhos
esse país nessa edição dos jogos universitários foi de arquitetônicos, 15 prepararam croquis e 3 realizaram outras
A) 15. atividades. O número de desenhistas que executaram dese-
B) 29. nho arquitetônico e prepararam croquis, nesse período, é de
C) 52. A) 10.
D) 46. B) 11.
E) 40. C) 12.
D) 13.
5 – (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM E) 14.
SAÚDE NM – AOCP/2014) Qual é o número de elementos
que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positi- 10 - (TJ/RS – OFICIAL DE TRANSPORTE – CE-
vos do número 3, menores que 31? TRO/2013) Dados os conjuntos A = {x | x é vogal da palavra
A) 9 CARRO} e B = {x | x é letra da palavra CAMINHO}, é correto
B) 10 afirmar que A∩ B tem
C) 11 A) 1 elemento.
D) 12 B) 2 elementos.
E) 13 C) 3 elementos.
D) 4 elementos.
E) 5 elementos.

34
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Respostas 4 - RESPOSTA: “D”.


O diagrama mostra o número de atletas que ganharam
1 - RESPOSTA: “C” medalhas.
De acordo com os dados temos: No caso das intersecções, devemos multiplicar por
7 vereadores se inscreveram nas 3. 2 por ser 2 medalhas e na intersecção das três medalhas
APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o 12 multiplica-se por 3.
não deve ser tirado de 7 como costuma fazer nos conjuntos,
pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos três) Intersecções:
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento básico.
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comis-
sões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30-7-12-8=3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 vereadores.

Somando as outras:
2+5+8+12+2+8+9=46

5 -RESPOSTA: “B”.
Se nos basearmos na tabuada do 3 , teremos o seguin-
te conjunto
A={3,6,9,12,15,18,21,24,27,30}
10 elementos.
Só em saneamento se inscreveram: 3+7+8=18 6 - RESPOSTA: “E”.
A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é ele-
2 – RESPOSTA: “B” mento de B.
A-B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A∪B, tiramos que B={0;3;5}.

7 - Resposta “A”.

Os que dirigem automóveis e motocicleta: 8


Os que dirigem apenas automóvel: 28-8 = 20
Os que dirigem apenas motocicleta: 12-8= 4
A quantidade de motoristas é o somatório: 20+8+4 = 32
motoristas.

3 - RESPOSTA: “B”.
Técnicos arquivam e classificam: 15
Arquivam e atendem: 46-15=31 70 – 50 = 20.
classificam e atendem: 4 20% utilizam as duas empresas.
Classificam: 15+4=19 como são 27 faltam 8
Dos 11 técnicos aptos a atender ao público 4 são capazes 8 - RESPOSTA: “E”.
de classificar processos, logo apenas 11-4 = 7 técnicos são ap-
tos a atender ao público.
Somando todos os valores obtidos no diagrama teremos:
31+15+7+4+8 = 65 técnicos.

35
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

92-[38-x+x+42-x]+94-[38-x+x+60-x]+110-[42- Definições.
x+x+60-x]+(38-x)+x+(42-x)+(60-x)+26=200 a) Segmentos congruentes.
92-[80-x]+94-[98-x]+110-[102-x]+38+42-x+60- Dois segmentos são congruentes se têm a mesma
x+26=200 medida.
92-80+x+94-98+x+110-102+x+166-2x=200
x+462-180=200 ➜ x+182 = 200 ➜ x = 200-182 ➜ x = 18 b) Ponto médio de um segmento.
Um ponto P é ponto médio do segmento AB se
9 - RESPOSTA: “A”. pertence ao segmento e divide AB em dois segmentos
congruentes.

c) Mediatriz de um segmento.
É a reta perpendicular ao segmento no seu ponto
médio

Ângulo

16-x+x+15-x+3=24 ➜ x+34 = 24 ➜ -x = 24-34 ➜ -x


= -10, como não existe variável negativa neste caso multi-
plica-se por (-1) ambos os lados , logo x = 10.

10 - RESPOSTA: “B”.
Como o conjunto A é dado pelas vogais: A={A,O}, e
B é dado pelas letras : B={ C,A,M,I,N,H,O}, portanto A∩ Definições.
B={A,O} a) Ângulo é a região plana limitada por duas semirretas
de mesma origem.

b) Ângulos congruentes: Dois ângulos são ditos


congruentes se têm a mesma medida.
RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO
PROBLEMAS ARITMÉTICOS, GEOMÉTRICOS E c) Bissetriz de um ângulo: É a semirreta de origem no
MATRICIAIS. vértice do ângulo que divide esse ângulo em dois ângulos
congruentes.

Perímetro: entendendo o que é perímetro.


A Geometria é a parte da matemática que estuda as
figuras e suas propriedades. A geometria estuda figuras Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de
abstratas, de uma perfeição não existente na realidade. comprimento.
Apesar disso, podemos ter uma boa ideia das figuras Quantos metros lineares serão necessários para
geométricas, observando objetos reais, como o aro da colocar rodapé nesta sala, sabendo que a porta mede 1m
cesta de basquete que sugere uma circunferência, as de largura e que nela não se coloca rodapé?
portas e janelas que sugerem retângulos e o dado que
sugere um cubo.

Reta, semirreta e segmento de reta

A conta que faríamos seria somar todos os lados da


sala, menos 1m da largura da porta, ou seja:
P = (5 + 5 + 8 + 8) – 1
P = 26 – 1
P = 25

36
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Retângulo

É o quadrilátero que tem todos os ângulos internos


congruentes e iguais a 90º.

Colocaríamos 25m de rodapé. No cálculo da área de qualquer retângulo podemos


A soma de todos os lados da planta baixa se chama seguir o raciocínio:
Perímetro.
Portanto, Perímetro é a soma dos lados de uma figura
plana.

Área
Área é a medida de uma superfície.
A área do campo de futebol é a medida de sua
superfície (gramado).
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos
em uma malha quadriculada, a sua área será equivalente
à quantidade de quadradinho. Se cada quadrado for uma
unidade de área: Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha
quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1 cm.
Se contarmos, veremos que há 24 quadrados de 1 cm de
dimensões no retângulo. Como sabemos que a área é a
medida da superfície de uma figuras podemos dizer que
24 quadrados de 1 cm de dimensões é a área do retângulo.

Veremos que a área do campo de futebol é 70 unidades


de área.
A unidade de medida da área é: m² (metros quadrados),
cm² (centímetros quadrados), e outros.
Se tivermos uma figura do tipo: O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o
outro, só que representado de forma diferente. O cálculo
da área do retângulo pode ficar também da seguinte forma:
A = 6 . 4 A = 24 cm²
Podemos concluir que a área de qualquer retângulo é:

Sua área será um valor aproximado. Cada é uma


unidade, então a área aproximada dessa figura será de 4 A=b
unidades. .h
No estudo da matemática calculamos áreas de figuras
planas e para cada figura há uma fórmula pra calcular a
sua área.

37
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Quadrado A área do trapézio está relacionada com a área do


É o quadrilátero que tem os lados congruentes e todos triângulo que é calculada utilizando a seguinte fórmula:
os ângulos internos a congruentes (90º). A = b . h (b = base e h = altura).
2
Observe o desenho de um trapézio e os seus elementos
mais importantes (elementos utilizados no cálculo da sua
área):

Sua área também é calculada com o produto da base


pela altura. Mas podemos resumir essa fórmula:

Um trapézio é formado por uma base maior (B), por


uma base menor (b) e por uma altura (h).
Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso
dividi-lo em dois triângulos, veja como:
Primeiro: completamos as alturas no trapézio:
Como todos os lados são iguais, podemos dizer que
base é igual a e a altura igual a , então, substituindo na
fórmula A = b . h, temos:

A= .
A= ²

Trapézio
É o quadrilátero que tem dois lados paralelos. A altura Segundo: o dividimos em dois triângulos:
de um trapézio é a distância entre as retas suporte de suas
bases.

A área desse trapézio pode ser calculada somando as


áreas dos dois triângulos (∆CFD e ∆CEF).
Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo
separadamente observamos que eles possuem bases
Em todo trapézio, o segmento que une os pontos diferentes e alturas iguais.
médios dos dois lados não paralelos, é paralelo às bases e
vale a média aritmética dessas bases. Cálculo da área do ∆CEF:

A∆1 = B . h
2
Cálculo da área do ∆CFD:

A∆2 = b . h
2

38
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

Somando as duas áreas encontradas, teremos o cálculo Triângulo


da área de um trapézio qualquer:
Figura geométrica plana com três lados.
AT = A∆1 + A∆2

AT = B . h + b . h
2 2

AT = B . h + b . h → colocar a altura (h) em evi-


2
dência, pois é um termo comum aos dois fatores.

AT = h (B + b)
2 Ângulo externo. O ângulo externo de qualquer
polígono convexo é o ângulo formado entre um lado e o
Portanto, no cálculo da área de um trapézio qualquer prolongamento do outro lado.
utilizamos a seguinte fórmula:
Classificação dos triângulos.
A = h (B + b) a) quanto aos lados:
2 - triângulo equilátero.
- triângulo isósceles.
h = altura - triângulo escaleno.
B = base maior do trapézio b) quanto aos ângulos:
b = base menor do trapézio - triângulo retângulo.
- triângulo obtusângulo.
Losango - triângulo acutângulo.

É o quadrilátero que tem os lados congruentes.


Propriedades dos triângulos

1) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3


ângulos internos é 180º.

Em todo losango as diagonais são:

a) perpendiculares entre si;

b) bissetrizes dos ângulos internos.

A área do losango é definida pela seguinte fórmula: 2) Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo
é igual à soma das medidas dos 2 ângulos internos não
d .D Onde D é a diagonal maior e d é a menor. adjacentes.
S=
2

39
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

3) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3 Semelhança de triângulos


ângulos externos é 360º.
Definição.
Dois triângulos são semelhantes se têm os ângulos
dois a dois congruentes e os lados correspondentes dois a
dois proporcionais.

Definição mais “popular”.


Dois triângulos são semelhantes se um deles é a
redução ou a ampliação do outro.
Importante - Se dois triângulos são semelhantes, a
proporcionalidade se mantém constante para quaisquer
dois segmentos correspondentes, tais como: lados,
medianas, alturas, raios das circunferências inscritas, raios
4) Em todo triângulo isósceles, os ângulos da base das circunferências circunscritas, perímetros, etc.
são congruentes. Observação - A base de um triângulo
isósceles é o seu lado diferente.

Altura - É a distância entre o vértice e a reta suporte do


lado oposto. Exercícios

1. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da


Área do triangulo altura respectivamente, indicadas por b e h. Se construir-
mos um outro paralelogramo que tem o dobro da base e o
dobro da altura do outro paralelogramo, qual será relação
entre as áreas dos paralelogramos?

2. Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm.


Qual é a área deste triângulo equilátero?

3. Qual é a medida da área de um paralelogramo cujas me-


didas da altura e da base são respectivamente 10 cm e 2 dm?

Segmentos proporcionais 4. As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 cm.


Qual é a medida da sua superfície?
Teorema de Tales.
Em todo feixe de retas paralelas, cortado por uma 5. Considerando as informações constantes no triangulo
reta transversal, a razão entre dois segmento quaisquer PQR, pode-se concluir que a altura PR desse triângulo mede:
de uma transversal é igual à razão entre os segmentos
correspondentes da outra transversal.

a)5 b)6 c)7 d)8

40
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

6. Num cartão retangular, cujo comprimento é igual ao Respostas


dobro de sua altura, foram feitos dois vincos AC e BF, que
formam, entre si, um ângulo reto (90°). Observe a figura: 1. A2 = (2b)(2h) = 4bh = 4A1

2. Segundo o enunciado temos:


l=5mm

Substituindo na fórmula:
l² 3 5² 3
=
S ⇒=S = 6, 25 3 ⇒ =
S 10,8
4 4
3. Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos:
h=10
Considerando AF=16cm e CB=9cm, determine: b=20
a) as dimensões do cartão;
b) o comprimento do vinco AC Substituindo na fórmula:

7. Na figura, os ângulos assinalados sao iguais, AC=2 e = .h 20.10


S b= = 100cm
= ² 2dm²
AB=6. A medida de AE é:
a)6/5 b)7/4 c)9/5 d)3/2 e)5/4 4. Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula
que envolve as diagonais, cujos valores temos abaixo:
d1=10
d2=15

Utilizando na fórmula temos:


d1.d 2 10.15
S= ⇒ = 75cm ²
2 2

8. Na figura a seguir, as distâncias dos pontos A e B à 5. 4 6 36


reta valem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e B sobre = ⇒ PR = =6
9 6
essa reta são os pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que
PR
distância de C deverá estar o ponto E, do segmento CD,
para que CÊA=DÊB 6.
x 9
= ⇒ x ² = 144 ⇒ x = 12
a)3 16 x
b)4
=a ) x 12(
= altura ); 2 x 24(comprimento)
c)5
d)6 b) AC = 9² + x ² = 81 + 144 = 15
e)7

7.

9. Para ladrilhar uma sala são necessários exatamente


400 peças iguais de cerâmica na forma de um quadrado.
Sabendo-se que a área da sala tem 36m², determine:
a) a área de cada peça, em m².
b) o perímetro de cada peça, em metros.

10. Na figura, os ângulos ABC, ACD, CÊD, são retos. Se


AB=2 3 m e CE= 3 m, a razão entre as áreas dos triângu-
los ABC e CDE é:

a)6
b)4
c)3
d)2
e) 3

41
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

8. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

1. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-


MA/2013) Dentre os nove competidores de um cam-
peonato municipal de esportes radicais, somente os
quatro primeiros colocados participaram do campeo-
nato estadual. Sendo assim, quantas combinações são
possíveis de serem formadas com quatro desses nove
competidores?
A) 126
B) 120
C) 224
9. D) 212
E) 156

9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5!
!!,! = = = 126
5! 4! 5! ∙ 24
!

RESPOSTA: “A”.
10. 2. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTA-
DOR SOCIAL – IDECAN/2013) Renato é mais velho que
Jorge de forma que a razão entre o número de anagra-
mas de seus nomes representa a diferença entre suas
idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
A) 24.
B) 25.
C) 26.
D) 27.
E) 28.

Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720

Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120 720
Razão dos anagramas: = 6!
120
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos

RESPOSTA: “C”.

3. (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO – CON-


SULPLAN/2013) Uma dona de casa troca a toalha de
rosto do banheiro diariamente e só volta a repeti-la
depois que já tiver utilizado todas as toalhas. Sabe-se
que a dona de casa dispõe de 8 toalhas diferentes. De
quantas maneiras ela pode ter utilizado as toalhas nos
primeiros 5 dias de um mês?
A) 4650.
B) 5180.
C) 5460.
D) 6720.
E) 7260.

42
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

_____ A) 36.
8.7.6.5.4=6720 B) 27.
C) 30.
RESPOSTA: “D”. D) 21.
E) 18.
4. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Leia o
trecho abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que __
preenche corretamente a lacuna. 6.6=36
Com a palavra PERMUTA é possível formar ____ ana- Mas, como pode haver o mesmo produto por ser dois
gramas começados por consoante e terminados por dados, 36/2=18
vogal.
A) 120 RESPOSTA: “E”.
B) 480
C) 1.440 8. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MA-
D) 5.040 TEMÁTICA – IMA/2014) Quantos são os anagramas da
palavra TESOURA?
_______ A) 2300
P5.4.3.2.1 A=120 B) 5040
120.2(letras E e U)=240 C) 4500
D) 1000
120+240=360 anagramas com a letra P E) 6500

360.4=1440 (serão 4 tipos por ter 4 consoantes) _______


7.6.5.4.3.2.1=5040
RESPOSTA: “C”. Anagramas são quaisquer palavras que podem ser for-
5. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a al- madas com as letras, independente se formam palavras
ternativa que apresenta o número de anagramas da pa- que existam ou não.
lavra QUARTEL que começam com AR.
A) 80. RESPOSTA: “B”.
B) 120.
C) 240. 9. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Anali-
D) 720. se as sentenças abaixo.
I. 4! + 3! = 7!
AR_ _ _ _ _ II. 4! ⋅ 3! = 12!
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1=120 III. 5! + 5! = 2 ⋅ 5!
É correto o que se apresenta em
RESPOSTA: “B”. A) I, apenas.
B) II, apenas.
6. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Uma lei de cer- C) III, apenas.
to país determinou que as placas das viaturas de polícia D) I, II e III.
deveriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfa-
beto grego (24 letras). I falsa
Sendo assim, o número de placas diferentes será 4!=24
igual a 3!=6
A) 175.760.000. 7!=5040
B) 183.617.280. II falsa
C) 331.776.000. 4! ⋅ 3! ≠12!
D) 358.800.000. III verdadeira
5!=120
Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos 5!+5!=240
_ _ _ _ _ _ _ 2 ⋅ 5!=240
10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 24 ⋅ 24 ⋅ 24 ⋅ 24=331.776.000
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “C”.
10. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
7. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD- GRANRIO/2013) Uma empresa de propaganda preten-
MINISTRATIVO – FCC/2014) São lançados dois dados e de criar panfletos coloridos para divulgar certo produ-
multiplicados os números de pontos obtidos em cada to. O papel pode ser laranja, azul, preto, amarelo, ver-
um deles. A quantidade de produtos distintos que se melho ou roxo, enquanto o texto é escrito no panfleto
pode obter nesse processo é em preto, vermelho ou branco.

43
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

De quantos modos distintos é possível escolher 4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas


uma cor para o fundo e uma cor para o texto se, por !!
uma questão de contraste, as cores do fundo e do texto !!,! =
!!!!
=1
não podem ser iguais?
A) 13 !!
B) 14 !!,! = !!!! = 1
C) 16
D) 17 !!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 1 = 1
E) 18
!
Somando as possibilidades:12+3+4+1=20
__
6.3=18 RESPOSTA: “C”.

Tirando as possibilidades de papel e texto iguais: 12. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE-
P P e V V=2 possibilidades MÁTICA – IMA/2014) Se enfileirarmos três dados iguais,
18-2=16 possiblidades obteremos um agrupamento dentre quantos possíveis.
A) 150
RESPOSTA: “C”. B) 200
C) 410
11. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SE- D) 216
GURANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Numa E) 320
sala há 3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com
interruptores independentes. De quantas maneiras é !!,! ∙ !!,! ∙ !!,!
possível ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo
menos, 2 ventiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
A) 12. 6! 6.5!
B) 18. !!,! = = =6
C) 20.
1! 5! 5!
D) 24.
E) 36. 6 ∙ 6 ∙ 6 = 216
!
1ª possibilidade:2 ventiladores e 3 lâmpadas
RESPOSTA: “D”.
!!
!!,! = !!!! = 3
13. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁ-
!!
RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Um técnico
!!!,! = =4 judiciário deve agrupar 4 processos do juiz A, 3 do juiz
!!!!
B e 2 do juiz C, de modo que os processos de um mes-
mo juiz fiquem sempre juntos e em qualquer ordem. A
!!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 4 = 12 quantidade de maneiras diferentes de efetuar o agru-
!
2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas pamento é de
!! A) 32.
!!,! = !!!! = 3 B) 38.
C) 288.
!! D) 864.
!!,! = =1 E) 1728.
!!!!

Juiz A:P4=4!=24
!!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 1 = 3
Juiz B: P3=3!=6
! Juiz C: P2=2!=2
3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas _ _ _
!! 24.6.2=288.P3=288.6=1728
!!,! = !!!! = 1 A P3 deve ser feita, pois os processos tem que ficar jun-
tos, mas não falam em que ordem podendo ser de qual-
!! quer juiz antes.
!!,! = !!!! = 4 Portanto pode haver permutação entre eles.

!!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 4 = 4 RESPOSTA: “E”.


!

44
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

14. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁ- E pode haver permutação dos dois expositores:
RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) O Tribunal de
Justiça está utilizando um código de leitura de barras 6.2.2=24
composto por 5 barras para identificar os pertences de
uma determinada seção de trabalho. As barras podem RESPOSTA: “C”.
ser pretas ou brancas. Se não pode haver código com
todas as barras da mesma cor, o número de códigos di- 17. (CRMV/RJ – AUXILIAR ADMINISTRATIVO –
ferentes que se pode obter é de FUNDAÇÃO BIO-RIO/2014) Um anagrama de uma pa-
A) 10. lavra é um reordenamento de todas as suas letras. Por
B) 30. exemplo, ADEUS é um anagrama de SAUDE e OOV é um
C) 50. anagrama de OVO. A palavra MOTO possui a seguinte
D) 150. quantidade de anagramas:
E) 250. A)8
_____ B)10
2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2=32 possibilidades se pudesse ser C)12
qualquer uma das cores D)16
Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco. E)20
32-2=30
Como tem letra repetida:
RESPOSTA: “B”. !! !∙!∙!∙!
!!! = !! = = 12
!
15. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR
!
– CESGRANRIO/2012) Certa empresa identifica as dife-
rentes peças que produz, utilizando códigos numéricos RESPOSTA: “C”.
compostos de 5 dígitos, mantendo, sempre, o seguin- 18. (TJ/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS-
te padrão: os dois últimos dígitos de cada código são TRATIVA – FCC/2012) A palavra GOTEIRA é formada
iguais entre si, mas diferentes dos demais. Por exemplo, por sete letras diferentes. Uma sequência dessas letras,
o código “03344” é válido, já o código “34544”, não. em outra ordem, é TEIGORA. Podem ser escritas 5040
Quantos códigos diferentes podem ser criados? sequências diferentes com essas sete letras. São 24 as
A) 3.312 sequências que terminam com as letras GRT, nessa or-
B) 4.608 dem, e começam com as quatro vogais. Dentre essas
C) 5.040 24, a sequência AEIOGRT é a primeira delas, se forem
D) 7.000 listadas alfabeticamente. A sequência IOAEGRT ocupa-
E) 7.290 ria, nessa listagem alfabética, a posição de número
_____ A) 11.
9.9.9.1.1=729 B) 13.
São 10 possibilidades para os últimos dois dígitos: C) 17.
729.10=7290 D) 22.
E) 23.
RESPOSTA: “E”.
A_ _ _ GRT P3=3!=6
16. (DNIT – ANALISTA ADMINISTRATIVO –ADMI- E_ _ _ GRT P3=3!=6
NISTRATIVA – ESAF/2012) Os pintores Antônio e Batis- IA_ _GRT P2=2!=2
ta farão uma exposição de seus quadros. Antônio vai IE_ _GRT P2=2!=2
expor 3 quadros distintos e Batista 2 quadros distintos. IOAEGRT-17ª da sequência
Os quadros serão expostos em uma mesma parede e
em linha reta, sendo que os quadros de um mesmo pin- RESPOSTA: “C”.
tor devem ficar juntos. Então, o número de possibilida-
des distintas de montar essa exposição é igual a: 19. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCO-
A) 5 LAR – VUNESP/2012) Um restaurante possui pratos
B) 12 principais e individuais. Cinco dos pratos são com pei-
C) 24 xe, 4 com carne vermelha, 3 com frango, e 4 apenas
D) 6 com vegetais. Alberto, Bianca e Carolina pretendem fa-
E) 15 zer um pedido com três pratos principais individuais,
Para Antônio um para cada. Alberto não come carne vermelha nem
_ _ _ P3=3!=6 frango, Bianca só come vegetais, e Carolina só não
come vegetais. O total de pedidos diferentes que po-
Para Batista dem ser feitos atendendo as restrições alimentares dos
_ _ P2=2!=2 três é igual a

45
RACIOCÍNIO LÓGICO - MATEMÁTICO

A) 384.
B) 392.
C) 396.
D) 416.
E) 432.

Para Alberto:5+4=9
Para Bianca:4
Para Carolina: 12
___
9.4.12=432

RESPOSTA: “E”. Só em saneamento se inscreveram: 3+7+8=18

20. (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – RESPOSTA: “C”.


SPDM/2012) O total de números de 3 algarismos que
terminam por um número par e que podem ser forma- 22. (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014)
dos pelos algarismos 3,4,5,7,8, com repetição, é de: Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar docu-
A) 50 mentos 15 deles também estão aptos para classificar
B) 100 processos e os demais estão aptos para atender ao pú-
C) 75 blico. Há outros 11 técnicos que estão aptos para aten-
D) 80 der ao público, mas não são capazes de arquivar do-
cumentos. Dentre esses últimos técnicos mencionados,
O último algarismo pode ser 4 ou 8 4 deles também são capazes de classificar processos.
___ Sabe-se que aqueles que classificam processos são, ao
5.5.2=50 todo, 27 técnicos. Considerando que todos os técnicos
que executam essas três tarefas foram citados anterior-
RESPOSTA: “A”. mente, eles somam um total de
A) 58.
21. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD- B) 65.
MINISTRATIVO – FCC/2014) Dos 43 vereadores de uma C) 76.
cidade, 13 dele não se inscreveram nas comissões de D) 53.
Educação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos verea- E) 95.
dores se inscreveram nas três comissões citadas. Doze
deles se inscreveram apenas nas comissões de Educa- 15 técnicos arquivam e classificam
ção e Saúde e oito deles se inscreveram apenas nas co- 46-15=31 arquivam e atendem
missões de Saúde e Saneamento Básico. Nenhum dos 4 classificam e atendem
vereadores se inscreveu em apenas uma dessas comis- Classificam:15+4=19 como são 27 faltam 8
sões. O número de vereadores inscritos na comissão de
Saneamento Básico é igual a
A) 15.
B) 21.
C) 18.
D) 27.
E) 16.

7 vereadores se inscreveram nas 3.


APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o
12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer nos con-
juntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos
três)
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento bá- RESPOSTA: “B”.
sico.
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comis-
sões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30-7-12-8=3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 verea-
dores.

46
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dispositivos de entrada e saída e de armazenamento de dados. Impressoras, teclado, mouse, disco rígido, pendrives, scan-
ner, plotter, discos ópticos...............................................................................................................................................................................................01
Noções do ambiente Windows.....................................................................................................................................................................................24
MSOffice (Word, Excel, Powerpoint, Outlook)........................................................................................................................................................32
Conceitos relacionados à Internet; correio eletrônico........................................................................................................................................98
Noções de sistemas operacionais............................................................................................................................................................................. 110
Ícones, atalhos de teclado, pastas, tipos de arquivos, localização, criação, cópia e remoção de arquivos, cópias de arquivos
para outros dispositivos, ajuda do Windows, lixeira, remoção e recuperação de arquivos e de pastas, cópias de segurança/
backup, uso dos recursos............................................................................................................................................................................................. 110
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MAINFRAMES
DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA
E DE ARMAZENAMENTO DE DADOS.
IMPRESSORAS, TECLADO, MOUSE, DISCO
RÍGIDO, PENDRIVES, SCANNER, PLOTTER,
DISCOS ÓPTICOS.

HISTÓRICO

Os primeiros computadores construídos pelo homem


foram idealizados como máquinas para processar números
(o que conhecemos hoje como calculadoras), porém, tudo
era feito fisicamente.
Existia ainda um problema, porque as máquinas pro-
cessavam os números, faziam operações aritméticas, mas
depois não sabiam o que fazer com o resultado, ou seja,
eram simplesmente máquinas de calcular, não recebiam
instruções diferentes e nem possuíam uma memória. Até Os computadores podem ser classificados pelo porte.
então, os computadores eram utilizados para pouquíssi- Basicamente, existem os de grande porte ― mainframes
mas funções, como calcular impostos e outras operações. ― e os de pequeno porte ― microcomputadores ― sen-
Os computadores de uso mais abrangente apareceram do estes últimos divididos em duas categorias: desktops ou
logo depois da Segunda Guerra Mundial. Os EUA desen- torres e portáteis (notebooks, laptops, handhelds e smar-
volveram ― secretamente, durante o período ― o primei- tphones).
ro grande computador que calculava trajetórias balísticas. Conceitualmente, todos eles realizam funções internas
A partir daí, o computador começou a evoluir num ritmo idênticas, mas em escalas diferentes.
cada vez mais acelerado, até chegar aos dias de hoje. Os mainframes se destacam por ter alto poder de pro-
cessamento, muita capacidade de memória e por controlar
Código Binário, Bit e Byte atividades com grande volume de dados. Seu custo é bas-
tante elevado. São encontrados, geralmente, em bancos,
O sistema binário (ou código binário) é uma repre- grandes empresas e centros de pesquisa.
sentação numérica na qual qualquer unidade pode ser
demonstrada usando-se apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é
a única linguagem que os computadores entendem. Cada
um dos dígitos utilizados no sistema binário é chamado de CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES
Binary Digit (Bit), em português, dígito binário e representa
a menor unidade de informação do computador. A classificação de um computador pode ser feita de
Os computadores geralmente operam com grupos de diversas maneiras. Podem ser avaliados:
bits. Um grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode • Capacidade de processamento;
ser usado na representação de caracteres, como uma letra • Velocidade de processamento;
(A-Z), um número (0-9) ou outro símbolo qualquer (#, %, • Capacidade de armazenamento das informações;
*,?, @), entre outros. • Sofisticação do software disponível e compatibi-
Assim como podemos medir distâncias, quilos, tama- lidade;
nhos etc., também podemos medir o tamanho das infor- • Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Pro-
mações e a velocidade de processamento dos computa- cessing Uni), Unidade Central de Processamento.
dores. A medida padrão utilizada é o byte e seus múltiplos,
conforme demonstramos na tabela abaixo: TIPOS DE MICROCOMPUTADORES

Os microcomputadores atendem a uma infinidade de


aplicações. São divididos em duas plataformas: PC (compu-
tadores pessoais) e Macintosh (Apple).
Os dois padrões têm diversos modelos, configurações
e opcionais. Além disso, podemos dividir os microcompu-
tadores em desktops, que são os computadores de mesa,
com uma torre, teclado, mouse e monitor e portáteis, que
podem ser levados a qualquer lugar.

1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

DESKTOPS Sistema de Processamento de Dados

São os computadores mais comuns. Geralmente dis- Quando falamos em “Processamento de Dados” trata-
põem de teclado, mouse, monitor e gabinete separados mos de uma grande variedade de atividades que ocorre
fisicamente e não são movidos de lugar frequentemente, tanto nas organizações industriais e comerciais, quanto na
uma vez que têm todos os componentes ligados por cabos. vida diária de cada um de nós.
São compostos por: Para tentarmos definir o que seja processamento de
• Monitor (vídeo) dados temos de ver o que existe em comum em todas es-
• Teclado tas atividades. Ao analisarmos, podemos perceber que em
• Mouse todas elas são dadas certas informações iniciais, as quais
• Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memó- chamamos de dados.
rias, drives, disco rígido (HD), modem, portas USB etc. E que estes dados foram sujeitos a certas transforma-
ções, com as quais foram obtidas as informações.
PORTÁTEIS O processamento de dados sempre envolve três fases
essenciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da
Os computadores portáteis possuem todas as partes Informação.
integradas num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e Para que um sistema de processamento de dados fun-
gabinete em uma única peça. Os computadores portáteis cione ao contento, faz-se necessário que três elementos
começaram a aparecer no início dos anos 80, nos Estados funcionem em perfeita harmonia, são eles:
Unidos e hoje podem ser encontrados nos mais diferen-
tes formatos e tamanhos, destinados a diferentes tipos de Hardware
operações.
Hardware é toda a parte física que compõe o sistema
LAPTOPS de processamento de dados: equipamentos e suprimentos
tais como: CPU, disquetes, formulários, impressoras.
Também chamados de notebooks, são computadores
portáteis, leves e produzidos para serem transportados fa- Software
cilmente. Os laptops possuem tela, geralmente de Liquid
Crystal Display (LCD), teclado, mouse (touchpad), disco rí- É toda a parte lógica do sistema de processamento de
gido, drive de CD/DVD e portas de conexão. Seu nome vem dados. Desde os dados que armazenamos no hardware,
da junção das palavras em inglês lap (colo) e top (em cima), até os programas que os processam.
significando “computador que cabe no colo de qualquer
pessoa”. Peopleware

NETBOOKS Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles


que usam a informática como um meio para a sua ativi-
São computadores portáteis muito parecidos com o dade fim), programadores e analistas de sistemas (aqueles
notebook, porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais que usam a informática como uma atividade fim).
baratos e não possuem drives de CD/ DVD. Embora não pareça, a parte mais complexa de um sis-
PDA tema de processamento de dados é, sem dúvida o People-
ware, pois por mais moderna que sejam os equipamentos,
É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e por mais fartos que sejam os suprimentos, e por mais inte-
também são conhecidos como palmtops. São computado- ligente que se apresente o software, de nada adiantará se
res pequenos e, geralmente, não possuem teclado. Para a as pessoas (peopleware) não estiverem devidamente trei-
entrada de dados, sua tela é sensível ao toque. É um assis- nadas a fazer e usar a informática.
tente pessoal com boa quantidade de memória e diversos O alto e acelerado crescimento tecnológico vem apri-
programas para uso específico. morando o hardware, seguido de perto pelo software.
Equipamentos que cabem na palma da mão, softwares que
SMARTPHONES transformam fantasia em realidade virtual não são mais
novidades. Entretanto ainda temos em nossas empresas
São telefones celulares de última geração. Possuem pessoas que sequer tocaram algum dia em um teclado de
alta capacidade de processamento, grande potencial de computador.
armazenamento, acesso à Internet, reproduzem músicas, Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relaciona-
vídeos e têm outras funcionalidades. mento entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente
processamento da informação, sucateando e subutilizando
equipamentos e softwares. Isto pode ser vislumbrado, so-
bretudo nas instituições públicas.

2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

POR DENTRO DO GABINETE O chipset é composto internamente de vários outros


pequenos chips, um para cada função que ele executa. Há
um chip controlador das interfaces IDE, outro controlador
das memórias, etc. Existem diversos modelos de chipsets,
cada um com recursos bem diferentes.
Devido à complexidade das motherboards, da sofisti-
cação dos sistemas operacionais e do crescente aumento
do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integra-
dos) mais importante do microcomputador. Fazendo uma
analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o
maestro, o chipset seria o resto!

• BIOS

Identificaremos as partes internas do computador, lo- O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico
calizadas no gabinete ou torre: de entrada e saída, é a primeira camada de software do
micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar”
o microcomputador. Durante o processo de inicialização, o
• Motherboard (placa-mãe)
BIOS é o responsável pelo reconhecimento dos componen-
• Processador
tes de hardware instalados, dar o boot, e prover informa-
• Memórias
ções básicas para o funcionamento do sistema.
• Fonte de Energia
O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a
• Cabos
utilização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix,
• Drivers
Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS
• Portas de Entrada/Saída
que estão descritos os elementos necessários para ope-
racionalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O.
MOTHERBOARD (PLACA-MÃE) acesso aos recursos independe de suas características es-
pecíficas.

É uma das partes mais importantes do computador. A


motherboard é uma placa de circuitos integrados que ser-
ve de suporte para todas as partes do computador.
Praticamente, tudo fica conectado à placa-mãe de al-
guma maneira, seja por cabos ou por meio de barramentos.
A placa mãe é desenvolvida para atender às caracte-
rísticas especificas de famílias de processadores, incluindo O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo
até a possibilidade de uso de processadores ainda não EPROM (Erased Programmable Read Only Memory). É um
lançados, mas que apresentem as mesmas características tipo de memória “não volátil”, isto é, desligando o com-
previstas na placa. putador não há a perda das informações (programas) nela
A placa mãe é determinante quanto aos componentes contida. O BIOS é contem 2 programas: POST (Power On
que podem ser utilizados no micro e sobre as possibilida- Self Test) e SETUP para teste do sistema e configuração dos
des de upgrade, influenciando diretamente na performan- parâmetros de inicialização, respectivamente, e de funções
ce do micro. básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sis-
tema Operacional.
Diversos componentes integram a placa-mãe, como: Quando inicializamos o sistema, um programa chama-
• Chipset do POST conta a memória disponível, identifica dispositi-
Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao micro- vos plug-and-play e realiza uma checagem geral dos com-
computador que gerenciam praticamente todo o funciona- ponentes instalados, verificando se existe algo de errado
mento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, com algum componente. Após o término desses testes, é
controle do buffer de dados, interface com a CPU, etc.). emitido um relatório com várias informações sobre o hard-

3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são me-
e rápida de verificar a configuração de um computador. didos pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz
Para paralisar a imagem tempo suficiente para conseguir (Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Nor-
ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break” malmente os processadores são referenciados pelo clock
do teclado. ou frequência de operação: Pentium IV 2.8 MHz.
Caso seja constatado algum problema durante o POST,
serão emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro en- PROCESSADOR
contrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-
falante conectado à placa mãe.
Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de
memória com tecnologia flash. Memórias que podem ser
atualizadas por software e também não perdem seus da-
dos quando o computador é desligado, sem necessidade
de alimentação permanente.
As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix.
50% dos micros utilizam BIOS AMI.

• Memória CMOS

CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor)


é uma memória formada por circuitos integrados de bai-
xíssimo consumo de energia, onde ficam armazenadas as
informações do sistema (setup), acessados no momento
do BOOT. Estes dados são atribuídos na montagem do mi- O microprocessador, também conhecido como pro-
crocomputador refletindo sua configuração (tipo de win- cessador, consiste num circuito integrado construído para
chester, números e tipo de drives, data e hora, configura- realizar cálculos e operações. Ele é a parte principal do
ções gerais, velocidade de memória, etc.) permanecendo computador, mas está longe de ser uma máquina completa
armazenados na CMOS enquanto houver alimentação da por si só: para interagir com o usuário é necessário memó-
bateria interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ ria, dispositivos de entrada e saída, conversores de sinais,
ou inclusão de novos componentes) podem implicar na al- entre outros.
teração de alguns desses parâmetros. É o processador quem determina a velocidade de pro-
Muitos desses itens estão diretamente relacionados cessamento dos dados na máquina. Os primeiros modelos
com o processador e seu chipset e portanto é recomen- comerciais começaram a surgir no início dos anos 80.
dável usar os valores default sugerido pelo fabricante da • Clock Speed ou Clock Rate
BIOS. Mudanças nesses parâmetros pode ocasionar o tra- É a velocidade pela qual um microprocessador execu-
vamento da máquina, intermitência na operação, mau fun- ta instruções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções
cionamento dos drives e até perda de dados do HD. uma CPU pode executar por segundo.
Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do
• Slots para módulos de memória processador. Porém, alguns computadores têm uma “cha-
Na época dos micros XT e 286, os chips de memória ve” que permite 2 ou mais diferentes velocidades de clock.
eram encaixados (ou até soldados) diretamente na placa Isto é útil porque programas desenvolvidos para trabalhar
mãe, um a um. O agrupamento dos chips de memória em em uma máquina com alta velocidade de clock podem não
módulos (pentes), inicialmente de 30 vias, e depois com 72
trabalhar corretamente em uma máquina com velocidade
e 168 vias, permitiu maior versatilidade na composição dos
de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, alguns com-
bancos de memória de acordo com as necessidades das
ponentes de expansão podem não ser capazes de trabalhar
aplicações e dos recursos financeiros disponíveis.
a alta velocidade de clock.
Durante o período de transição para uma nova tecno-
logia é comum encontrar placas mãe com slots para mais Assim como a velocidade de clock, a arquitetura inter-
de um modelo. Atualmente as placas estão sendo pro- na de um microprocessador tem influência na sua perfor-
duzidas apenas com módulos de 168 vias, mas algumas mance. Dessa forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de
comportam memórias de mais de um tipo (não simulta- clock não necessariamente trabalham igualmente. Enquan-
neamente): SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM. to um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para multi-
plicar 2 números, um Intel 80486 (ou superior) pode fazer
• Clock o mesmo cálculo em um simples ciclo. Por essa razão, estes
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que novos processadores poderiam ser 20 vezes mais rápido
gera um pulso elétrico. A função do clock é sincronizar to- que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a
dos os circuitos da placa mãe e também os circuitos inter- mesma. Além disso, alguns microprocessadores são supe-
nos do processador para que o sistema trabalhe harmoni- rescalar, o que significa que eles podem executar mais de
camente. uma instrução por ciclo.

4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Como as CPUs, os barramentos de expansão também do, o que proporciona uma execução de duas instruções
têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocida- efetivamente ao mesmo tempo, embora isto não aconteça
des de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma o tempo todo. Basta uma instrução precisar de um dado
para que um componente não deixe o outro mais lento. Na gerado por sua “concorrente” que a execução paralela tor-
prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta na-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo tér-
que a velocidade da CPU. mino da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo
quadruplicado.
• Overclock Esses são os processadores fabricados pela INTEL, em-
Overclock é o aumento da frequência do processador presa que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos tam-
para que ele trabalhe mais rapidamente. bém alguns concorrentes famosos dessa marca, tais como
A frequência de operação dos computadores domésti- NEC, Cyrix e AMD; sendo que atualmente apenas essa últi-
cos é determinada por dois fatores: ma marca mantém-se fazendo frente aos lançamentos da
• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida INTEL no mercado. Por exemplo, um modelo muito popular
também como velocidade de barramento, que nos compu- de 386 foi o de 40 MHz, que nunca foi feito pela INTEL, cujo
tadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz. 386 mais veloz era de 33 MHz, esse processador foi obra
• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 da AMD. Desde o lançamento da linha Pentium, a AMD foi
que permite ao processador trabalhar internamente a uma obrigada a criar também novas denominações para seus
velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2,
os outros periféricos do computador (memória RAM, cache K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron)
L2, placa de vídeo, etc.) continuam trabalhando na veloci- e os mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom.
dade de barramento.
Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha MEMÓRIAS
com velocidade de barramento de 66 MHz e multiplica-
dor de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o
processador trabalha a 166 MHz, mas se comunica com os
demais componentes do micro a 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exem-
plo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simples-
mente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para
3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar um barramen-
to de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais mo-
dernas suportam essa velocidade de barramento). Neste
caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium
166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz
(2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador
podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de
configuração da placa-mãe, o que torna indispensável o
manual da mesma. O aumento da velocidade de barramen- Vamos chamar de memória o que muitos autores de-
to da placa-mãe pode criar problemas caso algum perifé- nominam memória primária, que é a memória interna do
rico (como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa computador, sem a qual ele não funciona.
velocidade. A memória é formada, geralmente, por chips e é uti-
Quando se faz um overclock, o processador passa a lizada para guardar a informação para o processador num
trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projetado, determinado momento, por exemplo, quando um progra-
fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. ma está sendo executado.
Com isto, reduz-se a vida útil do processador de cerca de As memórias ROM (Read Only Memory - Memória So-
20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já mente de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Me-
que os processadores rapidamente se tornam obsoletos). mória de Acesso Randômico) ficam localizadas junto à pla-
Esse aquecimento excessivo pode causar também frequen- ca-mãe. A ROM são chips soldados à placa-mãe, enquanto
tes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante a RAM são “pentes” de memória.
o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um
cooler (ventilador que fica sobre o processador para redu-
zir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma
pasta térmica especial que é passada diretamente sobre a
superfície do processador.
Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou
quad, essa denominação refere-se na verdade ao núcleo
do processador, onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Ló-
gica). Nos modelos DUAL ou DUO, esse núcleo é duplica-

5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

FONTE DE ENERGIA Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD,
os drives de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais
antigos ainda apresentam drives de disquetes, que são
bem pouco usados devido à baixa capacidade de armaze-
namento. Todos os drives são ligados ao computador por
meio de cabos.

PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA

É um aparelho que transforma a corrente de eletricida-


de alternada (que vem da rua), em corrente contínua, para
ser usada nos computadores. Sua função é alimentar todas
as partes do computador com energia elétrica apropriada
para seu funcionamento.
Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por
meio de cabos coloridos com conectores nas pontas.

CABOS São as portas do computador nas quais se conectam


todos os periféricos. São utilizadas para entrada e saída de
dados. Os computadores de hoje apresentam normalmen-
te as portas USB, VGA, FireWire, HDMI, Ethernet e Modem.

Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao com-


putador por meio dessas Portas: modem, monitor, pen dri-
ve, HD externo, scanner, impressora, microfone, Caixas de
som, mouse, teclado etc.

Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante


usadas, como as portas paralelas (impressoras e scan-
Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro ners) e as portas PS/2(mouses e teclados).
do gabinete: podem ser de energia ou de dados e co-
nectam dispositivos, como discos rígidos, drives de CDs e
DVDs, LEDs (luzes), botão liga/desliga, entre outros, à pla- MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS
ca-mãe. DE ARMAZENAMENTO
Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE,
SATA, SATA2, energia e som. Memórias

DRIVERS Memória ROM

No microcomputador também se encontram as me-


mórias definidas como dispositivos eletrônicos respon-
São dispositivos de suporte para mídias - fixas ou re- sáveis pelo armazenamento de informações e instruções
movíveis - de armazenamento de dados, nos quais a in- utilizadas pelo computador.
formação é gravada por meio digital, ótico, magnético ou
mecânico.

6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em O módulo de memória é um componente adicionado à
que os dados não se perdem quando o computador é des- placa-mãe. É composto de uma série de pequenos circui-
ligado. Este tipo de memória é ideal para guardar dados tos integrados, chamados chip de RAM. A memória pode
da BIOS (Basic Input/Output System - Sistema Básico de ser aumentada, de acordo com o tipo de equipamento ou
Entrada/Saída) da placa-mãe e outros dispositivos. das necessidades do usuário. O local onde os chips de me-
mória são instalados chama-se SLOT de memória.
Os tipos de ROM usados atualmente são: A memória ganhou melhor desempenho com versões
mais poderosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâ-
• Electrically-Erasable Programmable Read-Only mica), EDO (Extended Data Out - Saída Estendida Dados),
Memory (Eeprom) entre outras, que proporcionam um aumento no desempe-
É um tipo de PROM que pode ser apagada simples- nho de 10% a 30% em comparação à RAM tradicional. Hoje,
mente com uma carga elétrica, podendo ser, posterior- as memórias mais utilizadas são do tipo DDR2 e DDR3.
mente, gravada com novos dados. Depois da NVRAM é o
tipo de memória ROM mais utilizado atualmente. Memória Cache

• Non-Volatile Random Access Memory (Nvram)

Também conhecida como flash RAM ou memória flash,


a NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os
dados quando desligada. Este tipo de memória é o mais
usado atualmente para armazenar os dados da BIOS, não
só da placa-mãe, mas de vários outros dispositivos, como
modems, gravadores de CD-ROM etc.
É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado
em memória flash que permite realizarmos upgrades de
BIOS. Na verdade essa não é exatamente uma memória
ROM, já que pode ser reescrita, mas a substitui com van-
tagens.
A memória cache é um tipo de memória de acesso
• Programmable Read-Only Memory (Prom) rápido utilizada, exclusivamente, para armazenamento de
É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sen- dados que provavelmente serão usados novamente.
do programada posteriormente. Uma vez gravados os da- Quando executamos algum programa, por exemplo,
dos, eles não podem ser alterados. Este tipo de memória é parte das instruções fica guardada nesta memória para
usado em vários dispositivos, assim como em placas-mãe que, caso posteriormente seja necessário abrir o programa
antigas. novamente, sua execução seja mais rápida.
Atualmente, a memória cache já é estendida a outros
Memoria RAM dispositivos, a fim de acelerar o processo de acesso aos
dados. Os processadores e os HDs, por exemplo, já utilizam
este tipo de armazenamento.

DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

Disco Rígido (HD)

Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso


aleatório onde são armazenados dados em tempo de pro-
cessamento, isto é, enquanto o computador está ligado e,
também, todas as informações que estiverem sendo exe-
cutadas, pois essa memória é mantida por pulsos elétricos.
Todo conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina,
por isso é chamada também de volátil.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O disco rígido é popularmente conhecido como HD 3. CD-RW


(Hard Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também, (que pode ter seus dados apagados e regravados)
de memória, mas ao contrário da memória RAM, quando o Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca de
computador é desligado, não perde as informações. 700 MB ou 80 minutos de música.
O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para
armazenamento de informações indispensável ao funcio- DVD, DVD-R e DVD-RW
namento do computador. É nele que ficam guardados to-
dos os dados e arquivos, incluindo o sistema operacional. O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é
Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo, hoje o formato mais comum para armazenamento de vídeo
que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2. digital. Foi inventado no final dos anos 90, mas só se popu-
larizou depois do ano 2000. Assim como o CD, é composto
HD Externo por quatro camadas, com a diferença de que o feixe de laser
que lê e grava as informações é menor, possibilitando uma
espiral maior no disco, o que proporciona maior capacidade
de armazenamento.
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo
R de gravação única e RW que possibilita a regravação de
dados. A capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo
ou 4,7 GB de dados, existindo ainda um tipo de DVD chama-
do Dual Layer, que contém duas camadas de gravação, cuja
capacidade de armazenamento chega a 8,5 GB.

Blu-Ray

O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia


Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta entre 25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas ca-
capacidade de armazenamento, chegando facilmente à madas de gravação.
casa dos Terabytes. Eles, normalmente, funcionam a partir Seu processo de fabricação segue os padrões do CD e
de qualquer entrada USB do computador. DVD comuns, com a diferença de que o feixe de laser usado
para leitura é ainda menor que o do DVD, o que possibilita
As grandes vantagens destes dispositivos são: armazenagem maior de dados no disco.
• Alta capacidade de armazenamento; O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do leitor
• Facilidade de instalação; ótico que, na verdade, para o olho humano, apresenta uma
• Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qual- cor violeta azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi retirado
quer lugar sem necessidade de abrir o computador. do nome por fins jurídicos, já que muitos países não permi-
CD, CD-R e CD-RW tem que se registre comercialmente uma palavra comum. O
Blu-Ray foi introduzido no mercado no ano de 2006.
O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década
de 80 e é hoje um dos meios mais populares de armazenar Pen Drive
dados digitalmente.
Sua composição é geralmente formada por quatro ca-
madas:
• Uma camada de policarbonato (espécie de plásti-
co), onde ficam armazenados os dados
• Uma camada refletiva metálica, com a finalidade
de refletir o laser
• Uma camada de acrílico, para proteger os dados
• Uma camada superficial, onde são impressos os É um dispositivo de armazenamento de dados em me-
rótulos mória flash e conecta-se ao computador por uma porta USB.
Na camada de gravação existe uma grande espiral que Ele combina diversas tecnologias antigas com baixo custo,
tem um relevo de partes planas e partes baixas que repre- baixo consumo de energia e tamanho reduzido, graças aos
sentam os bits. Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a avanços nos microprocessadores. Funciona, basicamente,
informação. Temos hoje, no mercado, três tipos principais como um HD externo e quando conectado ao computador
de CDs: pode ser visualizado como um drive. O pen drive também é
conhecido como thumbdrive (por ter o tamanho aproxima-
1. CD comercial do de um dedo polegar - thumb), flashdrive (por usar uma
(que já vem gravado com música ou dados) memória flash) ou, ainda, disco removível.
Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos
2. CD-R CDs, ou seja, armazenar dados para serem transportados,
(que vem vazio e pode ser gravado uma única vez) porém, com uma capacidade maior, chegando a 256 GB.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Cartão de Memória Touchpad

Assim como o pen drive, o cartão de memória é um


tipo de dispositivo de armazenamento de dados com me-
mória flash, muito encontrado em máquinas fotográficas
digitais e aparelhos celulares smartphones. Existem alguns modelos diferentes de mouse para no-
Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas tebooks, como o touchpad, que é um item de fábrica na
e nos telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos, maioria deles.
ringtones, endereços, números de telefone etc. É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a
O cartão de memória funciona, basicamente, como o mesma funcionalidade do mouse. Para movimentar o cur-
pen drive, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparen- sor na tela, passa-se o dedo levemente sobre a área do
te no dispositivo e é bem mais compacto. touchpad.
Os formatos mais conhecidos são:
• Memory Stick Duo Teclado
• SD (Secure Digital Card)
• Mini SD
• Micro SD

OS PERIFÉRICOS
Os periféricos são partes extremamente importantes
dos computadores. São eles que, muitas vezes, definem
sua aplicação.

Entrada
São dispositivos que possuem a função de inserir da-
dos ao computador, por exemplo: teclado, scanner, cane-
ta óptica, leitor de código de barras, mesa digitalizadora,
mouse, microfone, joystick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada
fotográfica digital, câmera de vídeo, webcam etc. de dados no computador.
Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi
Mouse pouco alterado. Possui teclas representando letras, núme-
ros e símbolos, bem como teclas com funções específicas
(F1... F12, ESC etc.).

Câmera Digital

É utilizado para selecionar operações dentro de uma


tela apresentada. Seu movimento controla a posição do
cursor na tela e apenas clicando (pressionando) um dos
botões sobre o que você precisa, rapidamente a operação
estará definida.
O mouse surgiu com o ambiente gráfico das famílias
Macintosh e Windows, tornando-se indispensável para a
utilização do microcomputador.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à
fotográficos. As imagens são capturadas e gravadas numa memória do computador uma imagem desenhada, pintada
memória interna ou, ainda, mais comumente, em cartões ou fotografada. Ele é formado por minúsculos sensores fo-
de memória. toelétricos, geralmente distribuídos de forma linear. Cada
O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos linha da imagem é percorrida por um feixe de luz. Ao mes-
é o JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao compu- mo tempo, os sensores varrem (percorrem) esse espaço e
tador por meio de um cabo ou, nos computadores mais armazenam a quantidade de luz refletida por cada um dos
modernos, colocando-se o cartão de memória diretamente pontos da linha.
no leitor. A princípio, essas informações são convertidas em car-
gas elétricas que, depois, ainda no scanner, são transforma-
Câmeras de Vídeo das em valores numéricos. O computador decodifica esses
números, armazena-os e pode transformá-los novamente
em imagem. Após a imagem ser convertida para a tela,
pode ser gravada e impressa como qualquer outro arquivo.
Existem scanners que funcionam apenas em preto e
branco e outros, que reproduzem cores. No primeiro caso,
os sensores passam apenas uma vez por cada ponto da
imagem. Os aparelhos de fax possuem um scanner desse
tipo para captar o documento. Para capturar as cores é pre-
ciso varrer a imagem três vezes: uma registra o verde, outra
o vermelho e outra o azul.
As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são Há aparelhos que produzem imagens com maior ou
também aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras menor definição. Isso é determinado pelo número de pon-
de vídeo digitais ligam-se ao microcomputador por meio tos por polegada (ppp) que os sensores fotoelétricos po-
de cabos de conexão e permitem levar a ele as imagens em dem ler. As capacidades variam de 300 a 4800 ppp. Alguns
movimento e alterá-las utilizando um programa de edição modelos contam, ainda, com softwares de reconhecimento
de imagens. Existe, ainda, a possibilidade de transmitir as de escrita, denominados OCR.
imagens por meio de placas de captura de vídeo, que po- Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para
dem funcionar interna ou externamente no computador. os scanners, que podem ser encontrados até nos caixas de
supermercados, para ler os códigos de barras dos produtos
vendidos.

Webcam

É uma câmera de vídeo que capta imagens e as trans-


fere instantaneamente para o computador. A maioria delas
não tem alta resolução, já que as imagens têm a finalidade
Scanner de serem transmitidas a outro computador via Internet, ou
seja, não podem gerar um arquivo muito grande, para que
possam ser transmitidas mais rapidamente.
Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate
-papo) com suporte para webcam. Os participantes podem
conversar e visualizar a imagem um do outro enquanto
conversam. Nos laptops e notebooks mais modernos, a câ-
mera já vem integrada ao computador.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Saída A definição de cores também é superior, principalmen-


te do preto, que possui fidelidade não encontrada em ne-
São dispositivos utilizados para saída de dados do nhuma das demais tecnologias disponíveis no mercado.
computador, por exemplo: monitor, impressora, projetor, Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED
caixa de som etc. também pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma
polegada de espessura. Isso resultado num monitor de de-
Monitor sign mais agradável e bem mais leve.
Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam
É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão) o tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não
que tem a função de exibir a saída de dados. deram continuidade à produção dos equipamentos com
A qualidade do que é mostrado na tela depende da tubo de imagem.
resolução do monitor, designada pelos pontos (pixels - Pic- Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geral-
ture Elements), que podem ser representados na sua su- mente, 13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando
perfície. com imagens, cores, movimentos e animações multimídia,
Todas as imagens que você vê na tela são compostas sentiu-se a necessidade de produzir telas maiores.
de centenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels). Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes
Quanto mais pixels, maior a resolução e mais detalhada formatos e tamanhos. As televisões mais modernas apre-
será a imagem na tela. Uma resolução de 640 x 480 signi- sentam uma entrada VGA ou HDMI, para que computado-
fica 640 pixels por linha e 480 linhas na tela, resultando em res sejam conectados a elas.
307.200 pixels.
A placa gráfica permite que as informações saiam do Impressora Jato de Tinta
computador e sejam apresentadas no monitor. A placa
determina quantas cores você verá e qual a qualidade dos
gráficos e imagens apresentadas.
Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou
seja, apresentavam apenas uma cor e suas tonalidades,
mostrando os textos em branco ou verde sobre um fun-
do preto. Depois, surgiram os policromáticos, trabalhando
com várias cores e suas tonalidades.
A tecnologia utilizada nos monitores também tem
acompanhado o mercado de informática. Procurou-se re-
duzir o consumo de energia e a emissão de radiação ele-
tromagnética. Outras inovações, como controles digitais,
tela plana e recursos multimídia contribuíram nas mudan-
ças. Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet
Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays (como também são chamadas), são as mais populares do
Tube (CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo mercado. Silenciosas, elas oferecem qualidade de impres-
princípio da TV), em que um canhão dispara por trás o fei- são e eficiência.
xe de luz e a imagem é mostrada no vídeo. Uma grande A impressora jato de tinta forma imagens lançando a
evolução foi o surgimento de uma tela especial, a Liquid tinta diretamente sobre o papel, produzindo os caracteres
Crystal Display (LCD) - Tela de Cristal Líquido. como se fossem contínuos. Imprime sobre papéis espe-
A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por mi- ciais e transparências e são bastante versáteis. Possuem
núsculos cristais líquidos na formação dos feixes de luz até fontes (tipos de letras) internas e aceitam fontes via soft-
a montagem dos pixels. Com este recurso, pode-se aumen- ware. Também preparam documentos em preto e branco
tar a área útil da tela. e possuem cartuchos de tinta independentes, um preto e
Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade outro colorido.
da imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser:
• Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo cam- Impressora Laser
po de visão
• Matriz passiva: menor tempo de resposta nos mo-
vimentos de vídeo
Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ga-
nhando força no mercado, o LED. A principal diferença en-
tre LED x LCD está diretamente ligado à tela. Em vez de
células de cristal líquido, os LED possuem diodos emissores
de luz (Light Emitting Diode) que fornecem o conjunto de
luzes básicas (verde, vermelho e azul). Eles não aquecem
para emitir luz e não precisam de uma luz branca por trás,
o que permite iluminar apenas os pontos necessários na
tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

As impressoras a laser apresentam elevada qualidade Quando conectados ao computador, esses equipa-
de impressão, aliada a uma velocidade muito superior. Uti- mentos reproduzem o que está na tela do computador em
lizam folhas avulsas e são bastante silenciosas. dimensões ampliadas, para que várias pessoas vejam ao
Possuem fontes internas e também aceitam fontes via mesmo tempo.
software (dependendo da quantidade de memória). Algu-
mas possuem um recurso que ajusta automaticamente as Entrada/Saída
configurações de cor, eliminando a falta de precisão na im- São dispositivos que possuem tanto a função de inse-
pressão colorida, podendo atingir uma resolução de 1.200 rir dados, quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen
dpi (dots per inch - pontos por polegada). drive, modem, CD-RW, DVD-RW, tela sensível ao toque,
impressora multifuncional, etc.
Impressora a Cera
IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser
Categoria de impressora criada para ter cor no impres- classificada como periférico de Entrada/Saída, pois sua
so com qualidade de laser, porém o custo elevado de ma- principal característica é a de realizar os papeis de impres-
nutenção aliado ao surgimento da laser colorida fizeram sora (Saída) e scanner (Entrada) no mesmo dispositivo.
essa tecnologia ser esquecida. A ideia aqui é usar uma su-
blimação de cera (aquela do lápis de cera) para fazer im- BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS
pressão.
Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são
Plotters conjuntos de fios que normalmente estão presentes em to-
das as placas do computador.
Na verdade existe barramento em todas as placas de
produtos eletrônicos, porém em outros aparelhos os téc-
nicos referem-se aos barramentos simplesmente como o
“impresso da placa”.
Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem
a comunicação entre todos os dispositivos do computador:
UCP, memória, dispositivos de entrada e saída e outros. Os
sinais típicos encontrados no barramento são: dados, clock,
endereços e controle.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade
de serem levados às mais diversas porções do computador.
Os endereços estão presentes para indicar a localiza-
ção para onde os dados vão ou vêm.
O clock trafega nos barramentos conhecidos como sín-
Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter, cronos, pois os dispositivos são obrigados a seguir uma
que é uma impressora destinada a imprimir desenhos em sincronia de tempo para se comunicarem.
grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como O controle existe para informar aos dispositivos en-
plantas arquitetônicas, mapas cartográficos, projetos de volvidos na transmissão do barramento se a operação em
engenharia e grafismo, ou seja, a impressora plotter é des- curso é de escrita, leitura, reset ou outra qualquer. Alguns
tinada às artes gráficas, editoração eletrônica e áreas de sinais de controle são bastante comuns:
CAD/CAM. • Memory Write - Causa a escrita de dados do barra-
Vários modelos de impressora plotter têm resolução mento de dados no endereço especificado no barramento
de 300 dpi, mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por de endereços.
polegada, permitindo imprimir, aproximadamente, 20 pá- • Memory Read - Causa dados de um dado endereço
ginas por minuto (no padrão de papel utilizado em impres- especificado pelo barramento de endereço a ser posto no
soras a laser). barramento de dados.
Existe a plotter que imprime materiais coloridos com • I/O Write - Causa dados no barramento de dados se-
largura de até três metros (são usadas em empresas que rem enviados para uma porta de saída (dispositivo de I/O).
imprimem grandes volumes e utilizam vários formatos de • I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo
papel). de I/O, os quais serão colocados no barramento de dados.
Projetor • Bus request - Indica que um módulo pede controle
do barramento do sistema.
É um equipamento muito utilizado em apresentações • Reset - Inicializa todos os módulos
multimídia.
Antigamente, as informações de uma apresentação Todo barramento é implementado seguindo um con-
eram impressas em transparências e ampliadas num retro- junto de regras de comunicação entre dispositivos conhe-
projetor, mas, com o avanço tecnológico, os projetores têm cido como BUS STANDARD, ou simplesmente PROTOCOLO
auxiliado muito nesta área. DE BARRAMENTO, que vem a ser um padrão que qualquer

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

dispositivo que queira ser compatível com este barramento PCI – Peripheral Components Interconnect
deva compreender e respeitar. Mas um ponto sempre é
certeza: todo dispositivo deve ser único no acesso ao bar-
ramento, porque os dados trafegam por toda a extensão
da placa-mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura de
dados seria o caos para o funcionamento do computador.

Os barramentos têm como principais vantagens o fato


de ser o mesmo conjunto de fios que é usado para todos os
periféricos, o que barateia o projeto do computador. Outro
ponto positivo é a versatilidade, tendo em vista que toda
placa sempre tem alguns slots livres para a conexão de no-
vas placas que expandem as possibilidades do sistema.
A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de
engarrafamentos pelo uso da mesma via por muitos perifé-
ricos, o que vem a prejudicar a vazão de dados (troughput).
Dispositivos conectados ao barramento

• Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o PCI é um barramento síncrono de alta performance,
acesso ao barramento para leitura ou escrita de dados indicado como mecanismo entre controladores altamen-
• Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente te integrados, plug-in placas, sistemas de processadores/
obedecem à requisição do mestre. memória.
Exemplo: Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plu-
- CPU ordena que o controlador de disco leia ou escre- g-and-play.
va um bloco de dados. Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o pro-
A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo. cessador PENTIUM da Intel. Assim o novo processador
realmente foi revolucionário, pois chegou com uma série
Barramentos Comerciais de inovações e um novo barramento. O PCI foi definido
com o objetivo primário de estabelecer um padrão da in-
Serão listados aqui alguns barramentos que foram e dústria e uma arquitetura de barramento que ofereça baixo
alguns que ainda são bastante usados comercialmente. custo e permita diferenciações na implementação.

ISA – Industry Standard Architeture Componente PCI ou PCI master


Funciona como uma ponte entre processador e barra-
mento PCI, no qual dispositivos add-in com interface PCI
estão conectados.

- Add-in cards interface


Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São
gerenciados pelo PCI master e são totalmente programá-
veis.

AGP – Advanced Graphics Port

Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo


PC-AT. Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC-
compatíveis. Era um barramento único para todos os com-
ponentes do computador, operando com largura de 16 bits
e com clock de 8 MHz.

13
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Esse barramento permite que uma placa controladora sendo, o PCI Express 1X consegue trabalhar com taxas de
gráfica AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI. 250 MB por segundo, um valor bem maior que os 132 MB
O Chip controlador AGP substitui o controlador de E/S do do padrão PCI. Esse barramento trabalha com até 16X,
barramento PCI. O novo conjunto AGP continua com fun- o equivalente a 4000 MB por segundo. A tabela abaixo
ções herdadas do PCI. O conjunto faz a transferência de mostra os valores das taxas do PCI Express comparadas
dados entre memória, o processador e o controlador ISA, às taxas do padrão AGP:
tudo, simultaneamente.
Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela por-
ta gráfica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM, AGP PCI Express
eliminando a necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na
própria placa para armazenar grandes arquivos de bits AGP 1X: 266 MB por PCI Express 1X: 250 MB por
como mapas e textura. segundo segundo
O uso desse barramento iniciou-se através de placas- AGP 4X: 1064 MB por PCI Express 2X: 500 MB por
mãe que usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse segundo segundo
chipset foi o primeiro a ter suporte ao AGP. A principal van- AGP 8X: 2128 MB por PCI Express 8X: 2000 MB por
tagem desse barramento é o uso de uma maior quantidade segundo segundo
de memória para armazenamento de texturas para objetos
tridimensionais, além da alta velocidade no acesso a essas PCI Express 16X: 4000 MB por
 
texturas para aplicação na tela. segundo
O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que pro-
porciona uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado
disso, sua taxa de transferência chegava a 266 MB por se- e, devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express
gundo quando operando no esquema de velocidade X1, e 2X de PCI Express 1X.
a 532 MB quando no esquema de velocidade 2X. Existem Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode represen-
também as versões 4X, 8X e 16X. Geralmente, só se en- tar também taxas de transferência de dados de 500 MB por
contra um único slot nas placas-mãe, visto que o AGP só segundo.
interessa às placas de vídeo. A Intel é uma das grandes precursoras de inovações
tecnológicas.
PCI Express No início de 2001, em um evento próprio, a empresa
mostrou a necessidade de criação de uma tecnologia capaz
de substituir o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Ge-
neration I/O – 3ª geração de Entrada e Saída). Em agosto
desse mesmo ano, um grupo de empresas chamado de
PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD
e Microsoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO.
Entre os quesitos levantados nessas especificações,
estão os que se seguem: suporte ao barramento PCI, pos-
sibilidade de uso de mais de uma lane, suporte a outros
tipos de conexão de plataformas, melhor gerenciamento
de energia, melhor proteção contra erros, entre outros.

Esse barramento é fortemente voltado para uso em


subsistemas de vídeo.
Na busca de uma solução para algumas limitações dos
barramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha Interfaces – Barramentos Externos
no barramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Tra-
ta-se de um padrão que proporciona altas taxas de transfe- Os barramentos circulam dentro do computador, co-
rência de dados entre o computador em si e um dispositivo, brem toda a extensão da placa-mãe e servem para co-
por exemplo, entre a placa-mãe e uma placa de vídeo 3D. nectar as placas menores especializadas em determinadas
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que tarefas do computador. Mas os dispositivos periféricos
permite o uso de uma ou mais conexões seriais, também precisam comunicarem-se com a UCP, para isso, historica-
chamados de lanes para transferência de dados. Se um mente foram desenvolvidas algumas soluções de conexão
determinado dispositivo usa um caminho, então diz-se tais como: serial, paralela, USB e Firewire. Passando ainda
que esse utiliza o barramento PCI Express 1X; se utiliza por algumas soluções proprietárias, ou seja, que somente
4 lanes , sua denominação é PCI Express 4X e assim por funcionavam com determinado periférico e de determina-
diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e do fabricante.
envia dados. Cada conexão usada no PCI Express trabalha
com 8 bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüên-
cia usada é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim

14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Interface Serial USB – Universal Serial Bus


Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta in-
terface no passado já conectou até impressoras. Sua carac- A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde en-
terística fundamental é que os bits trafegam em fila, um tão, foi passando por várias revisões. As mais populares são
por vez, isso torna a comunicação mais lenta, porém o cabo as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utili-
do dispositivo pode ser mais longo, alguns chegam até a zada. A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de
10 metros de comprimento. Isso é útil para usar uma baru- transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo), enquanto
lhenta impressora matricial em uma sala separada daquela que a segunda pode oferecer até 480 Mb/s.
onde o trabalho acontece. Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido,
As velocidades de comunicação dessa interface variam afinal, 480 Mb/s correspondem a cerca de 60 megabytes
de 25 bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na par- por segundo. No entanto, acredite, a evolução da tecno-
te externa do gabinete, essas interfaces são representadas logia acaba fazendo com que velocidades muito maiores
por conectores DB-9 ou DB-25 machos.
sejam necessárias.
Não é difícil entender o porquê: o número de conexões
à internet de alta velocidade cresce rapidamente, o que faz
com que as pessoas queiram consumir, por exemplo, ví-
deos, músicas, fotos e jogos em alta definição. Some a isso
ao fato de ser cada vez mais comum o surgimento de dis-
positivos como smartphones e câmeras digitais que aten-
dem a essas necessidades. A consequência não poderia ser
outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número
cada vez maior de pessoas.
Com suas especificações finais anunciadas em novem-
bro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta desta e da
demanda que está por vir. É isso ou é perder espaço para
tecnologias como o  FireWire ou  Thunderbolt, por exem-
Interface Paralela plo. Para isso, o USB 3.0 tem como principal característica
a capacidade de oferecer taxas de transferência de dados
Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não é só isso...
interface transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits
em paralelo existe um RISCo de interferência na corrente O que é USB 3.0?
elétrica dos condutores que formam o cabo. Por esse moti-
vo os cabos de comunicação desta interface são mais cur- Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu por-
tos, normalmente funcionam muito bem até a distância de que o padrão precisou evoluir para atender novas neces-
1,5 metro, embora exista no mercado cabos paralelos de sidades. Mas, no que consiste exatamente esta evolução?
até 3 metros de comprimento. A velocidade de transmissão O que o USB 3.0 tem de diferente do USB 2.0? A principal
desta porta chega até a 1,2 MB por segundo. característica você já sabe: a velocidade de até 4,8 Gb/s (5
Nos gabinetes dos computadores essa porta é encon- Gb/s, arredondando), que corresponde a cerca de 600 me-
trada na forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impres- gabytes por segundo, dez vezes mais que a velocidade do
soras, normalmente, os conectores paralelos são conheci- USB 2.0. Nada mal, não?
dos como interface centronics.

Símbolo para dispositivos USB 3.0

Mas o USB 3.0 também se destaca pelo fator “alimen-


tação elétrica”: o USB 2.0 fornece até 500 miliampéres, en-
quanto que o novo padrão pode suportar 900 miliampéres.
Isso significa que as portas USB 3.0 podem alimentar dis-
positivos que consomem mais energia (como determina-
dos HDs externos, por exemplo, cenário quase impossível
com o USB 2.0).

15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

É claro que o USB 3.0 também possui as caracterís- Conector USB 3.0 B
ticas que fizeram as versões anteriores tão bem aceitas, Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 tam-
como  Plug and Play  (plugar e usar), possibilidade de co- bém conta com conectores diferenciados para se adequar
nexão de mais de um dispositivo na mesma porta, hot-s- a determinados dispositivos. Um deles é o conector do tipo
wappable (capacidade de conectar e desconectar disposi- B, utilizado em aparelhos de porte maior, como impresso-
tivos sem a necessidade de desligá-los) e compatibilidade ras ou scanners, por exemplo.
com dispositivos nos padrões anteriores. Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB
3.0 possui uma área de contatos adicional na parte supe-
Conectores USB 3.0 rior. Isso significa que nela podem ser conectados tantos
Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0 dispositivos  USB 2.0 (que aproveitam só a parte inferior)
diz respeito ao conector. Os conectores de ambos são bas- quanto USB 3.0. No entanto, dispositivos 3.0 não poderão
tante parecidos, mas não são iguais. ser conectados em portas B 2.0:

Conector USB 3.0 A


Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia
USB 3.0 são compostos por nove fios, enquanto que os
cabos USB 2.0 utilizam apenas 4. Isso acontece para que
o padrão novo possa suportar maiores taxas de transmis-
são de dados. Assim, os conectores do USB 3.0 possuem
contatos para estes fios adicionais na parte do fundo. Caso
um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este usará apenas os
contatos da parte frontal do conector. As imagens a seguir
mostram um conector USB 3.0 do tipo A:
Conector USB 3.0 B - imagem por USB.org

Micro-USB 3.0
O conector micro-USB, utilizado em smartphones, por
exemplo, também sofreu modificações: no padrão USB 3.0
- com nome de micro-USB B -, passou a contar com uma
área de contatos adicional na lateral, o que de certa forma
diminui a sua praticidade, mas foi a solução encontrada
para dar conta dos contatos adicionais:

Estrutura interna de um conector USB 3.0 A

Conector micro-USB 3.0 B - imagem por USB.org

Para facilitar a diferenciação, fabricantes estão adotan-


do a cor azul na parte interna dos conectores USB 3.0 e,
algumas vezes, nos cabos destes. Note, no entanto, que é
Conector USB 3.0 A essa não é uma regra obrigatória, portanto, é sempre con-
veniente prestar atenção nas especificações do produto
Você deve ter percebido que é possível conectar dis- antes de adquiri-lo.
positivos USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é
compatível com as versões anteriores. Fabricantes também Sobre o funcionamento do USB 3.0
podem fazer dispositivos USB 3.0 compatíveis com o pa- Como você já sabe, cabos USB 3.0 trabalham com 9
drão 2.0, mas neste caso a velocidade será a deste último. fios, enquanto que o padrão anterior utiliza 4: VBus (VCC),
E é claro: se você quer interconectar dois dispositivos por D+, D- e GND. O primeiro é o responsável pela alimentação
USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o cabo precisa elétrica, o segundo e o terceiro são utilizados na transmis-
ser deste padrão. são de dados, enquanto que o quarto atua como “fio terra”.

16
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No padrão USB 3.0, a necessidade de transmissão de USB 3.1: até 10 Gb/s


dados em alta velocidade fez com que, no início, fosse
considerado o uso de fibra óptica para este fim, mas tal Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especifica-
característica tornaria a tecnologia cara e de fabricação ções finais do  USB 3.1  (também chamado deSuperSpeed
mais complexa. A solução encontrada para dar viabilidade USB 10 Gbps), uma variação do USB 3.0 que se propõe a
ao padrão foi a adoção de mais fios. Além daqueles uti- oferecer taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s (ou
lizados no USB 2.0, há também os seguintes: StdA_SSRX- seja, o dobro).
e StdA_SSRX+ para recebimento de dados, StdA_SSTX- e Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcan-
StdA_SSTX+ para envio, e GND_DRAIN como “fio terra” çar taxas de até 1,2 gigabyte por segundo! E não é exagero,
para o sinal. afinal, há aplicações que podem usufruir desta velocidade.
O conector USB 3.0 B pode contar ainda com uma va- É o caso de monitores de vídeo que são conectados ao
riação (USB 3.0 B Powered) que utiliza um contato a mais computador via porta USB, por exemplo.
para alimentação elétrica e outro associado a este que ser- Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz
ve como “fio terra”, permitindo o fornecimento de até 1000 uso de nenhum artefato físico mais elaborado. O “segre-
miliampéres a um dispositivo. do”, essencialmente, está no uso de um método de codi-
Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite defi- ficação de dados mais eficiente e que, ao mesmo tempo,
nido, no entanto, testes efetuados por algumas entidades não torna a tecnologia significantemente mais cara.
especialistas (como a empresa Cable Wholesale) recomen- Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conecto-
dam, no máximo, até 3 metros para total aproveitamento res e cabos das especificações anteriores, assim como com
da tecnologia, mas esta medida pode variar de acordo com dispositivos baseados nestas versões.
as técnicas empregadas na fabricação. Merece destaque ainda o aspecto da alimentação
No que se refere à transmissão de dados em si, o USB elétrica: o USB 3.1 poderá suportar até de 100 watts na
3.0 faz esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre transferência de energia, indicando que dispositivos mais
dispositivos conectados, é possível o envio e o recebimen- exigentes poderão ser alimentados por portas do tipo. Mo-
to simultâneo de dados. No USB 2.0, é possível apenas um nitores de vídeo e HDs externos são exemplos: não seria
tipo de atividade por vez. ótimo ter um único cabo saindo destes dispositivos?
O USB 3.0 também consegue ser mais eficiente no con- A indústria trabalha com a possiblidade de os primei-
ros equipamentos baseados em USB 3.1 começarem a
trole do consumo de energia. Para isso, o host, isto é, a
chegar ao mercado no final de 2014. Até lá, mais detalhes
máquina na qual os dispositivos são conectados, se comu-
serão revelados.
nica com os aparelhos de maneira assíncrona, aguardando
Novo conector “tipo C”: uso dos dois lados
estes indicarem a necessidade de transmissão de dados.
Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra no-
No USB 2.0, há uma espécie de “pesquisa contínua”, onde
vidade para a versão 3.1 da tecnologia: um conector cha-
o host necessita enviar sinais constantemente para saber
mado (até agora, pelos menos) de tipo C que permitirá que
qual deles necessita trafegar informações.
você conecte um cabo à entrada a partir de qualquer lado.
Ainda no que se refere ao consumo de energia, tan- Sabe aquelas situações onde você encaixa um cabo ou
to o host quanto os dispositivos conectados podem entrar pendrive de um jeito, nota que o dispositivo não funcionou
em um estado de economia em momentos de ociosidade. e somente então percebe que o conectou incorretamente?
Além disso, no USB 2.0, os dados transmitidos acabam indo Com o novo conector, este problema será coisa do passa-
do host para todos os dispositivos conectados. No USB 3.0, do: qualquer lado fará o dispositivo funcionar.
essa comunicação ocorre somente com o dispositivo de Trata-se de um plugue reversível, portanto, semelhan-
destino. te aos conectores  Lightning  existentes nos produtos da
Apple. Tal como estes, o conector tipo C deverá ter tam-
Como saber rapidamente se uma porta é USB 3.0 bém dimensões reduzidas, o que facilitará a sua adoção em
smartphones, tablets e outros dispositivos móveis.
Em determinados equipamentos, especialmente lap- Tamanha evolução tem um preço: o conector tipo C
tops, é comum encontrar, por exemplo, duas portas USB não será compatível com as portas dos padrões anteriores,
2.0 e uma USB 3.0. Quando não houver nenhuma descrição exceto pelo uso de adaptadores. É importante relembrar,
identificando-as, como saber qual é qual? Pela cor existen- no entanto, que será possível utilizar os conectores já exis-
te no conector. tentes com o USB 3.1.
Pode haver exceções, é claro, mas pelo menos boa par- A USB.org promete liberar mais informações sobre esta
te dos fabricantes segue a recomendação de identificar os novidade em meados de 2014.
conectores USB 3.0 com a sua parte plástica em azul, tal
como informado anteriormente. Nas portas USB 2.0, por Firewire
sua vez, os conectores são pretos ou, menos frequente-
mente, brancos. O barramento firewire, também conhecido como IEEE
1394 ou como i.Link, é um barramento de grande volu-
me de transferência de dados entre computadores, peri-
féricos e alguns produtos eletrônicos de consumo. Foi de-
senvolvido inicialmente pela Apple como um barramento

17
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

serial de alta velocidade, mas eles estavam muito à frente Conector VGA (Video Graphics Array)
da realidade, ainda mais com, na época, a alternativa do
barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato Os conectores VGA são bastante conhecidos, pois estão
e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple, presentes na maioria absoluta dos “grandalhões” monito-
mesmo incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por res CRT (Cathode Ray Tube) e também em alguns modelos
algum tempo, a realidade “de fato”, era a não existência de que usam a tecnologia LCD, além de não ser raro encontrá
utilidade para elas devido à falta de periféricos para seu -los em placas de vídeos (como não poderia deixar de ser).
uso. Porém o desenvolvimento continuou, sendo focado O conector desse padrão, cujo nome é D-Sub, é composto
principalmente pela área de vídeo, que poderia tirar gran- por três “fileiras” de cinco pinos. Esses pinos são conecta-
des proveitos da maior velocidade que ele oferecia. dos a um cabo cujos fios transmitem, de maneira indepen-
dente, informações sobre as cores vermelha (red), verde
Suas principais vantagens: (green) e azul (blue) - isto é, o conhecido esquema RGB - e
• São similares ao padrão USB; sobre as frequências verticais e horizontais. Em relação a
• Conexões sem necessidade de desligamento/boot do estes últimos aspectos: frequência horizontal consiste no
micro (hot-plugable); número de linhas da tela que o monitor consegue “preen-
• Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63 cher” por segundo. Assim, se um monitor consegue varrer
por porta); 60 mil linhas, dizemos que sua frequência horizontal é de
• Permite até 1023 barramentos conectados entre si; 60 KHz. Frequência vertical, por sua vez, consiste no tempo
• Transmite diferentes tipos de sinais digitais: em que o monitor leva para ir do canto superior esquerdo
vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de disposi- da tela para o canto inferior direito. Assim, se a frequên-
tivo, etc; cia horizontal indica a quantidade de vezes que o canhão
• Totalmente Digital (sem a necessidade de converso- consegue varrer linhas por segundo, a frequência vertical
res analógico-digital, e portanto mais seguro e rápido); indica a quantidade de vezes que a tela toda é percorrida
• Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexí- por segundo. Se é percorrida, por exemplo, 56 vezes por
vel, barato e simples; segundo, dizemos que a frequência vertical do monitor é
• Como é um barramento serial, permite conexão bem de 56 Hz.
facilitada, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessi- É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui
dade de conexão ao micro (somente uma ponta é conec- pinos faltantes. Não se trata de um defeito: embora os co-
tada no micro). nectores VGA utilizem um encaixe com 15 pinos, nem to-
dos são usados.
A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de
haver distorções no sinal, porém, restringindo a velocida-
de do barramento podem-se alcançar maiores distâncias
de cabo (até 14 metros). Lembrando que esses valores são
para distâncias “ENTRE PERIFÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO
DE TRANSCEIVERS (com transceivers a previsão é chegar a
até 70 metros usando fibra ótica).
O barramento firewire permite a utilização de dispo-
sitivos de diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200
Mb/s) no mesmo barramento.
O suporte a esse barramento está nativamente em
Macs, e em PCs através de placas de expansão específicas
ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som.
Os principais usos que estão sendo direcionados a essa Conector e placa de vídeo com conexão VGA
interface, devido às características listadas, são na área de
multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de
vídeo (placas de captura, câmeras, TVs digitais, setup bo- Conector DVI (Digital Video Interface)
xes, home theather, etc).
Os conectores DVI  são bem mais recentes e propor-
cionam qualidade de imagem superior, portanto, são con-
siderados substitutos do padrão VGA. Isso ocorre porque,
conforme indica seu nome, as informações das imagens
podem ser tratadas de maneira totalmente digital, o que
não ocorre com o padrão VGA.

INTERFACE DE VIDEO

18
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Padrão S-Video
Conector DVI-D
Para entender o S-Video, é melhor compreender, pri-
Quando, por exemplo, um monitor LCD trabalha com meiramente, outro padrão: o Compost Video, mais conhe-
conectores VGA, precisa converter o sinal que recebe para cido como Vídeo Composto. Esse tipo utiliza conectores do
digital. Esse processo faz com que a qualidade da imagem tipo RCA e é comumente encontrado em TVs, aparelhos de
diminua. Como o DVI trabalha diretamente com sinais di- DVD, filmadoras, entre outros.
gitais, não é necessário fazer a conversão, portanto, a qua- Geralmente, equipamentos com Vídeo Composto fa-
lidade da imagem é mantida. Por essa razão, a saída DVI zem uso de três cabos, sendo dois para áudio (canal es-
é ótima para ser usada em monitores LCD, DVDs, TVs de querdo e canal direito) e o terceiro para o vídeo, sendo este
plasma, entre outros. o que realmente faz parte do padrão. Esse cabo é constituí-
É necessário frisar que existe mais de um tipo de co- do de dois fios, um para a transmissão da imagem e outro
nector DVI: que atua como “terra”.
DVI-A: é um tipo que utiliza sinal analógico, porém ofe- O S-Video, por sua vez, tem seu cabo formado com
rece qualidade de imagem superior ao padrão VGA; três fios: um transmite imagem em preto e branco; outro
DVI-D: é um tipo similar ao DVI-A, mas utiliza sinal digi- transmite imagens em cores; o terceiro atua como terra. É
tal. É também mais comum que seu similar, justamente por essa distinção que faz com que o S-Video receba essa de-
ser usado em placas de vídeo; nominação, assim como é essa uma das características que
DVI-I: esse padrão consegue trabalhar tanto com DVI faz esse padrão ser melhor que o Vídeo Composto.
-A como com DVI-D. É o tipo mais encontrado atualmente. O conector do padrão S-Video usado atualmente é co-
Há ainda conectores DVI que trabalham com as espe- nhecido como Mini-Din de quatro pinos (é semelhante ao
cificações Single Link e Dual Link. O primeiro suporta reso- usado em mouses do tipo PS/2). Também é possível en-
luções de até 1920x1080 e, o segundo, resoluções de até contrar conexões S-Video de sete pinos, o que indica que o
2048x1536, em ambos os casos usando uma frequência de dispositivo também pode contar com Vídeo Componente
60 Hz. (visto adiante).
O cabo dos dispositivos que utilizam a tecnologia DVI Muitas placas de vídeo oferecem conexão VGA ou DVI
é composto, basicamente, por quatro pares de fios trança- com S-Video. Dependendo do caso, é possível encontrar os
dos, sendo um par para cada cor primária (vermelho, verde três tipos na mesma placa. Assim, se você quiser assistir na
e azul) e um para o sincronismo. Os conectores, por sua TV um vídeo armazenado em seu computador, basta usar
vez, variam conforme o tipo do DVI, mas são parecidos en- a conexão S-Video, desde que a televisão seja compatível
tre si, como mostra a imagem a seguir: com esse conector, é claro.

Atualmente, praticamente todas as placas de vídeo e


monitores são compatíveis com DVI. A tendência é a de
que o padrão VGA caia, cada vez mais, em desuso.

Conector S-Video (Separated Video) Placa de vídeo com conectores S-Video, DVI e VGA

19
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Component Video (Vídeo Componente) Tecnologias


O padrão  Component Video  é, na maioria das vezes, CRT
usado em computadores para trabalhos profissionais - por
exemplo, para atividades de edição de vídeo. Seu uso mais
comum é em aparelhos de DVD e em televisores de alta
definição (HDTV - High-Definition Television), sendo um
dos preferidos para sistemas de home theater. Isso ocorre
justamente pelo fato de o Vídeo Componente oferecer ex-
celente qualidade de imagem.

Monitor CRT da marca LG.

CRT (Cathodic Ray Tube), em inglês, sigla de (Tubo de


Component Video raios catódicos) é o monitor “tradicional”, em que a tela
é repetidamente atingida por um feixe de  elétrons, que
A conexão do Component Video é feita através de um atuam no material fosforescente que a reveste, assim for-
cabo com três fios, sendo que, geralmente, um é indicado mando as imagens.
pela cor verde, outro é indicado pela cor azul e o terceiro
é indicado pela cor vermelha, em um esquema conhecido Este tipo de monitor tem como principais vantagens:
como  Y-Pb-Pr  (ou  Y-Cb-Cr). O primeiro (de cor verde), é • longa vida útil;
responsável pela transmissão do vídeo em preto e branco, • baixo custo de fabricação;
isto é, pela “estrutura” da imagem. Os demais conectores • grande banda dinâmica de cores e contrastes; e
trabalham com os dados das cores e com o sincronismo. • grande versatilidade (uma vez que pode funcionar
Como dito anteriormente, o padrão S-Video é cada vez em diversas resoluções, sem que ocorram grandes distor-
mais comum em placas de vídeo. No entanto, alguns mo- ções na imagem).
delos são  também  compatíveis com Vídeo Componente.
Nestes casos, o encaixe que fica na placa pode ser do tipo As maiores desvantagens deste tipo de monitor são:
que aceita sete pinos (pode haver mais). Mas, para ter cer- • suas dimensões (um monitor CRT de 20  polega-
teza dessa compatibilidade, é necessário consultar o ma- das pode ter até 50 cm de profundidade e pesar mais de
nual do dispositivo. 20 kg);
Para fazer a conexão de um dispositivo ao computador • o consumo elevado de energia;
usando o Component Video, é necessário utilizar um cabo • seu efeito de cintilação (flicker); e
especial (geralmente disponível em lojas especializadas): • a possibilidade de emitir radiação que está fora
uma de suas extremidades contém os conectores Y-Pb-Pr, do espectro luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de
enquanto a outra possui um encaixe único, que deve ser longos períodos de exposição. Este último problema é mais
inserido na placa de vídeo. frequentemente constatado em monitores e televisores
antigos e desregulados, já que atualmente a composição
MONITOR DE VÍDEO do vidro que reveste a tela dos monitores detém a emissão
dessas radiações.
O monitor é um dispositivo de saída do computador, • Distorção geométrica.
cuja função é transmitir informação ao utilizador através
da imagem. LCD
Os monitores são classificados de acordo com a
tecnologia de amostragem de vídeo utilizada na for-
mação da imagem. Atualmente, essas tecnologias são
três: CRT , LCD e plasma. À superfície do monitor sobre a
qual se projecta a imagem chamamos tela, ecrã ou écran.

Um monitor de cristal líquido.

20
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

LCD (Liquid Cristal Display, em inglês, sigla de tela de LED


cristal líquido) é um tipo mais moderno de monitor. Nele, a Painéis LCD com retro iluminação LED, ou LED TVs, o
tela é composta por cristais que são polarizados para gerar mesmo mecanismo básico de um LCD, mas com ilumina-
as cores. ção LED. Ao invés de uma única luz branca que incide sobre
toda a superfície da tela, encontra-se um painel com milha-
Tem como vantagens: res de pequenas luzes coloridas que acendem de forma in-
• O baixo consumo de energia; dependente. Em outras palavras, aplica-se uma tecnologia
• As dimensões e peso reduzidas; similar ao plasma a uma tela de LCD.
• A não-emissão de radiações nocivas;
• A capacidade de formar uma imagem praticamen- KIT MULTIMÍDIA
te perfeita, estável, sem cintilação, que cansa menos a vi- Multimídia nada mais é do que a combinação de textos, sons
são - desde que esteja operando na resolução nativa; e vídeos utilizados para apresentar informações de maneira que,
As maiores desvantagens são: antes somente imaginávamos, praticamente dando vida às suas
• o maior custo de fabricação (o que, porém, tende- apresentação comerciais e pessoais. A multimídia mudou comple-
rá a impactar cada vez menos no custo final do produto, à tamente a maneira como as pessoas utilizam seus computadores.
medida que o mesmo se for popularizando); Kit multimídia nada mais é do que o conjunto que
• o fato de que, ao trabalhar em uma resolução di- compõem a parte física (hardwares) do computador rela-
ferente daquela para a qual foi projetado, o monitor LCD cionados a áudio e som do sistema operacional.
utiliza vários artifícios de composição de imagem que aca- Podemos citar como exemplo de Kit Multimídia, uma
bam degradando a qualidade final da mesma; e placa de som, um drive de CD-ROM, microfone e um par
• o “preto” que ele cria emite um pouco de luz, o de caixas acústicas.
que confere ao preto um aspecto acinzentado ou azulado,
não apresentando desta forma um preto real similar aos
oferecidos nos monitores CRTs;
• o contraste não é muito bom como nos monitores
CRT ou de Plasma, assim a imagem fica com menos de-
finição, este aspecto vem sendo atenuado com os novos
paineis com iluminação por  leds  e a fidelidade de cores
nos monitores que usam paineis do tipo TN (monitores co-
muns) são bem ruins, os monitores com paineis IPS, mais
raros e bem mais caros, tem melhor fidelidade de cores,
chegando mais proximo da qualidade de imagem dos CRTs;
• um fato não-divulgado pelos fabricantes: se o cris-
tal líquido da tela do monitor for danificado e ficar exposto
ao ar, pode emitir alguns compostos tóxicos, tais como o
óxido de zinco e o sulfeto de zinco; este será um problema
quando alguns dos monitores fabricados hoje em dia che-
garem ao fim de sua vida útil (estimada em 20 anos).
• ângulo de visão inferiores: Um monitor LCD, dife-
rente de um monitor CRT, apresenta limitação com relação
ao ângulo em que a imagem pode ser vista sem distorção. As portas são, por definição, locais onde se entra e sai.
Isto era mais sensível tempos atrás quando os monitores Em termos de tecnologia informática não é excepção. As
LCDs eram de tecnologia passiva, mas atualmente apresen- portas são tomadas existentes na face posterior da caixa
tam valores melhores em torno de 160º. do computador, às quais se ligam dispositivos de entrada e
Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda de saída, e que são directamente ligados à motherboard .
de monitores e televisores LCD vem crescendo bastante. Estas portas ou canais de comunicação podem ser:
* Porta Dim
Principais características técnicas * Porta PS/2
Para a especificação de um monitor de vídeo, as carac- * Porta série
terísticas técnicas mais relevantes são: * Porta Paralela
• Luminância; * Porta USB
• Tamanho da tela; * Porta FireWire
• Tamanho do ponto;
• Temperatura da cor; Porta DIM
• Relação de contraste; É uma porta em desuso, com 5 pinos, e a ela eram li-
• Interface (DVI ou VGA, usualmente); gados os teclados dos computadores da geração da Intel
• Frequência de sincronismo horizontal; 80486, por exemplo. Como se tratava apenas de ligação
• Frequência de sincronismo vertical; para teclados, existia só uma porta destas nas mother-
• Tempo de resposta; e boards. Nos equipamentos mais recentes, os teclados são
• Frequência de atualização da imagem ligados às portas PS/2.

21
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O padrão suportará acessórios como controles de mo-


nitor, acessórios de áudio, telefones, modems, teclados,
mouses, drives de CD ROM, joysticks, drives de fitas e dis-
quetes, acessórios de imagem como scanners e impresso-
ras. A taxa de dados de 12 megabits/s da USB vai acomo-
dar uma série de periféricos avançados, incluindo produtos
baseados em Vídeo MPEG-2, digitalizadores e interfaces
de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital Net-
work) e PBXs digital.
Porta PS/2
Surgiram com os IBM PS/2 e nos respectivos teclados.
Também são designadas por mini-DIM de 6 pinos. Os te-
clados e ratos dos computadores actuais são, na maior par-
te dos casos, ligados através destes conectores. Nas mo-
therboards actuais existem duas portas deste tipo.
Porta Série
A saída série de um computador geralmente está lo-
calizada na placa MULTI-IDE e é utilizada para diversos fins
como, por exemplo, ligar um fax modem externo, ligar um
rato série, uma plotter, uma impressora e outros periféri- Porta FireWire
cos. As portas cujas fichas têm 9 ou 25 pinos são também A porta FireWire assenta no barramento com o mesmo
designadas de COM1 e COM2. As motherboards possuem nome, que representa um padrão de comunicações recen-
uma ou duas portas deste tipo. te e que tem várias características em comum como o USB,
mas traz a vantagem de ser muito mais rápido, permitindo
transferências a 400 Mbps e, pela norma IEEE 1394b, irá
permitir a transferência de dados a velocidades a partir de
800 Mbps.
As ligações FireWire são utilizadas para ligar discos
amovíveis, Flash drives (Pen-Disks), Câmaras digitais, tele-
visões, impressoras, scanners, dispositivos de som, etc. .
Assim como na ligação USB, os dispositivos FireWire
podem ser conectados e desconectados com o computa-
dor ligado.

FAX/MODEM

Porta Paralela
A porta paralela obedece à norma Centronics. Nas por-
tas paralelas o sinal eléctrico é enviado em simultâneo e,
como tal, tem um desempenho superior em relação às por-
tas série. No caso desta norma, são enviados 8 bits de cada
vez, o que faz com que a sua capacidade de transmisssão
atinja os 100 Kbps. Esta porta é utilizada para ligar impres-
soras e scanners e possui 25 pinos em duas filas.

Porta USB (Universal Serial Bus) Placa utilizada para conecção internet pela linha disca-
Desenvolvida por 7 empresas (Compaq, DEC, IBM, In- da (DIAL UP) geralmente opera com 56 Kbps(velocidade de
tel, Microsoft, NEC e Northern Telecom), vai permitir co- transmissão dos dados 56.000 bits por segundo( 1 byte = 8
nectar periféricos por fora da caixa do computador, sem bits).Usa interface PCI.
a necessidade de instalar placas e reconfigurar o sistema.
Computadores equipados com USB vão permitir que os O SISTEMA OPERACIONAL E OS OUTROS SOFT-
periféricos sejam automaticamente configurados assim WARES
que estejam conectados fisicamente, sem a necessidade de
reboot ou programas de setup. O número de acessórios Um sistema operacional (SO) é um programa (softwa-
ligados à porta USB pode chegar a 127, usando para isso re) que controla milhares de operações, faz a interface en-
um periférico de expansão. tre o usuário e o computador e executa aplicações.
A conexão é Plug & Play e pode ser feita com o com- Basicamente, o sistema operacional é executado quan-
putador ligado. O barramento USB promete acabar com os do ligamos o computador. Atualmente, os computadores
problemas de IRQs e DMAs. já são vendidos com o SO pré-instalado.

22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os computadores destinados aos usuários individuais, Controle do hardware: o sistema operacional está
chamados de PCs (Personal Computer), vêm com o sistema situado entre os programas e o BIOS (Basic Input/Output
operacional projetado para pequenos trabalhos. Um SO System - Sistema Básico de Entrada/Saída).
é projetado para controlar as operações dos programas, O BIOS faz o controle real do hardware. Todos os pro-
como navegadores, processadores de texto e programas gramas que necessitam de recursos do hardware devem,
de e-mail. primeiramente, passar pelo sistema operacional que, por
Com o desenvolvimento dos processadores, os com- sua vez, pode alcançar o hardware por meio do BIOS ou
putadores tornaram-se capazes de executar mais e mais dos drivers de dispositivos.
instruções por segundo. Estes avanços possibilitaram aos Todos os programas são escritos para um sistema
sistemas operacionais executar várias tarefas ao mesmo operacional específico, o que os torna únicos para cada
tempo. Quando um computador necessita permitir usuá- um. Explicando: um programa feito para funcionar no
rios simultâneos e trabalhos múltiplos, os profissionais da Windows não funcionará no Linux e vice-versa.
tecnologia de informação (TI) procuram utilizar computa-
dores mais rápidos e que tenham sistemas operacionais Termos Básicos
robustos, um pouco diferente daqueles que os usuários
comuns usam. Para compreender do que um sistema operacional é
capaz, é importante conhecer alguns termos básicos. Os
Os Arquivos termos abaixo são usados frequentemente ao comparar ou
descrever sistemas operacionais:
O gerenciador do sistema de arquivos é utilizado pelo • Multiusuário: dois ou mais usuários executando
sistema operacional para organizar e controlar os arquivos. programas e compartilhando, ao mesmo tempo, dispositi-
Um arquivo é uma coleção de dados gravados com um vos, como a impressora.
nome lógico chamado “nomedoarquivo” (filename). Toda • Multitarefa: capacidade do sistema operacional
informação que o computador armazena está na forma de em executar mais de um programa ao mesmo tempo.
arquivos. • Multiprocessamento: permite que um computa-
Há muitos tipos de arquivos, incluindo arquivos de dor tenha duas ou mais unidades centrais de processa-
programas, dados, texto, imagens e assim por diante. A mento (CPU) que compartilhem programas.
maneira que um sistema operacional organiza as informa-
• Multithreading: capacidade de um programa
ções em arquivos é chamada sistema de arquivos.
ser quebrado em pequenas partes podendo ser car-
A maioria dos sistemas operacionais usa um sistema de
regadas conforme necessidade do sistema operacional.
arquivo hierárquico em que os arquivos são organizados
Multithreading permite que os programas individuais
em diretórios sob a estrutura de uma árvore. O início do
sejam multitarefa.
sistema de diretório é chamado diretório raiz.

Funções do Sistema Operacional Tipos de Sistemas Operacionais

Não importa o tamanho ou a complexidade do com- Atualmente, quase todos os sistemas operacionais
putador: todos os sistemas operacionais executam as mes- são multiusuário, multitarefa e suportam multithreading.
mas funções básicas. Os mais utilizados são o Microsoft Windows, Mac OSX e
- Gerenciador de arquivos e diretórios (pastas): um sis- o Linux.
tema operacional cria uma estrutura de arquivos no disco O Windows é hoje o sistema operacional mais popu-
rígido (hard disk), de forma que os dados dos usuários pos- lar que existe e é projetado para funcionar em PCs e para
sam ser armazenados e recuperados. Quando um arquivo ser usado em CPUs compatíveis com processadores Intel e
é armazenado, o sistema operacional o salva, atribuindo a AMD. Quase todos os sistemas operacionais voltados
ele um nome e local, para usá-lo no futuro. ao consumidor doméstico utilizam interfaces gráficas para
- Gerenciador de aplicações: quando um usuário re- realizar a ponte máquina-homem.
quisita um programa (aplicação), o sistema operacional lo- As primeiras versões dos sistemas operacionais
caliza-o e o carrega na memória RAM. foram construídas para serem utilizadas por somente
Quando muitos programas são carregados, é trabalho uma pessoa em um único computador. Com o decor-
do sistema operacional alocar recursos do computador e rer do tempo, os fabricantes atenderam às necessidades
gerenciar a memória. dos usuários e permitiram que seus softwares operassem
múltiplas funções com (e para) múltiplos usuários.
Programas Utilitários do Sistema Operacional
Sistemas Proprietários e Sistemas Livres
Suporte para programas internos (vulto-in): os progra-
mas utilitários são os programas que o sistema operacional O Windows, o UNIX e o Macintosh são sistemas
usa para se manter e se reparar. Estes programas ajudam operacionais proprietários. Isto significa que é necessá-
a identificar problemas, encontram arquivos perdidos, re- rio comprá-los ou pagar uma taxa por seu uso às com-
param arquivos danificados e criam cópias de segurança panhias que registraram o produto em seu nome e cobram
(backup). pelo seu uso.

23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Linux, por exemplo, pode ser distribuído livremen- Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos
te e tem grande aceitação por parte dos profissionais o número de capacidades e certos programas que faziam
da área, uma vez que, por possuir o código aberto, parte do Windows Vista não estão mais presentes ou mu-
qualquer pessoa que entenda de programação pode daram, resultando na remoção de certas funcionalidades.
contribuir com o processo de melhoria dele. Mesmo assim, devido ao fato de ainda ser um sistema
Sistemas operacionais estão em constante evolução operacional em desenvolvimento, nem todos os recursos
e hoje não são mais restritos aos computadores. Eles são podem ser definitivamente considerados excluídos. Fixar
usados em PDAs, celulares, laptops etc. navegador de internet e cliente de e-mail padrão no menu
Iniciar e na área de trabalho (programas podem ser fixados
manualmente).
NOÇÕES DO AMBIENTE WINDOWS.
Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Win-
dows Mail e Windows
Calendar foram substituídos pelas suas respectivas
contrapartes do Windows Live, com a perda de algumas
WINDOWS 7 funcionalidades. O Windows 7, assim como o Windows Vis-
ta, estará disponível em cinco diferentes edições, porém
O Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de apenas o Home Premium, Professional e Ultimate serão
julho de 2009, e começou a ser vendido livremente para vendidos na maioria dos países, restando outras duas edi-
usuários comuns dia 22 de outubro de 2009. ções que se concentram em outros mercados, como mer-
Diferente do Windows Vista, que introduziu muitas no- cados de empresas ou só para países em desenvolvimento.
vidades, o Windows 7 é uma atualização mais modesta e di- Cada edição inclui recursos e limitações, sendo que só o
recionada para a linha Windows, tem a intenção de torná-lo Ultimate não tem limitações de uso. Segundo a Microsoft,
totalmente compatível com aplicações e hardwares com os os recursos para todas as edições do Windows 7 são arma-
quais o Windows Vista já era compatível. zenadas no computador.
Apresentações dadas pela companhia no começo de Um dos principais objetivos da Microsoft com este
2008 mostraram que o Windows 7 apresenta algumas va- novo Windows é proporcionar uma melhor interação e in-
riações como uma barra de tarefas diferente, um sistema de tegração do sistema com o usuário, tendo uma maior oti-
“network” chamada de “HomeGroup”, e aumento na perfor- mização dos recursos do Windows 7, como maior autono-
mance. mia e menor consumo de energia, voltado a profissionais
· Interface gráfica aprimorada, com nova barra de tarefas ou usuários de internet que precisam interagir com clientes
e suporte para telas touch screen e multi-táctil (multi-touch) e familiares com facilidade, sincronizando e compartilhan-
· Internet Explorer 8; do facilmente arquivos e diretórios.
· Novo menu Iniciar;
· Nova barra de ferramentas totalmente reformulada; Recursos
· Comando de voz (inglês); Segundo o site da própria Microsoft, os recursos en-
· Gadgets sobre o desktop; contrados no Windows 7 são fruto das novas necessidades
· Novos papéis de parede, ícones, temas etc.; encontradas pelos usuários. Muitos vêm de seu antecessor,
· Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows Windows Vista, mas existem novas funcionalidades exclusi-
Media Player, integrado ao Windows Explorer; vas, feitas para facilitar a utilização e melhorar o desempe-
· Arquitetura modular, como no Windows Server 2008; nho do SO (Sistema Operacional) no computador.
· Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Win- Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras
dows (Paint e WordPad, por exemplo), como no Office 2007; versões do Windows, não terá que jogar todo o conheci-
· Aceleradores no Internet Explorer 8; mento fora. Apenas vai se adaptar aos novos caminhos e
· Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória aprender “novos truques” enquanto isso.
RAM;
· Home Groups; Tarefas Cotidianas
· Melhor desempenho; Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia
· Windows Media Player 12; se tornou comum. Não precisamos mais estar em alguma
· Nova versão do Windows Media Center; empresa enorme para precisar sempre de um computador
· Gerenciador de Credenciais; perto de nós. O Windows 7 vem com ferramentas e fun-
· Instalação do sistema em VHDs; ções para te ajudar em tarefas comuns do cotidiano.
· Nova Calculadora, com interface aprimorada e com
mais funções;
· Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, Ga-
mão Internet e Internet Damas;
· Windows XP Mode;
· Aero Shake;

24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Grupo Doméstico
Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais
computadores em sua casa. Permitir a comunicação entre
várias estações vai te poupar de ter que ir fisicamente aon-
de a outra máquina está para recuperar uma foto digital
armazenada apenas nele.
Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos fica sim-
plificada e segura. Você decide o que compartilhar e qual
os privilégios que os outros terão ao acessar a informação,
se é apenas de visualização, de edição e etc.

Tela sensível ao toque

O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensí-


vel ao toque com opção a multitoque, recurso difundido
pelo iPhone.
O recurso multitoque percebe o toque em diversos
pontos da tela ao mesmo tempo, assim tornando possí-
vel dimensionar uma imagem arrastando simultaneamente
duas pontas da imagem na tela.
O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de apli-
cativos e jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Col- Exemplo de arquivos recentes no Paint.
lage é um aplicativo para organizar e redimensionar fotos.
Nele é possível montar slide show de fotos e criar papeis de Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere im-
parede personalizados. Essas funções não são novidades, portante. Se a edição de um determinado documento é
mas por serem feitas para usar uma tela sensível a múlti- constante, vale a pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto
plos toques as tornam novidades. que a lista de recentes se modifica conforme você abre e
fecha novos documentos.

Snap
Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum
ver várias janelas abertas pelo seu monitor. Com o recur-
so de Snap, você pode posicioná-las de um jeito prático e
divertido. Basta apenas clicar e arrastá-las pelas bordas da
tela para obter diferentes posicionamentos.
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a
comparação de janelas. Por exemplo, jogue uma para a es-
querda e a outra na direita. Ambas ficaram abertas e divi-
dindo igualmente o espaço pela tela, permitindo que você
as veja ao mesmo tempo.

Windows Search
O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e es-
Microsoft Surface Collage, desenvolvido para usar tela tendido. Podemos fazer buscas mais simples e específicas
sensível ao toque. diretamente do menu iniciar, mas foi mantida e melhorada
a busca enquanto você navega pelas pastas.
Lista de Atalhos
Menu iniciar
Novidade desta nova versão, agora você pode abrir di- As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do
retamente um arquivo recente, sem nem ao menos abrir menu iniciar. É útil quando você necessita procurar, por
o programa que você utilizou. Digamos que você estava exemplo, pelo atalho de inicialização de algum programa
editando um relatório em seu editor de texto e precisou fe- ou arquivo de modo rápido.
chá-lo por algum motivo. Quando quiser voltar a trabalhar “Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do
nele, basta clicar com o botão direito sob o ícone do editor Windows Search, a pesquisa do menu início não olha ape-
e o arquivo estará entre os recentes. nas aos nomes de pastas e arquivos.
Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e proprieda-
preocupar em procurar o arquivo, você pula uma etapa e des também” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770).
vai diretamente para a informação, ganhando tempo. Os resultados são mostrados enquanto você digita e
são divididos em categorias, para facilitar sua visualização.

25
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua bus- A busca não se limita a digitação de palavras. Você
ca pode ser dividido. pode aplicar filtros, por exemplo, buscar, na pasta músicas,
· Programas todas as canções do gênero Rock. Existem outros, como
· Painel de Controle data, tamanho e tipo. Dependendo do arquivo que você
· Documentos procura, podem existir outras classificações disponíveis.
· Música Imagine que todo arquivo de texto sem seu computa-
· Arquivos dor possui um autor. Se você está buscando por arquivos
de texto, pode ter a opção de filtrar por autores.
Você observará que o Windows Explorer traz a janela
dividida em duas partes.

Fonte: http://ead.go.gov.br/ficead/mod/book/tool/
print/index.php?id=53&chapterid=56

Controle dos pais


Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que
visualizam por meio do computador. O Windows 7 ajuda
Ao digitar “pai” temos os itens que contêm essas letras
a limitar o que pode ser visualizado ou não. Para que essa
em seu nome.
funcionalidade fique disponível, é importante que o com-
putador tenha uma conta de administrador, protegida por
Windows Explorer
senha, registrada. Além disso, o usuário que se deseja res-
O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena
tringir deve ter sua própria conta.
parte do total disponível.
As restrições básicas que o 7 disponibiliza:
Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é acio-
· Limite de Tempo: Permite especificar quais horas do
nado automaticamente quando você navega pelas pastas
do seu computador – você encontrará uma busca mais dia que o PC pode ser utilizado.
abrangente. · Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo
Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de horário e também pela classificação do jogo. Vale notar
se fazer uma busca é necessário abrir a ferramenta de bus- que a classificação já vem com o próprio game.
ca. No 7, precisamos apenas digitar os termos na caixa de · Bloquear programas: É possível selecionar quais apli-
busca, que fica no canto superior direito. cativos estão autorizados a serem executados.
Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a
quantidade de restrições, como controlar as páginas que
são acessadas, e até mesmo manter um histórico das ativi-
dades online do usuário.

Central de ações
A central de ações consolida todas as mensagens de
segurança e manutenção do Windows. Elas são classifica-
das em vermelho (importante – deve ser resolvido rapida-
mente) e amarelas (tarefas recomendadas).
O painel também é útil caso você sinta algo de estra-
nho no computador. Basta checar o painel e ver se o Win-
Windows Explorer com a caixa de busca (Jim Boyce; dows detectou algo de errado.
Windows 7 Bible, pg 774).

26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A central de ações e suas opções.


- Do seu jeito Gadgets de calendário e relógio.
O ambiente que nos cerca faz diferença, tanto para
nossa qualidade de vida quanto para o desempenho no Temas
trabalho. O computador é uma extensão desse ambiente. Como nem sempre há tempo de modificar e deixar to-
O Windows 7 permite uma alta personalização de ícones, das as configurações exatamente do seu gosto, o Windows
cores e muitas outras opções, deixando um ambiente mais 7 disponibiliza temas, que mudam consideravelmente os
confortável, não importa se utilizado no ambiente profis- aspectos gráficos, como em papéis de parede e cores.
sional ou no doméstico.
Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão ClearType
na página de Personalização1, que pode ser acessada por “Clear Type é uma tecnologia que faz as fontes pare-
um clique com o botão direito na área de trabalho e em cerem mais claras e suaves no monitor. É particularmente
efetivo para monitores LCD, mas também tem algum efeito
seguida um clique em Personalizar.
nos antigos modelos CRT(monitores de tubo). O Windows 7
É importante notar que algumas configurações podem
dá suporte a esta tecnologia” (Jim Boyce; Windows 7 Bible,
deixar seu computador mais lento, especialmente efeitos
pg 163, tradução nossa).
de transparência. Abaixo estão algumas das opções de per-
sonalização mais interessantes. Novas possibilidades
Os novos recursos do Windows 7 abrem, por si só, no-
Papéis de Parede vas possibilidades de configuração, maior facilidade na na-
Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou vega, dentre outros pontos. Por enquanto, essas novidades
praticamente uma rotina entre as pessoas colocarem fotos foram diretamente aplicadas no computador em uso, mas
de ídolos, paisagens ou qualquer outra figura que as agra- no 7 podemos também interagir com outros dispositivos.
de. Uma das novidades fica por conta das fotos que você
encontra no próprio SO. Variam de uma foto focando uma Reproduzir em
única folha numa floresta até uma montanha. Permitindo acessando de outros equipamentos a um
A outra é a possibilidade de criar um slide show com computador com o Windows 7, é possível que eles se comu-
várias fotos. Elas ficaram mudando em sequência, dando a niquem e seja possível tocar, por exemplo, num aparelho de
impressão que sua área de trabalho está mais viva. som as músicas que você tem no HD de seu computador.
É apenas necessário que o aparelho seja compatível
Gadgets com o Windows 7 – geralmente indicado com um logotipo
As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista, “Compatível com o Windows 7”.
mas eram travadas no canto direito. Agora elas podem ficar
em qualquer local do desktop. Streaming de mídia remoto
Servem para deixar sua área de trabalho com ele- Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do
mentos sortidos, desde coisas úteis – como uma pequena computador para outros lugares da casa. Se quiser levar
agenda – até as de gosto mais duvidosas – como uma que para fora dela, uma opção é o Streaming de mídia remoto.
mostra o símbolo do Corinthians. Fica a critério do usuário Com este novo recurso, dois computadores rodando
o que e como utilizar. Windows 7 podem compartilhar músicas através do Win-
O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir dows Media Player 12. É necessário que ambos estejam
necessidade, pode baixar ainda mais opções da internet. associados com um ID online, como a do Windows Live.

27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Personalização No Math Input Center, utilizando recursos multitoque,


Você pode adicionar recursos ao seu computador alte- equações matemáticas escritas na tela são convertidas em
rando o tema, a cor, os sons, o plano de fundo da área de texto, para poder adicioná-la em um processador de texto.
trabalho, a proteção de tela, o tamanho da fonte e a ima- O print screen agora tem um aplicativo que permite cap-
gem da conta de usuário. Você pode também selecionar turar de formas diferentes a tela, como por exemplo, a tela
“gadgets” específicos para sua área de trabalho. inteira, partes ou áreas desenhadas da tela com o mouse.
Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na
área de trabalho, uma proteção de tela, a cor da borda da
janela sons e, às vezes, ícones e ponteiros de mouse.
Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é
um visual premium dessa versão do Windows, apresentan-
do um design como o vidro transparente com animações
de janela, um novo menu Iniciar, uma nova barra de tare-
fas e novas cores de borda de janela. Use o tema inteiro ou
crie seu próprio tema personalizado alterando as imagens,
cores e sons individualmente. Você também pode locali-
zar mais temas online no site do Windows. Você também
pode alterar os sons emitidos pelo computador quando,
por exemplo, você recebe um e-mail, inicia o Windows ou
desliga o computador.
O plano de fundo da área de trabalho, chamado de
papel de parede, é uma imagem, cor ou design na área de
trabalho que cria um fundo para as janelas abertas. Você Aplicativo de copiar tela (botão print screen).
pode escolher uma imagem para ser seu plano de fundo
de área de trabalho ou pode exibir uma apresentação de O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferra-
slides de imagens. Também pode ser usada uma proteção mentas e design melhorado, ganhou menus e ferramentas
de tela onde uma imagem ou animação aparece em sua que parecem do Office 2007.
tela quando você não utiliza o mouse ou o teclado por
determinado período de tempo. Você pode escolher uma Paint com novos recursos.
variedade de proteções de tela do Windows. Aumentando
o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os ícones e O WordPad também foi reformulado, recebeu novo vi-
outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível sual mais próximo ao Word 2007, também ganhou novas
reduzir a escala DPI, escala de pontos por polegada, para ferramentas, assim se tornando um bom editor para quem
diminuir o tamanho do texto e outros itens na tela para não tem o Word 2007.
que caibam mais informações na tela. A calculadora também sofreu mudanças, agora conta
Outro recurso de personalização é colocar imagem de com 2 novos modos, programador e estatístico. No modo
conta de usuário que ajuda a identificar a sua conta em um programador ela faz cálculos binários e tem opção de álge-
computador. A imagem é exibida na tela de boas vindas e bra booleana. A estatística tem funções de cálculos básicos.
no menu Iniciar. Você pode alterar a imagem da sua conta Também foi adicionado recurso de conversão de uni-
de usuário para uma das imagens incluídas no Windows dades como de pés para metros.
ou usar sua própria imagem. E para finalizar você pode
adicionar “gadgets” de área de trabalho, que são minipro-
gramas personalizáveis que podem exibir continuamente
informações atualizadas como a apresentação de slides
de imagens ou contatos, sem a necessidade de abrir uma
nova janela.

Aplicativos novos
Uma das principais características do mundo Linux é
suas versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário
não precisa ficar baixando arquivos após instalar o siste-
ma, o que não ocorre com as versões Windows.
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora
existe uma serie de aplicativos juntos com o Windows 7,
para que o usuário não precisa baixar programas para ati-
vidades básicas.
Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desk- Calculadora: 2 novos modos.
top e também suportar entrada por caneta e toque.

28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Atualização
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Win-
dows 7 em seu computador, pois mantém os arquivos, as
configurações e os programas do Windows Vista no lugar”
(Site da Microsoft, http://windows.microsoft.com/pt-
BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-to-
windows-7).
É o método mais adequado, se o usuário não possui
conhecimento ou tempo para fazer uma instalação do mé-
todo tradicional. Optando por essa opção, ainda devesse
tomar cuidado com a compatibilidade dos programas, o
que funciona no Vista nem sempre funcionará no 7.

Instalação
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser
efetuada, a instalação completa se torna a opção mais viá-
WordPad remodelado vel.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que
Requisitos se deseja utilizar, como drivers e documentos de texto,
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve pois todas as informações no computador serão perdidas.
em relação ao Vista, ainda é exigido uma configuração de Quando iniciar o Windows 7, ele vai estar sem os programas
hardware (peças) relativamente boa, para que seja utilizado que você havia instalado e com as configurações padrão.
sem problemas de desempenho.
Esta é a configuração mínima: Desempenho
· Processador de 1 GHz (32-bit) De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7
· Memória (RAM) de 1 GB
se ele mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de
por seu antecessor. Testes indicam que a nova versão tem
memória (sem Windows Aero)
ganhou alguns pontos na velocidade.
· Espaço requerido de 16GB
O 7 te ajuda automaticamente com o desempenho:
· DVD-ROM
“Seu sistema operacional toma conta do gerenciamento do
· Saída de Áudio
processador e memória para você” (Jim Boyce; Windows 7
Bible, pg 1041, tradução nossa).
Se for desejado rodar o sistema sem problemas de len-
Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de
tidão e ainda usufruir de recursos como o Aero, o reco-
mendado é a seguinte configuração. não ajudar efetivamente no desempenho, o Windows 7
Configuração Recomendada: prioriza o que o usuário está interagindo (tarefas “foregrou-
· Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits) nd”).
· Memória (RAM) de 2 GB Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade pois
· Espaço requerido de disco rígido: 16 GB são naturalmente lentas e podem ser executadas “longe da
· Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos Di- visão” do usuário, dando a impressão que o computador
rectX 9 com 256 MB de memória (para habilitar o tema do não está lento.
Windows Aero) Essa característica permite que o usuário não sinta uma
· Unidade de DVD-R/W lentidão desnecessária no computador.
· Conexão com a Internet (para obter atualizações) Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada
vez mais recursos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o
Atualizar de um SO antigo sistema operacional se torne um forte consumidor de me-
mória e processamento. O 7 disponibiliza vários recursos de
O melhor cenário possível para a instalação do Win- ponta e mantêm uma performance satisfatória.
dows 7 é com uma máquina nova, com os requisitos apro-
priados. Entretanto, é possível utilizá-lo num computador Monitor de desempenho
antigo, desde que atenda as especificações mínimas. Apesar de não ser uma exclusividade do 7, é uma ferra-
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista menta poderosa para verificar como o sistema está se por-
instalado, você terá a opção de atualizar o sistema opera- tando. Podem-se adicionar contadores (além do que já exis-
cional. Caso sua máquina utilize Windows XP, você deverá te) para colher ainda mais informações e gerar relatórios.
fazer a re-instalação do sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito prova- Monitor de recursos
velmente seu computador não atende aos requisitos míni- Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra
mos. Entretanto, nada impede que você tente fazer a re- informações sobre o uso do processador, da memória, dis-
instalação. co e conexão à rede.

29
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o
Domain Join, que ajuda os computadores de uma rede a
Windows 7 Starter “se enxergarem” e conseguirem se comunicar. O Location
Como o próprio título acima sugere, esta versão do Aware Printing, por sua vez, tem como objetivo tornar mui-
Windows é a mais simples e básica de todas. A Barra de to mais fácil o compartilhamento de impressoras.
Tarefas foi completamente redesenhada e não possui su- Como empresas sempre estão procurando maneiras
porte ao famoso Aero Glass. Uma limitação da versão é para se proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz
que o usuário não pode abrir mais do que três aplicativos o Encrypting File System, que dificulta a violação de dados.
ao mesmo tempo. Esta versão também será encontrada em lojas de varejo ou
Esta versão será instalada em computadores novo ape- computadores novos.
nas nos países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e Windows 7 Enterprise, apenas para vários
Brasil. Disponível apenas na versão de 32 bits. Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma
versão mais voltada para empresas de médio e grande por-
Windows 7 Home Basic te, só poderá ser adquirida com licenciamento para diver-
Esta é uma versão intermediária entre as edições Star- sas máquinas. Acumula todas as funcionalidades citadas na
ter e Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá edição Professional e possui recursos mais sofisticados de
também a versão de 64 bits e permitirá a execução de mais segurança.
de três aplicativos ao mesmo tempo. Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável
Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero pela criptografia de dados e o AppLocker, que impede a
Glass nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, execução de programas não-autorizados. Além disso, há
fugindo um pouco da principal novidade do Windows 7. ainda o BrachCache, para turbinar transferência de arqui-
Computadores novos poderão contar também com a ins- vos grandes e também o DirectAccess, que dá uma super
talação desta edição, mas sua venda será proibida nos Es- ajuda com a configuração de redes corporativas.
tados Unidos.
Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro
Windows 7 Home Premium
Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas,
Edição que os usuários domésticos podem chamar de
pois contém todas as funcionalidades já citadas neste ar-
“completa”, a Home Premium acumula todas as funciona-
tigo e mais algumas. Apesar de sua venda não ser restrita
lidades das edições citadas anteriormente e soma mais al-
às empresas, o Microsoft disponibilizará uma quantidade
gumas ao pacote.
limitada desta versão do sistema.
Dentre as funções adicionadas, as principais são o suporte
Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos
à interface Aero Glass e também aos recursos Touch Windows
(tela sensível ao toque) e Aero Background, que troca seu papel presentes na Ultimate são dedicados às corporações, não
de parede automaticamente no intervalo de tempo determina- interessando muito aos usuários comuns.
do. Haverá ainda um aplicativo nativo para auxiliar no geren-
ciamento de redes wireless, conhecido como Mobility Center.

Usando a Ajuda e Suporte do Windows


A Ajuda e Suporte do Windows é um sistema de ajuda
Esta edição será colocada à venda em lojas de varejo e interno do Windows, no qual você obtém respostas rápidas
também poderá ser encontrada em computadores novos. a dúvidas comuns, sugestões para solução de problemas e
instruções sobre diversos itens e tarefas. Caso precise de
Windows 7 Professional, voltado às pequenas empresas ajuda com relação a um programa que não faz parte do
Mais voltada para as pequenas empresas, a versão Windows, consulte a Ajuda desse programa (consulte “Ob-
Professional do Windows 7 possuirá diversos recursos que tendo ajuda sobre um programa”, a seguir).
visam facilitar a comunicação entre computadores e até Para abrir a Ajuda e Suporte do Windows, clique no
mesmo impressoras de uma rede corporativa. botão Iniciar e, em seguida, clique em Ajuda e Suporte.

30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Obter o conteúdo mais recente da Ajuda


Se você estiver conectado à Internet, verifique se o Centro de Ajuda e Suporte do Windows está configurado como Aju-
da Online. A Ajuda Online inclui novos tópicos da Ajuda e as versões mais recentes dos tópicos existentes.
Clique no botão Iniciar  e em Ajuda e Suporte.
Na barra de ferramentas Ajuda e Suporte do Windows, clique em Opções e em Configurações.

Em  Resultados da pesquisa, marque a caixa de seleção  Melhorar os resultados de pesquisa usando a Ajuda online
(recomendado) e clique em OK. Quando você estiver conectado, as palavras Ajuda Online serão exibidas no canto inferior
direito da janela Ajuda e Suporte.
Pesquisar na Ajuda
A maneira mais rápida de obter ajuda é digitar uma ou duas palavras na caixa de pesquisa. Por exemplo, para obter
informações sobre rede sem fio, digite rede sem fio e pressione Enter. Será exibida uma lista de resultados, com os mais
úteis na parte superior. Clique em um dos resultados para ler o tópico.

A caixa de pesquisa na Ajuda e Suporte do Windows

Pesquisar Ajuda
Você pode pesquisar tópicos da Ajuda por assunto. Clique no botão Pesquisar Ajuda e, em seguida, clique em um item na
lista de títulos de assuntos que será exibida. Esses títulos podem conter tópicos da Ajuda ou outros títulos de assuntos. Clique em
um tópico da Ajuda para abri-lo ou clique em outro título para investigar mais a fundo a lista de assuntos.

Navegando em tópicos da Ajuda por assunto

31
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No cabeçalho de nosso programa temos a barra de


MSOFFICE (WORD, EXCEL, POWERPOINT, títulos do documento ,
OUTLOOK) que como é um novo documento apresenta como título
“Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápi-
do, que permite acessar alguns comandos
MS OFFICE mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode per-
sonalizar essa barra, clicando no menu de contexto (flecha
O Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para es- para baixo) à direita dela.
critório que contém programas como processador de tex-
to, planilha de cálculo, banco de dados (Também conheci-
do como DB “Data Base”), apresentação gráfica e gerencia-
dor de tarefas, de e-mails e contatos.
O Word é o processador de texto do Microsoft Office,
sendo o paradigma atual de WYSIWYG. Facilita a criação, o
compartilhamento e a leitura de documentos. Desde a ver-
são 2.0 (1992) já se apresentava como um poderoso editor
de textos que permitia tarefas avançadas de automação de
escritório. Com o passar do tempo, se desenvolveu rapida-
mente e, atualmente, é o editor mais utilizado pelas gran-
des empresas e por outros usuários.
O Microsoft Excel faz parte do pacote Microsoft Of-
fice da Microsoft e atualmente é o programa de folha de
cálculo mais popular do mercado. As planilhas eletrônicas
agilizam muito todas as tarefas que envolvem cálculos e
segundo estudos efetuados, são os aplicativos mais utiliza-
dos nos escritórios do mundo inteiro.
O Microsoft PowerPoint é uma aplicação que permite
o design de apresentações para empresas, apresentações Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.
escolares..., sejam estas texto ou gráficas. Tem um vasto
conjunto de ferramentas, nomeadamente a inserção de
som, imagens, efeitos automáticos e formatação de vários
elementos.

MS WORD

O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é


considerado um dos principais produtos da Microsoft sen-
do a suíte que domina o mercado de suítes de escritório,
mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como
Google Docs e LibreOffice.

Interface

Através dessa ABA, podemos criar novos documentos,


abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, pre-
parar o documento (permite adicionar propriedades ao do-
cumento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.).

32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os
grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Página Inicial, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para
os usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior .
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.

Trabalhando com documentos


Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto.

Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo,
salvar seu trabalho. Salvar consiste em armazenar seu documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou
outro dispositivo de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma
tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.

33
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você pode mudar o local do arquivo a ser salvo, bastando clicar no botão “Procurar” e selecionar o local desejado pela
parte esquerda da janela.

No campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do documento, como o documento não
possui um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor e
que se aproxime do conteúdo de seu texto. Até a versão 2003, os documentos eram salvos no formato .DOC, a partir da
versão 2007, os documentos são salvos na versão .DOCX, que não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder
salvar seu documento e manter ele compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa opção e mude para
Documento do Word 97-2003.

Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra de títulos.

Abrindo um arquivo do Word


Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.

34
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na esquerda da janela, localizamos o botão abrir, observe também que ele mostra uma relação de documentos recen-
tes, nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será
necessário localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro local ou outro nome, clique na aba arquivo e escolha Salvar
Como.

Visualização do Documento

Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. An-
terior a este controle de zoom temos os botões de forma de visualização de seu documento,
que podem também ser acessados pela Aba Exibição.

Os primeiros botões são os mesmos que temos em miniaturas no rodapé.


Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é o formato de como seu documento ficará na folha impressa.
Leitura: Ele oculta as barras de seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do documento à
direita, ele possui uma flecha apontado para a próxima página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão fechar
no topo à direita da tela.
Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários postam
textos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom
o Word apresenta a seguinte janela:

35
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou colocarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar
o documento em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de exibir os documentos aberto em uma mesma
seção do Word.

Configuração de Documentos

Um dos principais cuidados que se deve ter com seus documentos é em relação à configuração da página.
No Word 2013 a ABA que permite configurar sua página é a ABA Layout da Página.

O grupo “Configurar Página”, permite definir as margens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré-definidos,
como também personalizá-las.

Ao personalizar as margens, é possível alterar as margens superior, esquerda, inferior e direita, definir a orientação da
página, se retrato ou paisagem, configurar a fora de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa mesma janela
temos a guia Papel.
Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de alimentação do papel.

36
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Colunas

Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as


suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-
definidas, mas você pode colocar em um número maior de
colunas, adicionar linha entre as colunas, definir a largura
e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você
pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso
A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primei- desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente
ra opção dessa guia chama-se seção. Aqui se define como
também que se preciso adicionar colunas a somente uma
será uma nova seção do documento, vamos aprender mais
parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.
frente como trabalhar com seções.

Em cabeçalhos e rodapés podemos definir se vamos


utilizar cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares
e ímpares, e se quero ocultar as informações de cabeçalho
e rodapé da primeira página. Em Página, pode-se definir o
alinhamento do conteúdo do texto na página. O padrão é
o alinhamento superior, mesmo que fique um bom espa-
ço em branco abaixo do que está editado. Ao escolher a
opção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical. A
opção números de linha permite adicionar numeração as
linhas do documento.

37
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Números de Linha O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos


É bastante comum em documentos acrescentar nume- o item Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção.
ração nas páginas dos documentos, o Word permite que
você possa fazer facilmente, clicando no botão “Números
de Linhas”.

Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”,


abre-se a janela que vimos em Layout.

Plano de Fundo da Página Nesta janela podemos definir uma imagem como mar-
ca d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a
imagem e depois definir a dimensão e se a imagem fica-
rá mais fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é
possível definir um texto como marca d’água. O segundo
botão permite colocar uma cor de fundo em seu texto, um
recurso interessante é que o Word verifica a cor aplicada e
automaticamente ele muda a cor do texto.

Podemos adicionar as páginas do documento, marcas


d’água, cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página,
localizado na Aba Design possui três botões para modificar
o documento.
Clique no botão Marca d’água.
O botão Bordas da Página, já estudamos seu funciona-
mento ao clicar nas opções de Margens.

Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de tex-
tos é indispensável para ganho de tempo na edição de seu
texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor,
tamanho e tipo de fonte, etc.

Selecionando pelo Mouse


Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o
cursor aponta para a direita.
Ao dar um clique ele seleciona toda a linha
Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o parágrafo.
Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
Com o cursor no meio de uma palavra:
Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado
Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.
Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafo
Podemos também clicar, manter o mouse pressionado
e arrastar até onde se deseja selecionar. O problema é que
se o mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar
o processo, ou pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar
ao final da seleção desejada. Podemos também clicar onde
começa a seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde
termina a seleção. É possível selecionar palavras alternadas.
Selecione a primeira palavra, pressione CTRL e vá selecio-
nando as partes do texto que deseja modificar.

38
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de atalho
CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar), ou o primeiro grupo na ABA Página Inicial.

Este é um processo comum, porém um cuidado importante é quando se copia texto de outro tipo de meio como, por
exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem formatações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao copiar um
texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao seu documento, não basta apenas clicar em colar, é necessário clicar na
setinha apontando para baixo no botão Colar, escolher Colar Especial.

Observe na imagem que ele traz o texto no formato HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa manipulá-lo,
marque a opção Texto não formatado e clique em OK.

Localizar e Substituir
Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro dela temos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na opção
Substituir.

A janela que se abre possui três guias, localizar, Substituir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permite subs-
tituir em seu documento uma palavra por outra. A substituição pode ser feita uma a uma, clicando em substituir, ou pode
ser todas de uma única vez clicando-se no botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra por ela mesma, porém com outra cor, ou então somente quando
escrita em maiúscula, etc., nestes casos clique no botão Mais. As opções são:
Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da pesquisa;
Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não parte de uma palavra. Ex: Atenciosamente.
Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou
*ão o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.

39
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras
em inglês.
Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa
e semelhantes estiverem marcadas.
Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especificado como formatação.
Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de texto

Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibilidade de se formatar o texto. No Office 2013 a ABA res-
ponsável pela formatação é a Página Inicial e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.

Formatação de Fonte

A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para
formatar uma palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é necessário selecionar o texto, se quiser formatar
somente uma letra também é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra, tamanho, botões
de aumentar fonte e diminuir fonte, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao lado de sublinhado
temos uma seta apontando para baixo, ao clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.

Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e
sobrescrito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.

40
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento en-


tre os caracteres que pode ser condensado ou comprimido,
a posição é referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo
que se faça algo como: .
Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras,
pois algumas vezes acontece de as letras ficaram com espaça-
mento entre elas de forma diferente. Uma ferramenta interes-
sante do Word é a ferramenta pincel, pois com ela você pode
Este botão permite alterar a colocação de letras maiús- copiar toda a formatação de um texto e aplicar em outro.
culas e minúsculas em seu texto. Após esse botão temos
o de realce – que permite colocar uma cor de fundo para Formatação de parágrafos
realçar o texto e o botão de cor do texto. A principal regra da formatação de parágrafos é que
independentemente de onde estiver o cursor a formatação
será aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha
ou mais. Quando se trata de dois ou mais parágrafos será
necessárioselecionar os parágrafos a serem formatados. A
formatação de parágrafos pode ser localizada na ABA Ini-
cio, e os recuos também na ABA Layout da Página.

No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcado-


res (bullets e numeração e listas de vários níveis), diminuir
e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na
segunda linha temos os botões de alinhamentos: esquer-
Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte. da, centralizado, direita e justificado, espaçamento entre li-
nhas, observe que o espaçamento entre linhas possui uma
seta para baixo, permitindo que se possa definir qual o es-
paçamento a ser utilizado.

Cor do Preenchimento do Parágrafo.

A janela fonte contém os principais comandos de forma-


tação e permite que você possa observar as alterações antes
de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avançado.

41
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Bordas no parágrafo. As opções disponíveis são praticamente as mesmas


disponíveis pelo grupo.
Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas
réguas superiores.

Marcadores e Numeração
Os marcadores e numeração fazem parte do grupo pará-
grafos, mas devido a sua importância, merecem um destaque.
Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e Numeração.

Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos


apenas os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao
clicar na Faixa do grupo Parágrafos, será aberta a janela de
Formatação de Parágrafos.

A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto


tenha níveis de marcação como, por exemplo, contratos e
petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já
diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos.
Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar
antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressio-
nar a tecla TAB no teclado.

Você pode observar que o Word automaticamente adi-


cionou outros símbolos ao marcador, você pode alterar os
símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado do botão
Marcadores e escolhendo a opção Definir Novo Marcador.

42
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

Onde você poderá escolher a Fonte (No caso acon-


selha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings,
Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você
poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão Podemos começar escolhendo uma definição de bor-
importar, poderá utilizar uma imagem externa. da (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar
cada uma das bordas na direita onde diz Visualização.
Bordas e Sombreamento Pode-se pelo meio da janela especificar cor e largura da
Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso linha da borda. A Guia Sombreamento permite atribuir
texto. Podem ser bordas simples aplicadas a textos e pará- um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você
grafos. Bordas na página como vimos quando estudamos a pode escolher uma cor base, e depois aplicar uma textura
ABA Layout da Página e sombreamentos. Selecione o texto junto dessa cor.
ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão
de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma Cabeçalho e Rodapé
borda pré-definida ou então clicar na última opção Bordas O Word sempre reserva uma parte das margens para o
e Sombreamento. cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e
rodapé, clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e


Número de Página.
Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas
opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao
clicar em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeça-
lho e a barra superior passa a ter comandos para alteração
do cabeçalho.

43
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo
o que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas
páginas.

Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome
o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos
também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes
do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.

Data e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo
Texto, temos o botão Data e Hora.

44
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No sentido horário da parte superior esquerda: a ima-


Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. gem original, a imagem com aumento de suavização, con-
Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque traste e brilho.
a opção Atualizar automaticamente.
Aplicar correções a uma imagem
Inserindo Elementos Gráficos Clique na imagem cujo brilho deseja alterar.
O Word permite que se insira em seus documentos Em Ferramentas de Imagem, na guia Formatar, no gru-
arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as po Ajustar, clique em Correções.
opções de inserção estão disponíveis na ABA Inserir.

Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemen-
to Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com
o mesmo nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na
janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu
computador.
A imagem será inserida no local onde estava seu cursor. Dependendo do tamanho da sua tela, o botão de cor-
O que será ensinado agora é praticamente igual para reções pode aparecer diferente.
todos os elementos gráficos, que é a manipulação dos ele-
mentos gráficos. Ao inserir a imagem é possível observar
que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pon-
tilhadas em sua volta, para mover a imagem de local, basta
clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar
redimensionar a imagem, basta clicar em um dos peque- Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas
nos quadrados em suas extremidades, que são chamados de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez
por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
imagem, basta apenas clicar em qualquer outra parte do -la e abrir a guia Formatar.
texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as Siga um ou mais destes procedimentos:
configurações de manipulação da imagem. Em Nitidez/Suavização, clique na miniatura desejada.
As miniaturas à esquerda mostram mais nitidez e à direita,
mais suavização.
Em Brilho/Contraste, clique na miniatura desejada. Mi-
niaturas à esquerda mostram menos brilho e à direita, mais
brilho. Miniaturas na parte superior mostram menos con-
Alterar o brilho, contraste ou nitidez de uma imagem traste e na parte inferior, mais contraste.
Você pode ajustar o brilho relativo de uma imagem, Mova o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das
seu contraste (a diferença entre suas áreas mais escuras miniaturas para ver a aparência de sua foto antes de clicar
e mais claras) e como nitidez ou desfocado aparece. Estes na opção desejada.
são também denominados correções de imagem. Para ajustar qualquer correção, clique em Opções de
correção de imagem e, em seguida, mova o controle desli-
zante para nitidez, brilho ou contraste ou insira um número
na caixa ao lado do controle deslizante.

45
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique no efeito artístico desejado. Você pode mover


o ponteiro do mouse sobre qualquer uma das imagens
em miniatura efeito e usar visualização dinâmica para ver
como sua imagem ficará com esse efeito aplicado, antes de
clicar no efeito desejado.
Para ajustar o efeito artístico, clique em Opções de
efeitos artísticos na parte inferior da lista de imagens em
miniatura. No painel Formatar imagem, você pode aplicar
uma variedade de efeitos adicionais, incluindo a sombra,
reflexo, brilho, bordas suaves e efeitos 3D.

Recolorir
Clique duas vezes na imagem que deseja recolorir.
Em Ferramentas de Imagem, clique em Formatar e, no
grupo Ajustar, clique em Cor.

Compactar Imagem
A opção Compactar Imagens permite deixar sua ima-
Clique na miniatura desejada. Você pode mover o pon- gem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta
teiro do mouse sobre qualquer efeito para ver como ficará opção o Word mostra a seguinte janela:
sua imagem com esse efeito aplicado antes de clicar no
efeito desejado.
Para usar cores adicionais, incluindo as cores de tema,
cores da guia Padrão ou cores personalizadas, clique em
Mais Variações e, em seguida, clique em Mais Cores. O efei-
to de Recoloração será aplicado usando a cor selecionada.

Aplicar um efeito artístico


Clique na imagem à qual deseja aplicar um efeito ar-
tístico.
Clique em Ferramentas de imagem > Formatar e clique
em Efeitos artísticos no grupo Ajustar.

Pode-se aplicar a compactação a imagem seleciona-


Grupo Ajustar na guia Formatar em Ferramentas de da, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a re-
Imagem solução da imagem. A opção Redefinir Imagem retorna a
Caso você não veja as guias Formatar ou Ferramentas imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alte-
de Imagem, confirme se selecionou uma imagem. Talvez rações feitas.
seja necessário clicar duas vezes na imagem para selecioná
-la e abrir a guia Formatar.

46
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No grupo Organizar é possível definir a posição da


imagem em relação ao texto.

O primeiro dos botões é a Posição, ela permite definir


em qual posição a imagem deverá ficar em relação ao texto.

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redi-


mensionar a imagem definindo Largura e Altura.

Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem

Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a


janela Layout Avançado que permite trabalhar a disposição
da imagem em relação ao bloco de texto no qual ela esta
inserida. Essas mesmas opções estão disponíveis na opção
Quebra Automática de Texto nesse mesmo grupo. Ao colo-
car a sua imagem em uma disposição com o texto, é habi-
litado alguns recursos da barra de imagens. Como bordas

Através deste grupo é possível acrescentar bordas a


sua imagem E no grupo Organizar ele habilita as opções de
Trazer para Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no
botão Trazer para Frente, ele abre três opções: Trazer para
Frente e Avançar, são utilizadas quando houver duas ou
mais imagens e você precisa mudar o empilhamento delas.
A opção Trazer para Frente do Texto faz com que a ima-
gem flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma imagem e ao
selecionar as imagens (Utilize a tecla SHIFT), você poderá
alinhar as suas imagens.

47
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserindo Elementos Gráficos

O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções
de inserção estão disponíveis na ABA Inserir, grupo ilustrações.

Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir
as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as propriedades para modificar a forma.

SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu documento. Basta selecionar o tipo de organograma a ser
trabalhado e clique em OK.

48
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

WordArt
Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele
ainda mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt
Selecione um formato de WordArt e clique sobre ele.

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

Um dos grupos é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No
grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar
e Tamanho.

Controlar alterações no Word


Quando quiser verificar quem está fazendo alterações em seu documento, ative o recurso Controlar Alterações.
Clique em Revisar > Controlar Alterações.

Agora, o Word está no modo de exibição Marcação Simples. Ele marca todas as alterações feitas por qualquer pessoa
no documento e mostra para você onde elas estão, exibindo uma linha ao lado da margem.

49
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O Word mostra um pequeno balão no local em que Desativar o controle de alterações


alguém fez um comentário. Para ver o comentário, clique Para desativar esse recurso, clique no botão Controlar
no respectivo balão. Alterações. O Word deixará de marcar novas alterações,
mas todas as alterações já realizadas continuarão marcadas
no documento até que você as remova.
Remover alterações controladas

IMPORTANTE:  A única maneira de remover alterações


controladas de um documento é aceitá-las ou rejeitá-las.
Ao escolherSem Marcação na caixa Exibir para Revisão aju-
da a ver qual será a aparência do documento final, mas isso
Para ver as alterações, clique na linha próxima à mar- apenas oculta temporariamente as alterações controladas.
gem. Isso alterna para o modo de exibição Toda a Marca- As alterações não são excluídas e aparecerão novamente
ção do Word. da próxima vez em que o documento for aberto. Para ex-
cluir permanentemente as alterações controladas, aceite
-as ou rejeite-as.
Clique em Revisar > Próxima > Aceitar ou Rejeitar.

Manter o recurso Controlar Alterações ativado


É possível bloquear o recurso Controlar Alterações com
uma senha para impedir que outra pessoa o desative. (Lem- O Word aceita a alteração ou a remove e depois passa
bre-se da senha para poder desativar esse recurso quando para a próxima alteração.
estiver pronto para aceitar ou rejeitar as alterações.) Para excluir um comentário, selecione-o e clique em Re-
visão  >  Excluir. Para excluir todos os comentários, clique
Clique em Revisar. em Excluir >Excluir Todos os Comentários do Documento.
Clique na seta ao lado de Controlar Alterações e clique DICA:  Antes de compartilhar a versão final do seu do-
em Bloqueio de Controle. cumento, é uma boa ideia executar o Inspetor de Docu-
mento. Essa ferramenta verifica comentários e alterações
controladas, além de texto oculto, nomes pessoais em pro-
priedades e outras informações que talvez você não que-
ria compartilhar amplamente. Para executar o Inspetor de
Documento,

Imprimir um documento no Word


Antes de imprimir, você pode visualizar o documento e
especificar as páginas que você deseja imprimir.
Visualizar o documento
No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para visualizar cada página, clique nas setas para frente
e para trás, na parte inferior da página.
Digite uma senha e depois digite-a mais uma vez na
caixa Redigite para confirmar.
Clique em OK.

Enquanto as alterações controladas estiverem blo-


queadas, você não poderá desativar o controle de altera-
ções, nem poderá aceitar ou rejeitar essas alterações.
Para liberar o bloqueio, clique na seta ao lado de Con- Quando o texto é pequeno demais e difícil de ler, use
trolar Alterações e clique novamente em Bloqueio de Con- o controle deslizante de zoom na parte inferior da página
trole. O Word solicitará que você digite sua senha. Depois para ampliá-lo.
que você digitá-la e clicar em OK, o recurso Controlar Alte-
rações continuará ativado, mas agora você poderá aceitar
e rejeitar alterações.

50
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Escolha o número de cópias e qualquer outra opção Imprimir páginas específicas


desejada e clique no botão Imprimir. No menu Arquivo, clique em Imprimir.
Para imprimir apenas determinadas páginas, algumas
das propriedades do documento ou alterações controladas
e comentários, clique na seta em  Configurações, ao lado
de Imprimir Todas as Páginas (o padrão), para ver todas as
opções.

Para imprimir somente determinadas páginas, siga um


destes procedimentos:
Para imprimir a página mostrada na visualização, sele-
cione a opção Imprimir Página Atual.
Para imprimir páginas consecutivas, como 1 a 3, esco-
lha Impressão Personalizada e insira o primeiro e o último
número das páginas na caixa Páginas.
Para imprimir páginas individuais e intervalo de pági-
nas (como a página 3 e páginas 4 a 6) ao mesmo tempo,
escolhaImpressão Personalizada  e digite os números das
páginas e intervalos separados por vírgulas (por exemplo,
3, 4-6).

51
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Estilos Podemos também se necessário criarmos nossos pró-


Os estilos podem ser considerados formatações pron- prios estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo.
tas a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word dis-
ponibiliza uma grande quantidade de estilos através do
grupo estilos.

Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você


clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um esti-
lo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém
se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado
somente ao que foi selecionado.

Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Tí- Será mostrado todos os estilos presentes no documento
tulo2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela existem três
somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na botões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo, clique sobre ele.
linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do
estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no
botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas defini-
ções de estilos através da opção Conjunto de Estilos.

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, defini


que ele será aplicado a parágrafos, que a base de criação dele
foi o estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar um novo pará-
grafo o próximo será também corpo. Abaixo definir a forma-
tação a ser aplicada no mesmo. Na parte de baixo mantive a
opção dele aparecer nos estilos rápidos e que o mesmo está
disponível somente a este documento. Ao finalizar clique em
OK. Veja um exemplo do estilo aplicado:

52
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserir uma tabela


Para inserir rapidamente uma tabela, clique em Inserir > Tabela e mova o cursor sobre a grade até realçar o número
correto de colunas e linhas desejado.

Clique na tabela exibida no documento. Caso seja necessário fazer ajustes, você poderá adicionar colunas e linhas em
uma tabela, excluir linhas ou colunas ou mesclar células.
Quando você clica na tabela, as Ferramentas de Tabela são exibidas.

Use as Ferramentas de Tabela para escolher diferentes cores, estilos de tabela, adicionar uma borda a uma página ou
remover bordas de uma tabela. Você pode até mesmo inserir uma fórmula para fornecer a soma de uma coluna ou linha
de números em uma tabela.
Se você tem um texto que ficará melhor em uma tabela, o Word pode convertê-lo em uma tabela.
Inserir tabelas maiores ou tabelas com comportamentos de largura personalizada
Para obter tabelas maiores e mais controle sobre as colunas, use o comando Inserir Tabela.

Assim, você pode criar uma tabela com mais de dez colunas e oito linhas, além de definir o comportamento de largura
das colunas.
Clique em Inserir > Tabela > Inserir Tabela.
Defina o número de colunas e linhas.

53
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na seção Comportamento de Ajuste Automático, há três opções para configurar a largura das colunas:
Largura fixa da coluna: você pode deixar o Word definir automaticamente a largura das colunas com Automático ou
pode definir uma largura específica para todas as colunas.
Ajustar-se automaticamente ao conteúdo: isso cria colunas muito estreitas que são expandidas conforme você adiciona conteúdo.
Ajustar-se automaticamente à janela: isso mudará automaticamente a largura de toda a tabela para ajustar-se ao ta-
manho de seu documento. Se quiser que as tabelas criadas tenham uma aparência semelhante à da tabela que você está
criando, marque a caixa Lembrar dimensões para novas tabelas.

Projetar sua própria tabela


Se quiser ter mais controle sobre a forma das colunas e linhas de sua tabela ou algo diferente de uma grade básica, a
ferramenta Desenhar Tabela ajuda a desenhar exatamente a tabela que você deseja.

Você mesmo pode desenhar linhas diagonais e células dentro das células.
Clique em Inserir > Tabela > Desenhar Tabela. O ponteiro é alterado para um lápis.
Desenhe um retângulo para fazer as bordas da tabela. Depois, desenhe linhas para as colunas e linhas dentro do re-
tângulo.

54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para apagar uma linha, clique na guia Layout de Ferramentas de Tabela, clique em Borracha e clique na linha que você
quer apagar.

ABA Revisão

A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.

O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros. Os de ortografia ele marca em ver-
melho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para verificação na impressão
sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.
Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela
não será grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte
do Word.
Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a
corrigiu no quadro superior.
Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.

55
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Índices

Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normalmente aparece no início de documentos. A principal regra
é que todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a um estilo. Clique no local onde você precisa que
fique seu índice e clique no botão Sumário, localizado na guia referência. Serão mostrados alguns modelos de sumário,
clique em Inserir Sumário.

Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Clique no botão Opções.

56
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos presentes no documento, então é nela que você define
quais estilos farão parte de seu índice. No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o nível 2 ao Título 2 e o nível
3 ao Título 3. Após definir quais serão suas entradas de índice clique em OK. Retorna-se a janela anterior, onde você pode
definir qual será o preenchimento entre as chamadas de índice e seu respectivo número de página e na parte mais abaixo,
você pode definir o Formato de seu índice e quantos níveis farão parte do índice. Ao clicar em Ok, seu índice será criado.

Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer parte do
índice e escolher Atualizar Campo.

Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro.

Verificar Ortografia e gramatica

Na guia Revisão, no grupo Revisão de Texto, clique em Ortografia e Gramática.

Você pode acessar esse comando rapidamente, adicionando-o à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Para isso,
clique com o botão direito do mouse em Ortografia e Gramática e, em seguida, clique em Adicionar à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido, no menu de atalho.
Quando o programa encontra erros de ortografia, uma caixa de diálogo ou painel de tarefas é exibido mostrando a
primeira palavra incorreta encontrada pelo verificador ortográfico.
Depois que solucionar cada palavra incorreta, o programa sinalizará a próxima palavra incorreta para que você possa
decidir o que fazer.
Apenas no Outlook ou no Word, quando o programa conclui a sinalização de erros ortográficos, ele mostra os erros
gramaticais. Para cada erro, clique em uma opção na caixa de diálogo Ortografia e Gramática.

Como funciona a verificação ortográfica automática


Quando você verifica a ortografia automaticamente enquanto digita, por certo não vai precisar corrigir muitos erros or-
tográficos. O programa do Microsoft Office pode sinalizar as palavras com ortografia incorreta à medida que você trabalha,
para que você possa localizá-las facilmente, como no exemplo a seguir.

57
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique com o botão direito do mouse em uma palavra Proteger um documento com senha
escrita incorretamente para ver as sugestões de correção. Ajude a proteger um documento confidencial contra
edições indesejadas atribuindo uma senha. Também é pos-
sível evitar que um documento seja aberto.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Docu-
mento > Criptografar com Senha.

Dependendo do programa do Microsoft Office que


você está usando, clique com o botão direito do mouse em
uma palavra para obter outras opções, como adicionar a
palavra ao dicionário personalizado.
Como funciona a verificação gramatical automática
(aplica-se somente ao Outlook e ao Word)
Após ativar a verificação gramatical automática, o
Word e o Outlook sinalizam os possíveis erros gramaticais Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
e estilísticos à medida que você trabalha nos documentos clique em OK.
do Word e em itens abertos do Outlook (exceto Anota- Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e
ções), conforme mostrado no exemplo a seguir. clique em OK.
Observações : 
Você sempre pode alterar ou remover sua senha.
As senhas diferenciam maiúsculas de minúsculas. Veri-
fique se a tecla CAPS LOCK está desativada quando digitar
Clique com botão direito do mouse no erro para ver uma senha pela primeira vez.
mais opções. Se você perder ou esquecer uma senha, o Word não
conseguirá recuperar suas informações. Portanto, guarde
uma cópia da senha em um local seguro ou crie uma senha
forte da qual se lembrará.

Uma sugestão de correção pode ser exibida no menu


de atalho. Você pode também optar por ignorar o erro ou
clicar em Sobre esta sentença para ver por que o programa
considera o texto um erro.

58
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MS EXCEL1 Criar uma fórmula simples


Somar números é uma das coisas que você poderá fa-
O Excel é uma ferramenta incrivelmente poderosa para zer, mas o Excel também pode executar outras operações
tornar significativa uma vasta quantidade de dados. Mas matemáticas. Experimente algumas fórmulas simples para
ele também funciona muito bem para cálculos simples e adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir seus valores.
para rastrear de quase todos os tipos de informações. A Escolha uma célula e digite um sinal de igual (=).
chave para desbloquear todo esse potencial é a grade de Isso informa ao Excel que essa célula conterá uma fórmula.
células. As células podem conter números, texto ou fórmu- Digite uma combinação de números e operadores de
las. Você insere dados nas células e as agrupa em linhas e cálculos, como o sinal de mais (+) para adição, o sinal de
colunas. Isso permite que você adicione seus dados, classi- menos (-) para subtração, o asterisco (*) para multiplicação
fique-os e filtre-os, insira-os em tabelas e crie gráficos in- ou a barra (/) para divisão.
críveis. Vejamos as etapas básicas para você começar. Por exemplo, insira =2+4, =4-2, =2*4 ou =4/2.
Pressione Enter.
Criar uma nova pasta de trabalho Isso executa o cálculo.
Os documentos do Excel são chamados de pastas de tra- Você também pode pressionar Ctrl+Enter (se você de-
balho. Cada pasta de trabalho contém folhas que, normalmen- seja que o cursor permaneça na célula ativa).
te, são chamadas de planilhas. Você pode adicionar quantas
planilhas desejar a uma pasta de trabalho ou pode criar novas Aplicar um formato de número
pastas de trabalho para guardar seus dados separadamente. Para distinguir entre os diferentes tipos de números,
Clique em Arquivo e em Novo. adicione um formato, como moeda, porcentagens ou datas.
Em Novo, que em Pasta de trabalho em branco Selecione as células que contêm números que você de-
seja formatar.
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique na
seta na caixa Geral.

Selecione um formato de número


Insira os dados
Clique em uma célula vazia.
Por exemplo, a célula A1 em uma nova planilha. As células
são referenciadas por sua localização na linha e na coluna da
planilha, portanto, a célula A1 fica na primeira linha da coluna A.
Inserir texto ou números na célula.
Pressione Enter ou Tab para se mover para a célula seguinte.

Usar a AutoSoma para adicionar seus dados


Ao inserir números em sua planilha, talvez deseje so-
má-los. Um modo rápido de fazer isso é usar o AutoSoma.
Selecione a célula à direita ou abaixo dos números que
você deseja adicionar.
Clique na guia  Página Inicial  e, em seguida, clique
em AutoSoma no grupo Edição.

A AutoSoma soma os números e mostra o resultado na


célula selecionada. Caso você não veja o formato de número que está pro-
1 Fonte: https://support.office.com/pt-br/excel curando, clique em Mais Formatos de Número.

59
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Inserir dados em uma tabela

Um modo simples de acessar grande parte dos recur-


sos do Excel é colocar os dados em uma tabela. Isso per-
mite que você filtre ou classifique rapidamente os dados.

Selecione os dados clicando na primeira célula e arras-


tar a última célula em seus dados.

Para usar o teclado, mantenha a tecla Shift pressionada


ao mesmo tempo em que pressiona as teclas de direção
para selecionar os dados.

Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior


direito da seleção.

Para classificar os dados, clique em  Classificar de A a


Z ou Classificar de Z a A.

Clique em Tabelas, mova o cursor para o botão Tabe-


la para visualizar seus dados e, em seguida, clique no bo-
tão Tabela.

Clique na seta   no cabeçalho da tabela de uma co-


luna.

Para filtrar os dados, desmarque a caixa de seleção Se-


lecionar tudo e, em seguida, selecione os dados que você
deseja mostrar na tabela.

Clique em OK.

60
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Mostrar totais para os números Mostrar os dados em um gráfico


As ferramentas de Análise Rápida permitem que você A ferramenta Análise Rápida recomenda o gráfico cor-
totalize os números rapidamente. Se for uma soma, média reto para seus dados e fornece uma apresentação visual
ou contagem que você deseja, o Excel mostra os resultados com apenas alguns cliques.
do cálculo logo abaixo ou ao lado dos números. Selecione as células contendo os dados que você quer
Selecione as células que contêm os números que você mostrar em um gráfico.
somar ou contar. Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior direito da seleção.
direito da seleção. Clique na guia Gráficos, mova entre os gráficos reco-
Clique em Totais, mova o cursos entre os botões para mendados para ver qual tem a melhor aparência para seus
ver os resultados dos cálculos dos dados e clique no botão dados e clique no que desejar.
para aplicar os totais.

OBSERVAÇÃO:  O Excel mostra diferentes gráficos


Adicionar significado aos seus dados nesta galeria, dependendo do que for recomendado para
A formatação condicional ou minigráficos podem des-
seus dados.
tacar os dados mais importantes ou mostrar tendências de
dados. Use a ferramenta Análise Rápida para um Visualiza-
Salvar seu trabalho
ção Dinâmica para experimentar.
Clique no botão Salvar na Barra de Ferramentas de
Selecione os dados que você deseja examinar mais de-
Acesso Rápido ou pressione Ctrl+S.
talhadamente.
Clique no botão Análise Rápida   no canto inferior
direito da seleção.
Explore as opções nas guias  Formatação  e  Minigráfi-
cos para ver como elas afetam os dados.
Se você salvou seu trabalho antes, está pronto.
Se esta for a primeira vez que você salva este arquivo:
Em Salvar Como, escolha onde salvar sua pasta de tra-
balho e navegue até uma pasta.
Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a pas-
ta de trabalho.
Clique em Salvar.

Imprimir o seu trabalho


Clique em Arquivo e, em seguida, clique em Impri-
mir ou pressione Ctrl+P.
Por exemplo, selecione uma escala de cores na gale- Visualize as páginas clicando nas setas  Próxima Pági-
ria Formatação para diferenciar as temperaturas alta, média na e Página Anterior.
e baixa.

A janela de visualização exibe as páginas em preto e


branco ou colorida, dependendo das configurações de sua
impressora.
Se você não gostar de como suas páginas serão im-
pressas, você poderá mudar as margens da página ou adi-
cionar quebras de página.
Quando gostar da opção, clique nela. Clique em Imprimir.

61
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Localizar ou substituir texto e números em uma DICA: Se você deseja localizar células que correspon-
planilha do Excel para Windows dam a uma formato específico, exclua qualquer critério
Localize e substitua textos e números usando curin- da caixa  Localizar  e selecione a célula que contenha a
gas ou outros caracteres. Você pode pesquisar planilhas, formatação que você deseja localizar. Clique na seta ao
linhas, colunas ou pastas de trabalho. lado de Formato, clique em Escolher formato da célula e,
Em uma planilha, clique em qualquer célula. em seguida, clique na célula que possui a formatação a
Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Lo- ser pesquisada.
calizar e Selecionar. Siga um destes procedimentos:
Para localizar texto ou números, clique em  Localizar
Tudo ou Localizar Próxima.
DICA: Quando você clicar em Localizar Tudo, todas as
ocorrências do critério que você estiver pesquisando serão
listadas, e você poderá ir para uma célula clicando nela na
lista. Você pode classificar os resultados de uma pesqui-
sa Localizar Tudo clicando em um título de coluna.
Para substituir texto ou números, digite os caracteres
Siga um destes procedimentos: de substituição na caixa Substituir por (ou deixe essa caixa
Para localizar texto ou números, clique em Localizar. em branco para substituir os caracteres por nada) e clique
Para localizar e substituir texto ou números, clique em Localizar ou Localizar Tudo.
em Substituir. OBSERVAÇÃO: Se a caixa Substituir por não estiver dis-
Na caixa Localizar, digite o texto ou os números que ponível, clique na guia Substituir.
você deseja procurar ou clique na seta da caixa  Locali- Se necessário, você poderá cancelar uma pesquisa em
zar e, em seguida, clique em uma pesquisa recente na andamento pressionando ESC.
lista. Para substituir a ocorrência realçada ou todas as ocor-
Você pode usar caracteres curinga, como um asterisco rências dos caracteres encontrados, clique em  Substi-
(*) ou ponto de interrogação (?), nos critérios da pesquisa: tuir ou Substituir tudo.
Use o asterisco para localizar qualquer cadeia de ca- DICA:  O Microsoft Excel salva as opções de formata-
racteres. Por exemplo, s*r localizará “ser” e “senhor”. ção que você define. Se você pesquisar dados na planilha
Use o ponto de interrogação para localizar um único novamente e não conseguir encontrar caracteres que você
caractere. Por exemplo, s?m localizará “sim” e “som”. sabe que estão lá, poderá ser necessário limpar as opções
DICA:  Você pode localizar asteriscos, pontos de in- de formatação da pesquisa anterior. Na caixa de diálo-
terrogação e caracteres de til (~) nos dados da planilha go Localizar e Substituir, clique na guia Localizar e depois
precedendo-os com um til na caixa  Localizar. Por exem- em  Opções  para exibir as opções de formatação. Clique
plo, para localizar dados que contenham “?”, use ~? como na seta ao lado de Formato e clique em Limpar ‘Localizar
critério de pesquisa. formato’.
Clique em Opções para definir ainda mais a pesquisa
e siga um destes procedimentos: Alterar a largura da coluna e a altura da linha
Para procurar dados em uma planilha ou em uma Em uma planilha, você pode especificar uma largura
pasta de trabalho inteira, na caixa  Em, clique em  Plani- de coluna de 0 (zero) a 255. Esse valor representa o núme-
lha ou Pasta de Trabalho. ro de caracteres que podem ser exibidos em uma célula
Para pesquisar dados em linhas ou colunas, na cai- formatada com a fonte padrãoTE000127106. A largura de
xa Pesquisar, clique em Por Linhas ou Por Colunas. coluna padrão é 8,43 caracteres. Se a largura da coluna for
Para procurar dados com detalhes específicos, na cai- definida como 0 (zero), a coluna ficará oculta.
xa  Examinar, clique em  Fórmulas,  Valores  ou  Comentá- Você pode especificar uma altura de linha de 0 (zero)
rios. a 409. Esse valor representa a medida da altura em pontos
OBSERVAÇÃO:  As opções  Fórmulas,  Valores  e  Co- (1 ponto é igual a aproximadamente 1/72 pol. ou 0,035
mentários só estão disponíveis na guia Localizar, e so- cm). A altura de linha padrão é 12,75 pontos (aproximada-
mente Fórmulas está disponível na guia Substituir. mente 1/6 pol. ou 0,4 cm). Se a altura da linha for definida
Para procurar dados que diferenciam maiúsculas de como 0 (zero), a linha ficará oculta.
minúsculas, marque a caixa de seleção Diferenciar maiús- Se estiver trabalhando no modo de exibição de La-
culas de minúsculas. yout da Página (guia Exibir, grupo Modos de Exibição da
Para procurar células que contenham apenas os ca- Pasta de Trabalho, botão Layout da Página), você poderá
racteres que você digitou na caixa Localizar, marque a cai- especificar uma largura de coluna ou altura de linha em
xa de seleção Coincidir conteúdo da célula inteira. polegadas. Nesse modo de exibição, a unidade de medida
Se você deseja procurar texto ou números que tam- padrão é polegada, mas você poderá alterá-la para centí-
bém tenham uma formatação específica, clique em  For- metros ou milímetros (Na guia Arquivo, clique em Opções,
mato e faça as suas seleções na caixa de diálogo Localizar clique na categoria Avançado e, em Exibir, selecione uma
Formato. opção na lista Unidades da Régua).

62
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Definir uma coluna com uma largura específica

Selecione as colunas a serem alteradas.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar.

Clique com o botão direito do mouse na coluna de


Em Tamanho da Célula, clique em Largura da Coluna. destino, aponte paraColar Especial e clique no botão Man-
Na caixa Largura da coluna, digite o valor desejado. ter Largura da Coluna Original 
Clique em OK.
DICA: Para definir rapidamente a largura de uma única Alterar a largura padrão de todas as colunas em uma
coluna, clique com o botão direito do mouse na coluna planilha ou pasta de trabalho
selecionada, clique em Largura da Coluna, digite o valor O valor da largura de coluna padrão indica o número
desejado e clique em OK. médio de caracteres da fonte padrão que cabe em uma
Alterar a largura da coluna para ajustá-la automatica- célula. É possível especificar outro valor de largura de co-
mente ao conteúdo (AutoAjuste) luna padrão para uma planilha ou pasta de trabalho.
Selecione as colunas a serem alteradas. Siga um destes procedimentos:
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For- Para alterar a largura de coluna padrão de uma plani-
matar. lha, clique na guia da planilha.
Para alterar a largura de coluna padrão da pasta de
trabalho inteira, clique com o botão direito do mouse em
uma guia de planilha e, em seguida, clique em Selecionar
Todas as Planilhas no menu de atalhoTE000127572.

Em  Tamanho da Célula, clique em  Ajustar Largura da


Coluna Automaticamente.
OBSERVAÇÃO: Para ajustar automaticamente de forma
rápida todas as colunas da planilha, clique no botão Sele- Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
cionar Tudo e, em seguida, clique duas vezes em qualquer matar.
limite entre dois títulos de coluna.

Em Tamanho da Célula, clique em Largura Padrão.


Na caixa  Largura padrão da coluna, digite uma nova
medida e clique em OK.
DICA: Para definir a largura de coluna padrão de todas
as novas pastas de trabalho ou planilhas, você poderá criar
um modelo de pasta de trabalho ou de planilha e utilizá-lo
Fazer com que a largura da coluna corresponda à de como base para as novas pastas de trabalho ou planilhas.
outra coluna
Selecione uma célula da coluna com a largura dese- Alterar a largura das colunas com o mouse
jada. Siga um destes procedimentos:
Pressione Ctrl+C ou, na guia  Página Inicial, no gru- Para alterar a largura de uma coluna, arraste o limite
po Área de Transferência, clique em Copiar. do lado direito do título da coluna até que ela fique do
tamanho desejado.

63
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para alterar a largura de várias colunas, selecione as


colunas desejadas e arraste um limite à direita do título de
coluna selecionado.
Para alterar a largura das colunas a fim de ajustá-la ao
conteúdo, selecione as colunas desejadas e clique duas ve-
zes no limite à direita do título de coluna selecionado. Alterar a altura das linhas com o mouse
Para alterar a largura de todas as colunas da planilha, Siga um destes procedimentos:
clique no botãoSelecionar Tudo e arraste o limite de qual- Para alterar a altura de uma linha, arraste o limite abaixo
quer título de coluna. do título da linha até que ela fique com a altura desejada.

Para alterar a altura de várias linhas, selecione as linhas


desejadas e arraste o limite abaixo de um dos títulos de
linha selecionados.
Para alterar a altura de todas as linhas da planilha, cli-
Definir uma linha com uma altura específica
que no botão Selecionar Tudo e arraste o limite abaixo de
Selecione as linhas a serem alteradas.
qualquer título de linha.

Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-


matar.

Em Tamanho da Célula, clique em Altura da Linha.


Na caixa Altura da linha, digite o valor que você deseja
e, em seguida, clique em OK.
Alterar a altura da linha para ajustá-la ao conteúdo
Selecione as linhas a serem alteradas.
Na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em For-
matar. Para alterar a altura da linha a fim de ajustá-la ao con-
teúdo, clique duas vezes no limite abaixo do título da linha.

Formatar números como moeda no Excel


Para exibir números como valores monetários, forma-
te-os como moeda. Para fazer isso, aplique o formato de
número Moeda ou Contábil às células que deseja formatar.
As opções de formatação de número estão disponíveis na
guia Página Inicial, no grupo Número.

Em Tamanho da Célula, clique em AutoAjuste da Altura


da Linha.
DICA:  Para ajustar automaticamente de forma rápi-
da todas as linhas da planilha, clique no botão Selecionar
Tudo e, em seguida, clique duas vezes no limite abaixo de
um dos títulos de linha.

64
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Formatar números como moeda OBSERVAÇÃO:  A caixa  Números negativos  não está
Você pode exibir um número com o símbolo de moeda disponível para o formato de número Contábil. O motivo
padrão selecionando a célula ou o intervalo de células e disso é que constitui prática contábil padrão mostrar nú-
clicando em Formato de Número de Contabilização   no meros negativos entre parênteses.
grupo  Número  da guia  Página Inicial. (Se desejar aplicar Para fechar a caixa de diálogo Formatar Células, clique
o formato Moeda, selecione as células e pressione Ctr- em OK.
l+Shift+$.) Se o Excel exibir ##### em uma célula depois que você
Alterar outros aspectos de formatação aplicar formatação de moeda em seus dados, isso signifi-
Selecione as células que você deseja formatar. cará que talvez a célula não seja suficientemente larga para
Na guia Página Inicial, clique no Iniciador de Caixa de exibir os dados. Para expandir a largura da coluna, clique
Diálogo ao lado deNúmero. duas vezes no limite direito da coluna que contém as cé-
lulas com o erro #####. Esse procedimento redimensiona
automaticamente a coluna para se ajustar ao número. Você
também pode arrastar o limite direito até que as colunas
fiquem com o tamanho desejado.

DICA: Você também pode pressionar Ctrl+1 para abrir


a caixa de diálogoFormatar Células.
Na caixa de diálogo Formatar Células, na lista Catego-
ria, clique em Moedaou Contábil.
Remover formatação de moeda
Selecione as células que têm formatação de moeda.
Na guia Página Inicial, no grupo Número, clique na cai-
xa de listagem Geral.
As células formatadas com o formato  Geral  não têm
um formato de número específico.

Operadores e Funções
A função é um método utilizado para tornar mais fácil
e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos
mais complexos e vários valores. Existem funções para os
cálculos matemáticos, financeiros e estatísticos. Por exem-
plo, na função: =SOMA (A1:A10) seria o mesmo que (A1+
A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que com a fun-
ção o processo passa a ser mais fácil. Ainda conforme o
exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar
um cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos cálculos a
referência de células (A1) e não somente valores.
A quantidade de argumentos empregados em uma
função depende do tipo de função a ser utilizada. Os ar-
Na caixa Símbolo, clique no símbolo de moeda dese- gumentos podem ser números, textos, valores lógicos, re-
jado. ferências, etc...
OBSERVAÇÃO:  Se desejar exibir um valor monetário
sem um símbolo de moeda, clique em Nenhum.
Na caixa Casas decimais, insira o número de casas de-
cimais desejadas para o número.
Por exemplo, para exibir  R$138.691  em vez de colo-
car  R$ 138.690,63  na célula, insira  0  na caixa  Casas deci-
mais. Conforme você faz alterações, preste atenção ao nú-
mero na caixa  Amostra. Ela mostra como a alteração das
casas decimais afetará a exibição de um número.
Na caixa Números negativos selecione o estilo de exi-
bição que você deseja usar para números negativos.
Se não quiser usar as opções existentes para exibir nú-
meros negativos, você pode criar seu próprio formato de
número.

65
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Operadores
Operadores são símbolos matemáticos que permitem fazer cálculos e comparações entre as células. Os operadores são:

Criar uma fórmula simples


Você pode criar uma fórmula simples para adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir valores na planilha. As fórmulas
simples sempre começam com um sinal de igual (=), seguido de constantes que são valores numéricos e operadores de
cálculo como os sinais de mais (+), menos (-), asterisco (*) ou barra (/).
Por exemplo, quando você inserir a fórmula =5+2*3, o Excel multiplicará os últimos dois números e adicionará o pri-
meiro número ao resultado. Seguindo a ordem padrão das operações matemáticas, a multiplicação e executada antes da
adição.
Na planilha, clique na célula em que você deseja inserir a fórmula.
Digite o = (sinal de igual) seguido das constantes e dos operadores que você deseja usar no cálculo.
Você pode inserir quantas constantes e operadores forem necessários em uma fórmula, até 8.192 caracteres.
DICA : Em vez de digitar as constantes em sua fórmula, você pode selecionar as células que contêm os valores que
deseja usar e inserir os operadores entre as células da seleção.
Pressione Enter.
Para adicionar valores rapidamente, você pode usar a AutoSoma em vez de inserir a fórmula manualmente (guia Página
Inicial, grupo Edição ).
Você também pode usar funções (como a função SOMA) para calcular os valores em sua planilha.
Para avançar mais uma etapa, você pode usar as referências de célula e nomes em vez dos valores reais em uma fórmula
simples.
Exemplos
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
2
5
Fórmula Descrição Resultado
‘=A2+A3 Adiciona os valores nas células A1 e A2 =A2+A3
‘=A2-A3 Subtrai o valor na célula A2 do valor em A1 =A2-A3
‘=A2/A3 Divide o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2/A3
‘=A2*A3 Multiplica o valor na célula A1 pelo valor em A2 =A2*A3
Eleva o valor na célula A1 ao valor exponencial especificado em
‘=A2^A3 =A2^A3
A2
Fórmula Descrição Resultado
‘=5+2 Adiciona 5 e 2 =5+2
‘=5-2 Subtrai 2 de 5 =5-2
‘=5/2 Divide 5 por 2 =5/2
‘=5*2 Multiplica 5 vezes 2 =5*2
‘=5^2 Eleva 5 à segunda potência =5^2

66
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Usar referências de célula em uma fórmula


Ao criar uma fórmula simples ou uma fórmula que usa uma função, você pode fazer referência aos dados das células
de uma planilha incluindo referências de célula nos argumentos da fórmula. Por exemplo, quando você insere ou seleciona
a referência de célula A2, a fórmula usa o valor dessa célula para calcular o resultado. Você também pode fazer referência
a um intervalo de células.
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.

Na barra de fórmulas  , digite = (sinal de igual).

Faça o seguinte: selecione a célula que contém o valor desejado ou digite sua referência de célula.
Você pode fazer referência a uma única célula, a um intervalo de células, a um local em outra planilha ou a um local em
outra pasta de trabalho.
Ao selecionar um intervalo de células, você pode arrastar a borda da seleção da célula para mover a seleção ou arrastar
o canto da borda para expandir a seleção.

1. A primeira referência de célula é B3, a cor é azul e o intervalo de células tem uma borda azul com cantos quadrados.
2. A segunda referência de célula é C3, a cor é verde e o intervalo de célula tem uma borda verde com cantos quadra-
dos.
OBSERVAÇÃO : Se não houver um canto quadrado em uma borda codificada por cor, significa que a referência está
relacionada a um intervalo nomeado.
Pressione Enter.
DICA :  Você também pode inserir uma referência a um intervalo ou célula nomeada.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colu-
nas para ver todos os dados. Use o comando Definir Nome (guia Formulas, grupo Nomes Definidos) para definir “Ativos”
(B2:B4) e “Passivos” (C2:C4).

Departamento Ativos Passivos


TI 274000 71000
Administrador 67000 18000
RH 44000 3000
Fórmula Descrição Resultado
Retorna o total de ativos dos três departamentos
‘=SOMA(Ativos) no nome definido “Ativos”, que é definido como =SOMA(Ativos)
o intervalo de células B2:B4. (385000)
‘=SOMA(Ativos)- Subtrai a soma do nome definido “Passivos” da =SOMA(Ativos)-
SOMA(Passivos) soma do nome definido “Ativos”. (293000) SOMA(Passivos)

Criar uma fórmula usando uma função


Você pode criar uma fórmula para calcular valores na planilha usando uma função. Por exemplo, as fórmulas =SO-
MA(A1:A2) e SOMA(A1,A2) usam ambas a função SOMA para adicionar os valores nas células A1 e A2. As fórmulas sempre
começam com um sinal de igual (=)
Clique na célula na qual deseja inserir a fórmula.
Para iniciar a fórmula com a função, clique em Inserir Função  .
O Excel insere o sinal de igual (=) para você.
Na caixa Ou selecione uma categoria, selecione Tudo.

67
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se você estiver familiarizado com as categorias de função, também poderá selecionar uma categoria.
Se você não tiver certeza de qual função usar, poderá digitar uma pergunta que descreva o que deseja fazer, na cai-
xa Procure por uma função (por exemplo, “adicionar números” retorna a função SOMA).
Na caixa Selecione uma função, selecione a função que deseja utilizar e clique em OK.
Nas caixas de argumento que forem exibidas para a função selecionada, insira os valores, as cadeias de caracteres de
texto ou referências de célula desejadas.
Em vez de digitar as referências de célula, você também pode selecionar as células que deseja referenciar. Clique em 
 para expandir novamente a caixa de diálogo.
Depois de concluir os argumentos para a fórmula, clique em OK.
DICA :  Se você usar funções frequentemente, poderá inserir suas fórmulas diretamente na planilha. Depois de digitar o sinal de
igual (=) e o nome da função, poderá obter informações sobre a sintaxe da fórmula e os argumentos da função pressionando F1.
Exemplos
Copie a tabela para a célula A1 em uma planilha em branco no Excel para trabalhar com esses exemplos de fórmulas
que usam funções.

Dados
5 4
2 6
3 8
7 1
Fórmula Descrição Resultado
‘=SOMA(A:A) Adiciona todos os números na coluna A =SOMA(A:A)
‘=MÉDIA(A1:B4) Calcula a média de todos os números no intervalo A1:B4 =MÉDIA(A1:B4)

Função Soma
A função soma , uma das funções matemáticas e trigonométricas, adiciona os valores. Você pode adicionar valores
individuais, referências de células ou intervalos ou uma mistura de todos os três.
Sintaxe: SOMA(número1,[número2],...)
Por exemplo:
=SOMA(A2:A10)
= SOMA(A2:A10, C2:C10)

Nome do argumento Descrição


número1    (Obrigatório) O primeiro número que você deseja somar. O número pode ser como “4”, uma referência de
célula, como B6, ou um intervalo de células, como B2:B8.
número2-255    (Opcional) Este é o segundo número que você deseja adicionar. Você pode especificar até 255 números
dessa forma.

68
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Soma rápida com a barra de Status Use o Assistente de AutoSoma para rapidamente os
Se você quiser obter rapidamente a soma de um inter- intervalos contíguos de soma
valo de células, tudo o que você precisa fazer é selecionar o A caixa de diálogo de AutoSoma também permite que
intervalo e procure no lado inferior direito da janela do Excel. você selecione outras funções comuns, como:
Média
Contar números
Máx
Min
Mais funções
Exemplo 2 – AutoSoma verticalmente

Barra de Status
Esta é a barra de Status e exibe as informações sobre
tudo o que você selecionou, se você tiver uma única célula
ou várias células. Se você com o botão direito na barra de AutoSoma verticalmente
Status de uma caixa de diálogo do recurso será pop-out O Assistente de AutoSoma detectou automatica-
exibindo todas as opções que você pode selecionar. Obser- mente células B2: B5 como o intervalo a serem soma-
ve que ele também exibe valores para o intervalo selecio- dos. Tudo o que você precisa fazer é pressione Enter para
nado se você tiver esses atributos marcados.  confirmá-la. Se você precisar adicionar/excluir mais cé-
lulas, você pode manter a tecla Shift > tecla de direção
Usando o Assistente de AutoSoma da sua escolha até que corresponde à sua seleção dese-
A maneira mais fácil de adicionar uma fórmula de soma jado e pressione Enter quando terminar. Guia de função
à sua planilha é usar o Assistente de AutoSoma. Selecione Intellisense: a soma (Número1, [núm2]) flutuantes marca
uma célula vazia diretamente acima ou abaixo do intervalo abaixo a função é o guia de Intellisense. Se você clicar
que você quer somar e nas guias página inicial ou fórmula no nome de função ou soma, ele se transformará em um
na faixa de opções, pressione AutoSoma > soma. O Assis- hiperlink azul, que o levará para o tópico de ajuda para
tente de AutoSoma automaticamente detecta o intervalo essa função. Se você clicar nos elementos de função indi-
para ser somados e criar a fórmula para você. Ele também vidual, as peças representantes na fórmula serão realça-
pode trabalhar horizontalmente se você selecionar uma das. Nesse caso somente B2: B5 seria realçadas como há
célula para a esquerda ou à direita do intervalo a serem apenas uma referência numérica nesta fórmula. A marca
somados. de Intellisense será exibido para qualquer função.
Exemplo 3 – AutoSoma horizontalmente

69
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

AutoSoma horizontalmente Em seguida, tente validar se suas entradas estão cor-


Exemplo 4 – somar células não-contíguas retas. É muito mais fácil colocar esses valores em células
individuais e usar uma fórmula de soma. Além disso, você
pode formatar os valores quando eles estão nas células,
tornando-as muito mais legível e quando ela estiverem em
uma fórmula.

Somar células não-contíguas


O Assistente de AutoSoma geralmente só funcionará
para intervalos contíguos, portanto se você tiver linhas ou
colunas vazias no seu intervalo de soma, Excel vai parada o
primeiro espaço. Nesse caso você precisaria soma por sele- #VALUE! erros de referência de texto em vez de nú-
ção, onde você pode adicionar os intervalos individuais, um meros.
por vez. Neste exemplo se você tivesse dados na célula B4, Se você usar um fórmula como:
o Excel seria gerar =SOMA(C2:C6) desde que ele reconheça = A1 + B1 + C1 ou = A1 + A2 + A3
um intervalo contíguo.
Você pode selecionar rapidamente vários intervalos
não-contíguas com Ctrl + LeftClick. Primeiro, insira “= soma
(“, selecione seu diferentes intervalos e Excel adicionará au-
tomaticamente o separador de vírgula entre intervalos para
você. Pressione enter quando terminar.
Dica:  você pode usar ALT + = para adicionar rapida-
mente a função soma para uma célula. Tudo o que você
precisa fazer é selecionar o intervalo (s).
Observação:  você pode perceber como o Excel tem
realçado os intervalos de função diferente por cor, e eles
correspondem dentro da própria fórmula, portanto C2: C3 Evite usar o = 1 + 2 ou = métodos A + B
é azul e C5: C6 é vermelho. Excel fará isso para todas as Sua fórmula pode quebrar se houver quaisquer valores
funções, a menos que o intervalo referenciado esteja em não numéricos (texto) nas células referenciadas, que retor-
uma planilha diferente ou em outra pasta de trabalho. Para narão um #VALUE! erro. SOMA ignorará valores de texto e
acessibilidade aprimorada com tecnologia assistencial, lhe dar a soma dos valores numéricos.
você pode usar intervalos nomeados, como “Semana1”,
“Semana2”, etc. e, em seguida, fazer referência a eles, sua
fórmula:
=SOMA(Week1,Week2)

Práticas Recomendadas
Esta seção aborda algumas práticas recomendadas
para trabalhar com as funções soma. Grande parte desse
pode ser aplicada a trabalhar com outras funções também.
♣ a = 1 + 2 ou = A + B Method – enquanto você pode
inserir = 1 + 2 + 3 ou = A1 + B1 + C2 e obter resultados
totalmente precisos, esses métodos estão sujeitos a erros
por vários motivos:
Erros de digitação – Imagine tentando inserir valores
mais e/ou muito maiores assim:
= 14598.93 + 65437.90 + 78496.23

70
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

SOMA ignora valores de texto É igualmente erro sujeitos ao inserir ou excluir linhas
#REF! Erro de excluir linhas ou colunas dentro do intervalo referenciada pelas mesmas razões. É
muito melhor usar intervalos individuais, como:
=SOMA(A1:A3,B1:B3)
Qual será atualizada ao adicionar ou excluir linhas.
Usando operadores matemáticos com soma
Digamos que você deseja aplicar uma porcentagem
de desconto para um intervalo de células que você já so-
mados.

Se você excluir uma linha ou coluna, a fórmula não se-


rão atualizados para excluir a linha excluída e retornará um
#REF! erro, onde uma função soma atualizará automatica-
mente.

Fórmulas não atualizar referências ao inserir linhas ou


colunas

= SOMA(A2:A14) *-25%
Resultará em 25% do intervalo somado, entretanto,
que rígido códigos a 25% da fórmula, e pode ser difícil
= Style A + B fórmulas não os atualizará ao adicionar encontrar mais tarde se precisar alterá-lo. É muito melhor
linhas ou colunas colocar os 25% em uma célula e referenciando que em vez
disso, onde ele está check-out em Abrir e facilmente alte-
Se você inserir uma linha ou coluna, a fórmula não será rados, assim:
atualizada para incluir a linha adicionada, onde uma função = SOMA(A2:A14) * E2
soma atualizará automaticamente (contanto que você não Dividir em vez de multiplicar você simplesmente subs-
estiver fora do intervalo referenciado na fórmula). Isso é es-
titua a “*” com “/”: = SOMA(A2:A14)/E2
pecialmente importante se você esperar sua fórmula para
Adicionando ou retirando de uma soma
atualizar e não, como ele deixará incompletos resultados
i. você pode facilmente adicionar ou subtrair de uma
que você não pode capturar.
soma usando + ou - assim:
= SOMA(A1:A10) + E2
= SOMA(A1:A10)-E2

SOMA 3D
Às vezes você precisa somar uma determinada célula
em várias planilhas. Pode ser tentador clique em cada pla-
nilha e a célula desejada e use apenas «+» para adicionar a
SOMA com referências de célula individuais versus in- célula valores, mas que é entediante e pode ser propensa,
tervalos muito mais assim que apenas tentando construir uma fór-
Usando uma fórmula como: mula que faz referência apenas uma única folha.
=SOMA(A1,A2,A3,B1,B2,B3) i = Planilha1! A1 + Plan2! A1 + Planilha3! A1

71
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você pode fazer isso muito mais fácil com um 3D ou Função SE


soma 3 dimensionais: A função SE é uma das funções mais populares do Ex-
cel e permite que você faça comparações lógicas entre um
valor e aquilo que você espera. Em sua forma mais simples,
a função SE diz:
SE(Algo for Verdadeiro, faça tal coisa, caso contrário,
faça outra coisa)
Portanto, uma instrução SE pode ter dois resultados.
O primeiro resultado é se a comparação for Verdadeira, o
segundo se a comparação for Falsa.
Exemplos de SE simples

= SOMA(Sheet1:Sheet3! A1)
Qual somará a célula A1 em todas as planilhas da pla-
nilha 1 para a planilha 3.
Isso é especialmente útil em situações em que você
tem uma única folha para cada mês ( janeiro a dezembro) e
você precisa total-las em uma planilha de reSOMAo.

=SE(C2=”Sim”;1,2)
No exemplo acima, a célula D2 diz: SE(C2 = Sim, a fór-
mula retorna um 1 ou um 2)

= SOMA(January:December! A2)
Qual somará célula A2 em cada planilha de janeiro a
dezembro.
Observação: se suas planilhas tem espaços em seus
nomes, como “Janeiro vendas”, então você precisa usar um
apóstrofo ao fazer referência os nomes de planilha em uma
fórmula:
= SOMA(‘January Sales:December Sales’! A2)
SOMA com outras funções
Absolutamente, você pode usar soma com outras fun-
ções. Aqui está um exemplo que cria um cálculo da média
mensal:
=SE(C2=1;”Sim”;”Não”)
Neste exemplo, a fórmula na célula D2 diz: SE(C2 = 1, a
fórmula retorna Sim e, caso contrário, retorna Não)
Como você pode ver, a função SE pode ser usada
para avaliar texto e valores. Ela também pode ser usada
para  avaliar erros. Você não está limitado a verificar ape-
nas se um valor é igual a outro e retornar um único resul-
tado; você também pode usar operadores matemáticos e
=SOMA(A2:L2)/COUNTA(A2:L2) executar cálculos adicionais dependendo de seus critérios.
Que usa a soma de A2:L2 dividido pela contagem de Também é possível aninhar várias funções SE juntas para
células não vazias em A2:L2 (maio a dezembro estão em realizar várias comparações.
branco).
OBSERVAÇÃO : Se você for usar texto em fórmulas, será
preciso quebrar o texto entre aspas (por exemplo, “Texto”).
A única exceção é usar VERDADEIRO ou FALSO que o Excel
reconhece automaticamente.

72
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Introdução

A melhor maneira de começar a escrever uma instru-


ção SE é pensar sobre o que você está tentando realizar.
Que comparação você está tentando fazer? Muitas vezes,
escrever uma instrução SE pode ser tão simples quanto
pensar na lógica em sua cabeça: “o que aconteceria se
essa condição fosse atendida vs. o que aconteceria se não
fosse?” Você sempre deve se certificar de que suas etapas
sigam uma progressão lógica; caso contrário, sua fórmula
não executará aquilo que você acha que ela deveria exe-
cutar. Isso é especialmente importante quando você cria
instruções SE complexas (aninhadas).

Mais exemplos de SE

=SE(E7=”Sim”;F5*0,0825;0)
Neste exemplo, a fórmula em F7 está dizendo SE(E7 =
“Sim”, calcule o Valor Total em F5 * 8,25%, caso contrário,
nenhum Imposto sobre Vendas é cobrado, retorne 0)

Práticas Recomendadas - Constantes


No último exemplo, você vê dois “Sim” e a Taxa de
=SE(C2>B2;”Acima do orçamento”;”Dentro do orça- Imposto sobre Vendas (0,0825) inseridos diretamente na
mento”) fórmula. Geralmente, não é recomendável colocar constan-
No exemplo acima, a função SE em D2 está dizen- tes literais (valores que talvez precisem ser alterados oca-
do  SE(C2 é maior que B2, retorne “Acima do orçamento”, sionalmente) diretamente nas fórmulas, pois elas podem
caso contrário, retorne “Dentro do orçamento”) ser difíceis de localizar e alterar no futuro. É muito melhor
colocar constantes em suas próprias células, onde elas fi-
cam fora das constantes abertas e podem ser facilmente
encontradas e alteradas. Nesse caso, tudo bem, pois há
apenas uma função SE e a Taxa de Imposto sobre Vendas
raramente será alterada. Mesmo se isso acontecer, será fá-
cil alterá-la na fórmula.
Usar SE para verificar se uma célula está em branco
Às vezes, é preciso verificar se uma célula está em bran-
co, geralmente porque você pode não querer uma fórmula
exiba um resultado sem entrada.

= SE(C2>B2,C2-B2,0)
Na ilustração acima, em vez de retornar um resultado
de texto, vamos retornar um cálculo matemático. A fórmula
em E2 está dizendo SE(Valor real for maior que o Valor or-
çado, subtraia o Valor orçado do Valor real, caso contrário,
não retorne nada).

Nesse caso, usamos SE com a função ÉCÉL.VAZIA:


=SE(ÉCÉL.VAZIA(D2),”Em branco”,”Não está em branco”)
Que diz  SE(D2 está em branco, retorne “Em branco”,
caso contrário, retorne “Não está em branco”). Você também
poderia facilmente usar sua própria fórmula para a condição
“Não está em branco”. No próximo exemplo usamos “” em
vez de ÉCÉL.VAZIA. “” basicamente significa “nada”.

73
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Nome do argumento Descrição


O grupo de células que você
deseja contar.  Intervalo  pode
conter números, matrizes,
intervalo    (obrigatório) um intervalo nomeado ou
referências que contenham
números. Valores em branco e
texto são ignorados.
Um número, expressão,
referência de célula ou cadeia
de texto que determina quais
células serão contadas.
Por exemplo, você pode usar
=SE(D3=””,”Em branco”,”Não está em branco”) um número como 32, uma
Essa fórmula diz  SE(D3 é nada, retorne “Em branco”, critérios    (obrigatório) comparação, como “> 32”, uma
caso contrário, retorne “Não está em branco”). Veja um célula como B4 ou uma palavra
exemplo de um método muito comum de usar “” para im- como “maçãs”.
pedir que uma fórmula calcule se uma célula dependente CONT.SE usa apenas um
está em branco: único critério. Use CONT.
=SE(D3=””;””;SuaFórmula()) SES se você quiser usar vários
SE(D3 é nada, retorne nada, caso contrário, calcule sua critérios.
fórmula).

Exemplo de SE aninhada Função SOMASE


Você pode usar a função SOMASE para somar os valo-
res em uma intervalo que atendem aos critérios que você
especificar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que
contém números, você quer somar apenas os valores que
são maiores do que 5. Você pode usar a seguinte fórmu-
la: = SOMASE (B2:B25,”> 5”).

Sintaxe
SOMASE(intervalo, critérios, [intervalo_soma])
A sintaxe da função  SOMASE  tem os seguintes argu-
mentos:
intervalo    Necessário. O intervalo de células a ser ava-
Em casos onde uma simples função SE tem apenas dois liada por critérios. Células em cada intervalo devem ser nú-
resultados (Verdadeiro ou Falso), as funções se aninhadas meros ou nomes, matrizes ou referências que contenham
SE podem ter de 3 a 64 resultados. números. Valores em branco e texto são ignorados. O inter-
=SE(D2=1;”SIM”;SE(D2=2;”Não”;”Talvez”)) valo selecionado pode conter datas no formato padrão do
Na ilustração acima, a fórmula em E2 diz: SE(D2 é igual Excel (exemplos abaixo).
a 1, retorne “Sim”, caso contrário, SE(D2 é igual a 2, retorne critérios    Obrigatório. Os critérios na forma de um
“Não”, caso contrário, retorne “Talvez”). número, expressão, referência de célula, texto ou função
que define quais células serão adicionadas. Por exemplo,
CONT.SE os critérios podem ser expressos como 32, “>32”, B5, “32”,
Use CONT.SE, uma das funções estatísticas, para con- “maçãs” ou HOJE().
tar o número de células que atendem a um critério; por IMPORTANTE : Qualquer critério de texto ou qualquer
exemplo, para contar o número de vezes que uma cidade critério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos deve
específica aparece em uma lista de clientes. estar entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéri-
cos, as aspas duplas não serão necessárias.
Sintaxe intervalo_soma   Opcional. As células reais a serem adi-
CONT.SE(intervalo, critério) cionadas, se você quiser adicionar células diferentes das
Por exemplo: especificadas no argumento intervalo. Se o argumento in-
tervalo_soma for omitido, o Excel adicionará as células es-
=CONT.SE(A2:A5;”maçãs”)
pecificadas no argumento intervalo (as mesmas células às
=CONT.SE(A2:A5,A4)
quais os critérios são aplicados).

74
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Você pode usar os caracteres curinga – o ponto de interrogação (?) e o asterisco (*) – como o argumento critérios. O
ponto de interrogação corresponde a qualquer caractere único; o asterisco corresponde a qualquer sequência de caracte-
res. Para localizar um ponto de interrogação ou asterisco real, digite um til (~) antes do caractere.

Comentários
A função SOMASE retorna valores incorretos quando você a utiliza para corresponder cadeias de caracteres com mais
de 255 caracteres ou para a cadeia de caracteres #VALOR!.
O argumento intervalo_soma não precisa ter o mesmo tamanho e forma que o argumento intervalo. As células reais
adicionadas são determinadas pelo uso da célula na extremidade superior esquerda do argumentointervalo_soma como a
célula inicial e, em seguida, pela inclusão das células correspondentes em termos de tamanho e forma no argumento in-
tervalo. Por exemplo:

Se o intervalo for e intervalo_soma for Então, as células reais serão


A1:A5 B1:B5 B1:B5
A1:A5 B1:B3 B1:B5
A1:B4 C1:D4 C1:D4
A1:B4 C1:C2 C1:D4

Porém, quando os argumentos intervalo e intervalo_soma na função SOMASE não contêm o mesmo número de células,
o recálculo da planilha pode levar mais tempo do que o esperado.

MÁXIMO (Função MÁXIMO)


Descrição
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
MÁXIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÁXIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor máximo
você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números nesta matriz ou referência serão usados. Células
vazias, valores lógicos ou texto na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÁXIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÁXIMOA.

Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÁXIMO(A2:A6) Maior valor no intervalo A2:A6. 27
=MÁXIMO(A2:A6; 30) Maior valor no intervalo A2:A6 e o valor 30. 30

75
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MÍNIMO (Função MÍNIMO)


Descrição
Retorna o menor número na lista de argumentos.
Sintaxe
MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,...    Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números cujo valor MÍNIMO
você deseja saber.
Comentários
Os argumentos podem ser números, nomes, matrizes ou referências que contenham números.
Os valores lógicos e representações em forma de texto de números digitados diretamente na lista de argumentos são
contados.
Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas os números daquela matriz ou referência poderão ser usados.
Células vazias, valores lógicos ou valores de erro na matriz ou referência serão ignorados.
Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO retornará 0.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números causam erros.
Se você deseja incluir valores lógicos e representações de texto dos números em uma referência como parte do cálculo,
utilize a função MÍNIMOA.
Exemplo
Copie os dados de exemplo da tabela a seguir e cole-os na célula A1 de uma nova planilha do Excel. Para as fórmulas
mostrarem resultados, selecione-as, pressione F2 e pressione Enter. Se precisar, você poderá ajustar as larguras das colunas
para ver todos os dados.

Dados
10
7
9
27
2
Fórmula Descrição Resultado
=MÍNIMO(A2:A6) O menor dos números no intervalo A2:A6. 2
=MIN(A2:A6;0) O menor dos números no intervalo A2:A6 e 0. 0

Média
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte
função =MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encon-
trado.

Mesclar células
A mesclagem combina duas ou mais células para criar uma nova célula maior. Essa é uma excelente maneira de criar
um rótulo que se estende por várias colunas. Por exemplo, aqui, as células A1, B1 e C1 foram mescladas para criar o rótulo
“Vendas Mensais” e descrever as informações nas linhas de 2 a 7.

76
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Selecione duas ou mais células adjacentes  que você


deseja mesclar.
IMPORTANTE : Verifique se os dados que você deseja
agrupar na célula mesclada estão contidos na célula supe-
rior esquerda. Os dados nas outras células mescladas serão
excluídos. Para preservar os dados das outras células, copie
-os em outra parte da planilha antes de fazer a mesclagem.
Clique em Início > Mesclar e Centralizar.

Se o botão Mesclar e Centralizar estiver esmaecido, ve-


rifique se você não está editando uma célula e se as células
que você quer mesclar não estão dentro de uma tabela.
DICA :  Para mesclar células sem centralizar, clique na
seta ao lado de Mesclar e Centralizar e clique em Mesclar
Através ou Mesclar Células.
Se você mudar de ideia, é possível dividir as células que DICA : Se não vir um tipo de gráfico que agrade você,
foram mescladas. clique na guia Todos os Gráficos para ver todos os tipos de
gráfico disponíveis.
Criar um gráfico no Excel para Windows Quando você encontrar o tipo de gráfico desejado, cli-
Use o comando Gráficos Recomendados na guia Inse- que nele e clique emOK.
rir para criar rapidamente um gráfico ideal para seus dados. Use os botões Elementos do Gráfico, Estilos de Gráfi-
Selecione os dados que você deseja incluir no seu grá- co e Filtros de Gráficopróximos ao canto superior direito do
fico. gráfico para adicionar elementos de gráfico como  títulos
Clique em Inserir > Gráficos Recomendados. de eixo ou rótulos de dados, para personalizar a aparência
do seu gráfico ou alterar os dados exibidos no gráfico.

Na guia Gráficos Recomendados, percorra a lista de ti-


pos de gráficos recomendados pelo Excel para seus dados.
Clique em qualquer tipo de gráfico para ver como os
seus dados aparecem naquele formato.

DICAS : 
Use as opções nas guias Design e Formatar para perso-
nalizar a aparência do gráfico.

77
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se você não vir essas guias, adicione as  Ferramentas Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os
de gráfico  à faixa de opções clicando em qualquer lugar dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
no gráfico. Na guia Inserir, clique em  Tabela Dinâmica Recomen-
Criar uma Tabela Dinâmica no Excel para analisar dada.
dados da planilha
A capacidade de analisar todos os dados da planilha
pode ajudar você a tomar decisões de negócios melhores.
Porém, às vezes é difícil saber por onde começar, espe-
cialmente quando há muitos dados. O Excel pode ajudar,
recomendando e, em seguida, criando automaticamente
Tabelas Dinâmicas que são um excelente recurso para re-
SOMAir, analisar, explorar e apresentar dados. Por exem-
plo, veja uma lista simples de despesas:

O Excel cria uma Tabela Dinâmica em uma nova plani-


lha e exibe a Lista de Campos da Tabela Dinâmica.

Siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque
a caixa de seleção para o campo. Por
padrão, campos não numéricos são
Adicionar um campo adicionados à áreaLinha, as hierarquias
de data e hora são adicionadas à
área  Coluna  e os campos numéricos
são adicionados à área Valores.
Na área  NOME DO CAMPO,
Remover um campo desmarque a caixa de seleção para o
campo.
Arraste o campo de uma área
da  Lista de Campos da Tabela
Mover um campo
Dinâmica  para outra, por exemplo,
de Colunas para Linhas.
Atualizar a Tabela Na guia  Analisar Tabela Dinâmica,
Dinâmica clique em Atualizar.

Aqui estão os mesmos dados reSOMAidos em uma Ta- Criar uma Tabela Dinâmica manualmente
bela Dinâmica: Se você sabe como organizar seus dados, pode criar
uma Tabela Dinâmica manualmente.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Ta-
bela Dinâmica.
Clique em uma célula na lista ou tabela que contém os
dados que serão usados na Tabela Dinâmica.
Na guia Inserir, clique em Tabela Dinâmica.

Criar uma Tabela Dinâmica Recomendada


Se você tiver experiência limitada com Tabelas Dinâ-
micas ou não souber como começar, uma Tabela Dinâmica
Recomendada  é uma boa opção. Quando você usa este
recurso, o Excel determina um layout significativo, combi-
nando os dados com as áreas mais adequadas da Tabela
Dinâmica. Isso oferece um ponto inicial para experimentos
adicionais. Depois que uma Tabela Dinâmica básica é cria-
da, você pode explorar orientações diferentes e reorgani-
zar os campos para obter os resultados desejados.
Abra a pasta de trabalho onde você deseja criar a Ta-
bela Dinâmica.

78
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na planilha, os seus dados devem estar envolvidos por uma linha tracejada. Se não estiverem, clique e arraste para
selecionar os dados. Quando você fizer isso, a caixa Tabela/Intervalo será preenchida automaticamente com o intervalo de
células selecionado.
Em Escolher onde deseja que o relatório de tabela dinâmica seja colocado, escolha Nova planilha para colocar a Tabela
Dinâmica em uma nova guia de planilha. Se preferir, clique em Planilha existente e clique na planilha para especificar o local.
DICA : Para analisar várias tabelas em uma Tabela Dinâmica, marque a caixaAdicionar estes dados ao Modelo de Dados.
Clique em OK.
Na Lista de Campos da Tabela Dinâmica, siga um destes procedimentos:

Para Faça isto


Na área NOME DO CAMPO, marque a caixa de seleção para o campo. Por padrão,
Adicionar um campo campos não numéricos são adicionados à áreaLinha, as hierarquias de data e hora são
adicionadas à área Colunae os campos numéricos são adicionados à área Valores.
Remover um campo Na área NOME DO CAMPO, desmarque a caixa de seleção para o campo.
Arraste o campo de uma área da Lista de Campos da Tabela Dinâmica para outra, por
Mover um campo
exemplo, de Colunas para Linhas.
Clique na seta ao lado do campo em Valores > Definições do Campo de Valor e, na
caixa Definições do Campo de Valor, altere o cálculo.

Alterar o cálculo usado em um


campo de valor

Atualizar a Tabela Dinâmica Na guia Analisar Tabela Dinâmica, clique em Atualizar.

Proteger com senha uma pasta de trabalho


O Excel oferece várias maneiras de proteger uma pasta de trabalho. Você pode solicitar uma senha para abri-la, uma
senha para alterar dados e uma senha para alterar a estrutura do arquivo (adicionar, excluir ou ocultar planilhas). Você pode
também definir uma senha no modo de exibição Backstage para criptografar a pasta de trabalho.
Lembre-se, no entanto, de que esse tipo de proteção nem sempre criptografa os seus dados. Isso só é possível com a
senha criptografada criada no modo de exibição Backstage. Os usuários podem ainda usar ferramentas de terceiros para
ler dados não criptografados.
Vamos começar solicitando senhas para abrir um arquivo e alterar dados.
Clique em Arquivo > Salvar como.
Clique em um local, como Computador ou a página da Web Meu Site.
Clique em uma pasta, como Documentos ou uma das pastas no seu OneDrive, ou clique em Procurar.
Na caixa de diálogo Salvar como, vá até a pasta que você quer usar, abra a lista Ferramentas e clique em Opções Gerais.
Insira a sua senha e clique em OK. Insira a mesma senha para confirmar e clique novamente em OK.
OBSERVAÇÃO:  Para remover uma senha, siga as etapas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a senha em
branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo de senha usado no Excel.

79
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criptografar a pasta de trabalho com uma senha


No modo de exibição Backstage, você pode definir
uma senha para a pasta de trabalho que fornece cripto-
grafia.
Clique em Arquivo > Informações > Proteger Pasta de
Trabalho >Criptografar com Senha.
Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e
clique em OK.
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente
e clique em OK.
OBSERVAÇÃO :  Para remover uma senha, siga as eta-
Você pode digitar uma das duas senhas aqui, uma para pas acima e exclua a senha. Basicamente, basta deixar a
abrir o arquivo, outra para mudar o arquivo. senha em branco. Você pode fazer isso para qualquer tipo
de senha usado no Excel.
Por que minha senha desaparece quando salvo no for-
mato do Excel 97-2003?
Você deseja enviar a sua pasta de trabalho protegida
por senha para outras pessoas, mas eles ainda estão usan-
do o Excel 2003, que salva no formato de arquivo Excel 97-
2003 (*.xls). Você escolhe “Salvar como” usando o formato
97-2003, mas então você descobre que a senha definida
na pasta de trabalho desapareceu.
Isso acontece porque a sua versão do Excel usa um
novo esquema para salvar senhas, e o formato de arqui-
vo anterior não o reconhece. Como resultado, a senha é
descartada ao salvar seu arquivo para o formato do Excel
97-2003. Defina a senha no arquivo *.xls para proteger a
Consulte as anotações abaixo para mais informações.
pasta de trabalho novamente.
Para proteger a estrutura da sua pasta de trabalho, faça
isto:
Proteger uma planilha com ou sem uma senha no
Clique em Revisar > Proteger Pasta de Trabalho.
Excel
Clique em Estrutura.
Para ajudar a proteger seus dados de alterações não
Consulte as anotações abaixo para saber mais sobre
essa opção e a opçãoWindows. intencionais ou intencionais, proteja sua planilha, com ou
Digite uma senha na caixa Senha. sem senha. Ela impede que outras pessoas removam a
Clique em OK e redigite a senha para confirmá-la. proteção da planilha: a senha deve ser inserida para des-
OBSERVAÇÕES :  proteger a planilha.
Se você digitar a mesma senha para abrir e alterar a Por padrão, quando você protege uma planilha, o ex-
pasta de trabalho, os usuários somente precisarão digitar cel bloqueia todas as células nessa planilha. Antes de pro-
a senha uma vez. teger a planilha, desbloqueie quaisquer células que dese-
Se você solicitar somente uma senha para alterar a jar alterar antes de seguir essas etapas.
pasta de trabalho, os usuários podem abrir uma cópia so- Clique na guia Revisão e clique em Proteger Planilha.
mente leitura do arquivo, salvá-la com outro nome e alterar Verifique se a caixa de seleção Proteger a planilha e o
seus dados. conteúdo de células bloqueadas está marcada.
Selecionar a opção  Estrutura  previne outros usuários Para usar uma senha, digite-a na caixa Senha para des-
de visualizar planilhas ocultas, adicionar, mover, excluir ou proteger a planilha. 
ocultar planilhas e renomear planilhas. Outros usuários podem remover a proteção se você
Você pode ignorar a opção Windows. Ela está desabili- não usar uma senha.
tada nessa versão do Excel.
Sempre é possível saber quando a estrutura da pasta IMPORTANTE :  Anote sua senha e armazene-a em lo-
de trabalho está protegida. O botão Proteger Pasta de Tra- cal seguro. Nós sinceramente não podemos ajudar você a
balho acende. recuperar senhas perdidas.
Se você digitou uma senha na etapa 3, redigite-a para
confirmá-la.

80
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Em  Cores do Tema  ou  Cores Padrão, selecione a cor


desejada.

Marque ou desmarque as caixas de seleção em Permitir


que todos os usuários desta planilha possam e clique em OK.
OBSERVAÇÕES : 
Para remover a proteção da planilha, clique em  Revi-
são, clique emDesproteger Planilha e digite a senha, se ne-
cessário.
Se uma macro não pode executar na planilha protegi-
da, você verá uma mensagem e a macro será interrompida

Adicionar ou alterar a cor do plano de fundo das Para utilizar uma cor personalizada, clique em Mais Co-
células res, e em seguida, na caixa de diálogo Cores, selecione a
É possível realçar dados em células utilizando  Cor de cor desejada.
preenchimento para adicionar ou alterar a cor do plano de DICA : Para aplicar a cor selecionada mais recentemen-
fundo ou padrão das células. Veja como: te, clique em  Cor de Preenchimento  . Você também
Selecione as células que deseja realçar. encontrará até 10 cores personalizadas selecionadas mais
DICAS : Para utilizar uma cor de fundo diferente para recentemente em Cores recentes.
a planilha inteira, clique no botão Selecionar Tudo. Isso Aplicar um padrão ou efeitos de preenchimento.
irá ocultar as linhas de grade, mas é possível melhorar a Quando você deseja algo mais do que apenas um
legibilidade da planilha exibindo bordas ao redor de to- preenchimento de cor sólida, experimente aplicar um pa-
das as células. drão ou efeitos de preenchimento.
Selecione a célula ou intervalo de células que deseja
formatar.
Clique em Página Inicial > iniciador da caixa de diálo-
go Formatar Células ou pressione Ctrl + Shift + F.

Clique em  Página Inicial  > seta ao lado de  Cor de


Preenchimento  .

Na guia Preenchimento, em Cor de Fundo, selecione a


cor desejada.

81
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na guia  Folha, em  Imprimir, desmarque as caixas de


seleção Preto e branco e Qualidade de rascunho.
OBSERVAÇÃO :  Se você não visualizar cores em sua
planilha, talvez esteja trabalho no modo de alto contraste.
Se não visualizar cores ao visualizar antes de imprimir, tal-
vez nenhuma impressora colorida esteja selecionada.

Principais atalhos
CTRL+Menos (-)  — Exibe a caixa de diálogo Excluir
para excluir as células selecionadas.
CTRL+; — Insere a data atual.
CTRL+` — Alterna entre a exibição dos valores da célu-
la e a exibição de fórmulas na planilha.
Para utilizar um padrão com duas cores, selecione uma CTRL+’ — Copia uma fórmula da célula que está acima
cor na caixa  Cor do Padrão  e, em seguida, selecione um da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
padrão na caixa Estilo do Padrão. CTRL+1 — Exibe a caixa de diálogo Formatar Células.
Para utilizar um padrão com efeitos especiais, clique CTRL+2 — Aplica ou remove formatação em negrito.
em Efeitos de Preenchimento, e, em seguida, selecione as CTRL+3 — Aplica ou remove formatação em itálico.
opções desejadas. CTRL+4 — Aplica ou remove sublinhado.
DICA : Na caixa Amostra, é possível visualizar o plano CTRL+5 — Aplica ou remove tachado.
de fundo, o padrão e os efeitos de preenchimento selecio- CTRL+6 — Alterna entre ocultar objetos, exibir objetos
nados. e exibir espaços reservados para objetos.
Remover cores de célula, padrões, ou efeitos de preen- CTRL+8  —  Exibe ou oculta os símbolos de estrutura
chimento de tópicos.
Para remover quaisquer cores de fundo, padrões ou CTRL+9 — Oculta as linhas selecionadas.
efeitos de preenchimento das células, basta selecioná-las. CTRL+0 — Oculta as colunas selecionadas.
Clique em Página Inicial > seta ao lado de Cor de Preenchi- CTRL+A  — Seleciona a planilha inteira. Se a planilha
mento, e então selecione Sem Preenchimento. contiver dados, este comando seleciona a região atual.
Pressionar CTRL+A novamente seleciona a região atual e
suas linhas de reSOMAo. Pressionar CTRL+A novamente
seleciona a planilha inteira.
CTRL+SHIFT+A — Insere os nomes e os parênteses do
argumento quando o ponto de inserção está à direita de
um nome de função em uma fórmula.
CTRL+N — Aplica ou remove formatação em negrito.
CTRL+C — Copia as células selecionadas.
CTRL+C (seguido por outro CTRL+C)  — exibe a Área
Imprimir cores de célula, padrões ou efeitos de preen- de Transferência.
chimento em cores CTRL+D — Usa o comando Preencher Abaixo para co-
Se as opções de impressão estiverem definidas piar o conteúdo e o formato da célula mais acima de um
como  Preto e branco  ouQualidade de rascunho  — seja intervalo selecionado nas células abaixo.
propositalmente ou porque a pasta de trabalho contém CTRL+F — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
planilhas e gráficos grandes ou complexos que resultaram tuir com a guia Localizar selecionada.
na ativação automática do modo de rascunho — não será SHIFT+F5 — Também exibe essa guia, enquanto SHIF-
possível imprimir as células em cores. Veja aqui como re- T+F4 repete a última ação de Localizar.
solver isso: CTRL+SHIFT+F  — Abre a caixa de diálogo Formatar
Clique em Layout da Página > iniciador da caixa de diá- Células com a guia Fonte selecionada.
logo Configurar Página. CTRL+G  —  Exibe a caixa de diálogo Ir para. (F5 tam-
bém exibe essa caixa de diálogo.)
CTRL+H — Exibe a caixa de diálogo Localizar e Substi-
tuir com a guia Substituir selecionada.

82
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

CTRL+I — Aplica ou remove formatação em itálico. casas decimais, separador de milhar e sinal de menos (-)
CTRL+K  —  Exibe a caixa de diálogo Inserir Hiperlink para valores negativos.
para novos hiperlinks ou a caixa de diálogo Editar Hiperlink CTRL+SHIFT+*  — Seleciona a região atual em torno
para os hiperlinks existentes que estão selecionados. da célula ativa (a área de dados circunscrita por linhas e
CTRL+N — Cria uma nova pasta de trabalho em branco colunas vazias).
CTRL+O — Exibe a caixa de diálogo Abrir para abrir ou CTRL+SHIFT+: — Insere a hora atual.
localizar um arquivo. CTRL+SHIFT+” –Copia o valor da célula que está acima
CTRL+SHIFT+O — Seleciona todas as células que con- da célula ativa para a célula ou a barra de fórmulas.
têm comentários. CTRL+SHIFT+Mais (+) — Exibe a caixa de diálogo Inse-
CTRL+P — Exibe a caixa de diálogo Imprimir. rir para inserir células em branco.
CTRL+SHIFT+P  — Abre a caixa de diálogo Formatar
Células com a guia Fonte selecionada.
CTRL+R  —  Usa o comando Preencher à Direita para
copiar o conteúdo e o formato da célula mais à esquerda
de um intervalo selecionado nas células à direita.
CTRL+B — Salva o arquivo ativo com seu nome de ar-
quivo, local e formato atual.
CTRL+T — Exibe a caixa de diálogo Criar Tabela.
CTRL+S — Aplica ou remove sublinhado.
CTRL+SHIFT+S — Alterna entre a expansão e a redu-
ção da barra de fórmulas.
CTRL+V — Insere o conteúdo da Área de Transferência
no ponto de inserção e substitui qualquer seleção. Dispo-
nível somente depois de ter recortado ou copiado um ob-
jeto, texto ou conteúdo de célula.
CTRL+ALT+V — Exibe a caixa de diálogo Colar Especial,
disponível somente depois que você recortar ou copiar um
objeto, textos ou conteúdo de célula em uma planilha ou
em outro programa.
CTRL+W — Fecha a janela da pasta de trabalho sele-
cionada.
CTRL+X — Recorta as células selecionadas.
CTRL+Y — Repete o último comando ou ação, se pos-
sível.
CTRL+Z  — Usa o comando Desfazer para reverter o
último comando ou excluir a última entrada digitada.
CTRL+SHIFT+Z — Usa o comando Desfazer ou Refazer
para reverter ou restaurar a correção automática quando
Marcas Inteligentes de AutoCorreção são exibidas.
CTRL+SHIFT+(  — Exibe novamente as linhas ocultas
dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+) — Exibe novamente as colunas ocultas
dentro da seleção.
CTRL+SHIFT+&  —  Aplica o contorno às células sele-
cionadas.
CTRL+SHIFT+_ — Remove o contorno das células se-
lecionadas.
CTRL+SHIFT+~ — Aplica o formato de número Geral.
CTRL+SHIFT+$ — Aplica o formato Moeda com duas
casas decimais (números negativos entre parênteses)
CTRL+SHIFT+% — Aplica o formato Porcentagem sem
casas decimais.
CTRL+SHIFT+^ — Aplica o formato de número Expo-
nencial com duas casas decimais.
CTRL+SHIFT+# — Aplica o formato Data com dia, mês
e ano.
CTRL+SHIFT+@ — Aplica o formato Hora com a hora
e os minutos, AM ou PM.
CTRL+SHIFT+! — Aplica o formato Número com duas

83
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Fórmulas básicas
As primeiras fórmulas aprendidas na escola são as de adição, subtração, multiplicação e divisão. No Excel não é dife-
rente.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Para aplicar a fórmula de =SOMA(A1;A2).
soma você precisa, apenas, Dica: Sempre separe a
selecionar as células que indicação das células
estarão envolvidas na adição, com ponto e vírgula (;).
Adição =SOMA(célulaX;célula Y)
incluindo a sequência no Dessa forma, mesmo
campo superior do programa as que estiverem em
junto com o símbolo de igual localizações distantes serão
(=) consideradas na adição
Segue a mesma lógica da
adição, mas dessa vez você
usa o sinal correspondente
Subtração =(célulaX-célulaY) a conta que será feita (-) no =(A1-A2)
lugar do ponto e vírgula (;),
e retira a palavra “soma” da
função
Use o asterisco (*) para indicar
Multiplicação = (célulaX*célulaY) = (A1*A2)
o símbolo de multiplicação
A divisão se dá com a barra
Divisão =(célulaX/célulaY) de divisão (/) entre as células =(A1/A2)
e sem palavra antes da função

Fórmulas bastante requisitadas


Outros algoritmos que são bastante importantes nas planilhas são aqueles que mostram valores de média, máxima e
mínimo. Mas para usar essas funções, você precisa estabelecer um grupo de células.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Você deve usar a palavra “media”
antes das células indicadas, que
Média =MEDIA(célula X:célulaY) são sempre separadas por dois =MEDIA(A1:A10)
pontos (:) e representam o grupo
total que você precisa calcular
Segue a mesma lógica, mas usa a
Máxima =MAX(célula X:célulaY) =MAX(A1:A10)
palavra “max”
Mínima =MIN(célula X:célulaY) Dessa vez, use a expressão “min” =MIN(A1:A10)

Função Se
Essa função trata das condições de valores solicitados. Para que entenda, se você trabalhar em uma loja que precisa
saber se os produtos ainda estão no estoque ou precisam de mais unidades, essa é uma excelente ferramenta. Veja por que:

Cálculo Fórmula Exemplo


=se(B1<=0 ; “a ser enviado” ; “no estoque”)
Essa linguagem diz ao Excel que se o conteúdo da célula B1
=se(célulaX<=0 ; “O que precisa saber
Função Se é menor ou igual a zero ele deve exibir a mensagem “a ser
1” ; “o que precisa saber 2”)
enviado” na célula que contem a fórmula. Caso o conteúdo
seja maior que zero, a mensagem que aparecerá é “no estoque”

*Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/informatica/artigos/71948/23-formulas-e-atalhos-que-vao-facilitar-sua-
vida-no-excel#ixzz48neY9XBW

84
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MS POWERPOINT2 Escolha uma variação de cor e clique em Criar.

As apresentações do PowerPoint funcionam como


apresentações de slide. Para transmitir uma mensagem ou
uma história, você a divide em slides. Considere cada slide
com uma tela em branco para as imagens, palavras e for-
mas que ajudarão a criar sua história.
Escolha um tema
Ao abrir o PowerPoint, você verá alguns modelos e te-
mas internos. Um tema é um design de slide que contém
correspondências de cores, fontes e efeitos especiais como
sombras, reflexos, dentre outros recursos.
Escolher um tema.
Clique em Criar ou selecione uma variação de cor e
clique em Criar.

Alterar o tema ou variação da sua apresentação


Se você mudar de ideia, poderá sempre alterar o tema
ou variação na guia Design.
Na guia Design, escolha um tema com as cores, as fon-
tes e os efeitos desejados.
DICA : Para visualizar a aparência que o slide terá com
um tema aplicado, coloque o ponteiro do mouse sobre a
miniatura de cada tema.
Para aplicar uma variação de cor diferente a um tema
Adicionar cor e design aos meus slides com temas específico, no grupo Variantes, selecione uma variante.
Você não é um designer profissional, mas você quiser O grupo de variantes aparece à direita do grupo temas e
sua apresentação pareça que você está. “Temas” tudo o as opções variam dependendo do tema que você selecionou.
que fazer para você — você apenas escolha um e crie!
Quando você abre o PowerPoint, vê os designs de slide
coloridos internos (ou ‘temas’) que pode aplicar às apre-
sentações.
Escolher um tema quando você abre o PowerPoint
Escolha um tema.

OBSERVAÇÃO :  Se você não vir quaisquer variantes,


pode ser porque você está usando um tema personalizado,
um tema mais antigo projetado para versões anteriores do
PowerPoint, ou porque você importou alguns slides de outra
apresentação com um tema personalizado ou mais antigo.
Criar e salvar um tema personalizado
Você pode criar um tema personalizado modificando
um tema existente ou começar do zero com uma apresen-
tação em branco.
Clique primeiro slide e, em seguida, na guia Design, cli-
que na seta para baixo no grupo variantes.
DICA :  Esses temas internos são ótimos para wides- Clique em cores, fontes, efeitos ou Estilos de plano de
creen (16:9) e apresentações de tela padrão (4:3). fundo e escolha uma das opções internas ou personalizar
o seu próprio.
Quando terminar de personalizar estilos, clique na seta
para baixo no grupo temas e clique em Salvar tema atual.
Dê um nome para seu tema e clique em Salvar. Por
padrão, ele é salvar com seus outros temas do PowerPoint
e estará disponível no grupo temas em um cabeçalho per-
2 Fonte: https://support.office.com/pt-br/powerpoint sonalizado

85
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Adicionar um novo slide Reorganizar a ordem dos slides


Na guia Exibir, clique em Normal. No painel à esquerda, clique na miniatura do slide que
deseja mover e então arraste-o para o novo local.

No painel de miniaturas de slides à esquerda, clique no


slide depois do qual deseja adicionar o novo slide.
Na guia Início, clique em Novo Slide.

DICA : Para selecionar vários slides, pressione e mante-


nha pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide
que deseja mover e arraste-os como um grupo para o novo
local.

Na galeria de layouts, clique no layout desejado para o


seu novo slide. Cada opção na galeria é um layout de slide
diferente que pode conter espaços reservados para texto,
vídeos, fotos, gráficos, formas, clip-art, uma tela de fundo e
formatação de temas, como cores, fontes e efeitos. 
Seu novo slide é inserido, e você pode clicar dentro de
um espaço reservado para começar a adicionar conteúdo.

86
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Excluir um slide Salvar a sua apresentação


No painel à esquerda, clique com o botão direito do Na guia Arquivo, escolha Salvar.
mouse na miniatura de slide que você deseja excluir (man- Selecionar ou navegar até uma pasta.
tenha pressionada a tecla CTRL para selecionar vários sli- Na caixa  Nome do arquivo, digite um nome para a
des) e então clique em Excluir Slide. apresentação e escolha Salvar.
OBSERVAÇÃO : Se você salvar arquivos com frequência
em uma determinada pasta, você pode ‘fixar’ o caminho
para que ele fique sempre disponível (conforme mostrado
abaixo).

DICA :  Salve o trabalho à medida que o fizer. Pressio-


ne CTRL + S com frequência.

Adicionar texto
Selecione um espaço reservado para texto e comece
a digitar.

87
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Formatar seu texto


Selecione o texto.
Em Ferramentas de desenho, escolha Formatar.

Siga um destes procedimentos:


Para alterar a cor de seu texto, escolha Preenchimento de Texto e escolha uma cor.
Para alterar a cor do contorno de seu texto, escolha Contorno do Texto e, em seguida, escolha uma cor.
Para aplicar uma sombra, reflexo, brilho, bisel, rotação 3D, uma transformação, escolha Efeitos de Texto e, em seguida,
escolha o efeito desejado.

Adicionar imagens
Na guia Inserir, siga um destes procedimentos:
Para inserir uma imagem que está salva em sua unidade local ou em um servidor interno, escolha Imagens, procure a
imagem e escolha Inserir.
Para inserir uma imagem da Web, escolha Imagens Online e use a caixa de pesquisa para localizar uma imagem.

Escolha uma imagem e clique em Inserir.


Adicionar anotações do orador
Os slides ficam melhores quando você não insere informações em excesso. Você pode colocar fatos úteis e anotações
nas anotações do orador e consultá-los durante a apresentação.
Para abrir o painel de anotações, na parte inferior da janela, clique em Anotações  .
Clique no painel de Anotações abaixo do slide e comece a digitar suas anotações.

88
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Fazer sua apresentação


Na guia Apresentação de Slides, siga um destes procedimentos:
Para iniciar a apresentação no primeiro slide, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo.

Se você não estiver no primeiro slide e desejar começar do ponto onde está, clique em Do Slide Atual.
Se você precisar fazer uma apresentação para pessoas que não estão no local onde você está, clique em Apresentar
Online para configurar uma apresentação pela Web e escolher uma das seguintes opções:
Apresentar-se online usando o Office Presentation Service
Iniciar uma apresentação online no PowerPoint usando o Skype for Business

Sair da exibição Apresentação de Slides


Para sair da exibição de Apresentação de Slides a qualquer momento, pressione a tecla Esc do teclado.

O que é um layout de slide?


Cada layout de slide contém espaços reservados para texto, vídeos, fotos, gráficos, formas, clip-art, um plano de fundo
e muito mais, contendo também a formatação, como cores de tema, fontes e efeitos para esses objetos.
Cada tema (paleta de cores, fontes e efeitos especiais) que você usa em sua apresentação inclui um slide mestre e um
conjunto de layouts relacionados. Se usar mais de um tema na apresentação, você terá mais de um slide mestre e vários
conjuntos de layouts.
Você alterar os layouts de slide que são criados para o PowerPoint no modo de exibição de Slide mestre. A imagem
abaixo mostra o slide mestre e dois dos dez layouts do tema base no modo de exibição de Slide mestre.

89
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Em seguida, ao incluir conteúdo nos slides, você pode escolher os layouts de slide mais adequados ao conteúdo, como
mostrado aqui no Modo de Exibição Normal.

O diagrama a seguir mostra as várias partes de um layout que você pode incluir em um slide do PowerPoint.

O que é um slide mestre?


Slides mestres foram projetados para ajudá-lo a criar apresentações com ótima aparência em menos tempo, sem muito
esforço. Quando desejar que todos os slides para conter as mesmas fontes e imagens (como logotipos), você poderá fazer
essas alterações no Slide mestre e elas vai ser aplicadas a todos os slides.

90
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para acessar o modo de exibição de Slide mestre, na guia Exibição, localizamos o bloco Modos de Exibição Mestre.

Os layouts de slide relacionados aparecem logo abaixo do slide mestre.

Quando você edita o slide mestre, todos os slides que seguem aquele mestre conterá essas alterações. No entanto, a
maioria das alterações feitas serão provavelmente ser os layouts de slide relacionada ao mestre.
Quando fizer alterações em layouts e o slide mestre no modo de exibição de Slide mestre, outras pessoas que traba-
lham na sua apresentação (no modo de exibição Normal) não podem excluir acidentalmente ou editar que você já fez.
Dica final: é recomendável editar o slide mestre e os layouts antes de começar a criar os slides individuais. Dessa ma-
neira, todos os slides adicionados à sua apresentação se basearão em suas edições personalizadas. Se você editar o slide
mestre ou os layouts após criar cada slide, precisará aplicar novamente os layouts alterados aos slides da apresentação no
modo de exibição Normal. Caso contrário, as alterações não aparecerão nos slides.

Temas
Um tema é uma paleta de cores, fontes e efeitos especiais (como sombras, reflexos, efeitos 3D e muito mais) que com-
plementar uns com os outros. Um designer competente criado cada tema no PowerPoint. Podemos disponibilizar esses
temas predefinidos na guia Design na exibição Normal.
Todos os temas usados em sua apresentação incluem um slide mestre e um conjunto de layouts relacionados. Se você
usar mais de um tema na apresentação, terá mais de um slide mestre e vários conjuntos de layouts.

91
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Layouts de Slide Cada layout de slide é configurada de forma diferente


— com tipos diferentes de espaços reservados em locais
Altere e gerenciar layouts de slide no modo de exibição diferentes em cada layout.
de Slide mestre. Para acessar o modo de exibição de Slide Cada slide mestre tem um layout de slide relacionados
mestre, na guia Exibir, selecione Mestre de lado. Os layouts chamado Layout de Slide de título, e cada tema organiza
estão localizados embaixo do slide mestre no painel de mi- o texto e outros espaços reservados de objeto para que o
niatura no lado esquerdo da tela. layout diferente, com efeitos, fontes e cores diferentes. A
imagem abaixo mostra primeiro, a versão do tema base do
layout chamado Layout do Slide de título. E para compa-
rá-lo, o layout de slide abaixo dele é o Layout de Slide de
título do tema Integral.

Cada tema tem um número diferente de layouts. Você


provavelmente não usar todos os layouts fornecidos com
um tema específico, mas escolher os layouts que melhor
correspondem conteúdo do slide.
No modo de exibição Normal, você aplicará os layouts
aos slides (mostrado abaixo).

Você pode alterar nada sobre um layout para atender às


suas necessidades. Quando você altera um layout e vá para
Normal visualização, todos os slides que você adiciona de-
pois que será baseado neste layout e refletirão a aparência
alterada de layout. No entanto, se houver slides existentes
na sua apresentação que se baseiam a versão antiga do la-
yout, você precisará reaplicar o layout para esses slides.

92
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aplicar ou alterar um layout de slide


Todos os temas no PowerPoint incluem um slide mes-
tre e um conjunto de layouts de slide. O layout de slide que
você escolher dependerá da cor, tipos de letra e como você
quer que o texto e outro conteúdo sejam organizados nos
slides. Se os layouts predefinidos não funcionarem, você
poderá alterá-los.
Aplicar um layout de slide no Modo de Exibição Normal
Escolha um layout predefinido que coincida com o ar-
ranjo do texto e outros espaços reservados de objeto que
você planeja incluir no slide.
Na guia Exibição, clique em Normal.
No Modo de Exibição Normal, no painel de miniaturas
à esquerda, clique no slide ao qual você deseja aplicar um
layout.
Na guia Página Inicial, clique em Layout e selecione o
layout desejado.

Na guia Slide Mestre, para alterar o layout, execute um


ou mais dos seguintes procedimentos:
Para adicionar um espaço reservado, clique em Inserir
Espaço Reservado e, em seguida, escolha um tipo de espa-
ço reservado na lista.
Para reorganizar um espaço reservado, clique na bor-
da do espaço reservado até ver uma seta de quatro pontas
e arraste o espaço reservado para o novo local no slide.
Para excluir um espaço reservado, selecione-o e, em
Alterar um layout de slide no Modo de Exibição de seguida, pressione Delete no teclado.
Slide Mestre Para adicionar um novo layout, clique em  Inserir La-
Se você não encontrar um layout de slide que funcio- yout.
ne com o texto e outros objetos que você planeja incluir Para renomear um layout, no painel de miniaturas à
nos slides, altere um layout no Modo de Exibição de Slide esquerda, clique com o botão direito do mouse layout que
Mestre. você deseja renomear, clique em Renomear Layout, digite
Na guia Exibição, clique em Normal. o novo nome do layout e clique em Renomear.
No Modo de Exibição de Slide Mestre, no painel de IMPORTANTE: Se você alterar um layout que você usou
miniaturas à esquerda, clique em um layout de slide que em sua apresentação, ir para o modo de exibição Normal
você deseja alterar. e reaplicar o novo layout para esses slides se desejar ob-
ter suas alterações. Por exemplo, se você alterar o layout
de slide de demonstração, os slides da sua apresentação
usando o layout de demonstração mantêm a aparência
original, se você não aplicar o layout revisado para cada
uma delas.

93
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Alterar a orientação dos slides Na guia Exibir, clique em Slide Mestre.


Você pode alterar a orientação de todos os slides pa- No painel de miniaturas esquerdo, clique no layout de
drão, widescreen ou um tamanho personalizado, e você slide ao qual você deseja adicionar um ou mais espaços
pode especificar a orientação retrato ou paisagem de slides reservados.
e anotações. A seguir é mostrado o layout de slide Título e Conteú-
Na guia Design, clique em Tamanho do Slide e selecio- do, que contém um espaço reservado para o título e outro
ne uma opção. para qualquer tipo de conteúdo:

Na guia Slide Mestre, clique em Inserir Espaço Reserva-


Alterar a orientação, clique em Tamanho do Slide per- do e, em seguida, clique no tipo de espaço reservado que
sonalizado e, em seguida, selecione na orientação desejada você deseja adicionar.
em orientação.

Para criar um tamanho de slide personalizado, clique


em Tamanho do Slide personalizado e selecione tela, lar-
gura e altura opções no lado esquerdo da caixa de diálo-
go Tamanho do Slide.

Adicione espaços reservados para slide layouts para


conter texto, imagens, vídeos, etc.
Espaços reservados são caixas com bordas pontilhadas
que armazenam conteúdo em seu lugar em um layout de
slide. Você pode adicionar um espaço reservado para um
layout de slide para conter conteúdo, como texto, imagens,
tabelas, gráficos, SmartArt gráficos, clip-art, vídeos e muito
mais. Clique em um local no layout de slide e arraste para
IMPORTANTE :  Só podem ser adicionados a espaços desenhar o espaço reservado. Você pode adicionar quan-
reservados em layouts, slides não individuais em uma apre- tos espaços reservados como desejar.
sentação de slides. Quando terminar, na guia Slide mestre, clique em Fe-
char modo de exibição mestre.

94
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Siga um destes procedimentos: OUTLOOK 2013


Para reaplicar o layout alterado recentemente a um
slide existente, na lista de miniaturas de slide, selecione o O Microsoft Outlook é um software de automação de
slide e, em seguida, na guia página inicial, clique em La- escritório e cliente de correio electrónico que faz parte do
yout e, em seguida, selecione o layout revisado. pack Microsoft Office. Mas não é apenas um gerenciador
Para adicionar um novo slide que contém o layout (com de e-mails, o Outlook possui funcionalidades de grupos
os recém-adicionado espaços reservados), na guia página de discussão com base em padrões avançados de inter-
inicial, clique em Novo Slide e, em seguida, selecione o la- net, além de possuir calendário integral e gerenciamento
yout revisado do slide. de tarefas e de contatos. Além disso, possui capacidades
Você pode alterar um espaço reservado para redimen- de colaboração em tempo de execução e em tempo de
sioná-lo, reposicione, ou alterando a fonte, o tamanho, o criação robustos e integrados.
caso, a cor ou o espaçamento do texto dentro dele. Você
também pode excluir um espaço reservado de um layout Configurando uma conta3
de slide ou um slide individual selecionando-a e pressio- Em muitos casos, o Outlook pode configurar a sua
nando Delete. conta para você apenas com um endereço de email e uma
senha. Ao iniciar o Outlook pela primeira vez, o Assistente
Atalhos usados com frequência Automático de Conta é iniciado.
A tabela a seguir relaciona os atalhos mais usados no
PowerPoint. Para configurar uma conta automaticamente
Abra o Outlook e, quando o Assistente Automático de
Para Pressione Conta for aberto, escolha Avançar.
Observação : Se o Assistente não abrir ou se você qui-
Aplicar negrito ao texto ser adicionar uma outra conta de email, na barra de ferra-
Ctrl+B
selecionado. mentas, escolha a guia Arquivo.
Altere o tamanho
da fonte do texto ALT + C, F e, em seguida, S
selecionado.
Altere o zoom do slide. ALT + W, P
Recorte o texto
selecionado, objeto ou Ctrl+X
slide.
Copie o texto
selecionado, objeto ou Ctrl+C
slide.
Colar recortado ou
copiado texto, objetos Ctrl+V
ou slide.
Na página Contas de Email, escolha Avançar > Adicio-
Desfazer a última ação. Ctrl+Z nar Conta.
Salve a apresentação. Ctrl+B
Inserir uma imagem. ALT + N, P
Inserir uma forma. ALT + H, S e H
Selecione um tema. ALT + G, H
Selecione um layout de
ALT + H, L
slide.
Ir para o próximo slide. Page Down
Vá para o slide anterior. Page Up
Vá para a guia página
Alt+C
inicial.
Mover para a guia
ALT+T
Inserir.
Inicie a apresentação
ALT + S, B
de slides.
Encerre a apresentação Painel com scorecard e
de slides. mapa estratégico; perguntas
Feche o PowerPoint. ALT + F, X
3 Fonte: Ajuda do MSOutlook

95
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na página Configuração Automática de Conta, insira o Excluir uma conta de email


seu nome, endereço de email e senha e escolha Avançar. Para excluir uma conta de email
Observação : Se você receber uma mensagem de erro No painel direito da guia Arquivo, selecione Configura-
após escolher Avançar, verifique novamente seu endere- ções de Conta > Configurações de Conta.
ço de email e senha. Se ambos estiverem corretos, escolha
Configuração manual ou tipos de servidor adicionais..
Escolha Concluir.

A configuração automática não funcionou


Se a instalação não tiver sido concluída, o Outlook
pode solicitar que você tente novamente usando uma co-
nexão não criptografada com o servidor de email. Se isso
não funcionar, escolha Configuração manual ou tipos de
servidor adicionais.
Observações: Se estiver usando o Outlook 2016, você
não poderá usar o tipo de configuração manual para as
contas do Exchange. Contate o seu administrador se hou-
ver falha na configuração automática de conta. Ele infor-
mará a você o nome do Exchange Server para seu email e
o ajudará a configurar o Outlook.
Se você atualizar para o Outlook 2016 a partir de uma
versão anterior e receber mensagens de erro informando
que não é possível fazer logon ou iniciar o Outlook, é por-
que o serviço Descoberta Automática do Exchange não foi
configurado ou não está funcionando corretamente.
Para configurar uma conta manualmente
Escolha Configuração manual ou tipos de servidor adi-
cionais > Avançar.
Na lista de contas de email, selecione a conta que de-
seja excluir e escolha Remover.

Selecione o tipo de conta desejado e escolha Avançar.


Preencha as seguintes informações:
Seu Nome, Endereço de Email, Tipo de Conta, Servidor
de Entrada de Emails, Servidor de Saída de Emails, Nome
de Usuário e Senha. Obs.: Microsoft Exchange Server é uma aplicação ser-
Escolha Testar Configurações da Conta para verificar as vidora de e-mails de propriedade da Microsoft Corp e que
informações inseridas. pode ser instalado somente em plataformas da família
Observação : Se o teste falhar, escolha Mais Configu- Windows Server.
rações. O administrador poderá solicitar que você faça ou-
tras alterações, incluindo inserir portas específicas para o
servidor de entrada (POP3 ou IMAP) ou o servidor de saída
(SMTP).
Escolha Avançar > Concluir.

96
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criar uma mensagem de email Pesquisar email


Clique em Novo Email, ou pressione Ctrl + N. Da  Caixa de Entrada, ou de qualquer outra pasta de
email, localize a caixa Pesquisar na parte superior de suas
mensagens.
Para encontrar uma palavra que você sabe que está
em uma mensagem ou uma mensagem de uma pessoa em
particular, digite a palavra ou o nome da pessoa na cai-
xa  Pesquisar. Mensagens que contenham a palavra ou o
nome que você especificou serão exibidas com o texto de
pesquisa destacado nos resultados.

Se várias contas de email configuradas no Microsoft Restrinja os resultados de pesquisa


Outlook, o botão de aparece e a conta que enviará a men- No grupo  Escopo  na faixa de opções, escolha onde
sagem é mostrada. Para alterar a conta, clique em de. você deseja pesquisar: Todas as Caixas de Correio, Caixa de
Na caixa Assunto, digite o assunto da mensagem. Correio Atual, Pasta Atual, Subpasta ou Todos os Itens do
Insira os endereços de email dos destinatários ou os Outlook.
nomes na caixa Para, Cc ou Cco. Separe vários destinatários No grupo Refinar na faixa de opções, escolha se você
com um ponto e vírgula. está procurando pela pessoa que enviou a mensagem ou
Para selecionar os nomes dos destinatários em uma lis- pelo assunto.
ta no Catálogo de Endereços, clique em Para, Cc ou Cco e Você pode filtrar ainda mais os resultados da pesquisa
clique nos nomes desejados. ao selecionar:
Não vejo a caixa Cco. Como posso ativá-lo? Com Anexos – para localizar somente emails com ane-
Para exibir a caixa Cco para esta e todas as mensagens xos
futuras, clique em Opções e, no grupo Mostrar Campos, Categorizado – para localizar emails que tenham sido
clique em Cco. atribuídos a uma categoria específica
Clique em Anexar arquivo para adicionar um anexo. Esta Semana – para pesquisar quando o email foi re-
Ou clique em Anexar Item para anexar itens do Outlook, cebido. Há vários períodos de tempo para escolher (Hoje,
como mensagens de email, tarefas, contatos ou itens de Ontem, Mês Passado, etc.)
calendário. Enviado para  – para localizar emails enviados a você,
não enviados diretamente a você ou enviados por outro
destinatário
Sinalizado – para localizar emails sinalizados por você
apenas
Importante – para localizar somente emails rotulados
como importantes

Dica :  Se você não gostar a fonte ou o estilo do seu


email, você pode alterar sua aparência. Também é uma boa
ideia Verificar a ortografia em sua mensagem antes de en-
viar.
Após terminar de redigir sua mensagem, clique em En-
viar.
Observação : Se você não consegue encontrar o botão
Enviar, talvez você precise configurar uma conta de email.

97
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Acesso à Internet
CONCEITOS RELACIONADOS À INTERNET; O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço
CORREIO ELETRÔNICO. de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In-
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de
sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam
à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela
relacionados, e em função do serviço classificam-se em:
INTERNET • Provedores de Backbone: São instituições que cons-
troem e administram backbones de longo alcance, ou seja,
“Imagine que fosse descoberto um continente tão estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer
vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine acesso à Internet para redes locais;
um mundo novo, com tantos recursos que a ganância • Provedores de Acesso: São instituições que se conec-
do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas opor- tam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponi-
tunidades que os empreendedores seriam poucos para bilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações;
aproveitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que • Provedores de Informação: São instituições que dis-
ponibilizam informação através da Internet.
se expandiria com o desenvolvimento.”
John P. Barlow
Endereço Eletrônico ou URL
Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nu-
conhecer o seu endereço.
clear ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Este endereço, que é único, também é considerado sua URL
Pentágono. (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recursos Universal.
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da dé- Boa parte dos endereços apresenta-se assim: www.xxxx.com.br
cada de 60, ficou em poder exclusivo do governo conec-
tando bases militares, em quatro localidades. Onde:
Nos anos 70, seu uso foi liberado para institui- www = protocolo da World Wide Web
ções norte-americanas de pesquisa que desejassem xxx = domínio
aprimorar a tecnologia, logo vinte e três computadores com = comercial
foram conectados, porém o padrão de conversação en- br = brasil
tre as máquinas se tornou impróprio pela quantidade de
equipamentos. WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
Era necessário criar um modelo padrão e universal É um serviço disponível na Internet que possui um con-
para que as máquinas continuassem trocando dados, junto de documentos espalhados por toda rede e disponi-
surgiu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria bilizados a qualquer um.
portanto que mais outras máquinas fossem inseridas Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti-
àquela rede. liza uma linguagem especial, chamada HTML.
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio ele-
trônico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre Domínio
as máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, Designa o dono do endereço eletrônico em ques-
assim no ano seguinte a rede se torna internacional. tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:
do Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando .com = Instituição comercial ou provedor de serviço
aquilo que conhecemos hoje como internet, auxiliando .edu = Instituição acadêmica
portanto o processo de pesquisa em tecnologia e outras .gov = Instituição governamental
.mil = Instituição militar norte-americana
áreas a nível mundial, além de alimentar as forças arma-
.net = Provedor de serviços em redes
das brasileiras de informação de todos os tipos, até que
.org = Organização sem fins lucrativos
em 1990 caísse no domínio público.
Com esta popularidade e o surgimento de softwares HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de
de navegação de interface amigável, no fim da década de Trasferência em Hipertexto
90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de É um protocolo ou língua específica da internet, res-
informática começaram a utilizar a rede internacional. ponsável pela comunicação entre computadores.
Um hipertexto é um texto em formato digital, e
pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe-
ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa
Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na
forma de blocos de textos, imagens ou sons.
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o
mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou
outro documento.

98
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Home Page Na verdade, nenhum dado é transferido diretamen-


Sendo assim, home page designa a página inicial, te da camada n em uma máquina para a camada n em
principal do site ou web page. outra máquina. Em vez disso, cada camada passa dados
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou e informações de controle para a camada imediatamen-
Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas te abaixo, até que o nível mais baixo seja alcançado. Abai-
distintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut xo do nível 1 está o meio físico de comunicação, através
é um Profile, ou seja um hipertexto que possui informa- do qual a comunicação ocorre. Na Figura abaixo, a comu-
ções de um usuário dentro de uma comunidade virtual. nicação virtual é mostrada através de linhas pontilhadas e
a comunicação física através de linhas sólidas.
HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de
Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a
web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML
devem ter aparência semelhante nas diversas platafor-
mas de trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de
“customizar” diversos elementos do documento, como o
tamanho padrão da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter
um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo
na transmissão através da Internet, evitando longos
períodos de espera e congestionamento na rede).

Browser ou Navegador
É o programa específico para visualizar as páginas da
web. Entre cada par de camadas adjacentes há uma inter-
O Browser lê e interpreta os documentos escritos em face. A interface define quais operações primitivas e servi-
HTML, apresentando as páginas formatadas para os ços a camada inferior oferece à camada superior. Quando
usuários. os projetistas decidem quantas camadas incluir em uma
rede e o que cada camada deve fazer, uma das conside-
ARQUITETURAS DE REDES rações mais importantes é definir interfaces limpas entre
As modernas redes de computadores são projetadas as camadas. Isso requer, por sua vez, que cada camada
de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes desempenhe um conjunto específico de funções bem
examinaremos com algum detalhe a técnica de estrutu- compreendidas. Além de minimizar a quantidade de in-
ração. formações que deve ser passada de camada em camada,
interfaces bem definidas também tornam fácil a troca da
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS
implementação de uma camada por outra implementa-
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria
ção completamente diferente (por exemplo, trocar todas
das redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma
as linhas telefônicas por canais de satélite), pois tudo o
construída sobre sua predecessora. O número de cama-
que é exigido da nova implementação é que ela ofereça
das, o nome, o conteúdo e a função de cada camada di-
à camada superior exatamente os mesmos serviços que a
ferem de uma rede para outra. No entanto, em todas as
redes, o propósito de cada camada é oferecer certos ser- implementação antiga oferecia.
viços às camadas superiores, protegendo essas camadas O conjunto de camadas e protocolos é chamado de
dos detalhes de como os serviços oferecidos são de fato arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve
implementados. conter informações suficientes para que um implementa-
A camada n em uma máquina estabelece uma con- dor possa escrever o programa ou construir o hardware
versão com a camada n em outra máquina. As regras e de cada camada de tal forma que obedeça corretamen-
convenções utilizadas nesta conversação são chamadas te ao protocolo apropriado. Nem os detalhes de imple-
coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilus- mentação nem a especificação das interfaces são parte da
trado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas. arquitetura, pois esses detalhes estão escondidos dentro
As entidades que compõem as camadas corresponden- da máquina e não são visíveis externamente. Não é nem
tes em máquinas diferentes são chamadas de processos mesmo necessário que as interfaces em todas as máqui-
parceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros nas em uma rede sejam as mesmas, desde que cada má-
que se comunicam utilizando o protocolo. quina possa usar corretamente todos os protocolos.

99
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O endereço IP cada dispositivo conectado deve receber um endereço úni-


Quando você quer enviar uma carta a alguém, você... co. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se
Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta
recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo: a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapa-
quando você quer enviar um presente a alguém, você obtém lhar toda a rede.
o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma trans- Para que seja possível termos tanto IPs para uso em
portadora para entregar. É graças ao endereço que é possível redes locais quanto para utilização na internet, contamos
encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada. Também é com um esquema de distribuição estabelecido pelas en-
graças ao seu endereço - único para cada residência ou esta- tidades IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e
belecimento - que você recebe suas contas de água, aquele ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and
produto que você comprou em uma loja on-line, enfim. Numbers) que, basicamente, divide os endereços em três
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu classes principais e mais duas complementares. São elas:
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni- 128 redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos co-
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor, nectados;
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza- Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
recurso que também é utilizado para redes locais, como a Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
existente na empresa que você trabalha, por exemplo. 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
O endereço IP é uma sequência de números composta Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um servado.
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já As três primeiras classes são assim divididas para
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 atender às seguintes necessidades:
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú-
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso.
- Os endereços IP da classe A são usados em lo-
cais onde são necessárias poucas redes, mas uma gran-
de quantidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro
byte é utilizado como identificador da rede e os demais
servem como identificador dos dispositivos conectados
(PCs, impressoras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos
onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante
à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois
primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi-
os restantes para identificar os dispositivos;
zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en-
- Os endereços IP da classe C são usados em locais
dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível
que requerem grande quantidade de redes, mas com
a organização das casas da região onde você mora. Neste
poucos dispositivos em cada uma. Assim, os três primei-
sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po-
dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em ros bytes são usados para identificar a rede e o último é
uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos utilizado para identificar as máquinas.
e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma Quanto às classes D e E, elas existem por motivos
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos especiais: a primeira é usada para a propagação de paco-
octetos são usados na identificação de computadores. tes especiais para a comunicação entre os computadores,
enquanto que a segunda está reservada para aplicações
Classes de endereços IP futuras ou experimentais.
Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem Vale frisar que há vários blocos de endereços reserva-
ser utilizados tanto para identificar o seu computador den- dos para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço
tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet. começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto
Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com- é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endere-
putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má- ço 127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou
quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal, seja, ao próprio host, razão esta que o leva a ser chama-
ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer do de localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utiliza-
sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma do para propagar mensagens para todos os hosts de uma
rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um rede de maneira simultânea.
endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nesta,

100
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Endereços IP privados Você percebe então que podemos ter redes com más-
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são cara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indi-
privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados cando uma classe. Mas, como já informado, ainda pode ha-
na internet, sendo reservados para aplicações locais. São, ver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha
essencialmente, estes: que uma faculdade tenha que criar uma rede para cada
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255; um de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 compu-
-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255; tadores. A solução seria então criar cinco redes classe C?
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255. Pode ser melhor do que utilizar classes B, mas ainda ha-
Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede verá desperdício. Uma forma de contornar este problema
com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para es- é criar uma rede classe C dividida em cinco sub-redes.
tas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, Para isso, as máscaras novamente entram em ação.
por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas
que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. estes, na verdade, representam bytes (linguagem biná-
Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipa- ria). 255 em binário é 11111111. O número zero, por sua
mento de rede - como um roteador - que receba a cone-
vez, é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe
xão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos
C, 255.255.255.0, é:
conectados a ele. Com isso, somente este equipamento
11111111.11111111.11111111.00000000
precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial
Perceba então que, aqui, temos uma máscara forma-
de computadores.
da por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para
Máscara de sub-rede criarmos as nossas sub-redes, temos que ter um esque-
As classes IP ajudam na organização deste tipo de en- ma com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e
dereçamento, mas podem também representar desperdí- as possibilidades. Em outras palavras, precisamos trocar
cio. Uma solução bastante interessante para isso atende alguns zeros do último octeto por 1.
pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte Suponha que trocamos os três primeiros bits do últi-
dos números que um octeto destinado a identificar dis- mo octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita),
positivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a resultando em:
capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos en- 11111111.11111111.11111111.11100000
xergar as classes A, B e C da seguinte forma: Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de
- A: N.H.H.H; bits “trocados”, teremos a quantidade possível de sub
- B: N.N.H.H; -redes. Em nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a
- C: N.N.N.H. possibilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco
bits para o endereçamento dos host. Fazemos a mesma
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o conta: 2^5 = 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada
uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se sub-rede (estamos fazendo estes cálculos sem considerar
“transformar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras limitações que possam impedir o uso de todos os hosts
de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits e sub-redes).
são destinados para a identificação da rede e quantos são 11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resul-
utilizados para identificar os dispositivos. tante é 255.255.255.224.
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser
se um octeto é usado para identificação da rede, este re- empregado também em endereços classes A e B, confor-
ceberá a máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é me a necessidade. Vale ressaltar também que não é pos-
aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub sível utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
-rede será 0 (zero). A tabela a seguir mostra um exemplo
IP estático e IP dinâmico
desta relação:
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado perma-
nentemente a um dispositivo, ou seja, seu número não
Identificador muda, exceto se tal ação for executada manualmente.
Identificador Máscara Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à in-
Classe Endereço IP do
da rede de sub-rede
computador ternet via ADSL onde o provedor atribui um IP estático
aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se co-
A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0 nectar, usará o mesmo IP.
B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0 O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é
C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0 dado a um computador quando este se conecta à rede,
mas que muda toda vez que há conexão. Por exemplo,
suponha que você conectou seu computador à internet
hoje. Quando você conectá-lo amanhã, lhe será dado
outro IP. Para entender melhor, imagine a seguinte si-
tuação: uma empresa tem 80 computadores ligados em

101
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

rede. Usando IPs dinâmicos, a empresa disponibiliza 90 Finalizando


endereços IP para tais máquinas. Como nenhum IP é fixo, Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que
um computador receberá, quando se conectar, um ende- a especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do
reço IP destes 90 que não estiver sendo utilizado. É mais mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante.
ou menos assim que os provedores de internet trabalham. Durante essa fase, que podemos considerar de transição,
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâ- o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões.
micos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Não por menos, praticamente todos os sistemas operacio-
Protocol). nais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos
a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você
IP nos sites é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes
Você já sabe que os sites na Web também necessitam ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se
de um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www.in- aprofundar nas duas especificações.
fowester.com, por exemplo, como é que o seu computador A esta altura, você também deve estar querendo des-
sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir encontrá cobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma
-lo? forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por
Quando você digitar um endereço qualquer de um site, exemplo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do
um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all
Ele é quem informa qual IP está associado a cada site. O sis- e apertar Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig.
tema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante
a uma árvore (termo conhecido por programadores). Se,
por exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o
sistema envia a solicitação a um servidor responsável por
terminações “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do
endereço e responderá à solicitação. Se o site solicitado
termina com “.br”, um servidor responsável por esta termi-
nação é consultado e assim por diante.

IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um
passado não muito distante, você conectava apenas o PC
da sua casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu
notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a
assim por diante. Somando este aspecto ao fato de cada partir de uma rede local - tal como uma rede wireless -
vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro, visualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para
nos deparamos com um grande problema: o número de saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede,
IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras) você pode visitar sites como whatsmyip.org.
aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, Provedor
afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar até oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
- respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.7 sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
68.211.456 de endereços, um número absurdamente alto! ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra-
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave-
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au- do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
pode ser, por exemplo: e um endereço eletrônico na Internet.
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF

102
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

URL - Uniform Resource Locator .mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden- .net -> computadores com funções de administrar re-
tificação de onde está localizado o computador e quais des. Exemplo: embratel.net
recursos este computador oferece. Por exemplo, a URL: .org -> organizações não governamentais. Exemplo:
http://www.novaconcursos.com.br care.org
Será mais bem explicado adiante.
Home Page
Como descobrir um endereço na Internet? Pela definição técnica temos que uma Home Page é
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu-
Para que possamos entender melhor, vamos exempli- tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
ficar. acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí-
Você estuda em uma universidade e precisa fazer al- dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
gumas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as in- dentro das Home Pages.
formações que preciso?
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de
http://www.endereço.com/página.html
procura, que são sites que possuem um enorme banco de
Por exemplo, a página principal da Pronag:
dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa-
http://www.pronag.com.br/index.html
ges), que permitem a procura por um determinado assun-
to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação PLUG-INS
de páginas encontradas. Os plug-ins são programas que expandem a capacida-
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, re- de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
ferente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes
pesquisar sobre amortecedores, caso não encontre nada em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft-
como amortecedores, procure como autopeças, e assim ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im-
sucessivamente. pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu-
g-ins são encontradas na página:
Barra de endereços http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft-
ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi-
ces/
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar temos uma relação de alguns deles:
em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende- - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
reço da página. etc.).
Alguns sites interessantes: - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular) - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
• www.ufpel.tche.br (Ufpel) PCX, etc.).
• www.cefetrs.tche.br (Cefet) - Negócios e Utilitários
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor pú- - Apresentações
blico)
• www.siapenet.gog.br (contracheque) FTP - Transferência de Arquivos
• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas) Permite copiar arquivos de um computador da Internet
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação)
para o seu computador.
Os programas disponíveis na Internet podem ser:
Identificação de endereços de um site
• Freeware: Programa livre que pode ser distribuí-
Exemplo: http://www.pelotas.com.br
do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de
comunicação sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial programa.
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site • Shareware: Programa demonstração que pode ser
.com -> tipo de organização utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns
......br -> identifica o país limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra-
ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa
Tipos de Organizações: mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam. exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando
edu que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft. tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de
com teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov

103
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Navegar nas páginas Busca e pesquisa na web


Consiste percorrer as páginas na internet a partir de Os sites de busca servem para procurar por um deter-
um documento normal e de links das próprias páginas. minado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
Como salvar documentos, arquivos e sites • www.google.com.br
Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como. • http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
Como copiar e colar para um editor de textos • http://br.bing.com/
Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com o
botão direito do mouse e escolha a opção Copiar. Como fazer a pesquisa
Digite na barra de endereço o endereço do site de pes-
quisa. Por exemplo:

www.google.com.br

Abra o editor de texto clique em colar

Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
para o usuário de Internet. É com ele que se podem visitar
museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até partici-
par de novelas interativas. As informações na Web são or-
ganizadas na forma de páginas de hipertexto, cada um com
Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pes-
seu endereço próprio, conhecido como URL. Para começar
quisa.
a navegar, é preciso digitar um desses endereços no campo
chamado Endereço no navegador. O software estabelece a
conexão e traz, para a tela, a página correspondente.
O navegador não precisa de nenhuma configuração
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar
e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces- Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na
sar grupos de discussão (news). pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala-
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no vras com ou sem acento.
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la Re-
cherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era um Opções de pesquisa
meio para físicos da CERN trocar experiências sobre suas
pesquisas através da exibição de páginas de texto. Ficou cla-
ro, desde o início, o imenso potencial que o WWW possuía
para diversos tipos de aplicações, inclusive não científicas.
O WWW não dispunha de gráficos em seus primórdios,
apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto WWW Web: pesquisa em todos os sites
ganhou força extra com a inserção de um visualizador Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
(também conhecido como browser) de páginas capaz não Exemplo do resultado se uma pesquisa.
apenas de formatar texto, mas também de exibir gráficos,
som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi desen-
volvido dentro da NCSA, por um time chefiado por Mark
Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a pro-
duzir browsers que deveriam fazer concorrência ao Mosaic.
Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape Commu-
nications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
outros browsers.

104
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. INTRANET


Exemplo: A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In-
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor-
mações particulares dentro da estrutura de comunicações
Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza- da empresa.
dos por assunto em categorias. Exemplo: O grande sucesso da Internet, é particularmente da
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
evolução da informática nos últimos anos.
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
ram o acesso à informação através de redes de computa-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
Como escolher palavra-chave usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
• Busca com uma palavra: retorna páginas que in- ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
cluam a palavra digitada. queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
sequência de termos que foram digitadas. nante explosão na informação disponível na Internet, que
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
páginas que incluam todas Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
• as palavras aleatoriamente na página. que tem interessado um número cada vez maior de em-
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi- presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
cam antes do sinal de sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
• menos são excluídas da pesquisa. advento e disseminação promete operar uma revolução
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
cálculo em um site de pesquisa. cimento das primeiras redes locais de computadores, no
final da década de 80.

Por exemplo: 3+4 O que é Intranet?


O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
Irá retornar: projetadas para a comunicação por computador entre em-
presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
O resultado da pesquisa de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte forma: tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet


Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-
funcionários com conhecimentos das operações e produ-
tos da empresa.

105
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aplicações da Intranet Protocolos - São os diferentes idiomas de comunica-


Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu- ção utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos.
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o O primeiro é o HTTP, responsável pela comunicação do
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. browser com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet envio de mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transfe-
vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os rência de arquivos. Independentemente das aplicações uti-
diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas lizadas na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem
áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo: falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet.
• Marketing e Vendas - Informações sobre produ-
tos, listas de preços, promoções, planejamento de eventos; Identificação do Servidor e das Estações - Depois de
• Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as
de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o
de membros das equipes, situações de projetos; nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem
• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sis- dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP
temas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), ma- (Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às
nuais de qualidade; estações clientes.
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apos- Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcio-
tilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades nários acessam as informações colocadas à sua disposição
de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, be- no servidor. Para isso usam o Web browser, software que
nefícios. permite folhear os documentos.
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo-
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. Comparando Intranet com Internet
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume Na verdade as diferenças entre uma intranet e a In-
quase somente em clicar nos links que remetem às novas ternet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi- utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O
complexa e exige a presença de profissionais especializa- conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em es-
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet, cala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de al-
sua diversidade de funções e a quantidade de informações guém com seis anos de idade até as previsões do tempo.
nela armazenadas. A maior parte dos dados de uma empresa não se destina
A intranet é baseada em quatro conceitos: ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como
• Conectividade - A base de conexão dos computa- as cifras das vendas, clientes e correspondências legais, de-
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir vem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da
qualquer tipo de informação digital entre si; escala, a Internet é global, uma intranet está contida den-
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computa- tro de um pequeno grupo, departamento ou organização
dores e sistemas operacionais podem ser conectados de corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela
forma transparente; ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
• Navegação - É possível passar de um documento a A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão,
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir-
facilitam o acesso não linear aos documentos; relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma
acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra- medida da necessidade de uma abordagem organizada.
ças à execução de programas aplicativos, que podem es- Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
tar no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a num ambiente controlado e seguro.
rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expres-
são que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servi- Vantagens e Desvantagens da Intranet
dor). A vantagem da intranet é que esses programas são Alguns dos benefícios são:
ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade. • Redução de custos de impressão, papel, distribuição
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande de software, e-mail e processamento de pedidos;
importância no desenvolvimento de softwares aplicativos • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
que obedeçam aos três conceitos anteriores. suporte telefônico;
• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações
Como montar uma Intranet técnicas e de marketing;
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em • Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das remotas;
empresas, e em instalar um servidor Web. • Incrementando o acesso a informações da concor-
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repo- rência;
sitório das informações contidas na intranet. É lá que os • Uma base de pesquisa mais compreensiva;
clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail • Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e par-
ou qualquer outro tipo de arquivo. ceiros (revendas);

106
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso Segurança da Intranet


à informação; Três tecnologias fornecem segurança ao armazena-
• Uma única interface amigável e consistente para mento e à troca de dados em uma rede: autenticação,
aprender e usar; controle de acesso e criptografia.
• Informação e treinamento imediato (Just in Time); Autenticação - É o processo que consiste em verificar
• As informações disponíveis são visualizadas com cla- se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen-
reza; tos e dados podem ser protegidos através da solicitação
• Redução de tempo na pesquisa a informações; de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da
• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e verificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os
informação; usuários autenticados têm o acesso autorizado ou nega-
• Redução no tempo de configuração e atualização dos do a recursos específicos de uma intranet, com base em
sistemas; uma ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
• Simplificação e/ou redução das licenças de software
e outros; Criptografia - É a conversão dos dados para um for-
• Redução de custos de documentação; mato que pode ser lido por alguém que tenha uma cha-
• Redução de custos de suporte; ve secreta de descriptografia. Um método de criptografia
• Redução de redundância na criação e manutenção amplamente utilizado para a segurança de transações
de páginas; Web é a tecnologia de chave pública, que constitui a base
• Redução de custos de arquivamento; do HTTPS - um protocolo Web seguro;
• Compartilhamento de recursos e habilidade.
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação
segura entre uma intranet e a Internet através de servi-
Alguns dos empecilhos são: dores proxy, que são programas que residem no firewall
• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola- e permitem (ou não) a transmissão de pacotes com base
boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pe-
no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por
los programas para grupos de trabalho tradicionais. É ne-
exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos
cessário configurar e manter aplicativos separados, como
da empresa acessem servidores Web externos, mas não o
e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema unifi-
contrário.
cado, como faria com um pacote de software para grupo
Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
de trabalho;
Os dispositivos para a realização de cópias de segu-
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número
rança do(s) servidor(es) constituem uma das peças de es-
limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a
pecial importância. Por exemplo, unidades de disco amo-
bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra-
nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu- víveis com grande capacidade de armazenamento, tapes...
ções de software para grupo de trabalho que funcionam Queremos ainda referir que para o funcionamento
com os protocolos de transmissão de redes local existentes; de uma rede existem outros conceitos como topologias/
• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não configurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel,
apresentam nenhuma replicação embutida para usuários rede em árvore, rede em malha …), métodos de acesso,
remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen- tipos de cabos, protocolos de comunicação, velocidade
volver aplicativos cliente/servidor. de transmissão …
Como a Intranet é ligada à Internet
EXTRANET
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o con-
ceito confunde-se com Intranet. Uma Extranet também
pode ser vista como uma parte da empresa que é estendi-
da a usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como
representantes e clientes. Outro uso comum do termo
Extranet ocorre na designação da “parte privada” de um
site, onde somente “usuários registrados” podem nave-
gar, previamente autenticados por sua senha (login).

107
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

CORREIO ELETRÔNICO Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão pre-


sentes:
O correio eletrônico4 se parece muito com o correio » Para – é o campo onde será inserido o endereço do
tradicional. Todo usuário tem um endereço próprio e uma destinatário.
caixa postal, o carteiro é a Internet. Você escreve sua men- » Cc – este campo é utilizado para mandar cópias
sagem, diz pra quem quer mandar e a Internet cuida do da mesma mensagem, ao usar este campo os endereços
resto. Mas por que o e-mail se popularizou tão depressa? aparecerão para todos os destinatários.
A primeira coisa é pelo custo. Você não paga nada por » Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior,
uma comunicação via e-mail, apenas os custos de conexão no entanto os endereços só aparecerão para os respec-
com a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o cor- tivos donos.
reio tradicional levaria dias para entregar uma mensagem, » Assunto – campo destinado ao assunto da mensa-
o eletrônico faz isso quase que instantaneamente e não gem.
utiliza papel. Por último, a mensagem vai direto ao desti-
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem
natário, não precisa passa de mão-em-mão (funcionário
(imagens, programas, música, arquivos de texto, etc.).
do correio, carteiro, etc.), fica na sua caixa postal onde so-
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida
mente o dono tem acesso e, apesar de cada pessoa ter
a mensagem.
seu endereço próprio, você pode acessar seu e-mail de
qualquer computador conectado à Internet. Bem, o e-mail
mesclou a facilidade de uso do correio convencional com Alguns nomes podem mudar de servidor para servi-
a velocidade do telefone, se tornando um dos melhores e dor, porém representando as mesmas funções. Além dos
mais utilizado meio de comunicação. destes campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMI-
NHAR e EXCLUIR as mensagens, este botões bem como
Estrutura e Funcionalidade do e-mail suas funcionalidades veremos em detalhes, mais à frente.
Para receber seus e-mails você não precisa estar co-
Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos nectado à Internet, pois o e-mail funciona com provedo-
os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão, res. Mesmo você não estado com seu computador ligado,
nome do usuário + @ + host, onde: seus e-mail são recebidos e armazenados na sua caixa
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido postal, localizada no seu provedor. Quando você acessa
pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergio- sua caixa postal, pode ler seus e-mail on-line (diretamente
decastro. na Internet, pelo WebMail) ou baixar todos para seu com-
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa putador através de programas de correio eletrônico. Um
o nome do usuário do seu provedor. programa muito conhecido é o Outlook Express, o qual
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o en- detalhar mais à frente.
dereço eletrônico. Exemplo: click21.com.br . A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode
serviço 24 horas por dia. enviar mensagens para você. Também é possível enviar
mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21. isto basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima.
com.br Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a
maioria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na In-
A caixa postal é composta pelos seguintes itens: ternet através do navegador. Este tipo de correio é cha-
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as men- mado de WebMail. O WebMail é responsável pela grande
sagens recebidas. popularização do e-mail, pois mesmo as pessoas que não
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não tem computador, podem acessar sua caixa postal de qual-
enviadas. quer lugar (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os endereço eletrônico basta querer e acessar a Internet, é
e-mails que foram enviados. claro. Existe quase que uma guerra por usuários. Os pro-
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda vedores, também, disputam quem oferece maior espaço
não terminou de redigir. em suas caixas postais. Há pouco tempo encontrar um
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas. e-mail com mais de 10 Mb, grátis, não era fácil. Lembro
que, quando a Embratel ofereceu o Click21 com 30 Mb,
achei que era muito espaço, mas logo o iBest ofereceu
120 Mb e não parou por ai, a “guerra” continuo culmi-
nando com o anúncio de que o Google iria oferecer 1
Gb (1024 Mb). A última campanha do GMail, e-mail do
Google, é de aumentar sua caixa postal constantemente,
4 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronico- a última vez que acessei estava em 2663 Mb.
ewebmail001.asp

108
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

WebMail como: seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso


com você (o que é bem provável que acontecerá) escolha
O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação uma das sugestões ou informe outro nome (não desista,
acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de você vai conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail vai
usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos está pronto para ser usado.
os e-mails possuem aplicações para acesso direto na In-
ternet. É grande o número de provedores que oferecem » Entendendo a Interface do WebMail
correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo segue uma A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que
lista dos mais populares. nos liga do mundo externo aos comandos do programa.
» Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail
» GMail – http://www.gmail.com que você tiver e também para o Outlook, que é um progra-
» Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br ma de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa
» iG Mail – http://www.ig.com.br mais adiante.
» Yahoo – http://www.yahoo.com.br 1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua
caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no ser-
Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima vidor.
e seguir as instruções do site. Outro importante fator a 2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição
ser observado é o tamanho máximo permitido por anexo, de e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no
este foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há qual você vai redigir, responder e encaminhar mensagens.
pouco tempo a maioria dos provedores permitiam em Semelhante à função novo e-mail do Outlook.
torno de 2 Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em 3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus
média 25 Mb. Além de caixa postal os provedores costu- endereços de e-mail são previamente guardados para uti-
mam oferecer serviços de agenda e contatos. lização futura, nesta seção também é possível criar grupos
Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a cri- para facilitar o gerenciamento dos seus contatos.
tério de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, 4. Configurações – Este botão abre (como o próprio
eu, por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma in- nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem
ser feitas diversas configurações, tais como: mudar senha,
terface com o menor propaganda possível.
definir número de e-mail por página, assinatura, resposta
» Criando seu e-mail
automática, etc.
Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente
5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma
simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste
seção com vários tópicos de ajuda.
WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os
6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através
entendimentos, no entanto você pode acessar qualquer
dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomen-
dos endereços informados acima ou ainda qualquer ou-
dado quando o uso de seu e-mail ocorrer em computado-
tro que você conheça. O processo de cadastro é muito
res de terceiros.
simples, basta preencher um formulário e depois você 7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu
terá sua conta de e-mail pronta para ser usada. Vamos endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta;
aos passos: parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico.
1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com. 8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
br) ou qualquer outro de sua preferência. está, no exemplo a Caixa de Entrada.
2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, 9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men-
será aberto um formulário, preencha-o observando to- sagens que estão na tela e também o total da seção sele-
dos os campos. Os campos do formulário têm suas parti- cionada.
cularidades de provedor para provedor, no entanto todos 10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão
trazem a mesma ideia, colher informações do usuário. todos os comandos relacionados com as mensagens exi-
Este será a primeira parte do seu e-mail e é igual a este bidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais
em qualquer cadastro, no exemplo temos “@outlook. mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O
com”. A junção do nome de usuário com o nome do pro- botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da men-
vedor é que será seu endereço eletrônico. No exemplo sagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão
ficaria o seguinte: seunome@outlook.com. “Contas externas” abre uma seção para configurar outras
3. Após preencher todo o formulário clique no botão contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa
“Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado. postal. Para o correto funcionamento desta opção é preci-
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é co- so que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.
mum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por 11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista
outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails
lhe informando do problema. Isso acontece porque den- na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique
tro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes de no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão dispo-
usuários iguais. A solução é procurar outro nome que níveis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de
ainda esteja livre, alguns provedores mostram sugestões sua caixa postal.

109
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um


correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas;
ÍCONES, ATALHOS DE TECLADO, PASTAS,
Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do
nome, quando está normal significa que todas as mensa-
TIPOS DE ARQUIVOS, LOCALIZAÇÃO,
gens foram abertas, porém quando estão em negrito, acu- CRIAÇÃO, CÓPIA E REMOÇÃO DE ARQUIVOS,
sam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas, CÓPIAS DE ARQUIVOS PARA OUTROS
o número entre parêntese indica a quantidade. Este detalhe DISPOSITIVOS, AJUDA DO WINDOWS,
funciona para todas as pastas e mensagens do correio. LIXEIRA, REMOÇÃO E RECUPERAÇÃO
13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir as DE ARQUIVOS E DE PASTAS, CÓPIAS DE
mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exibido SEGURANÇA/BACKUP, USO DOS RECURSOS.
o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe tam-
bém as mensagens das diversas pastas existentes na sua
caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre ne-
grito, também é válida para esta seção. Observe as caixas de Sobre o que é Documento, encontramos na literatura
seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensagem, é diversos entendimentos. Primeiramente temos Houaiss,
através delas que as mensagens são selecionadas. A seleção Villar e Franco (2001) que, em seu Dicionário, definem o
de todos os itens ao mesmo tempo, também pode ser feito verbete “documento” como “qualquer escrito usado para
pela caixa de seleção do lado esquerdo do título da coluna esclarecer determinada coisa [...] qualquer objeto de valor
“Remetente”. O título das colunas, além de nomeá-las, tam- documental (fotografia, peças, papéis, filmes, construções,
bém serve para classificar as mensagens que por padrão etc.) que elucide, instrua, prove ou comprove cientificamen-
estão classificadas através da coluna “Data”, para usar outra te algum fato, acontecimento, dito etc.”
coluna na classificação basta clicar sobre nome dela. No campo da Arquivologia, temos Schellenberg (2004,
14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adi- p. 41) que define “documento (records)” da seguinte forma:
cionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são um Todos os livros, papéis, mapas, fotografias ou outras
modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas men- espécies documentárias, independentemente de sua apre-
sagens por temas. Quando seu e-mail é criado não existem sentação física ou características, expedidos ou recebidos
pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário de acor- por qualquer entidade pública ou privada no exercício de
do com suas necessidades. seus encargos legais ou em funções das suas atividades e
15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a preservados ou depositados para preservação por aquela
seção onde pode ser feita uma configuração que permitirá entidade ou por seus legítimos sucessores como prova de
você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O suas funções, sua política, decisões, métodos, operações ou
próximo link, como o nome já diz, abre a janela de confi- outras atividades, ou em virtude do valor informativo dos
guração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para dados neles contidos.
baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração Já Rondinelli (2004) cita a definição do Comitê de Do-
automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links cumentos Eletrônicos do Conselho Internacional de Arqui-
são os mesmos apresentados no item 10. vos (CIA) onde a “informação registrada, independente da
forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer da
atividade de uma instituição ou pessoa e que possui con-
NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS. teúdo, contexto e estrutura suficientes para servir de evi-
dência dessa atividade”.
Por meio destas definições podemos observar uma una-
nimidade no que diz respeito à importância da informação
“CARO CANDIDATO, O TÓPICO ACIMA FOI contida no documento, independente do seu suporte, para
ABORDADO NO DECORRER DA MATÉRIA” as atividades humanas; isso devido à sua natureza compro-
batória de fatos ocorridos ao longo de uma atividade.
No tocante ao termo Arquivo, Schellenberg (2004, p.
41) define-o como “Os documentos de qualquer instituição
pública ou privada que hajam sido considerados de valor,
merecendo preservação permanente para fins de referência
e de pesquisa e que hajam sido depositados ou seleciona-
dos para depósito, num arquivo de custódia permanente”.
Quando falamos de arquivos, devemos ter em mente
que existem dois tipos: o de caráter privado e o público.
Ao se tratar de Arquivos Públicos, podemos encontrar
sua definição no artigo 7º da Lei nº 8159 de 1991, que dis-
põe que “Os arquivos públicos são os conjuntos de docu-
mentos produzidos e recebidos, no exercício de suas ati-
vidades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual,
do Distrito Federal e municipal, em decorrência de suas
funções administrativas, legislativas e judiciárias”.

110
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ao analisarmos o verdadeiro objeto de um arquivo O parágrafo 2º, do artigo 1º, da Resolução do CONARQ
concluímos que é o conteúdo dos seus documentos ou o nº 20, de 16 de julho de 2004, define Documento Arqui-
próprio documento, e sua importância está na forma com vístico Digital como: o documento arquivístico codificado em
que foi empregado dentro de um processo de tomada de dígitos binários, produzido, tramitado e armazenado por siste-
decisão. ma computacional. São exemplos de documentos arquivísticos
A organização e gestão de acervos arquivísticos tor- digitais: planilhas eletrônicas, mensagens de correio eletrônico,
nou-se bastante problemática para as instituições nas últi- sítios na internet, bases de dados e também textos, imagens fi-
mas três décadas, devido à rápida e ininterrupta evolução xas, imagens em movimento e gravações sonoras, dentre outras
tecnológica que a humanidade sofreu. Evolução essa que possibilidades, em formato digital.
afetou todos os meios de produção existentes. Atualmente existe uma variedade muito grande de docu-
Segundo SANTOS (2002), as tecnologias desenvolvidas mentos digitais e os tipos mais comuns que podemos encontrar
para permitir essa evolução também afetaram diretamente são:
a produção informacional e documental. 1) Textos: arquivos com a extensão “.txt”, “.doc”, “.pdf”
Para se ter uma ideia do volume de informação dis- etc.;
ponível nos dias de hoje, ao fazer uma pesquisa sobre um 2) Vídeos: arquivos com a extensão “.avi”, “.mov”, “.wmv”
assunto de seu interesse na Internet, o pesquisador irá en- etc.;
contrar tanta informação que será praticamente impossí- 3) Áudio: arquivos com a extensão “.wma”, “.mp3”, “.midi”
vel ler todos os documentos encontrados sobre o assunto. etc.;
Também iremos encontrar documentos que, apesar de te- 4) Fotografia: arquivos com a extensão “.jpg”, “.bmp”,
rem sido indexados para um determinado assunto, ele não “.tiff”, “.gif” etc.;
contém nada sobre o termo indexado. 5) Arquivos de planilhas: arquivos com a extensão “.pps”
Uma das tecnologias que mais se destacaram nesse etc.;
desenvolvimento, foi a da área da informática essa tecnolo- 6) Arquivos da Internet: arquivos com a extensão “.htm”,
gia, onde acabou criando uma nova forma de documento: “.html” etc.
o Arquivo Digital. Porém, ao mesmo tempo em que este tipo de tecnologia
Para o Arquivo Nacional, em sua obra Subsídios para vem nos ajudar a executar nossas tarefas diárias, a sua veloz e
um Dicionário Brasileiro de Termos Arquivísticos, Arquivo constante evolução também está nos criando um problema
Digital é um conjunto de Bits que formam uma unidade muito sério no tocante à sua preservação.
lógica interpretável por computador e armazenada em su- À medida que a tecnologia avança, seus meios (hardware
porte apropriado. e software) sofrem mutações consideráveis em suas estruturas
A Wikipédia trata o termo Arquivo Digital como Arqui- a ponto de criarem sérios problemas de preservação, principal-
vo de Computador e o traduz da seguinte forma: mente quando se pretende abrir arquivos de programas mais
No disco rígido de um computador, os dados são guar- antigos ou de versões ultrapassadas.
dados na forma de arquivos (ou ficheiros, em Portugal). O No tocante à preservação de acervos digitais, podemos
arquivo é um agrupamento de registros que seguem uma contar atualmente com a existência de uma vasta e rica literatu-
regra estrutural, e que contém informações (dados) sobre ra sobre o assunto.
uma área específica. Não podemos nos bastar somente na forma de manter o
Estes arquivos podem conter informações de qualquer documento digital através da sua preservação, também temos
tipo de dados que se possa encontrar em um computador: que organizá-lo para ter acesso às informações que ele contém.
textos, imagens, vídeos, programas, etc. Geralmente o tipo Schellenberg (2004, p. 68) dá uma ideia do que vem a ser
de informação encontrada dentro de um arquivo pode ser um modo de gestão de documentos quando nos diz que do-
previsto observando-se os últimos caracteres do seu nome, cumentos são eficientemente administrados quando, uma vez
após o último ponto (por exemplo, txt para arquivos de necessários, podem ser localizados com rapidez e sem transtor-
texto sem formatação). Esse conjunto de caracteres é cha- no ou confusão
mado de extensão do arquivo. Segundo o autor, a maneira com que os documentos são
Como os arquivos em um computador são muitos (só mantidos para uso corrente determina a exatidão com que po-
o sistema operacional costuma ter milhares deles), esses dem ser fixados os valores da documentação recolhida. Tam-
arquivos são armazenados em diretórios (também conhe- bém nos diz que o uso dos documentos para fins de pesquisa
cidos como pastas). depende, igualmente, da maneira pela qual foram originalmen-
No Brasil, o responsável pela regulamentação e práti- te ordenados (2004, p. 53).
cas de gestão arquivística no âmbito do poder público é o Paes (1991, p. 17) diz que devemos ter por base a análise
Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ. Sua atribuição das atividades da instituição e de como os documentos são so-
é definir a política nacional de arquivos públicos e privados, licitados ao arquivo, para podermos definir o melhor método
como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos, arquivístico a ser adotado pela instituição.
bem como exercer orientação normativa visando a gestão Para o CONARQ (Resolução nº 25. art. 1), gestão arquivísti-
documental e a proteção especial aos documentos de ar- ca de documentos é o conjunto de procedimentos e operações
quivo. técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e
Para o CONARQ, o termo Documento Digital é o mes- arquivamento de documentos em fases corrente e inter-
mo que Documento em Meio Eletrônico, ou seja, aquele mediária, visando à sua eliminação ou recolhimento para
que só é legível por computador. guarda permanente.

111
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A característica que o documento digital apresenta pode efeitos da temperatura, umidade, nível de poluição do ar e
comprometer a sua autenticidade pois está sujeito à degra- das ameaças biológicas; os danos provocados pelo uso inde-
dação física dos seus suportes, à rápida obsolescência tec- vido e o uso regular, as catástrofes naturais e a obsolescência
nológica e às intervenções que podem causar adulterações tecnológica. A aplicação de estratégias de preservação para
e destruição. documentos digitais é uma prioridade, pois sem elas não exis-
Na tentativa de se coibir estes tipos problemas, o CO- tiria nenhuma garantia de acesso, confiabilidade e integrida-
NARQ, através da sua Câmara Técnica de Documentos Eletrô- de dos documentos a longo prazo.
nicos, editou a Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007, onde Na Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico
recomenda aos órgãos e instituições que adotem o “Modelo Digital (2004), o CONARQ diz que:
de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arqui- As facilidades proporcionadas pelos meios e tecnologias
vística de Documentos e-ARQ Brasil”, para definir, documen- digitais de processamento, transmissão e armazenamento de
tar, instituir e manter políticas, procedimentos e práticas para informações reduziram custos e aumentaram a eficácia dos
a gestão arquivística de documentos, com base nas diretrizes processos de criação, troca e difusão da informação arquivís-
estabelecidas por ele. tica. O início do século XXI apresenta um mundo fortemen-
Para o CONARQ, somente com procedimentos de gestão te dependente do documento arquivístico digital como um
arquivística é possível assegurar a autenticidade dos docu- meio para registrar as funções e atividades de indivíduos, or-
mentos arquivísticos digitais. ganizações e governos.
Para se ter sucesso na implantação deste Sistema nos Porém, o CONARQ alerta sobre a importância de voltar-
órgãos públicos e empresas privadas é necessário que todos mos nossas atenções para os meios de preservar este tipo
os funcionários estejam envolvidos na política arquivística de de acervo, pois essas tecnologias digitais sofrem uma obso-
documentos e as responsabilidades devem ser distribuídas de lescência muito rápida pois a tecnologia digital é comprova-
acordo com a função e hierarquia de cada um. damente um meio mais frágil e mais instável de armazena-
A Constituição Federal de 1988 e, particularmente, a Lei mento, comparado com os meios convencionais de registrar
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política informações.
nacional de arquivos públicos e privados, delegaram ao Poder A Carta também nos alerta:
Público algumas responsabilidades, consubstanciadas pelo A preservação da informação em formato digital não se
Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, que consolidou os limita ao domínio tecnológico, envolve também questões
decretos anteriores - nsº 1.173, de 29 de junho de 1994; 1.461, administrativas, legais, políticas, econômico-financeiras e, so-
de 25 de abril de 1995, 2.182, de 20 de março de 1997 e 2.942, bretudo, de descrição dessa informação através de estruturas
de 18 de janeiro de 1999. de metadados que viabilizem o gerenciamento da preserva-
O artigo 3º, da Lei nº 8.159 de 08 de janeiro de 1991, ção digital e o acesso no futuro. Desta forma, preservar exige
que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e compromissos de longo prazo entre os vários segmentos da
privados, diz que gestão de documentos é o conjunto de pro- sociedade: poderes públicos, indústria de tecnologia da infor-
cedimentos e operações técnicas à sua produção, tramitação, mação, instituições de ensino e pesquisa, arquivos e bibliote-
uso, avaliação e arquivamento em fases corrente e interme- cas nacionais e demais organizações públicas e privadas.
diária, visando à sua eliminação ou recolhimento para guarda O CONARQ reconhece a instabilidade da informação ar-
permanente., e o seu artigo 17, do Capítulo IV, afirma que a quivística digital e sobre a necessidade de estabelecimento de
administração da documentação pública ou de caráter públi- políticas públicas, diretrizes, programas e projetos específicos,
co compete às instituições arquivísticas federais, estaduais do legislação, metodologias, normas, padrões e protocolos que
Distrito Federal e municipais. possam minimizar os efeitos da fragilidade e da obsolescên-
Tal dispositivo torna claro a importância e a responsabili- cia de hardwares, softwares e formatos e que assegurem, ao
dade que devemos ter com o trato da documentação pública. longo do tempo, a autenticidade, a integridade, o acesso con-
Dentre estas responsabilidades, a mais discutida pelos tínuo e o uso pleno da informação.
autores de hoje é a da preservação dos documentos.
Hoje, encontramos uma vasta bibliografia que trata es- Metadados
pecificamente sobre o tema da preservação de documentos, A definição mais simples de metadados é que eles são
tanto em suporte de papel quanto em meios eletrônicos. dados sobre dados – mais especificamente, informações (da-
A guarda e a conservação dos documentos, visando à sua dos) sobre um determinado conteúdo (os dados).
utilização, são as funções básicas de um arquivo (PAES, 1991, Os metadados são utilizados para facilitar o entendimen-
p. 5). to, o uso e o gerenciamento de dados. Os metadados neces-
Para Arellano (2004): sários para este fim variam conforme o tipo de dados e o con-
A natureza dos documentos digitais está permitindo am- texto de uso. Assim, no contexto de uma biblioteca, onde os
pla produção e disseminação de informação no mundo atual. dados são o conteúdo dos títulos em estoque, os metadados
É fato que na era da informação digital se está dando muita a respeito de um título normalmente incluem uma descrição
ênfase à geração e/ou aquisição de material digital, em vez do conteúdo, o autor, a data de publicação e sua localiza-
de manter a preservação e o acesso a longo prazo aos acer- ção física. No contexto de uma câmera, onde os dados são a
vos eletrônicos existentes. O suporte físico da informação, o imagem fotográfica, os metadados normalmente incluem a
papel e a superfície metálica magnetizada se desintegram data na qual a foto foi tirada e detalhes da configuração da
ou podem se tornar irrecuperáveis. Existem, ademais, os câmera. No contexto de um sistema de informações, onde

112
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

os dados são o conteúdo de arquivos de computador, os não confiável, como por exemplo o que vem anexado a
metadados a respeito de um item de dados individual nor- um e-mail de remetente desconhecido, é possível que este
malmente incluem o nome do arquivo, o tipo do arquivo e ficheiro instrua o computador a realizar tarefas indesejadas
o nome do administrador dos dados. pelo usuário, tais como a instalação de vírus ou spywares.
Um registro de metadados consiste de alguns elemen- Deve-se estar bastante atento ao clicar em arquivos com
tos pré-definidos que representam determinados atributos esta extensão.
de um recurso, sendo que cada elemento pode ter um ou
mais valores. Segue abaixo um exemplo de um registro de DLL
metadados simples: Também conhecida como biblioteca de vínculo dinâ-
Nome do mico, é um arquivo que é usada geralmente junto como
Valor EXE como parte complementar de um software.
Elemento
Título Catálogo da Web
Criador Dagnija McAuliffe Documentos
- Editores de texto
University of Queensland
Editora TXT – É um arquivo texto ou texto puro como é mais
Library
conhecido. Arquivos dos Word também são textos, mas ele
http://www.library.uq.edu.au/ gera um texto com formatação. O TXT é um formato que
Identificador
iad/mainmenu.html indica um texto sem formatação, podendo ser aberto ou
Formato Texto / html criado no Bloco de Notas do Windows, por exemplo.
Relação Website da Biblioteca DOC – O formato de arquivos DOC é de propriedade
da Microsoft e usado no Microsoft Word como padrão na
Os esquemas de metadados normalmente apresenta- gravação de arquivos textos. As versões mais recentes do
rão as seguintes características: Word incorporaram a extensão DOCX como evolução do
• Um número limitado de elementos DOC, isto aconteceu a partir da versão 2007 do Microsoft
• O nome de cada elemento Word.
• O significado de cada elemento ODT (Open document text) – Extensão padrão do edi-
tor de texto Writer contido no pacote LibreOffice.
Normalmente, a semântica é descritiva do conteúdo,
localização, atributos físicos, tipo (texto ou imagem, mapa - Planilhas Eletrônicas
ou modelo, por exemplo) e forma (folha impressa ou ar- XLS – Este tipo de arquivo é usado pelo Excel para criar
quivo eletrônico, por exemplo). Os principais elementos e editar planilhas. O XLS foi usado até a versão 2003, a par-
de metadados que fornecem suporte para acesso a docu- tir da versão 2007 passou a usar o formato XLSX
mentos publicados são o criador de uma obra, seu título,
ODS (Open document spreadsheets) - Extensão padrão
quando e onde ele foi publicado e as áreas que ela abor-
da planilha eletrônica Calc, contida no pacote LibreOffice.
da. Quando a informação é publicada sob forma analógica,
como material impresso, são fornecidos metadados adicio-
- Apresentações
nais para auxiliar na localização das informações, como os
PPT – Esta extensão é exclusiva para o Microsoft Po-
números de identificação utilizados nas bibliotecas.
werpoint, aplicativo que permite criar apresentações de sli-
des para palestrantes e situações semelhantes.
Extensões de Arquivos
ODP (Open document presentation) - Extensão padrão
As extensões de arquivos são sufixos que distinguem
seu formato e principalmente a função que cumprem no do criador/editor de apresentações Impress, contida no
computador. Cada extensão de arquivo possui funções e pacote LibreOffice.
aspectos próprios, por isso a maioria necessita de progra-
mas específicos para serem executadas. PDF
Como tudo que há em um computador é formado por Formato criado pela Adobe, atualmente é um dos pa-
arquivos, existem diversos formatos, como de textos, sons, drões utilizados na informática para documentos impor-
imagens, planilhas, vídeos, slides entre diversos outros. tantes, impressões de qualidade e outros aspectos. Pode
A principal ser visualizado no Adobe Reader, aplicativo mais conheci-
Sem dúvida alguma, a principal extensão é o EXE. A do entre os usuários do formato.
extensão significa basicamente que o arquivo é um exe-
cutável, ou seja, pode ser executado e produzir efeitos em Áudio
computadores com sistema operacional Windows. Isso dá MP3 – Esta é atualmente a extensão para arquivos de
a ele inúmeras possibilidades, desde realizar a instalação áudio mais conhecida entre os usuários, devido à ampla
de um programa no seu computador até mesmo execu- utilização dela para codificar músicas e álbuns de artistas.
tar um vírus dentro dele, pois ao se executar um arquivo O grande sucesso do formato deve-se ao fato dele reduzir
com a extensão EXE, o usuário está dando autorização ao o tamanho natural de uma música em até 90%, ao elimi-
sistema para executar todas as instruções contidas dentro nar freqüências que o ouvido humano não percebe em sua
dele. Quando tal ficheiro é de origem desconhecida ou grande maioria.

113
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

WMA – Esta extensão, muito semelhante ao MP3, foi Imagem


criada pela Microsoft e ganhou espaço dentro do mundo BMP – O Bitmap é um dos formatos de imagem mais
da informática por ser o formato especial para o Windows conhecidos pelo usuário. Pode-se dizer que este formato é
Media Player. Ao passar músicas de um CD de áudio para o o que apresenta a ilustração em sua forma mais crua, sem
seu computador usando o programa, todos os arquivos for- perdas e compressões. No entanto, o tamanho das ima-
mados são criados em WMA. Hoje, praticamente todos os gens geralmente é maior que em outros formatos. Nele,
players de música reproduzem o formato sem complicações. cada pixel da imagem é detalhado especificamente, o que
AAC – Sigla que significa codificação avançada de áudio, a torna ainda mais fiel.
o AAC foi criado pela Apple a fim de concorrer diretamente GIF – Sigla que significa Graphics Interchange Format,
com o MP3 e o WMA, visando superá-los em qualidade sem é um formato de imagem semelhante ao BMP, mas ampla-
aumentar demasiadamente o tamanho dos arquivos. Menos mente utilizado pela Internet, em imagens de sites, progra-
conhecido, o formato pode ser reproduzido em iPods e simi- mas de conversação e muitos outros. O maior diferencial
lares, além de players de mídia para computador. do GIF é ele permitir a criação de pequenas animações com
OGG – Um dos formatos menos conhecidos entre os imagens seguidas, o que é muito utilizado em emoticons,
usuários, é orientado para o uso em streaming, que é a blogs, fóruns e outros locais semelhantes.
transmissão de dados diretamente da Internet para o com- JPEG - Joint Photographic Experts Group é a origem
putador, com execução em tempo real. Isso se deve ao fato da sigla, que é um formato de compressão de imagens,
do OGG não precisar ser previamente carregado pelo com- sacrificando dados para realizar a tarefa. Enganando o olho
putador para executar as faixas. humano, a compactação agrega blocos de 8X8 bits, tor-
AC3 – Extensão que designa o formato Dolby Digital, nando o arquivo final muito mais leve que em um Bitmap.
amplamente utilizado em cinemas e filmes em DVD. A gran- JPG - É basicamente o principal formato de arquivos
de diferença deste formato é que as trilhas criadas nele en- de imagens digitais atualmente. Além do computador, este
volvem diversas saídas de áudio com freqüências bem divi- tipo de arquivo é usado também nas câmeras digitais ou
didas, criando a sensação de imersão que percebemos ao telefones com recurso de câmera. Ao tirar uma foto, o JPG
geralmente é o formato que eles usam para gravar o ar-
fazer uso de home theaters ou quando vamos ao cinema.
quivo.
WAV – Abreviação de WAVE, ou ainda WAVEForm audio
PNG – Este formato surgiu em sua época pelo fato dos
format, é o formato de armazenamento mais comum  ado-
algoritmos utilizados pelo GIF serem patenteados, encare-
tado pelo Windows. Ele serve somente para esta função, não
cendo a utilização dele. O PNG suporta canais alga e apre-
podendo ser tocado em players de áudio ou aparelhos de
senta maior gama de cores.
som, por exemplo.
Além destes formatos, há outros menos conhecidos
referentes à gráficos e ilustrações vetoriais, que são basea-
Vídeo
das em formas geométricas aplicadas de forma repetida na
AVI – Abreviação de audio vídeo interleave, menciona o tela, evitando o desenho pixelado feito no padrão Bitmap.
formato criado pela Microsoft que combina trilhas de áudio Algumas delas são o CRD, do Corel, e o AI, do Adobe Ilus-
e vídeo, podendo ser reproduzido na maioria dos players trator.
de mídia e aparelhos de DVD, desde que sejam compatíveis Compactadores
com o codec DivX. ZIP – A extensão do compactador Winzip se tornou tão
MPEG – Um dos padrões de compressão de áudio e famosa que já foi criado até o verbo “zipar” para mencionar
vídeo de hoje, criado pelo Moving Picture Experts Group, a compactação de arquivos. O programa é um dos pionei-
origem do nome da extensão. Atualmente, é possível encon- ros em sua área, sendo amplamente usado para a tarefa
trar diversas taxas de qualidade neste formato, que varia de desde sua criação.
filmes para HDTV a transmissões simples. RAR – Este é o segundo formato mais utilizado de
MOV – Formato de mídia especialmente desenhado compactação, tido por muitos como superior ao ZIP. O
para ser reproduzido no player QuickTime. Por esse motivo, Winrar, programa que faz uso dele, é um dos aplicativos
ficou conhecido através dos computadores da Apple, que mais completos para o formato, além de oferecer suporte
utilizam o QuickTime da mesma forma que o Windows faz ao ZIP e a muitos outros.
uso do seu Media Player. 7z – Criado pelos desenvolvedores do 7-Zip, esta ex-
RMVB - RealMedia Variable Bitrate, define o formato tensão faz menção aos arquivos compactados criados por
de arquivos de vídeo desenvolvido para o Real Player, que ele, que são de alta qualidade e taxa de diminuição de ta-
já foi um dos aplicativos mais famosos entre os players de manho se comparado às pastas e arquivos originais inseri-
mídia para computador. Embora não seja tão utilizado, ele dos no compactado.
apresenta boa qualidade se comparado ao tamanho de seus
arquivos.
MKV – Esta sigla denomina o padrão de vídeo criado
pela Matroska, empresa de software livre que busca ampliar
o uso do formato. Ele apresenta ótima qualidade de áudio e
vídeo e já está sendo adotado por diversos softwares, em
especial os de licença livre.

114
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Onde ficam os documentos? 1. Dispositivos


Qualquer coisa que exista no seu computador está ar-
mazenada em algum lugar e de maneira hierárquica. Em
cima de tudo, estão os dispositivos que são, basicamente,
qualquer peça física passível de armazenar alguma coisa.
Os principais dispositivos são o disco rígido; CD; DVD; car-
tões de memória e pendrives.
Tais dispositivos têm uma quantidade de espaço dispo-
nível limitada, que pode ser dividida em pedaços chama-
dos  partições. Assim, cada uma destas divisões é exibida
como umaunidade diferente no sistema. Para que a ideia
fique clara, o HD é um armário e aspartições são as gave-
tas: não aumentam o tamanho do armário, mas permitem
guardar coisas de forma independente e/ou organizada.
Em cada unidade estão as pastas que, por sua vez, con-
tém arquivos ou outras pastas que, por sua vez, podem ter
mais arquivos... e assim, sucessivamente. A organização de São todos os meios físicos possíveis de gravar ou salvar
tudo isso é assim: dados. Existem dezenas deles e os principais são:
HD ou Disco Rígido: é o cérebro da máquina. Nele está
tudo: o sistema operacional, seus documentos, programas
e etc.
DVD: Um DVD permite que você leia o conteúdo que
está gravado nele. Há programas gravadores de DVD que
permitem criar DVDs de dados ou conteúdo multimídia.
CD: Como um DVD, mas sem a possibilidade de gravar
vídeos e com um espaço disponível menor.
Pendrive: São portáteis e conectados ao PC por meio
de entradas USB. Têm como vantagem principal o tamanho
reduzido e, em alguns casos, a enorme capacidade de ar-
mazenamento.
Cartões de Memória: como o próprio nome diz, são
pequenos cartões em que você grava dados e são prati-
camente iguais aos Pendrives. São muito usados em note-
books, câmeras digitais, celulares, MP3 players e ebooks.
Para acessar o seu conteúdo é preciso ter um leitor insta-
lado na máquina. Os principais são os cartões SD, Memory
Stick, CF ou XD.
HD Externo ou Portátil:  são discos rígidos portáteis,
que se conectam ao PC por meio de entrada USB (geral-
mente) e têm uma grande capacidade de armazenamento.
Disquete:  se você ainda tem um deles, parabéns! O
disquete faz parte da “pré-história” no que diz respeito a
armazenamento de dados. Eram São pouco potentes e de
curta durabilidade.

2. Unidades e Partições
Para acessar tudo o que armazenado nos dispositivos
acima, o Windows usa unidades que, no computador, são
identificadas por letras. Assim, o HD corresponde ao C:; o
leitor de CD ou DVD é D: e assim por diante. Tais letras po-
dem variar de um computador para outro.
Você acessa cada uma destas unidades em “Meu Com-
putador”, como na figura abaixo:

115
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

4. Arquivos
Os arquivos são o computador. Sem mais, nem menos.
Qualquer dado é salvo em seu arquivo correspondente.
Existem arquivos que são fotos, vídeos, imagens, progra-
mas, músicas e etc.
Também há arquivos que não nos dizem muito como,
por exemplo, as bibliotecas DLL ou outros arquivos, mas
que são muito importantes porque fazem com que o Win-
dows funcione. Neste caso, são como as peças do motor de
um carro: elas estão lá para que o carango funcione bem.

A conta não fecha? Aparecem mais unidades do que


você realmente tem? Então, provavelmente, o seu HD está
particionado: o armário e as gavetas, lembra? Uma parti-
ção são unidades criadas a partir de pedaços de espaço de
um disco. Para que você tenha uma ideia, o gráfico abaixo
mostra a divisão de espaço entre três partições diferentes:
5. Atalhos

O conceito é fácil de entender: uma maneira rápida de


abrir um arquivo, pasta ou programa. Mas, como assim?
Um atalho não tem conteúdo algum e sua única função é
“chamar o arquivo” que realmente queremos e que está
armazenado em outro lugar.
Podemos distinguir um atalho porque, além de estar na
área de trabalho, seu ícone tem uma flecha que indicativa
se tratar de um “caminho mais curto”. Para que você tenha
uma ideia, o menu “Iniciar” nada mais é do que um aglo-
3. Pastas merado de atalhos.
As pastas - que, há “séculos” eram conhecidas por di- Se você apagar um atalho, não se preocupe: o arquivo
retórios - não contém informação propriamente dita e sim original fica intacto.
arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organi-
zar tudo o que está dentro de cada unidade. 6. Bibliotecas do Windows 7
O Windows 7 trouxe um novo elemento para a lista bá-
sica de arquivos e pastas: as bibliotecas. Elas servem ape-
nas para colocar no mesmo lugar arquivos de várias pastas.
Por exemplo, se você tiver arquivos de músicas em “C:\
Minha Música” e “D:\MP3”, poderá exibir todos eles na bi-
blioteca de música.

116
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

CÓPIAS DE SEGURANÇA (BACKUP) Copiando Arquivos de um Disco Rígido (H.D.) para


um Dispositivo (Fazendo Backup)
Existem muitas maneiras de perder informações em
um computador involuntariamente. Uma criança usando o • Clique no botão “Iniciar” (canto inferior esquerdo);
teclado como se fosse um piano, uma queda de energia, • Escolha “Programas”; e no menu que abre escolha
um relâmpago, inundações. E algumas vezes o equipamen- “Windows Explorer”.
to simplesmente falha. Em modos gerais o backup é uma • O Windows Explorer é dividido em duas partes. Do
tarefa essencial para todos os que usam computadores e / lado esquerdo são exibidas as pastas (diretórios) e do lado
ou outros dispositivos, tais como máquinas digitais de foto- direito o conteúdo das pastas;
grafia, leitores de MP3, etc. • Para ver o conteúdo de uma pasta clique uma vez so-
O termo backup também pode ser utilizado para hard- bre a pasta desejada (no lado esquerdo), e ele será exibido
ware significando um equipamento para socorro (funciona do lado direito.
como um pneu socorro do veículo) pode ser uma impres- • Para ver o conteúdo de uma subpasta (uma pasta
sora, cpu ou monitor etc.. que servirá para substituir tem-
dentro de outra pasta) clique duas vezes sobre a pasta de-
porariamente um desses equipamentos que estejam com
sejada do lado direito do “Windows Explorer”;
problemas.
• Depois de visualizar os arquivos ou pastas que se
Atualmente os mais conhecidos meios de backups
são: CD-ROM, DVD e Disco Rígido Externo, pendrives e deseja copiar no lado direito do “Windows Explorer”, se-
fitas magnéticas. Na prática existem inúmeros softwares lecione-os (clicando sobre o arquivo ou pasta, este ficará
para criação de backups e a posterior reposição. Como por destacado);
exemplo o Norton Ghost da Symantec. • Clique com o botão direito do mouse sobre o arquivo
Se você costuma fazer cópias de backup dos seus ar- “Copiar”;
quivos regularmente e os mantêm em um local separado, • Clique na unidade correspondente ao dispositivo no
você pode obter uma parte ou até todas as informações de lado esquerdo do “Windows Explorer”;
volta caso algo aconteça aos originais no computador. • Clique com o botão direito do mouse no espaço em
A decisão sobre quais arquivos incluir no backup é mui- branco do lado direito, e escolha “Colar”;
to pessoal. Tudo aquilo que não pode ser substituído facil-
mente deve estar no topo da sua lista. Antes de começar, Selecionando Vários Arquivos
faça uma lista de verificação de todos os arquivos a serem
incluídos no backup. Isso o ajudará a determinar o que pre- • Para selecionar vários arquivos ou pastas, após sele-
cisa de backup, além de servir de lista de referência para cionar o primeiro segure a tecla “Ctrl” e clique nos outros
recuperar um arquivo de backup. arquivos ou pastas desejadas. Todos os arquivos (ou pas-
Eis algumas sugestões para ajudá-lo a começar: tas) selecionados ficarão destacados.
• Dados bancários e outras informações financeiras
• Fotografias digitais Fazendo Backup do seu Outlook
• Software comprado e baixado através da Internet
• Projetos pessoais Todos sabem do risco que é não termos backup dos
• Seu catálogo de endereços de e-mail nossos dados, e dentre eles se inclui as informações que
• Seu calendário do Microsoft Outlook guardamos no OUTLOOK.
• Seus favoritos do Internet Explorer Já imaginou ter que entrar com todos os contatos no-
O detalhe mais importante antes de fazer um backup é vamente? E seus compromissos no calendário? Pior, como
formatar o dispositivo. Isso pode ser feito clicando com o
é que vai recuperar as mensagens de e-mail que você tinha
botão direito do mouse sobre o ícone do dispositivo, dentro
guardado?
do ícone “Meu Computador” e selecionar a opção formatar.
Como fazer o backup das informações do Outlook, não
Para ter certeza que o dispositivo não está danificado,
é uma atividade muito simples (pelo menos não há nele
escolha a formatação completa, que verificará cada setor
do disquete e mostrará para você se o disquete tem algum nada automatizado), listamos aqui algumas maneiras de
dano. Sempre que um disquete tiver problemas, não copie executar este backup e se garantir contra qualquer proble-
arquivos de backups para ele. ma! Exemplo para Outlook.
Bem, agora que você já sabe fazer cópias de segurança, 1 - Copie todas as mensagens para uma pasta separa-
conheça os dois erros mais banais que você pode cometer da (com isso você terá feito o backup das mensagens)
e tornar o seu backup inútil: 2 - Vá em Ferramentas -> Contas lá selecione todas as
1- Fazer uma cópia do arquivo no mesmo disco. Isso contas que deseja salvar e selecione Exportar. Cada conta
não é backup, pois se acontecer algum problema no disco será salva com a extensão (IAF) na pasta que você quiser.
você vai perder os dois arquivos. 3 - Para exportar todos os seus contatos, abra o seu
2- Fazer uma cópia e apagar o original. Isso também catálogo de endereços do seu Outlook, então clique em
não é backup, por motivos óbvios. Arquivo -> Exportar -> Catálogo de endereços (WAB). Com
Procure utilizar arquivos compactados apenas como esse procedimento todos os seus contatos serão armaze-
backups secundários, como imagens que geralmente ocu- nados num arquivo de extensão (WAB) com o nome que
pam um espaço muito grande. você quiser e na pasta que você quiser.

117
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

4 - Para as assinaturas é simples, basta copiar o conteú- Cópias Manuais


do de cada assinatura que você utiliza em arquivos de texto
(TXT) separados. Depois você poderá utilizar as suas assina- Você pode fazer backups da sua informação com estes
turas a partir dos arquivos que criou. passos simples:
5 - Para as regras (ou filtros), você deverá ir em Ferra- 1. Clique com o botão direito sobre o arquivo ou pasta
mentas -> Assistente de Regras -> Clicar em OPÇÕES -> de que seja fazer backup e depois clique na opção “Copiar”
Clicar em Exportar Regras. Será salvo um arquivo com a ex- no menu exibido. 2. Agora marque a unidade de backup, cli-
tensão RWZ. Fazer todos esses procedimentos é mais traba- que com o botão direito sobre ela e escolha “Colar” no menu
lhoso, porém muito mais seguro. exibido. Você pode marcar a unidade de backup ao locali-
Outra solução, é utilizar programas específicos para zá-la no ícone “Meu Computador”, ou seja, como uma das
backup do Outlook. unidades do Windows Explorer.
Isso é tudo. Não se esqueça de verificar o backup para se
MEIOS DISPONÍVEIS PARA BACKUPS EM ARMA- certificar que ele coube na unidade de backup e o mantenha
ZENAMENTO EXTERNO protegido.

Entende-se por armazenamento externo qualquer meca- Utilizando a ferramenta inclusa no Windows XP Pro-
nismo que não se encontre dentro do seu PC. Existem várias fessional.
opções, e apresentamos uma tabela com os mais comuns, Se você trabalha com o Windows XP Professional, você
vantagens e desvantagens: dispõe de uma ferramenta muito útil que se encarrega de
fazer os backups que você marcar. Siga estes passos para
CD-RW utilizá-la:
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Programas”.
É um CD em que pode guardar/gravar suas informações. 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas de Sis-
Arquivos realmente preciosos que precisam ser guardados tema”. 3. Escolha a opção “Backup”.
com 100% de certeza de que não sofrerão danos com o pas- Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
sar do tempo devem ser becapeados em CDs. A maioria dos aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique
computadores atuais inclui uma unidade para gravar em CD em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um
-RW. O CD-ROM é a forma mais segura de fazer grandes guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode obtê
backups. Cada CD armazena até 700 Mb e, por ser uma mídia -lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
ótica, onde os dados são gravados de maneira física, é muito Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema ope-
mais confiável que mídias magnéticas sujeitas a interferên- racional utiliza, dê um clique com o botão direito sobre o
cias elétricas. ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”. Dentro
da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu sistema
DVD-RW operacional.

A capacidade de armazenamento é muito maior, nor- Para utilizar a ferramenta de backups no Windows XP
malmente entre 4 e 5 gibabytes. Home Edition

Pen Drive Se seu PC tem o Windows XP Home Edition, você precisa


adicionar a ferramenta de backups que vem no seu CD origi-
São dispositivos bastante pequenos que se conectam a nal seguindo estes passos:
uma porta USB do seu equipamento. 1. Insira o CD do Windows XP (ou o que veio com seu
São muito portáteis, frequentemente são do tipo “cha- equipamento se ele foi pré-carregado) na unidade de CD. Se
veiro”, ideais para backups rápidos e para mover arquivos a tela de apresentação não aparecer, dê um clique duplo so-
entre máquinas. bre o ícone da unidade de CD dentro de “Meu Computador”.
Você deve escolher um modelo que não seja muito frágil. 2. Na tela de apresentação, escolha a opção “Executar
tarefas adicionais”.
HD Externo 3. Clique em “Explorar este CD”.
4. O Windows Explorer se abrirá. Localize a pasta “ValueA-
O HD externo funciona como um periférico, como se fos- dd” e dê um clique duplo sobre ela, depois em Msft e depois
se um Pen Drive, só que com uma capacidade infinitamente em NtBackup.
maior. 5. Agora, dê um clique duplo sobre o arquivo NtBackup.
msi para instalar a ferramenta de backup.
Backups utilizando o Windows Nota: Ao terminar a instalação, é provável que seja solici-
tado que você reinicie seu equipamento.
Fazer backups de sua informação não tem que ser um Para utilizar a ferramenta, siga estes passos:
trabalho complicado. Você pode simplesmente recorrer ao 1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Programas”.
método Copiar e Colar, ou seja, aproveitar as ferramentas 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas
dependendo da versão do Sistema Operacional (Windows, de Sistema”.
Linux, etc.) que você utiliza. 3. Escolha a opção “backup”.

118
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta, QUESTÕES GERAIS
aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique
em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um 1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi-
guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode nale a opção correta.
obtê-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês). (A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve
Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con-
operacional utiliza, dê um clique com o botão direito so- trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos
bre o ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”. relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema ope-
Dentro da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu racional.
sistema operacional.
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT
e DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso dire-
Recomendações para proteger seus backups
to aos diretórios de programas instalados na máquina em
Fazer backups é uma excelente prática de segurança uso.
básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você (C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de
esteja a salvo no dia em que precisar deles: um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha
1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório, da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá-
e, se for possível, em algum recipiente à prova de incên- rios possivelmente cadastrados nessa máquina.
dios, como os cofres onde você guarda seus documentos e (D) O Windows oferece um conjunto de acessórios
valores importantes. disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre
2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man- eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
tenha em lugares separados. (E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo-
3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o
melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na
(quase todos os programas de backup contam com essa máquina e, em seguida, desligar o computador.
opção), assim você não desperdiça espaço útil.
4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira Comentários: Para desinstalar um programa de forma
que sua informação fique criptografada o suficiente para segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou
que ninguém mais possa acessá-la. Se sua informação é
remover programas
importante para seus entes queridos, implemente alguma
Resposta – Letra A
forma para que eles possam saber a senha se você não
estiver presente.
*texto adaptado do material disponivel em:
https://www.vivaolinux.com.br/linux/ 2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in-
www.petropolis.rj.gov.br/intranet/images/intro_linux formações estão contidas em arquivos de vários formatos,
http://www.paulobarbosa.com.br/downloads/grupos.pdf que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de
mídias removíveis do computador, organizados em:
(A) telas.
(B) pastas.
(C) janelas.
(D) imagens.
(E) programas.

Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma


bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
sistema de armário e gavetas.
Resposta: Letra B

3- Um item selecionado do Windows XP pode ser ex-


cluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pres-
sionando-se simultaneamente as teclas
(A) Ctrl + Delete.
(B) Shift + End.
(C) Shift + Delete.
(D) Ctrl + End.
(E) Ctrl + X.

119
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Comentário: Quando desejamos excluir permanente- Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para so-
mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes mar todas as células de A3 até C3(dois pontos significam
para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun- ‘até’), sendo assim teremos que somar A3,  , B3, C3 obten-
to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem do-se o resultado 448.
do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente- Resposta: C.
mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que
deseja enviar este arquivo para a lixeira?”. 6- “O correio eletrônico é um método que permite
Resposta: C compor, enviar e receber mensagens através de sistemas
eletrônicos de comunicação”. São softwares gerenciadores
de email, EXCETO:
4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de A) Mozilla Thunderbird.
arquivos, sem que haja perda de informação? B) Yahoo Messenger.
(A) Compactação C) Outlook Express.
(B) Deleção D) IncrediMail.
(C) Criptografia E) Microsoft Office Outlook 2003.
(D) Minimização
(E) Encolhimento adaptativo Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de
e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos
Comentários: A compactação de arquivos é uma téc- memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrô-
nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados nico podem funcionar por meio de um software instalado
podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem- em nosso computador local ou por meio de um progra-
plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar, ma que funciona dentro de um navegador, via acesso por
SolusZip, etc. Internet. Este programa da Internet, que não precisa ser
Resposta: A instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software
local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel: Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando
está desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local);
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo
tempo;
Maiores Desvantagens:
• Ocupam espaço em disco;
  • Compatibilidade com os servidores de e-mail
Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e co- (nem sempre são compatíveis).
lado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será: A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em ne-
(A) 7 grito os mais conhecidos e utilizados atualmente):
(B) 56 Microsoft Office Outlook
(C) 448 Microsoft Outlook Express;
(D) 511 Mozilla Thunderbird;
(E) uma mensagem de erro IcrediMail
  Eudora
Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando Pegasus Mail
copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos Apple Mail (Apple)
em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova po- Kmail (Linux)
sição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser Windows Mail
copiada de D1 para D3: A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL,
  ou seja, não é instalado no computador local. Logo, é o
  gabarito da questão.
Resposta: B.

120
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e correio (D) O menu Exibir permite a visualização do documen-
eletrônico, analise: to aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos Word para ser aberto no MS PowerPoint.
navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Google (E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a ela-
Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet (Exem- boração de apresentações de slides que utilizem conteúdo
plo: http://www.google.com.br). e imagens de maneira estruturada e organizada.
II. Download significa descarregar ou baixar; é a transfe-
rência de dados de um servidor ou computador remoto para Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
um computador local. mandos universais dos programas da Microsoft como é o
III. Upload é a transferência de dados de um computa- caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do
dor local para um servidor ou computador remoto. localizar.
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail significa Em relação às outras letras:
movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a um Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
destinatário, com endereço eletrônico. Excel e não o Access
Estão corretas apenas as afirmativas: Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma
A) I, II, III, IV cópia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga.
B) I, II Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de
C) I, II, III exibição do documento dentro do contexto de cada pro-
D) I, II, IV grama e não de um programa para o outro como é o caso
E) I, III, IV da afirmativa.
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur- Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação
so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de de slides e sim o Ms Power Point.
página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais Resposta: B
conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro.
É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assi-
down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e III
nale a opção correta.
são verdadeiros.
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla
a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre
na Internet.
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da
Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem na
barra de endereços do navegador: http://intranet.com.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma
rede local, pois sua função é conectar um computador à
rede de telefonia fixa.
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina
denominada cliente requisita serviços a outra, denominada
servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet.
No item IV encontramos o item falso da questão, o que (E) Um servidor de páginas web é a máquina que ar-
nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men- mazena os nomes dos usuários que possuem permissão de
sagem de e-mail significa copiar e não mover! acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet.
Resposta: C. Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado
em termos de internet pois não é tão robusto quanto re-
8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do des P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda do
ambiente MS Office, assinale a opção correta. servidor central impede o acesso aos usuários clientes, no
(A) Ao se clicar no nome de um documento gravado segundo mesmo que um servidor “caia” outros servidores
com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Windo- ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo que
ws ativa o MS Access para a abertura do documento em tela. o download continue. Ex: programas torrent, Emule, Lime-
(B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas ware, etc.
ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL Em relação às outras letras:
+ V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve
todos os aplicativos da suíte MS Office. para localizar e identificar conjuntos de computadores na
(C) A opção Salvar Como, disponível no menu das apli- Internet e corresponde ao endereço que digitamos no na-
cações do MS Office, permite que o usuário salve o docu- vegador.
mento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso, letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma
a versão antiga do documento é apagada e só a nova versão forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede
permanece armazenada no computador. é restrito a uma rede local e não a internet como um todo.

121
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu- (D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do
acessar redes locais. arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de (E) Para se encontrar arquivos armazenados na estru-
computação que fornece serviços a uma rede de com- tura de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de
putadores. E não necessariamente armazena nomes de busca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretó-
usuários e/ou restringe acessos. rios de máquinas ligadas à Internet.
Resposta: D
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui-
10- Com relação à Internet, assinale a opção correta. vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
(A) A URL é o endereço físico de uma máquina na ras e Detalhes.
Internet, pois, por esse endereço, determina-se a cidade Resposta: B
onde está localizada tal máquina.
(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários Atenção: Para responder às questões de números
se conectarem a uma mesma máquina simultaneamente, 12 e 13, considere integralmente o texto abaixo:
como no caso de salas de bate-papo.
(C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e rece- Todos os textos produzidos no editor de textos padrão
bimento de arquivos na Internet. deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do
(D) Quando se digita o endereço de uma página web, órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial
o termo http significa o protocolo de acesso a páginas em de computadores.
formato HTML, por exemplo. Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve-
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns
correio eletrônico envia uma mensagem com anexo para artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados
outro destinatário de correio eletrônico. obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas,
Comentários: Os itens apresentados nessa questão valores e totais.
estão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados
os protocolos mais comuns: devem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas
carregamento de páginas de Hipertexto –  HTML às informações guardadas.
- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas
máquina na rede na internet visando o atendimento do nível de qualidade da
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebi- informação prestada à sociedade, pelo órgão.
mento de emails direto no PC via gerenciador de emails O ambiente operacional de computação disponível para
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do
padrão de envio de emails MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Seme- eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
lhante ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao utilizadas atualmente.
usuário a possibilidade de armazenamento e acesso a Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
suas mensagens de email direto no servidor. CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível aco-
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe- plada em portas do tipo USB) e outras funcionalmente se-
rência de arquivos melhantes.
Resposta: D
12- As células que contêm cálculos feitos na planilha
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor- eletrônica,
reta. (A) quando “coladas” no editor de textos, apresenta-
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar rão resultados diferentes do original.
pastas e arquivos e por seu intermédio não é possível (B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
acessar o Painel de Controle, o qual só pode ser acessado (C) somente podem ser copiadas para o editor de tex-
pelo botão Iniciar do Windows. tos dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco co-
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos lunas.
salvos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma
de modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções a uma.
de Modos de Exibição. (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede “coladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de
oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para tabela.
acesso direto a elas.  

122
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Comentários: Sempre que se copia células de uma pla- 15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
nilha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
como uma tabela simples, onde as fórmulas são esqueci- gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
das e só os números são colados. textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
Resposta: E chado, o resultado obtido será

13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio


do correio eletrônico, deve considerar as operações de
(A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos en-
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”.
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos en- Resposta: “C”
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere- Comentários:
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
  e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens
Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa
correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras
seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos formatações foi o item c.
os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no
campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sa- 16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
bendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que aten- Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento
de a segurança solicitada no enunciado. de um arquivo de textos ou de imagens na internet, en-
Resposta: A tre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao
14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário cliente, respectivamente, um
Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio (A) download e um upload
de arquivos em lotes, também denominados scripts, o (B) downgrade e um upgrade
shell de comando é um programa que fornece comuni- (C) downfile e um upfile
cação entre o usuário e o sistema operacional de forma (D) upgrade e um downgrade
direta e independente. Nos sistemas operacionais Win- (E) upload e um download
dows XP, esse programa pode ser acessado por meio de
um comando da pasta Acessórios denominado Resposta: “E”.
(A) Prompt de Comando
(B) Comandos de Sistema Comentários:
(C) Agendador de Tarefas  Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
(D) Acesso Independente Upload – Carregar para cima (enviar).
(E) Acesso Direto Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)

Resposta: “A” 17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)


Assinale a alternativa que contém os nomes dos menus
Comentários do programa Microsoft Word XP, em sua configuração
Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe- padrão, que, respectivamente, permitem aos usuários:
rece um ponto de entrada para a digitação de comandos do (I) numerar as páginas do documento, (II) contar as pa-
MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros coman- lavras de um parágrafo e (III) adicionar um cabeçalho
dos do computador. O mais importante é o fato de que, ao ao texto em edição.
digitar comandos, você pode executar tarefas no computa- a) Janela, Ferramentas e Inserir.
dor sem usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
Comando é normalmente usado apenas por usuários avan- c) Formatar, Editar e Janela.
çados. d) Arquivo, Exibir e Formatar.
e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.
Resposta: “B”
Comentário:
• Ação numerar - “INSERIR”
• Ação contar paginas - “FERRAMENTAS”
• Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”

123
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011) Resposta: “D”

Comentário:
Passo 1
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1

a) 3, 0 e 7.
b) 5, 0 e 7. Passo 2
c) 5, 1 e 2. que foi propagada pela alça de preenchimento para A2
d) 7, 5 e 2. e A3
e) 8, 3 e 4.

Resposta: “C”

Comentário:
Expressão =MÉDIA(A1:A3)
São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é
dividido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5
Expressão =MENOR(B1:B3;2)
Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número,
que seria o número 1. Para facilitar coloque esses números
em ordem crescente.
Expressão =MAIOR(C1:C3;3)
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número, Click na imagem para melhor visualizar
que seria o número 2. Para facilitar coloque esses números
em ordem decrescente. Passo 3
Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a
19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II) propagação, o resultado

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

124
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No Po- Resposta: D


werPoint 2007, a inserção de um novo comentário pode
ser feita na guia Comentário:
a) Geral.
b) Inserir.
c) Animações.
d) Apresentação de slides.
e) Revisão.

Resposta: “E”

Comentário:

Você pode usar a régua para definir tabulações manuais


no lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.
Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do do-
cumento não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir
Régua no topo da barra de rolagem vertical.
É possível definir tabulações rapidamente clicando no
seletor de tabulação na extremidade esquerda da régua
21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbi- até que ela exiba o tipo de tabulação que você deseja. Em
to das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy. seguida, clique na régua no local desejado.
zzz.br. O domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em Uma tabulação Direita define a extremidade do texto
inglês) utilizado para classificar o tipo de instituição, no à direita. Conforme você digita, o texto é movido para a es-
exemplo dado acima, é o querda.
a) protocolo. Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de
b) xxx. um ponto decimal. Independentemente do numero de dígi-
c) zzz. tos, o ponto decimal ficará na mesma posição.
d) yyy. Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere
e) br. uma barra vertical na posição de tabulação.

Resposta: “C”
Comentários: 23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012)
a) protocolo. protocolo HTTP Uma planilha do Microsoft Excel, na sua configuração
b) xxx. o nome do domínio padrão, possui os seguintes valores nas células: B1=4,
c) zzz. o tipo de domínio B2=1 e B3=3. A fórmula =ARRED(MÍNIMO(SOMA
d) yyy. subdomínios (B1:B3)/3;2,7);2) inserida na célula B5 apresentará o se-
e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio guinte resultado:
(A) 2
22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) (B) 1,66
Analise a régua horizontal do Microsoft Word, na sua (C) 2,667
configuração padrão, exibida na figura. (D) 2,7
(E) 2,67

Assinale a alternativa que contém apenas os indica-


dores de tabulação.
(A) II, III, IV e V.
(B) III e VI.
(C) I, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II e VI.

125
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Resposta: E Considere a figura que mostra o Windows Explorer


do Microsoft Windows XP, em sua configuração origi-
Comentário: nal, e responda às questões de números 24 e 25.

24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O


arquivo zaSetup_en se encontra
(A) no disquete.
(B) no DVD.
(C) em Meus documentos.
(D) no Desktop.
(E) na raiz do disco rígido.

Resposta: E

Comentário:

No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das


pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca-
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil
para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza-
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrin- janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
chadas no exemplo acima (arredondamento, mínimo e so- no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)
matório) em uma única questão. A função ARRED é para
arredondamento e pertence a mesma família de INT(parte
inteira) e TRUNCAR (parte do valor sem arredondamento).
A resposta está no item 2 que indica a quantidade de casas
decimais. Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra
A, C ou D. A função SOMA efetua a soma das três células
(B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre o menor
entre os dois valores informados (2,66666 - dízima periódi-
ca - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas
casas decimais.

126
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento
A organização social da conversação - Análise de situações de conversação da vida cotidiana e profissional de aten-
dente. As sequências conversacionais. As fórmulas de cortesia. Os processos de explicação e convencimento........ 01
As variedades da língua: a língua culta e a coloquial........................................................................................................................... 04
As características da fala em oposição à escrita. A variedade vocabular e sua aplicação em diversas situações comu-
nicativas.................................................................................................................................................................................................................. 05
Correspondência e atos oficiais: princípios da redação oficial, emprego dos pronomes de tratamento, níveis hierár-
quicos de tratamento, modelos de atos oficiais..................................................................................................................................... 22
Análise de processos administrativos: recebimento, conferência e distribuição....................................................................... 43
Ética no exercício da função pública........................................................................................................................................................... 48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

O programa estabelece que o cidadão como principal


A ORGANIZAÇÃO SOCIAL DA CONVERSAÇÃO foco de atenção de qualquer órgão público federal. Define
padrões de qualidade do atendimento e prevê a avaliação
- ANÁLISE DE SITUAÇÕES DE CONVERSAÇÃO
de satisfação do usuário por todos os órgãos e entidades
DA VIDA COTIDIANA E PROFISSIONAL da Administração Pública Federal direta, indireta e funda-
DE ATENDENTE. AS SEQUÊNCIAS cional que atendem diretamente ao cidadão.
CONVERSACIONAIS. Nesse sentido considera-se que o serviço público deve
AS FÓRMULAS DE CORTESIA. ter as seguintes características:
OS PROCESSOS DE EXPLICAÇÃO ₋ Adequado: realizado na forma prevista em lei deven-
E CONVENCIMENTO do atender ao interesse público;
₋ Eficiente: alcança o melhor resultado com menor con-
sumo de recursos;
ATENDIMENTO E QUALIDADE ₋ Seguro: não coloca em risco a vida, a saúde, a segu-
A globalização, os desafios do desenvolvimento tec- rança, o patrimônio ou os direitos materiais e imateriais do
nológico e cultural e a competição entre as organizações cidadão-usuário;
trazem como consequência o interesse pela qualidade de ₋ Contínuo: oferecido sem risco de interrupção, sendo
seus produtos e serviços. obrigatório o planejamento e a adoção de medidas de pre-
Esse interesse não se restringe às empresas privadas e venção para evitar a descontinuidade.
se estende, também, ao setor público.
Assim, vemos que ₋ Os empresários buscam aperfei- Usuários/ Clientes
çoar o desempenho em suas áreas de atuação (produtos Existem dois tipos de usuários ou clientes de uma or-
ganização:
ou serviços) e o relacionamento com os seus clientes.
•externos - recebem serviços ou produtos na sua ver-
₋ O setor público enfrenta os desafios de melhorar
são final.
a qualidade de seus serviços, aumentar a satisfação dos
•internos –fazem parte da organização, de seus seto-
usuários e instituir um atendimento de excelência ao pú-
res, grupos e atividades.
blico. Para identificar esses tipos de usuários, as pessoas da
Os clientes e usuários das organizações públicas e pri- organização devem responder o seguinte:
vadas também se mostram mais exigentes na escolha de ₋ Com que pessoas mantenho contato enquanto trabalho?
serviços e produtos de melhor qualidade. Assim, a relação ₋ Quem recebe o resultado do meu trabalho?
com estes clientes e usuários passa ser um novo foco de ₋ Qual o nível de satisfação das pessoas que dependem
preocupação e demanda esforços para sua melhoria. do resultado dos serviços executados por mim?

QUALIDADE Princípios para o bom atendimento na gestão da qualidade


O conceito de qualidade é amplo e suscita várias inter- 1. Foco no Cliente. Nas empresas privadas, a importân-
pretações. As mais expressivas se referem, por um lado, à cia dada a esse princípio se deve principalmente ao fato de
definição de qualidade como busca da satisfação do clien- que o sucesso da venda (lucro financeiro) depende da sa-
te, e, por outro, à busca da excelência para todas as ativida- tisfação do cliente com a qualidade do produto e também
des de um processo. com o tratamento recebido e com o resultado da própria
Na mesma vertente, a qualidade é também considera- negociação.
da como fator de transformação no modo como a organi- No setor público, este princípio se relaciona sobretudo
zação se relaciona com seus clientes, agregando valor aos aos conceitos de cidadania, participação, transparência e
serviços a ele destinados. controle social.
Em face dessa diversidade de significados, cabe às or- Para cumprir este princípio é necessário ter atenção
ganizações identificar os atributos ou indicadores de qua- com dois aspectos:
lidade dos seus produtos e serviços do ponto de vista dos ₋ verificar se o que é estabelecido como qualidade
seus usuários. Entre estes, podem ser destacados a eficiên- atende a todos os usuários, inclusive aos mais exigentes;
cia, a eficácia, a ética profissional, a agilidade no atendi- ₋ fazer bem feito o serviço e, depois, checar os passos
mento, entre outros. necessários para a sua execução.
No Brasil, a questão da qualidade na área pública vem Deve se lembrar que tais atitudes levam em conta tan-
to o atendimento do usuário quanto as atividades e rotinas
sendo abordada pelo Programa de Qualidade no Serviço
que envolvem o serviço.
Público que tem por objetivos elevar o padrão dos serviços
2. O serviço ou produto deve atender a uma real neces-
prestados e tornar o cidadão mais exigente em relação a
sidade do usuário. Este princípio se relaciona à dimensão da
esses serviços. Para tanto, o Programa visa a transforma- validade, isto é, o serviço ou produto deve ser exatamente
ção das organizações e entidades públicas no sentido de como o usuário espera, deseja ou necessita que ele seja.
valorizar a qualidade na prestação de serviços ao público, 3. Manutenção da qualidade. O padrão de qualidade
retirando o foco dos processos burocráticos. mantido ao longo do tempo é que leva à conquista da con-
fiabilidade.

1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

A atuação com base nesses princípios deve ser orientada A comunicação não-verbal realiza-se por meio de gestos
por algumas ações que imprimem qualidade ao atendimen- e expressões faciais e corporais que podem reforçar ou contra-
to, tais como: dizer o que está sendo dito. Cruzar os braços e as pernas, por
₋ identificar as necessidades dos usuários; exemplo, é um gesto que pode ser interpretado como posição
₋ cuidar da comunicação (verbal e escrita); de defesa.
₋ evitar informações conflitantes; Colocar a mão no queixo, coçar a cabeça ou espreguiçar-
₋ atenuar a burocracia; se na cadeira podem indicar falta de interesse no que a outra
₋ cumprir prazos e horários; pessoa tem a dizer.
₋ desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade; Também são gestos interpretados como forma de de-
₋ divulgar os diferenciais da organização; monstrar desinteresse durante a comunicação: ajeitar papéis
₋ imprimir qualidade à relação atendente/usuário; que se encontrem sobre a mesa, guardar papéis na gaveta,
responder perguntas com irritação ou deixar de respondê-las.
₋ fazer uso da empatia;
A linguagem é um código utilizado pelos indivíduos para
₋ analisar as reclamações;
processar pensamentos, ideias e diálogos interiores, ou comu-
₋ acatar as boas sugestões. nicar-se com outros. A linguagem pode ser representada por
Essas ações estão relacionadas a indicadores que podem uma língua ou pela não-verbalização.
ser percebidos e avaliados de forma positiva pelos usuários, É importante observar que algumas palavras assumem di-
entre eles: competência, presteza, cortesia, paciência, respeito. ferentes significados para cada pessoa.
Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, Palavras como amor, solidariedade, fraternidade, igual-
desrespeito, imposição de normas ou exibição de poder tor- dade, entre outras, servem de rótulos para experiências uni-
nam o atendente intolerável, na percepção dos usuários. No versais, mas têm significados particulares para cada indiví-
conjunto dessas ações deve ainda ser ressaltada a empatia duo. A realidade subjetiva de cada pessoa é formada pelo seu
como um fator crucial para a excelência no atendimento ao sistema de valores, pelas suas crenças, pelos seus objetivos
público. A utilização adequada dessa ferramenta no momen- pessoais e pela sua visão de mundo. Daí a importância de
to em que as pessoas estão interagindo é fundamental. No checarmos a linguagem utilizada no processo de comuni-
bom atendimento é importante a utilização de frases como cação e adaptarmos nossa mensagem ao vocabulário, aos
“Bom-dia”, “Boa-tarde”, “Sente-se por favor”, ou “Aguarde um interesses e às necessidades da pessoa a quem transmitimos
instante, por favor”, que, ditas com suavidade e cordialidade, alguma informação.
podem levar o usuário a perceber o tratamento diferencia-
do que algumas organizações já conseguem oferecer ao seu Barreiras e ruídos
No atendimento é preciso cuidado para evitar ruídos na
público-alvo.
comunicação, ou seja, é necessário reconhecer os elementos
que podem complicar ou impedir o perfeito entendimento das
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO mensagens. Às vezes, uma pessoa fala e a outra não entende
São elementos do processo de comunicação: exatamente o que foi dito. Ou, então, tendo em vista a subje-
• emissor – o que emite ou envia a mensagem tividade presente na mensagem, muitas vezes, o emissor tem
• receptor – o que recebe a mensagem uma compreensão diferente da que foi captada pelo receptor.
• mensagem – 0 que se quer comunicar Além dessas dificuldades, existem outras que interferem
• canal – o meio de comunicação pelo qual se transmite no processo de comunicação, entre elas, as barreiras tecnoló-
a mensagem gicas, psicológicas e de linguagem. Essas barreiras são verda-
• ruídos –tudo aquilo que pode atrapalhar a comunicação . deiros ruídos na comunicação.
O processo de comunicação é o centro de todas as ativi- As barreiras tecnológicas resultam de defeitos ou interfe-
dades humanas. No entanto, além de usar palavras corretas rências dos canais de comunicação. São de natureza material,
e adequadas ao contexto, o emissor deve transmitir à outra ou seja, resultam de problemas técnicos, como o do telefone
pessoa, o receptor, informações, ideias, percepções, inten- com ruído.
ções, desejos e sentimentos, ou seja, a mensagem do proces- As barreiras de linguagem podem ocorrer em razão das
so de comunicação. Ao mesmo tempo, para que a comuni- gírias, regionalismos, dificuldades de verbalização, dificulda-
cação ocorra, não basta transmitir ou receber bem as mensa- des ao escrever, gagueira, entre outros. As barreiras psicológi-
gens. É preciso, sobretudo, que haja troca de entendimentos. cas provêm das diferenças individuais e podem ter origem em
aspectos do comportamento humano, tais como:
Para tanto, as palavras são importantes, mas também o são
₋ seletividade: o emissor só ouve o que é do seu interesse
as emoções, as ideias, as informações não-verbais.
ou o que coincida com a sua opinião;
₋ egocentrismo: o emissor ou o receptor não aceita o pon-
Comunicação verbal e não verbal to de vista do outro ou corta a palavra do outro, demonstran-
A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio do resistência para ouvir;
da escrita. São exemplos de comunicações orais: ordens, pe- ₋ timidez: a inibição de uma pessoa em relação a outra
didos, debates, discussões, tanto face-a-face quanto por te- pode causar gagueira ou voz baixa, quase inaudível;
lefone, rádio, televisão ou outro meio eletrônico. Cartas, jor- ₋ preconceito: a percepção indevida das diferenças socio-
nais, impressos, revistas, cartazes, entre outros, fazem parte culturais, raciais, religiosas, hierárquicas, entre outras;
das comunicações escritas. ₋ descaso: indiferença às necessidades do outro.

2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

ATENDIMENTO TELEFÔNICO • não negar informações: nenhuma informação deve ser


Na comunicação telefônica, é fundamental que o inter- negada, mas há que se identificar o interlocutor antes de
locutor se sinta acolhido e respeitado, sobretudo porque se a fornecer, para confirmar a seriedade da chamada. Nessa
trata da utilização de um canal de comunicação a distância. situação, é adequada a seguinte frase: Vamos anotar esses
É preciso, portanto, que o processo de comunicação ocorra dados e depois entraremos em contato com o senhor.
da melhor maneira possível para ambas as partes (emissor • não apressar a chamada: é importante dar tempo ao
e receptor) e que as mensagens sejam sempre acolhidas e tempo, ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem a di-
contextualizadas, de modo que todos possam receber bom zer e mostrar que o diálogo está sendo acompanhado com
atendimento ao telefone. atenção, dando feedback, mas não interrompendo o racio-
Alguns autores estabelecem as seguintes recomenda- cínio do interlocutor;
ções para o atendimento telefônico: • sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e demonstra
• não deixar o cliente esperando por um tempo muito que o atendente é uma pessoa amável, solícita e interessada;
longo. É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo e • ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser ca-
retornar a ligação em seguida; tastrófica: as más palavras difundem-se mais rapidamente
• o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário do que as boas;
tem de se empenhar em explicar corretamente produtos e • manter o cliente informado: como, nessa forma de co-
serviços; municação, não se estabelece o contato visual, é necessário
• atender às necessidades do cliente; se ele desejar algo que o atendente, se tiver mesmo que desviar a atenção do
que o atendente não possa fornecer, é importante oferecer telefone durante alguns segundos, peça licença para inter-
alternativas; romper o diálogo e, depois, peça desculpa pela demora. Essa
• agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia” atitude é importante porque poucos segundos podem pare-
ou “boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa ou insti- cer uma eternidade para quem está do outro lado da linha;
tuição são atitudes que tornam a conversa mais pessoal. Per- • ter as informações à mão: um atendente deve conser-
guntar o nome do cliente e tratá-lo pelo nome transmitem a var a informação importante perto de si e ter sempre à mão
ideia de que ele é importante para a empresa ou instituição. as informações mais significativas de seu setor. Isso permite
aumentar a rapidez de resposta e demonstra o profissiona-
O atendente deve também esperar que o seu interlocutor
lismo do atendente;
desligue o telefone. Isso garante que ele não interrompa o
• estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que
usuário ou o cliente. Se ele quiser complementar alguma
liga: quem atende a chamada deve definir quando é que a
questão, terá tempo de retomar a conversa.
pessoa deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é que a
empresa ou instituição vai retornar a chamada.
No atendimento telefônico, a linguagem é o fator prin- Todas estas recomendações envolvem as seguintes ati-
cipal para garantir a qualidade da comunicação. Portanto, tudes no atendimento telefônico:
é preciso que o atendente saiba ouvir o interlocutor e res- ₋ receptividade - demonstrar paciência e disposição para
ponda a suas demandas de maneira cordial, simples, clara e servir, como, por exemplo, responder às dúvidas mais co-
objetiva. O uso correto da língua portuguesa e a qualidade muns dos usuários como se as estivesse respondendo pela
da dicção também são fatores importantes para assegu- primeira vez. Da mesma forma é necessário evitar que inter-
rar uma boa comunicação telefônica. É fundamental que o locutor espere por respostas;
atendente transmita a seu interlocutor segurança, compro- ₋ atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrupções,
misso e credibilidade. dizer palavras como “compreendo”, “entendo” e, se necessá-
Além das recomendações anteriores, são citados, a rio, anotar a mensagem do interlocutor);
seguir, procedimentos para a excelência no atendimento ₋ empatia - para personalizar o atendimento, pode-se
telefônico: pronunciar o nome do usuário algumas vezes, mas, nunca,
• identificar e utilizar o nome do interlocutor: ninguém expressões como “meu bem”, “meu querido, entre outras);
gosta de falar com um interlocutor desconhecido, por isso, o ₋ concentração – sobretudo no que diz o interlocutor
atendente da chamada deve identificar-se assim que atender (evitar distrair-se com outras pessoas, colegas ou situações,
ao telefone. Por outro lado, deve perguntar com quem está desviando-se do tema da conversa, bem como evitar comer
falando e passar a tratar o interlocutor pelo nome. Esse toque ou beber enquanto se fala);
pessoal faz com que o interlocutor se sinta importante; ₋ comportamento ético na conversação – o que envolve
• assumir a responsabilidade pela resposta: a pessoa que também evitar promessas que não poderão ser cumpridas.
atende ao telefone deve considerar o assunto como seu, ou
seja, comprometer-se e, assim, garantir ao interlocutor uma ATENDIMENTO PRESENCIAL
resposta rápida. Por exemplo: não deve dizer “Não sei”, mas Nessa modalidade de atendimento devem ser incorpo-
“Vou imediatamente saber” ou “Daremos uma resposta logo rados alguns princípios relativos ao atendimento telefônico,
que seja possível”. Se não for mesmo possível dar uma res- além de outros específicos a serem abordados a seguir.
posta ao assunto, o atendente deverá apresentar formas al- Por se tratar de uma modalidade de comunicação de
ternativas para o fazer, como: fornecer o número do telefone grande impacto junto ao usuário, o atendente deve sempre
direto de alguém capaz de resolver o problema rapidamente, demonstrar simpatia, competência e profissionalismo e ter
indicar o e-mail ou o número do fax do responsável procu- atenção com as expressões do rosto, da voz, dos gestos, do
rado. A pessoa que ligou deve ter a garantia de que alguém vocabulário e de aparência. E da mesma forma, considerar
confirmará a recepção do pedido ou chamada; os seguintes princípios.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Princípios para a qualidade ao atendimento presencial: • comunicação – clareza nas instruções de utilização dos
• Competência - O usuário espera que cada pessoa que serviços.
o atenda detenha informações detalhadas sobre o funciona- O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige
mento da organização e do setor que ele procurou. ao cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando sua
• Legitimidade - O usuário deve ser atendido com ética, simpatia. Está relacionada a:
respeito, imparcialidade, sem discriminações, com justiça e ₋ presteza – demonstração do desejo de servir, valorizan-
colaboração. do prontamente a solicitação do usuário;
• Disponibilidade - O atendente representa, para o usuá- ₋ cortesia – manifestação de respeito ao usuário e de cor-
rio, a imagem da organização. Assim, deve haver empenho dialidade;
para que o usuário não se sinta abandonado, desamparado, ₋ flexibilidade – capacidade de lidar com situações não
sem assistência. O atendimento deve ocorrer de forma perso- -previstas.
nalizada, atingindo-se a satisfação do cliente.
• Flexibilidade - O atendente deve procurar identificar
claramente as necessidades do usuário e esforçar-se para aju- AS VARIEDADES DA LÍNGUA:
dá-lo, orientá-lo, conduzi-lo a quem possa ajudá-lo adequa- A LÍNGUA CULTA E A COLOQUIAL
damente.

Para que o cliente ou usuário possa se sentir bem aten-


dido, existem, também, algumas estratégias verbais, não-ver- A linguagem é a capacidade que o homem possui de in-
bais e ambientais. teragir com o seu semelhante por meio da palavra, oral ou
escrita,  gestos, expressões fisionômicas, imagens, notas mu-
Estratégias verbais sicais etc. O uso da linguagem sempre objetivará a produção
₋ Reconhecer, o mais breve possível, a presença das pes- de sentido, ou seja, o entendimento entre os interlocutores
soas; (parceiros no processo comunicativo). Para isso, o processo
₋ pedir desculpas se houver demora no atendimento; de adequação linguística é fundamental.
₋ se possível, tratar o usuário pelo nome; A linguagem não pode ser utilizada sempre da mesma for-
₋ Demonstrar que quer identificar e entender as necessi- ma, já que o contexto, os interlocutores e o objetivo da mensa-
dades do usuário; gem são alguns dos fatores que influenciam a forma como ela
₋ Escutar atentamente, analisar bem a informação, apre- deverá ser usada. Ela também não deve ser classificada como
sentar questões; certa ou errada, mas como adequada ou inadequada.
No processo de adequação da linguagem, além dos fa-
Estratégias não-verbais tores já mencionados, diferenciar e caracterizar a língua culta
₋ Olhar para a pessoa diretamente e demonstrar atenção; e coloquial é imprescindível, pois a confusão entre elas causa
₋ Prender a atenção do receptor; prejuízos tanto para a produção textual quanto para a comuni-
₋ Não escrever enquanto estiver falando com o usuário; cação de forma geral. Acompanhe as características da língua
₋ Prestar atenção à comunicação não-verbal; coloquial e culta:
 
Estratégias ambientais Língua coloquial:
₋ Manter o ambiente de trabalho organizado e limpo; • Variante espontânea;
₋ Assegurar acomodações adequadas para o usuário; • Utilizada em relações informais;
₋ Evitar pilhas de papel, processos e documentos desor- • Sem preocupações com as regras da gramática
ganizados sobre a mesa. normativa;
• Presença de coloquialismos (expressões próprias da
Atendimento e tratamento fala), tais como: pega leve, se toca, tá rolando, etc.
O atendimento está diretamente relacionado aos negó- • Uso de gírias;
cios de uma organização, suas finalidades, produtos e ser- • Uso de formas reduzidas ou contraídas (pra, cê, peraí, etc.)
viços, de acordo com suas normas e regras. O atendimento • Uso de “a gente” no lugar de nós;
estabelece, dessa forma, uma relação entre o atendente, a • Uso frequente de palavras para articular ideias (tipo
organização e o cliente. assim, ai, então, etc.);
A qualidade do atendimento, de modo geral, é determi-
nada por indicadores percebidos pelo próprio usuário relati-  Língua culta:
vamente a: • Usada em situações formais e em documentos oficiais;
• competência – recursos humanos capacitados e recur- • Maior preocupação com a pronúncia das palavras;
sos tecnológicos adequados; • Uso da norma culta;
• confiabilidade – cumprimento de prazos e horários es- • Ausência do uso de gírias;
tabelecidos previamente; • Variante prestigiada.
• credibilidade – honestidade no serviço proposto; A língua coloquial, por ser descontraída, relaciona-se com
• segurança – sigilo das informações pessoais; a fala (língua oral), enquanto a culta, com a escrita.
• facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao pes- Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/lingua-culta-
soal de contato; coloquial.html

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

O processo de comunicação é o centro de todas as ati-


AS CARACTERÍSTICAS DA FALA vidades humanas. No entanto, além de usar palavras corretas
e adequadas ao contexto, o emissor deve transmitir à outra
EM OPOSIÇÃO À ESCRITA. A VARIEDADE pessoa, o receptor, informações, ideias, percepções, intenções,
VOCABULAR E SUA APLICAÇÃO EM DIVERSAS desejos e sentimentos, ou seja, a mensagem do processo de
SITUAÇÕES COMUNICATIVAS comunicação. Ao mesmo tempo, para que a comunicação
ocorra, não basta transmitir ou receber bem as mensagens.
É preciso, sobretudo, que haja troca de entendimentos. Para
O profissional de administração deve estabelecer e man- tanto, as palavras são importantes, mas também o são as
ter um sistema contingente de comunicação dentro da orga- emoções, as ideias, as informações não verbais.
nização, de forma unificadora e esclarecedora, a fim de saber
qual é a situação de sua organização para poder controlar as Comunicação verbal e não verbal
atividades e tomar decisões, visto que nem sempre a infor- A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio
mação segue os rumos que a organização deseja, transfor- da escrita. São exemplos de comunicações orais: ordens, pe-
mando-se muitas vezes em boatos que venham a prejudicar didos, debates, discussões, tanto face-a-face quanto por tele-
a corporação. fone, rádio, televisão ou outro meio eletrônico. Cartas, jornais,
A comunicação administrativa não deve se preocupar impressos, revistas, cartazes, entre outros, fazem parte das co-
com meios externos e sim com seu fluxo interno de infor- municações escritas.
mações. Ela deve ser feita entre e para os membros da or- A comunicação não verbal realiza-se por meio de gestos
ganização, o que não impede que algumas informações e expressões faciais e corporais que podem reforçar ou contra-
transmitidas internamente sejam difundidas além dos limites dizer o que está sendo dito. Cruzar os braços e as pernas, por
da organização. Ela precisa ser vista como uma forma de co- exemplo, é um gesto que pode ser interpretado como posição
municação social e humana, constituída por cinco elementos de defesa. Colocar a mão no queixo, coçar a cabeça ou espre-
básicos; um comunicador que transmite uma mensagem para guiçar-se na cadeira podem indicar falta de interesse no que a
um receptor visando obter um feedback do mesmo. outra pessoa tem a dizer.
Seu principal objetivo é unir a situação de todos os seto- Também são gestos interpretados como forma de de-
res, e todos os assuntos, interagir entre os membros e garantir monstrar desinteresse durante a comunicação: ajeitar papéis
a funcionalidade da empresa. Denominada de comunicação que se encontrem sobre a mesa, guardar papéis na gaveta,
funcional, parte-se do pressuposto de que cada cargo de uma responder perguntas com irritação ou deixar de respondê-las.
organização precisa comunicar algo a alguém ou algum setor, A linguagem é um código utilizado pelos indivíduos para
de modo a transmitir as informações necessárias em busca processar pensamentos, idéias e diálogos interiores, ou comu-
de um trabalho sinérgico, respeitando as individualidades de nicar-se com outros. A linguagem pode ser representada por
cada cargo, setor e também as pessoais. A comunicação deve uma língua ou pela não verbalização.
ser vista pelo administrador como instrumento descentraliza- É importante observar que algumas palavras assumem
dor e de elevação da capacidade operacional da organização, diferentes significados para cada pessoa.
através da delegação de autoridades e atribuições, contudo Palavras como amor, solidariedade, fraternidade, igualda-
sem que o administrador perca o controle e a autoridade pe- de, entre outras, servem de rótulos para experiências universais,
rante seus subordinados. A descentralização administrativa mas têm significados particulares para cada indivíduo. A reali-
exige, acima de tudo, um sistema eficaz de comunicação e dade subjetiva de cada pessoa é formada pelo seu sistema de
controle. É a comunicação horizontal que permitirá ao admi- valores, pelas suas crenças, pelos seus objetivos pessoais e pela
nistrador alcançar sinergia e controle dos mais variados seto- sua visão de mundo. Daí a importância de checarmos a lingua-
res que compõe o corpo da empresa. gem utilizada no processo de comunicação e adaptarmos nos-
Fica explícito que conforme o tamanho da organização as sa mensagem ao vocabulário, aos interesses e às necessidades
trocas de informação podem sofrer mais empecilhos, contudo da pessoa a quem transmitimos alguma informação.
são nesses casos que a comunicação torna-se mais necessá-
ria. Sem um plano comunicacional eficaz o trabalho torna-se Barreiras e ruídos
mais demorado e desperdiçam-se esforços, já que fica clara No atendimento é preciso cuidado para evitar ruídos na
a dificuldade de interação entre os mais variados setores da comunicação, ou seja, é necessário reconhecer os elementos
organização. Onde se faz necessário o trabalho em grupo há que podem complicar ou impedir o perfeito entendimento
consequentemente a necessidade de se realizar uma compe- das mensagens. Às vezes, uma pessoa fala e a outra não en-
tente comunicação horizontal. tende exatamente o que foi dito. Ou, então, tendo em vista a
subjetividade presente na mensagem, muitas vezes, o emissor
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO tem uma compreensão diferente da que foi captada pelo re-
São elementos do processo de comunicação: ceptor. Alguns exemplos:
• emissor – o que emite ou envia a mensagem Ruídos
• receptor – o que recebe a mensagem Sobrecarga de informações
• mensagem – 0 que se quer comunicar Tipos de informações
• canal – o meio de comunicação pelo qual se transmite Fonte de informações
a mensagem Localização Física
• ruídos –tudo aquilo que pode atrapalhar a comunicação . Defensividade

5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Além dessas dificuldades, existem outras que interfe- OBJETIVOS DA COMUNICAÇÃO INTERNA
rem no processo de comunicação, entre elas, as barreiras Os principais objetivos da comunicação interna são:
tecnológicas, psicológicas e de linguagem. Essas barreiras •Tornar influentes, informados e integrados todos os
são verdadeiros ruídos na comunicação. funcionários da empresa;
As barreiras tecnológicas resultam de defeitos ou in-
terferências dos canais de comunicação. São de natureza •Possibilitar aos colaboradores de uma empresa o co-
material, ou seja, resultam de problemas técnicos, como o nhecimento das transformações ocorridas no ambiente de
do telefone com ruído. trabalho;
As barreiras de linguagem podem ocorrer em razão
•Tornar determinante a presença dos colaboradores de
das gírias, regionalismos, dificuldades de verbalização, difi-
uma organização no andamento dos negócios.
culdades ao escrever, gagueira, entre outros.
•Facilitar a comunicação empresarial, deixando-a clara
As barreiras psicológicas provêm das diferenças indivi- e objetiva para o público interno.
duais e podem ter origem em aspectos do comportamento
humano, tais como: Comunicação interna: porque, como e quando deve
Seletividade: o emissor só ouve o que é do seu interes- acontecer
se ou o que coincida com a sua opinião; Sabemos que a comunicação é o processo de tro-
Egocentrismo: o emissor ou o receptor não aceita o ca de informações entre duas ou mais pessoas. Desde os
ponto de vista do outro ou corta a palavra do outro, de- tempos mais remotos, a necessidade de nos comunicar é
monstrando resistência para ouvir; uma questão de sobrevivência. No mundo dos negócios
Timidez: a inibição de uma pessoa em relação a outra não é diferente. A necessidade de tornar os funcionários
pode causar gagueira ou voz baixa, quase inaudível; influentes, integrados e informados do que acontece na
Preconceito: a percepção indevida das diferenças so- empresa, fazendo-os sentir parte dela, fez surgir a comuni-
cioculturais, raciais, religiosas, hierárquicas, entre outras; cação interna, considerada hoje como algo imprescindível
Descaso: indiferença às necessidades do outro. às organizações, merecendo, cada vez mais, maior aten-
ção. Por meio da Comunicação Interna, torna-se possível
A comunicação interna e sua importância nas organizações estabelecer canais que possibilitem o relacionamento ágil e
transparente da direção da organização com o seu público
A imagem da empresa é muito importante para a so-
interno e entre os próprios elementos que integram este
brevivência da mesma. Para ter uma imagem consolidada
público.
é necessário transformar seus funcionários em verdadeiros
Nesse sentido, entender a importância da Comuni-
embaixadores da boa vontade de sua empresa. Em decor- cação Interna em todos os meios hierárquicos, como um
rência disso, tem se discutido a relação entre empregado/ instrumento da administração estratégica é uma exigência
empregador. Assim, este artigo trata da importância da para se atingir a eficácia organizacional. Compreender a
comunicação interna para as instituições, as estratégias importância desse processo de comunicação para que flua
usadas por ela para o bom relacionamento com seus fun- de forma eficiente, no momento oportuno, de forma que
cionários, a eficiência da comunicação para com o público seja atingido o objetivo pretendido, é um desafio para as
interno e a importância do profissional de Relações Públi- organizações.
cas nesse contexto. A comunicação efetiva só se estabelece em clima de
Não basta ter uma equipe de grandes talentos alta- verdade e autenticidade. Caso contrário, só haverá jogos
mente motivados. de aparência, desperdício de tempo e, principalmente uma
Se ela não estiver bem informada, se seus integrantes “anti-comunicação” no que é essencial/necessário. Porém
não se comunicarem adequadamente, não será possível não basta assegurar que a comunicação ocorra. É preci-
potencializar a força humana da empresa. so fazer com que o conteúdo seja efetivamente aprendido
A comunicação interna nas organizações, empresas ou para que as pessoas estejam em condições de usar o que
entidades nem sempre foi valorizada ou reconhecida como é informado.
de vital importância para o desenvolvimento e sobrevivên- Por tanto, o trabalho em equipe precisa ser incentivado
com uma postura de empatia e cooperação eliminando as-
cia dessas organizações.
sim, os afastamentos e as falhas na comunicação.
Na era da informação e em um momento em que a
O envolvimento dos colaboradores em todo o proces-
tecnologia é disponibilizada, a habilidade no processamen- so organizacional desenvolvendo a capacidade de boa co-
to de dados e a transformação desses dados em informa- municação interpessoal é condição imprescindível ao bom
ções prontas para serem usadas nas tomadas de decisões, andamento da organização.
representa uma oportunidade valiosa na melhoria do pro- A falta de cultura do diálogo, de abertura a conversa-
cesso de comunicação no mundo dos negócios. Só através ção e a troca de ideias, opiniões, impressões e sentimentos,
de uma comunicação interna eficiente, é que acontece a é, sem dúvida alguma, o grande problema que prejudica o
troca de informações. funcionamento de organizações e países. A comunicação
É papel do profissional de Relações Públicas fazer com corporativa é um processo diretamente ligado à cultura
que haja interação entre todo o universo organizacional. da empresa, ou seja, aos valores e ao comportamento das
suas lideranças e às crenças dos seus colaboradores.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

As comunicações administrativas consideradas como Estrutura de autoridade: verifica-se que as diferenças


fontes de comunicação social e humana encontram os se- hierárquicas ajudam a determinar quem irá comunicar-se
guintes elementos: comunicador, mensagem e destinatá- com quem. O conteúdo e exatidão da comunicação são
rio. O processo de comunicação envolve no mínimo duas sempre comprometidos pela diferença de autoridade.
pessoas ou grupos: remetente (fonte) e o destino (recebe- A especialização do trabalho, ou seja, a divisão do tra-
dor) isto é, o que envia a documentação e o que recebe. balho em ações pertinentes a cada grupo facilita a comu-
O conteúdo da comunicação é geralmente uma men- nicação entre esses grupos.
sagem e o seu objetivo é a compreensão por parte de
quem recebe. A comunicação só ocorre quando o destino
TIPOS DE COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
(quem a recebe) a compreende ou a interpreta. Se a men-
Nas organizações a comunicação apresenta diferentes
sagem não chega ao destino à comunicação não acontece.
formas que variam de acordo com os elementos, contexto
FATORES QUE INFLUENCIAM A COMUNICAÇÃO e tipo de comunicação a ser usado.
A qualidade da comunicação é derivada de alguns A comunicação se divide em dois itens: comunicação
pontos considerados de suma importância: verbal e comunicação não verbal.
•Prioridade à comunicação – qualidade e timing da co- No primeiro item a comunicação envolve participação,
municação assegurando sintonia de energia e recursos de transmissão e trocas de conhecimento e experiências. A
todos com os objetivos maiores da empresa; comunicação verbal pode ser: interna – quando o proces-
•Abertura da alta direção – disposição da cúpula de so acontece dentro da empresa e externa – quando o pro-
abrir informações essenciais garantindo insumos básicos a cesso ultrapassa os limites da empresa, ocorrendo entre
todos os colaboradores; esta e funcionários ou instituições de fora da empresa.
•Processo de busca – pro-atividade de cada colabo- Quanto à transmissão da mensagem, a comunicação
rador em busca das informações que precisa para realizar ocorre de duas formas: oral e escrita.
bem o seu trabalho; Para se ter ideia da importância das comunicações
•Autenticidade – verdade acima de tudo, ausência de orais, basta lembrar que elas estão no cerne dos proble-
“jogos de faz de conta” e autenticidade no relacionamento mas de relacionamento entre setores ou na raiz das so-
entre os colaboradores assegurando eficácia da comunica- luções de integração horizontal/vertical. Muitas questões
ção e do trabalho em times;
pendentes poderiam ser resolvidas por meio de uma re-
•Foco em aprendizagem – garantia de efetiva apren-
ceita que inclui, necessariamente, contatos, reuniões de
dizagem do que é comunicado, otimizando o processo de
integração, avaliação, análise, controle e feedback. Como
comunicação;
•Individualização – consideração às diferenças indivi- se percebe, as comunicações orais merecem atenção.
duais (evitando estereotipo e generalizações) assegurando Quanto ao tipo de comunicação a ser utilizado, pode
melhor sintonia e qualidade de relacionamento na empre- ser: formal (realizada através da hierarquia) e informal
sa; (realizada fora do sistema convencional).
•Competências de base – desenvolvimento de com-
petências básicas em comunicação (ouvir, expressão oral e Comunicação não verbal – O propósito deste tipo de
escrita, habilidades interpessoais) assegurando qualidade informação é exprimir sentimentos sem usar a palavra.
das relações internas; Exemplo: balançar a cabeça para indicar um “sim”.
•Velocidade – rapidez na comunicação dentro da em- A comunicação não verbal, de um modo geral pode
presa potencializando sua qualidade e nível de contribui- ser dividida em oito categorias:
ção aos objetivos maiores; 1. Ambiente – espaço físico.
•Adequação tecnológica – equilíbrio entre tecnologia e 2. Posição do corpo
alto contato humano assegurando evolução da qualidade 3. Postura – inclinar-se em direção a outra pessoa su-
da comunicação e potencializando a força do grupo. gere ser favorável em relação à mensagem.
Quatro fatores influenciam a eficácia da comunicação 4. Gestos das mãos
nas organizações: canais formais da comunicação, estrutu- 5. Expressões e movimentos faciais – aspectos da face
ra de autoridade, especialização do trabalho e a proprieda-
e movimentos com a cabeça podem indicar aprovação,
de da informação.
desaprovação ou descrença.
Os canais formais da comunicação influenciam a efi-
cácia da comunicação de duas formas: primeiro, os canais 6. Timbre de voz – podem comunicar confiança, ner-
cobrem uma distância cada vez maior à medida que as or- vosismo ou entusiasmo.
ganizações crescem e se desenvolvem. Atingir a comunica- 7. Vestuário, adorno e aparência
ção eficaz em uma grande organização é muito mais difícil 8. Reflexão – muitos sinais não verbais são ambíguos.
do que em uma organização menor. Exemplo: um sorriso indica calor humano, mas, às vezes
Segundo, os canais de comunicação inibem o fluxo li- pode indicar nervosismo.
vre de informações entre os diversos níveis da organização.
Exemplo: um trabalhador do almoxarifado de uma empresa
comunicará problemas do seu trabalho a um supervisor e
nunca ao gerente.

7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Seja através da comunicação verbal ou não verbal, a in- A rádio corredor é o principal meio de transmissão de
formação é indispensável aos funcionários de uma empresa boatos e até pode criar problemas à organização. Boatos falsos
como base para atingir metas. É através da informação que podem ser prejudiciais à moral e à produtividade da empresa.
se pode detectar áreas problemáticas capazes de impedir a Reuniões com empregados para discutir o boato é a melhor
consecução de objetivos. É também, por meio dela que são forma de evitar que tais boatos comprometam a imagem dos
avaliados desempenhos individuais e/ou coletivos. E ainda, só funcionários da Organização.
através de informações torna-se possível fazer ajustamentos Encontros Casuais - não programados - acontecendo en-
necessários para que a eficiência no trabalho seja alcançada. tre os superiores e empregados podem representar um canal
de informação eficiente. Além das reuniões formais, muitas
CANAIS DA COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES informações valiosas podem ser coletadas nesses encontros
As mensagens, nas organizações passam por diferentes casuais. A alta direção, preocupados com a comunicação in-
caminhos ou canais. Tais canais podem ser formais ou infor- terna, utilizam desses canais sem preconceito, coletando infor-
mações que os ajudam na tomada de decisões importantes.
mais. Para Du Brin (2001) os canais formais de comunicação
Muitas vezes, a comunicação não acontece de forma efi-
são os caminhos oficiais para envio de informações dentro e
caz em virtude da falta de habilidade do emissor e/ou receptor,
fora da empresa, tendo como fonte de informação o Organo-
constituindo-se verdadeiras barreiras. Consideram-se barreiras
grama, que indica os canais que a mensagem deve seguir.
da comunicação: motivação e interesses baixos, reações emo-
Além de serem caminhos para a comunicação, os canais cionais e desconfianças que podem limitar ou distorcer as co-
também são meios de enviar mensagens. Incluem boletins, municações; diferenças de linguagem, jargão, colaboradores
jornais, reuniões, memorandos escritos, correio eletrônico, com conhecimentos e experiências diferentes também podem
quadros de aviso tradicionais e informativos mais elevados. se constituir em barreiras da comunicação numa organização.
As mensagens nas organizações viajam em quatro dire-
ções: para baixo, para cima, horizontal e diagonalmente. USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS – COMUNICAÇÃO ELE-
A comunicação que viaja para baixo é aquela que parte TRÔNICA
do superior da empresa para os subordinados – envolve os A tecnologia tem um dos principais papéis na transforma-
relatórios administrativos, manuais de políticas e procedimen- ção das atividades e no negócio da comunicação social. Além
tos, jornais internos da empresa, cartas e circulares, relatórios de representar para muitos, uma verdadeira revolução cultural,
escritos sobre desempenho, manuais de empregados e etc. ela significa investimentos e até a definição de novos objetivos
O tipo de comunicação mais adequado aos subordinados é e rumos.
a que presta mais informações; não apresenta controvérsias e A internet está se tornando imprescindível nos planos de
cujo propósito é mais informativo que persuasivo. comunicação das grandes corporações, cujos sites foram cria-
A comunicação ascendente ocorre para cima, do subor- dos como centros de informação para consumidores. Em vez
dinado para o superior. Envolve: memorandos escritos, relató- de vendas, muitas empresas estabelecem objetivos de comu-
rios, reuniões grupais planejadas, conversas informais com o nicação e realizam on-line uma verdadeira estratégia de ad-
superior. Apresenta propósito informativo e auxilia na tomada ministração dos seus contatos e do relacionamento com os
de decisão. diferentes públicos que com elas se relacionam e interagem.
Para facilitar este tipo de comunicação as empresas de- A vídeo conferência também faz parte dos avanços de tec-
senvolvem programas e políticas tais como: nologia e, tem tido aceitação cada vez maior no mundo dos
•Políticas de portas abertas – permite a qualquer empre- negócios. Através desse recurso, funcionário de uma organi-
gado receber a atenção da alta administração. zação em diferentes locais mantém um diálogo vendo as ima-
gens na tela da televisão, realizando uma reunião em diversos
•Programas de treinamento – serve para avaliar aspectos
lugares ao mesmo tempo. Esta tecnologia traz a vantagem da
da empresa – os empregados trazem os problemas da Empre-
diminuição de gastos para a empresa, além do aumento da
sa à tona. Permite a ela atingir velocidade e simplicidade nas
produtividade, pois os funcionários precisam ir apenas ao cen-
operações.
tro de vídeo conferência próximo à empresa.
•Programas de reclamações – as reclamações são envia- Em decorrência disso, a comunicação eletrônica veio para
das para cima, incluindo aquelas sobre os supervisores, con- facilitar a vida das organizações, trazendo agilidade, comodi-
dição de trabalho, conflitos, assédio sexual, métodos de tra- dade e baixo custo para as empresas.
balho, etc. A internet cada vez mais se forma como mídia. Suas ca-
Comunicação Horizontal – trata-se do envio de informa- racterísticas mais importantes para a atividade e o negócio da
ções entre funcionários do mesmo nível organizacional. Comunicação Social são: a facilidade operacional, o baixo cus-
Comunicação Diagonal – transmissão de mensagem de to de operação e a interatividade.
níveis organizacionais mais altos ou mais baixos em diferentes Como exemplos de canais de comunicação eletrônica, te-
departamentos, demonstrando maior dinamismo no que se mos os SMS, redes sociais, e a agora falaremos sobre o e-mail,
refere às decisões da comunicação. que é uma mensagem eletrônica das mais difundidas nesse
Canais informais de comunicação - representam a rede de tipo de comunicação.
comunicação, não oficial, que complementa os canais formais. Além de ser um dos mais populares serviços da internet,
São dois importantes canais informais de comunicação: rádio por ser uma forma rápida e de baixo custo de manter comu-
corredor e os encontros casuais. nicação, o fator da distancia não interferir e de liberdade de
horário para utiliza-la também favoreceram essa popularidade.

8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Pela facilidade de uso e eficácia, tornou-se um dos servi- RELAÇÕES INTERPESSOAIS, RELAÇÕES PÚBLICAS E A CO-
ços mais populares da internet. Utilizar corretamente esse ser- MUNICAÇÃO INTERNA
viço de e-mail pode auxiliar a ter acesso à informações, geren- Quando se fala em comunicação interna organizacional,
ciar, manter e ampliar sua rede de contatos, agilizar e otimizar automaticamente relaciona ao profissional de Relações Públi-
o tempo quando a comunicação se faz necessária. cas, pois ele é o responsável pelo relacionamento da empresa
Assim, é importante compreender como ele funciona com os seus diversos públicos (internos, externos e misto).
e quais os benefícios de seu uso para poder tirar o máximo As organizações têm passado por diversas mudanças
de proveito dessa ferramenta praticamente indispensável nos buscando a modernização e a sobrevivência no mundo dos
dias de hoje, lembrando-se que, embora esse meio de co- negócios. Os maiores objetivos dessas transformações são:
municação traga muita facilidade, ele ainda é uma forma de tornar a empresa competitiva, flexível, capaz de responder as
comunicação, portanto, exigirá todos os cuidados exigidos na exigências do mercado, reduzindo custos operacionais e apre-
comunicação como vimos na abordagem acima, ou seja, for- sentando produtos competitivos e de qualidade. A reestru-
malidade, uso correto da linguagem, adequação ao contexto, turação das organizações gerou um público interno de novo
e principalmente, uso do bom senso, garantirão um resultado perfil. Hoje, os empregados são muito mais conscientes, res-
eficaz ao utilizar de mensagens eletrônicas como forma de se ponsáveis, inseridos e atentos às cobranças das empresas em
comunicar. todos os setores. Diante desse novo modelo organizacional,
é que se propõe como atribuição do profissional de Relações
EFICIÊNCIA NA COMUNICAÇÃO INTERNA ORGANIZA- Públicas ser o intermediador, o administrador dos relaciona-
CIONAL mentos institucionais e de negócios da empresa com os seus
A alta direção de qualquer organização precisa conhecer públicos. Sendo assim, fica claro que esse profissional tem
e acreditar no poder da comunicação interna, pois, é através seu campo de ação na política de relacionamento da organi-
dela, com uma boa relação com o público interno, de forma zação. A comunicação interna, portanto, deve ser entendida
eficiente, que a empresa poderá transmitir a sua imagem ao como um feixe de propostas bem encadeadas, abrangentes,
seu público externo, pois são eles, os responsáveis por essa coisa significativamente maior que um simples programa de
imagem.
comunicação impressa. Para que se desenvolva em toda sua
A qualidade de comunicação nas organizações deve pres-
plenitude, as empresas estão a exigir profissionais de comuni-
supor individualização do processo em função das naturais
cação sistêmicos, abertos, treinados, com visões integradas e
diferenças em outro quadro de referência, nível de experiên-
em permanente estado de alerta para as ameaças e oportuni-
cia, amplitude de interesses, grau de motivação, etc. de pessoa
dades ditadas pelo meio ambiente.
para pessoas. Comunicações feitas para a “média” do público
Percebe-se com isso, a multivariedade das funções dos
acabam gerando, mais problemas do que benefícios, sem falar
Relações Públicas: estratégica, política, institucional, mercado-
no fato da pasteurização tornar as mensagens sem impacto.
Para que haja eficiência na comunicação interna, é de fun- lógica, social, comunitária, cultural, etc.; atuando sempre para
damental importância conhecer em profundidade o público cumprir os objetivos da organização e definir suas políticas ge-
interno da empresa. É necessário um contato pessoal em que rais de relacionamento.
se estabeleça uma relação de confiança, que possa transmitir Em vista do que foi dito sobre o profissional de Relações
as suas expectativas, ansiedades e interesses entre a organiza- Públicas, destaca-se como principal objetivo liderar o processo
ção e o seu público interno. É importante que o emissor tenha de comunicação total da empresa, tanto no nível do entendi-
acesso aos conhecimentos do receptor sobre o assunto a ser mento, como no nível de persuasão nos negócios.
abordado. O seu nível de linguagem e o seu grau de interesse
são itens relevantes para que ocorra a sintonia entre eles. Pronúncia correta das palavras
Destaca-se que os elementos para uma transmissão de Proferir as palavras corretamente. Isso envolve:
mensagem eficiente são: comunicação assertivamente – a Usar os sons corretos para vocalizar as palavras;
mensagem será mais bem recebida se os funcionários expo- Enfatizar a sílaba certa;
rem suas ideias diretamente; uso de canais múltiplos – uso Dar a devida atenção aos sinais diacríticos
dos cinco sentidos para recepção; uso da comunicação bidi-
recional – envolvimento da mensagem dos receptores na con- Por que é importante?
versação; apoiar-se- certos tipos de comunicação fazem com A pronúncia correta confere dignidade à mensagem que
que as pessoas se sintam apoiadas, facilitando o processo; ser pregamos. Permite que os ouvintes se concentrem no teor da
sensível as diferenças culturais- respeito as diferenças de estilo, mensagem sem ser distraídos por erros de pronúncia.
sotaque, erros gramaticais, aparência pessoal; ser sensível as Fatores a considerar. Não há um conjunto de regras de
diferenças de gênero – identificar as diferenças no estilo de pronúncia que se aplique a todos os idiomas. Muitos idiomas
comunicação relacionadas ao gênero. utilizam um alfabeto. Além do alfabeto latino, há também os
Nesse sentido, homens e mulheres apesar da tendên- alfabetos árabe, cirílico, grego e hebraico. No idioma chinês, a
cia à igualdade nas organizações, comunicam-se de formas escrita não é feita por meio de um alfabeto, mas por meio de
diferentes. caracteres que podem ser compostos de vários elementos. Es-
A comunicação interna é uma via de mão dupla, portanto, ses caracteres geralmente representam uma palavra ou parte
tão importante como comunicar é saber escutar. Os 5 “C’s” de de uma palavra. Embora os idiomas japonês e coreano usem
uma comunicação interna eficaz são: clara, consciente, contí- caracteres chineses, estes podem ser pronunciados de manei-
nua e frequente, curta e rápida e completa. ras bem diferentes e nem sempre ter o mesmo significado.

9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Nos idiomas alfabéticos, a pronúncia adequada exige que Uma segunda maneira de melhorar a pronúncia é ler para
se use o som correto para cada letra ou combinação de letras. alguém que pronuncia bem as palavras e pedir-lhe que corrija
Quando o idioma segue regras coerentes, como é o caso do seus erros.
espanhol, do grego e do zulu, a tarefa não é tão difícil. Contu- Um terceiro modo de aprimorar a pronúncia é prestar
do, as palavras estrangeiras incorporadas ao idioma às vezes atenção aos bons oradores.
mantêm uma pronúncia parecida à original. Assim, determi-
nadas letras, ou combinações de letras, podem ser pronun- Pronúncia de números telefônicos
ciadas de diversas maneiras ou, às vezes, simplesmente não O número de telefone deve ser pronunciado algarismo
ser pronunciadas. Você talvez precise memorizar as exceções e por algarismo.
então usá-las regularmente ao conversar. Em chinês, a pronún- Deve-se dar uma pausa maior após o prefixo.
cia correta exige a memorização de milhares de caracteres. Em Lê-se em caso de uma sequencia de números de três em
alguns idiomas, o significado de uma palavra muda de acordo três algarismos, com exceção de uma sequencia de quatro nú-
com a entonação. Se a pessoa não der a devida atenção a esse meros juntos, onde damos uma pausa a cada dois algarismos.
aspecto do idioma, poderá transmitir ideias erradas. O número “6” deve ser pronunciado como “meia” e o nú-
Se as palavras de um idioma forem compostas de sílabas, mero “11”, que é outra exceção, deve ser pronunciado como
é importante enfatizar a sílaba correta. Muitos idiomas que “onze”.
usam esse tipo de estrutura têm regras bem definidas sobre a Veja abaixo os exemplos
posição da sílaba tônica (aquela que soa mais forte). As pala- 011.264.1003 – zero, onze – dois, meia, quatro – um, zero
vras que fogem a essas regras geralmente recebem um acento – zero, tres
gráfico, o que torna relativamente fácil pronunciá-las de ma- 021.271.3343 – zero, dois, um – dois, sete, um – tres, tres
neira correta. Contudo, se houver muitas exceções às regras, – quatro, tres
o problema fica mais complicado. Nesse caso, exige bastante 031.386.1198 – zero, tres, um – tres, oito, meia – onze –
memorização para se pronunciar corretamente as palavras. nove, oito
Em alguns idiomas, é fundamental prestar bastante aten-
ção aos sinais diacríticos que aparecem acima e abaixo de de-
Exceções
terminadas letras, como: è, é, ô, ñ, ō, ŭ, ü, č, ç.
110 - cento e dez
Na questão da pronúncia, é preciso evitar algumas arma-
111 – cento e onze
dilhas. A precisão exagerada pode dar a impressão de afetação
211 – duzentos e onze
e até de esnobismo. O mesmo acontece com as pronúncias em
118 – cento e dezoito
desuso. Tais coisas apenas chamam atenção para o orador. Por
511 – quinhentos e onze
outro lado, é bom evitar o outro extremo e relaxar tanto no uso
da linguagem quanto na pronúncia das palavras. Algumas des- 0001 – mil ao contrario
sas questões já foram discutidas no estudo “Articulação clara”.
Em alguns idiomas, a pronúncia aceitável pode diferir de Atendimento telefônico
um país para outro — até mesmo de uma região para outra Na comunicação telefônica, é fundamental que o inter-
no mesmo país. Um estrangeiro talvez fale o idioma local com locutor se sinta acolhido e respeitado, sobretudo porque se
sotaque. Os dicionários às vezes admitem mais de uma pro- trata da utilização de um canal de comunicação a distância.
núncia para determinada palavra. Especialmente se a pessoa É preciso, portanto, que o processo de comunicação ocorra
não teve muito acesso à instrução escolar ou se a sua língua da melhor maneira possível para ambas as partes (emissor e
materna for outra, ela se beneficiará muito por ouvir com aten- receptor) e que as mensagens sejam sempre acolhidas e con-
ção os que falam bem o idioma local e imitar sua pronúncia. textualizadas, de modo que todos possam receber bom aten-
Como Testemunhas de Jeová queremos falar de uma maneira dimento ao telefone.
que dignifique a mensagem que pregamos e que seja pronta- Alguns autores estabelecem as seguintes recomendações
mente entendida pelas pessoas da localidade. para o atendimento telefônico:
No dia a dia, é melhor usar palavras com as quais se está • não deixar o cliente esperando por um tempo muito
bem familiarizado. Normalmente, a pronúncia não constitui longo. É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo e
problema numa conversa, mas ao ler em voz alta você poderá retornar a ligação em seguida;
se deparar com palavras que não usa no cotidiano. • o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário tem
de se empenhar em explicar corretamente produtos e serviços;
Maneiras de aprimorar. Muitas pessoas que têm proble- • atender às necessidades do cliente; se ele desejar algo
mas de pronúncia não se dão conta disso. que o atendente não possa fornecer, é importante oferecer
Em primeiro lugar, quando for designado a ler em público, alternativas;
consulte num dicionário as palavras que não conhece. Se não • agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia” ou
tiver prática em usar o dicionário, procure em suas páginas ini- “boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa ou instituição
ciais, ou finais, a explicação sobre as abreviaturas, as siglas e os são atitudes que tornam a conversa mais pessoal. Perguntar o
símbolos fonéticos usados ou, se necessário, peça que alguém nome do cliente e tratá-lo pelo nome transmitem a ideia de
o ajude a entendê-los. Em alguns casos, uma palavra pode ter que ele é importante para a empresa ou instituição. O aten-
pronúncias diferentes, dependendo do contexto. Alguns dicio- dente deve também esperar que o seu interlocutor desligue
nários indicam a pronúncia de letras que têm sons variáveis o telefone. Isso garante que ele não interrompa o usuário ou
bem como a sílaba tônica. Antes de fechar o dicionário, repita o cliente. Se ele quiser complementar alguma questão, terá
a palavra várias vezes em voz alta. tempo de retomar a conversa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

No atendimento telefônico, a linguagem é o fator principal Todas estas recomendações envolvem as seguintes atitu-
para garantir a qualidade da comunicação. Portanto, é preciso des no atendimento telefônico:
que o atendente saiba ouvir o interlocutor e responda a suas Receptividade - demonstrar paciência e disposição para
demandas de maneira cordial, simples, clara e objetiva. O uso servir, como, por exemplo, responder às dúvidas mais comuns
correto da língua portuguesa e a qualidade da dicção também dos usuários como se as estivesse respondendo pela primeira
são fatores importantes para assegurar uma boa comunicação vez. Da mesma forma é necessário evitar que interlocutor es-
telefônica. É fundamental que o atendente transmita a seu in- pere por respostas;
terlocutor segurança, compromisso e credibilidade. Atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrupções, dizer
Além das recomendações anteriores, são citados, a seguir, palavras como “compreendo”, “entendo” e, se necessário, ano-
procedimentos para a excelência no atendimento telefônico: tar a mensagem do interlocutor);
Empatia - para personalizar o atendimento, pode-se pro-
Identificar e utilizar o nome do interlocutor: ninguém nunciar o nome do usuário algumas vezes, mas, nunca, expres-
gosta de falar com um interlocutor desconhecido, por isso, o sões como “meu bem”, “meu querido, entre outras);
atendente da chamada deve identificar-se assim que atender Concentração – sobretudo no que diz o interlocutor (evi-
ao telefone. Por outro lado, deve perguntar com quem está tar distrair-se com outras pessoas, colegas ou situações, des-
falando e passar a tratar o interlocutor pelo nome. Esse toque viando-se do tema da conversa, bem como evitar comer ou
pessoal faz com que o interlocutor se sinta importante; beber enquanto se fala);
assumir a responsabilidade pela resposta: a pessoa que Comportamento ético na conversação – o que envolve
atende ao telefone deve considerar o assunto como seu, ou também evitar promessas que não poderão ser cumpridas.
seja, comprometer-se e, assim, garantir ao interlocutor uma
resposta rápida. Por exemplo: não deve dizer “não sei”, mas Atendimento e tratamento
“vou imediatamente saber” ou “daremos uma resposta logo O atendimento está diretamente relacionado aos negó-
que seja possível”. Se não for mesmo possível dar uma respos- cios de uma organização, suas finalidades, produtos e serviços,
ta ao assunto, o atendente deverá apresentar formas alterna- de acordo com suas normas e regras. O atendimento estabele-
tivas para o fazer, como: fornecer o número do telefone direto
ce, dessa forma, uma relação entre o atendente, a organização
de alguém capaz de resolver o problema rapidamente, indicar
e o cliente.
o e-mail ou numero da pessoa responsável procurado. A pes-
soa que ligou deve ter a garantia de que alguém confirmará a
A qualidade do atendimento, de modo geral, é determi-
recepção do pedido ou chamada;
nada por indicadores percebidos pelo próprio usuário relati-
Não negar informações: nenhuma informação deve ser
vamente a:
negada, mas há que se identificar o interlocutor antes de a
fornecer, para confirmar a seriedade da chamada. Nessa situa- • competência – recursos humanos capacitados e recursos
ção, é adequada a seguinte frase: vamos anotar esses dados e tecnológicos adequados;
depois entraremos em contato com o senhor • confiabilidade – cumprimento de prazos e horários esta-
Não apressar a chamada: é importante dar tempo ao tem- belecidos previamente;
po, ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem a dizer e • credibilidade – honestidade no serviço proposto;
mostrar que o diálogo está sendo acompanhado com aten- • segurança – sigilo das informações pessoais;
ção, dando feedback, mas não interrompendo o raciocínio do • facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao pes-
interlocutor; soal de contato;
Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e demonstra • comunicação – clareza nas instruções de utilização dos
que o atendente é uma pessoa amável, solícita e interessada; serviços.
Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser catas-
trófica: as más palavras difundem-se mais rapidamente do que Fatores críticos de sucesso ao telefone:
as boas; A voz / respiração / ritmo do discurso
Manter o cliente informado: como, nessa forma de comu- A escolha das palavras
nicação, não se estabele o contato visual, é necessário que o A educação
atendente, se tiver mesmo que desviar a atenção do telefo- Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está do outro
ne durante alguns segundos, peça licença para interromper lado da linha não pode ver as suas expressões faciais e ges-
o diálogo e, depois, peça desculpa pela demora. Essa atitude tos, mas você transmite através da voz o sentimento que está
é importante porque poucos segundos podem parecer uma alimentando ao conversar com ela. As emoções positivas ou
eternidade para quem está do outro lado da linha; negativas, podem ser reveladas, tais como:
Interesse ou desinteresse,
Ter as informações à mão: um atendente deve conservar Confiança ou desconfiança,
a informação importante perto de si e ter sempre à mão as Alerta ou cansaço,
informações mais significativas de seu setor. Isso permite au- Calma ou agressividade,
mentar a rapidez de resposta e demonstra o profissionalismo Alegria ou tristeza,
do atendente; Descontração ou embaraço,
Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que liga: Entusiasmo ou desânimo.
quem atende a chamada deve definir quando é que a pessoa O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 palavras
deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é que a empresa ou por minuto; ao telefone deve-se reduzir para 120 palavras por
instituição vai retornar a chamada. minuto aproximadamente, tornando o discurso mais claro.

11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

A fala muito rápida dificulta a compreensão da mensagem 8 - Controle o tempo: se precisar de um tempo, peça o
e pode não ser perceptível; a fala muito lenta pode o outro a cliente para aguardar na linha, mas não demore uma eterni-
julgar que não existe entusiasmo da sua parte. dade, pois, o cliente pode se sentir desprestigiado e desligar
o telefone.
O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige 9 - Atenda o telefone o mais rápido possível: o ideal é
ao cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando sua atender o telefone no máximo até o terceiro toque, pois, é um
simpatia. Está relacionada a: ato que demonstra afabilidade e empenho em tentar entregar
Presteza – demonstração do desejo de servir, valorizando para o cliente a máxima eficiência.
prontamente a solicitação do usuário;
10 - Nunca cometa o erro de dizer “alô”: o ideal é dizer
Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e de cor-
o nome da organização, o nome da própria pessoa seguido
dialidade;
Flexibilidade – capacidade de lidar com situações não ainda, das tradicionais saudações (bom dia, boa tarde, etc.).
-previstas. Além disso, quando for encerrar a conversa lembre-se de ser
amistoso, agradecendo e reafirmando o que foi acordado.
A comunicação entre as pessoas é algo multíplice, haja vis- 11 - Seja pró ativo: se um cliente procurar por alguém
ta, que transmitir uma mensagem para outra pessoa e fazê-la que não está presente na sua empresa no momento da liga-
compreender a essência da mesma é uma tarefa que envolve ção, jamais peça a ele para ligar mais tarde, pois, essa é uma
inúmeras variáveis que transformam a comunicação humana função do atendente, ou seja, a de retornar a ligação quando
em um desafio constante para todos nós. essa pessoa estiver de volta à organização.
E essa complexidade aumenta quando não há uma comu- 12 - Tenha sempre papel e caneta em mãos: a organiza-
nicação visual, como na comunicação por telefone, onde a voz ção é um dos princípios para um bom atendimento telefônico,
é o único instrumento capaz de transmitir a mensagem de um haja vista, que é necessário anotar o nome da pessoa e os pon-
emissor para um receptor. Sendo assim, inúmeras empresas tos principais que foram abordados.
cometem erros primários no atendimento telefônico, por se 13 – Cumpra seus compromissos: um atendente que
tratar de algo de difícil consecução. não tem responsabilidade de cumprir aquilo que foi acordado
Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento telefônico, demonstra desleixo e incompetência, comprometendo assim,
de modo a atingirmos a excelência, confira: a imagem da empresa. Sendo assim, se tiver que dar um reca-
1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma lingua-
do, ou, retornar uma ligação lembre-se de sua responsabilida-
gem formal, privilegiando uma comunicação que transmita
de, evitando esquecimentos.
respeito e seriedade. Evite brincadeiras, gírias, intimidades, etc,
pois assim fazendo, você estará gerando uma imagem positiva 14 – Tenha uma postura afetuosa e prestativa: ao
de si mesmo por conta do profissionalismo demonstrado. atender o telefone, você deve demonstrar para o cliente uma
2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é extrema- postura de quem realmente busca ajudá-lo, ou seja, que se
mente prejudicial ao cliente são as interferências, ou seja, tudo importa com os problemas do mesmo. Atitudes negativas
aquilo que atrapalha a comunicação entre as partes (chieira, como um tom de voz desinteressado, melancólico e enfada-
sons de aparelhos eletrônicos ligados, etc.). Sendo assim, é ne- do contribuem para a desmotivação do cliente, sendo assim,
cessário manter a linha “limpa” para que a comunicação seja é necessário demonstrar interesse e iniciativa para que a outra
eficiente, evitando desvios. parte se sinta acolhida.
3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz que 15 – Não seja impaciente: busque ouvir o cliente aten-
seja minimamente compreensível, evitando desconforto para tamente, sem interrompê-lo, pois, essa atitude contribui po-
o cliente que por várias vezes é obrigado a “implorar” para que sitivamente para a identificação dos problemas existentes e
o atendente fale mais alto. consequentemente para as possíveis soluções que os mesmos
4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que você exigem.
não cometa o erro de falar muito rapidamente, ou seja, procu- 16 – Mantenha sua linha desocupada: você já tentou
re encontrar o meio termo (nem lento e nem rápido), de forma ligar para alguma empresa e teve que esperar um longo pe-
que o cliente entenda perfeitamente a mensagem, que deve ríodo de tempo para que a linha fosse desocupada? Pois é, é
ser transmitida com clareza e objetividade.
algo extremamente inconveniente e constrangedor. Por esse
5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e
motivo, busque não delongar as conversas e evite conversas
coesão para que a mensagem tenha organização, evitando
possíveis erros de interpretação por parte do cliente. pessoais, objetivando manter, na medida do possível, sua linha
6 - Tenha equilíbrio: se você estiver atendendo um cliente sempre disponível para que o cliente não tenha que esperar
sem educação, use a inteligência, ou seja, seja paciente, ouça-o muito tempo para ser atendido.
atentamente, jamais seja hostil com o mesmo e tente acalmá Buscar a excelência constantemente na comunicação hu-
-lo, pois assim, você estará mantendo sua imagem intacta, haja mana é um ato fundamental para todos nós, haja vista, que
vista, que esses “dinossauros” não precisam ser atacados, pois, estamos nos comunicando o tempo todo com outras pessoas.
eles se matam sozinhos. Infelizmente algumas pessoas não levam esse importante
7 - Tenha carisma: seja uma pessoa empática e sorridente ato a sério, comprometendo assim, a capacidade humana de
para que o cliente se sinta valorizado pela empresa, gerando transmitir uma simples mensagem para outra pessoa. Sendo
um clima confortável e harmônico. Para isso, use suas entona- assim, devemos ficar atentos para não repetirmos esses erros
ções com criatividade, de modo a transmitir emoções inteli- e consequentemente aumentarmos nossa capacidade de co-
gentes e contagiantes. municação com nosso semelhante.

12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Resoluções de situações conflitantes ou problemas Sr.(a) Fulano(a) para este ramal. O (a) senhor (a) pode atender?”
quanto ao atendimento de ligações ou transferências Se a pessoa puder atender , complete a ligação, se não, diga
O agente de comunicação é o cartão de visita da empre- que a outra ligação ainda está em andamento e reafirme sua
sa.. Por isso é muito importante prestar atenção a todos os possibilidade em auxiliar.
detalhes do seu trabalho. Geralmente você é a primeira pessoa Lembre-se  :
a manter contato com o público. Sua maneira de falar e agir Você deve ser natural, mas não deve esquecer de certas
vai contribuir muito para a imagem que irão formar sobre sua formalidades como, por exemplo, dizer sempre “por favor” ,
empresa. Não esqueça: a primeira impressão é a que fica. “Queira desculpar”, “Senhor”, “Senhora”. Isso facilita a comu-
Alguns detalhes que podem passar despercebidos na ro- nicação e induz a outra pessoa a ter com você o mesmo tipo
tina do seu trabalho: de tratamento.
- Voz: deve ser clara, num tom agradável e o mais natural A conversa: existem  expressões que nunca devem ser
possível. Assim você fala só uma vez e evita perda de tempo. usadas, tais como girias, meias palavras, e palavras com cono-
- Calma:  Ás vezes pode não ser fácil mas é muito impor- tação de intimidade. A conversa deve ser sempre mantida em
tante que você mantenha a calma e a paciência . A pessoa que nível profissional.
esta chamando merece ser atendida com toda a delicadeza.
Não deve  ser apressada ou interrompida. Mesmo que ela seja Equipamento básico
um pouco grosseira, você não deve responder no mesmo tom. Além da sala, existem outras coisas necessárias para asse-
Pelo contrário, procure acalmá-la. gurar o bom andamento do seu trabalho:
- Interesse e iniciativa: Cada pessoa que chama merece - Listas telefônicas atualizadas.
atenção especial. E você, como toda boa telefonista, deve ser - Relação dos ramais por nomes de funcionários (em or-
sempre simpática e demonstrar interesse em ajudar.  dem alfabética).
- Sigilo: Na sua profissão, às vezes é preciso saber de de- - Relação dos números  de telefones mais chamados.
talhes  importantes sobre o assunto que será tratado. Esses - Tabela de tarifas telefônicas.
detalhes são confidenciais e pertencem somente às pessoas - Lápis e caneta
envolvidas. Você deve ser discreta e manter tudo em segredo. - Bloco para anotações
A quebra de sigilo nas ligações telefônicas é considerada  uma - Livro de registro de defeitos.
falta grave, sujeita às penalidades legais. 
 O que você precisa saber:
O que dizer e como dizer O seu equipamento telefônico não é apenas parte do seu
 Aqui seguem algumas sugestões de como atender as material de trabalho. É o que há de mais importante. Por isso
chamadas externas: você deve saber como ele funciona. Tecnicamente, o equipa-
mento que você usa é chamado de CPCT - Central Privada de
- Ao atender uma chamada externa, você deve dizer o nome
Comunicação Telefônica, que permite você fazer ligações in-
da sua empresa seguido de bom dia, boa tarde ou boa noite.
ternas (de ramal para ramal) e externas. Atualmente existem
- Essa chamada externa vai solicitar um ramal  ou pessoa.
dois tipos: PABX e KS.
Você deve repetir esse número ou nome, para ter certeza de
- PABX (Private Automatic Branch Exchange): neste siste-
que entendeu  corretamente. Em seguida diga: “ Um momen-
ma, todas as ligações  internas e a maioria das ligações para
to, por favor,” e transfira a ligação.
fora da empresa são feitas pelos usuários de ramais. Todas as
Ao transferir as ligações, forneça as informações que já ligações que entram, passam pela telefonista.
possui; faça uso do seu vocabulário profissional; fale somente - KS (Key System): todas as ligações, sejam elas de entra-
o necessário e evite assuntos pessoais. da, de saída ou internas, são feitas sem passar pela telefonista
Nunca faça a transferência ligeiramente, sem informar ao Informações básicas adicionais
seu interlocutor o que vai fazer, para quem vai transferir a liga- - Ramal: são os terminais de onde saem e entram as liga-
ção, mantenha-o ciente dos passos desse atendimento. ções telefônicas. Eles se dividem em:
Não se deve transferir uma ligação apenas para se livrar * Ramais privilegiados: são os ramais de onde se podem
dela. Deve oferecer-se para auxiliar o interlocutor, colocar-se à fazer ligações para fora sem passar pela telefonista
disposição dele, e se acontecer de não ser possível, transfira-o * Ramais semi-privilegiados: nestes ramais é necessário
para quem realmente possa atendê-lo e resolver sua solicita- o auxilio da telefonista para ligar para fora.
ção. Transferir o cliente de um setor para outro, quando essa * Ramais restritos: só fazem ligações internas.
ligação já tiver sido transferida várias vezes não favorece a ima- -Linha - Tronco: linha telefônica que liga  a CPCT à central
gem da empresa. Nesse caso, anote a situação e diga que irá Telefônica Pública.
retornar com as informações solicitadas. - Número-Chave ou Piloto: Número que acessa automa-
- Se o ramal estiver ocupado quando você fizer a trans- ticamente as linhas que estão  em busca automática, devendo
ferência, diga à pessoa  que chamou: “O ramal está ocupado. ser o único número divulgado ao público.
Posso anotar o recado e retornar a ligação.” É importante que - Enlace: Meio pelo qual se efetuam as ligações  entre
você não deixe uma linha ocupada  com uma pessoa que está  ramais e linhas-tronco.
apenas esperando a liberação de um ramal. Isso pode conges- - Bloqueador de Interurbanos: Aparelho que impede a
tionar as linhas do equipamento, gerando perda de ligações. realização de ligações interurbanas.
Mas caso essa pessoa insista em falar com o ramal ocupado, - DDG:  (Discagem Direta Gratuita), serviço interurbano
você deve interromper a outra ligação  e dizer: “Desculpe-me franqueado, cuja cobrança das ligações  é feita no telefone
interromper  sua ligação, mas há uma chamada urgente do (a) chamado.

13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

- DDR : (Discagem direta a Ramal) , as chamadas externas O Cliente está... Reaja de forma oposta
vão direto  para o ramal desejado, sem passar pela telefonista
. Isto só é possível em algumas CPCTs do tipo PABX. Falando
Fale baixo, pausadamente.
- Pulso : Critério de medição de uma chamada por tem- alto, gritando.
po, distância e horário. Irritado Mantenha a calma.
- Consultores: empregados da Telems que dão  orienta-
ção  às empresas quanto ao melhor funcionamento dos siste- Desafiando Não aceite. Ignore o desafio.
mas de telecomunicações. Diga-lhe que é possível resolver
- Mantenedora: empresa habilitada para prestar serviço Ameaçando o problema sem a necessidade
e dar assistência às CPCTs. de uma ação extrema.
- Serviço Noturno: direciona as chamadas recebidas nos
horários fora do expediente para determinados ramais. Só é Diga-lhe que o compreende, que
possível em CPCTs do tipo PBX e PABX. Ofendendo gostaria que ele lhe desse uma
  oportunidade para ajudá-lo.
Em casos onde você se depara com uma situação que
represente conflito ou problema, é necessário adequar a sua 6ª – Equilíbrio Emocional
reação à cada circunstância. Abaixo alguns exemplos. Em uma época em que manter um excelente relaciona-
1ª - Um cliente chega nervoso – o que fazer? mento com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter um
Não interrompa a fala do Cliente. Deixe-o liberar a raiva. alto coeficiente de IE (Inteligência Emocional) é muito impor-
Acima de tudo, mantenha-se calmo. tante para todos os profissionais, particularmente os que tra-
Por nenhuma hipótese, sintonize com o Cliente, em um balham diretamente no atendimento a Clientes.
estado de nervosismo.
Jamais diga ao Cliente: “Calma, o (a) senhor (a) está muito Você exercerá melhor sua Inteligência Emocional à
nervoso (a), tente acalmar-se”. medida que:
Use frases adequadas ao momento. Frases que ajudam For paciente e compreensivo com o Cliente.
acalmar o Cliente, deixando claro que você está ali para ajudá-lo Tiver uma crescente capacidade de separar as questões
2ª – Diante de um Cliente mal-educado – o que fazer? pessoais dos problemas da empresa.
O tratamento deverá ser sempre positivo, independente- Entender que o foco de “fúria” do Cliente não é você,
mente das circunstâncias. mas, sim, a empresa. Que você só está ali como uma espécie
Não fique envolvido emocionalmente. Aprenda a enten- de “para-raios”.
der que você não é o alvo. Não fizer pré julgamentos dos clientes.
Reaja com mais cortesia, com suavidade, cuidando para Entender que cada cliente é diferente do outro.
não parecer ironia. Quando você toma a iniciativa e age positi- Entender que para você o problema apresentado pelo
vamente, coloca uma pressão psicológica no Cliente, para que cliente é um entre dezenas de outros; para o cliente não, o
ele reaja de modo positivo. problema é único, é o problema dele.
3ª – Diante de erros ou problemas causados pela em- Entender que seu trabalho é este: atender o melhor possível.
presa Entender que você e a empresa dependem do cliente,
ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido possível. não ele de vocês.
Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que estiver ao Entender que da qualidade de sua REAÇÃO vai depender
seu alcance para que o problema seja resolvido. o futuro da relação do cliente com a empresa.
CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando vai corrigir.
Diga QUEM e COMO vai corrigir o problema. POSTURA DE ATENDIMENTO - (Conduta/Bom senso/
EXPLIQUE o que ocorreu, evitando justificar. Cordialidade)
Entretanto, se tiver uma boa justificativa, JUSTIFIQUE, mas
com muita prudência. O Cliente não se interessa por “justifi- A FUGA DOS CLIENTES
cativas”. Este é um problema da empresa. As pesquisas revelam que 68% dos clientes das empre-
4ª – O Cliente não está entendendo – o que fazer? sas fogem delas por problemas relacionados à postura de
Concentre-se para entender o que realmente o Cliente quer atendimento.
ou, exatamente, o que ele não está entendendo e o porquê. Numa escala decrescente de importância, podemos ob-
Caso necessário, explique novamente, de outro jeito, até servar os seguintes percentuais:
que o Cliente entenda. 68% dos clientes fogem das empresas por problemas de
Alguma dificuldade maior? Peça Ajuda! Chame o gerente, postura no atendimento;
o chefe, o encarregado, mas evite, na medida do possível, que 14% fogem por não terem suas reclamações atendidas;
o Cliente saia sem entender ou concordar com a resolução. 9% fogem pelo preço;
5ª – Discussão com o Cliente 9% fogem por competição, mudança de endereço, morte.
Em uma discussão com o Cliente, com ou sem razão, você
sempre perde! A origem dos problemas está nos sistemas implantados
Uma maneira eficaz de não cair na tentação de “brigar” nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes sistemas não
ou “discutir” com um cliente é estar consciente – sempre alerta definem uma política clara de serviços, não definem o que
-, de forma que se evite SINTONIZAR na mesma frequência é o próprio serviço e qual é o seu produto. Sem isso, existe
emocional do Cliente, quando esta for negativa. Exemplos: muita dificuldade em satisfazer plenamente o cliente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes, não Os três passos do verdadeiro profissional de atendimento:
contratam profissionais com características básicas para 01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de
atender o público, não treinam estes profissionais na postura compreender e atender as necessidades dos clientes, fazer
adequada, não criam um padrão de atendimento e este pas- com que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir importan-
sa a ser realizado de acordo com as características individuais te e proporcioná-lo um ambiente agradável. Este profissional é
e o bom senso de cada um. voltado completamente para a interação com o cliente, estan-
A falta de noção clara da causa primária da perda de do sempre com as suas antenas ligadas neste, para perceber
clientes faz com que as empresas demitam os funcionários constantemente as suas necessidades. Para este profissional,
“porque eles não sabem nem atender o cliente”. Parece até não basta apenas conhecer o produto ou serviço, mas o mais
que o atendimento é a tarefa mais simples da empresa e que importante é demonstrar interesse em relação às necessidades
menos merece preocupação. Ao contrário, é a mais complexa dos clientes e atendê-las.
e recheada de nuances que perpassam pela condição indivi- 02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as neces-
sidades dos clientes, aguçando a capacidade de perceber o
dual e por condições sistêmicas.
cliente. Para entender o lado humano, é necessário que este
profissional tenha uma formação voltada para as pessoas e
Estas condições sistêmicas estão relacionadas a:
goste de lidar com gente. Se espera que ele fique feliz em fa‑
1. Falta de uma política clara de serviços;
zer o outro feliz, pois para este profissional, a felicidade de uma
2. Indefinição do conceito de serviços; pessoa começa no mesmo instante em que ela cessa a busca de
3. Falta de um perfil adequado para o profissional de sua própria felicidade para buscar a felicidade do outro.
atendimento; 03. Entender a necessidade de manter um ESTADO DE
4. Falta de um padrão de atendimento; ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e sentimentos
5. Inexistência do follow up; positivos, para ter atitudes adequadas no momento do atendi-
6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal. mento. Ele sabe que é fundamental separar os problemas par-
ticulares do dia a dia do trabalho e, para isso, cultiva o estado
Nas condições individuais, podemos encontrar a con- de espírito antes da chegada do cliente. O primeiro passo de
tratação de pessoas com características opostas ao necessá- cada dia, é iniciar o trabalho com a consciência de que o seu
rio para atender ao público, como: timidez, avareza, rebeldia... principal papel é o de ajudar os clientes a solucionarem suas
necessidades. A postura é de realizar serviços para o cliente.
SERVIÇO E POSTURA DE ATENDIMENTO
Observando estas duas condições principais que causam Os requisitos para contratação deste profissional
a vinculação ou o afastamento do cliente da empresa, po- Para trabalhar com atendimento ao público, alguns requi-
demos separar a estrutura de uma empresa de serviços em sitos são essenciais ao atendente. São eles:
dois itens: Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz.
os serviços e a postura de atendimento. Gostar de lidar com gente.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organi- Ser extrovertido.
zações e, como tal, está diretamente relacionado ao próprio Ter humildade.
negócio. Cultivar um estado de espírito positivo.
Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de Satisfazer as necessidades do cliente.
serviços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também são Cuidar da aparência.
tratados os aspectos gerais da organização que dão peso ao
Com estes requisitos, o sinal fica verde para o atendimento.
negócio, como: o ambiente físico, as cores (pintura), os jar-
A POSTURA pode ser entendida como a junção de todos
dins. Este item, portanto, depende mais diretamente da em-
os aspectos relacionados com a nossa expressão corporal na sua
presa e está mais relacionado com as condições sistêmicas.
totalidade e nossa condição emocional.
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento
Podemos destacar 03 pontos necessários para falarmos de
dispensado às pessoas, está mais relacionado com o funcio- POSTURA. São eles:
nário em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir com 01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se caracteriza
os clientes. Portanto, está ligado às condições individuais. por um posicionamento de humildade, mostrando-se sempre
É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas po- disponível para atender e interagir prontamente com o cliente.
líticas das empresas, o treinamento, a definição de um pa- Esta POSTURA DE ABERTURA do atendente suscita alguns sen-
drão de atendimento e de um perfil básico para o profissional timentos positivos nos clientes, como por exemplo:
de atendimento, como forma de avançar no próprio negócio. a) postura do atendente de manter os ombros abertos e o
Dessa maneira, estes dois itens se tornam complementares peito aberto, passa ao cliente um sentimento de receptividade
e inter-relacionados, com dependência recíproca para terem e acolhimento;
peso. b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente incli-
Para conhecermos melhor a postura de atendimento, nado transmite ao cliente a humildade do atendente;
faz-se necessário falar do Verdadeiro profissional do aten- c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem
dimento. respeito e segurança;
d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de afetivi-
dade e calorosidade.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO COR- Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3
PORAL: que se caracteriza pela existência de uma unidade metros de distância do público e de um tempo imediato,
entre o que dizemos e o que expressamos no nosso corpo. ou seja, prontamente.
Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos e Além do mais, deve ocorrer independentemente do
confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir os funcionário estar ou não na sua área de trabalho. Estes re-
nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa forma, quisitos para a interação, a tornam mais eficaz.
nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos medos. Esta interação pode se caracterizar por um cumpri-
03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos ex- mento verbal, uma saudação, um aceno de cabeça ou ape-
trair dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados emo- nas por um aceno de mão. O objetivo com isso, é fazer o
cionais que elas traduzem e a identificação destes estados cliente sentir-se acolhido e certo de estar recebendo toda a
pelas pessoas; e a sua função social que diz em que condi- atenção necessária para satisfazer os seus anseios.
ções ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o observador
e quem a expressa. Alguns exemplos são:
Podemos concluir, entendendo que, qualquer compor- 1. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o
tamento inclui posturas e é sempre fruto da interação com- carrinho de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento.
plexa entre o organismo e o seu meio ambiente. Ela prontamente olha para ele e diz com um sorriso: “bom
dia!”.
O olhar 2. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no
Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através momento do pagamento;
do olhar, podemos passar para as pessoas os nossos senti‑ 03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima
mentos mais profundos, pois ele reflete o nosso estado de ao ver o carro entrando no posto e faz uma sudação...
espírito.
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos pren- A INVASÃO
der somente a ele, mas a fisionomia como um todo para Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver
entendermos o real sentido dos olhos. com INVASÃO DE TERRITÓRIO.
Vamos entender melhor isso.
Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de
Todo ser humano sente necessidade de definir um TER-
acolhimento, de interesse no atendimento das suas ne-
RITÓRIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos.
cessidades, de vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar
Este território não se configura apenas em um espaço físico
apático, traduz fraqueza e desinteresse, dando ao cliente, a
demarcado, mas principalmente num espaço pessoal e so-
impressão de desgosto e dissabor pelo atendimento.
cial, o que podemos traduzir como a necessidade de priva-
Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este
cidade, de respeito, de manter uma distância ideal entre si
brilho nos nossos olhos ? A resposta é simples: e os outros de acordo com cada situação.
Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro, Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes
gostar de ajudar o próximo. na privacidade, o que normalmente traz consequências ne-
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e gativas. Podemos exemplificar estas invasões com algumas
gosto, pois só assim conseguimos repassar uma sensação situações corriqueiras: uma piada muito picante contada
agradável para o cliente. Gostar de atender o público signi- na presença de pessoas estranhas a um grupo social; ficar
fica gostar de atender as necessidades dos clientes, querer muito próximo do outro, quase se encostando nele; dar um
ver o cliente feliz e satisfeito. tapinha nas costas...
Nas situações de atendimento, são bastante comuns as
Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode trans‑ invasões de território pelos atendentes. Estas, na sua maio-
mitir: ria, causam mal-estar aos clientes, pois são traduzidas por
01. Interesse quando: eles como atitudes grosseiras e poucos sensíveis. Alguns
Brilha; são os exemplos destas atitudes e situações mais comuns:
Tem atenção;
Vem acompanhado de aceno de cabeça. Insistência para o cliente levar um item ou adquirir um
02. Desinteresse quando: bem;
É apático; Seguir o cliente por toda a loja;
É imóvel, rígido; O motorista de táxi que não para de falar com o cliente
Não tem expressão. passageiro;
O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerindo
O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o pratos sem ser solicitado;
gelo. O olhar nos olhos dá credibilidade e não há como O funcionário que cumprimenta o cliente com dois bei-
dissimular com o olhar. jinhos e tapinhas nas costas;
O funcionário que transfere a ligação ou desliga o te-
A aproximação - raio de ação. lefone sem avisar.
A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao con-
ceito de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o pú- Estas situações não cabem na postura do verdadeiro
blico, independente deste ser cliente ou não. profissional do atendimento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

O sorriso Apresentação pessoal


O SORRISO abre portas e é considerado uma lingua- Que imagem você acha que transmitimos ao cliente
gem universal. quando o atendemos com as unhas sujas, os cabelos des-
Imagine que você tem um exame de saúde muito im- penteados, as roupas mal cuidadas... ?
portante para receber e está apreensivo com o resultado. O atendente está na linha de frente e é responsável
Você chega à clínica e é recebido por uma recepcionista que pelo contato, além de representar a empresa neste mo-
apresenta um sorriso caloroso. Com certeza você se sentirá mento. Para transmitir confiabilidade, segurança, bons ser-
mais seguro e mais confiante, diminuindo um pouco a ten- viços e cuidado, se faz necessário, também, ter uma boa
são inicial. Neste caso, o sorriso foi interpretado como um apresentação pessoal.
ato de apaziguamento.
O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de es- Alguns cuidados são essenciais para tornar este item
pírito das pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas
mais completo. São eles:
sorridentes são avaliadas mais favoravelmente do que as
01. Tomar um BANHO antes do trabalho diário: além
não sorridentes.
O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de da função higiênica, também é revigorante e espanta a pre-
comunicação não-verbal . Como tal, expressa as emoções guiça;
e geralmente informa mais do que a linguagem falada e a 02. Cuidar sempre da HIGIENE PESSOAL: unhas lim-
escrita. Dessa forma, podemos passar vários tipos de senti- pas, cabelos cortados e penteados, dentes cuidados, hálito
mentos e acarretar as mais diversas emoções no outro. agradável, axilas
Asseadas, barba feita;
Ir ao encontro do cliente 03. Roupas limpas e conservadas;
Ir ao encontro do cliente é um forte sinal de compro- 04. Sapatos limpos;
misso no atendimento, por parte do atendente. Este item 05. Usar o CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO, em local vi-
traduz a importância dada ao cliente no momento de aten- sível pelo cliente.
dimento, na qual o atendente faz tudo o que é possível para
atender as suas necessidades, pois ele compreende que sa- Quando estes cuidados básicos não são tomados, o
tisfazê-las é fundamental. Indo ao encontro do cliente, o cliente se questiona : “ puxa, se ele não cuida nem dele, da
atendente demonstra o seu interesse para com ele. sua aparência pessoal, como é que vai cuidar de me prestar
um bom serviço ? “
A primeira impressão A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto im-
Você já deve ter ouvido milhares de vezes esta frase: A
portante para criar uma relação de proximidade e confian-
PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA.
ça entre o cliente e o atendente.
Você concorda com ela?
No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil
a empresa ter uma segunda chance para tentar mudar a Cumprimento caloroso
impressão inicial, se esta foi negativa, pois dificilmente o O que você sente quando alguém aperta a sua mão
cliente irá voltar. sem firmeza ?
É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se co-
o cliente perdido, aquele que foi mal atendido ou que não nhece alguém, a sua integridade moral, pela qualidade do
teve os seus desejos satisfeitos. seu aperto de mão.
Estes clientes perdem a confiança na empresa e normal- O aperto de mão “ frouxo “ transmite apatia, passivi-
mente os custos para resgatá-la, são altos. Alguns mecanis- dade, baixa energia, desinteresse, pouca interação, falta de
mos que as empresas adotam são os contatos via telemar- compromisso com o contato.
keting, mala-direta, visitas, mas nem sempre são eficazes. Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo que
A maioria das empresas não têm noção da quantidade machuca a mão, ao invés de trazer uma mensagem posi-
de clientes perdidos durante a sua existência, pois elas não tiva, causa um mal estar, traduzindo hiperatividade, agres-
adotam mecanismos de identificação de reclamações e/ou sividade, invasão e desrespeito. O ideal é ter um cumpri-
insatisfações destes clientes. Assim, elas deixam escapar as mento firme, que prenda toda a mão, mas que a deixe
armas que teriam para reforçar os seus processos internos e livre, sem sufocá-la. Este aperto de mão demonstra inte-
o seu sistema de trabalho. resse pelo outro, firmeza, bom nível de energia, atividade e
Quando as organizações atentam para essa importân-
compromisso com o contato.
cia, elas passam a aplicar instrumentos de medição.
É importante lembrar que o cumprimento deve estar
Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem a
realidade, pois muitas vezes trazem perguntas vagas, subje- associado ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros
tivas ou pedem a opinião aberta sobre o assunto. e o peito abertos, totalizando uma sintonia entre fala e ex-
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não pressão corporal.
colher as informações reais. Não se esqueça: apesar de haver uma forma adequada
A saída seria criar medidores que traduzissem com fa- de cumprimentar, esta jamais deverá ser mecânica e auto‑
tos e dados, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o ser- mática.
viço e o produto adquiridos da empresa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Tom de voz Agilidade


A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz uma Atender com agilidade significa ter rapidez sem
onda de intensa vibração. O tom de voz e a maneira como perder a qualidade do serviço prestado.
dizemos as palavras, são mais importantes do que as pró- A agilidade no atendimento transmite ao cliente a idéia
prias palavras. de respeito. Sendo ágil, o atendente reconhece a necessi-
Podemos dizer ao cliente: “a sua televisão deveria sair dade do cliente em relação à utilização adequada do seu
hoje do conserto, mas por falta de uma peça, ela só estará tempo.
pronta na próxima semana “. De acordo com a maneira que Quando há agilidade, podemos destacar:
dizemos e de acordo com o tom de voz que usamos, vamos o atendimento personalizado;
perceber reações diferentes do cliente. a atenção ao assunto;
Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos des- o saber escutar o cliente;
culpando pela falha e assumindo uma postura de humilda- cuidar das solicitações e acompanhar o cliente durante
de, falando com calma e num tom amistoso e agradável, todo o seu percurso na empresa.
percebemos que a reação do cliente será de compreensão.
Por outro lado, se a mesma frase é dita de forma me- O calor no atendimento
cânica, estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância, O atendimento caloroso evita dissabores e situações
poderemos ter um cliente reagindo com raiva, procurando constrangedoras, além de ser a comunhão de todos os
o gerente, gritando... pontos estudados sobre postura.
As palavras são símbolos com significados próprios. A O atendente escolhe a condição de atender o cliente e
forma como elas são utilizadas também traz o seu signifi- para isto, é preciso sempre lembrar que o cliente deseja se
cado e com isso, cada palavra tem a sua vibração especial. sentir importante e respeitado. Na situação de atendimen-
to, o cliente busca ser reconhecido e, transmitindo calorosi-
Saber escutar dade nas atitudes, o atendente satisfaz as necessidades do
Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCU- cliente de estima e consideração.
Ao contrário, o atendimento áspero, transmite ao
TAR? Se você respondeu que não, você errou.
cliente a sensação de desagrado, descaso e desrespeito,
Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o verda‑
além de retornar ao atendente como um bumerangue. O
deiro sentido, compreendendo e interpretando a essência, o
EFEITO BUMERANGUE é bastante comum em situações
conteúdo da comunicação.
de atendimento, pois ele reflete o nível de satisfação, ou
O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com
não, do cliente em relação ao atendente. Com este efeito,
a nossa capacidade de perceber o outro. E, para perceber-
as atitudes batem e voltam, ou seja, se você atende bem, o
mos o outro, o cliente que está diante de nós, precisamos
cliente se sente bem e trata o atendente com respeito. Se
nos despojar das barreiras que atrapalham e empobrecem
este atende mal, o cliente reage de forma negativa e hostil.
o processo de comunicação. São elas:
O cliente não está na esteira da linha de produção, mere-
* os nossos PRECONCEITOS; cendo ser tratado com diferenciação e apreço.
* as DISTRAÇÕES; Precisamos ter em atendimento, pessoas descontraí-
* os JULGAMENTOS PRÉVIOS; das, que façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido
* as ANTIPATIAS. de vida, que é SERVIR AO PRÓXIMO.
Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilida-
Para interagirmos e nos comunicarmos a contento, pre- de, retratam bem a falta de calor do atendente. Com estas
cisamos compreender o TODO, captando os estímulos que atitudes, o atendente parece estar pedindo ao cliente que
vêm do outro, fazendo uma leitura completa da situação. este se afaste, vá embora, desapareça da sua frente, pois
Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de ele não é bem vindo. Assim, o atendente esquece que a sua
receptividade e simpatia, afinal, nós temos dois ouvidos e MISSÃO é SERVIR e fazer o cliente FELIZ.
uma boca, o que nos sugere que é preciso escutar mais
do que falar. As gafes no atendimento
Quando não sabemos escutar o cliente - interrompen- Depois de conhecermos a postura correta de atendi-
do-o, falando mais que ele, dividindo a atenção com outras mento, também é importante sabermos quais são as for-
situações - tiramos dele, a oportunidade de expressar os mas erradas, para jamais praticá-las. Quem as pratica, com
seus verdadeiros anseios e necessidades e corremos o risco certeza não é um verdadeiro profissional de atendimento.
de aborrecê-lo, pois não iremos conseguir atende-las. Podemos dividi-las em duas partes, que são:
A mais poderosa forma de escutar é a empatia ( que
vamos conhecer mais na frente ). Ela nos permite escutar Postura inadequada
de fato, os sentimentos por trás do que está sendo dito, A postura inadequada é abrangente, indo desde a pos-
mas, para isso, é preciso que o atendente esteja sintoniza- tura física ao mais sutil comentário negativo sobre a em-
do emocionalmente com o cliente. Esta sintonia se dá atra- presa na presença do cliente.
vés do despojamento das barreiras que já falamos antes. Em relação à postura física, podemos destacar como
inadequado, o atendente:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

* se escorar nas paredes da loja ou debruçar a cabeça Impressões finais do cliente


no seu birô por não estar com o cliente (esta atitude impe- Toda a postura e comportamento do atendente vai le-
de que ele interaja no raio de ação); var o cliente a criar uma impressão sobre o atendimento e,
* mascar chicletes ou fumar no momento do atendi- consequentemente, sobre a empresa.
mento; Duas são as formas de impressões finais mais comuns
* cuspir ou tirar meleca na frente do cliente (estas coi- do cliente:
sas só devem ser feitas no banheiro); 1) MOMENTO DA VERDADE: através do contato dire-
* comer na frente do cliente (comum nas empresas que to (pessoal) e/ou telefônico com o atendente;
oferecem lanches ou têm cantina); 2) TELEIMAGEM: através do contato telefônico. Vamos
* gritar para pedir alguma coisa; conhecê-las com mais detalhes.
* se coçar na frente do cliente;
* bocejar (revela falta de interesse no atendimento). Momentos da verdade
Segundo Karl Albrecht, Momento da Verdade é qual-
Em relação aos itens mais sutis, podemos destacar:
quer episódio no qual o cliente entra em contato com qual-
* se achar íntimo do cliente a ponto de lhe pedir caro-
quer aspecto da organização e obtem uma impressão da
na, por exemplo;
qualidade do seu serviço.
* receber presentes do cliente em troca de um bom
O funcionário tem poucos minutos para fixar na mente
serviço; do cliente a imagem da empresa e do próprio serviço pres-
* fazer críticas a outros setores, pessoas, produtos ou tado. Este é o momento que separa o grande profissional
serviços na frente do cliente; dos demais.
* desmerecer ou criticar o fabricante do produto que Este verdadeiro profissional trabalha em cada mo-
vende, o parceiro da empresa, denegrindo a sua imagem mento da verdade, considerando-o único e fundamental
para o cliente; para definir a satisfação do cliente. Ele se fundamenta na
* falar mau das pessoas na sua ausência e na presença chamada TRÍADE DO ATENDIMENTO OU TRIÂNGULO DO
do cliente; ATENDIMENTO, que é composto de elementos básicos do
* usar o cliente como desabafo dos problemas pes- processo de interação, que são:
soais;
* reclamar na frente do cliente; A ) a pessoa
* lamentar; A pessoa mais importante é aquela que está na sua
* colocar problemas salariais; frente. Então, podemos entender que a pessoa mais impor-
* “ lavar a roupa suja “ na frente do cliente. tante é o cliente que está na frente e precisa de atenção.
No Momento da Verdade, o atendente se relaciona di-
LEMBRE-SE: A ÉTICA DO TRABALHO É SERVIR AOS OU- retamente com o cliente, tentando atender a todas as suas
TROS E NÃO SE SERVIR DOS OUTROS. necessidades. Não existe outra forma de atender, a não ser
pelo contato direto e, portanto, a pessoa fundamental nes-
Usar chavões te momento é o cliente.
O mau profissional utiliza-se de alguns chavões como
forma de fugir à sua responsabilidade no atendimento ao B ) a hora
cliente. Citamos aqui, os mais comuns: A hora mais importante das nossas vidas é o agora, o
presente, pois somente nele podemos atuar.
PARE E REFLITA: VOCÊ GOSTARIA DE SER COMPARADO O passado ficou para atrás, não podendo ser mudado
e o futuro não nos cabe conhecer. Então, só nos resta o
A ESTE ATENDENTE?
presente como fonte de atuação. Nele, podemos agir e
* o senhor como cliente TEM QUE ENTENDER...
transformar. O aqui e agora são os únicos momentos
* o senhor DEVERIA AGRADECER O QUE A EMPRESA
nos quais podemos interagir e precisamos fazer isto da
FAZ PELO SENHOR...
melhor forma.
* o CLIENTE É UM CHATO QUE SEMPRE QUER MAIS...
* AÍ VEM ELE DE NOVO... C ) a tarefa
Estas frases geram um bloqueio mental, dificultando Para finalizar, falamos da tarefa. A nossa tarefa mais im-
a liberação do lado bom da pessoa que atende o cliente. portante diante desta pessoa mais importante para nós, na
Aqui, podemos ter o efeito bumerangue, que torna um hora mais importante que é o aqui e o agora, é FAZER O
círculo vicioso na postura inadequada, pois, o atendente CLIENTE FELIZ, atendendo as suas necessidades.
usa os chavões (pensa dessa forma em relação ao cliente e Esta tríade se configura no fundamento dos Momentos
a situação de atendimento ), o cliente se aborrece e descar- da Verdade e, para que estes sejam plenos, é necessário
rega no atendente, ou simplesmente não volta mais. que os funcionários de linha de frente, ou seja, que aten-
Para quebrar este ciclo, é preciso haver uma mudança dem os clientes, tenham poder de decisão. É necessário
radical no pensamento e postura do atendente. que os chefes concedam autonomia aos seus subordina-
dos para atuarem com precisão nos Momentos da Verdade.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Teleimagem E, a chave para perceber os sentimentos dos outros, está


Através do telefone, o atendente transmite a TELEIMAGEM na capacidade de interpretar os canais não verbais de comu-
da empresa e dele mesmo. nicação do outro, que são: os gestos, o tom de voz, as expres-
TELEIMAGEM, então, é a imagem que o cliente forma na sões faciais...
sua mente ( imagem mental ) sobre quem o está atenden- Esta capacidade de empatizar-se com o outro, está ligada
do e , consequentemente, sobre a empresa ( que é repre- ao envolvimento: sentir com o outro é envolver-se. Isto requer
sentada por este atendente). uma atitude muito sublime que se chama HUMILDADE. Sem
Quando a TELEIMAGEM é positiva, a facilidade do clien- ela é impossível ser empático.
te encaminhar os seus negócios é maior, pois ele supõe que Quando não somos humildes, vemos as pessoas de ma-
a empresa é comprometida com o cliente. No entanto, se a neira deturpada, pois olhamos através dos óculos do orgulho
imagem é negativa, vemos normalmente o cliente fugindo da e do egoísmo, com os quais enxergamos apenas o nosso pe-
empresa. Como no atendimento telefônico, o único meio de quenino mundo.
interação com o cliente, é através da palavra e sendo a palavra O orgulho e o egoísmo são dois males que atacam a hu-
o instrumento, faz-se necessário usá-la de forma adequada manidade, impedindo-a de ser feliz.
para satisfazer as exigências do cliente. Dessa forma, classifi- Com eles, não conseguimos sair do nosso mundinho ,
camos 03 itens básicos ligados a palavra e as atitudes, como criando uma couraça ao nosso redor para nos proteger. Com
fundamentais na formação da TELEIMAGEM. eles, nós achamos que somos tudo o que importa e esquece-
mos de olhar para o outro e perguntar como ele está, do que
São eles: ele precisa, em que podemos ajudar.
01. O tom de voz: é através dele que transmitimos inte- Esquecemos de perceber principalmente os seus senti-
resse e atenção ao cliente. Ao usarmos um tom frio e distante, mentos e necessidades. Com o orgulho e o egoísmo, nos tor-
passamos ao cliente, a ideia de desatenção e desinteresse. namos vaidosos e passamos a ver os outros de acordo com
Ao contrário, se falamos com entusiasmo, de forma deci- o que estes óculos registram: os nossos preconceitos, nossos
dida e atenciosamente, satisfazemos as necessidades do clien- valores, nossos sentimentos...
te de sentir-se assistido, valorizado, respeitado, importante. Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR, não
02. O uso de PALAVRAS ADEQUADAS: pois com elas o sabemos repartir, não sabemos doar.
atendente passa a ideia de respeito pelo cliente. Aqui fica ex- Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós mesmos,
pressamente PROIBIDO o uso de termos como: amor, bem, só lembramos de nós. É aqui que a empatia se deteriora, quan-
benzinho, chuchu, mulherzinha, queridinha, colega... do os nossos próprios sentimentos são tão fortes que não per-
mitem harmonização com o outro e passam por cima de tudo.
03. As ATITUDES CORRETAS: dando ao cliente, a impres- OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM TRABALHAR
são de educação e respeito. São INCORRETAS as atitudes de COM O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM CAPACIDADE DE SE
transferir a ligação antes do cliente concluir o que iniciou a COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO E ENTENDER OS SEUS SEN-
falar; passar a ligação para a pessoa ou ramal errado ( mos- TIMENTOS E NECESSIDADES.
trando com isso que não ouviu o que ele disse ); desligar sem
cumprimento ou saudação; dividir a atenção com outras con- Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas,
versas; deixar o telefone tocar muitas vezes sem atender; dar pois as raízes da moralidade estão na empatia. Para concluir,
risadas no telefone. podemos lembrar a frase de Saint-Exupéry no livro O Pequeno
Príncipe: “Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível
Aspectos psicológicos do atendente aos olhos“. Isto é empatia.
Nós falamos sobre a importância da postura de atendi-
mento. Porém, a base dela está nos aspectos psicológicos do PERCEPÇÃO
atendimento. Vamos a eles. PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de compreen-
der e captar as situações, o que exige sintonia e é funda-
Empatia mental no processo de atendimento ao público. Para perce-
O termo empatia deriva da palavra grega EMPATHÉIA, que bermos melhor, precisamos passar pelo “esvaziamento” de nós
significa entrar no sentimento. Portanto, EMPATIA é a capa- mesmos, ficando assim, mais próximos do outro. Mas, como é
cidade de nos colocarmos no lugar do outro, procurando isso? Vamos ficar vazios? É isso mesmo. Vamos ficar vazios dos
sempre entender as suas necessidades, os seus anseios, os nossos preconceitos, das nossas antipatias, dos nossos medos,
seus sentimentos. Dessa forma, é uma aptidão pessoal funda- dos nossos bloqueios, vamos observar as situações na sua to-
mental na relação atendente - cliente. Para conseguirmos ser talidade, para entendermos melhor o que o cliente deseja. Va-
empáticos, precisamos nos despojar dos nossos preconceitos mos ilustrar com um exemplo real: certa vez, em uma loja de
e preferências, evitando julgar o outro a partir de nossas refe- carros, entra um senhor de aproximadamente 65 anos, usando
rências e valores. um chapéu de palha, camiseta rasgada e calça amarrada na
A empatia alimenta-se da autoconsciência, que significa es- cintura por um barbante. Ele entrou na sala do gerente, que
tarmos abertos para conhecermos as nossas emoções. Quanto imediatamente se levantou pedindo para ele se retirar, pois
mais isto acontece, mais hábeis seremos na leitura dos senti- não era permitido “pedir esmolas ali “. O senhor com muita pa-
mentos dos outros. Quando não temos certeza dos nossos pró- ciência, retirou de um saco plástico que carregava, um “bolo“
prios sentimentos, dificilmente conseguimos ver os dos outros. de dinheiro e disse: “eu quero comprar aquele carro ali”.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata clara- Esta fraqueza de envolvimento não permite captar a essência
mente o que podemos fazer com o outro quando prejulgamos dos desejos do cliente, o que se traduz em insatisfação. Um
as situações. exemplo simples disso é a divisão de atenção por parte do
Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo é atendente. Quando este divide a atenção no atendimento en-
muito mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que é e tre o cliente e os colegas ou outras situações, o cliente sente-se
não é harmônico e com ele percebemos a essência dos fatos desrespeitado, diminuído e ressentido. A sua impressão sobre
e situações. a empresa é de fraqueza e o Momento da Verdade é pobre.
Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado com Esta ação traz consequências negativas como: impos-
a PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de percepção,
sibilidade de escutar o cliente, falta de empatia, desrespei-
na qual vemos, escutamos e sentimos apenas aquilo que nos
to com o seu tempo, pouca agilidade, baixo compromisso
interessa. Esta seleção age como um filtro, que deixa passar
apenas o que convém. Esta filtragem está diretamente relacio- com o atendimento.
nada com a nossa condição física-psíquica emocional. Como é Às vezes, a própria empresa não oferece uma estrutu-
isso? Vamos entender: ra adequada para o atendimento ao público, obrigando o
a)Se estou com medo de passar em rua deserta e escu- atendente a dividir o seu trabalho entre atendimento pes-
ra, a sombra do galho de uma árvore pode me assustar, pois soal e telefônico, quando normalmente há um fluxo grande
eu posso percebê-lo como um braço com uma faca para me de ambos no setor. Neste caso, o ideal seria separar os dois
apunhalar; tipos de atendimento, evitando problemas desta espécie.
b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de um Alguns exemplos comuns de divisão de atenção são:
cheiro agradável de comida; * atender pessoalmente e interromper com o telefone
c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a parte * atender o telefone e interromper com o contato direto
mais amena da repreensão e reprimir a mais severa. * sair para tomar café ou lanchar
Em alguns casos, a percepção seletiva age como mecanis- * conversar com o colega do lado sobre o final de se-
mo de defesa. mana, férias, namorado, tudo isso no momento de atendi-
mento ao cliente.
O ESTADO INTERIOR Estes exemplos, muitas vezes, soam ao cliente como
O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a um exibicionismo funcional, o que não agrega valor ao tra-
condição interna, o estado de espírito diante das situações.
balho. O cliente deve ser poupado dele.
A atitude de quem atende o público está diretamente re-
Os desafios do profissional de atendimento
lacionada ao seu estado interior. Ou seja, se o atendente man-
Mas, nem tudo é tão fácil no trabalho de atender. Al-
tém um equilíbrio interno, sem tensões ou preocupações ex-
cessivas, as suas atitudes serão mais positivas frente ao cliente. gumas situações exigem um alto grau de maturidade do
Dessa forma, o estado interior está ligado aos pensamen- atendente e é nestes momentos que este profissional tem
tos e sentimentos cultivados pelo atendente. E estes, dão su- a grande oportunidade de mostrar o seu real valor. Aqui
porte as atitudes frente ao cliente. estão duas destas situações.
Se o estado de espírito supõe sentimentos e pensamen-
tos negativos, relacionados ao orgulho, egoísmo e vaidade, as Encantando o cliente
atitudes advindas deste estado, sofrerão as suas influências e Fazer apenas o que está definido pela empresa como
serão: sendo o seu padrão de atendimento, pode até satisfazer as
* Atitudes preconceituosas; necessidades do cliente, mas talvez não ultrapasse o normal.
* Atitudes de exclusão e repulsa; Encantar o cliente é exatamente aquele algo mais que
* Atitudes de fechamento; faz a grande diferença no atendimento.
* Atitudes de rejeição.
É necessário haver um equilíbrio interno, uma estabilida- Atuação extra
de, para que o atendente consiga manter uma atitude positiva A ATUAÇÃO EXTRA é uma forma de encantar o cliente
com os clientes e as situações. que se caracteriza por atitudes ou ações do atendente, não
estabelecidas nos procedimentos de trabalho. É produzir
O ENVOLVIMENTO
um serviço acima da expectativa do cliente.
A demonstração de interesse, prestando atenção ao clien-
te e voltando-se inteiramente ao seu atendimento, é o cami-
nho para o verdadeiro sentido de atender. Autonomia
Na área de serviços, o produto é o próprio serviço presta- Na verdade, a autonomia não deveria estar no encan-
do, que se traduz na INTERAÇÃO do funcionário com o cliente. tamento do cliente; ela deveria fazer parte da estrutura da
Um serviço é, então, um resultado psicológico e pessoal que empresa. Mas, nem sempre a realidade é esta. Colocamos
depende de fatores relacionados com a interação com o ou- aqui porque o consumidor brasileiro ainda se encanta ao
tro. Quando o atendente tem um envolvimento baixo com o encontrar numa loja, um balconista que pode resolver as
cliente, este percebe com clareza a sua falta de compromisso. suas queixas sem se dirigir ao gerente.
As preocupações excessivas, o trabalho estafante, as pressões A AUTONOMIA está diretamente relacionada ao
exacerbadas, a falta de liderança, o nível de burocracia, são fa- processo de tomada de decisão. Onde existir uma situação
tores que contribuem para uma interação fraca com o cliente. na qual o funcionário precise decidir, deve haver autonomia.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

No atendimento ao público, é fundamental haver auto- “A administração pública direta e indireta de qualquer
nomia do pessoal de linha de frente e é uma das condições dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
básicas para o sucesso deste tipo de trabalho. Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoa‑
Mas, para ter autonomia se faz necessário um mínimo lidade, moralidade, publicidade e eficiência ( ... )”.
de poder para atuar de acordo com a situação e esse poder
deve ser conquistado. O poder aos funcionários serve para A forma e o conteúdo da Redação Oficial devem con-
agilizar o negócio. Às vezes, a falta de autonomia se relacio- vergir na produção dos textos dessa natureza, razão pela
na com fraca liderança do chefe. qual, muitas vezes, não há como separar uma do outro. In-
Para o cliente, a autonomia traduz a ideia de agilidade, dicam‑se, a seguir, alguns pressupostos de como devem ser
desburocratização, respeito, compromisso, organização. redigidos os textos oficiais.
Com ela, o cliente não é jogado de um lado para o outro
, não precisa passear pela empresa, ouvindo dos atendentes: Padrão culto do idioma
“Esse assunto eu não resolvo; é só com o fulano; procure
outro setor...” A redação oficial deve observar o padrão culto do idio-
A autonomia na ponta, na linha de frente, demonstra ma quanto ao léxico (seleção vocabular), à sintaxe (estrutura
que a empresa está totalmente voltada para o cliente, pois gramatical das orações) e à morfologia (ortografia, acen-
todo o sistema funciona para atendê-lo integralmente, e tuação gráfica etc.).
essa postura é vital, visto que a imagem transmitida pelo Por padrão culto do idioma deve‑se entender a língua
atendente é a imagem que será gerada no cliente em re- referendada pelos bons gramáticos e pelo uso nas situações
lação à organização, dessa forma, ao atender, o atendente formais de comunicação. Devem‑se excluir da Redagão Ofi-
precisa se lembrar que naquele cargo, ele representa uma cial a erudição minuciosa e os preciosismos vocabulares
marca, uma instituição, um nome, e que todas as suas atitu- que criam entraves inúteis à compreensão do significado.
des devem estar em conformidade com a proposta de visão Não faz sentido usar “perfunctório” em lugar de “superficial”
que essa organização possui, focando sempre em um aten- ou “doesto” em vez de “acusação” ou “calúnia”. São desca-
bidos também as citações em língua estrangeira e os lati-
dimento efetivamente eficaz e de qualidade.
nismos, tão ao gosto da linguagem forense. Os manuais de
Redação Oficial, que vários órgãos têm feito publicar, são
unânimes em desaconselhar a utilização de certas formas
CORRESPONDÊNCIA E ATOS OFICIAIS: sacramentais, protocolares e de anacronismos que ainda se
PRINCÍPIOS DA REDAÇÃO OFICIAL, leem em documentos oficiais, como: “No dia 20 de maio, do
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO, ano de 2011 do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo”,
NÍVEIS HIERÁRQUICOS DE TRATAMENTO, que permanecem nos registros cartorários antigos.
MODELOS DE ATOS OFICIAIS Não cabem também, nos textos oficiais, coloquialismos,
neologismos, regionalismos, bordões da fala e da lingua-
gem oral, bem como as abreviações e imagens sígnicas co-
muns na comunicação eletrônica.
Conceito Diferentemente dos textos escolares, epistolares, jorna-
lísticos ou artísticos, a Redação Oficial não visa ao efeito es-
Entende‑se por Redação Oficial o conjunto de normas tético nem à originalidade. Ao contrário, impõe uniformida-
e práticas que devem reger a emissão dos atos normati- de, sobriedade, clareza, objetividade, no sentido de se obter
vos e comunicações do poder público, entre seus diversos a maior compreensão possível com o mínimo de recursos
organismos ou nas relações dos órgãos públicos com as expressivos necessários. Portarias lavradas sob forma poéti-
entidades e os cidadãos. ca, sentenças e despachos escritos em versos rimados per-
A Redação Oficial inscreve‑se na confluência de dois tencem ao “folclore” jurídico‑administrativo e são práticas
universos distintos: a forma rege‑se pelas ciências da lin- inaceitáveis nos textos oficiais. São também inaceitáveis nos
guagem (morfologia, sintaxe, semântica, estilística etc.); o textos oficiais os vícios de linguagem, provocados por des-
conteúdo submete‑se aos princípios jurídico‑administra- cuido ou ignorância, que constituem desvios das normas da
tivos impostos à União, aos Estados e aos Municípios, nas língua‑padrão. Enumeram‑se, a seguir, alguns desses vícios:
esferas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Pertencente ao campo da linguagem escrita, a Redação - Barbarismos: São desvios:
Oficial deve ter as qualidades e características exigidas do - da ortografia: “ advinhar” em vez de adivinhar; “exces-
texto escrito destinado à comunicação impessoal, objetiva, são” em vez de exceção.
clara, correta e eficaz. - da pronúncia: “rúbrica” em vez de rubrica.
Por ser “oficial”, expressão verbal dos atos do poder - da morfologia: “interviu” em vez de interveio.
público, essa modalidade de redação ou de texto subordi- - da semântica: desapercebido (sem recursos) em vez
na‑se aos princípios constitucionais e administrativos apli- de despercebido (não percebido, sem ser notado).
cáveis a todos os atos da administração pública, conforme - pela utilização de estrangeirismos: galicismo (do fran-
cês): “mise‑en‑scène” em vez de encenação; anglicismo (do
estabelece o artigo 37 da Constituição Federal:
inglês): “delivery” em vez de entrega em domicílio.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

- Arcaísmos: Utilização de palavras ou expressões ana- O que interessa é aquilo que se comunica, é o con-
crônicas, fora de uso. Ex.: “asinha” em vez de ligeira, depressa. teúdo, o objeto da informação. A impessoalidade contribui
- Neologismos: Palavras novas que, apesar de forma- para a necessária padronização, reduzindo a variabilidade
das de acordo com o sistema morfológico da língua, ainda da linguagem a certos padrões, sem o que cada texto seria
não foram incorporadas pelo idioma. Ex.: “imexível” em vez suscetível de inúmeras interpretações.
de imóvel, que não se pode mexer; “talqualmente” em vez Por isso, a Redação Oficial não admite adjetivação. O
de igualmente. adjetivo, ao qualificar, exprime opinião e evidencia um juí-
- Solecismos: São os erros de sintaxe e podem ser: zo de valor pessoal do emissor. São inaceitáveis também a
- de concordância: “sobrou” muitas vagas em vez de pontuação expressiva, que amplia a significação (! ... ), ou
sobraram. o emprego de interjeições (Oh! Ah!), que funcionam como
- de regência: os comerciantes visam apenas “o índices do envolvimento emocional do redator com aquilo
lucro” em vez de ao lucro. que está escrevendo.
- de colocação: “não tratava‑se” de um problema sério Se nos trabalhos artísticos, jornalísticos e escolares o
em vez de não se tratava. estilo individual é estimulado e serve como diferencial das
- Ambiguidade: Duplo sentido não intencional. Ex.: O qualidades autorais, a função pública impõe a despersona-
desconhecido falou‑me de sua mãe. (Mãe de quem? Do lização do sujeito, do agente público que emite a comuni-
desconhecido? Do interlocutor?) cação. São inadmissíveis, portanto, as marcas individualiza-
- Cacófato: Som desagradável, resultante da junção doras, as ousadias estilísticas, a linguagem metafórica ou a
de duas ou mais palavras da cadeia da frase. Ex.: Darei um elíptica e alusiva. A Redação Oficial prima pela denotação,
prêmio por cada eleitor que votar em mim (por cada e pela sintaxe clara e pela economia vocabular, ainda que
porcada). essa regularidade imponha certa “monotonia burocrática”
- Pleonasmo: Informação desnecessariamente redun- ao discurso.
dante. Exemplos: As pessoas pobres, que não têm dinheiro, Reafirma‑se que a intermediação entre o emissor e o
vivem na miséria; Os moralistas, que se preocupam com a receptor nas Redações Oficiais é o código linguístico, den-
moral, vivem vigiando as outras pessoas.
tro do padrão culto do idioma; uma linguagem “neutra”,
referendada pelas gramáticas, dicionários e pelo uso em
A Redação Oficial supõe, como receptor, um operador
situações formais, acima das diferenças individuais, regio-
linguístico dotado de um repertório vocabular e de uma
nais, de classes sociais e de níveis de escolaridade.
articulação verbal minimamente compatíveis com o regis-
tro médio da linguagem. Nesse sentido, deve ser um texto
Formalidade e Padronização
neutro, sem facilitações que intentem suprir as deficiências
cognitivas de leitores precariamente alfabetizados.
As comunicações oficiais impõem um tratamento poli-
Como exceção, citam‑se as campanhas e comunicados
do e respeitoso. Na tradição ibero‑americana, afeita a títu-
destinados a públicos específicos, que fazem uma aproxima-
ção com o registro linguístico do público‑alvo. Mas esse é um los e a tratamentos reverentes, a autoridade pública revela
campo que refoge aos objetivos deste material, para se inse- sua posição hierárquica por meio de formas e de prono-
rir nos domínios e técnicas da propaganda e da persuasão. mes de tratamento sacramentais. “Excelentíssimo”, “Ilustrís-
Se o texto oficial não pode e não deve baixar ao nível de simo”, “Meritíssimo”, “Reverendíssimo” são vocativos que,
compreensão de leitores precariamente equipados quanto em algumas instâncias do poder, tornaram‑se inevitáveis.
à linguagem, fica evidente o falo de que a alfabetização e a Entenda­-se que essa solenidade tem por consideração o
capacidade de apreensão de enunciados são condições ine- cargo, a função pública, e não a pessoa de seu exercente.
rentes à cidadania. Ninguém é verdadeiramente cidadão se Vale lembrar que os pronomes de tratamento são obri-
não consegue ler e compreender o que leu. O domínio do gatoriamente regidos pela terceira pessoa. São erros muito
idioma é equipamento indispensável à vida em sociedade. comuns construções como “Vossa Excelência sois bondo-
so(a)”; o correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)”.
Impessoalidade e Objetividade A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com
que os textos oficiais procuravam revestir‑se de um tom
Ainda que possam ser subscritos por um ente público solene e cerimonioso no passado, é hoje incomum, ana-
(funcionário, servidor etc.), os textos oficiais são expressão do crônica e pedante, salvo em algumas peças oratórias envol-
poder público e é em nome dele que o emissor se comunica, vendo tribunais ou juizes, herdeiras, no Brasil, da tradição
sempre nos termos da lei e sobre atos nela fundamentados. retórica de Rui Barbosa e seus seguidores.
Não cabe na Redação Oficial, portanto, a presença do Outro aspecto das formalidades requeridas na Reda-
“eu” enunciador, de suas impressões subjetivas, sentimen- ção Oficial é a necessidade prática de padronização dos
tos ou opiniões. Mesmo quando o agente público mani- expedientes. Assim, as prescrições quanto à diagramação,
festa‑se em primeira pessoa, em formas verbais comuns espaçamento, caracteres tipográficos etc., os modelos ine-
como: declaro, resolvo, determino, nomeio, exonero etc., é vitáveis de ofício, requerimento, memorando, aviso e ou-
nos termos da lei que ele o faz e é em função do cargo que tros, além de facilitar a legibilidade, servem para agilizar o
exerce que se identifica e se manifesta. andamento burocrático, os despachos e o arquivamento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

É também por essa razão que quase todos os órgãos Pronomes de Tratamento
públicos editam manuais com os modelos dos expedien-
tes que integram sua rotina burocrática. A Presidência da A regra diz que toda comunicação oficial deve ser for-
República, a Câmara dos Deputados, o Senado, os Tribu- mal e polida, isto é, ajustada não apenas às normas gra-
nais Superiores, enfim, os poderes Executivo, Legislativo e maticais, como também às normas de educação e corte-
Judiciário têm os próprios ritos na elaboração dos textos e sia. Para isso, é fundamental o emprego de pronomes de
documentos que lhes são pertinentes. tratamento, que devem ser utilizados de forma correta, de
acordo com o destinatário e as regras gramaticais.
Concisão e Clareza Embora os pronomes de tratamento se refiram à se-
gunda pessoa (Vossa Excelência, Vossa Senhoria), a concor-
Houve um tempo em que escrever bem era escrever dância é feita em terceira pessoa.
“difícil”. Períodos longos, subordinações sucessivas, vocá-
bulos raros, inversões sintáticas, adjetivação intensiva, enu- Concordância verbal:
merações, gradações, repetições enfáticas já foram consi- Vossa Senhoria falou muito bem.
derados virtudes estilísticas. Atualmente, a velocidade que Vossa Excelência vai esclarecer o tema.
se impõe a tudo o que se faz, inclusive ao escrever e ao
Vossa Majestade sabe que respeitamos sua opinião.
ler, tornou esses recursos quase sempre obsoletos. Hoje, a
concisão, a economia vocabular, a precisão lexical, ou seja,
Concordância pronominal:
a eficácia do discurso, são pressupostos não só da Redação
Oficial, mas da própria literatura. Basta observar o estilo Pronomes de tratamento concordam com pronomes
“enxuto” de Graciliano Ramos, de Carios Drummond de An- possessivos na terceira pessoa.
drade, de João Cabral de Melo Neto, de Dalton Trevisan, Vossa Excelência escolheu seu candidato. (e não “vosso...”).
mestres da linguagem altamente concentrada.
Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e Concordância nominal:
“exórdios” que se repetiam como ladainhas nos textos ofi- Os adjetivos devem concordar com o sexo da pessoa a
ciais, como o exemplo risível e caricato que segue: que se refere o pronome de tratamento.
Vossa Excelência ficou confuso. (para homem)
“Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável Vossa Excelência ficou confusa. (para mulher)
se faz que nos valhamos do ensejo para congratularmo‑nos Vossa Senhoria está ocupado. (para homem)
com Vossa Excelência pela oportunidade da medida propos‑ Vossa Senhoria está ocupada. (para mulher)
ta à apreciação de seus nobres pares. Mas, quem sou eu, hu‑
milde servidor público, para abordar questões de tamanha Sua Excelência - de quem se fala (ele/ela).
complexidade, a respeito das quais divergem os hermeneu‑ Vossa Excelência - com quem se fala (você)
tas e exegetas.
Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das Emprego dos Pronomes de Tratamento
causas primeiras, que fundamentaram a proposição tempes‑
tivamente encaminhada por Vossa Excelência, indispensável As normas a seguir fazem parte do Manual de Redação
se faz uma abordagem preliminar dos antecedentes imedia‑ da Presidência da República.
tos, posto que estes antecedentes necessariamente antece‑
dem os consequentes”. Vossa Excelência: É o tratamento empregado para as
seguintes autoridades:
Observe que absolutamente nada foi dito ou informado.
- Do Poder Executivo - Presidente da República; Vi-
As Comunicações Oficiais
ce-presidenIe da República; Ministros de Estado; Governa-
dores e vice‑governadores de Estado e do Distrito Fede-
A redação das comunicações oficiais obedece a pre-
ral; Oficiais generais das Forças Armadas; Embaixadores;
ceitos de objetividade, concisão, clareza, impessoalidade,
Secretários‑executivos de Ministérios e demais ocupantes
formalidade, padronização e correção gramatical.
Além dessas, há outras características comuns à comu- de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos
nicação oficial, como o emprego de pronomes de tratamen- Governos Estaduais; Prefeitos Municipais.
to, o tipo de fecho (encerramento) de uma correspondência - Do Poder Legislativo - Deputados Federais e Sena-
e a forma de identificação do signatário, conforme define dores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados
o Manual de Redação da Presidência da República. Outros Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas
órgãos e instituições do poder público também possuem Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
manual de redação próprio, como a Câmara dos Deputa- - Do Poder Judiciário - Ministros dos Tribunais Supe-
dos, o Senado Federal, o Ministério das Relações Exteriores, riores; Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justiça
diversos governos estaduais, órgãos do Judiciário etc. Militar.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Vocativos Vossa Magnificência: É o pronome de tratamento dirigi-


do a reitores de universidade. Corresponde‑lhe o vocativo:
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas Magnífico Reitor.
aos chefes de poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do car- Vossa Santidade: É o pronome de tratamento emprega-
go respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República; do em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo corres-
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional; Ex- pondente é: Santíssimo Padre.
celentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima:
As demais autoridades devem ser tratadas com o vocati- São os pronomes empregados em comunicações dirigidas
vo Senhor ou Senhora, seguido do respectivo cargo: Senhor a cardeais. Os vocativos correspondentes são: Eminentís-
Senador / Senhora Senadora; Senhor Juiz/ Senhora Juiza; Se- simo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo
nhor Ministro / Senhora Ministra; Senhor Governador / Se- Senhor Cardeal.
nhora Governadora.
Nas comunicações oficiais para as demais autoridades
Endereçamento
eclesiásticas são usados: Vossa Excelência Reverendíssima
(para arcebispos e bispos); Vossa Reverendíssima ou Vos‑
De acordo com o Manual de Redação da Presidência, no en-
velope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autori- sa Senhoria Reverendíssima (para monsenhores, cônegos
dades tratadas por Vossa Excelência, deve ter a seguinte forma: e superiores religiosos); Vossa Reverência (para sacerdotes,
clérigos e demais religiosos).
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal Fechos para Comunicações
Ministro de Estado da Justiça
70064‑900 ‑ Brasília. DF De acordo com o Manual da Presidência, o fecho das
comunicações oficiais “possui, além da finalidade óbvia de
A Sua Excelência o Senhor arrematar o texto, a de saudar o destinatário”, ou seja, o
Senador Fulano de Tal fecho é a maneira de quem expede a comunicação despe-
Senado Federal dir‑se de seu destinatário.
70165‑900 ‑ Brasília. DF Até 1991, quando foi publicada a primeira edição do
atual Manual de Redação da Presidência da República, havia
A Sua Excelência o Senhor 15 padrões de fechos para comunicações oficiais. O Manual
Fulano de Tal simplificou a lista e reduziu­-os a apenas dois para todas as
Juiz de Direito da l0ª Vara Cível modalidades de comunicação oficial. São eles:
Rua ABC, nº 123
01010‑000 ‑ São Paulo. SP Respeitosamente: para autoridades superiores, inclu-
sive o presidente da República.
Conforme o Manual de Redação da Presidência, “em co- Atenciosamente: para autoridades de mesma hierar-
municações oficiais, está abolido o uso do tratamento dig- quia ou de hierarquia inferior.
níssimo (DD) às autoridades na lista anterior. A dignidade é
pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sen- “Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações diri-
do desnecessária sua repetida evocação”. gidas a autoridades estrangeiras, que atenderem a rito e
tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
Vossa Senhoria: É o pronome de tratamento empregado
Redação do Ministério das Relações Exteriores”, diz o Ma‑
para as demais autoridades e para particulares. O vocativo
nual de Redação da Presidência da República.
adequado é: Senhor Fulano de Tal / Senhora Fulana de Tal.
A utilização dos fechos “Respeitosamente” e “Atencio-
No envelope, deve constar do endereçamento: samente” é recomendada para os mesmos casos pelo Ma‑
Ao Senhor nual de Redação da Câmara dos Deputados e por outros
Fulano de Tal manuais oficiais. Já os fechos para as cartas particulares ou
Rua ABC, nº 123 informais ficam a critério do remetente, com preferência
70123-000 – Curitiba.PR para a expressão “Cordialmente”, para encerrar a corres-
pondência de forma polida e sucinta.
Conforme o Manual de Redação da Presidência, em co-
municações oficiais “fica dispensado o emprego do superlativo Identificação do Signatário
Ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de
Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pro- Conforme o Manual de Redação da Presidência do Re‑
nome de tratamento Senhor. O Manual também esclarece que pública, com exceção das comunicações assinadas pelo
“doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico”. Por presidente da República, em todas as comunicações ofi-
isso, recomenda-se empregá-lo apenas em comunicações diri- ciais devem constar o nome e o cargo da autoridade que as
gidas a pessoas que tenham concluído curso de doutorado. No expede, abaixo de sua assinatura. A forma da identificação
entanto, ressalva-se que “é costume designar por doutor os ba- deve ser a seguinte:
charéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina”.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

(espaço para assinatura) Conclusão: em que é reafirmada ou simplesmente rea-


Nome presentada a posição recomendada sobre o assunto.
Chefe da Secretaria‑Geral da Presidência da República
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos
(espaço para assinatura) casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e
Nome subtítulos.
Ministro de Estado da Justiça Quando se tratar de mero encaminhamento de documen-
tos, a estrutura deve ser a seguinte:
“Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a as- Introdução: deve iniciar com referência ao expediente
sinatura em página isolada do expediente. Transfira para que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documen-
essa página ao menos a última frase anterior ao fecho”, to não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do
alerta o Manual. motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir
os dados completos do documento encaminhado (tipo, data,
Padrões e Modelos origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela
qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:
O Padrão Ofício
“Em resposta ao Aviso nº 112, de 10 de fevereiro de 2011,
O Manual de Redação da Presidência da República lista encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 2010,
três tipos de expediente que, embora tenham finalidades do Departamento Geral de Administração, que trata da requisi‑
diferentes, possuem formas semelhantes: Ofício, Aviso e ção do servidor Fulano de Tal.”
Memorando. A diagramação proposta para esses expe- ou
dientes é denominada padrão ofício. “Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia
O Ofício, o Aviso e o Memorando devem conter as se- do telegrama nº 112, de 11 de fevereiro de 2011, do Presidente
guintes partes: da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto
de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”
- Tipo e número do expediente, seguido da sigla do
Desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar
órgão que o expede. Exemplos:
fazer algum comentário a respeito do documento que enca-

minha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento;
Of. 123/2002-MME
em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em
Aviso 123/2002-SG
aviso ou ofício de mero encaminhamento.
Mem. 123/2002-MF
- Fecho.
- Local e data. Devem vir por extenso com alinhamen- - Assinatura.
to à direita. Exemplo: - Identificação do Signatário
Brasília, 20 de maio de 2011 Forma de Diagramação
- Assunto. Resumo do teor do documento. Exemplos: Os documentos do padrão ofício devem obedecer à se-
guinte forma de apresentação:
Assunto: Produtividade do órgão em 2010.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computa‑ - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
dores. corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de
rodapé;
- Destinatário. O nome e o cargo da pessoa a quem é - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro‑
dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser incluí- man, poder‑se‑ão utilizar as fontes symbol e Wíngdings;
do também o endereço. - é obrigatório constar a partir da segunda página o nú-
mero da página;
- Texto. Nos casos em que não for de mero encami- - os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser im-
nhamento de documentos, o expediente deve conter a se- pressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens
guinte estrutura: esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas
Introdução: que se confunde com o parágrafo de pares (“margem espelho”);
abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a - o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, distância da margem esquerda;
“Tenho o prazer de”, “Cumpre‑me informar que”,empregue - o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no
a forma direta; mínimo 3,0 cm de largura;
Desenvolvimento: no qual o assunto é detalhado; se - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas - deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas
devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto
maior clareza à exposição; utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco;

26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

- não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, subli- Sua característica principal é a agilidade. A tramitação
nhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas do memorando em qualquer órgão deve pautar-­se pela ra-
ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos.
e a sobriedade do documento; Para evitar desnecessário aumento do número de comu-
- a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em pa- nicações, os despachos ao memorando devem ser dados
pel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em
gráficos e ilustrações; folha de continuação. Esse procedimento permite formar
- todos os tipos de documento do padrão ofício devem ser uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
impressos em papel de tamanho A‑4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; transparência a tomada de decisões, e permitindo que se
- deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de ar- historie o andamento da matéria tratada no memorando.
quivo Rich Text nos documentos de texto; Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo
- dentro do possível, todos os documentos elaborados do padrão ofício, com a diferença de que seu destinatário
devem ter o arquivo de texto preservado para consulta poste- deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos:
rior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;
- para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + nú- Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos.
mero do documento + palavras‑chave do conteúdo. Exemplo:
Obs: Modelo no final da matéria.
“Of. 123 ‑ relatório produtivi‑
dade ano 2010” Exposição de Motivos

Aviso e Ofício (Comunicação Externa) É o expediente dirigido ao presidente da República ou


ao vice-presidente para:
São modalidades de comunicação oficial praticamen- - informá-lo de determinado assunto;
te idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é - propor alguma medida; ou
expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para - submeter a sua consideração projeto de ato norma-
autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício tivo.
é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór- Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi-
gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, dente da República por um Ministro de Estado. Nos casos
também com particulares. em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério,
Quanto a sua forma, Aviso e Ofício seguem o modelo a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os
do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de
destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: interministerial.
Formalmente a exposição de motivos tem a apresenta-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, ção do padrão ofício. De acordo com sua finalidade, apre-
Senhora Ministra, senta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela
Senhor Chefe de Gabinete, que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para
a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as normativo.
No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-
seguintes informações do remetente:
plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi-
- nome do órgão ou setor;
dente da República, sua estrutura segue o modelo antes
- endereço postal;
referido para o padrão ofício.
- telefone e endereço de correio eletrônico.
Já a exposição de motivos que submeta à consideração
do Presidente da República a sugestão de alguma medida
Obs: Modelo no final da matéria.
a ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato nor-
mativo, embora sigam também a estrutura do padrão ofí-
Memorando ou Comunicação Interna
cio, além de outros comentários julgados pertinentes por
seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar:
O Memorando é a modalidade de comunicação entre - na introdução: o problema que está a reclamar a
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem adoção da medida ou do ato normativo proposto;
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife- - no desenvolvimento: o porquê de ser aquela me-
rente. Trata‑se, portanto, de uma forma de comunicação dida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar
eminentemente interna. o problema, e eventuais alternativas existentes para equa-
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser cioná‑lo;
empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes - na conclusão, novamente, qual medida deve ser to-
etc. a serem adotados por determinado setor do serviço mada, ou qual ato normativo deve ser editado para solu-
público. cionar o problema.

27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à ex- Dessa forma, ao atender às questões que devem ser
posição de motivos, devidamente preenchido, de acordo analisadas na elaboração de atos normativos no âmbito do
com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto nº Poder Executivo, o texto da exposição de motivos e seu ane-
4.1760, de 28 de março de 2010. xo complementam-se e formam um todo coeso: no anexo,
Anexo à exposição de motivos do (indicar nome do encontramos uma avaliação profunda e direta de toda a si-
Ministério ou órgão equivalente) nº ______, de ____ de tuação que está a reclamar a adoção de certa providência
______________ de 201_. ou a edição de um ato normativo; o problema a ser enfren-
tado e suas causas; a solução que se propõe, seus efeitos
- Síntese do problema ou da situação que reclama pro- e seus custos; e as alternativas existentes. O texto da ex-
vidências; posição de motivos fica, assim, reservado à demonstração
- Soluções e providências contidas no ato normativo da necessidade da providência proposta: por que deve ser
ou na medida proposta; adotada e como resolverá o problema.
Nos casos em que o ato proposto for questão de pes-
- Alternativas existentes às medidas propostas. Men-
soal (nomeação, promoção, ascenção, transferência, rea-
cionar:
daptação, reversão, aproveitamento, reintegração, recondu-
- se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
ção, remoção, exoneração, demissão, dispensa, disponibili-
- se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
dade, aposentadoria), não é necessário o encaminhamento
- outras possibilidades de resolução do problema. do formulário de anexo à exposição de motivos. Ressalte-se
- Custos. Mencionar: que:
- se a despesa decorrente da medida está prevista na - a síntese do parecer do órgão de assessoramento jurí-
lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para dico não dispensa o encaminhamento do parecer completo;
custeá‑la; - o tamanho dos campos do anexo à exposição de mo-
- se a despesa decorrente da medida está prevista na tivos pode ser alterado de acordo com a maior ou menor
lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para extensão dos comentários a serem alí incluídos.
custeá‑la;
- valor a ser despendido em moeda corrente; Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presen-
- Razões que justificam a urgência (a ser preenchido te que a atenção aos requisitos básicos da Redação Oficial
somente se o ato proposto for medida provisória ou proje- (clareza, concisão, impessoalidade, formalidade, padroniza-
to de lei que deva tramitar em regime de urgência). Men- ção e uso do padrão culto de linguagem) deve ser redo-
cionar: brada. A exposição de motivos é a principal modalidade
- se o problema configura calamidade pública; de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos
- por que é indispensável a vigência imediata; Ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encami-
- se se trata de problema cuja causa ou agravamento nhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário
não tenham sido previstos; ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da União, no todo
- se se trata de desenvolvimento extraordinário de si- ou em parte.
tuação já prevista.
- Impacto sobre o meio ambiente (somente que o ato Mensagem
ou medida proposta possa vir a tê-lo)
- Alterações propostas. Texto atual, Texto proposto; É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes
- Síntese do parecer do órgão jurídico. dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas
pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para in-
formar sobre fato da Administração Pública; expor o plano
Com base em avaliação do ato normativo ou da medi-
de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa;
da proposa à luz das questões levantadas no ítem 10.4.3.
submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem
A falta ou insuficiência das informações prestadas pode
de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer
acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da e agradecer comunicações de tudo quanto seja de interesse
Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para dos poderes públicos e da Nação.
que se complete o exame ou se reformule a proposta. Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos
O preenchimento obrigatório do anexo para as expo- Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias
sições de motivos que proponham a adoção de alguma caberá a redação final.
medida ou a edição de ato normativo tem como finalidade: As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
- permitir a adequada reflexão sobre o problema que gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
se busca resolver;
- ensejar mais profunda avaliação das diversas causas - Encaminhamento de projeto de lei ordinária, com-
do problema e dos defeitos que pode ter a adoção da me- plementar ou financeira: Os projetos de lei ordinária ou
dida ou a edição do ato, em consonância com as questões complementar são enviados em regime normal (Constitui-
que devem ser analisadas na elaboração de proposições ção, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1º a 4º).
normativas no âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.) Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o
- conferir perfeita transparência aos atos propostos. regime normal e mais tarde ser objeto de nova mensagem,
com solicitação de urgência.

28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Mem- - Encaminhamento de atos de concessão e renova-
bros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com avi- ção de concessão de emissoras de rádio e TV: A obri-
so do Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao gação de submeter tais atos à apreciagão do Congresso
Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição.
tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput). Somente produzirão efeitos legais a outorga ou renovação
Quanto aos projetos de lei financeira (que compreen- da concessão após deliberação do Congresso Nacional
dem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos (Constituição, art. 223, § 3º). Descabe pedir na mensagem a
anuais e créditos adicionais), as mensagens de encaminha- urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o §
mento dirigem‑se aos membros do Congresso Nacional, e 1º do art. 223 já define o prazo da tramitação.
os respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Secretá- Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a
rio do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Consti- mensagem o correspondente processo administrativo.
tuição impõe a deliberação congressual sobre as leis finan-
ceiras em sessão conjunta, mais precisamente, “na forma
- Encaminhamento das contas referentes ao exer-
do regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso
cício anterior: O Presidente da República tem o prazo de
Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constitui-
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa para en-
ção, art. 57, § 5º), que comanda as sessões conjuntas.
viar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exer-
As mensagens aqui tratadas coroam o processo desen- cício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e
volvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange minu- parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, art.
cioso exame técnico, jurídico e econômico‑financeiro das 166, § 1º), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar
matérias objeto das proposições por elas encaminhadas. a tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedi-
Tais exames materializam‑se em pareceres dos diversos mento disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno.
órgãos interessados no assunto das proposições, entre eles - Mensagem de abertura da sessão legislativa: Ela
o da Advocacia Geral da União. Mas, na origem das pro- deve conter o plano de governo, exposição sobre a situa-
postas, as análises necessárias constam da exposição de ção do País e solicitação de providências que julgar neces-
motivos do órgão onde se geraram, exposição que acom- sárias (Constituição, art. 84, XI).
panhará, por cópia, a mensagem de encaminhamento ao O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da
Congresso. Presidência da República. Esta mensagem difere das de-
mais porque vai encadernada e é distribuída a todos os
- Encaminhamento de medida provisória: Para dar congressistas em forma de livro.
cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Pre-
sidente da República encaminha mensagem ao Congresso, - Comunicação de sanção (com restituição de au-
dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secre- tógrafos): Esta mensagem é dirigida aos membros do
tário do Senado Federal, juntando cópia da medida provi- Congresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro
sória, autenticada pela Coordenação de Documentação da ­Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Nela
Presidência da República. se informa o número que tomou a lei e se restituem dois
exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o Pre-
- Indicação de autoridades: As mensagens que sub- sidente da República terá aposto o despacho de sanção.
metem ao Senado Federal a indicação de pessoas para
ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribu- - Comunicação de veto: Dirigida ao Presidente do
nais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e diretores Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem
informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais
do Banco Central, Procurador‑Geral da República, Chefes
as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai
de Missão Diplomática etc.) têm em vista que a Constitui-
publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrá-
ção, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa do
rio das demais mensagens, cuja publicação se restringe à
Congresso Nacional competência privativa para aprovar a
notícia do seu envio ao Poder Legislativo.
indicação. O currículum vitae do indicado, devidamente as-
sinado, acompanha a mensagem. - Outras mensagens: Também são remetidas ao Legis-
lativo com regular frequência mensagens com:
- Pedido de autorização para o presidente ou o vi- - encaminhamento de atos internacionais que acarre-
ce‑presidente da República se ausentarem do País por tam encargos ou compromissos gravosos (Constituição,
mais de 15 dias: Trata‑se de exigência constitucional art. 49, I);
(Constituição, art. 49, III, e 83), e a autorização é da compe- - pedido de estabelecimento de alíquolas aplicáveis
tência privativa do Congresso Nacional. às operações e prestações interestaduais e de exportação
O presidente da República, tradicionalmente, por cor- (Constituição, art. 155, § 2º, IV);
tesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias, - proposta de fixação de limites globais para o montan-
faz uma comunicação a cada Casa do Congresso, envian- te da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);
do‑lhes mensagens idênticas. - pedido de autorização para operações financeiras ex-
ternas (Constituição, art. 52, V); e outros.

29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Entre as mensagens menos comuns estão as de: Fax


- convocação extraordinária do Congresso Nacional
(Constituição, art. 57, § 6º); O fax (forma abreviada já consagrada de fac‑símile) é
- pedido de autorização para exonerar o Procurador‑Geral uma forma de comunicação que está sendo menos usada
da República (art. 52, XI, e 128, § 2º); devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a
- pedido de autorização para declarar guerra e decretar transmissão de mensagens urgentes e para o envio ante-
mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX); cipado de documentos, de cujo conhecimento há premên-
- pedido de autorização ou referendo para celebrara paz cia, quando não há condições de envio do documento por
(Constituição, art. 84, XX); meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue
- justificativa para decretação do estado de defesa ou de posteriormente pela via e na forma de praxe.
sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4º); Se necessário o arquivamento, deve‑se fazê‑lo com có-
- pedido de autorização para decretar o estado de sítio pia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em
(Constituição, art. 137); certos modelos, se deteriora rapidamente.
- relato das medidas praticadas na vigência do estado de Os documentos enviados por fax mantêm a forma e
sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único); a estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio,
- proposta de modificação de projetas de leis financeiras juntamente com o documento principal, de folha de rosto,
(Constituição, art. 166, § 5º); isto é, de pequeno formulário com os dados de identifica-
- pedido de autorização para utilizar recursos que fica- ção da mensagem a ser enviada.
rem sem despesas correspondentes, em decorrência de veto,
emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual Correio Eletrônico
(Constituição, art. 166, § 8º);
- pedido de autorização para alienar ou conceder terras O correio eletrônico (“e‑mail”), por seu baixo custo e
públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, celeridade, transformou‑se na principal forma de comuni-
§ 1º); etc. cação para transmissão de documentos.
As mensagens contêm: Um dos atrativos de comunicação por correio eletrô-
- a indicação do tipo de expediente e de seu número, ho- nico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma
rizontalmente, no início da margem esquerda: rígida para sua estrutura. Entretanto, deve‑se evitar o uso
de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
Mensagem nº
O campo assunto do formulário de correio eletrôni-
co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
- vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o
organização documental tanto do destinatário quanto do
cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem
remetente.
esquerda:
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utili-
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
- o texto, iniciando a 2 cm do vocativo; nimas sobre seu conteúdo.
- o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, Sempre que disponível, deve‑se utilizar recurso de con-
e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
direita. A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- da mensagem pedido de confirmação de recebimento.
sidente da República, não traz identificação de seu signatário. Nos termos da legislação em vigor, para que a mensa-
gem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é,
Obs: Modelo no final da matéria. para que possa ser aceita como documento original, é ne-
cessário existir certificação digital que ateste a identidade
Telegrama do remetente, na forma estabelecida em lei.

Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os Apostila


procedimentos burocráticos, passa a receber o título de telegra-
ma toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, É o aditamento que se faz a um documento com o
telex etc. Por se tratar de forma de comunicação dispendiosa objetivo de retificação, atualização, esclarecimento ou fi-
aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restrin- xar vantagens, evitando‑se assim a expedição de um novo
gir‑se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não título ou documento. Estrutura:
seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência - Título: APOSTILA, centralizado.
justifique sua utilização e, também em razão de seu custo ele- - Texto: exposição sucinta da retificação, esclarecimen-
vado, esta forma de comunicação deve pautar‑se pela concisão. to, atualização ou fixação da vantagem, com a menção, se
Não há padrão rígido, devendo‑se seguir a forma e a es- for o caso, onde o documento foi publicado.
trutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios - Local e data.
e em seu sítio na Internet. - Assinatura: nome e função ou cargo da autoridade
que constatou a necessidade de efetuar a apostila.
Obs: Modelo no final da matéria.

30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Não deve receber numeração, sendo que, em caso de Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá nu-
documento arquivado, a apostila deve ser feita abaixo dos merá‑las. Nesse caso, a numeração poderá apoiar­-se no
textos ou no verso do documento. padrão básico de diagramação.
Em caso de publicação do ato administrativo originário, O fecho da carta segue, em geral, o padrão da corres-
a apostila deve ser publicada com a menção expressa do ato, pondência oficial, mas outros fechos podem ser usados, a
número, dia, página e no mesmo meio de comunicaçao ofi- exemplo de “Cordialmente”, quando se deseja indicar rela-
cial no qual o ato administrativo foi originalmente publicado, ção de proximidade ou igualdade de posição entre os cor-
a fim de que se preserve a data de validade. respondentes.

Obs: Modelo no final da matéria. Obs: Modelo no final da matéria.

ATA Declaração

É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos É o documento em que se informa, sob responsabilida-
fatos e deliberações ocorridos em uma reunião, sessão ou de, algo sobre pessoa ou acontecimento. Estrutura:
assembleia. Estrutura: - Título: DECLARAÇÃO, centralizado.
- Título ‑ ATA. Em se tratando de atas elaboradas se- - Texto: exposição do fato ou situação declarada, com
quencialmente, indicar o respectivo número da reunião ou finalidade, nome do interessado em destaque (em maiús-
sessão, em caixa‑alta. culas) e sua relação com a Câmara nos casos mais formais.
- Local e data.
- Texto, incluindo: Preâmbulo ‑ registro da situação espa-
- Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de
cial e temporal e participantes; Registro dos assuntos abor-
autoridade, função ou cargo.
dados e de suas decisões, com indicação das personalidades
envolvidas, se for o caso; Fecho ‑ termo de encerramento
A declaração documenta uma informação prestada por
com indicação, se necessário, do redator, do horário de en-
autoridade ou particular. No caso de autoridade, a compro-
cerramento, de convocação de nova reunião etc.
vação do fato ou o conhecimento da situação declarada
A ATA será assinada e/ou rubricada portodos os presen-
deve serem razão do cargo que ocupa ou da função que
tes à reunião ou apenas pelo presidente e relator, dependen- exerce.
do das exigências regimentais do órgão. Declarações que possuam características específicas
A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, de- podem receber uma qualificação, a exemplo da “declara-
ve‑se, em caso de erro, utilizar o termo “digo”, seguido da ção funcional”.
informação correta a ser registrada. No caso de omissão de
informações ou de erros constatados após a redação, usa‑se Obs: Modelo no final da matéria.
a expressão “Em tempo” ao final da ATA, com o registro das Despacho
informações corretas.
É o pronunciamento de autoridade administrativa em
Obs: Modelo no final da matéria. petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento
do processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de expe-
Carta diente. Estrutura:
- Nome do órgão principal e secundário.
É a forma de correspondência emitida por particular, - Número do processo.
ou autoridade com objetivo particular, não se confundindo - Data.
com o memorando (correspondência interna) ou o ofício - Texto.
(correspondência externa), nos quais a autoridade que as- - Assinatura e função ou cargo da autoridade.
sina expressa uma opinião ou dá uma informação não sua,
mas, sim, do órgão pelo qual responde. Em grande parte dos O despacho pode constituir‑se de uma palavra, de uma
casos da correspondência enviada por deputados, deve‑se expressão ou de um texto mais longo.
usar a carta, não o memorando ou ofício, por estar o par-
lamentar emitindo parecer, opinião ou informação de sua Obs: Modelo no final da matéria.
responsabilidade, e não especificamente da Câmara dos De-
putados. O parlamentar deverá assinar memorando ou ofício Ordem de Serviço
apenas como titular de função oficial específica (presidente
de comissão ou membro da Mesa, por exemplo). Estrutura: É o instrumento que encerra orientações detalhadas e/
- Local e data. ou pontuais para a execução de serviços por órgãos subor-
- Endereçamento, com forma de tratamento, destinatá- dinados da Administração. Estrutura:
rio, cargo e endereço. - Título: ORDEM DE SERVIÇO, numeração e data.
- Vocativo. - Preâmbulo e fundamentação: denominação da au-
- Texto. toridade que expede o ato (em maiúsculas) e citação da
- Fecho. legislação pertinente ou por força das prerrogativas do car-
- Assinatura: nome e, quando necessário, função ou cargo. go, seguida da palavra “resolve”.

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser di- Relatório


vidido em itens, incisos, alíneas etc.
- Assinatura: nome da autoridade competente e indi- É o relato exposilivo, detalhado ou não, do funciona-
cação da função. mento de uma instituição, do exercício de atividades ou
acerca do desenvolvimento de serviços específicos num
A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém determinado período. Estrutura:
possui caráter mais específico e detalhista. Objetiva, essen-
- Título ‑ RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE...
cialmente, a otimização e a racionalização de serviços.
- Texto ‑ registro em tópicos das principais ativida-
Obs: Modelo no final da matéria. des desenvolvidas, podendo ser indicados os resultados
parciais e totais, com destaque, se for o caso, para os
Parecer aspectos positivos e negativos do período abrangido. O
cronograma de trabalho a ser desenvolvido, os quadros,
É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal os dados estatísticos e as tabelas poderão ser apresenta-
ou de órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido dos como anexos.
submetido para análise e competente pronunciamento. - Local e data.
Visa fornecer subsídios para tomada de decisão. Estrutura: - Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s)
- Número de ordem (quando necessário). relator(es).
- Número do processo de origem.
- Ementa (resumo do assunto). No caso de Relatório de Viagem, aconselha‑se re-
- Texto, compreendendo: Histórico ou relatório (intro- gistrar uma descrição sucinta da participação do servi-
dução); Parecer (desenvolvimento com razões e justificati-
dor no evento (seminário, curso, missão oficial e outras),
vas); Fecho opinativo (conclusão).
indicando o período e o trecho compreendido. Sempre
- Local e data.
- Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista. que possível, o Relatório de Viagem deverá ser elaborado
com vistas ao aproveitamento efetivo das informações
Além do Parecer Administrativo, acima conceituado, tratadas no evento para os trabalhos legislativos e admi-
existe o Parecer Legislativo, que é uma proposição, e, como nistrativos da Casa.
tal, definido no art. 126 do Regimento Interno da Câmara Quanto à elaboração de Relatório de Atividades, de-
dos Deputados. ve‑se atentar para os seguintes procedimentos:
O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em - abster‑se de transcrever a competência formal das
tantos itens (e estes intitulados) quantos bastem ao pare- unidades administrativas já descritas nas normas inter-
cerista para o fim de melhor organizar o assunto, imprimin- nas;
do‑lhe clareza e didatismo. - relatar apenas as principais atividades do órgão;
- evitar o detalhamento excessivo das tarefas execu-
Obs: Modelo no final da matéria.
tadas pelas unidades administrativas que lhe são subor-
Portaria
dinadas;
É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabe- - priorizar a apresentação de dados agregados, gran-
lece regras, baixa instruções para aplicação de leis ou trata des metas realizadas e problemas abrangentes que foram
da organização e do funcionamento de serviços dentro de solucionados;
sua esfera de competência. Estrutura: - destacar propostas que não puderam ser concreti-
- Título: PORTARIA, numeração e data. zadas, identificando as causas e indicando as prioridades
- Ementa: síntese do assunto. para os próximos anos;
- Preâmbulo e fundamentação: denominação da auto- - gerar um relatório final consolidado, limitado, se
ridade que expede o ato e citação da legislação pertinente, possível, ao máximo de dez páginas para o conjunto da
seguida da palavra “resolve”. Diretoria, Departamento ou unidade equivalente.
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser di-
vidido em artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens. Obs: Modelo no final da matéria.
- Assinatura: nome da autoridade competente e indi-
cação do cargo.

Certas portarias contêm considerandos, com as razões


que justificam o ato. Neste caso, a palavra “resolve” vem
depois deles.
A ementa justifica‑se em portarias de natureza normativa.
Em portarias de matéria rotineira, como nos casos de
nomeação e exoneração, por exemplo, suprime­-se a ementa.

Obs: Modelo no final da matéria.

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Requerimento (Petição)

É o instrumento por meio do qual o interessado requer a uma autoridade administrativa um direito do qual se julga
detentor. Estrutura:
- Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), ou seja, da autoridade competente.
- Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do requerente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva qualifica-
ção: nacionalidade, estado civil, profissão, documento de identidade, idade (se maior de 60 anos, para fins de preferên-
cia na tramitação do processo, segundo a Lei 10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor da Câmara dos
Deputados, precedendo à qualificação civil deve ser colocado o número do registro funcional e a lotação); Exposição
do pedido, de preferência indicando os fundamentos legais do requerimento e os elementos probatórios de natureza
fática.
- Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”.
- Local e data.
- Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.

Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação, reivindicação ou manifestação, o documento utilizado será um
abaixo‑assinado, com estrutura semelhante à do requerimento, devendo haver identificação das assinaturas.
A Constituição Federal assegura a todos, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos
Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que o
exercício desse direito se instrumentaliza por meio de requerimento. No que concerne especificamente aos servidores
públicos, a lei que institui o Regime único estabelece que o requerimento deve ser dirigido à autoridade competente
para decidi‑lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente (Lei nº
8.112/90, art. 105).

Obs: Modelo no final da matéria.

Protocolo

O registro de protocolo (ou simplesmente “o protocolo“) é o livro (ou, mais atualmente, o suporte informático) em
que são transcritos progressivamente os documentos e os atos em entrada e em saída de um sujeito ou entidade (pú-
blico ou privado). Este registro, se obedecerem a normas legais, têm fé pública, ou seja, tem valor probatório em casos
de controvérsia jurídica.
O termo protocolo tem um significado bastante amplo, identificando-se diretamente com o próprio procedimento.
Por extensão de sentido, “protocolo” significa também um trâmite a ser seguido para alcançar determinado objetivo
(“seguir o protocolo”).
A gestão do protocolo é normalmente confiada a uma repartição determinada, que recebe o material documentá-
rio do sujeito que o produz em saída e em entrada e os anota num registro (atualmente em programas informáticos),
atruibuindo-lhes um número e também uma posição de arquivo de acordo com suas características.
O registro tem quatro elementos necessários e obrigatórios:
- Número progressivo.
- Data de recebimento ou de saída.
- Remetente ou destinatário.
- Regesto, ou seja, breve resumo do conteúdo da correspondência

33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Exemplo de Ofício

(Ministério)
(Secretaria/Departamento/Setor/Entidade)
(Endereço para correspondência)
(Endereço – continuação)
(Telefone e Endereço de Correio Eletrônico)

Ofício nº 524/1991/SG-PR

Brasília, 20 de maio de 2011

A Sua Excelência o Senhor


Deputado (Nome)
Câmara dos Deputados
70160-900 – Brasília – DF
3 cm 297 mm
1,5 cm
Assunto: Demarcação de terras indígenas

Senhor Deputado,

1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, de


24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em
sua carta nº 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas
pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído
pelo Decreto nº 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que –
na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração
as características sócio-econômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto
no art. 231, § 1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos
etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último
aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual
competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão
encaminhas as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade
civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio
serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e
das entidades civis acima mencionadas.
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido
assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os
limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos
necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária
transparência e agilidade.

Atenciosamente,

(Nome)
(cargo)

210 mm

34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Exemplo de Aviso

Aviso nº 45/SCT-PR

Brasília, 27 de fevereiro de 2011

A Sua Excelência o Senhor


(Nome e cargo)
297 mm

3 cm
1,5 cm
Assunto: Seminário sobre o uso de energia no setor público

Senhor Ministro,

Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro


Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser
realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de
Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas, nesta
capital.
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das
Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgãos Públicos, instituído
pelo Decreto nº 99.656, de 26 de outubro de 1990.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)
(cargo do signatário)

210 mm

35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Exemplo de Memorando

Mem. 118/DJ

Em 12 de abril de 2011

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

297 mm
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
1,5 cm

1. Nos termos do Plano Geral de Informatização, solicito a Vossa


Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores
neste Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal
seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA.
Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos
e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo
da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já
manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste
Departa-mento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e,
sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)

210 mm

36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Exemplo de Mensagem

5 cm

Mensagem nº 118

4 cm

297 mm

Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

2 cm 1,5 cm

3 cm
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das mensagens SM nºs
106 a 110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos
nºs 93 a 97, de 1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.

Brasília, 28 de março de 2011

210 mm

37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Exemplo de Telegrama

[órgão Expedidorl
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]

Destinatário: _________________________________________________________
Nº do fax de destino: _________________________________ Data: ___/___/_____
Remetente: __________________________________________________________
Tel. p/ contato: ____________________Fax/correio eletrônico: ________________
Nº de páginas: esta + ______Nº do documento: _____________________________
Observações: _________________________________________________________
_____________________________________________________________________


Exemplo de Apostila

APOSTILA

A Diretora da Coordenação de Secretariado Parlamentar do Departamento de Pessoal declara que


o servidor José da Silva, nomeado pela Portaria CDCC-RQ001/2004, publicada no Suplemento ao Boletim
Administrativo de 30 de março de 2004, teve sua situação funcional alterada, de Secretário Parlamentar
Requisitado, ponto n. 123, para Secretário Parlamentar sem vínculo efetivo com o serviço público, ponto n.
105.123, a partir de 11 de abril de 2004, em face de decisão contida no Processo n. 25.001/2004.

Brasília, em 26/5/2011

Maria da Silva
Diretora

Exemplo de ATA
CAMARA DOS DEPUTADOS
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Coordenação de Publicações

ATA

As 10h15min, do dia 24 de maio de 2011, na Sala de Reunião do Cedi, a Sra. Maria da Silva, Diretora
da Coordenação, deu início aos trabalhos com a leitura da ala da reunião anterior, que foi aprovada, sem
alterações. Em prosseguimento, apresentou a pauta da reunião, com a inclusão do item “Projetos Concluídos”,
sendo aprovada sem o acréscimo de novos itens. Tomou a palavra o Sr. José da Silva, Chefe da Seção de
Marketing, que apresentou um breve relato das atividades desenvolvidas no trimestre, incluindo o lançamento
dos novos produtos. Em seguida, o Sr. Mário dos Santos, Chefe da Tipografia, ressaltou que nos últimos
meses os trabalhos enviados para publicação estavam de acordo com as normas estabelecidas, parabenizando
a todos pelos resultados alcançados. Com relação aos projeXos concluídos, a Diretora esclareceu que todos
mantiveram-se dentro do cronograma de trabalho preestabelecido e que serao encaminhados à gráfica na
próxima semana. Às 11h45min a Diretora encerrou os trabalhos, antes convocando reunião para o dia 2 de
junho, quarta-feira, às 10 horas, no mesmo local. Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, e eu,
Ana de Souza, lavrei a presente ata que vai assinada por mim e pela Diretora.

Diretora

Secretária

38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Exemplo de Despacho

CÂMARA DOS DEPUTADOS


PRIMEIRASECRETARIA

Processo n . .........
Em .... / .... /200 ...

Ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, por força do disposto no inciso I do art. 70 do Regimento
do Cefor, c/c o art. 95, da Lei n. 8.112/90, com parecer favorável desta Secretaria, nos termos das informações e
manifestações dos órgãos técnicos da Casa.

Deputado José da Silva


PrimeiroSecretário

Exemplo de Ordem de Serviço

CÂMARA DOS DEPUTADOS


CONSULTORIA TÉCNICA

ORDEM DE SERVIÇO N. 3, DE 6/6/2010

O DIRETOR DA CONSULTORIA TÉCNICA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso de suas


atribuições, resolve:
1. As salas 3 e 4 da Consultoria Técnica ficam destinadas a reuniões de trabalho com deputados,
consultores e servidores dos setores de apoio da Consultoria Técnica.
2. As reuniões de trabalho serão agendadas previamente pela Diretoria da Coordenação de Serviços
Gerais.
................................................................................................................................
6. Havendo mais de uma solicitação de uso para o mesmo horário, será adotada a seguinte ordem de
preferência:
1 reuniões de trabalho com a participação de deputados;
11 reuniões de trabalho da diretoria;
111 reuniões de trabalho dos consultores;
IV . ..................................................................................................................................
V . ....................................................................................................................................
7. O cancelamento de reunião deverá ser imediatamente comunicado à Diretoría da Coordenação de
Serviços Gerais.

José da Silva
Diretor

39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Exemplo de Parecer

PARECER JURÍDICO

De: Departamento Jurídico


Para: Gerente Administrativo

Senhor Gerente,

Com relação à questão sobre a estabilidade provisória por gestação, ou não, da empregada Fulana de Tal, passamos
a analisar o assunto.
O artigo 10, letra “b”, do ADCT, assegura estabilidade à empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até
cinco meses após o parto.
Nesta hipótese, existe responsabilidade objetiva do empregador pela manutenção do emprego, ou seja, basta
comprovar a gravidez no curso do contrato para que haja incidência da regra que assegura a estabilidade provisória no
emprego. O fundamento jurídico desta estabilidade é a proteção à maternidade e à infância, ou seja, proteger a gestante e o
nascituro, assegurando a dignidade da pessoa humana.
A confirmação da gravidez, expressão utilizada na Constituição, refere-se à afirmativa médica do estado gestacional
da empregada e não exige que o empregador tenha ciência prévia da situação da gravidez. Neste sentido tem sido as
reiteradas decisões do C. TST, culminando com a edição da Súmula n. 244, que assim disciplina a questão:
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização
decorrente da estabilidade. (art. 10, II, “b” do ADCT). (ex-OJ nº 88 – DJ 16.04.2004).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do
contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. (ex-Súmula nº
244 – Res 121/2003, DJ 19.11.2003).
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de
experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou
sem justa causa. (ex-OJ nº 196 - Inserida em 08.11.2000).
No caso colocado em análise, percebe-se que não havia confirmação da gestação antes da dispensa. Ao contrário,
diante da suspeita de gravidez, a empresa teve o cuidado de pedir a realização de exame laboratorial, o que foi feito, não
tendo sido confirmada a gravidez. A empresa só dispensou a empregada depois que lhe foi apresentado o resultado negativo
do teste de gravidez. A confirmação do estado gestacional só veio após a dispensa.
Assim, para solução da questão, importante indagar se gravidez confirmada no curso aviso prévio indenizado
garante ou não a estabilidade.
O TST tem decidido (Súmula 371), que a projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão de aviso
prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso. Este entendimento
exclui a estabilidade provisória da gestante, quando a gravidez ocorre após a rescisão contratual.
A gravidez superveniente à dispensa, durante o aviso prévio indenizado, não assegura a estabilidade. Contudo, na
hipótese dos autos, embora a gravidez tenha sido confirmada no curso do aviso prévio indenizado, certo é que a empregada
já estava grávida antes da dispensa, como atestam os exames trazidos aos autos. A conclusão da ultrossonografia obstétrica
afirma que em 30 de julho de 2009 a idade gestacional ecografica era de pouco mais de 13 semanais, portanto, na data do
afastamento a reclamante já contava com mais de 01 mês de gravidez.
Em face do exposto, considerando os fundamentos jurídicos do instituto da estabilidade da gestante, considerando
que a responsabilidade do empregador pela manutenção do emprego é objetiva e considerando que o desconhecimento do
estado gravídico não impede o reconhecimento da gravidez, conclui-se que:
a) não existe estabilidade quando a gravidez ocorre na vigência do aviso prévio indenizado;
b) fica assegurada a estabilidade quando, embora confirmada no período do aviso prévio indenizado, a gravidez
ocorre antes da dispensa.
De acordo com tais conclusões, entendemos que a empresa deve proceder a reintegração da empregada diante da
estabilidade provisória decorrente da gestação.
É o parecer.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).


(assinatura)
(nome)
(cargo)

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Exemplo de Portaría

CÂMARA DOS DEPUTADOS


DIRETORIAGERAL

PORTARIA N. 1, de 13/1/2010

Disciplina a utilização da chancela eletrônica nas requisições de


passagens aéreas e diárias de viagens, autorizadasem processos
administrativos no âmbito da Câmara dos Deputados e assinadas
pelo DiretorGeral.

O DIRETORGERAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o
artigo 147, item XV, da Resolução n. 20, de 30 de novembro de 1971, resolve:
Art. 11 Fica instituído o uso da chancela eletrônica nas requisições de passagens aéreas e diárias de
viagens, autorizadas em processos administrativos pela autoridade competente e assinadas pelo DiretorGeral, para
parlamentar, servidor ou convidado, no âmbito da Câmara dos Deputados.
Art. 21 A chancela eletrônica, de acesso restrito, será válida se autenticada mediante código de segurança
e acompanhada do atesto do Chefe de Gabinete da DiretoriaGeral ou do seu primeiro substituto.
Art. 31 Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida


DiretorGeral

Modelo de Relatório
CÂMARA DOS DEPUTADOS
ÓRGÃO PRINCIPAL
órgão Secundário

RELATÓRIO

Introdução
Apresentar um breve resumo das temáticas a serem abordadas. Em se tratando de relatório de viagem,
indicar a denominação do evento, local e período compreendido.

Tópico 1
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
........................................................................................................................

Tópico 1.1
Havendo subdivisões, os assuntos subseqüentes serão apresentados hierarquizados à temática geral.
.................................................................................. ....

Tópico 2
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
.........................................................................................................................

3. Considerações finais
.........................................................................................................................

Brasília, ............................ de de 201...

Nome
Função ou Cargo

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Modelo de Requerimento

CÂMARA DOS DEPUTADOS


ÓRGÃO PRINCIPAL
Órgão Secundário

(Vocativo)
(Cargo ou função e nome do destinatário)

.................................... (nome do requerente, em maiúsculas) ..........................


.......................................................... (demais dados de qualificação), requer .................
............................................................................................................................................

Nestes termos,
Pede deferimento.

Brasília, ....... de .................. ���������������������������������������������������������� de 201.....

Nome
Cargo ou Função

Questões

01. Analise:

1. Atendendo à solicitação contida no expediente acima referido, vimos encaminhar a V. Sª. as informações referentes ao
andamento dos serviços sob responsabilidade deste setor.
2. Esclarecemos que estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para o cumprimento dos prazos estipulados e o
atingimento das metas estabelecidas.

A redação do documento acima indica tratar-se


(A) do encaminhamento de uma ata.
(B) do início de um requerimento.
(C) de trecho do corpo de um ofício.
(D) da introdução de um relatório.
(E) do fecho de um memorando.

42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

02. A redação inteiramente apropriada e correta de um 05. Haveria coerência com as ideias do texto e respeita-
documento oficial é: ria as normas de redação de documentos oficiais se o texto
(A) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas apresentado fosse incluído como parágrafo inicial em um
reivindicações, e esperamos poder estar sendo recebidos ofício complementado pelo parágrafo final e os fechos apre-
em vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais. sentados a seguir.
(B) O texto ora aprovado em sessão extraordinária pre-
vê a redistribuição de pessoal especializado em serviços Solicita-se, portanto, a divulgação desses dados junto
gerais para os departamentos que foram recentemente aos órgãos competentes.
criados.
(C) Estou encaminhando a presença de V. Sª. este jo- Atenciosamente,
vem, muito inteligente e esperto, que lhe vai resolver os Pedro Santos
problemas do sistema de informatização de seu gabinete.
Pedro Santos
(D) Quando se procurou resolver os problemas de pes-
Secretário do Conselho
soal aqui neste departamento, faltaram um número grande
de servidores para os andamentos do serviço.
Resposta 01-C / 02-B / 03-C / 04-E / 05-C (correta)
(E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos in-
formar de quais providências vão ser tomadas para resolver
essa confusão que foi criado pelos manifestantes.

03. A frase cuja redação está inteiramente correta e ANÁLISE DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS:
apropriada para uma correspondência oficial é: RECEBIMENTO, CONFERÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO
(A) É com muito prazer que encaminho à V. Exª. Os con-
vites para a reunião de gala deste Conselho, em que se fará
homenagens a todos os ilustres membros dessa diretoria, A Administração de Recursos Materiais é definida como
importantíssima na execução dos nossos serviços. sendo um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de
(B) Por determinação hoje de nosso Excelentíssimo uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a
Chefe do Setor, nos dirigimos a todos os de vosso gabinete, suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao
para informar de que as medidas de austeridade recomen- desempenho normal das respectivas atribuições. Tais ativida-
dadas por V. Sa. já está sendo tomadas, para evitar-se os des abrangem desde o circuito de reaprovisionamento, inclu-
atrasos dos prazos. sive compras, o recebimento, a armazenagem dos materiais,
(C) Estamos encaminhando a V. Sa. os resultados a que o fornecimento dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as
chegaram nossos analistas sobre as condições de funcio- operações gerais de controle de estoques etc.
namento deste setor, bem como as providências a serem A Administração de Materiais destina-se a dotar a admi-
tomadas para a consecução dos serviços e o cumprimento nistração dos meios necessários ao suprimento de materiais
dos prazos estipulados. imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo
(D) As ordens expressas a todos os funcionários é de oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida
que se possa estar tomando as medidas mais do que im- e pelo menor custo.
portantes para tornar nosso departamento mais eficiente, A oportunidade, no momento certo para o suprimento
na agilização dos trâmites legais dos documentos que pas- de materiais, influi no tamanho dos estoques. Assim, suprir
antes do momento oportuno acarretará, em regra, estoques
sam por aqui.
altos, acima das necessidades imediatas da organização. Por
(E) Peço com todo o respeito a V. Exª., que tomeis pro-
outro lado, a providência do suprimento após esse momento
vidências cabíveis para vir novos funcionários para esse
poderá levar a falta do material necessário ao atendimento
nosso setor, que se encontra em condições difíceis de agili- de determinada necessidade da administração.
zar todos os documentos que precisamos enviar. São tarefas da Administração de Materiais: Controle da
produção; Controle de estoque; Compras; Recepção; Inspe-
04. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é ção das entradas; Armazenamento; Movimentação; Inspeção
INCORRETO afirmar que: de saída e Distribuição.
(A) Deve conter o número do expediente, seguido da ⇒ CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS.
sigla do órgão que o expede. Sem o estoque de certas quantidades de materiais que
(B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, atendam regularmente às necessidades dos vários setores da
o local de onde é expedido e a data em que foi assinado. organização, não se pode garantir um bom funcionamen-
(C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto to e um padrão de atendimento desejável. Estes materiais,
do documento. necessários à manutenção, aos serviços administrativos e à
(D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e produção de bens e serviços, formam grupos ou classes que
direta, respeitando-se a formalidade que deve haver nos comumente constituem a classificação de materiais. Estes
expedientes oficiais. grupos recebem denominação de acordo com o serviço a
(E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como que se destinam (manutenção, limpeza, etc.), ou à natureza
por exemplo: Agradeço a V. Sª. a atenção dispensada. dos materiais que neles são relacionados (tintas, ferragens,
etc.), ou do tipo de demanda, estocagem, etc.

43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Classificar um material então é agrupá-lo segundo sua • Codificação


forma, dimensão, peso, tipo, uso etc. A classificação não É a apresentação de cada item através de um código,
deve gerar confusão, ou seja, um produto não poderá ser com as informações necessárias e suficientes, por meio de
classificado de modo que seja confundido com outro, mes- números e/ou letras. É utilizada para facilitar a localização de
mo sendo semelhante. A classificação, ainda, deve ser feita materiais armazenados no estoque, quando a quantidade de
de maneira que cada gênero de material ocupe seu respec- itens é muito grande. Em função de uma boa classificação do
tivo local. Por exemplo: produtos químicos poderão estra- material, poderemos partir para a codificação do mesmo, ou
gar produtos alimentícios se estiverem próximos entre si. seja, representar todas as informações necessárias, suficientes
Classificar material, em outras palavras, significa orde- e desejadas por meios de números e/ou letras. Os sistemas
ná-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo de codificação mais comumente usados são: o alfabético
com a semelhança, sem, contudo, causar confusão ou dis- (procurando aprimorar o sistema de codificação, passou-se a
persão no espaço e alteração na qualidade. adotar de uma ou mais letras o código numérico), alfanumé-
Um sistema de classificação e codificação de materiais rico e numérico, também chamado “decimal”. A escolha do
é fundamental para que existam procedimentos de arma- sistema utilizado deve estar voltada para obtenção de uma
zenagem adequados, um controle eficiente dos estoques e codificação clara e precisa que não gere confusão e evite in-
uma operacionalização correta do estoque. terpretações duvidosas a respeito do material. Este processo
O objetivo da classificação de materiais é definir uma ficou conhecido como “código alfabético”. Entre as inúmeras
catalogação, simplificação, especificação, normalização, vantagens da codificação está a de afastar todos os elemen-
padronização e codificação de todos os materiais compo- tos de confusão que porventura se apresentarem na pronta
nentes do estoque da empresa. identificação de um material.
O sistema de classificação é primordial para qualquer O sistema classificatório permite identificar e decidir prio-
Departamento de Materiais, pois sem ele não poderia exis- ridades referentes a suprimentos na empresa. Uma eficien-
tir um controle eficiente dos estoques, armazenagem ade- te gestão de estoques, em que os materiais necessários ao
quada e funcionamento correto do almoxarifado. funcionamento da empresa não faltam, depende de uma boa
classificação dos materiais.
O princípio da classificação de materiais está relacio-
Deve considerar os atributos para classificação de mate-
nado à:
riais: Abrangência, a Flexibilidade e Praticidade.
• Catalogação
• Abrangência: deve tratar de um conjunto de carac-
A Catalogação é a primeira fase do processo de classi-
terísticas, em vez de reunir apenas materiais para serem clas-
ficação de materiais e consiste em ordenar, de forma lógica,
sificados;
todo um conjunto de dados relativos aos itens identifica-
• Flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diver-
dos, codificados e cadastrados, de modo a facilitar a sua sos tipos de classificação de modo que se obtenha ampla vi-
consulta pelas diversas áreas da empresa. são do gerenciamento do estoque;
Simplificar material é, por exemplo, reduzir a grande • Praticidade: a classificação deve ser simples e direta.
diversidade de um item empregado para o mesmo fim. As- Para atender às necessidades de cada empresa, é neces-
sim, no caso de haver duas peças para uma finalidade qual- sária uma divisão que norteie os vários tipos de classificação.
quer, aconselha-se a simplificação, ou seja, a opção pelo
uso de uma delas. Ao simplificarmos um material, favorece- ⇒ TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO
mos sua normalização, reduzimos as despesas ou evitamos Dentro das empresas existem vários tipos de classificação
que elas oscilem. Por exemplo, cadernos com capa, número de materiais.
de folhas e formato idênticos contribuem para que haja a Os principais tipos de classificação são: Por tipo de de-
normalização. Ao requisitar uma quantidade desse mate- manda, materiais críticos, perecibilidade, quanto à periculosi-
rial, o usuário irá fornecer todos os dados (tipo de capa, dade, possibilidade de fazer ou comprar, tipos de estocagem,
número de folhas e formato), o que facilitará sobremaneira dificuldade de aquisição e mercado fornecedor.
não somente sua aquisição, como também o desempenho • Por tipo de demanda: A classificação por tipo de
daqueles que se servem do material, pois a não simplifica- demanda se divide em materiais não de estoque e materiais
ção (padronização) pode confundir o usuário do material, de estoque. Materiais não de estoque: são materiais de de-
se este um dia apresentar uma forma e outro dia outra for- manda imprevisível para os quais não são definidos parâme-
ma de maneira totalmente diferente. tros para o ressuprimento. Esses materiais são utilizados ime-
• Especificação diatamente, ou seja, a inexistência de regularidade de consu-
Aliado a uma simplificação é necessária uma especi- mo faz com que a compra desses materiais somente seja feita
ficação do material, que é uma descrição minuciosa para por solicitação direta do usuário, na ocasião em que isso se
possibilitar melhor entendimento entre consumidor e o faça necessário. O usuário é que solicita sua aquisição quando
fornecedor quanto ao tipo de material a ser requisitado. necessário. Devem ser comprados para uso imediato e se fo-
• Normalização rem utilizados posteriormente, devem ficar temporariamente
A normalização se ocupa da maneira pela qual devem no estoque. A outra divisão são os Materiais de estoques: são
ser utilizados os materiais em suas diversas finalidades e materiais que devem sempre existir nos estoques para uso fu-
da padronização e identificação do material, de modo que turo e para que não haja sua falta são criadas regras e critérios
o usuário possa requisitar e o estoquista possa atender os de ressuprimento automático. Deve existir no estoque, seu
itens utilizando a mesma terminologia. A normalização é ressuprimento deve ser automático, com base na demanda
aplicada também no caso de peso, medida e formato. prevista e na importância para a empresa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Os materiais de estoque se subdividem ainda; Quanto à aplicação, Quanto ao valor de consumo e Quanto à importância
operacional.
• Quanto à aplicação eles podem ser: Materiais produtivos que compreendem todo material ligado direta ou indi-
retamente ao processo produtivo. Matéria prima que são materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e
fazem parte do processo produtivo. Produtos em fabricação que são também conhecidos como materiais em processa-
mento que estão sendo processados ao longo do processo produtivo. Não estão mais no estoque porque já não são mais
matérias-primas, nem no estoque final porque ainda não são produtos acabados. Produtos acabados: produtos já prontos.
Materiais de manutenção: materiais aplicados em manutenção com utilização repetitiva. Materiais improdutivos: materiais
não incorporados ao produto no processo produtivo da empresa. Materiais de consumo geral: materiais de consumo, apli-
cados em diversos setores da empresa.
• Quanto ao valor de consumo: Para que se alcance a eficácia na gestão de estoque é necessário que se separe de
forma clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de valor de consumo. Para fazer essa separação nós
contamos com uma ferramenta chamada de Curva ABC ou Curva de Pareto, ela determina a importância dos materiais em
função do valor expresso pelo próprio consumo em determinado período.
• Quanto à importância operacional: Esta classificação leva em conta a imprescindibilidade ou ainda o grau de difi-
culdade para se obter o material.
- Classe A: Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com uma atenção especial pela administração.
Os dados aqui classificados correspondem, em média, a 80% do valor monetário total e no máximo 20% dos itens estuda-
dos (esses valores são orientativos e não são regra).
- Classe B: São os itens intermediários que deverão ser tratados logo após as medidas tomadas sobre os itens de classe
A; são os segundos em importância. Os dados aqui classificados correspondem em média, a 15% do valor monetário total
do estoque e no máximo 30% dos itens estudados (esses valores são orientativos e não são regra).
- Classe C: Grupo de itens menos importantes em termos de movimentação, no entanto, requerem atenção pelo fato
de gerarem custo de manter estoque. Deverão ser tratados, somente, após todos os itens das classes A e B terem sido ava-
liados. Em geral, somente 5% do valor monetário total representam esta classe, porém, mais de 50% dos itens formam sua
estrutura (esses valores são orientativos e não são regra).
A Curva ABC é muito usada para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para estabeleci-
mento de prioridades, para a programação da produção.

Analisar em profundidade milhares de itens num estoque é uma tarefa extremamente difícil e, na grande maioria das
vezes, desnecessária. É conveniente que os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os
menos importantes. Assim, economiza-se tempo e recursos.
Para simplificar a construção de uma curva ABC, separamos o processo em 6 etapas a seguir:
1º) Definir a variável a ser analisada: A análise dos estoques pode ter vários objetivos e a variável deverá ser adequada
para cada um deles. No nosso caso, a variável a ser considerada é o custo do estoque médio, mas poderia ser: o giro de
vendas, o mark-up, etc.
2º) Coleta de dados: Os dados necessários neste caso são: quantidade de cada item em estoque e o seu custo unitário.
Com esses dados obtemos o custo total de cada item, multiplicando a quantidade pelo custo unitário.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

3º) Ordenar os dados: Calculado o custo total de cada item, é preciso organizá-los em ordem decrescente de valor,
como mostra a tabela a seguir:
Item Quant. Média em estoque (A) Custo unitário (B) Custo total (A x B) Ordem
Unidades R$/unid. R$
Apontador 5 2.000,00 10.000,00 3º
Bola 10 70,00 700,00 10º
Caixa 1 800,00 800,00 9º
Dado 100 50,00 5.000,00 5º
Esquadro 5000 1,50 7.500,00 4º
Faca 800 100,00 80.000,00 1º
Giz 40 4,00 160,00 11º
Herói 50 20,00 1.000,00 8º
Isqueiro 4 30,00 120,00 12º
Jarro 240 150,00 36.000,00 2º
Key 300 7,50 2.250,00 6º
Livro 2000 0,60 1.200,00 7º
TOTAL 144.730,00

4º) Calcular os percentuais: Na tabela a seguir, os dados foram organizados pela coluna “Ordem” e calcula-se o custo
total acumulado e os percentuais do custo total acumulado de cada item em relação ao total.

Ordem Item Quant. Média em Custo Custo total Custo total Percentuais %
estoque (A) unitário (B) (A x B) acumulado
Unidades R$/unid. R$
1º Faca 800 100,00 80.000,00 80.000,00 55,3
2º Jarro 240 150,00 36.000,00 116.000,00 80,1
3º Apontador 5 2.000,00 10.000,00 126.000,00 87,1
4º Esquadroo 5000 1,50 7.500,00 133.500,00 92,2
5º Dado 100 50,00 5.000,00 138.500,00 95,7
6º Key 300 7,50 2.250,00 140.750,00 97,3
7º Livro 2000 0,60 1.200,00 141.950,00 98,1
8º Herói 50 20,00 1.000,00 142.950,00 98,8
9º Caixa 1 800,00 800,00 143.750,00 99,3
10º Bola 10 70,00 700,00 144.450,00 99,8
11º Giz 40 4,00 160,00 144.610,00 99,9
12º Isqueiro 4 30,00 120,00 144.730,00 100,0
TOTAL 144.730,00

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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5º) Construir a curva ABC

Desenha-se um plano cartesiano, onde no eixo “x” são distribuídos os itens do estoque e no eixo “y”, os percentuais do
custo total acumulado.

6º) Análise dos resultados


Os itens em estoque devem ser analisados segundo o critério ABC. Na verdade, esse critério é qualitativo, mas a tabela
abaixo mostra algumas indicações para sua elaboração:

Classe % itens Valor acumulado Importância


A 20 80% Grande
B 30 15% Intermediária
C 50 5% Pequena

Pelo nosso exemplo, chegamos à seguinte distribuição:

Valor
Classe Nº itens % itens Itens em estoque
acumulado
A 2 16,7% 80,1% Faca, Jarro
B 3 25,0% 15,6% Apontador, Esquadro, Dado

C 7 58,3% 4,3% Key, Livro, Herói, Caixa, Bola, Giz, Isqueiro.

A aplicação prática dessa classificação ABC pode ser vista quando, por exemplo, reduzimos 20% do valor em estoque
dos itens A (apenas 2 itens), representando uma redução de 16% no valor total, enquanto que uma redução de 50% no
valor em estoque dos itens C (sete itens), impactará no total em apenas 2,2%. Logo, reduzir os estoques do grupo A, desde
que calculadamente, seria uma ação mais rentável para a empresa do nosso exemplo.
• Quanto à importância operacional: Esta classificação leva em conta a imprescindibilidade ou ainda o grau de difi-
culdade para se obter o material.
Os materiais são classificados em materiais:
- Materiais X: materiais de aplicação não importante, com similares na empresa;
- Materiais Y: materiais de média importância para a empresa, com ou sem similar;
- Materiais Z: materiais de importância vital, sem similar na empresa, e sua falta ocasiona paralisação da produção.
Quando ocorre a falta no estoque de materiais classificados como “Z”, eles provocam a paralisação de atividades es-
senciais e podem colocar em risco o ambiente, pessoas e patrimônio da empresa. São do tipo que não possuem substitutos
em curto prazo. Os materiais classificados como “Y” são também imprescindíveis para as atividades da organização. Entre-
tanto podem ser facilmente substituídos em curto prazo. Os itens “X” por sua vez são aqueles que não paralisam atividades
essenciais, não oferecem riscos à segurança das pessoas, ao ambiente ou ao patrimônio da organização e são facilmente
substituíveis por equivalentes e ainda são fáceis de serem encontrados.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Para a identificação dos itens críticos devem ser res- • Dificuldade de aquisição: Os materiais podem
pondidas as seguintes perguntas: O material é imprescindí- ser classificados por suas dificuldades de compra em
vel à empresa? Pode ser adquirido com facilidade? Existem materiais de difícil aquisição e materiais de fácil aqui-
similares? O material ou seu similar podem ser encontrados sição. As dificuldades podem advir de: Fabricação espe-
facilmente?. cial: envolve encomendas especiais com cronograma de
Ainda em relação aos tipos de materiais temos; fabricação longo; Escassez no mercado: há pouca oferta
• Materiais Críticos: São materiais de reposição no mercado e pode colocar em risco o processo pro-
específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de dutivo; Sazonalidade: há alteração da oferta do material
estocar tem como base o risco. Por serem sobressalentes
em determinados períodos do ano; Monopólio ou tec-
vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer es-
nologia exclusiva: dependência de um único fornecedor;
tocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos
Logística sofisticada: material de transporte especial, ou
ao controle de obsolescência.
A quantidade de material cadastrado como material difícil acesso; Importações: os materiais sofrer entraves
crítico dentro de uma empresa deve ser mínimo. burocráticos, liberação de verbas ou financiamentos ex-
Para a identificação dos itens críticos devem ser res- ternos.
pondidas as seguintes perguntas: O material é imprescindí- • Mercado fornecedor: Esta classificação está
vel à empresa? Pode ser adquirido com facilidade? Existem intimamente ligada à anterior e a complementa. Assim
similares? O material ou seu similar podem ser encontrados temos: Materiais do mercado nacional: materiais fabrica-
facilmente? dos no próprio país; Materiais do mercado estrangeiro:
Os materiais são classificados como críticos segundo materiais fabricados fora do país; Materiais em processo
os seguintes critérios: Críticos por problemas de obtenção de nacionalização: materiais aos quais estão desenvol-
de material importado, único fornecedor, falta no merca- vendo fornecedores nacionais.
do, estratégico e de difícil obtenção ou fabricação; Críticos A principal meta de uma empresa é obter o maior
por razões econômicas de materiais de valor elevado com lucro sobre o capital investido em instalações, equipa-
alto custo de armazenagem ou de transporte; Críticos por mentos e em estoques. Mas com frequência, a empre-
problemas de armazenagem ou transporte de materiais sa não consegue responder rapidamente a aumentos
perecíveis, de alta periculosidade, elevado peso ou gran- bruscos da demanda, havendo necessidade de estoques
des dimensões; Críticos por problema de previsão, por ser
de produtos acabados para atender a esses aumentos;
difícil prever seu uso; Críticos por razões de segurança de
em outras ocasiões, a entrega de matérias-primas não
materiais de alto custo de reposição ou para equipamento
acompanha as necessidades da produção, pelo que tam-
vital da produção.
• Perecibilidade: Os materiais também podem ser bém se justificam seus estoques.
classificados de acordo com a possibilidade de extinção
de suas propriedades físico-químicas. Muitas vezes, o fator
tempo influencia na classificação; assim, quando a empresa ÉTICA NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA
adquire um material para ser usado em um período, e nes-
se período o consumo não ocorre, sua utilização poderá
não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por Quando se fala em ética na função pública, não se
longos períodos. Ex. alimentos, remédios; trata do simples respeito à moral social: a obrigação éti-
• Quanto à periculosidade: O uso dessa classifi- ca no setor público vai além e encontra-se disciplinada
cação permite a identificação de materiais que devido a em detalhes na legislação, tanto na esfera constitucional
suas características físico-químicas, podem oferecer risco (notadamente no artigo 37) quanto na ordinária (em que
à segurança no manuseio, transporte, armazenagem. Ex. se destaca a Lei n° 8.429/92 - Lei de Improbidade Admi-
líquidos inflamáveis. nistrativa, a qual traz um amplo conceito de funcionário
• Possibilidade de fazer ou comprar: Esta classifi- público no qual podem ser incluídos os servidores do
cação visa determinar quais os materiais que poderão ser Banco do Brasil). Ocorre que o funcionário de uma ins-
recondicionados, fabricados internamente ou comprados: tituição financeira da qual o Estado participe de certo
- Fazer internamente: fabricados na empresa;
modo exterioriza os valores estatais, sendo que o Estado
- Comprar: adquiridos no mercado;
é o ente que possui a maior necessidade de respeito à
- Decisão de comprar ou fazer: sujeito à análise de custos;
- Recondicionar: materiais passíveis de recuperação su- ética. Por isso, o servidor além de poder incidir em ato
jeitos a análise de custos. de improbidade administrativa (cível), poderá praticar
• Tipos de estocagem: Os materiais podem ser crime contra a Administração Pública (penal). Então, a
classificados em materiais de estocagem permanente e ética profissional daquele que serve algum interesse es-
temporária. tatal deve ser ainda mais consolidada.
- Permanente: materiais para os quais foram aprova-
dos níveis de estoque e que necessitam de ressuprimento
constantes.
- Temporária: materiais de utilização imediata e sem
ressuprimento, ou seja, é um material não de estoque.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Se a Ética, num sentido amplo, é composta por ao me- O Estado tem um valor ético, de modo que sua
nos dois elementos - a Moral e o Direito ( justo); no caso da atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é pro-
disciplina da Ética no Setor Público a expressão é adotada priamente o Estado que é aético, porque ele é composto
num sentido estrito - ética corresponde ao valor do justo, por homens. Assim, falta ética ou não aos homens que o
previsto no Direito vigente, o qual é estabelecido com um compõe. Ou seja, o bom comportamento profissional do
olhar atento às prescrições da Moral para a vida social. funcionário público é uma questão ligada à ética no ser-
Em outras palavras, quando se fala em ética no âmbito viço público, pois se os homens que compõe a estrutura
dos interesses do Estado não se deve pensar apenas na do Estado tomam uma atitude correta perante os ditames
Moral, mas sim em efetivas normas jurídicas que a regu- éticos há uma ampliação e uma consolidação do valor éti-
lamentam, o que permite a aplicação de sanções. Veja o co do Estado.
organograma: Alguns cidadãos recebem poderes e funções específi-
cas dentro da administração pública, passando a desem-
penhar um papel de fundamental interesse para o Estado.
Quando estiver nesta condição, mais ainda, será exigido o
respeito à ética. Afinal, o Estado é responsável pela manu-
tenção da sociedade, que espera dele uma conduta ilibada
e transparente.
Quando uma pessoa é nomeada como servidor públi-
co, passa a ser uma extensão daquilo que o Estado repre-
senta na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo
todos os consagrados preceitos éticos.
Todas as profissões reclamam um agir ético dos que a
exercem, o qual geralmente se encontra consubstanciado
em Códigos de Ética diversos atribuídos a cada categoria
profissional. No caso das profissões na esfera pública, esta
exigência se amplia.
As regras éticas do setor público são mais do que Não se trata do simples respeito à moral social: a obri-
regulamentos morais, são normas jurídicas e, como tais, gação ética no setor público vai além e encontra-se disci-
passíveis de coação. A desobediência ao princípio da mo- plinada em detalhes na legislação, tanto na esfera constitu-
ralidade caracteriza ato de improbidade administrativa, cional (notadamente no artigo 37) quanto na ordinária (em
sujeitando o servidor às penas previstas em lei. Da mesma que se destacam o Decreto n° 1.171/94 - Código de Ética
forma, o seu comportamento em relação ao Código de - a Lei n° 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa - e
Ética pode gerar benefícios, como promoções, e prejuízos, a Lei n° 8.112/90 - regime jurídico dos servidores públicos
como censura e outras penas administrativas. A disciplina civis na esfera federal).
constitucional é expressa no sentido de prescrever a mo- Em verdade, “[...] a profissão, como exercício habitual
ralidade como um dos princípios fundadores da atuação de uma tarefa, a serviço de outras pessoas, insere-se no
da administração pública direta e indireta, bem como ou- complexo da sociedade como uma atividade específica.
tros princípios correlatos. Logo, o Estado brasileiro deve Trazendo tal prática benefícios recíprocos a quem a pratica
se conduzir moralmente por vontade expressa do consti- e a quem recebe o fruto do trabalho, também exige, nessas
tuinte, sendo que à imoralidade administrativa aplicam-se relações, a preservação de uma conduta condizente com
sanções. os princípios éticos específicos. O grupamento de profis-
Assim, tem-se que a obediência à ética não deve se sionais que exercem o mesmo ofício termina por criar as
dar somente no âmbito da vida particular, mas também distintas classes profissionais e também a conduta perti-
na atuação profissional, principalmente se tal atuação se nente. Existem aspectos claros de observação do compor-
der no âmbito estatal, caso em que haverá coação. O Es- tamento, nas diversas esferas em que ele se processa: pe-
tado é a forma social mais abrangente, a sociedade de rante o conhecimento, perante o cliente, perante o colega,
fins gerais que permite o desenvolvimento, em seu seio, perante a classe, perante a sociedade, perante a pátria, pe-
das individualidades e das demais sociedades, chamadas rante a própria humanidade como conceito global”2. Todos
de fins particulares. O Estado, como pessoa, é uma ficção, estes aspectos serão considerados em termos de conduta
é um arranjo formulado pelos homens para organizar a ética esperada.
sociedade de disciplinar o poder visando que todos pos- Em geral, as diretivas a respeito do comportamento
sam se realizar em plenitude, atingindo suas finalidades profissional ético podem ser bem resumidas em alguns
particulares.1 princípios basilares.

1 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 2 SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9. ed.
13. ed. São Paulo: Método, 2011. São Paulo: Atlas, 2010.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Segundo Nalini3, o princípio fundamental seria o de O funcionário que busca efetuar uma gestão ética se
agir de acordo com a ciência, se mantendo sempre atuali- guia por determinados mandamentos de ação, os quais va-
zado, e de acordo com a consciência, sabendo de seu dever lem tanto para a esfera pública quanto para a privada, em-
ético; tomando-se como princípios específicos: bora a punição dos que violam ditames éticos no âmbito
- Princípio da conduta ilibada - conduta irrepreensível do interesse estatal seja mais rigorosa.
na vida pública e na vida particular. Neste sentido, destacam-se os dez mandamentos da
- Princípio da dignidade e do decoro profissional - agir gestão ética nas empresas públicas:
da melhor maneira esperada em sua profissão e fora dela,
com técnica, justiça e discrição. PRIMEIRO: “Amar a verdade, a lealdade, a probidade e a
- Princípio da incompatibilidade - não se deve acumular responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal”.
funções incompatíveis. Significa desempenhar suas funções com transparên-
- Princípio da correção profissional - atuação com trans- cia, de forma honesta e responsável, sendo leal à institui-
parência e em prol da justiça. ção. O funcionário deve se portar de forma digna, exterio-
- Princípio do coleguismo - ciência de que você e todos rizando virtudes em suas ações.
os demais operadores do Direito querem a mesma coisa,
realizar a justiça. SEGUNDO: “Respeitar a dignidade da pessoa humana”.
- Princípio da diligência - agir com zelo e escrúpulo em A expressão “dignidade da pessoa humana” está es-
todas funções. tabelecida na Constituição Federal Brasileira, em seu art.
- Princípio do desinteresse - relegar a ambição pessoal 3º, III, como um dos fundamentos da República Federativa
para buscar o interesse da justiça. do Brasil. Ao adotar um significado mínimo apreendido no
- Princípio da confiança - cada profissional de Direito é discurso antropocentrista do humanismo, a expressão va-
dotado de atributos personalíssimos e intransferíveis, sen- loriza o ser humano, considerando este o centro da criação,
do escolhido por causa deles, de forma que a relação esta- o ser mais elevado que habita o planeta, o que justifica
belecida entre aquele que busca o serviço e o profissional a grande consideração pelo Estado e pelos outros seres
é de confiança. humanos na sua generalidade em relação a ele. Respeitar
- Princípio da fidelidade - Fidelidade à causa da justiça, a dignidade da pessoa humana significa tomar o homem
aos valores constitucionais, à verdade, à transparência. como valor-fonte para todas as ações e escolhas, inclusive
- Princípio da independência profissional - a maior au- na atuação empresarial.
tonomia no exercício da profissão do operador do Direito
não deve impedir o caráter ético. TERCEIRO: “Ser justo e imparcial no julgamento dos atos
- Princípio da reserva - deve-se guardar segredo sobre e na apreciação do mérito dos subordinados”.
as informações que acessa no exercício da profissão. Retoma-se a questão dos planos de carreira, que ex-
- Princípio da lealdade e da verdade - agir com boa-fé e teriorizam a imparcialidade e a impessoalidade na escolha
de forma correta, com lealdade processual. dos que deverão ser promovidos, a qual se fará exclusiva-
- Princípio da discricionariedade - geralmente, o profis- mente com base no mérito. Não se pode tomar questões
sional do Direito é liberal, exercendo com boa autonomia pessoais, como desavenças ou afinidades, quando o julga-
sua profissão. mento se faz sobre a ação de um funcionário - se agiu bem,
- Outros princípios éticos, como informação, solidarie- merece ser recompensado; se agiu mal, deve ser punido.
dade, cidadania, residência, localização, continuidade da
profissão, liberdade profissional, função social da profissão, QUARTO: “Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual
severidade consigo mesmo, defesa das prerrogativas, mo- e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o cumpri‑
deração e tolerância. mento da missão institucional”.
O rol acima é apenas um pequeno exemplo de atitudes A missão institucional envolve a obtenção de lucros, em
que podem ser esperadas do profissional, mas assim como regra, mas sempre aliada à promoção da ética. Na missão
é difícil delimitar um conceito de ética, é complicado es- institucional serão estabelecidas determinadas metas para
tabelecer exatamente quais as condutas esperadas de um a empresa, que deverão ser buscadas pelos funcionários.
servidor: melhor mesmo é observar o caso concreto e pon- Para tanto, cada um deve se preocupar com o aperfeiçoa-
derar com razoabilidade. mento de suas capacidades, tornando-se paulatinamente
Em suma, respeitar a ética profissional é ter em men- um melhor funcionário, por exemplo, buscando cursos e
te os princípios éticos consagrados em sociedade, fazendo estudando técnicas.
com que cada atividade desempenhada no exercício da
profissão exteriorize tais postulados, inclusive direcionan- QUINTO: “Acatar as ordens legais, não ser negligente e
do os rumos da ética empresarial na escolha de diretrizes e trabalhar em harmonia com a estrutura do órgão, respeitan‑
políticas institucionais. do a hierarquia, seus colegas e cada concidadão, colaboran‑
do e aceitando colaboração”.
3 NALINI, José Renato. Ética geral e profissional.
8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Existe uma hierarquia para que as funções sejam de- NONO: “Agir dentro da lei e da sua competência, atento à
sempenhadas da melhor maneira possível, pois a desor- finalidade do serviço público”.
dem não permite que as atividades se encadeiem e se en- Não basta cumprir o Direito, é preciso respeitar a divisão
lacem, gerando perda de tempo e desperdício de recursos. de funções feitas com o objetivo de otimizar as atividades de-
Não significa que ordens contrárias à ética devam ser obe- sempenhadas.
decidas, caso em que a medida cabível é levar a questão
DÉCIMO: “Buscar o bem-comum, extraído do equilíbrio en‑
para as autoridades responsáveis pelo controle da ética da
tre a legalidade e finalidade do ato administrativo a ser prati‑
instituição. Cada atividade deve ser desempenhada da me- cado”.
lhor maneira possível, isto é, não se pode deixar de praticá Bem comum é o bem de toda a coletividade e não de
-la corretamente por ser mais trabalhoso (por negligência um só indivíduo. Este conceito exterioriza a dimensão coleti-
entende-se uma omissão perigosa). No tratamento dos va da ética. Maritain4 apontou as características essenciais do
demais colegas e do público, o funcionário deve ser cordial bem comum: redistribuição, pela qual o bem comum deve ser
e ético, embora somente assim estará contribuindo para a redistribuído às pessoas e colaborar para o desenvolvimento
gestão ética da empresa. delas; respeito à autoridade na sociedade, pois a autoridade é
necessária para conduzir a comunidade de pessoas humanas
SEXTO: “Agir, na vida pessoal e funcional, com dignida‑ para o bem comum; moralidade, que constitui a retidão de
de, decoro, zelo, eficácia e moralidade”. vida, sendo a justiça e a retidão moral elementos essenciais do
O bom comportamento não deve se fazer presen- bem comum.
te somente no exercício das funções. Cabe ao funcioná-
O paradigma da Ética Pública parte da noção de liberdade
rio se portar bem quando estiver em sua vida privada, na
social, envolta nos valores da segurança, igualdade e solidarie-
convivência com seus amigos e familiares, bem como nos dade. Neste sentido, cada pessoa deve ter espaço para exercer
momentos de lazer. Por melhor que seja como funcioná- individualmente sua liberdade moral, cabendo à ética pública
rio, não será aceito aquele que, por exemplo, for visto fre- garantir que os indivíduos que vivem em sociedade realizem
quentemente embriagado ou for sempre denunciado por projetos morais individuais.
violência doméstica. A Ética Pública pode ser vista sob o aspecto da moralidade
Dignidade é a característica que incorpora todas as de- crítica e sob o aspecto da moralidade legalizada: quando estu-
mais, significando o bom comportamento enquanto pes- da-se a lei posta ou a ausência de lei e questiona-se a falta de
soa humana, tratando os outros como gosta de ser tratado. justiça, há uma moralidade crítica; quando a regra justa é in-
Decoro significa discrição, aparecer o mínimo possível, não corporada ao Direito, há moralidade legalizada ou positivada.
se vangloriar com base em feitos institucionais. Zelo quer Sobre a Ética Pública, explica Nalini5: “Ética é sempre ética,
dizer cuidado, cautela, para que as atividades sempre sejam poder-se-ia afirmar. Ser ético é obrigação de todos. Seja no
desempenhadas do melhor modo. Eficácia remete ao dever exercício de alguma atividade estatal, seja no comportamento
de fazer com que suas atividades atinjam o fim para o qual individual. Mas pode-se falar em ética realçada quando se atua
foram praticadas, isto é, que não sejam abandonadas pela num universo mais amplo, de interesse de todos. Existe, pois,
metade. Moralidade significa respeitar os ditames morais, uma Ética Pública, e apura-se o seu sentido em contraposição
mais que jurídicos, que exteriorizam os valores tradicionais com o de Ética Privada. Um nome pelo qual a Ética Pública tem
sido conhecida é o da justiça”.
consolidados na sociedade através dos tempos.
Assim, ética pública seria a moral incorporada ao Direito,
consolidando o valor do justo. Diante da relevância social de
SÉTIMO: “Jamais tratar mal ou deixar à espera de solu‑ que a Ética se faça presente no exercício das atividades pú-
ção uma pessoa que busca perante a Administração Pública blicas, as regras éticas para a vida pública são mais do que
satisfazer um direito que acredita ser legítimo”. regras morais, são regras jurídicas estabelecidas em diversos
O bom atendimento do público é necessário para que diplomas do ordenamento, possibilitando a coação em caso
uma gestão possa ser considerada ética. Aquele que tem de infração por parte daqueles que desempenham a função
um direito merece ser ouvido, não pode ser deixado de pública.
lado pelo funcionário, esperando por horas uma solução. Os valores éticos inerentes ao Estado, os quais permitem
Mesmo que a pessoa esteja errada, isto deve ser esclareci- que ele consolide o bem comum e garanta a preservação dos
do, de forma que a confiabilidade na instituição não fique interesses da coletividade, se encontram exteriorizados em
abalada. princípios e regras. Estes, por sua vez, são estabelecidos na
Constituição Federal e em legislações infraconstitucionais, a
OITAVO: “Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamen‑ exemplo das que serão estudadas neste tópico, quais sejam:
tos, as instruções e as ordens das autoridades a que estiver Decreto n° 1.171/94, Lei n° 8.112/90 e Lei n° 8.429/92.
subordinado”.
4 MARITAIN, Jacques. Os direitos do homem e
O Direito é uma das facetas mais relevantes da Ética
porque exterioriza o valor do justo e o seu cumprimento é
a lei natural. 3. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olym-
essencial para que a gestão ética seja efetiva. pio Editora, 1967.
5 NALINI, José Renato. Ética geral e profissional.
8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Todas as diretivas de leis específicas sobre a ética no se- c) Princípio da moralidade: A posição deste princí-
tor público partem da Constituição Federal, que estabelece pio no artigo 37 da CF representa o reconhecimento de
alguns princípios fundamentais para a ética no setor públi- uma espécie de moralidade administrativa, intimamente
co. Em outras palavras, é o texto constitucional do artigo relacionada ao poder público. A administração pública não
37, especialmente o caput, que permite a compreensão de atua como um particular, de modo que enquanto o des-
boa parte do conteúdo das leis específicas, porque possui cumprimento dos preceitos morais por parte deste parti-
um caráter amplo ao preconizar os princípios fundamentais cular não é punido pelo Direito (a priori), o ordenamento
da administração pública. Estabelece a Constituição Federal: jurídico adota tratamento rigoroso do comportamento
imoral por parte dos representantes do Estado. O princípio
Art. 37. A administração pública direta e indireta de da moralidade deve se fazer presente não só para com os
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fe‑ administrados, mas também no âmbito interno. Está indis-
deral e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida‑ sociavelmente ligado à noção de bom administrador, que
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, não somente deve ser conhecedor da lei, mas também dos
também, ao seguinte: [...] princípios éticos regentes da função administrativa. TODO
São princípios da administração pública, nesta ordem: ATO IMORAL SERÁ DIRETAMENTE ILEGAL OU AO MENOS
Legalidade IMPESSOAL, daí a intrínseca ligação com os dois princípios
Impessoalidade anteriores.
Moralidade d) Princípio da publicidade: A administração pública
Publicidade é obrigada a manter transparência em relação a todos seus
Eficiência atos e a todas informações armazenadas nos seus ban-
Para memorizar: veja que as iniciais das palavras for- cos de dados. Daí a publicação em órgãos da imprensa e
mam o vocábulo LIMPE, que remete à limpeza esperada da a afixação de portarias. Por exemplo, a própria expressão
Administração Pública. É de fundamental importância um concurso público (art. 37, II, CF) remonta ao ideário de que
olhar atento ao significado de cada um destes princípios, todos devem tomar conhecimento do processo seletivo de
posto que eles estruturam todas as regras éticas prescritas
servidores do Estado. Diante disso, como será visto, se ne-
no Código de Ética e na Lei de Improbidade Administrativa,
gar indevidamente a fornecer informações ao administra-
tomando como base os ensinamentos de Carvalho Filho6 e
do caracteriza ato de improbidade administrativa. Somente
Spitzcovsky7:
pela publicidade os indivíduos controlarão a legalidade e
a) Princípio da legalidade: Para o particular, legali-
a eficiência dos atos administrativos. Os instrumentos para
dade significa a permissão de fazer tudo o que a lei não
proteção são o direito de petição e as certidões (art. 5°,
proíbe. Contudo, como a administração pública representa
XXXIV, CF), além do habeas data e - residualmente - do
os interesses da coletividade, ela se sujeita a uma relação
mandado de segurança.
de subordinação, pela qual só poderá fazer o que a lei ex-
pressamente determina (assim, na esfera estatal, é preciso e) Princípio da eficiência: A administração pública
lei anterior editando a matéria para que seja preservado o deve manter o ampliar a qualidade de seus serviços com
princípio da legalidade). A origem deste princípio está na controle de gastos. Isso envolve eficiência ao contratar pes-
criação do Estado de Direito, no sentido de que o próprio soas (o concurso público seleciona os mais qualificados ao
Estado deve respeitar as leis que dita. exercício do cargo), ao manter tais pessoas em seus cargos
b) Princípio da impessoalidade: Por força dos interes- (pois é possível exonerar um servidor público por ineficiên-
ses que representa, a administração pública está proibida cia) e ao controlar gastos (limitando o teto de remunera-
de promover discriminações gratuitas. Discriminar é tratar ção), por exemplo. O núcleo deste princípio é a procura
alguém de forma diferente dos demais, privilegiando ou por produtividade e economicidade. Alcança os serviços
prejudicando. Segundo este princípio, a administração pú- públicos e os serviços administrativos internos, se referindo
blica deve tratar igualmente todos aqueles que se encon- diretamente à conduta dos agentes.
trem na mesma situação jurídica (princípio da isonomia ou
igualdade). Por exemplo, a licitação reflete a impessoalida- Segue Decreto Nº 1.171/1994:
de no que tange à contratação de serviços. O princípio da DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
impessoalidade correlaciona-se ao princípio da finalidade, Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Pú-
pelo qual o alvo a ser alcançado pela administração públi- blico Civil do Poder Executivo Federal.
ca é somente o interesse público. Com efeito, o interesse O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições
particular não pode influenciar no tratamento das pessoas, que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo
já que deve-se buscar somente a preservação do interesse em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como
coletivo. nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de
1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho
6 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de de 1992,
direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen ju- DECRETA:
ris, 2010. Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do
7 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com
13. ed. São Paulo: Método, 2011. este baixa.

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública VII - Salvo os casos de segurança nacional, investiga-
Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, ções policiais ou interesse superior do Estado e da Admi-
as providências necessárias à plena vigência do Código de nistração Pública, a serem preservados em processo previa-
Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Co- mente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade
missão de Ética, integrada por três servidores ou empre- de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficá-
gados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente. cia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimen-
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética to ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.
será comunicada à Secretaria da Administração Federal da VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não
Presidência da República, com a indicação dos respectivos pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos inte-
membros titulares e suplentes. resses da própria pessoa interessada ou da Administração
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua pu- Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se so-
blicação. bre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade
106° da República. humana quanto mais a de uma Nação.
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo
ANEXO dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela
Código de Ética Profissional do Servidor Público disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos
Civil do Poder Executivo Federal direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da
CAPÍTULO I mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao
Seção I patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má
Das Regras Deontológicas vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento
e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciên- boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo,
cia dos princípios morais são primados maiores que devem suas esperanças e seus esforços para construí-los.
nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação de solução que compete ao setor em que exerça suas fun-
do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e ati- ções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer
tudes serão direcionados para a preservação da honra e da outra espécie de atraso na prestação do serviço, não carac-
tradição dos serviços públicos. teriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanida-
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o de, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que de- serviços públicos.
cidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às or-
o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inopor- dens legais de seus superiores, velando atentamente por
tuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligen-
consoante as regras contidas no  art. 37, caput,  e  § 4°, da te. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
Constituição Federal. tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até
III - A moralidade da Administração Pública não se limi- mesmo imprudência no desempenho da função pública.
ta à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu lo-
da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio cal de trabalho é fator de desmoralização do serviço públi-
entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor co, o que quase sempre conduz à desordem nas relações
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato ad- humanas.
ministrativo. XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a es-
IV- A remuneração do servidor público é custeada pe- trutura organizacional, respeitando seus colegas e cada
los tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até concidadão, colabora e de todos pode receber colabora-
por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, ção, pois sua atividade pública é a grande oportunidade
que a moralidade administrativa se integre no Direito, para o crescimento e o engrandecimento da Nação.
como elemento indissociável de sua aplicação e de sua
finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de Seção II
legalidade. Dos Principais Deveres do Servidor Público
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público pe-
rante a comunidade deve ser entendido como acréscimo XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, fun-
da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado ção ou emprego público de que seja titular;
como seu maior patrimônio. b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
VI - A função pública deve ser tida como exercício pro- rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente
fissional e, portanto, se integra na vida particular de cada resolver situações procrastinatórias, principalmente diante
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na con- de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na presta-
duta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou ção dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições,
diminuir o seu bom conceito na vida funcional. com o fim de evitar dano moral ao usuário;

53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua
integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulan-
estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa do o seu integral cumprimento.
para o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, con- Seção III
dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da Das Vedações ao Servidor Público
coletividade a seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços XV - E vedado ao servidor público;
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades,
o público;
tempo, posição e influências, para obter qualquer favoreci-
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por
princípios éticos que se materializam na adequada presta- mento, para si ou para outrem;
ção dos serviços públicos; b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e aten- servidores ou de cidadãos que deles dependam;
ção, respeitando a capacidade e as limitações individuais c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, co-
de todos os usuários do serviço público, sem qualquer es- nivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao
pécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, naciona- Código de Ética de sua profissão;
lidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; exercício regular de direito por qualquer pessoa, causan-
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor do-lhe dano moral ou material;
de representar contra qualquer comprometimento indevi- e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao
do da estrutura em que se funda o Poder Estatal; seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárqui- seu mister;
cos, de contratantes, interessados e outros que visem obter f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, ca-
quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em prichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram
decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denun- no trato com o público, com os jurisdicionados adminis-
ciá-las; trativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên-
inferiores;
cias específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qual-
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que
quer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comis-
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletin-
do negativamente em todo o sistema; são, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, fa-
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e miliares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigin- missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo
do as providências cabíveis; fim;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de traba- h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
lho, seguindo os métodos mais adequados à sua organiza- encaminhar para providências;
ção e distribuição; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite
o) participar dos movimentos e estudos que se relacio- do atendimento em serviços públicos;
nem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo j) desviar servidor público para atendimento a interesse
por escopo a realização do bem comum; particular;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa- l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente
das ao exercício da função; autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas ao patrimônio público;
de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no
suas funções; âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de pa-
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as
rentes, de amigos ou de terceiros;
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função,
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez,
habitualmente;
mantendo tudo sempre em boa ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente
quem de direito; contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas fun- humana;
cionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
serviço público e dos jurisdicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função,
poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse
público, mesmo que observando as formalidades legais e
não cometendo qualquer violação expressa à lei;

54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

CAPÍTULO II (A) faça com que ele se sinta ouvido / para demonstrar
DAS COMISSÕES DE ÉTICA que talvez algo possa ser feito / para demonstrar que há a
intenção de ajudá-lo.
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administra- (B) reproduza todo o discurso dele com suas palavras
ção Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacio- para confirmar o seu entendimento / para identificar se o
nal, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribui- que ele quer é mesmo necessário / com base em sua pró-
ções delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma pria experiência – não no que você acha que o cliente quer
Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar ouvir.
(C) faça com que ele se sinta especial / para colher to-
sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com
das as informações possíveis / de forma que tudo seja feito
as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe
brevemente e possa-se partir para outro cliente.
conhecer concretamente de imputação ou de procedimen-
(D) olhe para ele bem fixamente; isso demonstrará que
to susceptível de censura. está atento / para descobrir a real origem do problema/
XVII -- (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) independentemente de qualquer situação.
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos or- (E) imponha limites / para demonstrar interesse / e ga-
ganismos encarregados da execução do quadro de carreira ranta que tudo será resolvido para garantir a total confian-
dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para ça do cliente.
o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos
os demais procedimentos próprios da carreira do servidor 2) Imprimir cópias ou arquivos é uma das tarefas mais
público. corriqueiras, sobretudo no departamento administrativo.
XIX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) São procedimentos corretos para colocar papel (normal)
XX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) na impressora:
XXI - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) I. Puxe o receptor de papel. Pressione a pastilha do guia
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comis- de margem esquerdo e faça deslizar o guia para que a dis-
são de Ética é a de censura e sua fundamentação constará tância entre os guias de margem seja ligeiramente maior
do respectivo parecer, assinado por todos os seus integran- do que a largura do papel.
tes, com ciência do faltoso. II. Folheie uma resma de papel e alinhe-a numa super-
fície plana.
XXIII - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
III. Coloque a resma de papel no alimentador com a
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento éti-
face a ser impressa voltada para cima e com a margem di-
co, entende-se por servidor público todo aquele que, por
reita encostada ao guia de margem direito. Em seguida,
força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste faça deslizar o guia de margem esquerdo até a margem
serviços de natureza permanente, temporária ou excepcio- esquerda do papel. Certifique-se de que a resma de papel
nal, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado fica por baixo das patilhas existentes nos guias de margem.
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, Está correto o que se afirma em:
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades (A) I, somente.
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de eco- (B) II, somente.
nomia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o inte- (C) III, somente.
resse do Estado. (D) todos.
XXV - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) (E) nenhum.

Exercícios 3) O desenvolvimento de uma sociedade e de suas ins-


tituições coloca a capacidade de dialogar como meio eficaz
1) A opinião do cliente/usuário é necessária para que de resolução de problemas. No atendimento, o diálogo é
se possa atingir a qualidade do atendimento. O processo tudo, abre portas, cativa clientes e convence. Por isso, uma
de busca da qualidade deve considerar que todas as pes- das habilidades mais valorizadas nos perfis profissionais
soas que mantenham contato com a empresa são clientes, tem sido a persuasão. Analise as afirmativas a seguir.
I. O profundo domínio técnico sobre os serviços da
tenham elas adquirido ou não algum produto ou serviço.
empresa ajuda a dar segurança no momento de esclarecer,
Portanto, deve-se estar atento para evitar falhas. A seguir,
convencer e informar. Um indivíduo persuasivo é argumen-
são listadas três orientações importantes no trato com al- tativo e focado.
guém que busca informação. Assinale a alternativa que, II. O controle emocional é um ingrediente-chave du-
correta e respectivamente, traz os corretos complementos rante o diálogo. Pessoas que não sabem lidar com suas rea-
a cada uma delas. ções emocionais dificilmente conseguirão manter o equi-
- Quando conversar com o cliente: _____________ líbrio, correndo o risco de deixar a racionalidade de lado.
- Faça perguntas específicas sobre o problema do III. Para persuadir é imprescindível falar bastante. Na
cliente:____________ comunicação interpessoal, deve-se fundamentar a argu-
- Dê sugestões para solucionar a questão: ____________ mentação em evidências, fatos ou dados.
Está correto o que se afirma em:
(A) I, somente.

55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

(B) II, somente. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES


(C) III, somente.
(D) I e II, somente. 01) (AL/SP – Administração - FCC/2010) Um dos fa-
(E) todas. tores de qualidade no atendimento ao público é a em-
patia. Empatia é:
4) O Assistente Administrativo recebe a incumbência A) A capacidade de transmitir sinceridade, competên-
de redigir um memorando. Atendendo aos requisitos bási-
cia e confiança ao público.
cos da redação oficial, ele deverá redigir o documento de
B) A capacidade de cumprir, de modo confiável e exa-
forma concisa, ou seja, o texto deverá transmitir um má-
ximo de informações com um mínimo de palavras. Outro to, o que foi prometido ao público.
requisito importante é a clareza, qualidade básica de todo C) O grau de cuidado e atenção individual que o aten-
texto oficial. Claro é aquele texto que possibilita imedia- dente demonstra para com o público, colocando-se em seu
ta compreensão pelo leitor. E, além disso, deverá evitar a lugar para um melhor entendimento do problema.
duplicidade de interpretações que pode decorrer de um D) A intimidade que o atendente manifesta ao ajudar
tratamento personalista dado ao texto. Essa descrição cor- prontamente o cidadão.
responde à característica do(a): E) A habilidade em definir regras consensuais para o
(A) uniformidade. efetivo atendimento.
(B) ordenamento.
(C) formalidade. O conceito de empatia está relacionado à capacidade
(D) impessoalidade. de ouvir o outro de tal forma a compreender o mundo a
(E) factualidade. partir de seu ponto de vista. Não pressupõe concordância
ou discordância, mas o entendimento da forma de pen-
5) A conduta ética do servidor é tão ou mais impor-
sar, sentir e agir do interlocutor. No momento em que isso
tante do que qualquer outra profissão regulamentada por
lei específica, uma vez que as atividades da Administração ocorre de forma coletiva, a organização dialoga e conhece
Pública e do servidor estão reguladas nos artigos 37 a 41 saltos de produtividade e de satisfação das pessoas.
da Constituição Federal, valendo destacar e transcrever o A empatia é primordial para o desenvolvimento de li-
caput do art. 37 que determina: “A administração pública deranças e o aperfeiçoamento da gestão de pessoas, pois
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Es- pressupõe o respeito ao outro; em uma dinâmica que favo-
tados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos rece o aumento da produtividade.
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu-
blicidade e eficiência.” Resumidamente, a ética é a ciência RESPOSTA: “C”.
da moral que estabelece normas de conduta de um profis-
sional no desempenho de suas atividades. Assinale, a se- 02) (TRT/PR – Administração – Analista – FCC/2013)
guir, uma conduta que não seja ética por parte do servidor. Dentre os critérios de avaliação da gestão pública, de-
(A) Jamais retardar qualquer prestação de contas, con-
ve-se levar em consideração, além da excelência no
dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da
atendimento aos cidadãos,
coletividade a seu cargo.
(B) Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços A) Os interesses dos superiores hierárquicos.
por quem de direito. B) O valor final agregado para a sociedade produ-
(C) Ter respeito à hierarquia, com temor de representar zido pelas ações.
contra qualquer comprometimento indevido da estrutura C)As demandas do povo, especialmente a popula-
hierárquica superior. ção mais necessitada.
(D) Exercer, com estrita moderação, as prerrogativas D) Os interesses de grupos especiais.
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê E) Aqueles que efetivamente pagam impostos e
-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do taxas.
serviço público e dos jurisdicionados administrativos.
(E) Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, A excelência na prestação de serviços públicos corres-
poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse ponde ao grau máximo/ótimo dos serviços prestados. A
público, mesmo que observando as formalidades legais e excelência corresponde a uma visão existente na Adminis-
não cometendo qualquer violação expressa à lei.
tração Pública, segundo a qual ao se utilizar ferramentas e
técnicas da qualidade para promover melhorias contínuas
GABARITO
1. A relacionadas aos serviços oferecidos ao cidadão – o que in-
2. D clui o treinamento e a motivação dos servidores – se estará
3. D caminhando rumo à excelência.
4. D
5. C RESPOSTA: “B”

56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

03) (STF – Técnico Judiciário – CESPE/2013) No que 06) (STF – Técnico Judiciário – CESPE/2013) No que
se refere ao atendimento ao público, julgue os itens a se refere ao atendimento ao público, julgue os itens a
seguir. Se um atendente adotar condutas defensivas e seguir. As dificuldades de se estabelecerem prioridades
se lhe faltarem habilidades para lidar com críticas de no atendimento não prejudicam a presteza e a eficiên-
usuários e clientes, a qualidade do atendimento por ele cia do atendimento ao público, ao contrário do que
prestado será negativamente afetada. ocorre com a apresentação pessoal do profissional.
( ) Certo ( ) Certo
( ) Errado ( ) Errado

Vejamos: Atender um cliente, antes de mais nada, Vejamos: As dificuldades de se estabelecerem priorida-
é acolher, informar, perceber e tratar suas necessidades des no atendimento PREJUDICAM SIM a presteza e a efi-
como únicas e exclusivas. Para tanto, é fundamental que o ciência no atendimento ao público. Há de se estabelecer o
atendente saiba técnicas de atendimento para resultar em que é urgente e importante, e tudo isso reflete na qualida-
um atendimento positivo e de qualidade. de do atendimento.

RESPOSTA: “CERTO”. RESPOSTA: “ERRADO”.

04) (STF – Técnico Judiciário – CESPE/2013) No que 07) (STF – Técnico Judiciário – CESPE/2013) No que
se refere ao atendimento ao público, julgue os itens a se refere ao atendimento ao público, julgue os itens a
seguir. Durante os atendimentos, é importante que os seguir. Cortesia, tolerância e comunicabilidade nas in-
interlocutores — atendente e público — expressem li- terações são fortalecidas pela capacidade de ouvir do
vremente seus sentimentos e emoções, de modo que profissional de atendimento ao público.
se instaure um clima de empatia no atendimento ao
( ) Certo
público.
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
Vejamos: A comunicação é ferramenta importante no
Vejamos: É fundamental que se tenha um clima de em- atendimento ao público, através dela que o processo de
patia, para que o atendente possa esforçar-se ao máximo atender é fundamentado. E comunicação não é aquilo que
para que o cliente se sinta satisfeito e com a questão de- se fala, e sim o que o outro entende. Para tanto, o atenden-
sejada resolvida. Porém, todo esse trâmite deve ser feito te tem que saber muito mais ouvir do que falar. Ele deve
de forma profissional, formal e adequada, não sendo acei- sempre ser cortês, tolerante com os limites do cliente, e ou-
to, de forma alguma, que o atendente expresse livremente vir calmamente, para que possa auxiliar e atender o cliente
seus sentimentos e emoções. Ele deve sempre adotar uma em sua solicitação.
postura técnica e profissional (sem ser mecânico).
RESPOSTA: “CERTO”.
RESPOSTA: “ERRADO”.
08) (STF – Técnico Judiciário – CESPE/2013) No que
05) (STF – Técnico Judiciário – CESPE/2013) No que se refere ao atendimento ao público, julgue os itens a
se refere ao atendimento ao público, julgue os itens a seguir. Nas situações em que houver fila de espera para
seguir. Condutas agressivas e comportamentos impre- atendimento presencial, os atendentes deverão atender
visíveis de profissionais de atendimento ao público ge- ao público o mais rapidamente possível, sinalizando a
ram insegurança na equipe e podem contribuir para a preocupação com a satisfação de clientes e usuários.
falta de cortesia e atenção no trato com usuários de ( ) Certo
serviços. ( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado Vejamos: Se há muita gente na fila esperando, o aten-
Vejamos: O atendimento inicial é o primeiro contato do dente deve ser o mais objetivo e breve possível, sem deixar
cliente com a instituição, e será através dele que o cliente diminuir a qualidade, eficiência e cortesia, pensando nos
fará sua imagem da organização. Nesse contexto, é impres- clientes que estão esperando Se a demora for muito além
cindível que o atendente faça um atendimento que seja do necessário, a insatisfação pelo atendimento é caracte-
eficaz e que deixe o cliente encantado, utilizando técnicas
rizada rapidamente pela impaciência de quem está espe-
de atendimento que favoreça o bom relacionamento, não
rando.
sendo aceito, em hipótese alguma, condutas agressivas e
comportamentos imprevisíveis. Pois afeta a qualidade do
RESPOSTA: “CERTO”.
serviço e gera insegurança e mal estar em toda equipe.

RESPOSTA: “CERTO”.

57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

09) (STF – Técnico Judiciário – CESPE/2013) No que 12) (MI – Assistente Técnico Administrativo – CES-
se refere ao atendimento ao público, julgue os itens a PE/2013) Acerca da qualidade no atendimento ao pú-
seguir. Visando criar um clima de acolhimento no aten- blico nos aspectos de comunicabilidade, eficiência e
dimento ao público, o profissional atendente deve ado- presteza, julgue os próximos itens.  O desenvolvimento
tar condutas mais informais para que possa estabelecer do processo de qualidade e sucesso do atendimento
e manter as relações sociais e delas desfrutar. tem início no treinamento, quando se estabelece um
( ) Certo padrão de atendimento, e na disseminação de informa-
( ) Errado ções para que o servidor adquira as condições de aten-
der com precisão as demandas dos usuários.
( ) Certo
Vejamos: O atendimento deve ser sempre FORMAL.
( ) Errado
Formal sem ser mecânico. O atendente deve adotar técni-
cas de atendimento, visando sua qualidade. A intimidade e Vejamos: A qualidade no atendimento é um processo
excesso de informalidade são inadmissíveis no processo de contínuo, que se inicia no treinamento. É fundamental que
atendimento. técnicas de atendimento sejam disseminadas e que criem
um padrão de atendimento, para que seja um processo es-
RESPOSTA: “ERRADO”. tabelecido, que vise a qualidade e eficiência. A difusão de
informações entre funcionários faz com que todos tenham
10) (MI – Assistente Técnico Administrativo – CES- condições de realizarem atendimentos precisos e pontuais.
PE/2013) Acerca da qualidade no atendimento ao pú-
blico nos aspectos de comunicabilidade, eficiência e RESPOSTA: “CERTO”.
presteza, julgue os próximos itens. Desde que o serviço
prestado satisfaça às necessidades do cidadão, o tempo 13) (MI – Assistente Técnico Administrativo – CES-
que ele esperar para ser atendido tornar-se-á irrelevante. PE/2013) No que se refere à conduta e objetividade na
( ) Certo qualidade do atendimento ao público, julgue os itens
( ) Errado subsequentes. Postura ética, imparcialidade, colabora-
Vejamos: Todo e qualquer cliente quando chega em ção e respeito devem ser disseminadas e incentivadas
um estabelecimento para ser atendido, vem com a expec- entre os servidores que prestam atendimento ao pú-
blico como condição para o atingimento da excelência.
tativa de ser atendido, se não for imediatamente, o mais
( ) Certo
breve possível. E para se ter sucesso no atendimento, o
( ) Errado
atendente deve superar as expectativas de todo e qualquer
cliente, através de: eficiência, agilidade, presteza, cortesia, Vejamos: O cliente deve ser sempre atendido com
confiança e comunicação eficaz. Portanto, o cliente só sairá postura ética, imparcialidade, colaboração e respeito. Não
satisfeito se for atendido o mais breve possível. é função do atendente fazer quaisquer julgamentos que
possam ir contra o direito de atendimento.
RESPOSTA: “ERRADO”.
RESPOSTA: “CERTO”.
11) (MI – Assistente Técnico Administrati-
vo – CESPE/2013) Acerca da qualidade no atendi- 14) (MI – Assistente Técnico Administrativo – CES-
mento ao público nos aspectos de comunicabilida- PE/2013) No que se refere à conduta e objetividade na
de, eficiência e presteza, julgue os próximos itens. qualidade do atendimento ao público, julgue os itens
Uma comunicação eficaz ocorre quando o significado subsequentes. No serviço público, o tempo é muito
pretendido da fonte e o significado percebido pelo re- importante e deve ser aproveitado ao máximo. Nesse
ceptor são os mesmos. sentido, enquanto o atendente escuta as demandas do
( ) Certo usuário, é recomendável que ele realize outras ativida-
( ) Errado des inerentes ao cargo, sempre com a preocupação de
melhor aproveitar o tempo.
( ) Certo
Vejamos: Atendimento não é aquilo que a fonte diz, e
( ) Errado
sim, o que o receptor entende. Portanto, a comunicação só
será efetiva se o receptor entender corretamente o que a Vejamos: A gestão do tempo é muito importante para
fonte emitiu. qualquer funcionário. Mas, fazer outras atividades enquan-
to atende um cliente não é permitido em hipótese alguma.
RESPOSTA: “CERTO”. O atendente, enquanto faz um atendimento, deve, úni-
ca e exclusivamente, atentar-se ao seu cliente. E não reali-
zar nenhuma outra atividade avessa a essa prática.

RESPOSTA: “ERRADO”.

58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

15) (EBESRH – Assistente Administrativo - IA- Vejamos: Todas as alternativas estão corretas, exceto a A,
DES/2013) O atendimento ao público é uma das áreas que afirma que a capacidade de falar é mais importante que
mais sensíveis de uma organização. A qualidade nesse a de ouvir em uma comunicação.
atendimento pode ser fator determinante para o suces- Essa alternativa é incorreta, pois, no atendimento, é mui-
so ou fracasso de uma organização. Sobre esse assunto, to importante que o atendente ouça mais do que fale, para
assinale a alternativa correta. que ele compreenda a necessidade e especificidade do pro-
a) O atendente deve prover o máximo de infor- blema do cliente.
mações ao cliente/cidadão, fazendo um histórico de-
talhado da situação-problema, inclusive apresentando RESPOSTA: “A”.
casos correlatos.
b) O atendente deve sempre responder às deman- 17) (ANATEL – Técnico Administrativo – CESPE/2012)
das do cliente/cidadão, mesmo que para isso precise Com relação à qualidade no atendimento. A presteza não
dar uma informação imprecisa. O mais importante é consiste em princípio do atendimento ao público, em
não deixar o cliente/cidadão sem resposta. virtude de o respeito aos limites burocráticos do trâmite
c) Se o atendente já conhece o problema e já tem legal dos serviços ser um princípio absoluto.
a resposta, então deve abreviar as explicações do clien- ( ) Certo
te/ usuário não lhe dando muita atenção, a fim de agi- ( ) Errado
lizar o atendimento.
d) O atendente é o representante da organização Vejamos: Presteza no atendimento significa atender com
perante o seu público, devendo portar-se de acordo prontidão e agilidade. E é fator determinado para um atendi-
com as normas de conduta estabelecidas, o que con- mento de qualidade.
tribuirá para que o cliente/cidadão forme uma imagem
positiva da organização. RESPOSTA: “ERRADO”.
e) Se o atendente não concorda com o ponto de
18) (ANATEL – Técnico Administrativo – CESPE/2012)
vista do cliente/cidadão, deve interromper o atendi-
Entre os requisitos necessários ao atendimento no servi-
mento imediatamente.
ço público inclui-se a boa apresentação.
( ) Certo
Vejamos: O atendente não deve jamais relatar informa-
( ) Errado
ções de outros atendimentos e clientes. O sigilo é a máxima
de um atendimento.
Vejamos: A boa apresentação por parte do atendente faz
Se o atendente não tem precisão da informação, não
parte das técnicas de atendimento com qualidade.
deve reproduzi-la antes de assegurar a informação correta.
A atenção ao atender deve ser sempre total, e com RESPOSTA: “CERTO”.
muita tolerância.
O atendente jamais deve interromper um atendimento 19) (ANCINE – Técnico Administrativo – CESPE/2012)
por não concordar com o ponto de vista do cliente, deve As necessidades pessoais dos usuários de serviços públi-
sempre ser imparcial. cos influenciam suas expectativas quanto ao atendimen-
O atendente deve se portar sempre conforme as nor- to e impactam suas percepções sobre a qualidade e efeti-
mas de conduta da empresa. vidade do serviço prestado.
( ) Certo
RESPOSTA: “D”. ( ) Errado

16) (EBESRH – Assistente Administrativo - IA- Vejamos: A qualidade no atendimento só é percebi-


DES/2013) A qualidade no atendimento ao público pas- da pelos usuários quando suas expectativas, em relação ao
sa por um processo de comunicação eficaz e eficiente. atendimento, são atendidas satisfatoriamente.
Sobre esse tema, assinale a alternativa incorreta.
a) Para uma comunicação eficiente, a ca- RESPOSTA: “CERTO”.
pacidade de falar é mais relevante que a capacidade de
ouvir. 20) (DPE/PR - Técnico - PUC - PR/2012) A etiqueta
b) A comunicação envolve um fluxo de mão dupla. profissional consiste num conjunto de regras cerimoniosas
c) No processo de codifcação/decodifcação da de trato entre as pessoas, definidas a partir do bom senso,
mensagem, geralmente ocorrem distorções. como uma espécie de convivência harmoniosa em grupo.
d) A retroinformação (feedback) possibilita a ob- Compreender e respeitar esses códigos sinaliza disciplina e
tenção de uma comunicação melhor, reduzindo as dis- respeito. A apresentação pessoal pode ser compreendida a
torções. partir dos seguintes elementos: aparência, comportamen-
e) Objetividade e linguagem adequada to, postura profissional e ambiente de trabalho. Conside-
são características de uma boa comunicação. rando esse tema, assinale a alternativa que corresponde a
ações de apresentação pessoal adequada: 

59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

a) Usar cores escuras, pois elas transmitem con- 22)   (DPE/TO - Oficial de Diligência da Defensoria
fiança; ler enquanto outros conversam; agradecer aos Pública – COPESE/2012) A qualidade no atendimento
elogios. ao público no serviço público possui algumas especi-
b) Ser pontual; atender ao celular em reuniões ficidades se comparada ao empresarial, especialmente
quando a ligação partir do superior; não pedir licença porque a finalidade é servir ao cidadão. Neste sentido
se chegar atrasado em reuniões. pode-se afirmar que são pré-requisitos para o bom
c) Conhecer os usos e costumes de cada local que atendimento, EXCETO: 
frequentar e prestar atenção aos detalhes; não vestir a) Relativamente ao tratamento da informação:
jeans; rir dos erros alheios para descontrair. deve-se verificar o que, por que, para que/quem e para
d) Evitar qualquer tipo de excesso ao se vestir; es- quando pedem a informação; se o assunto é da com-
tar atento e ser cordial com todos; manter a mesa ar- petência da área de atuação; se a informação pode ser
rumada. respondida na hora; em quanto tempo pode-se obter a
informação e certificar-se que as informações são cor-
e) Se o atraso for inevitável, avisar imediatamente
retas, seguras e não provocarão dupla interpretação. 
justificando o motivo; não agradecer aos elogios; man-
b) Cumprimentar sempre todos os que chegam e
ter na mesa de trabalho apenas objetos e papéis de uso
os que saem do setor; além de ter atenção para não
corrente.
tratar ninguém de modo personalizado. 
c) Ser amigável sem entrar em intimidades, de-
Vejamos: Etiqueta é antes de qualquer coisa BOM SEN- monstrar interesse não só pela pessoa, mas ao assunto
SO. Todas as alternativas apresentam incoerência, exceto que está sendo tratado. 
a letra D. Excessos não são admitidos no local de traba- d) Estar atento à emoção que transmitir pela voz e
lho. Ser cordial e manter a mesa arrumada é o mínimo que das palavras que escolher, pois as mesmas podem mo-
qualquer funcionário deve empregar. dificar a mensagem que se deseja transmitir. Saber falar
corretamente o idioma é fundamental, mas saber como
RESPOSTA: “D”. falar é mais importante. 

21) (DPE/PR - Técnico - PUC - PR/2012) Assinale a Vejamos: Todas as alternativas estão corretas, exceto a
alternativa que concentra ações de etiqueta ao telefo- B. Pois o atendimento DEVE SER personalizado e impessoal,
ne:  e nunca mecânico.
a) Padronizar a maneira de atender o te-
lefone; não permitir que o diálogo ganhe cunho pes- RESPOSTA: “B”.
soal; para agilizar o atendimento, é possível atender a
duas ligações paralelas. 23) (DPE/TO - Oficial de Diligência da Defensoria
b) Empregar tratamento formal senhor(a); aten- Pública – COPESE/2012) Leia as assertivas e marque a
der prontamente quando tocar, três toques é o máxi- resposta CORRETA. O bom atendimento deve envolver
mo; não fornecer informações não autorizadas. uma interação multivariável eficiente entre os seguin-
c) Empregar o tratamento informal internamen- tes elementos: 
te; conversas de cunho pessoal geram descontração e I. Aparência das instalações, do pessoal, dos equi-
ganham a confiança do interlocutor; fornecer todas as pamentos e dos recursos de comunicação; 
informações que estiverem ao alcance. II. Disposição para servir, ou “prestatividade” aos
d) Passar ligações para pessoas que estão em reu- clientes/cidadãos;
III. Segurança, evidenciada pelo conhecimento e
nião; se estiver atendendo a outra pessoa, deixar o tele-
domínio completos do serviço por parte dos servido-
fone fora de conexão; falar apenas o necessário.
res/colaboradores e habilidade em proporcionar um
e) Demonstrar irritação com pessoas im-
clima de confiança nos clientes/cidadãos; 
pacientes pode neutralizar as tensões do diálogo; ter
Personalização, ou customização que ocorre quan-
bloco e caneta sempre à mão; ao atender, empregar o do o órgão prestador dos serviços proporcionar um
termo “quem gostaria?”. atendimento tal que identifica os clientes/cidadãos
como pessoas; 
Vejamos: Não é permitido atender duas ligações simul- a) Todas as assertivas são verdadeiras.
taneamente, empregar tratamento informal, passar liga- b) Todas as assertivas são falsas.
ções para pessoas que estão em reunião, deixar o telefone c) Somente as assertivas I, II e III são verdadeiras.
fora de conexão, demonstrar irritação. d) Somente as assertivas II, III e IV são verdadeiras.
A resposta que está totalmente correta é a B.
Vejamos: Todas as alternativas estão corretas, pois to-
RESPOSTA: “B”. dos os elementos citados fundamentam um atendimento
com qualidade.

RESPOSTA: “A”.

60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

24) (DPE/TO - Oficial de Diligência da Defensoria a) Ouvir o cidadão.


Pública – COPESE/2012) Relativamente à técnica de b) Usar palavras inadequadas.
atendimento ao público ao telefone é correto afirmar, c) Agir com sarcasmo e prepotência.
EXCETO:  d)  Discutir com quem está sendo atendido.
a) Atenda no máximo ao terceiro toque.  e) Apresentar aparência desleixada.
b) Não diga alô, mas sim o nome do setor, seu
nome acompanhado de um cumprimento: bom dia, Vejamos: A utilização de palavras inadequadas, o sar-
boa tarde.  casmo e a prepotência, discussão com o atendido e a apa-
c) Se for necessário algum tempo para transferir rência desleixada, não são ferramentas que devem ser uti-
a ligação ou obter uma informação para responder ao lizadas no atendimento em nenhuma situação, e não há
cliente/cidadão use expressões “espere um minutinho” exceções para nenhum caso. Já ouvir o cidadão é o início
ou “um instantinho”  de qualquer atendimento com qualidade.
d) Fale ao telefone como se a pessoa estivesse à
sua frente. 
RESPOSTA: “A”.
Vejamos: Todas as alternativas estão corretas, exceto
27) (STM - Técnico Judiciário  - CESPE /2011) No
a C, pois expressões no diminutivo devem ser extintas do
vocabulário de um atendente, por não passarem a imagem momento de realizar um atendimento, a linguagem
de profissionalismo. corporal do servidor público pode revelar até que pon-
to ele se interessa em solucionar os problemas trazidos
RESPOSTA: “C”. pelo cidadão e pode até mesmo indicar seu  status  de
nível superior ou inferior.
25) (PG/DF - Técnico Jurídico – IADES/2011) Postu- ( ) Certo
ra de atendimento é o tratamento dispensado às pes- ( ) Errado
soas. Está relacionado ao funcionário em si, com as suas
atitudes e o seu modo de agir com quem está sendo Vejamos: A comunicação pode ser verbal e não verbal.
atendido naquele momento. Para bem atender, o pro- A linguagem corporal diz a respeito de como o atendente
fissional deverá: está conduzindo o atendimento. Por isso, a linguagem cor-
a) sempre compreender e atender as ne- poral deve ser coerente com a linguagem verbal, adotando
cessidades de quem está sendo atendido e fazer o cor- sempre uma postura corporal receptiva e de atenção ao
reto encaminhamento das questões levantadas. usuário.
b) entender o lado humano e justificar as falhas
da organização a partir da explicação de que “errar é RESPOSTA: “CERTO”.
humano”.
c) manter estado de espírito positivo e ter atitu- 28) (TRT/RN - Técnico Judiciário – CESPE/2010)
des adequadas no momento, procurando criar atmos- Com relação a serviço público e qualidade do atendi-
fera de intimidade e proximidade com o outro. mento, julgue os itens a seguir. 
d) ter uma postura física adequada, mantendo A aproximação entre o Estado e o cidadão ocorre
semblante rígido e agindo de forma calculista. mediante a prestação do atendimento e se materializa
e) manter uma boa apresentação, cuidan- na resposta proativa e eficiente do atendente.
do sempre da higiene pessoal. Os homens e as mulheres
( ) Certo
deverão sempre estar com os cabelos curtos.
( ) Errado
Vejamos: Intimidade e rigidez demais nunca devem ser
Vejamos: O contato inicial do cidadão com qualquer
empregadas no atendimento. Aplicar técnicas de atendi-
mento, como fazer o correto encaminhamento das ques- órgão público dar-se-á perante o atendimento. A resposta
tões levantadas, são fundamentais para o percurso do proativa e eficiente do atendente caracterizar-se-á em uma
atendimento. imagem de atendimento de qualidade por parte do estado.

RESPOSTA: “A”. RESPOSTA: “CERTO”.

26) (UF/AL - Assistente de Administração – COPE- 29) (MPU - Técnico de Apoio Especializado – CES-
VE/2011) Durante o desempenho de suas atribuições, PE/2010) Com relação à qualidade do atendimento ao
o servidor público muitas vezes precisa atender dire- público, julgue os itens que se seguem. O objetivo de
tamente o cidadão. Na relação direta com o indivíduo dar visibilidade às necessidades, experiências e expec-
que está sendo atendido, o servidor responsável pelo tativas do cliente torna o atendimento no setor público
atendimento deve observar uma série de requisitos similar ao oferecido na iniciativa privada, simbolizado
para desempenhar de forma correta seu trabalho. Qual pela máxima “o cliente sempre tem razão”.
das opções listadas a seguir corresponde a um desses ( ) Certo
requisitos?  ( ) Errado

61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Técnico Nível Médio - Atendimento

Vejamos: A relação entre cliente/empresa deve ser b) O atendente não precisa preocupar-se com as
“ganha-ganha”. O cliente terá sempre razão até onde a lei informações atuais acerca do serviço que presta e da
diz. Não tem como o atendente infringir alguma norma função que exerce, visto que dispõe de manuais de con-
ou lei para atender ao cliente. A ética e responsabilidade sulta que lhe garantem, no momento que for necessá-
devem estar acima de qualquer princípio. rio, a prestação da informação correta.
c) O atendimento ao público é uma atividade em
RESPOSTA: “ERRADO”. que não se pode ser criativo, especialmente em situa-
ções de conflito e tensão, pois essa atitude pode com-
30)  (MPU - Técnico de Apoio Especializado CES- prometer o profissionalismo que a função requer.
PE/2010) No que diz respeito à qualidade do atendi- d) A auto-observação e a observação do compor-
mento ao público e às competências do atendente, jul- tamento do cliente são dispensáveis nessa atividade,
gue os itens subsequentes. pois afetam a objetividade do atendente.
A atitude de indiferença do servidor responsável e) Caso não tenha desenvolvido habilidades de
pelo atendimento ao público pode causar impressão de controle emocional, o atendente torna-se facilmente
descompromisso ou descaso desse servidor em relação uma espécie de para-raios afetivo, captando as des-
à organização e gerar reclamação por parte do usuário. cargas emocionais dos clientes e entrando em sintonia
( ) Certo com elas, quando as relações sociais do atendimento
( ) Errado são envolvidas em situações de tensão e conflito com
o público.
Vejamos: A resposta está correta, pois todo usuário que
busca atendimento em qualquer órgão, procura que no mí- Vejamos: Todas as alternativas estão incorretas, exceto a E.
nimo o atendente seja profissional e busque solucionar seu É muito importante que os atendentes desenvolvam
problema. habilidades de controle emocional, para que se possa atri-
buir atendimentos nos quais não sejam captadores de des-
cargas emocionais dos clientes.
RESPOSTA: “CERTO”.
RESPOSTA: “E”.
31) (DPU - Agente Administrativo – CESPE/2010)
Em caso de atraso no atendimento a cidadãos em ór-
gão público, o servidor deve, com base nos princípios
de ética no serviço público,
a) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição
e rendimento, buscando por fim ao problema.
b) ter respeito à hierarquia, não se imiscuindo na
situação, que não lhe diz respeito, e procurando fazer
da melhor maneira suas atribuições.
c) ser apenas cortês com os cidadãos, caso lhe
apresentem reclamações quanto a situação de atraso.
d) informar aos cidadãos que, diante da situação,
só deve fazer o que está previsto em lei, em respeito ao
princípio da estrita legalidade.
e)   atender ao princípio de isonomia, não se en-
volvendo na situação em tela, cumprindo suas obriga-
ções, porque, caso aja de modo diferente, incorrerá em
crime de advocacia administrativa.

Vejamos: Se o atendimento já está atrasado, o que se


espera de um atendente é que ele exerça suas atribuições
com rapidez, buscando solucionar o problema do usuário.

RESPOSTA: “A”.

32) (DPU – Agende Administrativo - CESPE/2010)


No que se refere aos requisitos necessários ao profissio-
nal do atendimento ao público, assinale a opção correta.
a) O conhecimento especializado e restrito à fun-
ção de atendimento ao público é condição suficiente
para que o profissional preste serviço de excelente qua-
lidade.

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