Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
leitor,
Esta revista também marca uma nova etapa na empresa, que com
uma nova sede faz-se possível expandir e continuar a nossa Cara-
vana de Sonhos. Estamos muito felizes em compartilhá-la com você.
Imagens: Esperamos que aprecie a leitura.
shutterstock
Tiragem:
30.000 Paulo Urban
Diretor
Índice
VITAMINA D 06 ACONTECEU
08 ACONTECE
10 VITAMINA D
10 Os benefícios de níveis séricos elevados
36 VITRINE
Novidades: Produtos Essential Nutrition
22
SAÚDE 38 SAÚDE HORMONAL FEMININA
A importância de acompanhar os níveis
HORMONAL hormonais femininos durante todas as
FEMININA fases da vida
52 SUPERALIMENTOS
38 Alimentos que a ciência comprova
TESTOSTERONA
62 TESTOSTERONA
E a saúde do seu principal músculo
74 TAI CHI
Os benefícios e suas aplicações
ÔMEGA-3 80 ÔMEGA-3
Um inibidor de doenças crônicas
92 VALORES ESSENTIA
Nossa Caravana de Sonhos II
80
ACONTECEU
6 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
O SEGREDO
está na proporção e qualidade
dos ingredientes
Um lançamento em especial marcou o primeiro Soup Lift possui 12g de peptídeos de colágeno
semestre de 2016 da Essential Nutrition e a partici- Peptan® e 16g de proteína, ingredientes de origem
pação da Essentia Pharma no 29º Congresso Orto- natural e criteriosamente selecionados. Suas vita-
molecular, em São Paulo. minas e minerais são de alta biodisponibilidade,
Soup Lift é uma saborosa combinação entre o tradi- o que os tornam ideais para uma absorção mais
cional e o que há de mais moderno na nutrição. Seus eficiente pelo organismo. Em sua composição não
ingredientes fornecem equilíbrio nutricional aliado à existem substâncias químicas para realçar o sabor,
sensação de conforto que uma sopa caseira nos traz. um cuidado único, para que Soup Lift harmonize
Ela foi desenvolvida por uma equipe multiprofissional sabor, saúde e praticidade.
que envolveu médicos, nutricionistas, farmacêuticos
e uma chef de cozinha especializada.
A qualidade, bem como a proporção dos alimentos
utilizados neste mais novo produto da linha, foi funda-
mental para que Soup Lift fosse considerada uma
refeição balanceada e nutritiva. Durante o pré-lan-
çamento, no primeiro final de semana de junho, os
profissionais e palestrantes do evento foram convi-
dados a ler o rótulo, observar seu valor nutricional e
degustar a sopa que virou a sensação do congresso.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 7
ACONTECE
OUTUBRO Em sua 20a edição, a Sociedade Brasileira de Nutrologia promove no início de outubro três
dias de atualizações científicas com mais de 60 temas. O evento é considerado como
referência superior entre especialistas de todo o país, sendo que em 2015 contou com a
presença de 3.482 participantes, entre eles, 88% médicos de diversas especialidades.
OUTUBRO O evento fora do eixo Rio-São Paulo coloca Natal entre as capitais brasileiras que buscam
fomentar o debate sobre saúde e qualidade de vida. Entre os palestrantes estão o Dr. Luciano
Bruno com o tema “Estratégias nutricionais para o gerenciamento do peso: compostos bioa-
tivos”, a Dra. Rita Castro tratando sobre “A epigenômica nutricional na prática clínica: o que
devemos considerar”, e o Dr. Daniel Coimbra abordando o tema “Nutrição esportiva no idoso:
aspectos fisiológicos, metabólicos e nutricionais”.
OUTUBRO O futuro do esporte está na medicina atual. Com essa proposta, a terceira edição de Rio
Sport and Health vem consolidando o sucesso das edições anteriores. Presidido pelo Dr.
Marcelo Tannure, o evento reunirá aproximadamente 30 palestrantes, entre os quais médi-
cos, fisioterapeutas, nutricionistas, preparadores físicos e atletas de alto nível, para relatar
suas experiências e difundir seus conhecimentos.
OUTUBRO A ExpoNutrition é uma das feiras mais movimentadas do setor da nutrição esportiva no
Brasil. Em 3 dias de evento, expositores do mercado de suplementação esportiva apresen-
tam suas novidades para atletas, nutricionistas, lojistas e a um público de entusiastas que se
reúnem para conhecer novas maneiras de melhorar a sua performance esportiva.
8 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
28-30 II Congresso Internacional de Medicina
Integrativa para a Saúde Mental
Local: HB Ninety Convention, São Paulo, SP.
OUTUBRO
Medicina Integrativa para a Saúde Mental é uma abordagem de corpo inteiro, utilizando
vários campos da medicina e ciências nutricionais para ajudar pacientes a recuperar o
bem-estar mental. Agora presente no Brasil, a organizadora do evento, IMMH (Integrative
Medicine for Mental Health) Brasil, defende que problemas de saúde subjacentes contri-
buem para o desequilíbrio químico do cérebro, e que o tratamento das doenças mentais e
distúrbios relacionados podem ser tratados com sucesso por meio de uma combinação de
exames especializados, terapias nutricionais e abordagens tradicionais.
No foco das palestras estão os tratamentos práticos para depressão, esquizofrenia, autismo,
TDAH, transtorno bipolar, comportamento obsessivo compulsivo e vários outros transtornos
mentais.
Este é, sem dúvida, o congresso que mais reúne e atrai médicos que representam a medi-
cina preventiva no país. No primeiro dia da programação, um seminário sobre estratégias
terapêuticas no envelhecimento masculino e feminino será conduzido pelo belga Dr. Thierry
Hertoghe, que ao lado do Dr. Ítalo Rachid, faz parte do comitê científico do evento. Nos dias
seguintes, Dr. Uzzi Reiss (US), Dr. Malcom Carruthers (UK), Dr. Jacob Teitelbaum (US), Dr.
Anoop Chaturvedi (IN), Dr. Jorge Hallak (BR), Dr. Cícero Coimbra (BR), Dr. Hugo Maia (BR)
e Dr. Ítalo Rachid (BR) dividem a plenária com temas relevantes e atuais sobre evolução
saudável com foco em fisiologia hormonal.
NOVEMBRO Esta é a quarta edição do Encontro de Nutrição Esportiva e Estética que promove a atualiza-
ção científica de nutricionistas, estudantes de nutrição e educadores físicos de todo o país.
As palestras trazem nomes já conhecidos deste público e vêm propor a discussão e reflexão
sobre uma das áreas que mais cresce no Brasil, a nutrição estética e esportiva.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 9
ARTIGO
Vitamina D
Os benefícios de níveis
séricos elevados
10 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
E
m 2012, o total de estudos sobre os
benefícios da vitamina D era pouco
mais de 8.200. De lá para cá, estes
números foram crescendo e já são mais
de 17.000 artigos novos sobre o tema.
E continuamente aumentando, desde
que cientistas e médicos ainda traba-
lham para compreender a totalidade da
complexa essencialidade desta molé-
cula dentro do corpo humano.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 11
ARTIGO
Como se pode ver, descobertas recentes que reve- para se transformar em pró hormônio, ou vitamina D
lam benefícios protetores da vitamina D não param. na forma ativa CALCITRIOL – ou seja, 25(OH)D.
Não por menos, a vitamina D é o único substrato de
um esteroide hormonal que funciona, como todos os A vitamina D pode se apresentar sob 2 formas: D2
esteroides, ‘ligando’ e ‘desligando’ genes. Isto signi- (através dos alimentos) e D3 (através da luz e suple-
fica que ela possui muitos diferentes mecanismos de mentos). Ambas são metabolizadas sob a forma
ação quanto os 2.000 genes que ela própria regula, 25(OH)D e, independentemente se esta vitamina é
obtida através da luz solar, suplemento ou alimento,
e isso é bem significativo se pensarmos que até o
ela sempre passa pelo fígado e depois é direcionada
momento descobertas apontam que nosso genoma
para o rim, que a transforma na sua forma ativa –
teria, aproximadamente, de 27.000 a 30.000 genes.1-3
então capaz de executar suas funções.
Talvez, ao final desta leitura, o leitor se interessará
em fazer um exame de sangue para a medição dos Nos alimentos, a vitamina D está nos laticínios, sardi-
seus níveis de vitamina D. nha e atum (enlatados), óleo de fígado de bacalhau,
bife de fígado e salmão (não de cativeiro), mas estes
A VITAMINA DO SOL
alimentos são de consumo limitado e possuem
A ciência acredita que a vitamina D é o hormônio pouca quantidade da vitamina.6-8
mais antigo do planeta, com uma existência de
Logo, diferentemente das outras vitaminas, a quanti-
cerca de 750 milhões de anos, desde que conjuntos
dade ideal de vitamina D no organismo não depende
de organismos aquáticos microscópicos com capa-
muito da ingestão de alimentos. Eles podem contri-
cidade fotossintética (fitoplâncton) começaram a
buir em pequenas quantidades, mas não são capa-
evoluir. Não se sabe exatamente como a vitamina D
zes de fornecer quantidades suficientes.
se desenvolveu, mas uma teoria é que, inicialmente,
tinha a função de filtro solar e que, na sequência, Para isso, é imperativa a exposição da pele à luz solar
ajudou no caminho evolucionário da vida aquática regularmente (sem filtro), o mesmo processo como
para a vida em terra firme: a necessidade de cálcio. as plantas criam seu alimento através da exposição
aos raios solares. Ou seja, uma forma de fotossíntese:
O oceano apresenta um ambiente rico em cálcio. No
o uso da luz para sintetizar um químico, o que torna
entanto, uma vez que certas formas de vida deixa-
sua ideal obtenção um pouco mais complexa, em
ram o oceano para a terra firme, pouco cálcio estava
comparação com as outras vitaminas.
disponível, desde que este se encontrava no solo.
Nesse processo evolucionário, foi necessário um COMO ANDA SUA
método eficiente para absorver o cálcio da dieta, a EXPOSIÇÃO AO SOL?
fim de manter a função neuromuscular e esquelé-
tica. A solução veio através da exposição da pele à É popularmente conhecido que de 15 a 20 minutos de
luz solar, produzindo assim a vitamina D, que desem- exposição ao sol (período mais quente do dia e sem
penhou um papel crítico na manutenção da homeos- o uso de filtro solar) pode fornecer uma dose bené-
tase do cálcio e na promoção da evolução de grandes fica de vitamina D, mas essa produção da vitamina
espécies de vertebrados, incluindo os gigantes dinos- depende de inúmeros fatores: onde o indivíduo vive
sauros.4,5 (latitude), estação do ano em que se encontra, polui-
ção, horário do dia, tamanho da área exposta, peso,
O nome que recebeu, quando descoberta, no início do idade, cor de pele (presença de mais melanina), medi-
séc. XX, infelizmente é impreciso, visto que ela não é camentos usados, saúde do fígado e rim.11-13 Uma
verdadeiramente uma vitamina. Como um hormônio, pessoa de pele mais escura, por exemplo, requer
seu corpo pode produzí-la, o que não ocorre com as muito mais tempo de exposição do que os 20 minu-
vitaminas. Mesmo quando ingerida, através de um tos recomendados. E quem pensa que está asse-
alimento ou suplemento, é preciso ser sintetizada gurado, pois toma sol através de vidros, pode estar
12 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Vitamina D
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 13
ARTIGO
ATRAVÉS DO SOL
A pele humana contém um composto que funciona
HO OH
como um precursor da vitamina D, chamado 7-dehi-
drocolesterol; o composto serve como um precursor NO FÍGADO NO RIM CALCITRIOL
do colesterol, que é vital para a produção de hormô- 25(OH)D
nios esteroides, como andrógenos e estrógenos, entre
outras coisas. Quando os raios solares atingem a pele,
uma parte específica da luz é capaz de transformar a
pró-vitamina 7-dehidrocolesterol em pré-vitamina D3
por quebrar uma ligação na molécula precursora.
14 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Vitamina D
A PREOCUPAÇÃO COM O
EXCESSO PODE LEVAR A
NÍVEIS INADEQUADOS
As recomendações governamentais ainda são muito A questão excesso precisa ser esclarecida: embora a
conservadoras quando comparadas aos resultados grande maioria das pessoas que toma suplementos
positivos de milhares de estudos científicos, mas, de D3 não apresente nenhum problema, a possibili-
aos poucos começa-se a perceber uma mudança de dade do seu excesso pode acontecer se, de maneira
posicionamento. Na Europa e nos Estados Unidos, as errônea, alguém ingerir mais que 40.000 UI/dia por
agências regulatórias já estão revisando a recomenda- mais de 2 meses consecutivos, ou uma imensa única
ção de dosagem. Nos Estados Unidos, a partir deste dose. O que vai incrivelmente além do recomendado:
ano, um novo design de rótulo quanto às informa- 2.000 UI a 5.000 UI/dia, seguidos de medição sanguí-
ções nutricionais começa a se efetuar, com sua total nea para alcançar um nível sérico ideal de 50ng/
concretização no ano de 2019: outrora não exigida, ml a 80ng/ml, ou pelo menos um nível considerado
agora a informação nutricional da vitamina D contida normal de 30ng/ml.
num alimento industrializado será obrigatória.16
Como ocorre com qualquer substância, os excessos
No Brasil, o movimento por doses maiores na suple- podem se tornar tóxicos, mas se descobriu que as
mentação de vitamina D ocorre por hora de maneira doses de vitamina D para se tornarem tóxicas são
individual, através de profissionais de saúde que muito maiores do que anteriormente se acreditava.
acompanham a evolução da ciência e organizações Além disso, é possível um controle objetivo da dose
profissionais, como a Sociedade Brasileira de Endocri- através de um exame de sangue acessível em qual-
nologia e Metabologia (SBEM). No entanto, é preocu- quer laboratório para fazer seus ajustes necessá-
pante que a grande camada populacional não receba rios.20-24
estas informações atualizadas. Segundo a SBEM, 85%
dos idosos da cidade de São Paulo (e 90% dos idosos Especialistas advertem que o
institucionalizados) apresentam níveis inadequados exame de vitamina D deve ser
de vitamina D. Na população de jovens saudáveis o incluído na lista de exames de
percentual é de 50%. O SUS fornece doses de 400 UI rotina. A dosagem sanguínea
da vitamina, dose hoje considerada insuficiente para é confiável para verificar suas
manter os níveis séricos adequados.17 necessidades e tem efeito
Os números afirmam que estamos pecando pela preventivo tão importante quanto
escassez ao invés de excesso em várias frentes dosar o colesterol e a glicose.
quanto à dose de vitamina D. Alguns profissionais
de saúde temem que a vitamina D em excesso (o
que não é comum), por exemplo, provoque pedras
nos rins. Este receio, à primeira vista, pode fazer
sentido, pois a vitamina D está envolvida na absor-
ção do cálcio de modo que poderia aumentar o risco
de pedras nos rins. A teoria tem o que se chama de
“validade aparente", o que significa que soa bem. No
entanto, dois estudos recentes descobriram exata-
mente o oposto: quanto menor o nível de 25(OH)D,
maior o risco de pedras nos rins.18,19
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 15
ARTIGO
A DOSE DE VITAMINA D
Com a evidência se multiplicando quanto à
redução de mortalidade naqueles que possuem
níveis séricos mais altos de vitamina D, é de
grande relevância alertar o público em geral
sobre a importância da obtenção regular de »» Está associado com menor
risco de mortalidade
uma dose apropriada, seja através da expo- prematura por qualquer
sição solar direta, da suplementação, ou de causa e em pessoas
ambos. É uma vitamina de baixo custo, mas com histórico de câncer,
que sua deficiência crônica contribui para segundo 2 meta-análises56,57
várias doenças. Surpreendentemente, a polí- »» Menor risco de morte entre
tica de saúde pública ainda não mostrou forte Redução da pacientes de doença renal
ação, mesmo com tantos estudos científicos em fase final (em diálise),
mortalidade segundo meta-análise de 17
comprovando que a sua deficiência também
estudos, e 3 estudos com
acarreta em um maior custo dos cuidados de
pacientes crônicos (sem
saúde pública.25-33 diálise)58
A maioria dos multivitamínicos populares ainda »» Reduz a mortalidade de
não contém suficiente vitamina D para fornecer pacientes internados em
unidades de tratamento
melhoras para a saúde. Em geral, fornecem
intensivo; protege contra o
por volta de 400 UI, bem abaixo do valor para choque séptico ou sepse
se atingir os níveis desejados conforme estu- em pessoas severamente
dos (2.000 UI a 5.000 UI). Por conseguinte, doentes59-64
as pessoas hoje têm uma oportunidade sem
precedentes para otimizar sua saúde e reduzir
o risco de tratamentos convencionais usando
um suplemento diário acessível. Exames de
»» Reduz a mortalidade por
sangue anuais podem mostrar se a dose utili- câncer de mama (37%),
zada está sendo adequada.14,34 colorretal (45%), linfoma (52%),
segundo meta-análise (2014)
Diferentemente da insuficiência (< 12ng/mL),
de 25 estudos com 17.332
a deficiência (< 20ng/mL) de vitamina D, atual- pacientes48, e três outras meta-
mente, é muito comum em todos os grupos análises também de 201449,50
etários.35 Um considerável volume literário
científico documenta a associação de níveis
»» Causa um efeito protetor contra
o câncer de pulmão, segundo
séricos de vitamina D, insuficientes ou deficien- revisão e meta-análise51
tes, com um maior risco de doenças multifato- Câncer
»» Reduz o risco de câncer
riais, como o câncer36-38, doença vascular39-43 e
de próstata52
inflamação crônica.44-47
»» Ajuda no tratamento
Sugere-se então manter os níveis sanguíneos quimioterápico de câncer
acima de 30ng/mL, ou mais elevado, em torno do pâncreas53
de 60ng/mL a 80ng/mL, caso possua patologia »» Reduz o risco de câncer de
associada. A toxidade só ocorre com níveis séri- mama em mulheres que estão
cos maiores de 150ng/mL. Conforme estudos em tratamento de reposição
hormonal55
recentes, a abrangência de seus benefícios é
realmente impressionante.
16 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Vitamina D
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 17
ARTIGO
VITAMINA D
E LONGEVIDADE
Os níveis fisiológicos de vitamina D podem estar asso- Existe um imenso arquivo literário docu-
ciados à longevidade, de acordo com uma pesquisa mentando os benefícios de níveis ótimos
realizada no Centro Médico da Universidade Leiden, de vitamina D para a saúde, e evidências
na Holanda, segundo dados do Canadian Medical mostrando que grande parte da população
Association Journal. Um estudo avaliou as concen- não se expõe regularmente ao sol e não se
trações séricas de vitamina D e o comprimento dos suplementa, apresentando níveis abaixo
telômeros (índice de longevidade) em 2.160 mulhe- dos ideais. Quase todos os dias, novos
res com idades entre 18 e 79 anos. estudos apresentam achados correlacio-
nando as grandes desvantagens para o
Foi verificado que níveis mais altos de vitamina D organismo a partir dessa carência.
podem alterar o comprimento dos telômeros de
leucócitos, o que destaca os efeitos potencialmente Os livros médicos atuais
benéficos deste hormônio sobre o envelhecimento e precisam ser atualizados
doenças relacionadas à idade.109,110 para incluir a evidência
Se os níveis equilibrados de vitamina D podem ser um de que a vitamina D
índice que favoreça a longevidade, é esperado também fornece suporte não apenas
que muitos problemas de saúde estejam associados para a saúde óssea, mas
aos baixos níveis de vitamina D108, fazendo, portanto, também para a redução da
sua associação com a mortalidade em geral.33-56 Dois mortalidade geral através
estudos de grande porte publicados em BMJ (British de seus benefícios em todo
Medical Journal), em 2014, chegaram a esta conclu-
o corpo, desde que essa
são através de análises diferentes.
molécula possui receptores
Na Dinamarca, Afzal et al. usaram a técnica de rando- localizados em quase todas
mização mendeliana, ou seja, eliminaram todos os as células do organismo.
fatores que poderiam gerar confusão e reverter a Com a evidência cumulativa
causalidade, como fumo, adiposidade, tempo gasto e consistente apoiando sua
ao ar livre e dieta, se concentrando assim no aspecto
eficácia, esta vitamina deve
genético e níveis baixos de vitamina D. O estudo
ser considerada para fazer
abrangeu 95.766 indivíduos e foram acompanhados
pelos seus registros governamentais de mortalidade parte essencial do regime de
desde o ano de 1976 até 2013.33 saúde diária de todos.
18 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Vitamina D
Referências
1. de Borst MH, et al. Vitamin D deficiency: and fracture prevention. Curr Osteoporos Rep. 2006. inflammation. Am J Clin Nutr. 2005. HIV disease progression and virological failure
universal risk factor for multifactorial diseases? post-antiretroviral therapy initiation in diverse
24. Tukaj C. Adequate level of vitamin D is essential 46. Xia JB, et al. [Immunoregulatory role of 1, multinational settings. J Infect Dis. 2014.
Curr Drug Targets. 2011.
for maintaining good health. Postepy Hig Med Dosw 25-dihydroxyvitamin D(3)-treated dendritic cells DOI:10.1093/infdis/jiu259.
2. Carsten C. Primary Vitamin D Target Genes Allow (Online). 2008. in allergic airway inflammation]. Zhonghua Yi Xue
a Categorization of Possible Benefits of Vitamin D3 Za Zhi. 2009. 67. Cannell JJ. Autism and vitamin D. Med
25. Zhou G, et al. Optimizing vitamin D status to Hypotheses. 2008. DOI:10.1016/j.mehy. 2007.08.016.
Supplementation. PLOS ONE. 2013. DOI: 10.1371/
reduce colorectal cancer risk: an evidentiary review. 47. Duggan C, et al. Effect of Vitamin D3
journal.pone.0071042.
Clin J Oncol Nurs. 2009. Supplementation in Combination with Weight Loss 68. Cannell JJ. On the aetiology of autism.
3. “ENCODE: Deciphering Function in the on Inflammatory Biomarkers in Postmenopausal Acta Paediatr. 2010. DOI:10.1111/j.1651-
26. Chen P, et al. Meta-analysis of vitamin D, Women: A Randomized Controlled Trial. Cancer 2227.2010.01883.x.
Human Genome” - Disponível em: www.genome.
calcium and the prevention of breast cancer. Breast Prev Res (Phila). 2015. DOI:10.1158/1940-6207.
gov/27551473/ Acessado em: 04/07/2016.
Cancer Res Treat. 2010. CAPR-14-0449. 69. “Autism and Vitamin D” Disponível em:
4. Holick, MF. Vitamin D: A D-lightful solution www.psychologytoday.com/blog/evolutionary-
27. Woo TCS, et al. Pilot study: potential role of 48. Li M, et al. Review: the impacts of circulating psychiatry/201104/autism-and-vitamin-d Acessado
for health. J Investig Med, 2011. DOI: 10.231/
vitamin D (Cholecalciferol) in patients with PSA 25-hydroxyvitamin D levels on cancer patient em: 04/07/2016.
JIM.0b013e318214ea2d.
relapse after definitive therapy. Nutr Cancer. 2005. outcomes: a systematic review and meta-analysis.
5. Holick, MF. Vitamin D: A millenium perspective. J Clin Endocrinol Metab. 2014. DOI:10.1210/ 70. “What if Vitamin D Deficiency is a Cause of
28. Zhou W, et al. Vitamin D is associated with Autism” Disponível em: http://www.scientificamerican.
Journal of Cellular Biochemistry, 2002. DOI: jc.2013-4320.
improved survival in early-stage non-small cell lung com/article/vitamin-d-and-autism/ Acessado em:
10.1002/jcb.10338.
cancer patients. Cancer Epidemiol Biomarkers 49. Maalmi H, et al. Serum 25-hydroxyvitamin D 04/07/2016.71. Fernell E, et al. Autism spectrum
6. Holick MF. Vitamin D deficiency: a worldwide Prev. 2005. levels and survival in colorectal and breast cancer disorder and low vitamin D at birth: a sibling control
problem with health consequences. American patients: systematic review and meta-analysis of study. Molecular Autism. 2015.
29. Annweiler C, et al. Higher Vitamin D dietary
Society for Clinical Nutrition, 2008. prospective cohort studies. Eur J Cancer. 2014.
intake Is associated with lower risk of Alzheimer’s 72. Schmidt RJ, et al. Selected vitamin D metabolic
7. Cashman KD, et al. Vitamin D deficiency in disease: A 7-year follow-up. J Gerontol A Biol Sci DOI:10.1016/j.ejca.2014.02.006.
gene variants and risk for autism spectrum
Europe: pandemic? Am J Clin Nutr. 2016 doi: Med Sci. 2012. 50. Mohr SB, et al. Meta-analysis of vitamin D disorder in the CHARGE Study. Early Hum Dev. 2015
10.3945/ajcn.115.120873. sufficiency for improving survival of patients with DOI:10.1016/j.earlhumdev.2015.05.008.
30. Millen AE, et al. CAREDS Study Group. Vitamin D
8. Gordon CM, et al. Prevalence of vitamin D status and early age-related macular degeneration breast cancer. Anticancer Res. 2014.
73. Cannell JJ. Autism Causes, Prevention and
deficiency among healthy adolescents. Arch Pediatr in postmenopausal women. Arch Ophthalmol. 2011. 51. Zhang L, et al. Vitamin D and lung cancer risk: Treatment: Vitamin D Deficiency and the Explosive
Adolesc Med. 2004. a comprehensive review and meta-analysis. Cell Rise of Autism Spectrum Disorder. Sunrise River
31. Ananthakrishnan AN, et al. Higher predicted
9. “Ultraviolet spectrometry” Disponível em: https:// vitamin D status is associated with reduced risk of Physiol Biochem. 2015. DOI:10.1159/000374072. Press, 2015.
publiclab.org/wiki/uv-spectrometry. Acessado em: Crohn’s disease. Gastroenterology. 2012. 52. Murphy AB, et al. Vitamin D deficiency predicts 74. Saad K, et al. Vitamin D status in autism
04/07/2016. prostate biopsy outcomes. Clin Cancer Res. 2014. spectrum disorders and the efficacy of vitamin D
32. Munger KL, et al. Serum 25-hydroxyvitamin D
10.“How do I get the vitamin D my body needs” levels and risk of multiple sclerosis. JAMA. 2006. DOI:10.1158/1078-0432.CCR-13-3085. supplementation in autistic children. Nutr Neurosci.
Disponível em: www.vitamindcouncil.org/about- 2015.
33. Shoaib Afzal, et al. Genetically low vitamin D 53. Sherman MH, et al. Vitamin D receptor-
vitamin-d/how-do-i-get-the-vitamin-d-my-body- mediated stromal reprogramming suppresses 75. Camargo CA Jr, et al. Randomized trial of
concentrations and increased mortality: mendelian
needs/ Acessado em: 04/07/2016. pancreatitis and enhances pancreatic cancer vitamin D supplementation for winter-related atopic
randomisation analysis in three large cohorts. BMJ
11. Grudtner V.S, et al. Aspectos da absorção no 2014. DOI: 10.1136/bmj.g6330. therapy. Cell. 2014. DOI:10.1016/j.cell.2014.08.007. dermatitis in children. J Allergy Clin Immunol. 2014.
metabolismo de cálcio e vitamina D. Ver. Bras. DOI:10.1016/j.jaci.2014.08.002.
34. “Vitamin D Blood Levels in Life Extension 54. Choi YJ, et al. Circulating levels of vitamin D
Reumatol. 1997. and colorectal adenoma: A case-control study 76. Laird E, et al. Vitamin D deficiency is associated
Members 3 Years Later...” Disponível em: www.
12. MacLaughlin J, et al. Aging decreases the lifeextension.com/magazine/2012/ss/vitamin-d- and a meta-analysis. World J Gastroenterol. 2015. with inflammation in older Irish adults. J Clin
capacity of human skin to produce vitamin D3. J blood-levels/page-01 Acessado em: 04/07/2016. DOI:10.3748/wjg.v21.i29.8868. Endocrinol Metab. 2014. DOI:10.1210/jc.2013-3507.
Clin Invest. 1985. 55. Cadeau C, et al. Interaction between current 77. Paul J Iglar, et al.Vitamin D status and surgical
35. Holick MF, et al. Evaluation, treatment, and
13. Holick MF. Sunlight and vitamin D for bone prevention of vitamin D deficiency: an Endocrine vitamin D supplementation and menopausal outcomes: a systematic review Patient Saf Surg.
health and prevention of autoimmune diseases, Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol hormone therapy use on breast cancer risk: 2015 DOI:10.1186/s13037-015-0060-y.
cancers, and cardiovascular disease Am J Clin Metab. 2011 DOI: 10.1210/jc.2011-0385. evidence from the E3N cohort. Am J Clin Nutr.
2015. DOI:10.3945/ajcn.114.104323. 78. Buchebner D, et al. Association Between
Nutr. 2004. Hypovitaminosis D in Elderly Women and Long- and
36. Wu K, et al. A nested case control study of
14. “Startling Findings About Vitamin D Levels in plasma 25-hydroxyvitamin D concentrations and risk 56. Schöttker B,et al. Vitamin D and mortality: meta- Short-Term Mortality-Results from the Osteoporotic
Life Extension® Members”. Disponível em: www. of colorectal cancer. J Natl Cancer Inst. 2007. analysis of individual participant data from a large Prospective Risk Assessment Cohort. J Am Geriatr
lifeextension.com/magazine/2010/1/startling- consortium of cohort studies from Europe and the Soc. 2016. DOI:10.1111/jgs.14087.
37. Edlich R, et al. Scientific documentation of United States BMJ 2014. DOI:10.1136/bmj.g3656.
findings-about-vitamin-d-levels-in-life-extension- 79. Houston DK, et al. Delivery of a Vitamin D
the relationship of vitamin D deficiency and the
members/page-01 Acessado em: 04/07/2016. 57. Garland CF, et al. Meta-analysis of all-cause Intervention in Homebound Older Adults Using a
development of cancer. J Environ Pathol Toxicol
15. “Am I getting too much vitamin D?” Disponível Oncol. 2009. mortality according to serum 25-hydroxyvitamin Meals-on-Wheels Program: A Pilot Study. J Am
em: www.vitamindcouncil.org/about-vitamin-d/ D. Am J Public Health. 2014. DOI:10.2105/ Geriatr Soc. 2015. DOI:10.1111/jgs.13610.
38. Garland CF, et al. Vitamin D for cancer AJPH.2014.302034.
am-i-getting-too-much-vitamin-d/. Acessado em: 80. Al-Eisa ES, et al. Correlation between vitamin
prevention: global perspective. Ann Epidemiol. 2009
04/07/2016. 58. Zheng Z, et al. Vitamin D supplementation and D levels and muscle fatigue risk factors based on
DOI: 10.1016/j.annepidem.2009.03.021.
16. “Changes to the Nutrition Facts mortality risk in chronic kidney disease: a meta- physical activity in healthy older adults. Clin Interv
39. Giovannucci E, et al. 25-hydroxyvitamin D and analysis of 20 observational studies. BMC Nephrol. Aging. 2016 DOI:10.2147/CIA.S102892.
Label”. Disponível em: www.fda.
risk of myocardial infarction in men: a prospective 2013. DOI:10.1186/1471-2369-14-199.
gov/Food/GuidanceRegulation/ 81. Mason C, et al. Vitamin D3 supplementation
study. Arch Intern Med. 2008. DOI: 10.1001/
GuidanceDocumentsRegulatoryInformation/ 59. Rech MA, et al. Deficiency in 25-hydroxyvitamin during weight loss: a double-blind randomized
archinte.168.11.1174.
LabelingNutrition/ucm385663.htm Acessado em: D and 30-day mortality in patients with severe controlled trial. Am J Clin Nutr. 2014. DOI:10.3945/
04/07/2016. 40. Dobnig H, et al.Independent association sepsis and septic shock. Am J Crit Care. 2014. ajcn.113.073734.
of low serum 25-hydroxyvitamin d and DOI:10.4037/ajcc2014723.
17. “Pela Vitamina D” Disponível em: www. 82. “Widespread Vitamin D Deficiency
1,25-dihydroxyvitamin d levels with all-cause and
endocrino.org.br/pela-vitamina-d/ Acessado em: 60. Lee P, et al. Vitamin D deficiency in critically ill in Thyroidectomy Patients” Disponível
cardiovascular mortality. Arch Intern Med. 2008.
04/07/2016. patients. New Engl J Med. 2009. em: www.henryford.com/body.
DOI:10.1001/archinte.168.12.1340.
18. Girón-Prieto MS, et al. Analysis of vitamin D cfm?id=46335&action=detail&ref=2133 Acessado
41. Szabó B, et al. The role of vitamin D in the 61. Moraes RB, et al. Vitamin D deficiency is em: 04/07/2016.
deficiency in calcium stone-forming patients. Int independently associated with mortality among
development of cardiac failure. Orv Hetil. 2009.
Urol Nephrol. 2016. critically ill patients. Clinics (Sao Paulo). 2015. 83. Talaei A, et al. The effect of vitamin D on insulin
DOI:10.1556/OH.2009.28674.
19. Ticinesi A, et al. Idiopathic Calcium resistance in patients with type 2 diabetes. Diabetol
42. Gouni-Berthold I, et al. Vitamin D and 62. Brook K, et al. Admission vitamin D status is Metab Syndr. 2013 DOI:10.1186/1758-5996-5-8.
Nephrolithiasis and Hypovitaminosis D: A Case- associated with discharge destination in critically ill
cardiovascular disease. Curr Vasc Pharmacol. 2009.
control Study. Urology. 2016. surgical patients. Ann Intensive Care. 2015. 84. Oh YS, et al. Role of bioactive food components
43. Verdoia M, et al. Vitamin D deficiency is in diabetes prevention: effects on Beta-cell function
20. Dawson-Hughes B, et al. Estimates of optimal 63. Higgins DM, et al. Relationship of vitamin
independently associated with the extent of and preservation. Nutr Metab Insights. 2014.
vitamin D status. Osteoporos Int. 2005. DOI: D deficiency to clinical outcomes in critically ill
coronary artery disease. Eur J Clin Invest. 2014. DOI:10.4137/NMI.S13589.
10.1007/s00198-005-1867-7. patients. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2012.
DOI:10.1111/eci.12281.
21. Heaney RP, et al. 25-Hydroxylation of vitamin 85. Yang Z, et al. 1, 25(OH)2D3 protects β cell
44. Suzuki Y, et al. Anti-inflammatory effect of 64. Zajic P, Amrein K. Vitamin D deficiency in the against high glucose-induced apoptosis through
D3: relation to circulating vitamin D3 under various ICU: a systematic review. Minerva Endocrinol. 2014.
1alpha,25-dihydroxyvitamin D(3) in human coronary mTOR suppressing. Mol Cell Endocrinol. 2015.
input conditions. Am J Clin Nutr. 2008.
arterial endothelial cells: Implication for the 65. Llewellyn DJ, et al. Vitamin D and the risk of DOI:10.1016/j.mce.2015.07.023.
22. Vieth R. Vitamin D supplementation, treatment of Kawasaki disease. J Steroid Biochem dementia and Alzheimer disease. Neurology. 2014.
25-hydroxyvitamin D concentrations, and safety. Am Mol Biol. 2009. DOI:10.1016/j.jsbmb.2008.12.004. 86. “Vitamin D Deficiency Linked to Diabetic
DOI:10.1212/WNL.0000000000000755. Retinopathy”. Disponível em: www.medscape.com/
J Clin Nutr. 1999.
45. Dietrich T, et al. Association between serum 66. Havers F, et al. 25-Hydroxyvitamin D viewarticle/863974 Acessado em: 04/07/2016.
23. Holick MF. The role of vitamin D for bone health concentrations of 25-hydroxyvitamin D and gingival insufficiency and deficiency is associated with
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 19
COMPRE ONLINE
essentialnutrition.com.br | 0800 607 9030 ou 4007 2310
VEGANS, WELCOME
TO VANILLA FLAVOUR
ARTIGO
22 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Cresce o interesse sobre
o poder de influência do
microbioma intestinal
sobre a saúde em geral
ARTIGO
O MICRORGANISMOS OU
intestino se comunica ativamente com o orga-
nismo. Produz, seleciona, aceita, nega, empurra, BACTÉRIAS, COMPANHIA
estagna, esfria, esquenta, exclui, transforma PARA TODA A VIDA
e manda mensageiros para várias partes do corpo,
inclusive para o cérebro, podendo influenciar os senti- O notável cientista francês Louis Pasteur, reconhe-
mentos. Tudo através de comunidades constituídas cido pelos seus avanços no campo de microbiologia,
de centenas de (diferentes) famílias bacterianas, tota- em 1885 já havia dito que os animais são incapazes
lizando por volta de 100 trilhões de bactérias. As boas, de sobreviver quando totalmente privados de micror-
as más, e também as indecisas. Em setembro de 2012, ganismos. Quase 80 anos após, por volta dos anos
a Revista Essentia publicou uma reportagem sobre a 1950 e 1960, uma equipe de cientistas decidiu colo-
disbiose na qual mostrou que a saúde intestinal está car em prática essa teoria realizando experimentos
intimamente ligada a diversos tipos de patologias, com animais mantidos livres de germes. Foi possível
como doenças inflamatórias intestinais e doenças constatar que essas cobaias estéreis apresentavam
autoimunes (incluindo as alergias). Foi mostrado o altas exigências nutricionais em termos de variedade
quanto é importante manter a microbiota intestinal e quantidade de alimentos e dificuldade em reprodu-
equilibrada e saudável. Nos anos que se seguiram, zir-se. Mostrou-se dessa forma, que a teoria de Louis
revelações sobre o tema vêm surpreendendo a todos. Pasteur estava correta: a colonização microbiana
A partir de estudos sobre a disbiose, o grande interesse intestinal é essencial para o crescimento e desenvolvi-
e aprofundamento do conhecimento sobre a flora intes- mento normal dos animais.6
tinal está resultando em um novo quadro conceitual na
área da medicina. Foi então que, em 1965, surgiu o termo “probiótico” por
Lilly e Stillwell, diferenciando-se do antibiótico, pois ao
Historicamente, os estudos sobre as interações entre, contrário, os probióticos estimulavam o crescimento de
por exemplo, o organismo humano e microrganismos outros microrganismos. E, em 1989, Roy Fuller desta-
patogênicos se centravam na detecção e controle do cou o fato de que para ser considerado probiótico, o
agente infeccioso. Durante décadas, pesquisadores microrganismo em questão deve estar num estado
estudaram os mecanismos moleculares que permitem viável para obter algum benefício ao hospedeiro.20
que os patogênicos infectem seu hospedeiro (um orga-
nismo que abriga outro em seu interior ou o carrega As bactérias fazem parte da nossa rotina e convi-
sobre si) e causem a doença. Esses estudos resulta- vem diariamente conosco. A grande maioria não
ram em uma riqueza de conhecimentos, incluindo a causa danos à saúde e vive em completa harmonia
identificação de fatores de crescimento e de fatores de por todas as áreas do nosso corpo. Mas, com certeza
virulência (por exemplo, toxinas, enzimas e fatores de essa relação de simbiose é mais surpreendente no
colonização do hospedeiro).33 Esta abordagem focada trato gastrointestinal (TGI), com destaque para as
unicamente no microrganismo patogênico nos propi- áreas intestinais denominadas ceco e cólon, onde
ciou o desenvolvimento de vacinas e antibióticos, e não reside a maior parte desses microrganismos. Estima-
há dúvida sobre o seu valor para o controle de doenças. -se que o intestino abrigue de 500 a 1.000 diferentes
No entanto, conforme recentes descobertas, se patogê- espécies de bactérias, dessas, mais de 90% pertencem
nicos oportunistas estão intimamente conectados com ao filo Firmicutes (gênero Clostridium, Enterococcus,
áreas e doenças antes não pensadas, uma mudança de Lactobacillus e Ruminococcus) e filo Bacteroidetes
paradigma na forma como pensamos sobre a saúde do (gênero Bacteroide e Prevotella).1,9 Outro filo encon-
hospedeiro (aqui, o ser humano) e a simbiose micro- trado é o Actinobactérias, enquadrando-se as bactérias
biana se mostra vital para o contínuo desenvolvimento do gênero Bifidobacterium com mais de 45 espécies já
da ciência médica. Uma virada transformadora que catalogadas. No intestino humano são essas as espé-
poderá nos propiciar mais qualidade de vida. cies mais comumente encontradas. O gênero Bifido-
bacterium é um grupo microbiano dominante em bebês
saudáveis amamentados e, durante uma vida adulta,
os níveis permanecem relativamente estáveis, com
tendência para diminuir na senescência.24
24 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Disbiose
fonte: 24
PHYLUM
(família/gênero):
ACTINOBACTERIA
(Bifidobacterium)
PROTEOBACTERIA
(Enterobacteriaceae)
FIRMICUTES
(Clostridiaceae, Blautia,
Faecalibacterium,
Lactobacillus)
BACTEROIDETES
(Bacterioides)
INFÂNCIA ADULTO IDOSO
EXISTEM VARIAÇÕES INTER E INTRA INDIVIDUAL | RECÉM-NASCIDO: Tipo do parto, alimentação (leite materno ou fórmula) e estado de saúde.
EM GERAL: Estruturas genéticas, hábitos de alimentação de acordo com a geografia, estado de saúde e estado fisiológico.
O QUE É DISBIOSE?
Quando tudo está bem, todas essas bactérias penetrar no intestino até atingir a corrente sanguí-
ajudam a digerir e absorver os alimentos, estimu- nea, resultando numa série de doenças capazes de
lam o sistema imune, e junto com a camada epitelial acometer as mais diversas áreas do corpo.8
intestinal formam uma barreira protetora no intestino.
Cada indivíduo possui uma microbiota individuali- A alimentação e o uso indiscriminado de alguns
zada que varia em número e espécie de bactérias, medicamentos são os maiores responsáveis pela
sendo influenciada por diversos fatores, como idade, alteração da flora intestinal. Medicamentos, como
genética, dieta, uso de medicamentos e estado de antibióticos, pílulas anticoncepcionais, inibidores
saúde. Isso torna a microbiota intestinal uma área da bomba de prótons, corticoides e anti-inflama-
de extensas pesquisas e com cada vez mais desco- tórios, são capazes de modificar a flora e manter
bertas. Quando essa população de microrganismos essa mudança por até 4 anos. Estudos relatam que,
entra em desequilíbrio, prevalecendo a vontade quando a penicilina oral é administrada em animais,
das bactérias patogênicas, chamamos o quadro de a população total de bactérias anaeróbicas, incluindo
disbiose intestinal.1,4,5,9 as bactérias benéficas (principalmente as Bifidum-
bactérias), é reduzida em 1.000 vezes. Com isso, há
Durante a manifestação de uma disbiose, o intestino domínio das bactérias patogênicas e de fungos resul-
apresenta-se com focos de inflamação, resultado tando em sua proliferação, consequente inflamação
do rompimento da barreira de proteção do intestino, local, rompimento da barreira de proteção do intes-
tornando-o mais permeável e desprotegido. Sem tino e surgimento de patologias.9,14,27
a devida proteção, compostos tóxicos começam a
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 25
ARTIGO
Uma diversidade de doenças tem sido associada rias benéficas. Para reverter esse jogo, a pessoa em
a esse desequilíbrio da flora intestinal. Obesidade, questão deve consumir prebióticos e probióticos
baixa absorção de nutrientes, doenças inflamatórias (junto com uma alimentação saudável e não esque-
intestinais, diabetes tipo 2, doenças cardiovascula- cer de tomar bastante água), modulando assim a
res, desordens neurológicas e cânceres são algumas flora microbiana para que as bactérias benéficas se
delas. Por outro lado, a ingestão de uma dieta rica fortaleçam, reajam e prevaleçam perante as patogê-
em frutas, legumes e fibras, bem como o uso de nicas.
suplementos de prebióticos e probióticos, favorecem
Cada vez mais as cepas (conjuntos de espécies de
uma melhor colonização bacteriana com prevalência
bactérias que compartilham, ao menos, uma carac-
de microrganismos benéficos.6,8
terística) bacterianas vêm sendo estudadas de uma
PREBIÓTICOS maneira isolada dentro de uma patologia específica.
E PROBIÓTICOS Na página seguinte, encontra-se uma tabela resumida
descrevendo as patologias nas quais determinada
Os prebióticos (fibras) alimentam os probióticos cepa apresentou destaque. Ressalta-se que esta
(bactérias benéficas). As fibras são ingredientes tabela foi construída baseada nos artigos científicos
que alimentam e estimulam a vida e reprodução supra citados nessa matéria e que não necessaria-
de grupos específicos de bactérias que habitam o mente limita o seu uso apenas nas doenças listadas.
intestino, assim causando mudanças benéficas na
composição ou atividade da microbiota intestinal. Prebióticos + Água = Vida
Como exemplos mais conhecidos citam-se: fruto-
ligosacarídeo, galactoligossacarídeos, inulina e
oligosacarídeo. Por não serem digeríveis, os prebió- Um prebiótico de boa qualidade precisa
ticos chegam ao cólon onde são fermentados pela conter fibras solúveis e insolúveis em propor-
microbiota para sua própria nutrição e crescimento. ções adequadas. As fibras solúveis (solúveis
A partir da fermentação formam-se ácidos graxos de em água) podem ser encontradas em muitos
cadeia curta, principalmente acetato, propionato e vegetais, como também na aveia e lentilha, por
butirato, com efeito modulador de inflamação, cica- exemplo. Elas são a principal fonte de fibras
trização, motilidade intestinal e fonte de energia.17 fermentáveis, digeridas no cólon para produ-
zir os vitais ácidos graxos de cadeia curta. As
Já os probióticos são os microrganismos vivos que insolúveis (não solúveis em água), podem ser
quando consumidos adequadamente conferem bene- encontradas em todos os vegetais, frutos com
fícios à saúde do indivíduo, tais como a melhoria da casca e cereais integrais, têm como principal
função e integridade do revestimento intestinal. Os função dar volume ao bolo fecal.
gêneros mais utilizados são Lactobacillus, Bifidobac- A ingestão de fibras deve ser combinada,
terium, Enterococcus e Streptococcus.1,8,10,15 aproximadamente 75% mais solúveis do que
as insolúveis, e acompanhada de bastante
Visto de uma maneira mais simples, a microbiota
água. Quantidades adequadas de fibras são
intestinal aloja bactérias consideradas benéficas e associadas a menos doenças. Apesar dos
maléficas, dependendo de suas funções executa- esforços para que as populações aumentem
das. Existe também uma grande porcentagem de o seu consumo, este ainda se mantém está-
bactérias "indecisas", ora operando beneficamente, vel: metade das quantidades diárias reco-
ora não, ou seja, elas são influenciáveis pela condi- mendadas. Em face de uma realidade onde o
ção mais propícia. Num ambiente de disbiose, as alimento se encontra cada vez mais proces-
bactérias indecisas vão jogar no time de quem está sado e com a presença de muitos açúcares,
ganhando, o time das patogênicas, o que vai deixar a é compreensível o aumento de doenças ao
situação extremamente difícil para o time das bacté- invés de seu recuo... Por isso, a praticidade
do hábito do uso de prebióticos para reduzir o
déficit de fibras.35
26 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Disbiose
BIFIDOBACTERIUM LONGUM E
Redução dos sintomas de ansiedade21
LACTOBACILLUS HELVETICUS
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 27
ARTIGO
INTESTINO SAUDÁVEL
A IMPORTÂNCIA DA
BARREIRA INTESTINAL DISBIOSE E IMUNIDADE
O intestino é revestido com uma parede dupla prote- O desenvolvimento do sistema imune humano
tora chamada de endotélio, constituída na sua maio- depende das ‘instruções’ dos microrganismos comen-
ria por células que cobrem aproximadamente 400m2 sais residentes do intestino (microbiota intestinal),
de superfície. Esta membrana ajuda a dividir a parte local onde se encontra a maior presença de tecido
interna do órgão do meio externo e tem como função linfoide, que possui alta quantidade de linfócitos
prevenir a perda de água e eletrólitos, selecionando (células de defesa do corpo). As doenças associadas
o que entra e o que sai. Esta função exige discerni- com respostas imunes anormais contra os antígenos
mento, desde que existe uma grande variedade de e inflamações têm aumentado rapidamente ao longo
agentes ambientais que podem causar inflamações, dos últimos 50 anos, e incluem a doença inflamatória
bem como produtos secretados (imunoglobulina, do intestino (IBD), esclerose múltipla (MS), diabetes
mucosa, defensinas e outros antimicrobianos). tipo 1 (DM1), alergias e asma. Estudos recentes vêm
identificando os organismos e seus mecanismos
É um complexo sistema que, de fato, possui múlti- responsáveis por induzir o desenvolvimento imune
plas camadas, como uma barreira “física” externa dentro do hospedeiro, e dentre eles, as bactérias do
e uma barreira “funcional” imunológica interna. A gênero Lactobacillus mostram ter papel importante.
interação dessas barreiras permite a manutenção
do equilíbrio da sua permeabilidade. Porém, no caso Popularmente, o intestino antes era visto somente
de disbiose, este sistema sofre agressões e a sua como o órgão responsável pela absorção de nutrien-
permeabilidade perde o ‘cimento’, comprometendo tes e formação de excrementos, um órgão passivo.
suas funções seletivas. Substâncias estranhas Mas, estando aproximadamente 70% de todas as
passam a entrar com facilidade formando imuno- células imunes vinculadas ao trato gastrointestinal,
complexos (complexos formados por imunoglobu- esse órgão é ativo regulador do sistema imune, um
lina ligada a antígenos solúveis) que provocam uma sistema complexo de defesa onde as instruções
reação do sistema imunológico. Quando um desses precisam ser revistas constantemente já que os
imunocomplexos apresenta semelhança com algum agressores mudam com frequência. Essa estrutura
tecido local, o sistema imunológico vai atacar está organizada sob a mucosa do intestino (placas
ambos, nascendo assim uma doença autoimune. de Peyer) e cabe às bactérias benéficas protegê-las.
28 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Disbiose
Neste campo de batalha, a administração de probióti- Reports (2016), constatando que pacientes diagnos-
cos em conjunto com a ajuda das bactérias benéficas ticados com esclerose múltipla apresentam um perfil
já existentes no local vão atuar de maneira compe- microbiano distinto quando comparados com indi-
titiva com as bactérias patogênicas, exercendo sua víduos saudáveis. Segundo estudo, no grupo com
ação de diferentes maneiras: 20 esclerose múltipla há um predomínio de bactérias
do gênero Pseudomonas, Mycoplana, Haemophilus,
»» Digerem os alimentos e concorrem com
Blautia e Dorea, enquanto que o grupo saudável
os microrganismos patogênicos
apresenta abundância dos gêneros Parabacteroides,
»» Alteram o pH local criando um ambiente
Adlercreutzia e Prevotella.32, 36-39
desfavorável para as bactérias maléficas
»» Neutralizam os radicais superóxido, DISBIOSE E OBESIDADE
reduzindo o estresse oxidativo da
mucosa intestinal Para as pessoas que lutam diariamente com a obesi-
»» Estimulam a produção natural de mucina dade ou excesso de peso, as principais causas de
(proteção da mucosa intestinal) sua condição parecem muito familiares: uma dieta
»» Concorrem por aderência com os patógenos
não saudável, um estilo de vida sedentário e, talvez, a
expressão de alguns genes. Nos últimos anos, porém,
»» Modificam as toxinas das bactérias
os pesquisadores estão encontrando evidências que
patogênicas
apontam um outro fator microscópico, mas de gigante
»» Aumentam os níveis de células de
relevância: bilhões e bilhões de bactérias intestinais.
defesa no corpo
Um exemplo sobre o papel da saúde da microbiota Novas evidências indicam que um desequilíbrio
em doenças autoimunes é a esclerose múltipla, uma destes organismos pode alterar a forma de armazenar
doença inflamatória crônica e progressiva, onde as gordura, o equilíbrio dos níveis de glicose no sangue e
células de defesa do organismo atacam o próprio a resposta aos hormônios que nos fazem sentir fome
sistema nervoso central, provocando lesões cere- ou saciados. Ao que parece, a disbiose pode ajudar a
brais e medulares. Estudos vêm concluindo que uma definir o cenário para a obesidade e diabetes.
estratégia potencial para a prevenção e tratamento Esta constatação começou a ser objeto de estudo
da doença é a correção da disbiose. Fato investi- quando cientistas transferiram a microbiota de ratos
gado em uma recente publicação na revista Scientific
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 29
ARTIGO
30 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Disbiose
DISBIOSE E CÉREBRO
Nas primeiras décadas do século XX, preparações de
probióticos contendo estirpes de Lactobacillus foram
amplamente comercializadas como um meio para
melhorar a saúde mental ou tratamento de transtor-
nos psiquiátricos. Mas a abordagem caiu em desuso
em 1920 por causa da falta de compreensão do meca-
nismo de ação, entre outros. No entanto, por mais
que surpreenda alguns, o interesse sobre o papel dos
micróbios intestinais na saúde mental, e a capacidade
de melhorar o bem-estar psiquiátrico através da sua
manipulação é ressurgente.34
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 31
ARTIGO
32 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Disbiose
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 33
ARTIGO
PERSPECTIVAS
Os avanços no entendimento sobre o papel do micro- cos e anti-inflamatórios somente quando realmente
bioma para a saúde, particularmente nos últimos indispensáveis, e com a administração concomi-
anos, é notável. As implicações desta nova visão tante de probióticos para a reposição e cuidado da
estão apenas começando a se tornar aparentes, mas, flora intestinal. E esse conhecimento chega num
já começa-se a fechar a lacuna entre a ciência e a momento oportuno: mundialmente enfrentamos
prática através do uso de prebióticos e probióticos. o grave problema de bactérias comuns estarem se
Em um futuro próximo, presumivelmente conhece- tornando resistentes a antibióticos devido ao seu
remos mais intimamente nossa flora bacteriana de excessivo uso.
forma individualizada, como uma impressão geral.
Cada pessoa terá sua microbiota avaliada, podendo O aprofundar do conhecimento sobre a disbiose e
assim suplementar de maneira mais específica, de a vida microscópica que nos habita vai trazer uma
acordo com as características populacionais ali mudança em vários protocolos médicos, a questão
encontradas. O uso de transplante fecal para melho- agora não é somente como o medicamento atuará
rar a população de microrganismos presentes no TGI no organismo, mas qual o seu reflexo nas bacté-
poderá ser um procedimento médico protocolar, o rias. Precisamos aprender a respeitar e restaurar a
que já é realizado de forma experimental em casos ‘ecologia interna’, principalmente aquela que vive
de diarreias graves.16,26 no intestino.
34 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Disbiose
Referências
1. Ducatelle R, et al. A review on prebiotics and infantile colic: a randomized, double-blind, placebo- 35. Mobley AR, et al. Nutrients. Identifying practical
probiotics for the control of dysbiosis: present status controlled trial. Pediatrics. 2010. solutions to meet America’s fiber needs: proceedings from
and future perspectives. Animal. 2015. doi:10.1017/ the Food & Fiber Summit. Nutrients. 2014. doi: 10.3390/
S1751731114002584. 19. Sykora J, et al. Effects of a specially designed nu6072540.
fermented milk product containing probiotic Lactobacillus
2. Rather S, et al. Anti-obesity effect of feeding probiotic casei DN-114 001 and the eradication of H. pylori in 36. Miyake S, et al. Dysbiosis in the Gut Microbiota of
dahi containing Lactobacillus casei NCDC 19 in high fat children: a prospective randomized double-blind study. J Patients with Multiple Sclerosis, with a Striking Depletion of
diet-induced obese mice. International Journal of Dairy Clin Gastroenterol 2005. Species Belonging to Clostridia XIVa and IV Clusters. PLOS
Technology. 2014. doi: 10.1111/1471-0307.12154. ONE. 2015. Doi: 10.1371/journal.pone.0137429.
20. Guarner F. (Presidente, Espanha). Probióticos e
3. Athalye-Jape G. Benefits of probiotics on enteral nutrition prebióticos. Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de 37. Belkaid Y, Hand TW. Role of the microbiota in
in preterm neonates: a systematic review, 2015. Gastroenterologia, 2011. immunity and inflammation. Cell. 2014. doi: 10.1016/j.
cell.2014.03.011.
4. Holscher HD, et al. Bifidobacterium lactis Bb12 Enhances 21. Luna RA, et al. Gut brain axis: diet microbiota
Intestinal Antibody Response in Formula-Fed Infants: A interactions and implications for modulation of anxiety and 38. Yassour M, et al. Natural history of the infant gut
Randomized, Double-Blind, Controlled Trial. 2012. DOI: depression, Current Opinion in Biotechnology 2015. Doi: microbiome and impact of antibiotic treatment on bacterial
10.1177/0148607111430817. 10.1016/j.copbio.2014.10.007. strain diversity and stability. Sci TranslMed. 2016. doi:
10.1126/scitranslmed.aad0917.
5. Greer RL, et al. Bridging immunity and lipid metabolism 22. Gomes AC, et al. Gut microbiota, probiotics and
by gut microbiota. Clinical reviews in allergy and diabetes. Gomes et al. Nutrition Journal 2014. DOI: 39. Lee YK, et al. Proinflammatory T-cell responses
immunology, 2013. DOI: 10.1016/j.jaci.2013.06.025. 10.1186/1475-2891-13-60. to gut microbiota promote experimental autoimmune
encephalomyelitis. PNAS. 2011.
6. Guarner F, et al. The gut microbiota era marches on. 23. M Vani, et al. Hypocholesterolemic Effects of
DECADE IN REVIEW—GUT MICROBIOTA, 2014. doi:10.1038/ Lactobacillus acidophilus as a Dietary Supplement, Indian 40. Perry RJ, et al. Acetate mediates a microbiome–brain–
nrgastro.2014.156. Journal of Clinical Practice, 2012. β-cell axis to promote metabolic syndrome. Nature. 2016.
doi:10.1038/nature18309.
7. Neu J. Developmental aspects of maternal-fetal, and 24. Tojo R, et al. Intestinal microbiota in health and disease:
infant gut microbiota and implications for long-term health. Role of bifidobacteria in gut homeostasis. World journal 41. “Study reveals how altered gut microbes cause obesity”
Neu Maternal Health, Neonatology, and Perinatology, 2015, of gastroenterology, 2014, DOI: 10.3748/wjg.v20.i41.15163. Disponível em: http://news.yale.edu/2016/06/08/study-
DOI 10.1186/s40748-015-0007-4. reveals-how-altered-gut-microbes-cause-obesity Acessado
25. Güldena E, et al. The gut microbiota and Type 1 em: 07/07/2016.
8. Everard A. Diabetes, obesity and gut microbiota. Best Diabetes. Clinical Immunology (2015). DOI: 10.1016/j.
Practice & Research Clinical Gastroenterology, 2013. clim.2015.05.013. 42. Giloteaux L, et al. Reduced diversity and altered
10.1016/j.bpg.2013.03.007. composition of the gut microbiome in individuals with
26. Sanza Y, et al. Understanding the role of gut microbes myalgic encephalomyelitis/chronic fatigue syndrome.
9. Lozupone CA, et al. Diversity, stability and resilience of and probiotics in obesity: How far are we? Pharmacological Microbiome. 2016. doi: 10.1186/s40168-016-0171-4.
the human gut microbiota. NATURE, 2012. doi:10.1038/ Research, 2013. DOI:1016/j.phrs.2012.10.021.
nature11550.
27. Jackson, MA. Proton pump inhibitors alter the
10. Chien-Chen Wu, et al. Effect of Lactobacillus plantarum composition of the gut microbiota. Gut, 2015. doi:10.1136/
Strain K21 on High-Fat Diet-Fed Obese Mice. Evidence- gutjnl-2015-310861.
Based Complementary and Alternative Medicine, 2015. DOI:
10.1155/2015/391767. 28. Tagliabue A, Elli M. The role of gut microbiota in human
obesity: Recent findings and future perspectives. Nutrition,
11. Sanchez M, et al. Effect of Lactobacillus rhamnosus Metabolism & Cardiovascular Diseases, 2013. DOI:
CGMCC1.3724 supplementation on weight loss and 10.1016/j.numecd.2012.09.002.
maintenance in obese men and women. British Journal of
Nutrition, 2014. doi:10.1017/S0007114513003875. 29. Fond G, et al. The ‘‘psychomicrobiotic’’: Targeting
microbiota in major psychiatric disorders: A systematic
12. Revista Essentia, vol. 9, 2016. review. Pathologie Biologie, 2015. http://dx.doi.
org/10.1016/j.patbio.2014.10.003.
13. Möhle L, et al. Monocytes Provide a Link between
Antibiotic-Induced Changes in Gut Microbiota and 30. Million M, et al. Comparative meta-analysis of the
Adult Hippocampal Neurogenesis. Cell Reports, 2016. effect of Lactobacillus species on weight gain in humans
DOI:10.1016/j.celrep.2016.04.074. and animals. Microbial Pathogenesis, 2012. doi:10.1016/j.
micpath.2012.05.007.
14. Kaur N, et al. Intestinal Dysbiosis In Inflammatory Bowel
Disease. Gut Microbes. 2011. Doi:10.4161/gmic.2.4.17863. 31. Dominguez-Bello MG, et al. Partial restoration of the
microbiota of cesarean-born infants via vaginal microbial
15. Claes Ohlsson; Klara Sjo gren, Effects of the gut transfer. Nature, 2016. doi:10.1038/nm.4039.
microbiota on bone mass, Trends in Endocrinology and
Metabolism, 2015. doi.org/10.1016/j.tem.2014.11.004. 32. Chen J, et al. Multiple sclerosis patients have a distinct
gut microbiota compared to healthy controls. Scientific
16. Mary Ellen Sanders, et al. An update on the use and Reports, 2016. DOI:10.1038/srep28484.
investigation of probiotics in health and disease, 2014.
doi:10.1136/gutjnl-2012-302504. 33. Finlay BB; Falkow S. Common themes en microbial
pathogenicity revisited. Microbiology and Molecular Biology
17. Valentina Tremaroli, et al. Functional interactions Reviews. 1997.
between the gut microbiota and host metabolism. NATURE,
2012. doi:10.1038/nature11552. 34. Rogers GB, et al. From gut dysbiosis to altered brain
function and mental illness: mechanisms and pathways.
18. Savino F, et al. Lactobacillus reuteri DSM 17938 in Molecular Psychiatry. 2016. Doi: 10.1038/mp.2016.50.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 35
VITRINE
GAMALIFT
Sempre em busca do aperfeiçoamento contínuo de sua linha, a Essential
Nutrition agora disponibiliza o GAMAlift: cápsulas de puro óleo de borragem
ultraconcentrado em GLA (400mg de ácido y-linolênico a cada 2 cápsulas),
ácido graxo ômega-6.
Um estudo recentemente publicado na Revista Brasileira de Medicina1
avaliou o efeito da suplementação de 1 cápsula de óleo de borragem ao dia,
durante 3 ciclos menstruais. Como resultado, houve 90% de melhora dos
sintomas físicos da TPM (tensão pré-menstrual) e mais de 70% de melhora
nos sintomas emocionais das pacientes tratadas com o óleo de borragem.
Outro estudo, publicado em 2015 no International Journal of Clinical
Medicine,2 relatou melhora de mais de 92% nos sintomas de mastalgia
(sensibilidade/dor nas mamas) em mulheres tratadas durante 3 meses
com óleo de borragem.
1. Gama, C. R. B. et al. Premenstrual syndrome: clinical assessment of treatment outcomes following Borago officinalis extract therapy. RBM, 2014.
2. Gama, C. R. B. et al. Clinical Assessment of Treatment Outcomes Following Borago officinalis Extract Therapy in Patients Presenting with Cyclical Mastalgia.
International Journal of Clinical Medicine, 2015.
36 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Vitrine
ZYMELIFT
Nosso organismo produz inúmeros tipos de enzimas,
e cada uma delas atua de forma específica resultando
na manutenção da nossa saúde. As enzimas facilitam
e aceleram reações químicas, como a digestão, contri-
buindo com o processo digestivo de macronutrientes
como proteínas, carboidratos complexos, incluindo a
lactose e ácidos graxos dos alimentos. Grande parte
dos nutrientes são estruturas complexas (macronu-
trientes) onde as enzimas atuam transformando e
simplificando-os, podendo otimizar a absorção.
A Essential Nutrition desenvolveu uma combinação
de 15 enzimas digestivas - provenientes do centro de
pesquisa Enzymology Research Center, líder mundial
no segmento.
ZYMELIFT é um produto vegano com sabor neutro,
sem aroma. Disponível em embalagens de 30 sachês.
PHOS 3+B
A Essential Nutrition apresenta sua nova fórmula PHOS 3 + B, um suplemento
concentrado em colina (134mg a cada 2 cápsulas), com adição de vitaminas do
complexo B e da vitamina C.
Segundo estudos publicados nos últimos anos, a colina é um nutriente que, no
fígado, pode afetar a mobilização das gorduras de maneira positiva, evitando o
acúmulo e permitindo sua utilização como fonte de energia, além de atuar no
processo de desintoxicação, transformando substâncias tóxicas (como o álcool
e medicamentos) em substâncias solúveis, favorecendo sua eliminação.1,2
No coração, a colina pode contribuir com a diminuição dos níveis de homociste-
ína (pró-oxidante associado a problemas cardíacos, hepáticos e cerebrais) em
reações metabólicas que atuam em conjunto com as vitaminas do complexo
B, transformando-a em l-metionina – aminoácido necessário à produção do
potente antioxidante natural mais presente no corpo humano, a glutationa.3,4
No cérebro, além de fazer parte da estrutura dos neurônios, a colina é precur-
sora de acetilcolina – um dos mais importantes neurotransmissores.5
SEM LACTOSE SEM GLÚTEN SEM AÇÚCAR SEM ADOÇANTES SEM SEM CORANTES
ARTIFICIAIS CONSERVANTES ARTIFICIAIS
1. Haubert, N. et al. Choline and Fructooligosaccharide: Non-alcoholic Fatty Liver Disease, Cardiac Fat Deposition, and Oxidative Stress Markers. Nutrition and
Metabolic Insights, 2015. | 2. Karen D. Corbin and Steven H. Zeisel. Choline Metabolism Provides Novel Insights into Non-alcoholic Fatty Liver Disease and its
Progression. Curr Opin Gastroenterol. 2012. | 3. Jitin Kamra. The role of choline and betaine in body and therapeutic applications. Int.J.Adv. Res.Biol.Sci., 2014. |
4. Magne Ueland. Choline and betaine in health and disease. J Inherit Metab Dis, 2011. | 5. Poly, C. et al. The relation of dietary choline to cognitive performance
and white-matter hyperintensity in the Framingham Offspring Cohort. Am J Clin Nutr., 2011.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 37
ARTIGO
SAÚDE
HORMONAL
FEMININA A importância de
acompanhar os níveis
hormonais femininos durante
todas as fases da vida
38 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 39
ARTIGO
D
esde a adolescência, a mulher se vê às voltas
com uma intricada complexidade hormonal e
precisa aprender a conviver com seus momen-
tos desarmônicos ou flutuações de humor. Geral-
mente, essas fases coincidem com passagens por
novas e marcantes alterações fisiológicas e psico-
lógicas, como a fase de crescimento, puberdade,
gestação e menopausa.
A CIÊNCIA EM PROL
DA SAÚDE NA IDADE
AVANÇADA
Nos últimos 20 anos, muitas práticas preventivas
para um envelhecimento saudável têm aparecido
em todo o mundo com o objetivo de retardar, parar
e mesmo reverter os seus efeitos sobre o corpo
humano. Um dos pilares desta ciência é a modulação
e/ou a reposição hormonal.
40 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Saúde hormonal feminina
ENTENDENDO A
ENDOCRINOLOGIA
O domínio da endocrinologia representa uma descri-
ção científica de como, num organismo humano, uma
célula A se comunica com uma célula B vizinha, ou
com outras células em outras partes do corpo. De
uma maneira simplificada, uma célula é isolada em
sua própria membrana, bem como as suas organelas.
Para que haja uma comunicação entre as diferentes
células do organismo e que tudo seja coordenado são
necessários os mensageiros químicos: os hormônios.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 41
ARTIGO
42 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Saúde hormonal feminina
MUITO ALÉM
DA MENOPAUSA
É conhecido que durante a perimenopausa (etapa de A modulação hormonal, dependendo do indivíduo,
transição que antecede a menopausa) e menopausa, pode ocorrer em qualquer idade. Uma deficiência do
a produção de progesterona tende a declinar mais hormônio (e antioxidante) melatonina pode ser cons-
rapidamente em relação ao estrogênio. Este dese- tatada em decorrência de condições metabólicas e
quilíbrio favorece o excesso de estrogênio, tornando neurológicas, como o diabetes tipo 2 e resistência
a mulher mais suscetível a um aumento de risco de geral à insulina, enxaqueca e outras formas de dor
uma série de problemas de saúde. É o processo de severa, como também câncer – todas condições que
dominância estrogênica, que provoca alterações podem surgir independentemente da idade. Mulheres
conhecidas a muitas mulheres: irritabilidade, reten- após os 30 anos, sob momento de estresse, podem
ção de líquidos, aumento no índice de doenças sentir que se levantam cansadas – outro sintoma que
mamárias e períodos menstruais anormais. pode sinalizar que seus níveis de melatonina podem
estar alterados.5
Nessa fase, mulheres que optaram pela modulação
hormonal apontaram perceber melhoras no humor, Já o DHEA e DHEA sulfato, esteroides adrenais
memória, sono, cabelo, fogachos, libido, dor de (hormônios sexuais) com um nome longo: dehidro-
cabeça, retenção de líquidos. epiandrosterona, possuem mais de 3.700 pesquisas
científicas que avaliaram seus efeitos sobre muitas e
Mesmo quem está longe do período diferentes células e tecidos do corpo. O multifuncio-
da menopausa pode enfrentar nal DHEA atua fundamentalmente na manutenção do
um desequilíbrio nos hormônios. equilíbrio do sistema hormonal e vitalidade, modula
Também é conhecido o risco de uma variedade de vias em todo o corpo envolvidas
deficiência hormonal antes ou em vários aspectos da saúde e doenças através de
durante a gravidez, por exemplo, ações diretas e independentes como um precursor
de androgênios e estrogênios. Ele também regula a
relacionada aos hormônios da
inflamação, que é a força propulsora que gera muitas
tireoide. Para uma mulher que doenças.
deseja engravidar, estes hormônios
(T3 e T4) têm um papel importante Os benefícios da sua presença no organismo são
na concepção e, durante a muitos, mas a má notícia é que, exatamente como
gravidez, eles são indispensáveis pode acontecer com outros hormônios durante o
avançar da idade, no caso do DHEA, uma pessoa aos
na manutenção de uma gestação
80 anos pode ter seus níveis reduzidos em 80 ou 90%,
saudável, no desenvolvimento fetal em comparação a quando era jovem.6-8 A boa notícia
e neurológico do bebê. é que estudos vêm afirmando que uma pequena dose
Outro exemplo sólido onde tradicionalmente se faz diária para as mulheres que apresentem seu déficit
verificação hormonal pode ocorrer durante a fase de (mulheres jovens com anorexia nervosa, insuficiência
crescimento de uma criança ou adolescente, quando adrenal, mulheres mais velhas) resulta em melhora
se constata que a velocidade do seu crescimento é óssea, muscular, cutânea, aumento da libido e bem-
inadequada para sua faixa etária. Nesta situação é estar, por provocar pequeno aumento de testoste-
verificado o nível do hormônio do crescimento (GH). rona, e mesmo efeitos protetores da função vascular,
Mas, à parte desses exemplos que já seguem sem apresentar efeitos adversos se usado de forma
protocolos de reposição hormonal para deficiên- correta.9-14
cias já instaladas, pode-se usar a suplementação
de hormônios na área da prevenção.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 43
ARTIGO
A IMPORTÂNCIA
DO FÍGADO PARA O Um bom tratamento
EQUILÍBRIO HORMONAL hormonal analisa vários
Muitos aspectos podem jogar contra ou a favor da fatores da vida de uma
produção ou uso hormonal, como o hábito de prati- paciente. Atender a
car atividade física, uma dieta balanceada, admi- carência de um ou mais
nistração do estresse e saúde do fígado. No caso
do fígado, quase tudo que respiramos, ingerimos
hormônios requer estudar
ou absorvemos através da pele entra pela corrente os hábitos alimentares
sanguínea e, eventualmente, passa por ele, um filtro e ambientais, pois uma
essencial com mais de 500 funções, sendo o princi-
alimentação desequilibrada
pal detoxicante do organismo.
ou um ambiente tóxico pode
Suas funções são críticas para a saúde geral e, em
favorecer ou agravar uma
especial, para o metabolismo e função hormonal
– atuando como um processador, produzindo e/ou deficiência hormonal. Outro
regulando alguns níveis hormonais, e direcionando ponto fundamental são os
vários hormônios para desempenhar a sua função
sintomas relatados pela
adequada em outras partes do corpo. No entanto,
quando o corpo experimenta excessos ou toxidade paciente e os sinais clínicos.
44 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Saúde hormonal feminina
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 45
ARTIGO
46 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Saúde hormonal feminina
ALDOSTERONA
mineralocorticoide
Regula a reabsorção de sódio,
cloreto e bicarbonato nos rins.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 47
ARTIGO
48 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Saúde hormonal feminina
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 49
ARTIGO
50 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Saúde hormonal feminina
16. Rossouw JE, et al. Risks and Benefits 31. Cowan LD, Gordis L,. Breast cancer action. Brain Res. 1987. pub_releases/2016-04/tes-efa040116.php
of Estrogen Plus Progestin in Healthy incidence in women with a history of Acessado em: 29/06/2016.
48. Gulinello M, Smith SS. Anxiogenic
Postmenopausal Women - Principal progesterone deficiency. Am J Epidemiol.
effects of neurosteroid exposure: sex 64. Lynch BM, et al. Physical activity and
Results From the Women's Health Initiative 1981.
differences and altered GABAA receptor breast cancer prevention. Recent Results
Randomized Controlled Trial. JAMA. 2002.
32. Formby B, Wiley TS. Progesterone pharmacology in adult rats. J Pharmacol Cancer Res, 2011. doi:10.1007/978-3-642-
Doi:10.1001/jama.288.3.321.
inhibits growth and induces apoptosis in Exp Ther. 2003. 04231-7_2.
17. Murkes D, et al. Percutaneous breast cancer cells: inverse effects on Bcl-2
49. Rupprecht R. Neuroactive 65. International Agency for Research
estradiol/oral micronized progesterone has and p53. Ann Clin Lab Sci. 1998.
steroids: mechanisms of action and on Cancer. IARC handbooks of cancer
less-adverse effects and different gene
33. Creasman WT. Hormone replacement neuropsychopharmacological properties. prevention. Volume 6: Weight control and
regulations than oral conjugated equine
therapy after cancers. Curr Opin Oncol. Psychoneuroendocrinology. 2003. physical activity. Lyon: IARC Press; 2002.
estrogens/medroxyprogesterone acetate
2005.
in the breasts of healthy women in vivo. 50. Mikkola TS, et al. Increased 66. “Menopausal women could 'work out'
Gynecol Endocrinol, 2012. 34. Medina RA, et al. Differential regulation Cardiovascular Mortality Risk in Women their hot flashes”. Disponível em: http://
of glucose transporter expression by Discontinuing Postmenopausal Hormone news.psu.edu/story/148232/2012/06/27/
18. Mueck, AO, et al. Comparison of
estrogen and progesterone in Ishikawa Therapy. JCEM, 2015. DOI: http://dx.doi. menopausal-women-could-work-out-their-
the proliferative effects of estradiol
endometrial cancer cells. J Endocrinol. org/10.1210/jc.2015-1864. hot-flashes Acessado em: 29/06/2016.
and conjugated equine estrogens on
2004.
human breast cancer cells and impact 51. “Dementia”. Disponível em: http://www. 67. Idrissi KE, et al. Effect of physical
of continuous combined progestogen 35. De Vivo I, et al. A functional who.int/mediacentre/factsheets/fs362/en/ activity on sex hormones in women: a
addition. Climacteric, 2003. DOI: 10.1080/ polymorphism in the promoter of the Acessado em: 29/06/2016. systematic review and meta-analysis of
cmt.6.3.221.227. progesterone receptor gene associated with randomized controlled trials. Breat Cancer
52. Hara Y, et al. Estrogen Effects on
endometrial cancer risk. Proc Natl Acad Sci Research, 2015. DOI: 10.1186/s13058-
19. Fournier A, et al. Unequal risks for Cognitive and Synaptic Health Over the
USA. 2002. 015-0647-3.
breast cancer associated with different Lifecourse. APS. 2015. DOI: 10.1152/
hormone replacement therapies: results 36. La Vecchia C, et al. Cancer risk in physrev.00036.2014. 68. McTiernan A. Mechanisms linking
from the E3N cohort study. Breast Cancer menopausal women. Best Pract Res Clin physical activity with cancer. Nat Rev
53. Jacobs E; D’Esposito M. Estrogen
Res Treat. 2008. Obstet Gynaecol. 2002. Cancer, 2008. doi:10.1038/nrc2325.
Shapes Dopamine-Dependent Cognitive
20. Micheli A, et al. Endogenous sex 37. Southcott BM. Carcinoma of the Processes: Implications for Women's 69. Chan MF, et al. Usual physical activity
hormones and subsequent breast cancer in endometrium. Drugs. 2001. Health. J Neurosci. 2011. doi: 10.1523/ and endogenous sex hormones in
premenopausal women. Int J Cancer, 2004. JNEUROSCI.6394-10.2011. postmenopausal women: the European
38. Mahavni V, Sood AK. Hormone
prospective investigation into cancer-
21. Salpeter SR, et al. Bayesian meta- replacement therapy and cancer risk. Curr 54. Colzato LS; Hommel B. Effects
norfolk population study. Cancer Epidemiol
analysis of hormone therapy and mortality Opin Oncol. 2001. of estrogen on higher-order cognitive
Biomarkers Prev. 2007. doi:10.1158/1055-
in younger postmenopausal women. functions in unstressed human females
39. Beresford SA, et al. Risk of endometrial 9965.epi-06-0745.
Ame J Med, 2009. DOI: 10.1016/j. may depend on individual variation in
cancer in relation to use of oestrogen
amjmed.2009.05.021. dopamine baseline levels. Front Neurosci. 70. Bertone-Johnson ER, et al. Recreational
combined with cyclic progestagen therapy
2014. DOI:10.3389/fnins.2014.00065. physical activity and steroid hormone levels
22. Chang KJ, et al. Influences of in postmenopausal women. Lancet. 1997.
in postmenopausal women. Am J Epidemiol,
percutaneous administration of estradiol 55. Douma SL, et al. Estrogen-related mood
40. Ravn SH, et al. Postmenopausal 2009. doi:10.1093/aje/kwp254.
and progesterone on human breast disorders: reproductive life cycle factors.
hormone replacement therapy—clinical
epithelial cell cycle in vivo. Fertil Steril, ANS Adv Nurs Sci. 2005. 71. Curtis K, et al. An eight-week
implications. Eur J Obstet Gynecol Reprod
1995. yoga intervention is associated with
Biol. 1994. 56. Österlund MK, et al. Estrogen action in
improvements in pain, psychological
23. TS Wiley. Bio-identical hormones mood and neurodegenerative disorders.
41. Samsioe G. The endometrium: effects functioning and mindfulness, and
replacement therapy and the quality of Endoccrine. 2005.
of estrogen and estrogen-progestogen changes in cortisol levels in women with
life for breast cancer patients. Journal of replacement therapy. Int J Fertil 57. Lasiuk GC; Hegadoren KM. The Effects fibromyalgia. Journal of Pain Research,
Clinical Oncology. 2015. Menopausal Stud.1994. of Estradiol on Central Serotonergic 2011. DOI: 10.2147/JPR.S22761.
24. Dorma SL, et al. Estrogen‐related Mood Systems and Its Relationship to Mood
42. Canonico M, et al. Hormone therapy 72. Thirthalli J, et al. Cortisol and
Disorders: Reproductive Life Cycle Factors. in Women. Biol Res Nurs. 2007. doi:
and venous thromboembolism among antidepressant effects of yoga. Indian
ANS Adv Nurs Sci.2005. 10.1177/1099800407305600.
postmenopausal women: impact of J Psychiatry, 2013. DOI: 10.4103/0019-
25. Salpeter SR, et al. Bayesian the route of estrogen administration 58. Marinho RM, et al. Effects of 5545.116315.
meta-analysis of hormone therapy and and progestogens: the ESTHER study. estradiol on the cognitive function of
73. Chatterjee S, Mondal S. Effect of
mortality in younger postmenopausal Circulation. 2007. postmenopausal women. Maturitas. 2008.
Regular Yogic Training on Growth Hormone
women. AM J Med. 2009. doi: 10.1016/j. 43. Hulley S, et al. Randomized trial of 59. Bake S , Sohrabji F. 17beta-estradiol and Dehydroepiandrosterone Sulfate as an
amjmed.2009.05.021. estrogen plus progestin for secondary differentially regulates blood-brain barrier Endocrine Marker of Aging. Evidence_Based
26. “Mayo Clinic study finds natural prevention of coronary heart disease in permeability in young and aging female Complementary and Alternative Medicine,
progesterone offers more health benefits postmenopausal women. JAMA 1998. rats. Endocrinology. 2004. 2014. DOI: 10.1155/2014/240581.
to post-menopausal women.” Disponível 44. Cheng W, Lau OD. Two antiatherogeneic 60. Gillies GE, McArthur S. Estrogen 74. Shulman M, et al. Long-Term Culture
em: http://www.eurekalert.org/pub_ effects of progesterone on human actions in the brain and the basis for and Coculture of Primary Rat and Human
releases/2000-05/MC-MCsf-0705100.php macrophages; inhibition of cholesteryl ester differential action in men and women: A Hepatocytes Methods Mol Biol. 2013;
Acessado em 29/06/20016. synthesis and block of its enhancement case for sex-specific medicines. Pharmacol 945: 287–302. DOI: 10.1007/978-1-62703-
27. Heersche JN, et al. The decrease in by glucocorticoids. J Clin Endo and Metab Rev. 2010. 125-7_17.
bone mass associated with aging and 1999.
61. Pintzka CW; Håberg AK. 75. Heidelbaugh JJ, et al. Cirrhosis and
menopause. J Prosthet Dent. 1998. 45. Miyagawa K, Rosch J. “Perimenopausal hormone therapy is chronic liver failure: part I. Diagnosis and
28. Turner RT, et al. Estrogen inhibition of Medroxyprogesterone acetate interferes associated with regional sparing of the CA1 evaluation. Am Fam Physician. 2006.
periosteal bone formation in rat long bones: with ovarian steroid protection against subfield: a HUNT MRI study” Neurobiology
76. Founier A, et al. Breast cancer risk
down-regulation of gene expression for coronary vasospasm. Nature Medicine of Aging, 2015. doi: 10.1016/j.
in relation to different types of hormone
bone matrix proteins. Endocrinology. 1990. 1997. neurobiolaging.2015.05.023.
replacement therapy in the E3N-EPIC
29. Campagnoli C, Clavel-Chapelon F, 46. Beckham JC, et al. The relationship 62. Sherwin BB. Estrogen and cognitive cohort. . Int J Cancer. 2005. DOI: 10.1002/
Progestins and progesterone in hormone of ovarian steroids, headache activity functioning in women: Lessons we have ijc.20710.
replacement therapy and the risk of breast and menstrual distress: a pilot study with learned. Behav Neurosci, 2012. doi:
77. Cordina-Duverger, et al. Risk of Breast
cancer. J Steroid Biochem Mol Biol. 2005. female migraineurs. Headache. 1992. 10.1037/a0025539.
Cancer by Type of Menopausal Hormone
30. Stein DG. The case for progesterone. 47. Smith SS, Waterhouse BD, Progesterone 63. “Estrogen-deficient female athletes’s Therapy: a Case-Control Study among Post-
Ann NY Acad Sci. 2005. alters GABA and glutamate responsiveness: memory improves with estrogen.” Menopausal Women in France. PLOS ONE.
a possible mechanism for its anxiolytic Disponível em: http://www.eurekalert.org/ 2013. DOI:10.1371/journal.pone.0078016.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 51
ARTIGO
52 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 53
ARTIGO
S
uperalimento é um termo popular usado para Mas, as qualidades do óleo de coco não estão somente
denominar os alimentos naturais que contêm na beira do fogão. Há anos que estudos científicos
altos teores de nutrientes, como vitaminas, mostram que seu uso está associado à redução do
aminoácidos, ácidos graxos e antioxidantes, e que, colesterol, triglicerídeos e LDL, prevenção de doenças
mediante comprovações científicas, apresentam cardiovasculares, melhora da circulação sanguínea,
inúmeros benefícios à saúde quando consumidos na emagrecimento, antienvelhecimento, como também
medida certa. A lista desses “poderosos” é longa, e a otimização do sistema imune.
Revista Essentia trouxe em suas edições anteriores
destaque para aqueles que mais se destacam dentro Atualmente, os resultados de estudos ampliaram
da comunidade científica ganhando a conotação, o conhecimento dos benefícios do óleo de coco,
inclusive, de medicinais. Mas quais são os alimen- e expandiram seu uso, podendo ele ser usado até
tos que ganham esse prefixo de intensidade e caem mesmo em produto de limpeza oral. Sim, o uso dele
no gosto (e nas mesas) dos consumidores? A seguir na mucosa oral, como um ingrediente da pasta de
alguns deles, com base em estudos relevantes e dente ou enxaguatório mostrou-se capaz de atuar
atualizados: como antisséptico, prevenindo cáries e gengivites.2,7
54 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Uma dieta que inclui o óleo de coco mostra uma
série de benefícios à saúde. Com relação ao diabetes
tipo 2, por exemplo, o seu uso mostrou uma melhor
resposta do triglicerídeo pós-prandial quando
comparado aos pacientes que não ingeriram o óleo.
A hipertrigliceridemia pode ser uma consequência
do diabetes e contribui para o aumento do risco
cardiovascular. Alimentos capazes de reduzir esse
parâmetro são importantes aliados no tratamento da
patologia. Demais estudos relacionando o consumo
BULLET
desse alimento com doenças cardiovasculares, COFFEE
aumento de HDL, redução de LDL, TG e circunferência
abdominal vêm sendo publicados, reforçando suas
ações já reconhecidas. E, mesmo no tratamento de
Alzheimer foi possível associar o uso do óleo de coco
com resultados promissores: além de exercer efeitos Média nutricional:
positivos sobre alguns fatores de risco para a doença 186 kcal - 0,06g prot. - 13g gordura
(como colesterol, pressão sanguínea e níveis séricos 16g carb. - 5g fibra - 6mg sódio
de glicose), o óleo de coco tem mostrado melhoria no
processo de cognição desses pacientes. Isto porque
sua metabolização pelo fígado pode gerar corpos Ingredientes:
cetônicos – importante fonte de energia alternativa »» 100ml café expresso bem quente
para o cérebro –, beneficiando pessoas já acometidas
»» 1 colher de sopa cheia de óleo de
com doenças que afetam o comprometimento da
coco extra virgem
memória.3,8,9,11,12
»» 1 scoop Carbolift
Estudos mostram também um potencial efeito »» Canela em pó a gosto
anti-inflamatório e antioxidante na artrite. A inges-
tão diária de óleo de coco sob a forma virgem foi
capaz de reduzir marcadores inflamatórios, como Preparo:
COX-2, iNOS, TNF-α e IL-6, além de aumentar enzimas
»» Misturar todos os ingredientes
antioxidantes, glóbulos brancos e proteína C-reativa.
Para minimizar os efeitos relacionados à quimio- »» Agitar bem com um mini mixer
terapia, a suplementação desse alimento também para café
mostrou resultados que podem ajudar no estado
funcional e na qualidade de vida dos pacientes.4,6
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 55
ARTIGO
CHIA
A SEMENTE MÁGICA
Rica em nutrientes - cálcio, ferro, potássio, magné-
sio, zinco, vitamina C, B3 e A -, além de ser fonte de
proteínas, fibras e ácidos graxos poli-insaturados
como o ômega-3, a chia (Salvia hispânica) faz adep-
tos ao redor do mundo. Livre de glúten, ela vem se
mostrando como um alimento de fácil consumo,
podendo ser usada in natura na forma de semente,
farinha ou óleo, sendo utilizada até mesmo como
substituta do trigo e ovos em receitas. Todas essas
características somadas aos polifenois presentes
(miricetina, quercetina, kaempferol e ácido cafeíco)
conferem à chia o mérito de super alimento, capaz
de reduzir níveis sanguíneos de glicose, reduzir a metros fazem da chia uma semente promissora para
inflamação e os fatores de coagulação (condições o tratamento de problemas cardiovasculares, pois
para risco de doenças cardiovasculares), auxiliar no além de atuar beneficamente nos fatores de risco
emagrecimento e melhorar o trânsito intestinal.13,17 já citados, seu consumo também pode levar a uma
redução da pressão arterial e níveis de nitrato.13-17,19
Comparando-a com outros alimentos, a chia dispara
no ranking quanto ao alto teor de fibra, proteína e O uso de ácidos graxos poli-insaturados tem
gordura. Mais de 30% de sua composição é consti- demonstrado ser capaz de acelerar a degradação
tuída de fibras das quais 76% são insolúveis e 24% da tirosinase, enzima responsável pela formação de
solúveis. Nem mesmo a linhaça (22%), a cevada melanina (pigmentação e proteção contra a radia-
(17%), o milho (13%) e o trigo (12%) chegam perto ção solar). Ampliando ainda mais o uso da chia, um
de sua alta concentração de fibras. E quando o trabalho, publicado em 2014 na revista Fitoterapia,
assunto é proteína de fonte vegetal (cerca de 23%), mostrou que a associação de chia com romã causa
somente a lentilha e o grão de bico mantêm valores uma redução na produção de melanina.17
próximos. No quesito óleo, a semente de chia possui
teores próximos do óleo de linhaça com cerca de 32%
da sua composição, destes, 60% do tipo ômega-3 e Gel de Chia
20% ômega-6. Em trabalho realizado com mulheres
na menopausa, o consumo de 25g de semente de »» A chia apresenta tendência de se gelificar, o
chia mostrou-se capaz de aumentar em 138% os que permite sua utilização como substituta
níveis de ácido alfa-linolênico (ômega-3) e 38% os de ovos em receitas, reduzindo o colesterol
níveis de EPA (ácido eicosapentaenoico).18,20,21 e calorias da dieta e aumentando o teor
de nutrientes. Para isso, basta misturar
Em um trabalho realizado com homens e mulhe- 1 colher (de sopa) de sementes de chia
res que ingeriram 35g de chia por dia, num período em 3 colheres (de sopa) de água, e deixar
de 12 semanas, foi possível observar a redução do descansar por 15 minutos.
peso corporal e da circunferência abdominal. Traba-
»» Outra sugestão, é utilizar o gel de chia para
lhos semelhantes também puderam concluir que o
substituir metade da manteiga usada em
consumo regular de chia é capaz de melhorar o meta-
muitas receitas que requerem cozimento,
bolismo lipídico durante a dislipidemia (presença de
sem alterar o sabor. O preparado de gel
níveis elevados de gorduras no sangue) e reduzir os
de chia dura até duas semanas quando
níveis séricos de glicemia. A regulação desses parâ-
guardado em geladeira.
56 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Superalimentos
CANELA
Outro alimento digno do título de se dá principalmente pelo composto
superalimento é a canela. Essa espe- metilhidroxichalcona que imita o
ciaria, que já foi citada em documen- efeito da insulina no organismo.
tos egípcios datados de 4.000 a.C e Pesquisadores da Universidade de
que já valeu mais do que ouro, conse- Colombo, em Sri Lanka, realizaram
gue, até hoje, ser alvo dos pesquisa- uma revisão bibliográfica sobre
dores em busca de explicações para o assunto, avaliando 16 artigos
suas ações. Na 3° edição da Revista previamente publicados. A revisão CHIA BERRY JAM
Essentia, publicamos uma lista concluiu que a canela demonstra
citando seus benefícios na redução essa ação por vários fatores, desta- Média nutricional:
de glicose para tratamento de diabe- cando seu potencial de redução da 326 kcal - 9g prot. - 13g gordura
tes tipo 2, diminuição de colesterol, glicose pós-prandial intestinal, inibi- 73g carb. - 27g fibra - 14mg sódio
hipertensão, auxílio na digestão, ção de enzimas pancreáticas α-ami-
lase e α-glusidase, estimulação do Ingredientes:
redução de dores na articulação,
tratamento de diarreia, melhora da metabolismo de glicose e da síntese »» 1 xíc. framboesa orgânica
memória, enxaqueca, antioxidante, de glicogênio, inibição da glucone- »» ½ xíc. amora orgânica
anti-inflamatório, e até afrodisíaco. ogênese e por estimulação da libe- »» ½ xíc. mirtilo orgânico
E a canela continua surpreendendo, ração de insulina e potencialização
»» 2 colheres de sopa de água
prova disso são as 3 revisões biblio- dos seus receptores.26,29
mineral natural
gráficas publicadas nesse intervalo
Possivelmente, ninguém ingeriria »» 3 colheres de sopa de Xylitol
de tempo, sendo que uma delas utili-
a quantidade estabelecida como Essential
zou 300 artigos bibliográficos para
tóxica, mas, cuidado com o excesso. »» 1 colher de sopa rasa
embasar sua pesquisa.28-30
A canela é extraída de uma planta de suco de limão
Nos últimos anos, o foco dos seus taxonomicamente classificada na
»» 1 tampinha rasa
estudos foi atestar seus benefícios já família Lauraceae e do gêneno Cinna-
de baunilha líquida
citados e desenvolver novas pesqui- momum. Há mais de 300 espécies
de plantas incluídas nesse gênero, »» 3 colheres de sopa
sas mostrando sua ação antimicro-
biana e antioxidante, desse modo, porém apenas 4 são utilizadas para cheias de chia orgânica
sugerindo seu uso como um conser- produzir a canela que conhecemos, Preparo:
vante natural nos alimentos, no trata- com destaque para a Cinnamomum
»» Cortar em pedaços grandes
mento de cândida e câncer.22-25,27 zeylanicum (verdadeira canela) e
as amoras e framboesas. Em
Cinnamomum aromaticum. Ambas
Em um trabalho, publicado na BMC frigideira antiaderente, ferver
apresentam as propriedades farma-
Complementary and Alternative Medi- todos os ingredientes (menos
cológicas descritas no artigo, sendo
cine, foi constatado que a canela a chia) por 5 minutos. Mexer
que o que difere entre elas é o nível
possui ação anti-hipertensiva, que regularmente. Derramar a
de cumarinas. Enquanto a Cinna-
se dá em uma primeira instância mistura em um recipiente
momum zeylanicum possui quase
pela redução da resistência arterial de vidro, colocar a chia.
nada de cumarinas, a Cinnamomum
e, posteriormente, pela sua ação Misturar bem com um garfo
aromaticum é rica nesse composto
antidislipidêmica, evitando assim o por cerca de 5 min., até a chia
que, quando ingerido em demasia,
comprometimento endotelial.22 começar a hidratar e ficar
pode causar danos ao fígado e rins.
bem homogênea. Tampar o
Considera-se uma dose segura de
O uso mais consagrado da canela recipiente e armazenar na
até 14g ao dia.29,30
pela população em geral é no trata- geladeira por até 4 dias.
mento de diabete tipo 2. Esse efeito »» Sugestão: Bata com seu Açaí
Whey Essential 1 colher de
sopa da Chia Berry Jam.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 57
ARTIGO
GENGIBRE
Outra especiaria relatada antes da era cristã e que
até hoje gera curiosidade por parte dos pesquisa-
dores é o gengibre (Zingiber officinale). Todos esses
anos de uso gerou uma longa lista de benefícios que
não para de crescer. Suas ações estão concentradas
principalmente a nível gastrointestinal, vias aéreas e
como termogênico.
»» 1 sachê Glutamina Essential O gengibre é listado na agência U.S Food and Drug
»» 1 colher de sopa de Xylitol Essential Administration como seguro em doses de até 5g. A
»» 1 sachê Sweetlift
nível de tratamento de dislipidemias e diabetes, o
(adoçante Essential)
seu uso é capaz de aumentar o HDL (bom coleste-
rol) e reduzir triglicerídeos em até 15% e colesterol
»» 3 cubos de gelo LDL. Essa redução pode ser ainda mais intensificada
Preparo: quando associada à prática de exercícios físicos.
»» Colocar todos os ingredientes O coração também se beneficia com seus efeitos
em liquidificador potente já que o gengibre possui ação farmacológica como
»» Bater muito bem e está pronto inibidor da enzima conversora de angiotensina, que,
para beber em outras palavras, significa dizer que é capaz de
*Ou o iogurte de sua preferência. reduzir a pressão arterial.33,34,36,39
Superalimentos
AÇAÍ
O PODEROSO FRUTO
No diabetes tipo 2, essa especiaria pode reduzir O açaí, oriundo de uma espécie de palmeira (Euterpe
anormalidades estruturais cardíacas devido à melho- oleracea) é um fruto de cor roxa presente principal-
ria dos índices de apolipoproteínas, catepsina G e mente na América Central e norte da América do Sul,
leptina. Além disso, também pode ser observado a com destaque para a região norte do Brasil (Amazô-
redução do índice de resistência à insulina e do grau nia e Pará). Há muitas gerações que as comunida-
de esteatose hepática (gordura no fígado) na doença des indígenas já utilizam essas palmeiras (folhagem,
hepática gordurosa não alcoólica. Na obesidade, palmito, fruta, raízes) para diversas finalidades –
resultados mostraram que o consumo de gengibre é medicinal, sapê, alimentos e tintura –, mas o reco-
capaz de reduzir medidas antropométricas devido à nhecimento do fruto como um superalimento foi feito
sua ação termogênica.32,38,42,44 somente a partir da década de 90, quando iniciou-se
uma série de pesquisas para avaliar os benefícios
Adicionalmente, o gengibre também atua como dessa fruta de cor intensa.
antioxidante. Essa sua ação permitiu inclusive uma
atuação ativa contra hepatotoxicidade induzida por A 8° edição da Revista Essentia, publicada em
organofosforados.35 setembro de 2015, trouxe esse fruto como desta-
que e mostrou que os trabalhos relatados divulgam
Mas quando se fala de gengibre, logo vem à cabeça sua importante ação antioxidante, anti-inflamatória,
a sua ação mais disseminada: náuseas e vômitos. protetora cardíaca, contra câncer, antienvelheci-
E não é por menos. Há estudos que relatam que mento e doenças neurológicas, como Alzheimer e
seu efeito é semelhante à metoclopramida. Seus Parkinson. Nessa edição especial daremos ênfase
metabólitos bioativos são capazes de estimular as aos mais importantes estudos, publicados nos anos
secreções orais e gástricas, regular a motilidade de 2015 e 2016, para nos atualizarmos sobre esse
gastrointestinal, dessa forma, aumentando o esva- fruto de grande potencial.
ziamento gástrico e reduzindo a sensação de enjoo.
Essas ações fazem com que o gengibre seja ampla- Inicialmente, é importante saber que o gênero de
mente usado nos enjoos causados pelos tratamentos plantas Euterpe possui cerca de 28 espécies cataloga-
quimioterápicos e durante a gravidez, e está sendo das. As mais frequentemente encontradas no Brasil
investigado também para auxiliar no tratamento da são a Euterpe oleracea (conhecida nacionalmente
bactéria Helicobacter pylori (H. pylori). Inclusive, como açaí do Pará), Euterpe precatória (vulgarmente
diversas publicações focam em avaliar a segurança chamada de açaí do amazonas) e a Euterpe eudulis
de uso durante o período gestacional, mas como (popularmente designada como juçara). Dessas, as
toda substância utilizada durante esse período deli- duas primeiras, apesar de distintas quanto ao seu
cado de formação fetal necessita cautela, aconselha- aspecto botânico, produzem frutos roxos que após a
-se não exagerar na quantidade e evitar o uso durante extração da polpa torna-se difícil a distinção entre as
os últimos meses de gestação, pois apesar de ser espécies, seja pelo sabor ou pelo aspecto. Os traba-
um excelente antiemético, o gengibre também atua lhos publicados que avaliam os efeitos terapêuticos
como antiagregante plaquetário, podendo causar do açaí geralmente empregam o uso da Euterpe olera-
hemorragias.31,37,40,41,43,45 cea. A Euterpe precatória ainda necessita de aprofun-
damento científico para que num futuro seja possível
comparar as duas espécies e concluir qual apresenta
as melhores propriedades funcionais.51,59
60 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Superalimentos
Referências
1. Shilling M, et al. Antimicrobial Effects of 16. Ho H, et al. Effect of whole and ground Complementary and Alternative Medicine, 46. Barbosa PO, et al. Açai (Euterpe
Virgin Coconut Oil and Its Medium-Chain Salba seeds (Salvia Hispanica L.) on 2013. doi: 10.1186/1472-6882-13-275. oleracea Mart.) pulp dietary intake
Fatty Acids on Clostridium difficile. J Med postprandial glycemia in healthy volunteers: improves cellular antioxidant enzymes
Food. 2013. doi: 10.1089/jmf.2012.0303. a randomized controlled, dose-response 31. Wang CZ, et al. Cancer and biomarkers of serum in healthy
Trial. European Journal of Clinical Nutrition, Chemoprevention Effects of Ginger and women. Nutrition, 2015. doi: 10.1016/j.
2013. doi: 10.1038/ejcn.2013.103. its Active Constituents: Potential for New nut.2015.12.030.
2. Peedikayil FC, et al. Effect of coconut oil
in plaque related gingivitis — A preliminary Drug Discovery. The American Journal of
report. Nigerian Medical Journal. 2015. doi: 17. Diwakar G, et al. J. Inhibitory effect of a Chinese Medicine, 2015. doi: 10.1142/ 47. Souza-Monteiro JR, et al.
10.4103/0300-1652.153406. novel combination of Salvia hispanica (chia) S0192415X15500767. Anticonvulsant properties of Euterpe
seed and Punica granatum (pomegranate) oleracea in mice. Neurochemistry
fruit extracts on melanin production. 32. Azimi P, et al. Effect of cinnamon, International, 2015. doi: 10.1016/j.
3. Pietraszek A, et al. Effects of a meal Fitoterapia, 2014. doi: 10.1016/j.fitote. neuint.2015.06.014.
rich in medium-chain saturated fat on cardamom, saffron and ginger consumption
2014.05.021. on blood pressure and a marker of
postprandial lipemia in relatives of type 2
diabetics. Nutrition. 2013, doi: 10.1016/j. endothelial function in patients with type 2 48. Dias MMS, et al. Anti-inflammatory
nut.2013.01.018. 18. Sandoval-Oliveros MR, et al. Isolation diabetes mellitus: A randomized controlled activity of polyphenolics from açai
and Characterization of Proteins from Chia clinical Trial. BLOOD PRESSURE, 2016. doi: (Euterpe oleracea Martius) in intestinal
Seeds (Salvia hispanica L.). Journal of 10.3109/08037051.2015.1111020. myofibroblasts CCD-18Co cells. Food
4. Vysakh A, et al. Polyphenolics isolated Agricultural and Food Chemistry, 2013. doi: Funct., 2015. doi: 10.1039/c5fo00278h.
from virgin coconut oil inhibits adjuvant 10.1021/jf3034978.
induced arthritis in rats through antioxidant 33. Akinyemi AJ, et al. Effect of Two
and anti-inflammatory action. Int Ginger Varieties on Arginase Activity in 49. Martino HSD, et al. Anti-lipidaemic and
Immunopharmacol. 2014. doi: 10.1016/j. 19. Creus A, et al. Mechanisms Involved Hypercholesterolemic Rats. J Acupunct anti-inflammatory effect of açai (Euterpe
intimp.2014.02.026. in the Improvement of Lipotoxicity and Meridian Stud, 2016. doi: 10.1016/j. oleracea Martius) polyphenols on 3T3-L1
Impaired Lipid Metabolism by Dietary jams.2015.03.003. adipocytes. Journal of Functional Foods
_-Linolenic Acid Rich Salvia hispanica L 2016. doi: 10.1016/j.jff.2016.02.037.
5. Vannice G, Rasmussen H. Position of (Salba) Seed in the Heart of Dyslipemic
the academy of nutrition and dietetics: 34. Tabibi H, et al. Effects of ginger on
Insulin-Resistant Rats. J. Clin. Med. 2016. serum lipids and lipoproteins in peritoneal 50. Sudo RT, et al. Antinociceptive effects
dietary fatty acids for healthy adults. J doi: 10.3390/jcm5020018.
Acad Nutr Diet., 2014. doi: 10.1016/j. dialysis Patients: a randomized controlled of hydroalcoholic extract from Euterpe
jand.2013.11.001. trial. Peritoneal Dialysis International, 2015- oleracea Mart. (Açaí) in a rodent model
20. Jin F, et al. Supplementation of Milled doi: 10.3747/pdi.2015.00006. of acute and neuropathic pain, BMC
Chia Seeds Increases Plasma ALA and EPA Complementary and Alternative Medicine,
6. Law KS, et al. The effects of virgin in Postmenopausal Women. Plant Foods 2015. doi: 10.1186/s12906-015-0724-2.
coconut oil (VCO) as supplementation on 35. Mukherjee S, et al. Ginger extract
Hum Nutr, 2012. doi: 10.1007/s11130- ameliorates phosphamidon induced
quality of life (QOL) among breast cancer 012-0286-0.
patients. Health and Disease, 2014. doi: hepatotoxicity. Indian J Exp Biol. 2015. 51. Wycoff W, et al. Chemical and
10.1186/1476-511X-13-139. nutritional analysis of seeds from purple
21. Ali NM, et al. The Promising Future 36. Khosravani M, et al. Ginger extract and and white ac¸aı´ (Euterpe oleracea Mart.).
of Chia, Salvia hispanica L. Journal of aerobic training reduces lipid profile in Journal of Food Composition and Analysis,
7. Shino B, et al. Comparison of Biomedicine and Biotechnology, 2012. doi: 2015. doi: 10.1016/j.jfca.2015.01.021.
Antimicrobial Activity of Chlorhexidine, high-fat fed diet rats. European Review for
10.1155/2012/171956. Medical and Pharmacological Sciences,
Coconut Oil, Probiotics, and Ketoconazole
on Candida albicans Isolated in Children 2016. 52. Peixoto JC, et al. Consumption of açai
with Early Childhood Caries: An In Vitro 22. Nyadjeu P, et al. Acute and chronic (Euterpe Oleracea Martius) functional
Study. Scientifica (Cairo). 2016. doi: antihypertensive effects of Cinnamomum 37. Lindblad AJ, et al. Ginger for nausea beverage reduces muscle 3 stress and
10.1155/2016/7061587. zeylanicum stem bark methanol extract in and vomiting of pregnancy. Canadian Family improves effort tolerance in elite athletes: a
L-NAME-induced hypertensive rats. BMC Physician, 2016. randomized controlled 4 intervention study.
Complementary and Alternative Medicine, Appl. Physiol. Nutr. Metab, 2015.
8. Hu Yang I, et al. Aceite de coco: 2013. doi: 10.1186/1472-6882-13-27.
tratamiento alternativo no farmacológico 38. Rahimlou M, et al. Ginger
frente a la enfermedad de Alzheimer. Supplementation in Nonalcoholic Fatty 53. Carey AN, et al. Dietary supplementation
Nutr Hosp, 2015. doi: 10.3305/ 23. Castro RD, et al. Anti-Candida Activity Liver Disease: A Randomized, Double-Blind, with the polyphenolrich açaí pulps
nh.2015.32.6.9707. and Chemical Composition of Cinnamomum Placebo-Controlled Pilot Study. Hepat Mon, (Euterpe oleracea Mart. And Euterpe
zeylanicum Blume Essential Oil. Braz. Arch. 2016. doi: 10.5812/hepatmon.34897. precatoria Mart.) improves cognition in
Biol. Technol. 2013. aged rats and attenuates inflammatory
9. Cardoso DA, et al. A coconut extra virgin signaling in BV-2 microglial cells,
oil-rich diet increases HDL cholesterol 39. Elkirdasy A, et al. Hematological and Nutritional Neuroscience, 2016. doi:
and decreases waist circumference and 24. Moarefian, M, et al. Cinnamomum immunobiochemical study of green tea
zeylanicum essential oil as a natural 10.1080/1028415X.2015.1115213.
body mass in coronary artery disease and ginger extracts in experimentally
patients. Nutr Hosp. 2015. doi: 10.3305/ Antioxidant and antibactrial in induced diabetic rabbits. Acta Poloniae
nh.2015.32.5.9642. cooked sausage. Journal of Food Pharmaceutica n Drug Research, 2015. 54. Oliveira PRB, et al. Euterpe oleracea
Biochemistry, 2013. doi:10.1111/j.1745- Mart.-Derived Polyphenols Protect Mice
4514.2011.00600.x. from Diet-Induced Obesity and Fatty Liver
10. Franco EP, et al. Effect of hypoenergetic 40. John LJ, et al. Herbal Medicines Use by Regulating Hepatic Lipogenesis and
diet combined with consumption of coconut During Pregnancy: A Review from the Cholesterol Excretion, PLOS ONE, 2015. doi:
flour in overweight women. Nutr Hosp. 25. Nimje PD, et al. Comparison of Middle East. Oman Medical Journal, 2015.
antimicrobial activity of Cinnamomum 10.1371/journal.pone.0143721.
2015. doi: 10.3305/nh.2015.32.5.9661. doi: 10.5001/omj.2015.48.
zeylanicum and Cinnamomum cassia on
food spoilage bacteria and water borne 55. Amsellem-Laufer M. Euterpe oleracea
11. Kamisah Y, et al. Cardioprotective effect bactéria. Scholars Research Library, 2013. 41. Shmuely H, et al. Non-pharmacological Martius (Arecaceae) : Açaí. Phytothérapie,
of virgin coconut oil in heated palm oil treatment of Helicobacter pylori. World J 2015. doi: 10.1007/s10298-015-0942-2.
diet-induced hypertensive rats. Pharm Biol, Gastrointest Pharmacol Ther, 2016. doi:
2015. doi: 10.3109/13880209.2014.971383. 26. Jain S, et al. Effect of Cinnamomum 10.4292/wjgpt.v7.i2.171.
zeylanicum extract on scopolamine-induced 56. Marques ES, et al. Evaluation of the
cognitive impairment and oxidative stress genotoxicity of Euterpe oleraceae Mart.
12. Fernando WM, et al. The role of dietary in rats. Nutritional Neuroscience, 2015. doi: 42. Ilkhanizadeh B, et al. Protective Effects (Arecaceae) fruit oil (açaí), in mammalian
coconut for the prevention and treatment of 10.1179/1476830514Y.0000000113. of Ginger (Zingiber officinale) Extract cells in vivo. Food and Chemical Toxicology,
Alzheimer’s disease: potential mechanisms against Diabetes-Induced Heart Abnormality 2016.
of action. British Journal of Nutrition, 2015. in Rats. Diabetes Metab J, 2016. doi:
27. Varalakshmi B, et al. In vitro 10.4093/dmj.2016.40.1.46.
antimicrobial and anticancer activity of 57. Brito C, et al. Extract of acai-berry
13. Toscano LT, et al. Chia Flour cinnamomum zeylanicum linn bark extracts. inhibits osteoclast differentiation and
Supplementation Reduces Blood International Journal of Pharmacy and 43. Bossi P, et al. Searching for Evidence to activity. Archives of Oral Biology, 2016. doi:
Pressure in Hypertensive Subjects. Plant Pharmaceutical Sciences, 2014. Support the Use of Ginger in the Prevention 10.1016/j.fct.2016.04.018.
Foods Hum Nutr, 2014. doi: 10.1017/ of Chemotherapy-Induced Nausea and
S0007114515001452. Vomiting. The journal of alternative and
28. Ranasinghe P, et al. Efficacy and complementary medicine, 2016. doi: 58. Dutra RC, et al. Medicinal plants in
safety of ‘true’ cinnamon (Cinnamomum 10.1089/acm.2015.0315. Brazil: Pharmacological studies, drug
14. Toscano LT, et al. Chia induces zeylanicum) as a pharmaceutical agent discovery, challenges and perspectives,
clinically discrete weight loss and improves in diabetes: a systematic review and Pharmacological Research, 2016. doi:
lipid profile only in altered previous meta-analysis. Diabetic Medicine, 2012. doi: 44. Shalaby MA, et al. Some 10.1016/j.phrs.2016.01.021.
values. Nutr Hosp, 2015. doi: 10.3305/ 10.1111/dme.12068. pharmacological eff ects of cinnamon and
nh.2015.31.3.8242. ginger herbs in obese diabetic rats. Journal
of Intercultural Ethnopharmacology, 2014. 59. Yamaguchi KKL, et al. Amazon acai:
29. Uragoda C, et al. Health benefits doi: 10.5455/jice.20140818050741. Chemistry and biological activities:
15. Oliva ME, et al. Dietary Salba (Salvia of Ceylon cinnamon (Cinnamomum A review. Food Chemistry , 2015. doi:
hispanica L) seed richin α-linolenic acid zeylanicum): a summary of the current 10.1016/j.foodchem.2015.01.055.
improves adipose tissue dysfunction and evidence. The ceylon medical journal. 2016. 45. Let I, et al. The Effectiveness of Ginger
the altered skeletal muscle glucose and doi: 10.4038/cmj.v61i1.8251. in the Prevention of Nausea and Vomiting
lipid metabolism in dyslipidemic insulin- during Pregnancy and Chemotherapy.
resistant rats. Prostaglandins, Leukotrienes Integrative Medicine Insights, 2016 doi:
and Essential Fatty Acids, 2013. doi: 30. Ranasinghe P, et al. Medicinal 10.4137/IMI.S36273.
10.1016/j.plefa.2013.09.010. properties of ‘true’ cinnamon (Cinnamomum
zeylanicum): a systematic review. BMC
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 61
ARTIGO
62 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
TESTOSTERONA
E a saúde do seu
principal músculo
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 63
ARTIGO
P
or muitos anos, as estratégias de reposição mente 2% ao ano.3 Mas para isso, o compartilhamento
hormonal masculina através do uso da testos- do conhecimento científico é de extrema importância.
terona, particularmente a partir dos 50 anos Notem que na massiva maioria, o problema ainda
de idade, eram essencialmente vinculadas à libido. não é diagnosticado, e é sobre os benefícios reforça-
Com o aperfeiçoamento dos estudos e amadure- dos através de evidências científicas que este artigo
cimento prático de suas lições, esta terapia vem se baseou sua pesquisa.70
consolidando, mas de maneira ainda mais qualitativa,
abrangendo várias áreas da saúde. O conceito de que Avalia-se que a probabilidade de apresentar níveis
o tratamento de reposição de testosterona causa o mais baixos de testosterona seja 2,4 vezes maior em
câncer de próstata está ficando no passado, deixando homens obesos, 2,1 vezes maior em homens diabé-
cientistas e médicos mais confortáveis para se apro- ticos e 1,5 vezes maior em homens hipertensos ou
fundar nas pesquisas e fazer uso deste hormônio em com dislipidemia.3,71,72 O foco das pesquisas que
prol de uma saúde longeva. Atualmente, sabe-se que a chama mais atenção está voltado, principalmente,
testosterona está envolvida em tantas funções bioló- às doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesi-
gicas que é difícil pensar em um sistema biológico dade28,79 – condições conhecidas em aumentar a taxa
masculino que não seja afetado por ela. Por isso, a de mortalidade.29-31
manutenção de seus níveis é de extrema importância.
HIPOGONADISMO TARDIO
Os níveis de testosterona começam a declinar a partir OU ANDROPAUSA
do momento em que o homem entra na faixa dos
O declínio natural na produção da testosterona
trinta anos de idade, quando a diminuição se apre-
em decorrência da idade é conhecido como hipo-
senta a uma taxa de 1% a 2% ao ano. Manter os seus
gonadismo tardio ou andropausa. O “maquinário
níveis adequados durante todas as fases da vida é de
testicular” sintetiza a testosterona através das
grande importância para que não ocorra a redução da
células de Leydig em resposta ao hormônio lutei-
vitalidade de forma abrupta e o aparecimento de doen-
nizante (LH) pituitário. Com o passar dos anos, vai
ças e condições associadas, como atrofia e fraqueza
ocorrendo um acúmulo de um subproduto dessa
muscular, osteoporose, diminuição da libido, aumento
síntese (ROS - espécies reativas de oxigênio) gerado
da massa gorda, síndrome metabólica, diabetes tipo
pelas mitocôndrias das células de Leydig, que pode
2, comprometimento cognitivo, depressão, aumento
causar danos ao DNA dessas células e, assim,
do risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer,
torná-las incapazes de produzir testosterona.14,15
além de reduzir o risco de doença cardiovascular e
Clinicamente, os sintomas são caracterizados por:16,74
câncer de próstata.1-3,40,41
Estima-se que cerca de 2.4 milhões de homens ameri- »» Redução do desejo sexual, baixa libido
canos entre 40 e 69 anos apresentem diagnósticos e disfunção erétil
de níveis baixos de testosterona e, segundo proje-
»» Mastalgia (dor mamária) e ginecomastia
ções realizadas pela Massachusetts Male Aging Study
(crescimento das mamas)
(MMAS), 481 mil novos casos de hipogonadismo
»» Redução dos pelos
tardio ou andropausa (condição onde as glândulas
não mais produzem hormônios sexuais de forma »» Mudanças de humor com redução da atividade
suficiente) estão previstos anualmente em norte-a- intelectual e das funções cognitivas
mericanos na mesma faixa etária.4-7,14 Isso significa »» Fadiga, depressão e irritabilidade
que muitos homens, ao apresentarem níveis séricos »» Desordens do sono
baixos do hormônio, podem se beneficiar da terapia
»» Diminuição da massa e força muscular
de reposição de testosterona (TRT). Mais importante,
podem reverter a mortalidade associada a esses »» Aumento de massa gorda e aumento do IMC
baixos níveis, desde que, segundo estimativa, a tera- »» Osteopenia, osteoporose e aumento
pia pode normalizar a longevidade em aproximada- do risco de fraturas
»» Anemia leve
64 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Testosterona
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 65
ARTIGO
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 67
ARTIGO
68 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Testosterona
A prevalência de disfunção erétil aumenta acentuada- O déficit da secreção de testosterona está associado
mente com a idade.16,83,84 Homens com maior atividade ao aumento compensatório de LH, assim o hipogona-
sexual apresentam níveis de testosterona biodisponí- dismo tardio é acompanhado por elevação nos níveis
vel e livre mais elevados, quando comparados aos de LH, a falta de testosterona não é causada por uma
homens com baixa frequência sexual. Homens com disfunção no eixo Hipotalâmico-Pituitário-Adrenal
idade mais avançada requerem níveis mais elevados (HPA), e sim por falha na produção de testosterona
de testosterona livre circulante para manter a libido e pelos testículos. Nesses casos, o tratamento voltado
a função erétil do que homens jovens.16,85,86 para aumentar a produção de testosterona endógena
é ineficaz e a TRT é indicada.70
O tratamento com dosagens adequadas de testos-
terona pode restaurar o fluxo sanguíneo nos corpos
TESTOSTERONA E SUA
cavernosos do pênis, um dos fatores etiológicos da
BIODISPONIBILIDADE
disfunção erétil em homens idosos.16,87 Assim, muitos
pacientes que estão usando remédios para disfunção
TESTOSTERONA
erétil, podem se beneficiar do uso de testosterona. BIODISPONÍVEL
TESTOSTERONA
POR QUE OS NÍVEIS LIGADA À SHBG
DE TESTOSTERONA
DIMINUEM? 32%
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 69
ARTIGO
70 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Testosterona
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 71
ARTIGO
Referências
O envelhecimento cronológico ou biológico é acompa- 1. Ransome MI. Could androgens maintain
specific domains of mental health in
nhado de níveis reduzidos de hormônios, vitais para aging men by preserving hippocampal
neurogenesis? Neural Regen Res. 2012.
a vida. Atualmente, ainda muitos médicos prescre- 2. Moskovic DJ, et al. The 20-year
vem testes sanguíneos para a verificação dos níveis public health impact and direct cost of
testosterone deficiency in U.S. men. J Sex
de glicose, colesterol e triglicerídeos, mas poucos Med. 2013.
72 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Testosterona
artery disease have lower levels of 37. Barrett-Connor E, Khaw KT. Endogenous 54. Gupta V, et al. Effects of in males: ISA, ISSAUM, EAU, EAA and ASA
androgens than men with normal coronary sex hormones and cardiovascular disease dihydrotestosterone on differentiation recommendations. Eur J Endocrinol, 2008.
angiograms. Eur Heart J. 2000. in men. A prospective population-based and proliferation of human mesenchymal
study. Circulation. 1988. stem cells and preadipocytes. Mol Cell 74. Cunningham GR., et al. Clinical review:
20. Dobrzycki S, et al. An assessment of Endocrinol. 2008. Why is androgen replacement in males
correlations between endogenous sex 38. Shalender B, et al. Testosterone Therapy controversial? J Clin Endocrinol Metab,
hormone levels and the extensiveness of in Adult Men with Androgen Deficiency 55. Lin HY, et al. Insulin and leptin 2011.
coronary heart disease and the ejection Syndromes: An Endocrine Society Clinical resistance with hyperleptinemia in mice
fraction of the left ventricle in males. J Med Practice Guideline. Journal of Clinical lacking androgen receptor. Diabetes. 2005. 75. Araujo AB., et al. Endocrinology of the
Invest. 2003. Endocrinology & Metabolism, June 2010. aging male. Best Pract Res Clin Endocrinol
56. Mulligan T, et al. Prevalence of Metab, 2011.
21. Akishita M, et al. Low testosterone level 39. Morgentaler A, et al. Testosterone hypogonadism in males aged at least 45
as a predictor of cardiovascular events in Therapy and Cardiovascular Risk: years: the HIM study. Int J Clin Pract. 2006. 76. Saad F., et al. Testosterone as potential
Japanese men with coronary risk factors. Advances and Controversies. Mayo Clinic effective therapy in treatment of obesity in
Atherosclerosis. 2010. Proceedings, 2015. 57. Ballester J, et al. Insulin-dependent men with testosterone deficiency: a review.
diabetes affects testicular function by FSH- Curr Diabetes Rev, 2012.
22. Rosano G, et al. Low testosterone levels 40. Morgentaler A. Testosterone and and LH-linked mechanisms. J Androl. 2004.
are associated with coronary artery disease Prostate Cancer: An Historical Perspective 77. Hackett G., et al. Testosterone
in male patients with angina. Int J Impot on a Modern Myth. 6 European Association 58. Kalinchenko SY, et al. Effects of deficiency, cardiac health, and older men.
Res. 2007. of Urology, 2006. testosterone supplementation on Int J Endocrinol, 2014.
markers of the metabolic syndrome and
23. Hu X, et al. Low testosterone level in 41. Dias, et al. Effects of Transdermal inflammation in hypogonadal men with the 78. Whitsel EA., et al. Intramuscular
middle-aged male patients with coronary Testosterone Gel or an Aromatase Inhibitor metabolic syndrome: the double-blinded testosterone esters and plasma lipids in
artery disease. Eur J Intern Med. 2011. on Prostate Volume in Older Men. J Clin placebo-controlled Moscow study. Clin hypogonadal men: a meta-analysis. Am J
Endocrinol Metab, 2016. Endocrinol. 2010. Med, 2001.
24. English KM, et al. Low-dose transdermal
testosterone therapy improves angina 42. Haider A. Effects of Long-Term 59. Godsland IF, et al. Sex, plasma 79. Corona G., et al. Risks and benefits of
threshold in men with chronic stable angina: Testosterone Therapy on Patients with lipoproteins, and atherosclerosis: prevailing late onset hypogonadism treatment: an
a randomized, double-blind, placebo- ‘‘Diabesity’’: Results of Observational assumptions and outstanding questions. expert opinion. World J Mens Health, 2013.
controlled study. Circulation. 2000. Studies of Pooled Analyses in Obese Am Heart J. 1987.
Hypogonadal Men with Type 2 Diabetes.
International Journal of Endocrinology, 80. Jankowska EA., et al. Testosterone
25. Schatzl G, et al. High-grade prostate 60. Nettleship JE, et al. Testosterone and deficiency in men with heart failure:
cancer is associated with low serum 2014. coronary artery disease. Front Horm Res. pathophysiology and its clinical, prognostic
testosterone levels. Prostate. 2001. 2009. 61. Roger VL, et al. Heart disease and therapeutic implications. Kardiol Pol,
43. Ding EL, et al. Sex differences of and stroke statistics—2012 update: a report 2014.
26. Rosano GMC, et al. Acute anti-ischemic endogenous sex hormones and risk of type from the American Heart Association.
effect of testosterone in men with coronary 2 diabetes. JAMA. 2006. Circulation. 2012.
81. Isidori AM, et al. Effects of testosterone
artery disease. Circulation. 1999. on sexual function in men: results of a
44. Corona G, et al. Type 2 diabetes mellitus 62. Maggio M, et al. Association Between meta-analysis. Clin Endocrinol. 2005.
27. Webb CM, et al. Effect of acute and testosterone: a metaanalysis study. Int Hormones and Metabolic Syndrome in Older
testosterone on myocardial ischemia in J Androl. 2010. Italian Men. J Am Geriatr Soc., 2006.
82. Boloña ER, et al. Testosterone use in
men with coronary artery disease. Am J men with sexual dysfunction: a systematic
Cardiol. 1999. 45. Daubresse JC, et al. Pituitarytesticular 63. Scuteri A, et al. The metabolic review and meta-analysis of randomized
axis in diabetic men with and without sexual syndrome in older individuals: Prevalence placebo-controlled trials. Mayo Clin Proc.
28. Ohlsson C, et al. High serum impotence. Diabetes Metab. 1978. and prediction of cardiovascular events. 2007.
testosterone is associated with reduced risk The Cardiovascular Health Study. Diabetes
of cardiovascular events in elderly men. The 46. Shahwan MM, et al. Differences in Care, 2005.
83. Lyngdorf P, Hemmingsen L.
MrOS (Osteoporotic fractures in men) study pituitary and testicular function between Epidemiology of erectile dysfunction and
in Sweden. J Am Coll Cardiology. 2011. diabetic patients on insulin and oral 64. Iellamo F, et al. Testosterone therapy its risk factors: a practice-based study in
antidiabetic agents. Diabetologia. 1978. in women with chronic heart failure: a Denmark. Int J Impot Res. 2004.
29. Haring R, et al. Low serum testosterone pilot double-blind, randomized, placebo-
levels are associated with increased risk of 47. Colangelo LA, et al. Association of controlled study. J Am Coll Cardiol. 2010.
84. Selvin E, et al. Prevalence and risk
mortality in a population-based cohort of endogenous sex hormones with diabetes factors for erectile dysfunction in the US.
men aged 20-79. Eur Heart J. 2010. and impaired fasting glucose in men. 65. Toma M, et al. Testosterone Am J Med. 2007.
Diabetes Care. 2009. supplementation in heart failure: a meta-
30. Khaw KT, et al. Endogenous analysis. Circ Heart Fail. 2012.
85. Schiavi RC, et al. Pituitary-gonadal
testosterone and mortality due to all 48. Laaksonen DE, et al. Testosterone and function during sleep in men with
causes, cardiovascular disease, and cancer sex hormone-binding globulin predict the 66. Czesla M, et al. Cardiomyoplasty— hypoactive sexual desire and in normal
in men: European prospective investigation metabolic syndrome and diabetes in middle- improvement of muscle fiber type controls. Psychosomat Med. 1988.
into cancer in Norfolk (EPIC-Norfolk) aged men. Diabetes Care. 2004. transformation by an anabolic steroid
Prospective Population Study. Circulation. (metenolone). J Mol Cell Cardiol. 1997.
2007. 86. Nilsson P, et al. Adverse effects of
49. Vikan T, et al. Low testosterone and sex psychosocial stress on gonadal function
hormone-binding globulin levels and high 67. P.J. Snyder, et al. Effects of and insulin levels in middle aged males. J
31. Smith GD, et al. Cortisol, testosterone estradiol levels are independent predictors Testosterone Treatment in Older Men. N Intern Med. 1995.
and coronary heart disease: prospective of type 2 diabetes in men. Eur J Endocrinol. Engl J Med, 2016.
evidence from the Caerphilly study. 2010.
Circulation. 2005. 87. Yassin AA, Saad F. Dramatic
68. Ford ES, et al. Prevalence of the improvement of penile venous leakage upon
50. Jones TH, et al. Testosterone metabolic syndrome among US adults: testosterone administration. A case report
32. Dunn JF, et al. Transport of steroid replacement in hypogonadal men with type Findings from the third national health and and review of literature. Andrologia. 2006.
hormones: binding of 21 endogenous 2 diabetes and/or metabolic syndrome (the nutrition examination survey. JAMA, 2002.
steroids to both testosterone-binding TIMES2 Study). Diabetes Care. 2011.
globulin and corticosteroid-binding globulin 88. Meikle AW, et al. Androderm: A
69. Loeb S, et al. Men with low-risk prostate permeation-enhanced, non-scrotal
in human plasma. J Clin Endocrinol Metab. 51. Kapoor D, et al. Testosterone cancer: nationwide, population-based study
1981. testosterone transdermal system for the
replacement therapy improves insulin in sweden. The Swedish Cancer Foundation. treatment of male hypogonadism. In:
resistance, glycaemic control, visceral The J of Urology. 2016. Bhasin Editor. Pharmacology, biology, and
33. Vermeulem A, et al. A critical evaluation adiposity and hypercholesterolaemia in clinical applications of androgens. New
of simple methods for the estimation of free hypogonadal men with type 2 diabetes. Eur 70. Comhaire F, Mahmoud A. The York, NY: Wiley Liss, Inc; 1996.
testosterone in serum. J Clin Endocrinol J Endocrinol. 2006. andrologist’s contribution to a better life for
Metab. 1999. ageing men: part 1. Andrologia. 2015. 89. Rhoden E, Morgentaler A. Risks of
52. Corona G, et al. Following the common Testosterone-Replacement Therapy and
34. Menke A, et al. Sex steroid hormone association between testosterone 71. Dohle GR., et al. Guidelines on male Recommendations for Monitoring. N Engl
concentrations and risk of death in US men. deficiency and diabetes mellitus, can hypogonadism. European Association of J Med, 2004.
Am J Epidemiol. 2010. testosterone be regarded as a new therapy Urology Web site.
for diabetes? Int J Androl. 2009.
35. Hoffman MA, et al. Is low serum free 72. Mulligan T., et al. Prevalence of
testosterone a marker for high grade 53. Filippi S, et al. Testosterone partially hypogonadism in males aged at least 45
prostate cancer? J Urol. 2000. ameliorates metabolic profile and erectile years: the HIM study. Int J Clin Pract. 2006.
responsiveness to PDE5 inhibitors in an
36. Malkin CJ, et al. Low serum animal model of male metabolic syndrome.
J Sex Med. 2009. 73. Wang C., et al. Investigation, treatment
testosterone and increased mortality in men and monitoring of late-onset hypogonadism
with coronary heart disease. Heart. 2010.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 73
ARTIGO
Os benefícios e
suas aplicações
dentro da vida e
medicina moderna
74 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
F
az algum tempo que falamos sobre os exercícios
de alta intensidade, seus benefícios à saúde, a
facilidade de praticá-los, o “custo-benefício” no
sentido do curto tempo requerido e o grande efeito
positivo que produz no nosso corpo e mente. Também
mencionamos alguns exemplos de como praticá-los.
Na última edição falamos sobre as grandes vanta-
gens da atividade física à saúde e a sua importância
como estratégia preventiva ou como parte de um
tratamento integrativo nas doenças já estabelecidas
crônicas e agudas.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 75
ARTIGO
Aprofundando-se na sabedoria milenar de vários estilo, forma e duração, sendo o estilo Yang conside-
povos, podemos perceber que no sistema humano rado um exercício de intensidade moderada.8 Dessa
– físico, energético, emocional, mental, social e espi- maneira, é quase impossível lesionar-se ao praticá-lo
ritual – existe uma inteligência específica baseada e, portanto, adequado desde às pessoas mais “fit"
em uma extrema precisão que especialmente é uma até pessoas em cadeira de rodas, em recuperação de
Inteligência interativa e fluída, que interconecta e alguma cirurgia ou que sofrem de alguma doença.2,6,7
abrange todo o sistema, em seus vários níveis de ser
e de funcionalidade. Com o grande fluxo migratório chinês para o ocidente,
a arte do Tai Chi vem sendo difundida, abrangendo
Quando a deixamos fluir, esta inteligência exerce diferentes populações, especialmente nos Estados
uma infinidade de funções sendo muitas delas rela- Unidos e Canadá, onde ocorre a prática em hospitais
cionadas ao equilíbrio do sistema, à manutenção ou e clínicas, como também em comunidades, escolas,
o regresso da homeostase do mesmo quando desre- praças e centros de cuidados à adultos mais velhos.
gulada pelas demandas adaptativas impostas ao As técnicas mais praticadas no ocidente combinam
sistema. Por estes motivos, a atividade do sistema meditação, principalmente do estilo Mindfulness –
humano pode ser intercalada entre os exercícios de muito reconhecida hoje em dia por seus benefícios e
alta intensidade, que exercem alta demanda e exigên- utilidade no âmbito da psicoterapia e da saúde física
cia, e os exercícios que podem cooperar com a resili- –, com movimentos lentos, fluídos e suaves, assim
ência e o reequilíbrio sistêmico. como respiração profunda, rítmica e relaxamento4,
promovendo ao mesmo tempo um efeito positivo
Veremos então uma destas metodologias para o no corpo e na percepção ou mente, ou seja, uma
equilíbrio do sistema, que pode ser utilizada tanto calma ou quietude mental, uma maior capacidade de
simultaneamente com os exercícios de alta intensi- atenção intencional, auto-observação e percepção
dade como sozinha, dependendo das necessidades e refinada de como nossa mente e corpo funcionam.
capacidades do praticante.
76 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Tai Chi
De fato, tem sido chamado de "meditação em movi- só algumas destas vantagens. Enfim, é útil para
mento"2 e por alguns de "medicação em movimento" todos os que se conectam conscientemente com
por seus benefícios em muitas áreas do corpo, tanto este cúmulo de sabedoria e inteligência fluindo por
na prevenção como no tratamento de doenças. Não é todo seu sistema e desejam uma vida mais saudável,
clamar em vão que a partir deste estado de quietude equilibrada e feliz.
se gera uma percepção do mundo e seus problemas
Recentes pesquisas também falam sobre os efeitos
muito mais diáfana e funcional, ajudando enorme-
positivos do Tai Chi na saúde do coração, ossos,
mente na capacidade de resolver as mais diversas
nervos, músculos, sistema imunológico e mente.1
situações.
É sabido também que nos ajuda a ter mais vigor e
É considerada uma intervenção completa com múlti- força vital (energia), mais flexibilidade física e mental
plos componentes que integram elementos físicos, e colabora para a saúde cardiorrespiratória.
psicossociais, emocionais, espirituais e comporta-
Nas últimas décadas, o Tai Chi tem sido mais estu-
mentais5, onde são representadas duas polaridades
dado e reconhecido pela ciência ocidental em diver-
– Ying e Yang – que, aparentemente, estão em oposi-
sas universidades, especialmente pela renomada
ção, mas que em essência são complementares e
Universidade de Harvard, uma das mais importantes
que unificados na Consciência atenta do praticante,
nas áreas de medicina e pesquisa. Outros centros
criam um todo dinâmico, equilibrado, integrado, inter-
de estudo superior estudam e ensinam esta arte,
dependentes entre si.1 O Tai Chi é benéfico em vários
verificando seus extensos benefícios, muitos deles
níveis do ser, é uma arte que combina movimento e
cientificamente mensuráveis. “Os hospitais da escola
relaxamento, atenção voluntária, coordenação, equi-
de medicina da Harvard são exemplos do quanto as
líbrio corporal ou “balance”, respiração e harmonia
pesquisas são confiáveis e clarificadoras, apoiando
integrativa entre a atenção focal e global, sendo esta
a promessa terapêutica do Tai Chi e as diversas
última um tipo de atenção que usamos, por exem-
práticas com abordagem 'mente-corpo' catalisando
plo, quando ouvimos música de forma relaxada.4 É
a integração dessas atividades na prática médica
por isso, que o consideramos, entre outras sábias e
convencional”.1
inteligentes metodologias, parte do nosso sistema
integral de saúde e bem-estar chamados por nós de BENEFÍCIOS DE UMA
Essential Health™.
PRÁTICA CONSTANTE
TAI CHI; SAÚDE NATURAL Os benefícios do Tai Chi são muitos e cada vez exis-
ATRAVÉS DA DISCIPLINA tem mais evidências que confirmam isso. Inclusive,
nos Estados Unidos é a prática de escolha para as
Uma das grandes vantagens da prática do Tai Chi é
pessoas com problemas músculo-esqueléticos e
sua capacidade de beneficiar tanto atletas de ponta
problemas de saúde mental.9,10 Em realidade tem
quanto pessoas que não se sentem tão confortáveis
sido comprovada sua eficácia na existência de todos
para se exercitarem, ou que tenham limitações físi-
aqueles que queiram melhorar sua qualidade de vida,
cas para tal, ajudando o corpo e mente a voltarem
reduzir o estresse de cada dia e manter uma boa
à homeostase. Esta metodologia integrada à vida
condição física e mental.
diária, com ou sem exercícios de alta intensidade,
colabora para melhorar enormemente o fluxo sanguí- Assim como o Tai Chi, existem métodos provenien-
neo em diversas partes do sistema humano, especi- tes de outras culturas, como a Ioga, Qi Gong, danças
ficamente no cérebro, trazendo grandes vantagens, sagradas e outros tipos de meditação, todos eles
tanto no presente como no futuro. Mais clareza, sendo também sistemas de saúde que cada cultura
equilíbrio e mobilidade, melhor qualidade de vida e sábia desenvolveu em seu núcleo para o benefício de
bem-estar, maior relaxamento, paz mental e capaci- todos os seus integrantes.
dade de manejo prático dos níveis de estresse, sāo
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 77
ARTIGO
1
»» Reduz o estresse, a tristeza, o medo e Um estudo publicado em China Medical
a raiva14 University Hospital, em 2014, comparou dois
»» Melhora a ansiedade e a depressão14-17 grupos, um praticou Tai Chi enquanto o outro
»» Melhora a qualidade, durabilidade e submeteu-se à fisioterapia comum para o trata-
eficácia do sono18,19 mento de pacientes com osteoartrite do joelho.
»» Ajuda no manejo da dor, desde uma dor Verificou-se que os dois tratamentos tiveram efei-
de cabeça às dores crônicas ou dores tos benéficos semelhantes na diminuição da dor.
causadas por lesões persistentes20
No entanto, a melhoria observada no grupo de
»» Ativa a resposta de relaxamento,
pacientes que realizaram Tai Chi durante 12 sema-
protegendo-nos do estresse do
cotidiano21 nas continuou ao longo de 1 ano e este mesmo
grupo teve melhora mais significativa do que o
grupo de fisioterapia no âmbito da depressão e
»» Reduz os sintomas e melhora a alguns parâmetros de qualidade vida.34
qualidade de vida de pacientes com
2
fibromialgia22,23 e outras condições
reumatológicas, como artrite A Revista da Sociedade Americana de Geria-
reumatoide e osteoartrite23-25 tria publicou que o Tai Chi possui potencial
»» Reduz os fatores de risco para doenças para melhorar a função cognitiva em idosos,
cerebrovascular e acidente vascular especialmente relacionados à função executiva,
cerebral (AVC)26 que administra os processos cognitivos, tais
»» Ajuda no tratamento e controle de como planejamento, memória de trabalho, aten-
doenças metabólicas27-29 ção, resolução de problemas e raciocínio verbal10,
»» Tem efeitos anti-inflamatórios e diminui inclusive em pessoas com algum nível de compro-
a proteína C-reativa28 metimento cognitivo e pessoas com demência em
»» Melhora a imunidade, especialmente menor grau.11
em pacientes com diabetes mellitus29,30
3
»» Mantém o equilíbrio, estabilidade e
Em 2009, um estudo trouxe resultados onde
força muscular prevenindo quedas em
idosos2,16-18,31,32 as intervenções de Tai Chi ajudaram signifi-
»» Protege ossos e articulações2,16-18 cativamente na perda de peso, diminuição
do índice de massa corpórea (IMC), diminuição
»» Ajuda no tratamento e diminui
os sintomas de insuficiência da pressão arterial diastólica e sistólica e diminui-
cardíaca, trazendo benefícios ção da glicose plasmática em jejum, em adultos
cardiovasculares32,33 saudáveis. Também diminuiu significativamente
o colesterol total, LDL (colesterol ruim) e triglice-
rídeos e aumentou o colesterol HDL (colesterol
»» Melhorar a qualidade de vida2,7,16-18
bom). Esta mesma intervenção poderia ajudar
»» Verificou-se que possui efeitos
os pacientes com doenças crônicas de maneira
antienvelhecimento34
expressiva.25
78 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Tai Chi
Referências
1. Peter M. Wayne, Mark L. Fuerst, The Harvard Medical 20. Harvard Health Publications, Harvard Medical School,
School Guide to Tai Chi: 12 Weeks to a Healthy Body, Strong 8 non-invasive pain relief techniques that really work.
Heart, and Sharp Mind (Harvard Health Publications). Disponível em: health.harvard.edu/mind-and-mood/8-non-
invasive-pain-relief-techniques-that-really-work. Acessado
2. Harvard Health Publications, Harvard Medical School, 5 em: 08/09/2016.
of the best exercises you can ever do.
FICOU 3. Xing Yi Quan Xue: The Study of Form-Mind Boxing by Sun
21. Harvard Health Publications, Harvard Medical School,
Exercise is an effective stress-buster. Disponível em: health.
INTERESSADO? Lu Tang. Translated by Albert Liu. Published by High View
Publication, Pacific Grove, CA.
harvard.edu/mind-and-mood/exercise-is-an-effective-stress-
buster. Acessado em: 08/09/2016.
Oferecemos alguns sites onde você pode 4. Chenchen Wang, et al. A Randomized Trial of Tai 22. Taggart HM, et al. Effects of T'ai Chi exercise on
Chi for Fibromyalgia, N Engl J Med, 2010. doi 10.1056/ fibromyalgia symptoms and health-related quality of life.
investigar mais sobre esta maravilhosa NEJMoa0912611. Orthop Nurs 2003.
8. Lan C, et al.The exercise intensity of Tai Chi Chuan. Med. 26. Zheng G, et al. Tai Chi Chuan for the primary prevention
Sports Sci. 2008. of stroke in middle-aged and elderly adults: A systematic
review. Evid. Based Complement. Altern. Med. 2015.
9. Barnes PM, et al. Complementary and alternative
medicine use among adults and children: United States, 27. Sun J; Buys N. Community-Based Mind-Body Meditative
2007. Tai Chi Program and Its Effects on Improvement of Blood
Pressure, Weight, Renal Function, Serum Lipoprotein, and
Quality of Life in Chinese Adults With Hypertension. Am. J.
10. Birdee GS, et al. T'ai chi and qigong for health: patterns
Cardiol. 2015.
of use in the United States. J Altern Complement Med 2009.
30. Yeh SH, et al. Tai Chi Chuan exercise decreases A1C
13. Hernandez-Reif M, et al. Attention deficit hyperactivity
levels along with increase of regulatory T-cells and decrease
disorder: benefits from Tai Chi. Journal of Bodywork and
of cytotoxic T-cell population in type 2 diabetic patients.
Movement Therapies, 2001.
Diabetes Care. 2007.
14. Jahnke R, The healing promise of Qi: creating
31. Gillespie LD, et al. Interventions for preventing falls in
extraordinary wellness through Qigong and Tai Chi. McGraw
older people living in the community. Cochrane Database
Hill, 2002.
Syst Rev. 2009.
15. Yin J, Dishman RK, The effect of Tai Chi and Qigong
32. Yeh GY, et al. The Impact of Tai Chi Exercise on Self-
practice on depression and anxiety symptoms: A systematic
Efficacy, Social Support, and Empowerment in Heart Failure:
review and meta-regression analysis of randomized
Insights from a Qualitative Sub-Study from a Randomized
controlled trials, Ment Health Phys Act. 2014.
Controlled Trial, 2016. doi: 10.1371/journal.pone.0154678.
16. Li X, Influence of middle-age women's anxiety by Taiji
33. Ng SM, et al. Tai chi exercise for patients with heart
practice, J Sports Med Adult Ed. 2012.
disease: a systematic review of controlled clinical trials.
AlternTher Health Med. 2012.
17. Li Z, The effect of Taiji to depression and anxiety of
chronic obstructive pulmonary disease, Chinese Journal of
34. Tsung-Jung H, et al. Tai Chi Intervention Increases
Aesthetic Medicine. 2011.
Progenitor CD34+ Cells in Young Adults, Cell
Transplantation, 2014.
18. Li F, et al.Tai chi and self-rated quality of sleep and
daytime sleepiness in older adults: a randomized controlled
35. Wang C, et al. Comparative Effectiveness of Tai
trial. J Am GeriatrSoc. 2004.
Chi Versus Physical Therapy for Knee Osteoarthritis: A
Randomized Trial, Ann Intern Med. 2016. doi: 10.7326/
19. Irwin MR, et al. Improving sleep quality in older adults
M15-2143.
with moderate sleep complaints: A randomized controlled
trial of Tai Chi Chih. Sleep. 2008.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 79
ARTIGO
80 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Um inibidor de
doenças crônicas
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 81
ARTIGO
A
o longo dos últimos quarenta anos, os poten-
ciais benefícios dos ácidos graxos poli-insatu-
rados de cadeia longa ômega-3 têm recebido
atenção crescente e se solidificando em protocolos
de prevenção e tratamento de doenças diversas.
Tudo começou quando cientistas pesquisaram a
razão de esquimós da Groelândia não apresentarem
doenças coronárias isquêmicas, mesmo tendo uma
alimentação rica em gordura saturada.96
82 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Ômega-3
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 83
ARTIGO
84 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Ômega-3
de 150ml/dL em adultos) induzida por Bexaroteno, depósito inativo; ao contrário, ele é uma fábrica biolo-
tanto in vitro como in vivo, possivelmente pela inibi- gicamente ativa que bombeia para o organismo um
ção da expressão da proteína hepática necessária fluxo constante de mediadores inflamatórios. E esses
para biossíntese e absorção do colesterol e ácidos mediadores provocam componentes da síndrome
graxos. metabólica: a resistência à insulina, lipídios elevados,
hipertensão, e alterações metabólicas significativas
Os resultados dos estudos realizados nos últimos no corpo.70,71,73,77,111,112
10 anos sugerem que a intervenção nutricional com
ômega-3 é benéfica especialmente nos estágios A suplementação com o ácido graxo ômega-3 pode
iniciais do comprometimento cognitivo, reforçando inverter o processo de diminuição dos níveis de molé-
a importância do uso preventivo dessa suplemen- culas pró-resolutivas da inflamação, ou seja, molécu-
tação.56 Diversos estudos demonstraram que os las com função inibitória da inflamação, observado
níveis elevados de homocisteína estão associados em pessoas obesas.110,111,113 A falta de um nível
ao comprometimento cognitivo.57-62 Em pacientes adequado destas moléculas é uma das causas pelo
com doença de Alzheimer, observa-se uma redução qual não se resolve o processo inflamatório crônico.
significativa de DHA no sangue e no cérebro causada
possivelmente pela menor ingestão de ômega-3 na Como resultado da redução da inflamação, ocorre
dieta, mas também pelo aumento de sua oxidação. uma melhora da sensibilidade à insulina41,114, redu-
Normalmente, o DHA já diminui com o avançar da ção da glicose e aumento das citocinas protetoras
idade, particularmente na região do hipocampo (adiponectinas), contribuindo para reduzir as altera-
(memória e navegação espacial). O fato de diversos ções metabólicas.115-117 São muitos os estudos sobre
mediadores inflamatórios estarem aumentados no os benefícios do ômega-3 para prevenir ou minimi-
cérebro de pacientes com distúrbios neurológicos zar os efeitos da síndrome metabólica69,72,76,79,124, e
implica que a inflamação precede a perda neural, aqui seguem alguns destaques explicativos:
condição que a suplementação de DHA corrobora
»» Melhora da função dos vasos sanguíneos, contribuindo
positivamente uma vez que pode reduzir os marca-
para reduzir a pressão arterial em pacientes obesos
dores inflamatórios no hipocampo, juntamente com (930mg de EPA e 230mg de DHA, diariamente)119,120
vitaminas do complexo B (ácido fólico, vitamina B6
»» Em diabetes tipo 2, a função vascular sofreu melhora
e vitamina B12) que previnem o aumento de homo-
após as refeições com a suplementação diária de
cisteína no sangue, outro fator associado ao desen- 920mg de EPA e 760mg DHA121
volvimento de doenças neurodegenerativas.63,64,66,67,95
»» Efeito preventivo significante do aumento de
Uma outra explicação para esta interação sinérgica, triglicerídeos em pacientes idosos, especialmente
com doses mais altas de EPA e DHA (1.240mg/dia), e
é a de que as vitaminas do complexo B facilitariam a
particularmente no período mais crítico pós-refeição122
formação de fosfatidilcolina (fosfolipídio encontrado
nas membranas celulares) de forma potencializada »» O consumo de 223mg de EPA e 149mg de DHA,
juntamente com 1,9g de ALA (ácido alfa-linolênico,
pela presença de ômega-3 a partir do fosfolipídio
ômega-3 de fonte vegetal) reduziu o risco de arritmias
fosfatidiletanolamina e, consequentemente, melho- cardíacas fatais em 84% em pacientes diabéticos que
rando a plasticidade das membranas celulares.65,67,68 haviam sofrido de infarto do miocárdio123
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 85
ARTIGO
86 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Ômega-3
associação a exercícios físicos. Dos 227 participan- sos pesquisadores com o objetivo de compreender
tes do estudo acima de 65 anos, 53 apresentavam como os biomarcadores dos ácidos graxos estão
sarcopenia. Após análise dos dados de suas dietas relacionados ao risco de desenvolvimento de doen-
através de questionário de frequência de ingestão ças cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer,
de alimentos e uso de suplementos, compararam-se doença renal crônica, dentre outras condições.
os resultados no que diz respeito ao consumo de
nutrientes e níveis de vitamina D3, magnésio, vita- De acordo com a Organização Mundial da Saúde
mina E, colesterol, homocisteína e perfil de ômega-3 (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal
e ômega-6 no sangue:81 causa de morte em todo o mundo, onde a ateros-
clerose (acúmulo de gordura nas paredes das arté-
• O grupo com sarcopenia mostrou cerca de 10 a rias que irrigam o coração e o cérebro) é a principal
18% menor consumo de ômega-3, vitamina B6, causa. O grupo de pessoas de maior risco para o
vitamina E, ácido fólico e magnésio, em compara- desenvolvimento de doenças coronárias é o de
ção com o grupo saudável obesos, sedentários, fumantes, diabéticos e os que
adotam uma má alimentação. Um dado preocupante
• Quando o consumo de suplementos foi incluído é o de que 50% dos diabéticos morrem de doenças
nas análises dos resultados, o grupo com sarcope- cardiovasculares.88
nia consumiu 19% menos ômega-3
Um estudo de revisão, com o objetivo de analisar as
ÔMEGA-3 E DOENÇAS propriedades e benefícios dos ácidos graxos ômega-3
CARDIOVASCULARES e 6 na inflamação através de seus biomarcadores em
doenças cardiovasculares e síndrome metabólica,
Há muitos anos, a American Heart Association reco-
encontrou entre os resultados das pesquisas ante-
menda que as pessoas consumam tipos de peixes
riores que o consumo de ômega-3 mostrou redução
que sejam ricos em ácidos graxos ômega-3, pelo
de 20% no risco de morte por qualquer causa, 30%
menos, duas vezes na semana.126 E não por menos,
por doenças cardíacas e 45% por morte súbita.87,89 Em
desde que os estudos sobre o ômega-3 se originaram
contrapartida, pacientes com menores concentrações
justamente quanto à preocupação sobre as doenças
de ômega-3 apresentaram três vezes mais desenvol-
cardiovasculares – aquelas que afetam o sistema
vimento de doenças cardiovasculares.90 Estes resulta-
circulatório e o coração -, e desde então, seus resul-
dos são muito impressionantes, já que nenhum outro
tados são inegavelmente a favor do aumento do seu
remédio apresenta uma redução tão significativa da
consumo.
mortalidade por doenças cardiovasculares como o
Um estudo epidemiológico atual, publicado em JAMA ômega-3.
Internal Medicine85, que avaliou os resultados de 19
Em relação à pressão arterial, recente estudo publi-
pesquisas de grande porte, publicadas até o final de
cado em The Journal of Nutrition92, concluiu que
2014, relacionadas à interação entre o ômega-3 e
apenas 0,7 g/dia de EPA + DHA mostrou redução clini-
doenças cardiovasculares, concluiu que os biomarca-
camente significativa na pressão arterial sistólica.
dores EPA e DHA estão associados a uma menor inci-
dência de infarto do miocárdio fatal. Os participantes
que apresentavam níveis mais altos dos ácidos
graxos ômega-3 tiveram cerca de 25% menos risco
de ataque cardíaco fatal, o que sugere a existência de
um mecanismo mais específico entre o ômega-3 e o
risco de morte. A meta-análise faz parte das pesqui-
sas do Fatty Acids & Outcomes Research Consortium
(FORCE) – projeto criado em 2009 que reuniu diver-
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 87
ARTIGO
Muitas outras condições crônicas, com base 1. MAS AFINAL, O QUE É ÔMEGA-3?
inflamatória, se beneficiam com o aumento do O ácido graxo ômega-3 é um tipo de gordura
consumo de ômega-3, tanto para a estratégia poli-insaturada saudável e essencial, ou seja,
preventiva quanto como tratamento coadju- importante para a manutenção da saúde. No
entanto, o organismo não é capaz de produzir
vante, quando não solo. Colesterol alto, artrite
em quantidades adequadas, sendo necessário
reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, osteo- seu consumo através da dieta.
porose, desordem bipolar, esquizofrenia, déficit
de atenção/hiperatividade (TDAH), doenças da 2. QUAIS SÃO AS FONTES DE ÔMEGA-3?
pele, asma, degeneração macular, dor mens-
Peixes oleosos de águas frias e profundas,
trual, câncer de cólon, câncer de próstata, dentre tais como salmão, sardinha, anchova, cavala e
outras.127-158 A sua potencial contribuição para a arenque são ricos em ácidos graxos ômega-3
saúde pública é tão valorosa que já existe uma EPA e DHA em razão de sua dieta ser à base de
meta-análise (2016) que confirmou a associação fitoplâncton (algas marinhas). Óleos vegetais
como os de linhaça e prímula são fontes do
entre seu incremento no consumo e a redução da
precurSor de EPA e DHA (ácido alfa-linolênico).
mortalidade por todas as causas.159
Sem necessidade de patente industrial por ser 3. O QUE SÃO EPA E DHA?
proveniente de fonte natural – majoritariamente As substâncias que exercem as funções bené-
de peixes gordos e crustáceos –, é realmente ficas do ômega-3 são os ácidos eicosapenta-
enoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA). O
impressionante a quantidade de estudos científi- ômega-3 é sintetizado através do ácido alfa-li-
cos conferidos ao ômega-3 até a presente data. nolênico (ALA) que sofre uma reação enzimá-
No entanto, é também compreensível, desde que tica e origina os ácidos graxos EPA e DHA. EPA
as doenças que mais matam ou afligem os seres apresenta ação anti-inflamatória através da
humanos na atualidade são doenças 'acendidas' e produção de substâncias chamadas de prosta-
glandinas E3. Seus principais benefícios estão
mantidas pelo processo inflamatório. E os ácidos relacionados à saúde cardiovascular e proble-
graxos ômega-3, são essencialmente anti-infla- mas circulatórios. O DHA é um ótimo alimento
matórios, além de serem considerados seguros. para o cérebro, já que metade dele é composto
de gordura. Dentre seus benefícios, o que
Assim sendo, a mensagem é clara. Diante da se destaca está relacionado à melhora dos
abrangência de importantes benefícios para a processos cognitivos, como o funcionamento
saúde, e do fato que a dieta moderna geralmente da memória e o correto funcionamento dos
neurônios, atuando de forma neuroprotetora.
envolve uma proporção desajustada entre os
ácidos graxos ômega-3 e 6, a suplementação
4. QUAL A MELHOR OPÇÃO:
de ômega-3 se torna uma estratégia eficiente e
EPA + DHA OU SOMENTE DHA?
prática para ser adotada.
Uma dúvida frequente trata-se de qual suple-
mentação de ômega-3 é a mais recomendada:
EPA + DHA ou somente DHA? Para a saúde
em geral, recomenda-se uma suplementação
que contenha 3 partes de EPA para cada 2
partes de DHA, por exemplo, para cada 300mg
de EPA, 200mg de DHA. Tal proporção repro-
duz a quantidade de EPA e DHA encontrada
naturalmente nos peixes oleosos de águas
frias e profundas. No entanto, dependendo do
objetivo, suas proporções podem variar. Até o
momento, por exemplo, é sabido que quando
há a necessidade de uma ação anti-inflama-
tória geral potencializada, o recomendado é
uma maior proporção de EPA, e, quando se
deseja ação mais direcionada ao cérebro e
aos olhos, maiores quantidades de DHA são
recomendadas.
88 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Ômega-3
Referências
5. DEVO INTERROMPER O USO DE ÔMEGA-3 1. K-P S, et al. Omega-3 fatty acids in
major depressive disorder: a preliminary
ANTES DE double-blind, placebo-controlled trial. Eur
Neuropsychopharmacol, 2003. DOI: 10.1016/
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS? S0924-977X(03)00032-4.
Sim. Uma das ações metabólicas do ácido graxo EPA 2. Gertsik L, et al. Omega-3 fatty acid
está relacionada à diminuição da coagulação sanguí- augmentation of citalopram treatment for
patients with major depressive disorder. J
nea, ou seja, atua na inibição da função das plaquetas Clin Psychopharmacol, 2012. DOI: 10.1097/
(fragmentos responsáveis pelo processo de coagula- JCP.0b013e31823f3b5f.
Standards™ (IFOS) é referência mundial no controle 11. Tassoni D, et al. The role of eicosanoids
in the brain. Asia Pac J Clin Nutr, 2008. DOI:
de qualidade do ômega-3 que define os padrões 10.6133/apjcn.2008.17.s1.53.
mais elevados de pureza, frescor do óleo e concen- 12. Sarris J, et al. Major depressive disorder
tração de EPA e DHA. Os critérios de aprovação e and nutritional medicine: a review of
monotherapies and adjuvant treatments.
certificação do óleo de peixe estão relacionados à Nutr Rev, 2009. DOI: 10.1111/j.1753-
alta concentração de EPA e DHA por cápsula, cumpri- 4887.2009.00180.x.
mento das normas de segurança para contaminan- 13. Martins JG. EPA but not DHA appears to
tes ambientais e avaliação dos níveis de oxidação do be responsible for the efficacy of omega-3
long chain polyunsaturated fatty acid
óleo. Quanto mais concentrado em EPA e DHA o óleo supplementation in depression: evidence from
de peixe for, menos cápsulas serão necessárias ao a meta-analysis of randomized controlled
trials. J Am Coll Nutr, 2011. DOI: : 10.1684/
dia, o que facilita a adesão ao tratamento. ocl.2011.0402.
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 89
in Depression. J Clin Psychiatry, 2011. DOI: and risk of proliferative and nonproliferative Carcinogenesis, 2010. DOI: 10.1093/carcin/ 63. Pfeiffer CM, et al. Trends in circulating
10.4088/JCP.10m06634. fibrocystic disease in women in Shanghai. bgq111. concentrations of total homocysteine among
China Am J Clin Nutr., 2009. DOI: 10.3945/ US adolescents and adults: Findings from the
16. Hoffmire CA, et al. Associations between ajcn.2008.26077. 47. Fabian CJ, et al. Omega-3 fatty acids for 1991-1994 and 1999-2004 National Health
omega-3 poly-unsaturated fatty acids from breast cancer prevention and survivorship. and Nutrition Examination Surveys. Clin Chem,
fish consumption and severity of depressive 32. Kuriki K, et al. Breast cancer risk and Breast Cancer Research, 2015. DOI: 10.1186/ 2008. DOI: 10.1373/clinchem.2007.100214.
symptoms: an analysis of the 2005–2008 erythrocyte compositions of n-3 highly s13058-015-0571-6.
National Health and Nutrition Examination unsaturated fatty acids in Japanese. Int J 64. Smith AD, et al. Homocysteine-lowering
Survey. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Cancer., 2007. DOI: 10.1002/ijc.22682. 48. Silva JAP, et al. Omega-3 supplements for by B vitamins slows the rate of accelerated
Acids, 2012. DOI: 10.1016/j.plefa. patients in chemotherapy and/or radiotherapy: brain atrophy in mild cognitive impairment. A
33. Bagga D, et al. Long-chain n-3-to-n-6 A systematic review. Clinical Nutrition, 2014. randomized controlled trial. PLoS One, 2010.
17. Osher Y, Belmaker RH. Omega-3 Fatty Acids polyunsaturated fatty acid ratios in breast DOI: 10.1016/j.clnu.2014.11.005. DOI: 10.1371/journal.pone.0012244.
in Depression: A Review of Three Studies. adipose tissue from women with and without
CNS Neuroscience & Therapeutics, 2009. DOI: breast cancer. Nutr Cancer., 2002. DOI: 49. Hallahan B, et al. Efficacy of omega-3 highly 65. Petersen RC, et al. Mild cognitive
10.1111/j.1755-5949.2008.00061.x. 10.1207/S15327914NC422_5. unsaturated fatty acids in the treatment of impairment: Ten years later. Arch Neurol, 2009.
depression. The British Journal of Psychiatry, DOI: 10.1001/archneurol.2009.266.
18. Simopoulos AP. Evolutionary aspects of 34. Zheng JS, et al. Intake of fish and marine 2016. DOI: 10.1192/bjp.bp.114.160242.
diet, the omega-6/omega-3 ratio and genetic n-3 polyunsaturated fatty acids and risk of 66. Douauda G, et al. Preventing Alzheimer’s
variation: nutritional implications for chronic breast cancer: meta-analysis of data from 21 50. Hallahan B, et al. Efficacy of omega-3 highly disease-related gray matter atrophy by
diseases. Biomedicine & Pharmacotherapy, independent prospective cohort studies. BMJ., unsaturated fatty acids in the treatment of B-vitamin treatment. PNAS, 2013. DOI: 10.1073/
2006. DOI: 10.1016/j.biopha.2006.07.080. 2013. DOI: 10.1136/bmj.f3706. depression. The British Journal of Psychiatry, pnas.1301816110.
2016. DOI: 10.1192/bjp.bp.114.160242.
19. Simopoulos AP. The importance of the ratio 35. Gago-Dominguez M, et al. Opposing effects 67. Oulhaj A, et al. Omega-3 Fatty Acid Status
of omega-6/omega-3 essential fatty acids. of dietary n-3 and n-6 fatty acids on mammary 51. Rapaport MH, et al. Inflammation as a Enhances the Prevention of Cognitive Decline
Biomedicine & Pharmacotherapy, 2002. DOI: carcinogenesis: the Singapore Chinese Health predictive biomarker for response to omega-3 by B Vitamins in Mild Cognitive Impairment.
10.3181/0711-MR-311. Study. Br J Cancer., 2003. DOI: 10.1038/ fatty acids in major depressive disorder: a Journal of Alzheimer’s Disease, 2016. DOI:
sj.bjc.6601340. proof-of-concept study. Molecular Psychiatry, 10.3233/JAD-150777.
20. Smith WL. Cyclooxygenases, peroxide tone 2016. DOI: 10.1038/mp.2015.22.
and the allure of fish oil. Curr Opin Cell Biol, 36. Wakai K, et al. Dietary intakes of fat 68. Huang T, et al. Effect of vitamin B-12 and
2005. DOI: 10.1016/j.ceb.2005.02.005. and fatty acids and risk of breast cancer: a 52. Cramer PE, et al. ApoE-Directed n-3 polyunsaturated fatty acids on plasma
prospective study in Japan. Cancer Sci., 2005. Therapeutics Rapidly Clear β-Amyloid and homocysteine, ferritin, C-reactive protein, and
21. Grosso G, et al. Role of Omega-3 Fatty Acids DOI: 10.1111/j.1349-7006.2005.00084.x. Reverse Deficits in AD Mouse Models. Science, other cardiovascular risk factors: a randomized
in the Treatment of Depressive Disorders: A 2012. DOI: 10.1126/science.1217697. controlled trial. Asia Pac J Clin Nutr, 2015. DOI:
Comprehensive Meta-Analysis of Randomized 37. Brasky TM, et al. Specialty supplements ed 05 December 2013. Revision accepted 15
Clinical Trials. PLoS ONE, 2014. DOI: 10.1371/ and breast cancer risk in the VITamins And 53. Casali BT, et al. Omega-3 Fatty Acids October 2014. doi: 10.6133/apjcn.2015.24.3.19.
journal.pone.0096905. Lifestyle (VITAL) Cohort. Cancer Epidemiol Augment the Actions of Nuclear Receptor
Biomarkers Prev., 2010. DOI: 10.1158/1055- Agonists in a Mouse Model of Alzheimer’s 69. Kim Y, et al. Intake of fish and long‑chain
22. Grosso G, et al. Omega-3 Fatty Acids 9965.EPI-10-0318. Disease. The Journal of Neuroscience, 2015. omega‑3 polyunsaturated fatty acids and
and Depression: Scientific Evidence and DOI: 10.1523/JNEUROSCI.1000-15.2015. incidence of metabolic syndrome among
Biological Mechanisms. Oxidative Medicine 38. Yang B, et al. Ratio of n-3/n-6 PUFAs and American young adults: a 25‑year follow‑up
and Cellular Longevity, 2014. DOI: 10.1016/j. risk of breast cancer: a meta-analysis of 274135 54. World Health Organization and Alzheimer's study. Eur J Nutr, 2016. DOI: 10.1007/s00394-
imr.2015.07.003. adult females from 11 independent prospective Disease International, Dementia: A Public 015-0989-8.
studies. BMC Cancer. 2014. DOI: 10.1186/1471- Health Priority, 2012. Disponível em: www.
23. Rondanelli M, et al. Long chain omega 3 2407-14-105. who.int/mental_health/publications/dementia_ 70. Mozumdar A, Liguori G. Persistent increase
polyunsaturated fatty acids supplementation in report_2012/en/. Acessado em: 09/09/2016. of prevalence of metabolic syndrome among
the treatment of elderly depression: effects on 39. Howe LR, et al. Molecular pathways: U.S. adults: NHANES III to NHANES 1999–2006.
depressive symptoms, on phospholipids fatty adipose inflammation as a mediator of obesity- 55. Thomas J, et al. Dietary supplementation Diabetes Care, 2011. DOI: 10.2337/dc10-0879.
acids profile and on health-related quality of life. associated cancer. Clin Cancer Res., 2013. DOI: with resveratrol and/or docosahexaenoic
J Nutr Health Aging, 2011. PMID: 21267525. 10.1158/1078-0432.CCR-12-2603. acid alters hippocampal gene expression 71. Alexander CM, et al. NCEP-defined
in adult C57Bl/6 mice. The Journal of metabolic syndrome, diabetes, and prevalence
24. Sinn N, et al. Effects of n-3 fatty acids, EPA 40. Baumgarten SC; Minireview FJ. Nutritional Biochemistry, 2013. DOI: 10.1016/j. of coronary heart disease among NHANES
v. DHA, on depressive symptoms, quality of life, Inflammation: an instigator of more aggressive jnutbio.2013.03.002. participants age 50 years and older. Diabetes,
memory and executive function in older adults estrogen receptor (ER) positive breast cancers. 2003. DOI: 10.2337/diabetes.52.5.1210.
with mild cognitive impairment: a 6-month Mol Endocrinol., 2012. DOI: 10.1210/me.2011- 56. Thomas J, et al. Omega-3 Fatty Acids
randomised controlled trial. Br J Nutr, 2012. 1302. in Early Prevention of Inflammatory 72. Albert BB, et al. Higher omega-3 index is
DOI: 10.1017/S0007114511004788. Neurodegenerative Disease: A Focus on associated with increased insulin sensitivity
41. Weylandt KH, et al. Omega-3 fatty acids and Alzheimer’s Disease. BioMed Research and more favourable metabolic profile in
25. Markhus MW, et al. Low omega-3 index in their lipid mediators: towards an understanding International, 2015. DOI: 10.1155/2015/172801. middle-aged overweight men. Nature, 2014.
pregnancy is a possible biological risk factor for of resolvin and protectin formation. DOI: 10.1038/srep06697.
postpartum depression. PLoS One, 2013. DOI: Prostaglandins Other Lipid Mediat., 2012. DOI: 57. Clarke R, et al. Folate, vitamin B12, and
10.1371/journal.pone.0067617. 10.1016/j.prostaglandins.2012.01.005. serum total homocysteine levels in confirmed 73. Pacifico L, et al. Long Chain Omega-3
Alzheimer disease. Arch Neurol, 1998. DOI: Polyunsaturated Fatty Acids in Pediatric
26. Chajès V, et al. ω-3 and ω-6 polyunsaturated 42. Turk HF; Chapkin RS. Membrane lipid 10.1001/archneur.55.11.1449. Metabolic Syndrome. Mini-Reviews in Medicinal
fatty acid intakes and the risk of breast cancer raft organization is uniquely modified by n-3 Chemistry, 2014. DOI: PMID: 25307311.
in Mexican women: impact of obesity status. polyunsaturated fatty acids. Prostaglandins 58. McCaddon A, et al. Total serum
Cancer Epidemiol Biomarkers Prev., 2012. DOI: Leukot Essent Fatty Acids., 2013. DOI: homocysteine in senile dementia 74. Simopoulos AP. An Increase in the
10.1158/1055-9965.EPI-11-0896. 10.1016/j.plefa.2012.03.008. of Alzheimer type. Int J Geriatr Omega-6/Omega-3 Fatty Acid Ratio Increases
Psychiatry, 1998. DOI: 10.1002/ the Risk for Obesity. Nutrients, 2016. DOI:
27. Goodstine SL, et al. Dietary (n-3)/(n-6) 43. Calder PC. n-3 fatty acids, inflammation (SICI)1099-1166(199804)13:4<235::AID- 10.3390/nu8030128.
fatty acid ratio: possible relationship to and immunity: new mechanisms to explain old GPS761>3.0.CO;2-8.
premenopausal but not postmenopausal breast actions. Proc Nutr Soc., 2013. DOI: 10.1017/ 75. Sergeant S, et al. Gamma-linolenic acid,
cancer risk in U.S. women. J Nutr., 2003. PMID: S0029665113001031. 59. Seshadri S, et al. Plasma homocysteine Dihommo-gammalinolenic, Eicosanoidsand
12730430. as a risk factor for dementia and Alzheimer’s Inflammatory Processes. European Journal
44. Ravacci GR, et al. Lipid raft disruption disease. N Engl J Med, 2002. DOI: 10.1056/ of Pharmacology, 2016. DOI: 10.1016/j.
28. Calder PC. Omega-3 polyunsaturated fatty by docosahexaenoic acid induces apoptosis NEJMoa011613. ejphar.2016.04.020.
acids and inflammatory processes: nutrition or in transformed human mammary luminal
pharmacology? Br J Clin Pharmacol., 2013. DOI: epithelial cells harboring HER-2 overexpression. 60. Dufouil C, et al. Homocysteine, white matter 76. Inda-Icaza P, et al. The Impact of
10.1111/j.1365-2125.2012.04374.x. J NutrBiochem., 2013. DOI: 10.1016/j. hyperintensities, and cognition in healthy Supplementation with Omega-3 Long-Chain
jnutbio.2012.02.001. elderly people. Ann Neurol, 2003. DOI: 10.1002/ Polyunsaturated Fatty Acids on the prevalence
29. Flock MR, et al. Long-chain omega-3 fatty ana.10440. of Metabolic Syndrome in Obese Adolescents.
acids: time to establish a dietary reference 45. Lee EJ, et al. Down-regulation of lipid The FASEB Journal, 2016.
intake. Nutr Rev., 2013. DOI: 10.1111/ raft-associated onco-proteins via cholesterol- 61. Smith AD. The worldwide challenge of
nure.12071. dependent lipid raft internalization in the dementias: A role for B vitamins and 77. Lorente-Cebrián S, et al. Role of omega-3
docosahexaenoic acid-induced apoptosis. homocysteine? Food Nutr Bull, 2008. PMID: fatty acids in obesity, metabolic syndrome,
30. Shannon J, et al. Erythrocyte fatty acids Biochim Biophys Acta., 2014. DOI: 10.1016/j. 18709889. and cardiovascular diseases: a review of
and breast cancer risk: a case–control study in bbalip.2013.10.006. the evidence. J Physiol Biochem, 2013. DOI:
Shanghai. China Am J Clin Nutr., 2007. PMID: 62. Wald DS, et al. Serum homocysteine 10.1007/s13105-013-0265-4.
17413110. 46. Rogers KR, et al. Docosahexaenoic acid and dementia: Meta-analysis of eight cohort
alters epidermal growth factor receptor-related studies including 8669 participants. Alzheimers 78. Smith GI, et al. Fish oil–derived n–3 PUFA
31. Shannon J, et al. Erythrocyte fatty acids signaling by disrupting its lipid raft association. Dement, 2011. DOI: 10.1016/j.jalz.2010.08.234. therapy increases muscle mass and function in
90 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
Ômega-3
healthy older adults. AJCN, 2015. DOI: 10.3945/ JNEUROSCI.1001-15.2015. subjects with type 2 diabetes mellitus. Am J 141. Itomura M, et al. The effect of fish oil
ajcn.114.105833. Clin Nutr. 2010. on physical aggression in schoolchildren - a
94. Horikawa C, et al. Cross-sectional randomized, double-blind, placebo-controlled
79. LeMieux MJ, et al. Eicosapentaenoic association between serum concentrations of 122. Jimenez-Gomez Y, et al. A low-fat, trial. J Nutr Biochem. 2005.
Acid Reduces Adipocyte Hypertrophy and n-3 long-chain PUFA and depressive symptoms: high-complex carbohydrate diet supplemented
Inflammation in Diet-Induced Obese Mice in an results in Japanese community dwellers. with long-chain (n-3) fatty acids alters the 142. Hall MN, et al. Blood levels of long-chain
Adiposity-Independent Manner. The Journal of British Journal of Nutrition, 2016. DOI: 10.1017/ postprandial lipoprotein profile in patients with polyunsaturated fatty acids, aspirin, and the
Nutrition, 2015. DOI: 10.3945/jn.114.202952. S0007114515004754. metabolic syndrome. J Nutr. 2010. risk of colorectal cancer. Cancer Epidemiol
Biomarkers Prev. 2007.
80. Janssen I, et al. The healthcare costs of 95. Raji CA, et al. Regular Fish Consumption 123. Kromhout D, et al. n-3 fatty acids,
sarcopenia in the United States. Journal of and Age-Related Brain Gray Matter Loss. ventricular arrhythmia-related events, and 143. Hagen KB, et al. Dietary interventions for
the American Geriatrics Society, 2004. PMID: Am J Prev Med, 2014. DOI: 10.1016/j. fatal myocardial infarction in postmyocardial rheumatoid arthritis. Cochrane Database Syst
14687319. amepre.2014.05.037. infarction patients with diabetes. Diabetes Rev. 2009.
Care. 2011.
81. Borg S, et al. Differences in Nutrient 96. Bang HO; Dyerberg J. Lipid metabolism and 144. Gow RV, et al. Omega-3 fatty acids are
Intake and Biochemical Nutrient Status ischemic heart disease in Greenland Eskimos. 124. Lopez-Alarcon M, et al. Supplementation related to abnormal emotion processing
Between Sarcopenic and Nonsarcopenic Older Advances in nutrition research. 1980. of n3 long-chain polyunsaturated fatty acid in adolescent boys with attention deficit
AdultsdResults From the Maastricht Sarcopenia synergistically decreases insulin resistance with hyperactivity disorder. Prostaglandins Leukot
Study. JAMDA, 2016. DOI: 10.1016/j. 97. Simopoulos AP. The importance of the ratio weight loss of obese prepubertal and pubertal Essent Fatty Acids. 2013.
jamda.2015.12.015. of omega-6/omega-3 essential fatty acids. children. Arch Med Res. 2011.
Biomed Pharmacother. 2002. 145. Goldberg RJ; Katz J. A meta-analysis
82. Smith GI, et al. Dietary omega-3 fatty acid 125. Parker HM, et al. Omega-3 of the analgesic effects of omega-3
supplementation increases the rate of muscle 98. Moking RJT, et al. Meta-analysis and supplementation and non-alcoholic fatty liver polyunsaturated fatty acid supplementation for
protein synthesis in older adults: a randomized meta-regression of omega-3 polyunsaturated disease: a systematic review and meta-analysis. inflammatory joint pain. Pain. 2007.
controlled Trial. Am J Clin Nutr, 2011. DOI: fatty acid supplementation for major depressive J Hepatol. 2012.
10.3945/ajcn.110.005611. disorder. Translational Psychiatry. 2016. 146. Geerling BJ, et al. Nutritional
doi:10.1038/tp.2016.29. 126. “Fish and Omega-3 Fatty Acids” Disponível supplementation with N-3 fatty acids and
83. Girolamoa FGD, et al. Omega-3 fatty acids em: www.heart.org/HEARTORG/HealthyLiving/ antioxidants in patients iwth Crohn's disease
and protein metabolism: enhancement of 99. Khankari NK, et al. Dietary intake of fish, HealthyEating/Nutrition/Fish-and-Omega- in remission: effects on antioxidant status and
anabolic interventions for sarcopenia. Curr polyunsaturated fatty acids, and survival after 3-Fatty-Acids_UCM_303248_Article.jsp#. fatty acid profile. Inflamm Bowel Dis. 2000.
Opin Clin Nutr Metab Care, 2014. DOI: 10.1097/ breast cancer: a population-based, follow-up V4ZsB1fyEa0 Acessado em: 13/07/2016.
MCO.0000000000000032. study on Long Island, NY. Cancer. 2015. 147. Freeman VL, et al. Prostatic levels of
Doi:10.1002/cncr.29329. 127. Terry P, et al. Fatty fish consumption and fatty acids and the histopathology of localized
84. Bowen TS, et al. Skeletal muscle wasting risk of prostate cancer. Lancet. 2001. prostate cancer. J Urol. 2000.
in cachexia and sarcopenia: molecular 110. White PJ, et al. Transgenic restoration
pathophysiology and impact of exercise of long-chain n-3 fatty acids in insulin target 128. Smith W, et al. Dietary fat and fish intake 148. Fenton WS, et al. A placebo controlled trial
training. Journal of Cachexia, Sarcopenia and tissues improves resolution capacity and and age-related maculopathy. Arch Opthamol. of omega-3 fatty acid (ethyl eicosapentaenoic
Muscle, 2015. DOI: 10.1002/jcsm.12043. alleviates obesity-linked inflammation and 2000. acid) supplementation for residual symptoms
insulin resistance in high-fat-fed mice. Diabetes. and cognitive impairment in schizophrenia. Am
85. Del Gobbo LC, et al. ω-3 Polyunsaturated 2010. 129. Seddon JM, et al. Dietary fat and risk for J Psychiatry. 2001.
Fatty Acid Biomarkers and Coronary Heart advanced age-related macular degeneration.
Disease. JAMA Intern Med, 2016. DOI: 10.1001/ 111. Gonzalez-Periz A; Claria J. Resolution Arch Opthalmol. 2001. 149. Dopheide JA; Pliszka SR. Attention-
jamainternmed.2016.2925. of adipose tissue inflammation. deficit-hyperactivity disorder: an update.
ScientificWorldJournal. 2010. 130. Romano C, et al. Usefulness of omega-3 Pharmacotherapy. 2009.
86. Romacho T, et al. Nutritional Ingredients fatty acid supplementation in addition to
Modulate Adipokine Secretion and Inflammation 112. Kopecky J, et al. n-3 PUFA: bioavailability mesalazine in maintaining remission in 150. Dichi I, et al. Comparison of omega-3 fatty
in Human Primary Adipocytes. Nutrients, 2015. and modulation of adipose tissue function. Proc pediatric Crohn's disease: A double-blind, acids and sulfasalazine in ulcerative colitis.
DOI: 10.3390/nu7020865. Nutr Soc. 2009. randomized, placebo-controlled study. World J Nutrition. 2000.
Gastroenterol. 2006.
87. Caparrós ET, et al. Anti-inflammatory Effects 113. Flachs P, et al. Synergistic induction of 151. Daniel CR, et al. Dietary intake of omega-6
of Omega 3 and Omega 6 Polyunsaturated lipid catabolism and anti-inflammatory lipids 131. Richardson AJ; Puri BK. The potential role and omega-3 fatty acids and risk of colorectal
Fatty Acids in Cardiovascular Disease and in white fat of dietary obese mice in response of fatty acids in attention-deficit/hyperactivity cancer in a prospective cohort of U.S. men
Metabolic Syndrome. Critical Reviews in to calorie restriction and n-3 fatty acids. disorder. Prostaglandins Leukot Essent Fatty and women. Cancer Epidemiol Biomarkers
Food Science and Nutrition, 2016. DOI: Diabetologia. 2011. Acids. 2000. Prev. 2009.
10.1080/10408398.2015.1126549.
114. Hellmann J, et al. Resolvin D1 decreases 132. Riediger ND, et al. A systemic review of the 152. Cho E, et al. Prospective study of dietary
88. Murray ET, et al. Overweight across the adipose tissue macrophage accumulation and roles of n-3 fatty acids in health and disease. J fat and the risk of age-related macular
life course and adipokines, inflammatory improves insulin sensitivity in obese-diabetic Am Diet Assoc. 2009. degeneration. Am J Clin Nutr. 2001.
and endothelial markers at age 60-64 years: mice. FASEB J. 2011.
evidence from the 1946 birth cohort. Int J Obes 133. Okamoto M, et al. Effects of dietary 153. Caron MF; White CM. Evaluation of
(Lond), 2015. DOI: 10.1038/ijo.2015.19. 115. Gonzalez-Periz A, et al. Obesity-induced supplementation with n-3 fatty acids compared the antihyperlipidemic properties of dietary
insulin resistance and hepatic steatosis are with n-6 fatty acids on bronchial asthma. Int supplements. Pharmacotherapy. 2001.
89. Gruppo Italiano per lo Studio della alleviated by omega-3 fatty acids: a role for Med. 2000.
Sopravvivenza nell'Infarto miocardico. Dietary resolvins and protectins. FASEB J. 2009. 154. Burgess J, et al. Long-chain
supplementation with n-3 polyunsaturated 134. Noori N, et al. Dietary omega-3 fatty polyunsaturated fatty acids in children with
fatty acids and vitamin E after myocardial 116. Titos E, et al. Resolvin D1 and its precursor acid, ratio of omega-6 to omega-3 intake, attention-deficit hyperactivity disorder. Am J
infarction: results of the GISSI-Prevenzione trial. docosahexaenoic acid promote resolution inflammation, and survival in long-term Clin Nutr. 2000.
Lancet, 2000. of adipose tissue inflammation by eliciting hemodialysis patients. Am J Kidney Dis. 2011.
macrophage polarization toward an M2-like 155. Berson EL, et al. Clinical trial of
90.Block RC, et al. EPA and DHA in blood cell phenotype. J Immunol. 2011. 135. Newcomer LM, et al. The association of docosahexaenoic acid in patients with retinitis
membranes from acute coronary syndrome fatty acids with prostate cancer risk. Prostate. pigmentosa receiving vitamin A treatment. Arch
patients and controls. Atherosclerosis, 2008. 117. Bellenger J, et al. High pancreatic n-3 2001. Ophthalmol. 2004.
DOI: 10.1016/j.atherosclerosis.2007.07.042. fatty acids prevent STZ-induced diabetes in
fat-1 mice: inflammatory pathway inhibition. 136. Nagakura T, et al. Dietary supplementation 156. Berbert AA, et al. Supplementation of fish
91. Mostowik M, et al. Omega-3 Diabetes. 2011. with fish oil rich in omega-3 polyunsaturated oil and olive oil in patients with rheumatoid
polyunsaturated fatty acids increase plasma fatty acids in children with bronchial asthma. arthritis. Nutrition. 2005.
adiponectin to leptin ratio in stable coronary 118. Paniagua JA, et al. A low-fat high- Eur Resp J. 2000.
carbohydrate diet supplemented with long-chain 157. Belluzzi A, et al. Polyunsaturated fatty
artery disease. Cardiovasc Drugs Ther, 2013.
n-3 PUFA reduces the risk of the metabolic 137. Mitchell EA, et al. Clinical characteristics acids and inflammatory bowel disease. Am J
DOI: 10.1007/s10557-013-6457-x.
syndrome. Atherosclerosis. 2011. and serum essential fatty acid levels in Clin Nutr. 2000.
92. Minihane AM, et al. Consumption of Fish hyperactive children. Clin Pediatr (Phila). 1987.
119. Dangardt F, et al. Omega-3 fatty 158. Aben A. Danckaerts M. Omega-3 and
Oil Providing Amounts of Eicosapentaenoic
acid supplementation improves vascular 138. Mattar M, Obeid O. Fish oil and the omega-6 fatty acids in the treatment of children
Acid and Docosahexaenoic Acid That Can
function and reduces inflammation in obese management of hypertriglyceridemia. Nutr and adolescents with ADHD. Tijdschr Psychiatr.
Be Obtained from the Diet Reduces Blood
adolescents. Atherosclerosis. 2010. Health. 2009. 2010.
Pressure in Adults with Systolic Hypertension: A
Retrospective Analysis. The Journal of Nutrition,
120. Pedersen MH, et al. Effects of fish oil 139. Kremer JM. N-3 fatty acid supplements in 159. Chen GC, et al. N-3 long-chain
2016. DOI: 10.3945/jn.115.220475.
supplementation on markers of the metabolic rheumatoid arthritis. Am J Clin Nutr. 2000. polyunsaturated fatty acids and risk of all-cause
syndrome. J Pediatr. 2010. mortality among general populations: a
93. Mounier A, et al. Bexarotene-Activated
140. Joy CB, et al. Polyunsaturated fatty acid meta-analysis. Sci Rep. 2016. doi: 10.1038/
Retinoid X Receptors Regulate Neuronal
121. Stirban A, et al. Effects of n-3 fatty acids supplementation for schizophrenia. Cochrane srep28165.
Differentiation and Dendritic Complexity. The
on macro- and microvascular function in Database Syst Rev. 2006.
Journal of Neuroscience, 2015. DOI: 10.1523/
R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed. 91
NOSSA
Caravana
de Sonhos II
Q
ueridos amigos e colaboradores da Essentia nossos “corações” e “cabeças” acreditamos que devem
Pharma, como prometido, vamos dar continui- estar nos “céus sem condições”, isto é, onde não haja
dade a este “segundo capítulo”, que começou limites para nossos horizontes, criatividade e Fé. Não
na 9° edição da Revista Essentia. Para nós, existe precisamos colocar a “cabeça e o Coração” também na
uma série de fatores que se unificam neste Processo terra e seguir, como soldadinhos de chumbo, as instru-
a Caminho da realização de nossas Metas e Sonhos ções e definições tão estreitas que muitas pessoas que
mais queridos. Sem dúvida, um dos fatores mais impor- se autoadjudicam a virtude de serem “realistas” tentam
tantes, talvez o primeiro “pilar” deste Processo para o inculcar-nos e impor-nos como regras e como expectati-
Êxito, seja a Visão ou Concepção Criativa/Construtiva vas do nosso futuro.
do que Almejamos. É uma Visão que compartilhamos e
na qual nos unificamos como Empresa. Muitas pessoas Para nós, o verdadeiro “Realismo” é algo Grandioso, não
não se atrevem nem sequer a conceber o que querem, um limite que nega as possibilidades latentes na vida,
devido a muitos tipos de travas mentais, crenças em mas é algo que surge da intuição e percepção do “campo
regras e paradigmas que ditam “como devem ser as de infinitas possibilidades”. Podemos perceber, conceber
coisas”. Existem também imaginações limitantes, inibi- e sonhar livremente a nossa “Caravana de Sonhos”, sem
ções, negatividade, dúvidas acerca de si mesmos e de que isto prejudique a nós mesmos ou aos outros. Pelo
seu próprio poder, que resultam em estados internos de contrário, este Sonhar Claramente é a fonte da nossa
medo, terror e paralisação. realização e de que possamos servir aos demais. Para
nós da Essentia, a Concepção e Visão interna de nossas
Muito deste processo negativo se dá como resultado do Metas mais queridas deve vir antes que tenhamos os
excesso de autoindulgência no dedicar a atenção fixa- recursos externos e físicos para realizá-las. Percebemos
mente no automático e contínuo fabricar da mente de a utilidade de manter a lembrança da “lei da evolução”
“cenários” negativos futuros, sobre como sofreríamos que indica que as “necessidades evocam o potencial
com as consequências de possíveis frustrações, que latente”. Desta forma, a Visão e Concepção de nossos
também chegamos a crer que são fracassos. Outros, anseios como algo já alcançado, realizado e, em espe-
por causa de seus condicionamentos limitantes conta- cial, “sentido” como se já tivesse sido realizado é o que
minados, muitas vezes, desde a tenra infância, acredi- “incrementa a nossa percepção das necessidades mais
tam que não seja “realista”, por exemplo, conceber uma essenciais”, gerando assim, a evocação dos potenciais
viagem que querem fazer antes de ter o dinheiro para latentes necessários para a sua Realização.
isto. Dizem que tem que se “colocar os pés na terra” e
coisas desse tipo. Sem dúvida, somos pessoas prag- Percebemos também que este aumento da Consciên-
máticas. Queremos e temos nossos pés na terra, mas cia de nossas necessidades mais essenciais provoca o
92 R E V I S TA E S S E N T I A | 10 a ed.
colapso desde o Campo de Possibilidades dos recursos ou seja, cobra o “como” se chegará à determinada Meta
até os poderes internos necessários para a realização que a Fé já Concebeu com claridade. O intelecto exige
do que foi concebido previamente... A percepção da uma explicação de forma limitada, “lógica/racional”.
presença em nós mesmos destes Poderes Internos é Esta “escravatura aos termos e ditames do intelecto”
o que gera uma grande confiança em nós como Seres nos faria existir em um estado de Ser e de Consciência
Essenciais que somos. Preferimos em vez da ideia onde perderíamos toda uma gama de experiências e
comumente aceita, de “ver para crer”, uma percepção possibilidades...
mais criativa e criadora: “Conceber primeiro para logo
Ver a realização”... A Concepção Construtiva parece ter Se o intelecto condicionado, limitado e lógico com suas
mais poder à medida que é geradora de “certeza”, uma ideias preconceituosas de “como devem ser” as coisas é
Claridade de Meta e um sentimento muito positivo, sem também muito dominante, então a Fé é anulada e desis-
dúvidas ou contrastes produzidos pelo intelecto cheio timos da Visão, já que acreditamos erroneamente que,
de limites, já que, geralmente, fomos condicionados “não poder explicar de forma convincente ao intelecto
a não aceitar em nossas vidas as possibilidades que o 'como' chegaremos às nossas metas, mostra conse-
o intelecto não pode entender o como se chegará de quentemente que não é possível chegar até elas...”. O
forma lógica a estas metas. De fato, como já vimos, é a abandono da nossa Visão, a inconstância e impaciência
“Caravana de Sonhos“ que chega até nós de forma fácil são basicamente as causas do nosso fracasso.
e grátis, só dependendo de que nos alinhemos à ela,
Mas em nosso sistema Empresarial da Essentia, a Fé
concebendo-a e descrevendo-a mentalmente.
tem seu lugar e proporção, e o intelecto também. O
Temos duas áreas na mente que poderiam funcionar intelecto “amarra o camelo”, ou seja, se dedica ao que
unificadas e não devem interferir uma com a outra. Um é prático, ao que pode ser feito. Não há contradições,
velho ditado coloca desta forma: "Tenha Fé e amarra treinamos bem o intelecto para que com os paradig-
teu camelo". A Fé pode ser traduzida como “Concep- mas mais verdadeiros, possamos fazer nosso trabalho
ção”, “Dar à Luz a”, "Visão”, de fato possui muitos signi- estratégico e prático. Assim, a Fé/Visão e Concepção
ficados nas diversas línguas existentes e, em especial, certeiras de um “camelo seguro” pode sem dúvida exis-
nos idiomas utilizados para transmitir o sagrado. Aqui, tir concomitantemente com o âmbito prático do “amar-
gostaríamos de colocar esta palavra - Fé - muito espe- rá-lo na realidade”. É como no conto do paralítico e do
cificamente: a certeza interna que gera uma Concepção cego que foram convidados para a festa do rei. Eles
Clara de certa Realidade ou a possibilidade de realizar estavam tristes sem saber como chegar, pois na reali-
algo. Esta Concepção/Visão Clara e clarificadora é, na dade, separadamente não poderiam chegar pelas suas
verdade, a causa fundamental desta realização... Mas dificuldades e carências pessoais. A vontade de ir era
esta certeza só é possível se não existirem dualidades, grande dos dois, mas foi apenas quando este anseio
contradições, conflitos, “negatividade dominante” em se transformou em um poder dentro deles, puderam
nosso interior, sendo a ênfase posta aqui em “domi- perceber a possibilidade de que, unificados, ou seja, o
nante”, já que a negatividade pode ser que todos nós a cego carregando o paralítico, poderiam alcançar a meta
tenhamos em algum momento, mas, quando ela é domi- desejada. O anseio gerou uma necessidade real e esta
nante em nosso sistema mental e nervoso, é quando evocou o potencial latente. O primeiro potencial ativado
sabota todas as nossas possibilidades de êxito... foi a Fé, a Visão/Concepção criativa da Possibilidade
Muitos destes conflitos, dúvidas e contradições vêm antes não percebida. A palavra Fé tem sua raiz no latim,
simplesmente pelas crenças e preconceitos negativos mas é conhecida nos livros sagrados originais como
que temos albergados em nosso intelecto. Assim, a Pistis em Grego, Emuna em Hebreu e Arameu e Imam
Fé existe e opera em um nível de percepção, e o inte- em Árabe. O interessante disto é que em cada um destes
lecto em outro. Portanto, a Fé não deve tentar conven- idiomas, o conceito de Fé pode possuir muitos níveis de
cer o “intelecto” a funcionar submetido às suas leis e significado que indicam muitos níveis de consciência e
na dimensão da Consciência que ela atua, da mesma experiências humanas, mas em todos eles há um deno-
forma que o intelecto tampouco deve subjugar a fé. minador comum e este é uma referência clara de que a
Isto acontece porque muitas vezes esta função, mental, Fé é algo que transcende os mecanismos mentais com
automática intelectual cobra uma “explicação lógica”, base nas “crenças limitantes”, algo relacionado com a
estratégica, mas apenas em seus termos de referência, sabedoria, a inspiração e a intuição provenientes do Ser
essencial mais profundo, um tipo de Supraconsciência, atua para os Seres Humanos visando metas que vão
sendo isto algo que permite que “vejamos internamente muito além dos ganhos materiais. É por isso que esta
o que os olhos físicos ainda não podem ver”. Empresa Humana necessita que seus Componentes
Fundamentais sejam Concebidos Construtivamente
Assim, a Visão/Concepção Construtiva de uma Meta pelos que cooperam nela. Trabalhamos para isto até
Realizada, Concebida com tal claridade e liberdade da que seja alcançada uma “Visão” Unificada da Empresa,
dúvida, evoca um sentimento interno “como se já se uma Percepção Clara de seus Valores fundamentais,
houvera realizado verdadeiramente”, incluindo o senti- Suas Metas e Anseios... Este conjunto unificado de
mento de gratidão que experimentaríamos se nossos Consciência e Ser é o que a Empresa Representa e o
anseios fossem concretizados. Esta alquimia interna, como Funciona. Basicamente, as pessoas quando
junto com as habilidades práticas, é o que permitiria ouvem falar de “Empresas” associam imediatamente,
que esta Meta se realizasse no mundo tridimensional. mecanicamente e superficialmente com “dinheiro/
ganhos monetários” e nada mais. Mas para nós, a Visão
Esta Meta Desejada não é apenas material, monetá-
Empresarial transcende enormemente este aspecto
ria, pode ser uma Meta na que vislumbramos certa
monetário tão limitado, sem destituí-lo de sua função
experiência interna, estado interno, cura, liberdade de
e lugar útil. Espírito e matéria, estas polaridades que
vícios, de hábitos, aquisição de poderes e capacidades
na aparência estão separadas, são colocadas de forma
necessárias, enfim, qualquer objetivo que possa ser
unificada, juntas, conseguindo, assim, que estejam
“colapsado” a partir do “Campo de infinitas Possibilida-
também no seu lugar e proporção.
des” em nossa existência interna ou externa, uma Meta
que se torne realidade mesmo dentro dos limites de Percebemos a Empresa como um Corpo/Organismo
tempo/espaço. As palavras esperança e expectativa que sistematicamente está unificada e que cada uma
vêm também da Raiz latina “Pectare” o que quer dizer de suas áreas atua no âmbito que deve atuar, equilibra-
“visão”. Podemos aplicar todo este Conhecimento em damente, proporcionalmente. O ”dinheiro” poderia ser
diversas áreas e níveis de nossas vidas, mas aqui na visto como uma destas áreas, força, energia.
Essentia, estes Poderes do Ser Superior, da Mente livre
e do Coração humano são as Colunas internas onde Vemos o dinheiro, por exemplo, como veríamos os
toda nossa Empresa se baseia. Para nós, uma empresa “pés” já que estão em proporção com o todo do corpo
é uma Unidade Orgânica de Seres Humanos em certo humano... É claro que sem os “pés” é difícil caminhar,
estado de Ser e de Consciência, que ressoam entre mas não impossível, pois existem muletas e cadeiras
eles e muito mais além do espaço físico onde traba- de rodas, ou seja, podemos fazer algum préstimo e
lhamos. Sabemos que se nós, Seres Humanos, esta- utilizar ou criar outros recursos enquanto conseguimos
mos no melhor de nossos Estados, os que estão mais caminhar com os próprios pés. Mas a meta destes pés
conectados, alinhados com este estado Essencial de e deste caminhar não é possuir mais e mais “pés”. Para
nós e de todos os que geram esta ressonância, muito nós, os pés não negam a função e existência da cabeça,
desta substância positiva e essencial poderá ser comu- e a cabeça muito menos nega a dos pés, nem das mãos
nicada, contagiada. Um Estado de Consciência conec- e de nenhuma outra parte do corpo, não há conflito em
tado ao Ser, com as Metas mais profundas clarificadas, um organismo sábio e sistemicamente concebido, há
integradas à Consciência, sem contradições internas é unidade e funcionalidade.
algo que pode ser ressoado e, sem dúvida, permitirá
com muita facilidade que estas Metas se realizem. Assim, para a nossa “percepção empresarial”, um
problema ocorre e se torna fixo apenas quando há
Assim, Trabalhamos para isto de forma técnica e meto- obsessão e fixação da atenção com algum aspecto
dológica e disponibilizamos para todos os interessados específico deste corpo, um “problema” existe por se
que participam da Essentia, as mesmas possibilidades acreditar que apenas um aspecto específico do corpo
de Trabalhar para chegar a estes ideais mais sublimes é o que vale e importa. Quando estamos com dificulda-
em cada um de nós. des com algum “membro do corpo”, por exemplo, um
“pé quebrado”, pode ser que isto gere dor ou incômodo
Para nós, uma Empresa Orgânica, baseia-se e existe e nos chame muita atenção, mas não devemos perder
graças aos Humanos que dela participam. Funciona de vista o “todo orgânico” para que desta maneira
nos Seres Humanos e através dos Seres Humanos, nossa percepção possa manter-se balanceada e não
seja distorcida sobrefocalizando-se ou distraindo-se dições internas é a chave para que possamos nos abrir
de outros aspectos também importantes. A distorção e alinhar ao que nos chega “Grátis”, ou seja, o que vem
cognitiva, resultante da sobrefocalização da atenção, até nós graças à “Sincronicidade” que existe no núcleo
pode nos impedir de perceber muitos outros níveis da do funcionamento da perfeita harmonia da existência
existência, em termos sistêmicos, seja em relação a um e do universo. Existem muitos cientistas que estão
corpo físico ou a uma empresa, pode ser que estejamos investigando tudo isto. Temos o trabalho do Dr. Amit
cegos justamente para os sutis aspectos que seriam a Goswami na física Quântica, do Dr. Jacobo Ginberg em
base para encontrarmos um diagnóstico claro e uma relação à Transmissão não local de informação, o Dr.
solução profunda. Rupert Sheldrake na Ressonância Mórfica. Também, é
de utilidade para os que estão interessados em inves-
Dentro de um paradigma baseado na percepção sistê- tigar mais profundamente estes “Princípios” sutis que
mica, se postula que graças a este tipo de percepção é nos regem na vida e, claro, em nossas Empresas, que
como poderíamos entender certas leis universais que estudem o Trabalho de Larry Dossey e o Trabalho do
nos permitiriam “fazer pequenas mudanças que gera- Dr. Gregg Braden sobre a Fé Objetiva, o Trabalho de
riam grandes diferenças”. Isto é o oposto que ocorre- Jon Kabat-Zin no âmbito da Meditação Mindfulness
ria se atuássemos desde um paradigma que se baseia e também o trabalho do Dr. Hebert Benson sobre o
na visão linear, ou seja, desde onde se fariam grandes estresse. Há uma grande quantidade de atividade cien-
mudanças para obter apenas pequenas diferenças. tífica apoiando esta sabedoria atemporal, tentando
Este tipo de percepção linear tende a nos levar à deses- correlacionar uma série de ideias e teorias científicas, o
perança e à crença de impotência. paradigma científico atual, inclusive interacionar expe-
rimentos específicos com metáforas e parábolas do
A percepção distorcida ou cega devido a sobrefocaliza-
passado, procurando uma coerência integrativa entre a
ção da atenção acontece quando fixamente é atendida
Sabedoria Intuitiva e o Conhecimento Científico. Alguns
somente alguma área específica do sistema ou orga-
desses esforços são algo como “forçados”, querendo
nismo, perdendo de vista a realidade do todo. E esta
apressadamente encaixar uma coisa na outra, o que
torção da percepção é que faz com que se perca a inte-
gera uma série de resultados e conclusões pouco
ligência com que observamos um sistema. Assim não
verdadeiras. Outros Místicos e Cientistas são muito
saberíamos como manter o fluxo correto e harmônico
mais sinceros e interessados na verdade ou na sua
das prioridades do sistema, o que seria caótico e peri-
busca, e geram conclusões sábias e úteis. O ponto é
goso para o mesmo...
que há muito que podemos aplicar e, através da experi-
Nossa Empresa é uma “Companhia”, já que estamos em ência pessoal e direta, detectar sua utilidade ou não. A
“Companhia uns dos outros”, unificados neste empre- partir da prática contínua, podemos discernir com mais
endimento, já que estamos unificados na Visão e nos clareza, deixando de lado o que não nos é útil, e aplicar-
Sonhos, tanto da Empresa como num todo, assim como mos o que vemos que é positivo e funcional, podendo
através da Visão de cada indivíduo, dedicando-nos a assim, ter resultados mais diáfanos. Mesmo que a utili-
ajudar a que estes se realizem. Tentamos continua- dade só seja a curto e médio prazo, podemos, inclusive,
mente dispor os recursos necessários para que cada detectar a utilidade de muitas destas coisas a longo
membro da Empresa, se assim desejam, possam ajudar prazo, só precisamos ter desenvolvido o poder da paci-
a si mesmos e ajudar aos que os ajudam; que possam ência para chegar a perceber o efeito desejado. É óbvio
clarificar sua Visão e Sonhos pessoais, possam Traba- que para isso existe certa disciplina, mas é a disciplina
lhar para se liberar de qualquer contradição/dúvida que chamamos do “Amante”... Um amante, quando
interna até chegar a uma Percepção/Visão certeira de quer chegar até a sua amada e tem que pegar ônibus
suas Metas como algo já realizado. Para que possam ou caminhar muito, não sente grande sofrimento. Na
chegar a “sentir em seu próprio sistema interno a reali- verdade, está extremamente agradecido pelos meios
zação do que anseiam”. que o permitem chegar até a amada. Sua motivação
é uma visão de unidade com sua amada. Outros tipos
Cremos que é assim como conseguimos nos sintonizar de motivação para a disciplina, sejam mecanismos de
com as capacidades latentes em nosso Ser Essencial, condicionamento baseados em ameaças e esperanças
necessárias para esta realização. Também propomos vãs, prêmio e castigo, culpa, medo, ou qualquer outra
que esta “Concepção da Meta almejada” sem contra- “metodologia” desse estilo não é o que aplicamos para
caminhar na vida pessoal nem na nossa Empresa. a frustração resultante deste fracasso, eles então
Estes tipos de metodologias motivacionais do passado pretendem que não os importa o sucesso, dizem que ir
só são aplicados em animais e não correspondem a bem na escola é coisa de “nerds”. Também vemos esta
dignidade que o ser humano merece. Tentamos que síndrome em pessoas que querem emagrecer, querem
nossos colaboradores também absorvam este princípio ter melhor condição física ou monetária na vida e que
e possam motivar-se desde si mesmos, desde o Anseio ao crerem que não podem, começam a pretender e a
de Unidade com suas Metas mais queridas, ou seja, fingir que não querem, que não se importam. O resul-
através da Disciplina do Amante. tado é óbvio: nunca o alcançam. De fato, a profecia se
cumpre já que a compulsão para evitar os leva justa-
Sabemos que a palavra Amor tem sua raiz em um mente ao que querem evitar. Bem, o ponto é que nós, na
termo árabe-andaluz e Semítico que é AMR, esta raiz Essentia, revisamos este aspecto pessoal e grupal de
forma palavras que estão associadas à concepção de forma contínua para que não nos dominem estes tipos
“Vontade”. Mas a “força da Vontade” que buscamos de truques mentais negativos que nos levam a fracas-
não é a de forçar-se, mas sim a do Amor, a Vontade/ sos evitáveis e nada necessários.
Impulso natural que nos impele ao que amamos. Esta
é a ideia de disciplina para nós. Um Amor é algo que O Estado do Amante e da Disciplina do Amante é algo
não esquecemos facilmente e, assim, nossas Metas que acontece em cada um de nós, no nosso interior,
concebidas como “já realizadas” são recordadas cons- sucede como uma ressonância em relação ao valor
tantemente, não como obsessão, mas sim a partir de das Metas que desejamos... É por isso que também
um afeto sutil mais diretivo e proposital. Recordamos nos asseguramos que cada um na Empresa chegue
nossos anseios e aspirações mais queridas, declarando a poder Conceber estas metas e a observar e tomar
nossas intenções de realização em cada reunião que consciência da ressonância que ocorre em seu interior.
fazemos, também recordamos durante o dia de forma Observar-se e perceber se a Concepção Construtiva de
individual. Checamos em nosso interior se ao Conceber seu anseio realizado, de suas Metas Conquistadas os
estas Metas “já realizadas” observamos sim se mani- enche de entusiasmo, de vontade amorosa... É por isto
festa o estado de satisfação, gratidão, ou se há alguma que nossas Metas na Essentia transcendem o simples
dúvida e contraste/conflito que nos deprima, nos aspecto monetário sendo o Serviço a um “Bem Maior”
desmotive. É obvio que se alguém vai até sua amada, algo que nos Entusiasma muito mais que apenas conce-
mas vai imaginando e fazendo cenários futuros de que ber o ganho material como resultado do que fazemos.
ela não estará em casa, ou que estará com outro, ou Estas Metas mais sutis, mais sublimes, nos enchem
que não irá recebê-lo, ou que não será possível chegar de sentido de grandeza ou seja, o orgulho saudável
até ela, este “amante um pouco negativo” irá perder o da dignidade humana, dando a satisfação tranquila
ânimo e é possível que até abandone a tentativa. Por e interna que é o sentimento guia e indicador de que
isto que de tempos em tempos checamos entre nós se vamos no caminho certo...
há algum tipo de negatividade que nos produza dúvida
do “poder chegar até a amada”. O que fazemos para que Nossa Meta de Servir a um Bem Maior, um bem que trans-
não caiamos na fácil “desistência”. cenda nossos interesses mais egocêntricos, permeia
cada área deste corpo orgânico que é Essentia, e isto nos
Há uma frase que recordamos para que possamos nos enche de Vontade e de Amor. Desejamos Servir a cada ser
auto-observar e saber se acaso estamos sabotando humano que possa se conectar a nós, servir as Necessi-
nossas intenções. Recordamos que: “Se Queremos dades Essenciais que percebemos que existem em nossa
algo e acreditamos que não podemos, é provável que sociedade atual em direção ao bem-estar, à saúde física,
cheguemos a fingir para nós mesmos e para os outros mental, emocional, social, ecológica. Servir à harmonia
que já não queremos este algo”. Entramos neste tipo humana em todos os âmbitos possíveis. A Meta Empre-
de negação de nossos verdadeiros quereres como sarial é apenas uma manifestação das Metas sublimes
uma defesa, uma forma de evitar o sofrimento que individuais, e nunca vai contra elas. As prioridades, como
nós mesmos “profetizamos” e teríamos se por acaso família, amigos e bem-estar pessoal e social, são manti-
fracassássemos na conquista destes objetivos. É das abaixo de uma estrutura concreta, mesmo que as
comum ver este tipo de atitude em adolescentes que prioridades sejam flexíveis, não há obsessão nem dese-
imaginam que não irão poder, por exemplo, ir bem quilíbrio nisto, já que seria uma antítese do que queremos.
nos resultados finais de sua escola e “temem” sofrer
Outro tópico importante é que para nós existem dois já que haveríamos encontrado a verdadeira fonte dos
tipos de Empresas. Uma é a que usa o Marketing para estados mais sublimes e, portanto, da felicidade... Mas
influenciar a vulnerabilidade da mente humana ao ser não, simplesmente procuramos onde nos foi inculcado
facilmente condicionada em sua forma de buscar a por outros, onde a partir desse condicionamento nos
“felicidade”. Estes tipos de empresas têm a intenção parece mais “óbvio” que esteja, uma vez que é fácil de
de “criar necessidades” que não existem realmente, perceber com os sentidos físicos, não buscamos onde
gerando mais dos “desejos desnecessários” e depen- está realmente. O caso é que existem empresas que
dências desnecessárias, estas dependências inúteis já utilizam desta “necessidade essencial, intuitiva de feli-
que não levam ninguém à felicidade real. Este tipo de cidade” e, através das técnicas de marketing, inclusive,
dependência e adicção é o que muita gente desenvolve o que pretendem hoje chamar de “neuromarketing”,
como hábito e que os levam a um extremo de consu- conseguem sugestionar e induzir ao ser humano que
mismo inútil, vícios difíceis de manejar, já que seus associe mentalmente certos produtos com os estados
cérebros aprenderam e, portanto, associam erronea- buscados. Inculcam de forma tão subliminar que as
mente que a “felicidade” está onde não está, consigam pessoas acreditam cegamente que, na aquisição deste
ou não estes objetos de desejo, sempre se frustram ou de outro produto, encontrarão o meio para alcançar
por que as expectativas de felicidade inculcada não se este estado/sentir de felicidade.
cumprem jamais. Através das crenças impressas na
mente das pessoas mais vulneráveis, sugestionáveis, Desejamos na Essentia que todos possam encontrar a
estas empresas “vendem” seus produtos, mas apenas Verdadeira Fonte de sua Felicidade. Isto é o que deseja-
até que se descubra que não há nada de verdade em mos, não o que é gerado a partir deste tipo de “marke-
suas promessas e nas expectativas que criaram. ting condicionante”. Portanto, não é o que fazemos... O
outro tipo de empresa, com aquela que sim queremos
Existe um conto sobre esta peculiaridade humana estar identificados, comprometidos, e a que simples-
caracterizada por buscar a felicidade onde esta não mente estamos Atentos, Conscientes e interessados
está. Havia um homem que procurava a de verdade nas necessidades presentes e essenciais
chave de sua casa na calçada, em baixo do ser humano, necessidades reais existentes na nossa
de um poste de luz. Muitos amigos que sociedade no nosso meio, para assim poder desenvol-
se compadeceram dele o ajudaram, mas ver e trazer ao mercado produtos que possam satisfazer
nada puderam encontrar até que alguém estas necessidades mais essenciais de forma precisa,
o perguntou se ele tinha certeza de que com alta qualidade, pureza e ética, respeitando sempre
havia perdido a chave na rua, neste lugar o poder de livre arbítrio de todos os seres Humanos.
específico. O homem, de forma muito rela- Esta é uma parte importante da nossa Visão e ela
xada disse, “Claro que não”. E explicou que também permeia todas as áreas da Essentia, seja em
sabia que havia perdido em sua casa, mas, relação aos nossos colaboradores, seja em função dos
procurava na rua porque era onde havia nossos clientes e coagentes. Nossa Intenção é sempre
mais luz, desde que em sua casa estava ter uma equipe humana muito capacitada e treinada
muito escuro. na arte da ciência da Percepção para precatar essas
necessidades e, então, poder oferecer soluções éticas,
Se percebermos este conto mais profundamente e técnicas, práticas e úteis. Nossa Empresa tenta brin-
colocarmos no lugar da “chave”, a ideia de “felicidade”, dar este tipo de serviço a todos, uma Percepção Alerta
podemos perceber o que o conto indica e ensina com muito focada no descobrir das necessidades verdadei-
mais precisão. Todos buscamos o que consideramos, ras do ser humano, seja no âmbito da saúde, bem estar
acreditamos, aprendemos ser os meios para chegar físico, mental, emocional, social, ecológico e, inclusive,
ao estado interno de “felicidade”, mas não sabemos monetário. Esperamos que este material possa ser útil
onde “encontrá–la realmente” e, assim, não sabemos a todos os que buscam algo especial em si mesmos e
o que a poderia causar, e nos tornamos supersticio- nos demais. Continuaremos nas próximas revistas com
sos, crentes em relação a esta falsa “causa-efeito”. Se mais informação sobre nossos “Pilares Essenciais”.
lembrássemos e procurássemos onde “sim” a perde-
mos de verdade, ou seja, em nossa “casa interna”, Para finalizar, queremos desejar a todos que suas “Cara-
em nós mesmos, no vínculo profundo da consciência vanas de Sonhos” encontrem seu Caminho até vocês...
com nosso ser superior e essencial, tudo estaria bem,
FRANGO COM BATATA DOCE
WITH NATURAL INGREDIENTS
HIGH FIBER AND PROTEIN
COLLAGEN PEPTIDES
ACTIVE VITAMINS AND MINERALS
HIMALAYAN SALT
12g
COLLAGEN
6,6 g
PREBIOTIC
PEPTIDES FIBER
COMPRE ONLINE
essentialnutrition.com.br
0800 607 9030 | 4007 2310
ESTAMOS
FAZENDO HISTÓRIA.
VOCÊ TAMBÉM
FAZ PARTE DELA.